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ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA LIBRAS 
 
 
 
 
 
1 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................... 2 
ENTENDA TUDO SOBRE LIBRAS .............................................................................. 3 
O QUE É LIBRAS? ....................................................................................................... 3 
ASPECTOS GRAMATICAIS DA LIBRAS ..................................................................... 3 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA LIBRAS ........................................................... 4 
LIBRAS: LÍNGUA OU LINGUAGEM? .......................................................................... 5 
COMO SURGIU A LIBRAS? ........................................................................................ 6 
A LIBRAS É UNIVERSAL? ........................................................................................... 7 
10 CURIOSIDADES SOBRE A LIBRAS.................................................................. 7 
É POSSÍVEL CONSTRUIR UMA SOCIEDADE MAIS INCLUSIVA? ......................... 10 
A IMPORTÂNCIA DE APRENDER LIBRAS ............................................................... 11 
UM GRANDE DESAFIO DA LIBRAS ......................................................................... 12 
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS ..................................................................................... 18 
ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE ........................................................................ 23 
ESTRUTURA GRAMATICAL ..................................................................................... 26 
ASPECTOS ESTRUTURAIS .................................................................................. 26 
AS 46 CONFIGURAÇÕES DE MÃO DA LIBRAS ................................................... 29 
ESTRUTURA SINTÁTICA ...................................................................................... 35 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 63 
 
 
 
 
 
 
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
 A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
 A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
 A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
ENTENDA TUDO SOBRE LIBRAS 
Em 2017, a repercussão deste assunto foi ainda maior. A prova do Exame 
Nacional do Ensino Médio (ENEM), uma das mais importantes para quem deseja 
entrar na faculdade, teve como tema da redação: “Desafios para a formação 
educacional de surdos no Brasil. ” 
Em 2018, novamente nos deparamos com a questão da língua de sinais. Em meio 
à disputa presidencial, o tema virou assunto depois que a esposa do, até então, 
presidenciável Jair Messias Bolsonaro, declarou seu amor pela causa. Em 
seguida, com a vitória do mesmo, a língua de sinais ganhou destaque mais uma 
vez, com o discurso em libras da agora primeira dama, Michelle Bolsonaro. 
O QUE É LIBRAS? 
A língua brasileira de sinais, usada pela maioria dos surdos brasileiros, é uma 
forma de comunicação que possui estrutura gramatical, formando um sistema 
linguístico. Em 2002, a lei 10.436, de 24 de abril de 2002, determinou que Libras 
fosse reconhecida como segunda língua oficial brasileira. 
ASPECTOS GRAMATICAIS DA LIBRAS 
A língua brasileira de sinais tem gramática própria. Deve-se o reconhecimento 
linguístico das línguas de sinais, como línguas verdadeiras, ao linguista William 
Stokoe que, em 1960, comprovou que a língua de sinais atendia a todos os 
critérios linguísticos de uma língua genuína. 
Dentre os componentes da Libras iniciaremos pelo alfabeto manual. O alfabeto 
manual é conhecido também como alfabeto datilológico ou datilologia, com o qual 
é possível soletrar 27 diferentes letras (contando também com o grafema 
”ç”, que é a configuração de mão da letra C com movimento trêmulo) por meio da 
mão. 
 
 
 
 
4 
Não se deve pensar que o alfabeto manual é a língua de sinais, pois ele possui 
uma função específica. Na interação entre pessoas usuárias da língua de sinais, 
ele é utilizado para soletrar nomes próprios de pessoas ou lugares, siglas, 
elementos técnicos, palavras que ainda não possuem sinais correspondentes, ou 
em algumas situações de empréstimo de palavras da língua portuguesa, 
lembrando que cada formato de mão corresponde a uma letra do alfabeto do 
português brasileiro ou não. 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA LIBRAS 
As Libras é a língua materna do surdo brasileiro, isto é, a primeira língua com a 
qual ele tem contato. (A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - é a língua materna 
dos surdos brasileiros. Foi assim denominada durante a Assembleia convocada 
pela FENEIS, Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, em 
outubro de 1993). Ao contrário da língua portuguesa da modalidade oral-auditiva, 
que tem como canal a voz, a Libras está diretamente ligada a movimentos e 
expressões faciais para ser compreendida pelo receptor da mensagem. 
Uma frase negativa, por exemplo, será interpretada graças ao movimento da 
cabeça, e uma pergunta será entendida como questionamento pela expressão 
facial de dúvida. Tais expressões faciais podem ser consideradas complementos 
dos sentidos das frases ditas em Libras e, por isso, essa língua pertence à 
modalidade gestual-visual. 
Um dos principais aspectos que classificam a Libras como uma língua é a sua 
organização gramatical própria. As suas estruturas frasais, por exemplo, não 
obedecem à estrutura da língua portuguesa. Construções das orações em Libras 
são mais objetivas e flexíveis, mesmo que, em sua maioria, sigam o padrão 
sujeito-verbo-objeto. Por exemplo, a frase “Eu vou ao cinema hoje logo mais à 
noite”, em Libras pode ser transmitida como “Eu-cinema-hoje-noite” ou 
“Hojenoite-cinema”. 
 
 
 
 
5 
Outro ponto importante é que, na Libras, cada palavra possui um sinal próprio e, 
quando ainda não há um sinal, podemos identificá-la com ajuda da datilologia, ou 
seja, com a soletração por meio do alfabeto em Libras. 
 
LIBRAS: LÍNGUA OU LINGUAGEM? 
Ao contrário do que muitos acreditam, a Libras não é uma linguagem, e sim uma 
língua, pois é falada por um povo, possui regras, estruturas, sintaxe, semântica e 
pragmáticas próprias e bem definida. Já a linguagem é o mecanismo usado para 
transmitir nossas ideias e pode ser tanto de forma verbal quanto não verbal. 
 
CURIOSIDADES SOBRE A LÍNGUA BRASILEIRA DE 
SINAIS - LIBRAS 
• A Libras não é universal, cada país possui a sua própria língua de 
sinais. 
• O termo 'surdo-mudo' não existe mais, pois os surdos podem 
aprender a falar se forem submetidos a técnicas de oralização. Por 
isso, o correto é dizer apenas surdo. 
• Na comunidade surda, cada pessoa recebe um sinal próprio. Esse 
sinal costuma ser algo relacionado à aparência física, como cabelos 
longos, uma cicatrizou até mesmo aparelho em um dos ouvidos. 
• Todas as regiões do país possuem faculdade de Letras-Libras para 
formar professores da educação básica e intérpretes da Língua 
Brasileira de Sinais. Como exemplos, podemos citar a Universidade 
Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal do Amazonas 
(UFAM), a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a 
 
 
 
 
6 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
 
 
COMO SURGIU A LIBRAS? 
Compreender o surgimento da Libras em nosso país é também conhecer a 
história da comunidade surda e ver como as primeiras conquistas de uma 
sociedade mais inclusiva foram sendo obtidas. 
O surgimento dessa língua de sinais no Brasil ocorreu graças ao trabalho 
desenvolvido por muitos anos pelo professor francês Hernest Huet. 
 
