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Negócio Jurídico --------------------------------------------------------- 01
Obrigações ---------------------------------------------------------------- 04
Sucessões ----------------------------------------------------------------- 08
Contratos ------------------------------------------------------------------ 10
Direito das Coisas --------------------------------------------------------- 15
Responsabilidade Civil ---------------------------------------------------- 20
Sumário:
@resumebiaoab
Negócio JurídicoNegócio Jurídico
São os elementos sem os quais não há
sequer negócio jurídico.
@resumebiaoab
01
Pressupostos de ExistênciaPressupostos de Existência 
Agente (pessoa):
Somente uma pessoa pode declarar e
recepcionar a vontade. 
Exemplo: Não pode ser beneficiário de
testamento algo que não seja pessoa.
Vontade:
A vontade é fundamental para a criação do
negócio jurídico
Objeto:
Há que se ter um objeto, sobre o qual a
vontade das partes recairá
Forma:
É a exteriorização da vontade do agente.
Poderá ser verbal, gestual ou escrita.
São as exigências que a lei estabelece para
que um negócio existente possa receber a
chancela do ordenamento jurídico.
Requisitos de Validade:Requisitos de Validade:
Agente capaz:
Deve se ter um agente com plena
capacidade de fato.
Vontade livre e consciente: 
Se presente algum vício do consentimento
como o erro, dolo, coação, estado de perigo
e lesão, haverá a invalidade do negócio
Objeto lícito, possível, determinado ou
determinável: 
A licitude do objeto é fundamental para a
validade do negócio, assim como a
possibilidade física, jurídica e a
determinabilidade. 
Forma prescrita ou não defesa em lei: 
Em alguns caso, a lei exigirá alguma
formalidade, como instrumento público ou
forma escrita. Nessas situações, a forma é
prescrita e deve ser seguida, sob pena de
se afetar a validade do negócio.
Fatores de EficáciaFatores de Eficácia
São aqueles que, de alguma forma, afetarão
a produção de efeitos do negócio existente.
Eficácia simples: 
Se inserida uma condição ou um termo,
pode ser que os efeitos a serem produzidos
pelo negócio fiquem submetidos ao advento
de certos fatos. Assim, diz-se que há
ineficácia simples.
Eficácia relativa: 
Por vezes, o negócio existe, é válido, produz
efeitos. Porém, se tais feitos não se
produzem em falta de um sujeito
determinado, diz-se que o negócio é a este
inoponível (ineficaz relativamente a
determinada pessoa).
@resumebiaoab
02
(Artigo 166 do Código Civil)
Invalidade do Negócio JurídicoInvalidade do Negócio Jurídico
NuloNulo AnulávelAnulável
(Artigo 171 do Código Civil)
Nulidade absoluta Nulidade relativa
Viola norma de interesse público Viola norma de interesse particular
Pode ser reconhecido de ofício pelo juiz, 
mesmo que ninguém tenha suscitado a 
nulidade
Não pode ser reconhecido de ofício pelo 
juiz
Pode ser alegado por qualquer pessoa 
interessada
Somente pode ser alegada pela pessoa 
prejudicada
Não pode ser convalidado Pode ser convalidado
Imprescritível
A invalidez deve ser alegada dentro do 
prazo
A ação é declaratória
A ação é desconstitutiva ou constitutiva 
negativa
Configura-se quando um sujeito, ao
manifestar a sua vontade, tem a intenção
de prejudicar terceiros ou fraudar lei
imperativa.
Gera nulidade absoluta (negócio nulo).
SimulaçãoSimulação
Vícios de ConsentimentoVícios de Consentimento
A) Erro: É quando a pessoa que declara a
sua vontade, se engana sozinha (sem
indução por parte de terceiro) a respeito de
um dos elementos essenciais do negócio
jurídico. O erro deve ser essencial para
configurar a 
nulidade.
Reserva mentalReserva mental
Não é propriamente um tipo de simulação,
mas poderá ter efeitos equiparados. Será
configurada quando uma das partes oculta
secretamente a sua verdadeira intenção ao
praticar o negócio jurídico.
Atenção! Se a outra não tiver conhecimento
da reserva mental, o ato subsistirá.
Contudo, se a parte tinha conhecimento da
reserva mental, o ato não subsistirá. 
B) Dolo: É quando uma terceira pessoa
engana ou induz o declarante a erro. 