 
 
 
7 
Bastante reconhecido na educação de surdos na França, Huet veio ao Brasil em 
1855 e apresentou ao Imperador Dom Pedro II um relatório com a proposta para 
criação de um instituto brasileiro que seria atuante na educação dos surdos. O 
imperador acatou a proposta do relatório. 
 
A LIBRAS É UNIVERSAL? 
Não. A Língua Brasileira de Sinais é utilizada somente no Brasil. Nos demais países 
são adotadas outras línguas, próprias de cada um deles. 
Exemplos: 
– Língua de Sinais Americana; 
– Língua de Sinais Chilena. 
Até mesmo em países nos quais o português é o idioma oficial, a língua de sinais 
adotada é bem diferente daquela que é utilizada aqui no Brasil. 
Em Portugal, por exemplo, é utilizada a Língua Gestual Portuguesa – LGP. O 
motivo disso é que dentro do mesmo idioma (português) há inúmeras variações 
quanto ao vocabulário e estrutura que precisam ser consideradas. 
 
 
 
 
10 CURIOSIDADES SOBRE A LIBRAS 
 
 
 
 
 
8 
 
 
1. A estrutura da Libras difere da Língua Portuguesa. A Língua Brasileira 
de Sinais não apresenta artigos, tempos verbais e demais regras 
empregadas pelo português. 
2. Expressões faciais e corporais são muito importantes. Pelo fato de a 
Libras ser uma linguagem gestual, ela depende bastante das 
expressões corporais e faciais utilizadas pelo comunicante. Elas são 
fundamentais para a compreensão. 
3. Na Libras há regionalismos. Assim como no caso da Língua 
Portuguesa, a Língua Brasileira de Sinais apresenta regionalismos que 
precisam ser levados em consideração no momento da comunicação. 
4. Desde que sejam devidamente treinados, os cães são plenamente 
capazes de compreender os comandos realizados em Libras. 
5. Somente no ano de 2010 a profissão de tradutor e intérprete de Libras 
foi regulamentada. Esse fator foi bastante relevante para dar maior 
segurança a esses profissionais e também ampliar a adoção da Língua 
Brasileira de Sinais nas mais diversas situações. 
 
 
 
 
9 
6. O Dia Nacional de Libras é comemorado em 24 de abril. Essa data 
evidencia a luta da comunidade surda quanto à construção de uma 
sociedade mais inclusiva. 
7. As provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) são realizadas 
em Libras. Essa medida é de grande importância para atender à alta 
quantidade de pessoas que apresentam surdez. 
De acordo com o último censo do IBGE, nosso país tem 10 milhões de pessoas com 
algum nível de deficiência auditiva. 
Esse número demonstra a importância de desenvolver ações inclusivas que 
proporcionem maior acessibilidade aos surdos e pessoas que apresentam outros 
tipos de deficiência. 
8. A TV INES, do Instituto Nacional de Educação de Surdos, foi criada no 
ano de 2013. Trata-se da primeira web TV brasileira totalmente 
dedicada às pessoas surdas. 
A programação é bastante variada, com noticiários, programas educativos, 
conteúdo infantil, esportes, entrevistas etc. 
9. No Youtube há inúmeros conteúdos disponibilizados em Libras. São 
temas variados que abrangem as áreas de educação, cultura, lazer, 
entretenimento, moda, maquiagem etc. 
Tais conteúdos são de grande relevância e favorecem o uso da Língua Brasileira de 
Sinais no dia a dia. 
10. No Youtube, o canal oficial da Turma da Mônica disponibiliza uma 
playlist totalmente voltada para surdos, com traduções em Libras das 
animações. 
 
 
 
 
10 
Além de inserir a versão tradicional (direcionada para ouvintes), as animações 
são também disponibilizadas na versão em Libras e com o recurso de 
audiodescrição (que é direcionado para pessoas com deficiência visual). 
É POSSÍVEL CONSTRUIR UMA SOCIEDADE MAIS 
INCLUSIVA? 
O fortalecimento quanto ao ensino e aprendizagem da Libras é um dos fatores 
essenciais para tornar a sociedade brasileira mais inclusiva com relação às 
pessoas que apresentam deficiência a auditiva. 
Para que essa construção seja possível, diversas ações, das mais simples às 
complexas, devem ser adotadas por órgãos governamentais, empresas e 
pessoas. 
Por meio da soma de diversas iniciativas é possível tornar o uso dessa língua de 
sinais cada vez mais comum no Brasil, gerando um ciclo positivo de inclusão. 
Além do uso da Libras no dia a dia, é preciso desenvolver outras iniciativas que 
favoreçam o atendimento às necessidades específicas das pessoas surdas. 
Tais necessidades, como já vimos anteriormente, estão relacionadas a diversas 
áreas: saúde, educação, mercado de trabalho, cultura, lazer etc. Em todas elas, 
atualmente já é possível observar diversos avanços. 
No entanto, para que a Libras se torne cada vez mais frequente também é preciso 
investir na ampliação quanto ao uso dessa língua nas mais variadas situações do 
cotidiano, possibilitando que as pessoas surdas tenham pleno acesso à 
comunicação. 
Depois de aprender sobre a Libras, veja nossos demais conteúdos que abordam 
temas de alta relevância para surdos e ouvintes brasileiros. Todos esses temas 
trazem informações essenciais para que seja possível construir uma sociedade 
mais inclusiva. 
 
 
 
 
11 
 
A IMPORTÂNCIA DE APRENDER LIBRAS 
A Libras – Língua Brasileira de Sinais é uma forma de linguagem natural, criada 
para promover a inclusão social de deficientes auditivos. Em 2002, foi 
reconhecida pela Lei de nº 10.436 como como uma das línguas oficiais do país, 
sendo regulada pelo Decreto nº 5.626/2005. O que diferencia a Língua de Sinais 
das demais é que, no lugar do som, utiliza os gestos como meio de comunicação, 
marcados por movimentos específicos realizados com as mãos e combinados 
com expressões corporais e faciais. 
Hoje, aprender Libras é fundamental para o desenvolvimento nos aspectos social 
e emocional, não apenas do deficiente auditivo, mas também de todos que fazem 
parte do seu convívio. Ainda assim, o ensino da Língua de Sinais é bastante 
precário no Brasil. Muitos deficientes auditivos aprendem a linguagem em centros 
voltados exclusivamente para pessoas com deficiência. 
Aprender a Língua Brasileira de Sinais é evoluir pessoal e profissionalmente, 
além de incluir e fazer com que a sociedade seja mais receptiva e dê mais acesso 
e oportunidades às pessoas que sofrem de surdez. Saiba um pouco mais sobre 
a importância de aprender a Língua Brasileira de Sinais: 
DESTACAR-SE PROFISSIONALMENTE 
O domínio de Libras é um grande destaque no currículo profissional. Além do 
enriquecimento cultural, o profissional pode destacar-se principalmente se a 
empresa em que trabalha houver algum deficiente auditivo. Com a Lei nº 10.436, 
que torna obrigatório o setor público atender deficientes auditivos por meio da 
Língua Brasileira de Sinais, o que torna esse profissional muito requisitado nas 
empresas. 
 
POSSIBILITAR A INTEGRAÇÃO NO ÂMBITO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
12 
Ter conhecimento de Libras é fundamental no setor pedagógico, pois as 
instituições educacionais têm por obrigação serem locais de inclusão e 
integração, nem excluir nenhum aluno por conta de alguma deficiência. Portanto, 
é muito importante que os profissionais da área de Pedagogiasaibam Libras. 
ACABAR COM O AUDISMO 
O audismo pode ser compreendido como uma forma de preconceito com as 
pessoas que têm menores ou nenhuma capacidade de audição. E isso acontece 
quando há descaso ou falta de interesse em adaptar a comunicação para que ela 
atinja as pessoas com deficiência auditiva. Não valorizar a Libras e sua relevância 
são uma forma de endossar a cultura negativa do autismo, por isso, aprender a 
Língua de Sinais e fornecer outros mecanismos de inclusão é importante para 
erradicar esse preconceito. 
 
UM GRANDE DESAFIO DA LIBRAS 
Ainda que a história da Libras tenha obtido grandes resultados com o trabalho de 
Ernest Huet e de todas as pessoas do Instituto, um fato marcou a história dos 
surdos no mundo e trouxe um imenso desafio para a Língua Brasileira de Sinais 
e todas as demais línguas de sinais. 
No dia 11 de setembro de 1880 foi realizado o Congresso de Milão, na Itália. À 
época, foi um grande acontecimento realizado com o intuito de analisar as 
abordagens utilizadas quanto à educação dos surdos no mundo todo. 
O uso cotidiano das línguas de sinais foi o assunto de maior relevância. Naquele 
momento, havia uma grande preocupação com os métodos que eram usados no 
ensino de surdos em todos os países. 
Muitos educadores defendiam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo 
método oralizado. 
 
 
 
 
13 
Isso significava que as línguas de sinais, usadas já em diversos países, deveriam 
ser proibidas. E foi exatamente o que ficou decidido no Congresso de Milão. 
A grande maioria dos participantes votou pelo fim do uso das línguas de sinais 
em todo planeta e adoção exclusiva dos métodos oralizados no ensino de 
pessoas surdas. 
Essa decisão provocou grandes prejuízos quanto ao ensino da Língua Brasileira 
de Sinais e também de outras línguas, como por exemplo, a Língua de Sinais 
Americana e a Língua de Sinais Francesa, que estavam já entre as mais 
utilizadas. 
Mesmo diante dessa proibição, a Libras continuou sendo utilizada de maneira 
informal. Esse fator fez toda diferença para que, muito tempo depois, a Libras 
pudesse ser ensinada e utilizada como forma de ensino das pessoas surdas e 
também no dia a dia. 
 
SETE COISAS QUE VOCÊ NÃO SABE SOBRE A 
LIBRAS 
1. LIBRAS NÃO É PORTUGUÊS EM GESTOS 
A Língua Brasileira de Sinais é uma língua autônoma. Ele pertence à “Família 
Francesa” das línguas de sinais, mas isso não quer dizer também que seja igual 
à Língua Francesa de Sinais. Cada país tem a sua língua de sinais própria. 
Aliás, nós, brasileiros, falamos português, e sabemos que o português de 
Portugal é um pouco diferente do nosso, especialmente na fala. A Língua 
Brasileira de Sinais também é diferente de sua correspondente portuguesa, que 
se chama “Língua Gestual Portuguesa”. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
2. LIBRAS NÃO É “A SEGUNDA LÍNGUA OFICIAL DO BRASIL” 
Algumas pessoas dizem que ela é “a segunda língua oficial do Brasil” porque o 
governo reconheceu-a como meio de expressão. Porém, a Constituição do 
Brasil não foi emendada: no Artigo XIII, a única língua mencionada como “língua 
oficial” do país é o português. 
O “reconhecimento oficial” da Libras significa que ela pode ser usada em 
circunstâncias oficiais: por exemplo, uma pessoa que só domine a Libras pode 
solicitar um intérprete para fazer uma prova de concurso público, assim como 
ter mais tempo de prova. 
Além disso, a Libras NÃO substitui a modalidade escrita da língua portuguesa – 
basta ler o Parágrafo Único da própria Lei que trata disso. 
 
3. É CERTO DIZER QUE A LIBRAS É A “LÍNGUA NATURAL DOS SURDOS”? 
Mais uma vez: a palavra “surdos” engloba uma imensa diversidade. Não existe 
um “tipo” único de surdo nem no Brasil, nem no resto do mundo. Toda vez que 
você lê ou ouve a palavra “surdos” precisa estar ciente desta diversidade. 
Afirmar qualquer coisa como “todo surdo usa isso, todo surdo faz aquilo” possui 
o mesmo grau de irresponsabilidade e equívoco de afirmar algo como “todo 
negro faz isso, toda mulher faz aquilo“. 
Pensou “surdos”, lembrou que existem surdos que ouvem, surdos que não 
ouvem, surdos que usam Libras, surdos que não usam Libras, surdos que usam 
tecnologias auditivas e também usam Libras… é diversidade que não acaba 
mais! 
 
 
 
 
15 
Dito isso, vamos lá: a língua natural de uma criança é aquela usada pela família 
na qual ela está inserida. A competência da família em determinada língua é 
fundamental para a fluência da criança e para aquisição das mais altas 
habilidades linguísticas e cognitivas. Quanto maior a fluência da família numa 
determinada língua, melhor ela consegue passar isso para a criança. 
Isso significa que a língua de sinais é a língua natural de um bebê ou criança 
surda caso ele seja filho de pais surdos usuários desta língua. Quando um bebê 
nasce surdo numa família de ouvintes, a língua de sinais não será sua primeira 
língua, pelos motivos explicados acima. 
Caso este bebê não consiga acesso precoce aos sons (por decisão da família 
de não optar pela reabilitação ou quando ela não é capaz de ajudar) tanto a 
criança quanto a família deverão aprender uma língua que não seja transmitida 
pela forma auditiva, ou seja, a Libras. Este bebê vai precisar tanto que a família 
aprenda e se torne fluente na Libras quanto de contato com a comunidade surda 
usuária desta língua. 
Resumindo: a Libras pode ser a língua natural de alguns surdos, mas não é, 
nunca foi e jamais será a língua natural de todos os surdos. Lembrando mais 
uma vez que a surdez tem graus: leve, moderado, severo e profundo. 
4. NEM TODO SURDO USA LIBRAS 
Nem todo surdo nasce surdo. As pessoas podem perder a audição, aos poucos 
ou subitamente, em qualquer momento da vida. Elas podem apenas uma parte 
da audição. Podem falar português perfeitamente. E, é claro, podem optar pela 
reabilitação auditiva. 
Um surdo que tenha perdido a audição depois de adquirir o português pode 
optar por aparelhos auditivos ou por implantes cocleares, ou não usar nada 
disso e ainda assim também não usar Libras. Essa é a realidade de milhões de 
pessoas no mundo inteiro – segundo a Organização Mundial de Saúde, são 466 
milhões de pessoas com algum grau de surdez incapacitante ao redor do 
 
 
 
 
16 
planeta. Todo ano, a OMS faz uma extensa campanha de conscientização para 
alertar sobre os prejuízos da perda auditiva não tratada. 
A reabilitação auditiva não impede ninguém de aprender Libras, caso queira ou 
precise. As pessoas que acreditam que todo surdo usa Libras são aquelas que 
não possuem informações adequadas sobre a diversidade da surdez. 
 