Atenção! Erro acidental não anula o
negócio jurídico
C) Coação: É quando alguém, seja por ato
de violência ou ato de constrição moral,
ameaça terceiro. Para a sua configuração,
esta deve ser a causa do negócio jurídico.
D) Lesão: É quando o agente é levado a
realizar um negócio jurídico, seja por
inexperiência ou por necessidade, de forma
que tal negócio se torna extremamente
oneroso em comparação com a
contraprestação que receberá.
@resumebiaoab
03
Art. 548 do Código Civil: É nula a doação
de todos os bens sem reserva de parte, ou
renda suficiente para a subsistência do
doador.
Art. 549 do Código Civil: Nula é também a
doação quanto à parte que exceder à de
que o doador, no momento da liberalidade,
poderia dispor em testamento.
Art. 172 do Código Civil: O negócio anulável
pode ser confirmado pelas partes, salvo
direito de terceiro.
Art. 173 do Código Civil: O ato de
confirmação deve conter a substância do
negócio celebrado e a vontade expressa de
mantê-lo.
Art. 174 do Código Civil: É escusada a
confirmação expressa, quando o negócio já
foi cumprido em parte pelo devedor, ciente
do vício que o inquinava.
Art. 170 do Código Civil: Se, porém, o
negócio jurídico nulo contiver os requisitos
de outro, subsistirá este quando o fim a que
visavam as partes permitir supor que o
teriam querido, se houvessem previsto a
nulidade.
Art. 167 do Código Civil: É nulo o negócio
jurídico simulado, mas subsistirá o que se
dissimulou, se válido for na substância e na
forma.
E) Estado de perigo: É quando o agente é
levado a realizar um negócio jurídico para
salvar a si próprio ou alguém de sua família,
assumindo uma obrigação desproporcional
e excessiva.
Artigos importantes sobre o tema:
Art. 489 do Código Civil: Nulo é o contrato
de compra e venda, quando se deixa ao
arbítrio exclusivo de uma das partes a
fixação do preço.
Art. 496 do Código Civil: É anulável a venda
de ascendente a descendente, salvo se os
outros descendentes e o cônjuge do
alienante expressamente houverem
consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos,
dispensa-se o consentimento do cônjuge se
o regime de bens for o da separação
obrigatória.
§ 1º Haverá simulação nos negócios
jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir
direitos a pessoas diversas daquelas às
quais realmente se conferem, ou
transmitem;
II - contiverem declaração, 
confissão, condição ou 
cláusula não 
verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem
antedatados, ou pós-datados.
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros
de boa-fé em face dos contraentes do
negócio jurídico simulado.
Art. 110 do Código Civil: A manifestação de
vontade subsiste ainda que o seu autor
haja feito a reserva mental de não querer o
que manifestou, salvo se dela o destinatário
tinha conhecimento.
Art. 138 do Código Civil: São anuláveis os
negócios jurídicos, quando as declarações
de vontade emanarem de erro substancial
que poderia ser percebido por pessoa de
diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio.
Art. 139 do Código Civil: O erro é
substancial quando:
I - interessa à natureza do negócio, ao
objeto principal da declaração, ou a alguma
das qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade
essencial da pessoa a quem se refira a
declaração de vontade, desde que tenha
influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando
recusa à aplicação da lei, for o motivo único
ou principal do negócio jurídico.
Art. 140 do Código Civil: O falso motivo só
vicia a declaração de vontade quando
expresso como razão determinante.
Art. 141 do Código Civil: A transmissão
errônea da vontade por meios interpostos é
anulável nos mesmos casos em que o é a
declaração direta.
@resumebiaoab
04
Art. 142 do Código Civil: O erro de
indicação da pessoa ou da coisa, a que se
referir a declaração de vontade, não viciará
o negócio quando, por seu contexto e pelas
circunstâncias, se puder identificar a coisa
ou pessoa cogitada.
Art. 143 do CódigoCivil: O erro de cálculo
apenas autoriza a retificação da
declaração de vontade.
Art. 144 do Código Civil: O erro não
prejudica a validade do negócio jurídico
quando a pessoa, a quem a manifestação
de vontade se dirige, se oferecer para
executá-la na conformidade da vontade
real do manifestante.