 
5. NEM TODO SURDO PERTENCE À CULTURA SURDA 
Algumas circunstâncias favoreceram o surgimento de uma “cultura surda” e de 
uma “identidade surda”. Antigamente, sem ajuda da tecnologia e dos recursos 
de acessibilidade, era fácil que os surdos ficassem apartados da sociedade. 
Alguns passaram até mesmo a considerar a fala e a escuta “anormais” e a 
repudiar os surdos que não usavam língua de sinais e optavam pela oralização 
e pelas posteriores tecnologias auditivas. 
Não questionamos o direito a uma cultura surda ou a uma identidade surda, 
muito pelo contrário. Somos fervorosos defensores das escolhas individuais de 
cada um. Apenas temos a obrigação de lembrar que a palavra “surdo”, assim, 
fica com dois sentidos: o primeiro indica uma pessoa que tem algum grau de 
surdez, e o segundo indica uma pessoa que se identifica com uma certa cultura. 
Nem todas as pessoas que têm deficiência auditiva se identificam com a “cultura 
surda”. Como não há estatísticas oficiais, e como há um grande mercado de 
aparelhos auditivos (cada capital e cidade brasileira possui incontáveis lojas de 
aparelhos auditivos), talvez não seja arriscado dizer que a maior parte das 
pessoas com dificuldades para ouvir não só não usa Libras como também não 
se identifica com a “culturasurda”. 
 
 
 
 
 
17 
6. DO QUE ACESSIBILIDADE PRECISAM OS SURDOS QUE NÃO USAM 
LIBRAS? 
Muitos surdos que optaram pela reabilitação auditiva terão resultados excelentes, 
mas ainda assim precisarão de ferramentas de acessibilidade. 
Um intérprete de libras em vídeos ou lives não tem serventia alguma para a 
maioria dos surdos que usam aparelhos auditivos e implantes cocleares, uma 
vez que não usam esta língua o recurso de acessibilidade necessário para estas 
pessoas são as legendas os surdos que não usam libras e não se beneficiam 
da reabilitação auditiva também precisam de legendas! 
Outro recurso de acessibilidade para surdos que ouvem, ainda pouco conhecido 
no brasil, mas extensamente usado no exterior, é o aro magnético o aro magnético 
ajuda muito no entendimento da fala humana em locais com muito ruído quando a 
pessoa usa aparelho auditivo ou implante coclear. 
Já a janela de libras é necessária para os surdos que usam libras. 
Resumindo: apenas a janela de libras não torna um vídeo ou live “acessível a 
surdos”. Sem legendas, boa parte das pessoas surdas fica excluída, sem 
acessibilidade. E libra não substitui o português escrito. 
 
7. LIBRAS OBRIGATÓRIA PARA TODOS? 
Existe um projeto de lei em análise no senado que ignora a diversidade da 
surdez, colocando no mesmo saco todas as pessoas surdas e fazendo a opinião 
pública acreditar que as necessidades de acessibilidade e de comunicação de 
todos os surdos se resumem a língua de sinais. Conforme já explicamos aqui: 
a surdez tem graus, nem todo surdo usa libras e a libras é a língua natural de 
alguns surdos, não de todos. 
 
 
 
 
18 
Este projeto de lei quer tornar obrigatório o ensino de libras a todos os estudantes, 
tenham eles deficiência auditiva ou não. 
Que fique bem claro: não temos nada contra o aprendizado de libras para 
aqueles que escolheram esse caminho ou que não têm outra opção. Isso é 
simples de entender e requer um nível básico de interpretação de texto. 
Porém, o lobby que tenta fazer a opinião pública acreditar que esse é o único 
caminho, ignorando os milhões de surdos que ouvem e que são oralizados, 
precisa ser combatido através de informação de qualidade. Este é o objetivo 
deste post e de campanhas de conscientização que promovemos. 
A diversidade da surdez não pode ser ignorada como cidadãos brasileiros 
surdos, precisamos ter acesso igualitário à construção de políticas públicas e 
uso de verbas federais, estaduais e municipais no que diz respeito à 
acessibilidade e educação para pessoas com deficiência auditiva. 
 
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
 
Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente na 
comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na 
mesma área geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das 
línguas orais, pois foram produzidas dentro das comunidades surdas. 
A Língua de Sinais Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais Britânica 
(BSL), que difere, por sua vez, da Língua de Sinais Francesa (LSF) 
Ex: 
 
 
 
 
19 
 
Além disso, dentro de um mesmo país há as variações regionais. 
A LIBRAS apresenta dialetos regionais, salientando assim, uma vez mais, o seu 
caráter de língua natural. 
VARIAÇÃO REGIONAL: representa as variações de sinais de uma região para 
outra, no mesmo país. 
 
 
 
 
 
20 
 
VARIAÇÃO SOCIAL: refere-se às variações na configuração das mãos e/ou no 
movimento, não modificando o sentido do sinal. 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
22 
 
MUDANÇAS HISTÓRICAS: com o passar do tempo, um sinal pode sofrer 
alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza. 
 
 
 
 
23 
 
 
ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE 
 
A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e 
percebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os 
sinais são o ‘desenho’ no ar do referente que representam. É claro que, por 
decorrência de sua natureza linguística, a realização de um sinal pode ser 
motivada pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso 
não é uma regra. A grande maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários, não 
mantendo relação de semelhança alguma com seu referente. 
 
 
 
 
24 
Vejamos alguns exemplos entre os sinais icônicos e arbitrários. 
SINAIS ICÔNICOS 
Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa ou 
coisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos que fazem 
alusão à imagem do seu significado. 
 
Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cada 
sociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas através 
de seus próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993) conforme 
os exemplos abaixo: 
ÁRVORE 
LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas em 
movimento. 
LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da árvore com as 
duas mãos (os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos). 
 
 
 
 
25 
 
SINAIS ARBITRÁRIOS 
São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade que 
representam. 
Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entre 
significante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais 
não eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto, conceitos 
abstratos. Isto não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos também 
podem ser representados, em toda sua complexidade. 
 
 
 
 
26 
 
ESTRUTURA GRAMATICAL 
 
ASPECTOS ESTRUTURAIS 
A LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros 
que estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Três são seus 
parâmetros principais ou maiores: a Configuração da(s) mão(s)-(CM), o 
Movimento - (M) e o Ponto de Articulação - (PA); e outros três constituem seus 
parâmetros menores: Região de Contato, Orientação da(s) mão(s) e Disposição 
da(s) mão(s).(FERREIRA BRITO, 1990) 
 
 
 
 
27 
Parâmetros principais Os 
parâmetros principais são : 
a) configuração da mão (CM) 
b) ponto de articulação (PA) 
c) movimento (M) 
 
a) Configuração da mão (CM): é a forma que a mão assume durante a 
realização de um sinal. Pelas pesquisas linguísticas, foi comprovado que 
na LIBRAS existem 43 configurações das mãos (Quadro I), sendo que o 
alfabeto manual utiliza apenas 26 destas para representar as letras. 
 
 
 
 
28 
 
 
QUADRO I 
 
 
 
 
29 
AS 46 CONFIGURAÇÕES DE MÃO DA LIBRAS 
 
(FERREIRA BRITO, 1995, p.220) 
 
b) Ponto de articulação (PA): é o lugar do corpo onde será realizado o sinal. 
 
 
 
 
30 
 
c) Movimento (M): é o deslocamento da mão no espaço, durante a realização 
do sinal. 
 
Direcionalidade do movimento 
a) Unidirecional: movimento em uma direção no espaço, durante a realização 
de um sinal. 
Ex.: PROIBID@, SENTAR, MANDAR.. 
b) Bidirecional: movimento realizado por uma ou ambas as mãos, em duas 
direções diferentes. 
 
 
 
 
31 
Ex.: PRONT@, JULGAMENTO, GRANDE, COMPRID@, DISCUTIR, 
EMPREGAD@, PRIM@, TRABALHAR, BRINCAR. 
c) Multidirecional: movimentos que exploram várias direções no espaço, 
durante a realização de um sinal. 
Ex. : INCOMODAR, PESQUISAR 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Parâmetros secundários 
a) Disposição das mãos : a realização dos sinais na LIBRAS pode ser feito com 
a mão dominante ou por ambas as mãos. 
Ex.: BURR@, CALMA, DIFERENTE, SENTAR, SEMPRE, OBRIGAD@ 
 
 
 
 
34 
b) Orientação das mãos : direção da palma da mão durante a execução do sinal 
da LIBRAS, para cima, para baixo, para o lado, para a frente, etc. . Também 
pode ocorrer a mudança de orientação durante a execução de um sinal. 
Ex. : MONTANHA, BAIX@,FRITAR. 
c) Região de contato : a mão entra em contato com o corpo, através do : 
toque : MEDO, ÔNIBUS, CONHECER. duplo 
toque : FAMÍLIA, SURD@, SAÚDE. risco : 
OPERAR, JOSÉ (nome bíblico), PESSOA. 
deslizamento : CURSO, EDUCAD@, LIMP@, GALINHA 
 
Componentes não manuais 
Além desses parâmetros, a LIBRAS conta com uma série de componentes não 
manuais, como a expressão facial ou o movimento do corpo, que muitas vezes 
podem definir ou diferenciar significados entre sinais. A expressão facial e 
corporal podem traduzir alegria, tristeza, raiva, amor, encantamento, etc., dando 
mais sentido à LIBRAS e, em alguns casos, determinando o significado de um 
sinal. 
Ex.: O dedo indicador em [G] sobre a boca, com a expressão facial calma e 
serena, significa silêncio; o mesmo sinal usado com um movimento mais rápido 
e com a expressão de zanga, significa uma severa ordem: Cale a boca!. 
A mão aberta, com o movimento lento e com expressão serena, significa calma; o 
mesmo sinal com movimento brusco e com expressão séria, significa pára. 
Em outros casos, utilizamos a expressão facial e corporal para negar, afirmar, 
duvidar, questionar, etc. 
 
 
 
 
35 
 
Sinais faciais: em algumas ocasiões, o sinal convencional é modificado, sendo 
realizado na face, disfarçadamente. 
Exemplos: ROUBO, ATO-SEXUAL. 
 
ESTRUTURA SINTÁTICA 
A LIBRAS não pode ser estudada tendo como base a Língua Portuguesa, porque 
ela tem gramática diferenciada, independente da língua oral. A ordem dos sinais 
na construção de um enunciado obedece regras próprias que refletem a forma 
de o surdo processar suas ideias, com base em sua percepção visual-espacial 
da realidade. Vejamos alguns exemplos que demonstram exatamente essa 
independência sintática do português: 
 
 
 
 
36 
 
Há alguns casos de omissão de verbos na LIBRAS: 
 
Observação: na estruturação da LIBRAS observa-se que a mesma possui regras 
próprias; não são usados artigos, preposições, conjunções, porque esses 
conectivos estão incorporados ao sinal. 
 
 
 
 
 
37 
Sistema pronominal 
a) Pronomes pessoais: a LIBRAS possui um sistema pronominal para 
representar as seguintes pessoas do discurso: 
- no singular, o sinal para todas as pessoas é o mesmo CM[G], o que diferencia 
uma das outras é a orientação das mãos; 
• dual: a mão ficará com o formato de dois, CM [K] ou [V]; 
• trial: a mão assume o formato de três, CM [W]; 
• quatrial: o formato será de quatro, CM [54]; plural: há dois sinais : 
 sinal composto ( pessoa do discurso no singular + grupo). 
 configuração da mão [Gd] fazendo um círculo (nós). 
 
Primeira pessoa 
Singular: EU - apontar para o peito do enunciador (a pessoa que fala) 
 
Dual: NÓS – 2 
 
 
 
 
38 
 
Trial: NÓS - 3 Quatrial: 
NÓS - 4 
Plural: 
 
Segunda pessoa Singular: VOCÊ - apontar para o interlocutor (a pessoa com quem 
se fala). 
 
Dual: VOCÊ - 2 
 
 
 
 
39 
Trial: VOCÊ - 3 
Quatrial: VOCÊ - 4 
Plural: VOCÊ - GRUPO VOCÊ - TOD@ 
 
Terceira pessoa 
Singular: EL@ - apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um 
lugar convencional. 
 
Dual: EL@ - 2 
Trial: EL@ - 3 Quatrial: 
EL@ - 4 Plural : 
 
 
 
 
40 
 
Quando se quer falar de uma terceira pessoa presente, mas deseja-se ser 
discreto, por educação, não se aponta para essa pessoa diretamente. Ou se faz 
um sinal com os olhos e um leve movimento de cabeça em direção à pessoa 
mencionada ou aponta-se para a palma da mão (voltada para a direção onde se 
encontra a pessoa referida). 
b) Pronomes demonstrativos: na LIBRAS os pronomes demonstrativos e os 
advérbios de lugar tem o mesmo sinal, sendo diferenciados no contexto. 
Configuração de mão [G] 
EST@ / AQUI - olhar para o lugar apontado, perto da 1ª pessoa. 
ESS@ / AÍ - olhar para o lugar apontado, perto da 2ª pessoa. 
AQUEL@ / LÁ - olhar para o lugar distante apontado. 
 