Art. 145 do Código Civil: São os negócios
jurídicos anuláveis por dolo, quando este
for a sua causa.
Art. 146 do Código Civil: O dolo acidental só
obriga à satisfação das perdas e danos, e é
acidental quando, a seu despeito, o negócio
seria realizado, embora por outro modo.
Art. 147 do Código Civil: Nos negócios
jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de
uma das partes a respeito de fato ou
qualidade que a outra parte haja ignorado,
constitui omissão dolosa, provando-se que
sem ela o negócio não se teria celebrado.
Art. 148 do Código Civil: Pode também ser
anulado o negócio jurídico por dolo de
terceiro, se a parte a quem aproveite dele
tivesse ou devesse ter conhecimento; em
caso contrário, ainda que subsista o
negócio jurídico, o terceiro responderá por
todas as perdas e danos da parte a quem
ludibriou.
Art. 149 do Código Civil: O dolo do
representante legal de uma das partes só
obriga o representado a responder
civilmente até a importância do proveito
que teve; se, porém, o dolo for do
representante convencional, o
representado responderá solidariamente
com ele por perdas e danos.
Art. 150 do Código Civil: Se ambas as partes
procederem com dolo, nenhuma pode
alegá-lo para anular o negócio, ou
reclamar indenização.
Art. 151 do Código Civil: A coação, para
viciar a declaração da vontade, há de ser
tal que incuta ao paciente fundado temor
de dano iminente e considerável à sua
pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a
pessoa não pertencente à família do
paciente, o juiz, com base nas
circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 154 do Código Civil: Vicia o negócio
jurídico a coação exercida por terceiro, se
dela tivesse ou devesse ter conhecimento a
parte a que aproveite, e esta responderá
solidariamente com aquele por perdas e
danos.
Art. 155 do Código Civil: Subsistirá o negócio
jurídico, se a coação decorrer de terceiro,
sem que a parte a que aproveite dela
tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o
autor da coação responderá por todas as
perdas e danos que houver causado ao
coacto.
ObrigaçõesObrigações
A obrigação consiste na relação jurídica
que, unindo dois ou mais sujeitos, faz com
que um tenha o dever de adimplir uma
prestação em benefício de outro.
Obrigação de dar coisa certaObrigação de dar coisa certa
Perda total ou perecimento
O contrato resolve-se para ambas as
partes. Devolve-se o que já foi pago pelo
credor, regressando-se as partes ao status
quo ante.
Perda total ou perecimento 
Antes da tradição:Sem culpa do devedor
Com culpa do devedor Antes da tradição:
Resolve-se a obrigação, devolve-se o que já
foi pago e há pagamento de 
perdas e danos pelo
culpado.
@resumebiaoab
05
Perda parcial ou deterioração
Antes da tradição:Sem culpa do devedor
O credor terá o direito potestativo de
escolher se fica com o bem, abatido do
preço o valor que perdeu, ou se resolve a
obrigação.
Perda parcial ou deterioração
Antes da tradição:Com culpa do devedor
O mesmo terá direito potestativo, acrescido
em qualquer escolha das devidas perdas e
danos.
Depois da tradição:
Se já houve a tradição, a coisa perece para
o dono, ou seja, para o atual proprietário.
Exceções:
- Vícios ocultos;
- Vícios jurídicos.
Obrigação de dar coisa incertaObrigação de dar coisa incerta
Antes da tradição:
O gênero não perece. Mesmo em situações
de caso fortuito ou força maior, não poderá
o devedor alegar a perda do bem, já que ao
menos o gênero existirá, sendo impensável
a sua perda por completo.
Depois da tradição:
Se já houve a tradição, a coisa perece para
o dono, ou seja, para o atual proprietário.
Obrigação de restituirObrigação de restituir
Perda total
O credor sofrerá a perda e a obrigação se
resolverá.
Antes da restituição:
Sem culpa do devedor
Perda total
Antes da restituição:
Com culpa do devedor
O credor sofrerá a perda, mas o devedor
responderá pelo equivalente, mais perdas e
danos.
Perda parcial
Antes da restituição:
Sem culpa do devedor
O credor receberá a coisa tal qual se ache,
sem direito a indenização.
Perda parcial
Antes da restituição:
Com culpa do devedor
O devedor responderá pelo equivalente,
acrescido de perdas e danos.