Tipos de referentes: 
• Referentes presentes. Ex.: EU, VOCÊ, EL@... 
• Referentes ausentes com localizações reais. Ex.: RECIFE, PREFEITURA, 
EUROPA... Referentes ausentes sem localização. 
 
 
 
 
41 
c) Pronomes possessivos: também não possuem marca para gênero e estão 
relacionados às pessoas do discurso e não à coisa possuída, como 
acontece em Português: 
EU : ME@ IRM@ ( CM [5] batendo no peito do emissor) 
VOCÊ : TE@ AMIG@ ( CM [K] movimento em direção à pessoa referida) 
ELE / ELA : SE@ NAMORAD@ ( CM [K] movimento em direção à pessoa 
referida) 
Observação: para os possesivos no dual, trial, quadrial e plural (grupo) são usados 
os pronomes pessoais correspondentes. 
d) Pronomes interrogativos: os pronomes interrogativos QUE, QUEM e 
ONDE caracterizam-se, essencialmente, pela expressão facial 
interrogativa feita simultaneamente ao pronome. 
QUE / QUEM: usados no início da frase.(CM [bO]. 
QUEM: com o sentido de quem é e quem é são mais usados no final da frase. 
QUANDO: a pergunta com quando está relacionada a um advérbio de tempo 
(hoje, amanhã, ontem) ou a um dia de semana específico. 
 
Ex. : 
EL@ VIAJAR RIO QUANDO-PASSADO (interrogação) 
EL@ VIAJAR RIO QUANDO-FUTURO (interrogação) 
EU CONVIDAR VOCÊ VIR MINH@ ESCOLA. 
VOCÊ PODER D-I-A (interrogação) 
 
QUE-HORAS? / QUANTAS-HORAS? 
 
 
 
 
42 
Para se referir à horas aponta-se para o pulso e relaciona-se o numeral para a 
quantidade desejada. 
Ex.: CURSO COMEÇAR QUE-HORAS AQUI (interrogação) 
Resposta : CURSO COMEÇAR HORAS DUAS. 
 
Para se referir a tempo gasto na realização de uma atividade, sinaliza-se um círculo 
ao redor do rosto, seguido da expressão facial adequada. 
Ex.: VIAJAR RIO-DE-JANEIRO QUANTAS-HORAS (interrogação) 
 
POR QUE / PORQUE 
Como não há diferença entre ambos, o contexto é que sugere, através das 
expressões faciais e corporais, quando estão sendo usados em frases 
interrogativas ou explicativas. 
d) Pronomes indefinidos: 
NINGUÉM (igual ao sinal acabar): usado somente para pessoa; 
NINGUÉM / NADA (1) (mãos abertas esfregando-se uma na outra): é 
usado para pessoas e coisas; 
NENHUM (1) / NADA (2) (CM [F] balança-se a mão) é usado para pessoas 
e coisas e pode ter o sentido de "não ter"; 
NENHUM (2) / POUQUINHO (CM [F] palma da mão virada para cima): é um 
reforço para a frase negativa e pode vir após NADA. 
 
Tipos de verbos 
 
 
 
 
43 
- Verbos direcionais 
- Verbos não direcionais 
a) Verbos direcionais - verbos que possuem marca de concordância. A 
direção do movimento, marca no ponto inicial o sujeito e no final o objeto. 
 
Verbos direcionais que incorporam o objeto 
Ex.:TROCAR 
TROCAR-SOCO 
 
 
 
 
44 
TROCAR-BEIJO 
TROCAR-TIRO 
TROCAR-COPO 
TROCAR-CADEIRA 
b) Verbos não direcionais: verbos que não possuem marca de concordância. 
Quando se faz uma frase é como se eles ficassem no infinitivo. Os verbos não 
direcionais aparecem em duas subclasses: 
- Ancorados no corpo: são verbos realizados com contato muito próximo do 
corpo. Podem ser verbos de estado cognitivo, emotivo ou experienciais, como: 
pensar, entender, gostar, duvidar, odiar, saber; e verbos de ação, como: 
conversar, pagar, falar. 
- Verbos que incorporam o objeto: quando o verbo incorpora o objeto, alguns 
parâmetros modificam-se para especificar as informações. 
Ex.: COMER 
COMER-MAÇÃ 
COMER-BOLACHA 
COMER-PIPOCA 
TOMAR /BEBER 
TOMAR-CAFÉ 
TOMAR-ÁGUA 
BEBER-PINGA / BEBER-CACHAÇA 
CORTAR-TESOURA 
 
 
 
 
45 
CORTAR-CABELO 
CORTAR-UNHA 
CORTAR-PAPEL 
CORTAR-FACA 
CORTAR-CORPO - “ operar” 
CORTAR-FATIA 
 
Tipos de frases 
Para produzirmos uma frase em LIBRAS nas formas afirmativa, exclamativa, 
interrogativa, negativa ou imperativa é necessário estarmos atentos às 
expressões faciais e corporais a serem realizadas, simultaneamente,às mesmas. 
• Afirmativa: a expressão facial é neutra. 
• Interrogativa: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça, 
inclinando-se para cima. 
• Exclamativa: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça 
inclinando-se para cima e para baixo. 
• Forma negativa: a negação pode ser feita através de três processos: 
 
a) incorporando-se um sinal de negação diferente do afirmativo: 
 
 
 
 
46 
 
b) realizando-se um movimento negativo com a cabeça, simultaneamente à 
ação que está sendo negada. 
 
c) acrescida do sinal NÃO (com o dedo indicador) à frase afirmativa. 
 
 
 
 
47 
 
Observação: em algumas ocasiões podem ser utilizados dois tipos de negação 
ao mesmo tempo. 
 
Imperativa: Saia! Cala a boca! Vá embora! 
 
Noções temporais 
Quando se deseja especificar as noções temporais, acrescentamos sinais que 
informam o tempo presente, passado ou futuro, dentro da sintaxe da LIBRAS. 
 
 
 
 
48 
Ex.: 
Presente 
(agora / hoje) 
LIBRAS - HOJE EU-IR CASA MULHER^BENÇÃO ME@ 
Português- "Hoje vou à casa da minha mãe" 
 
LIBRAS-AGORA EU EMBORA 
Português-“Eu vou embora agora.” 
Passado 
(Ontem / Há muito tempo / Passou / Já) 
 
LIBRAS- DEL@ HOMEM^IRMÃ@ VENDER CARRO JÁ 
Português- "O irmão dela vendeu o carro." 
 
LIBRAS-ONTEM EU-IR CASA ME@ MULHER^BENÇÃO 
Português- "Ontem, eu fui à casa da minha mãe." 
 
LIBRAS- TERÇA-FEIRA PASSADO EU-IR RESTAURANTE COMER^NOITE 
Português- "Na terça-feira passada eu jantei no restaurante." 
 
Futuro 
 
 
 
 
49 
(amanhã / futuro / depois / próximo) 
LIBRAS- EU ESTUDAR AMANHÃ 
Português- "Amanhã irei estudar " 
 
LIBRAS- PRÓXIMA QUINTA-FEIRA EU ESTUDAR 
Português- "Estudarei na quinta-feira que vem" 
 
LIBRAS- DEPOIS EU ESTUDAR 
Português- "Depois irei estudar" 
 
LIBRAS- FUTURO EU ESTUDAR FACULDADE MATEMÁTICA 
Português- "Um dia farei faculdade de matemática" 
 
Classificadores (Cl) 
Um classificador (Cl) é uma forma que estabelece um tipo de concordância em 
uma língua. Na LIBRAS, os classificadores são formas representadas por 
configurações de mão que, substituindo o nome que as precedem, podem vir 
junto de verbos de movimento e de localização para classificar o sujeito ou o 
objeto que está ligado à ação do verbo. 
Portanto, os classificadores na LIBRAS são marcadores de concordância de 
gênero para pessoas, animais ou coisas. São muito importantes, pois ajudam 
construir sua estrutura sintática, através de recursos corporais que possibilitam 
relações gramaticais altamente abstratas. 
 
 
 
 
50 
Muitos classificadores são icônicos em seu significado pela semelhança entre a 
sua forma ou tamanho do objeto a ser referido. As vezes o Cl refere-se ao objeto 
ou ser como um todo, outras refere-se apenas a uma parte ou característica do 
ser. (FERREIRA BRITO, 1995) 
Ex.: 
LIBRAS- CARRO BATER POSTE Cl Verbo em Cl movimento 
Português- "O carro bateu no poste." 
 
LIBRAS- PRATOS-EMPILHADOS Cl Verbo em localização 
Português- "Os pratos estão empilhados" 
 
Tipos de classificadores 
a) Quanto à forma e tamanho dos seres (tipos de objetos): 
Cl[B]- para superfícies planas, lisas ou onduladas (telhados, 
papel, bandeja, porta, parede, rua, mesa, etc.) ou qualquer superfície 
em relação à qual se pode localizar um objeto (em cima, embaixo, à 
direita, à esquerda, etc.); para veículos como ônibus, carro, trem, 
caminhão, etc; 
 
Cl [B]- pé dentro de um sapato, bandeja, prato, livro, espelho, 
papel, etc; 
 
 
 
 
51 
 
Cl [V]- para pessoas (uma pessoa andando, duas pessoas 
andando juntas, pessoas paradas). A orientação da palma da mão é, 
também, um componente importante, pois pode diferenciar o sentido 
do sinal a depender da direção para onde estiver voltada em relação 
ao corpo; 
 
Cl [54]- pessoas (quatro pessoas andando juntas, pessoas em 
fila ), árvores, postes; 
 
Cl: [Y]- pessoas gordas, veículos aéreos (avião, helicóptero), 
objetos altos e largos, de forma irregular (jarra, pote, peças decorativas, bomba 
de gasolina, lata de óleo, gancho de telefone, bule de café ou chá, sapato de salto 
alto, ferro, chifre de touro ou vaca); 
Cl: [C]- objetos cilíndricos e grossos (copos, vasos); 
 
 
 
 
 
52 
Cl: [G]- descreve com a extremidade do indicador, com as duas 
mãos, objetos ou locais (quadrado, redondo, retângulo, etc.) fios ou tiras (alças de 
bolsas); 
-localiza com a ponta do indicador, cidades, locais e outros referentes (buraco 
pequeno); 
-o indicador representa objetos longos e finos (pessoa, poste, prego); 
 
Cl: [F]- com a mão direita: objetos cilíndricos, planos e 
pequenos (botões, moedas, medalha, gota de água); 
- com as duas mãos: objetos cilíndricos longos (cano fino, cadeira de ferro 
ou metal, etc.). 
Observação: as expressões faciais tem importância fundamental na 
realização dos classificadores, pois intensificam seu significado. 
Ex.: 
-bochechas infladas e olhos bem abertos para coisas grandes ou grossas. 
 
 
 
 
53 
 
- olhos semi-fechados com o franzir da testa, ombros levantados e 
inclinação da cabeça para frente, para coisas estreitas ou finas: 
 
- expressão facial normal para tamanhos médios: 
 
b) Quanto ao modo de segurar certos objetos: 
Cl: [F]- objetos pequenos e finos (botões, moedas, palitos de fósforos, asa de 
xícara); 
Cl: [H]- segurar cigarro; 
 
 
 
 
54 
Cl: [C]- copos e vasos; 
Cl: [As]-buque de flores, faca, carimbo, sacola, mala, guarda-chuva, 
caneca ou chopp, pedaço de pau, etc. (funciona como parte do verbo e 
representa o objeto que se moveu ou é localizado). 
 
Role-Play 
Este é um recurso muito usado na LIBRAS quando os surdos estão 
desenvolvendo a narrativa. O sinalizador coloca-se na posição dos personagens 
referidos na narrativa, alternando com eles em situações de diálogo ou ação. 
 
FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
Como já vimos anteriormente, na LIBRAS os sinais são formados a partir de 
parâmetros principais e secundários e através de alguns componentes 
nãomanuais. Há, também, uma série de outros sinais que são formados por 
processos de derivação, composição ou empréstimos do português. Vejamos 
alguns exemplos: 
Sinais compostos: da mesma forma que no português, teremos compostos de 
palavras no qual um elemento será o principal- o núcleo - e um elemento o 
especificador- o adjunto. É interessante observar, que na LIBRAS a estrutura não 
será apenas binária e, neste caso, teremos dois ou mais elementos 
especificadores de uma palavra-núcleo. 
 