Depois da restituição:
Após a devolução da coisa ao credor, o
tratamento será idêntico ao fornecido à
obrigação de dar coisa certa.
Obrigação de fazerObrigação de fazer
Consiste no compromisso do devedor de
realizar uma atividade ou serviço em prol
do credor
Atenção!
Considera-se fungíveis as obrigações em
que a atividade ou serviço pode ser
realizada por qualquer devedor.
Considera-se infungíveis as obrigações que
somente poderão ser adimplidas por
determinado devedor.
Obrigação de não fazerObrigação de não fazer
Consiste no compromisso de abstenção por
parte do devedor de realizar alguma
atividade.
Obrigação alternativaObrigação alternativa
São caracterizadas pela conjunção "ou",
quando da previsão de duas ou mais
prestações. O devedor se liberará pagando
qualquer das prestações ajustadas. 
Atenção! A escolha entre as prestações
alternativas será do devedor, se o contrário
não dispuser no contrato.
@resumebiaoab
06
Atenção! As partes poderão designar um
terceiro para a efetivação dessa escolha. 
Atenção! Se esse terceiro eleito pelas partes
para efetivar a escolha não quiser ou não
puder escolher, a decisão voltará para as
partes decidirem em conjunto.
Obrigação cumulativaObrigação cumulativa
O devedor será obrigado a pagar todos os
objetos determinados e somente se
desobrigará quando adimplir todas as
prestações que estiverem pactuadas.
Obrigação facultativaObrigação facultativa
Nesse tipo de obrigação, haverá a fixação
de duas prestações, uma principal uma
subsidiária. Eventualmente, o devedor
poderá se valer da prestação secundária
(subsidiária) para adimplir a obrigação.
Atenção! O devedor se desobrigará
entregando qualquer uma das prestações,
porém o credor somente terá direito a
prestação principal.
Obrigação divisívelObrigação divisível 
Nesse tipo de obrigação, o objeto será
divido de acordo com o número de credores
ou devedores que se fizerem presentes.
Obrigação indivisívelObrigação indivisível 
Nesse tipo de obrigação, a prestação
poderá ser exigida em sua integralidade,
pela impossibilidade de fracionamento do
objeto.
Pluralidade de devedores na obrigação
indivisível: Qualquer deles poderá ser
demandado a pagar a dívida por inteiro.
Deste modo, o devedor que paga se sub-
rogará no direito de crédito. A sub-
rogação, nessa hipótese será parcial,
podendo o devedor que pagou cobrar dos
codevedores a cota da dívida referente a
seus quinhões.
Pluralidade de credores na obrigação
indivisível: Poderá cada um desses exigir a
dívida por inteiro. 
Obrigação solidáriaObrigação solidária
Ocorre quando na mesma obrigação
concorre mais de um credor ou mais de um
devedor, cada um com direito, ou obrigado,
à divida toda.
Atenção! A solidariedade não se presume,
pois resulta da lei ou da vontade das
partes.
Solidariedade ativa: Vários credores com
direito à dívida por inteiro.
Solidariedade passiva: Vários devedores
obrigados a pagar a dívida por inteiro.
Atenção! Quando houver a exoneração ou
renúncia da solidariedade do devedor
solidário pelo credor, esse devedor
continuará como sujeito passivo, porém
apenas como devedor fracionário (de sua
cota-parte). Mantida a solidariedade
quanto aos demais, deve-se abater a cota
daquele que foi exonerado.
Atenção! Quando houver a remissão de um
dos devedores solidários, este perderá a
condição de devedor, ou seja, implicará sua
completa liberação do vínculo obrigacional.
Atenção! Se um dos devedores tiver sua
insolvência declarada, a cota deste será
repartida igualmente entre os demais
codevedores. Nesse caso, o exonerado
participa da cota do rateio do insolvente,pois a exoneração se deu apenas em
relação à solidariedade e não à condição
de devedor. Todavia, o remitido estará
integralmente liberado, não tendo nem
mesmo a responsabilidade pelo rateio da
cota do insolvente.
Atenção! O devedor solidário demandado
integralmente pela dívida poderá chamar
ao processo os demais devedores solidários
para exercer seus direitos de credor sub-
rogado.
@resumebiaoab
07
Consignação em pagamentoConsignação em pagamento 
Diante da recusa injustificada do credor em
receber, da dúvida do devedor quanto a
quem deve se pagar ou da dificuldade em
realizar esse pagamento, é possível utilizar-
se do procedimento de consignação.