 
 
 
55 
 
Em alguns casos, quando ao sinal acrescenta-se outro, o mesmo passa a ter outro 
significado. 
Ex.: pílula 
PILULA^EVITAR^GRÁVIDA “pílula anticoncepcional” 
PÍLULA^CALMA “calmante” 
PÍLULA^DOR DE CABEÇA “analgésico” 
médico 
MÉDIC@^SEXO “ginecologista’ 
MÉDIC@^OLHO “oftalmologista” 
MÉDIC@^CRIANÇA “pediatra” 
MÉDIC@^CORAÇÃO “cardiologista” 
 
a) Sinais compostos com formatos: há execução de um sinal convencional 
com acréscimo de um outro sinal na "forma" do objeto que se quer 
especificar. 
Ex.: retângulo 
 
 
 
 
56 
RETÂNGULO^TELEGRAMA “bilhete de telegrama” 
RETÂNGULO^CONSTRUÇÃO “tijolo” 
RETÂNGULO^DINHEIRO “cédula” 
RETÂNGULO^CARTA “envelope” 
RETÂNGULO^ÔNIBUS “passagem de ônibus” 
b) Sinais compostos por categorias: para classificar um sinal por categoria ou 
por grupo, acrescentamos à palavra-núcleo o sinal VARIADOS. 
Ex.: 
MAÇÃ^VARIADOS “frutas” 
CARRO^VARIADOS “meios de transportes” 
COR^VARIADOS “colorido” 
COMER^VARIADOS ‘alimentos” 
LEÃO^VARIADOS “animais” 
 
Gênero (feminino / masculino): é interessante observar que não há flexão de 
gênero em LIBRAS, os substantivos e adjetivos são, em geral, não marcados. 
Entretanto, quando se quer explicitar substantivos dentro de determinados 
contextos,a indicação de sexo é feita pospondo-se o sinal "HOMEM / MULHER", 
indistintamente, para pessoas e animais, ou a indicação é obtida através de sinais 
diferentes para um e para outro sexo: 
 
 
 
 
57 
 
Adjetivos, artigos, pronomes e numerais não apresentam flexão de gênero, 
apresentando-se em forma neutra. Esta forma neutra está representada pelo 
símbolo @. 
Ex.: AMIG@, FRI@, MUIT@, CACHORR@, SOLTEIR@ 
 
Adjetivos: são sinais que apresentam-se na forma neutra, não havendo, 
portanto, nem marca para gênero (masculino e feminino) e nem para número 
(singular e plural). Geralmente, aparecem na frase após o substantivo que 
qualificam. 
Ex.: GAT@ PEQUEN@ COR BRANC@ ESPERT@ 
“O gato é pequeno, branco e esperto.” 
 
Numerais e quantificação: a LIBRAS apresenta diferentes formas de sinalizar os 
numerais, a depender da situação: 
-cardinais: até 10, representações diferentes para quantidades e cardinais; a partir 
de 11 são idênticos. 
- ordinais: do primeiro até o nono tem a mesma forma dos cardinais, mas os 
ordinais possuem movimento enquanto que os cardinais não possuem. Os 
ordinais do 1 º ao 4 º têm movimentos para cima e para baixo e os ordinais do 5º 
 
 
 
 
58 
até o 9 º têm movimentos para os lados. A partir do numeral dez não há mais 
diferenças. 
- valores monetários, pesos e medidas: para representar valores monetários 
de 1 até 9, usa-se o sinal do numeral correspondente ao valor, incorporando a 
este o sinal VÍRGULA ou, também, após o sinal do numeral correspondente 
acrescenta-se o sinal de R-S “ real”. Para os valores de 1.000 até 9.000 usa - se 
a incorporação do sinal VÍRGULA ou PONTO. 
 
Formas de plural: há plural na LIBRAS no uso repetido de sinais ou indicando a 
quantidade. 
Ex.: MUITO-ANO(quantidade), MUITO-ANO(duração), 
DOIS-DIA, TRÊS-DIA, QUATRO-DIA, TODO-DIA, 
DOIS-SEMANA, TRÊS-SEMANA, DOIS-MÊS, ... 
 
Classificadores possuem plural. 
Ex.: "Pessoas em fila." 
"As pessoas sentam em círculo." 
 
Intensificadores e advérbios de modo: utiliza-se a repetição exagerada para 
intensificar o significado do sinal. 
Ex.: COMER – COMER - COMER “ Comer sem parar.” 
FUMAR – FUMAR - FUMAR “ Fumar sem parar.” 
FALAR – FALAR - FALAR “ Falar sem parar.” 
 
 
 
 
59 
 
-Advérbios de modo: 
MUITO: utilizado como intensificador em LIBRAS e expresso através das 
expressões facial e corporal ou de uma modificação no movimento do sinal. 
RÁPIDO: para estabelecer um modo rápido de se realizar a ação, há uma repetição 
do sinal da ação e a incorporação de um movimento acelerado. 
 
Advérbios de tempo: (frequência) 
N-U-N-C-A : sinal soletrado; 
FREQUENTE e FREQUENTEMENTE: mesma configuração de mão [L], mas para 
a segunda ideia o sinal é feito repetidamente. 
SEMPRE “ continuar” e MESMO: mesma configuração de mão [V] mas no primeiro 
há um movimento para frente do emissor. 
 
Polissemia: há sinais que denotam vários significados apesar de apresentarem 
uma única forma na LIBRAS. 
 
 
 
 
60 
 
Gíria: é utilizada em LIBRAS, porém não pode ser traduzida para o português, pois 
o sinal a ser utilizado varia de acordo com o contexto em que ocorre. 
Ex.: Não tem dono; fico com ele. 
Conseguir namorado. (rápido) 
Problema meu. 
Eu progredi . 
Estou com sono, é o violino tocando (desinteresse total com relação à palestra, 
aulas, etc.) 
Que estranho, esquisito, não sabia disto. 
 
 
 
 
 
 
61 
Simples, vulgar. 
Vou ignorar isto, não farei isto, preguiça de fazer. 
Terei que aguentar, paciência. 
 
Alfabeto Manual: é a soletração de letras com as mãos. É muito aconselhável 
soletrar devagar, formando as palavras com nitidez. Entre as palavras soletradas, 
é melhor fazer uma pausa curta ou mover a mão direita para o lado esquerdo, 
como se estivesse empurrando a palavra já soletrada para o lado. Normalmente 
o alfabeto manual é utilizado para soletrar os nomes de pessoas, de lugares, de 
rótulos, etc., e para os vocábulos não existentes na língua de sinais. 
 
Empréstimos da língua portuguesa: alguns sinais são realizados através da 
soletração, uso das iniciais das palavras, cópia do sinal gráfico pela influência da 
 
 
 
 
62 
Língua Portuguesa escrita. Estes empréstimos sofrem mudanças formativas e 
acabam tornando-se parte do vocabulário da LIBRAS. 
Ex.: N-U-N-C-A "nunca" 
-B-R “bar”, A-L "azul" 
-MATEMÁTICA 
-MARROM, ROXO, CINZA. 
Esta descrição sucinta da LIBRAS não é suficiente para conhecê-la na sua 
estrutura linguística como um todo e, muito menos, em suas especificidades 
enquanto língua de uma comunidade. No entanto, parece ser um primeiro passo 
para que saibamos que a LIBRAS é uma língua natural com toda complexidade 
dos sistemas linguísticos que servem à comunicação, socialização e ao suporte 
do pensamento de muitos grupos sociais. Mesmo a despeito de mais de um 
século de proibição de seu uso nas escolas de surdos, preconceito e 
marginalização por parte da sociedade como um todo, as línguas de sinais 
resistiram, demonstrando a necessidade essencial de sua utilização entre as 
pessoas surdas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 
10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – 
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