Sob-rogaçãoSob-rogação
Ocorre o pagamento satisfazendo-se os
interesses do credor. Neste sentido, aquele
que pagou será transferido para a posição
do credor originário, para que possa
exercer o seu direito de sub rogado contra
o devedor que nada desembolsou.
ImputaçãoImputação
Ocorre quando houver mais de uma dívida,
de igual natureza, estabelecida entre os
mesmos credores e os mesmos devedores,
será necessário que este último, ao oferecer
a prestação em pagamento, indique qual
dívida está a saldar naquele momento. Esse
direito de imputar pertence ao devedor.
Todavia, se não o exercer, tal direito
passará ao credor, que o exercerá por
declaração na quitação.
Dação em pagamentoDação em pagamento
Ocorre quando o credor não é obrigado a
receber objeto diverso daquele que fora
pactuado. Contudo, se consente em receber
coisa diversa daquela que fora pactuada.
NovaçãoNovação
Ocorre a partir da criação de uma nova
obrigação, substancialmente diversa da
anterior, com a finalidade de extinguir a
primeira.
CompensaçãoCompensação
Há a extinção da obrigação por ocorrer
uma atração de direitos opostos, ou seja,
credor e devedor têm ao mesmo tempo
créditos e débitos um para com o outro.
Terceiro interessadoTerceiro interessado
O terceiro interessado que paga irá se sub-
rogar no direito de credor originário.
Atenção! O terceiro interessado, por ter
interesse jurídico, é legitimado ativo para a
consignação em pagamento.
Terceiro não interessadoTerceiro não interessado
- Se o pagamento foi em nome próprio, o
terceiro terá direito de reembolso, mas não
se sub-rogará nos direitos do credor.
- Se o pagamento for feito em nome do
devedor, considera-se que o terceiro fez
uma doação indireta (e o devedor pode
recusar a doação). Somente se pagar em
nome do devedor e se o devedor se recusar
é que ele poderá ingressar com a
consignação em pagamento.
MoraMora 
Efeitos:
a) O devedor deverá reparar todos os
prejuízos a que sua mora deu causa, além
de juros moratórios, correção monetária e
honorários advocatícios.
b) O devedor em mora responde até pelo
caso fortuito ou força maior, se esses
eventos venham a ocorrer durante o
período da mora. Contudo, não haverá
responsabilidade, se ficar comprovado 
que ocorreria de qualquer forma.
@resumebiaoab
08
Inadimplemento absolutoInadimplemento absoluto
Decorre de três fatores:
a) Recursa voluntária do devedor em
cumprir a prestação ajustada;
b) Perda total do objeto por culpa do
devedor;
c) Em caráter de mora.
Efeitos:
Ocorrendo qualquer dessas causas, haverá
a resolução da obrigação com o pagamento
de perdas e danos, juros moratórios,
correção monetária e honorários
advocatícios. 
SucessõesSucessões
Esse princípio representa a transferência
direta e imediata, independente de
formalidades, da propriedade e da posse da
herança aos herdeiros, com a abertura da
sucessão.
Princípio da saisinePrincípio da saisine
a) Sucessão legítima: Deferida em virtude
da lei, na ausência de testamento válido ou
em caso de bens não contemplados em
testamento.
b) Sucessão testamentária: No caso da
existência de testamento.
c) Sucessão a título universal: Os herdeiros
sucedem na totalidade ou partes ideais da
herança.
d) Sucessão a título singular: O beneficiário
recebe o legado
(bem certo e determinado).
Espécies de sucessões:Espécies de sucessões:
Herdeiros necessáriosHerdeiros necessários
Os herdeiros necessários, legitimários ou
reservatários são aqueles que, em virtude
do vínculo familiar, recebem proteção
especial pela lei, não podendo ser excluídos
da sucessão pela vontade do de cujus. 
São eles: os descendentes, os ascendentes
e o cônjuge.
Importante! Diante da sua existência, o
autor da herança apenas poderá dispor
pela via testamentária de metade da
herança, sendo a metade resguardada de
pleno direito aos herdeiros necessários, o
que constitui a legítima. 
Abertura da sucessãoAbertura da sucessão
O local de abertura da sucessão será o
último domicílio do autor da herança, onde
em regra deverá ser processado o
inventário.
Além disso, o inventário deverá ser
instaurado no prazo de 2 (dois) meses da
abertura da sucessão, devendo ser ultimado
em 12 (doze) meses.
Atenção! Até a nomeação e compromisso do
inventariante, os bens permanecerão sob a
posse do administrador provisório.
Aceitação da herançaAceitação da herança
É o ato de vontade pelo qual o beneficiário
manifesta anuência em receber a herança,
tornando definitiva a transmissão. A
aceitação pode ser expressa, tácita ou
presumida.
Renúncia da herançaRenúncia da herança
Constitui ato formal ou solene pelo qual o
herdeiro declara não aceitar a herança
para o qual fora chamado a suceder.
Atenção! Tendo o herdeiro renunciado, seus
sucessores não receberão sua quota por
representação.
Excluídos da sucessãoExcluídos da sucessão
(ou exclusão por indignidade)
Hipóteses:
I. Autoria ou participação em homicídio
doloso, consumado ou tentado, contra o
hereditando, seu cônjuge, companheiro,
ascendente ou descendente.
II. Acusação caluniosa do de cujus em juízo
e crimes contra sua honra, de seu cônjuge
ou companheiro.
III. Prática de atentado contra a 
liberdade de testar do 
hereditando.
@resumebiaoab
09
Herança jacenteHerança jacente
É aquela de cujos herdeiros não se tem
conhecimento. Diante da aparente falta de
titular, os bens da herança serão
arrecadados e entregues para serem
guardados por um curador, até que se dê a
habilitação de sucessor ou, na sua falta, a
declaração da vacância.
Atenção! Se nos 5 (cinco) anos após a
abertura da sucessão não se habilitarem
herdeiros, os bens arrecadados passarão
ao domicílio do poder público: do Município
ou do Distrito Federal (se localizados 
nas respectivas circunscrições;
da União, quando situados em
território federal.
Ordem de vocação hereditáriaOrdem de vocação hereditária
Descendentes
Ascendentes
Cônjuge
Colaterais
Em concorrência
com o cônjuge
Atenção! Na sucessão, o cônjuge pode
receber bens como meeiro e herdeiro, e
tem, independentemente do regime de bens
do casamento, direito real de habitação
sobre o imóvel destinado a residência da
família, desde que seja o único daquela
natureza a inventariar.
Atenção! A sucessão do descendente, em
concorrência com o cônjuge, varia de
acordo com o regime matrimonial de bens.
- Situações que o cônjuge não concorre:
comunhão universal, separação obrigatória,
comunhão parcial + existência de bens
particulares.
- Situações de afastamento do cônjuge:
separação judicial, separação de fato há
mais de 2 anos (salvo prova de que a
convivência se tornara impossível sem culpa
do sobrevivente).
O cônjuge herdará quinhão igual aos
que sucedem por cabeça;
Resguarda-se ao cônjuge a fração
mínima de um quarto da herança se for
ascendente dos herdeiros com quem
concorrer.
Regras: 
1.
2.
Atenção! A sucessão do ascendente dá-se
em concorrência com o cônjuge,
independentemente do regime matrimonial
de bens. Ocorre na falta de descendente na
linha sucessória.
Quanto à sucessão dos ascendentes:
- Não há direito de representação;
- Os ascendentes de grau mais próximo
excluem os de grau mais remoto, sem
distinção de linhas (paterna e materna).
- No cálculo das quotas, a herança divide-
se primeiramente por linha - e não por
cabeça - à fração de metade para cada,
dividendo-se o acervo de cada linha entre
os componentes de mesmo grupo.
Quanto à concorrência do cônjuge:
- Se concorrer com ascendentesem 1º grau,
a herança será divida em partes iguais
conforme o número de pessoas. Exemplo:
Metade para cônjuge e metade para único
ascendente ou um terço para cada se
houver dois ascendentes.
- Se concorrer com ascendentes em 2º grau
ou maior grau, caberá ao cônjuge a metade
da herança.
Atenção! O cônjuge sobrevivente receberá
a totalidade da herança, na falta de
descendentes e ascendente.
Atenção! Os colaterais de até 4º grau,
sucederão o de cujus, na falta de herdeiros
das classes superiores. Os colaterais são
herdeiros legítimos, mas não necessários.
Atenção! Na sucessão colateral os mais
próximos excluem os mais remotos, não
havendo em regra direito de representação.
Atenção! Admite-se direito de
representação excepcionalmente em favor
dos filhos de irmãos, em concorrência com
tios.
h) Função social do contrato: é um limite à
autonomia da vontade, pois entende-se que
o contrato não deve ser interpretado
somente de acordo com aquilo que foi
assinado pelas partes, mas sim levando-se
em conta a realidade social que o circunda.
Atenção! Nas relações contratuais privadas
prevalecerá o princípio da intervenção
mínima do Estado, por qualquer dos seus
poderes, e a revisão contratual
determinada de forma externa às partes
será excepcional.
Ocorre quando o contrato é cumprido de
maneira imperfeita, pois a coisa tem um
defeito oculto que a torna imprópria ao uso
a que se destina ou que tenha o seu valor
patrimonial diminuído em razão deste vício.
Requisitos para constatar a existência do
vício redibitório no contrato:
a) coisa recebida em virtude de contrato
comutativo ou de doação com encargo;
b) defeitos ocultos e graves, prejudiciais à
sua utilização ou diminuição de valor,
existentes desde a celebração do contrato.
Atenção! O fato de ter o sujeito renunciado
à herança de uma pessoa não a impede de
representá-la na sucessão de outra.
Atenção! Na falta de irmãos, herdarão os
filhos destes (sobrinhos) e, não os havendo,
os tios.
a) Autonomia da vontade: os sujeitos são
livres para contratar ou não, para escolher
com quem contratar, para dispor sobre o
conteúdo do contrato e para exigir o seu
cumprimento.
b) Consensualismo: o acordo de vontades é
o suficiente para gerar a validade do
contrato.
c) Obrigatoriedade dos contratos: as
estipulações feitas no contrato deverão ser
fielmente cumpridas, sob pena de execução
patrimonial conta o inadimplente.
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ContratosContratos
PrincípiosPrincípios
Estipulação em favor de terceiro: ocorre
quando um terceiro que não é parte no
contrato é beneficiado por seus seus
efeitos, podendo exigir o seu
adimplemento.
Promessa de fato de terceiro: ocorre
quando uma pessoa promete que
determinada conduta seja praticada por
outrem, sob pena de responsabilização
civil.
d) Revisão do contratos: nos contratos de
execução sucessiva, havendo onerosidade
excessiva das prestações, oriunda de
acontecimento extraordinário e alheio aos
contratantes à época da celebração
contratual, o lesado poderá pedir a revisão
contratual.
e) Supremacia da ordem pública: trata-se
da necessidade de intervenção da ordem
pública nos negócios privados para
promover equilíbrio nas situações de
desigualdade fática.
f) Relatividade dos efeitos dos contratos: o
contrato vincula apenas as partes que nele
intervierem, não aproveitando e nem
prejudicando terceiros. Exceções:
Contrato com pessoa a declarar: ocorre
quando uma das partes reserva-se à
faculdade de indicar a pessoa que deve
adquirir os direitos e assumir as
obrigações dele decorrente.
g) Boa-fé objetiva: é a exigência de
conduta leal, honesta e íntegra dos
contratantes.
Vício RedibitórioVício Redibitório 
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 se o alienante conhecia o vício: restitui
o valor recebido acrescido das perdas e
danos;
 se o alienante não conhecia o vício:
restitui somente o valor recebido.
O adquirente de coisa com vício oculto
poderá:
a) rejeitar a coisa, redibindo o contrato
(ação redibitória) e recobrando o preço.
b) pleitar a redução do preço da coisa
(ação estimatória), na proporção da
desvalia da coisa entregue.
c) buscar por meio de ação indenizatória
recompor-se dos prejuízos que o defeitos
lhe causou. Nesta hipótese, deve se atentar
a dois fatores: 
1.
2.
Prazo para recebimento do valor da coisa
ou abatimento do preço: 30 dias (coisa
móvel) e 1 ano (coisa imóvel), contado da
entrega efetiva ou da alienação, reduzido à
metade, se já estava na posse.
Ocorre com a perda da coisa através de 
 decisão judicial ou administrativa fundada
em motivo jurídico anterior e por meio da
qual a coisa é conferida a outrem, que é o
verdadeiro dono. 
Requisitos da evicção:
a) contrato oneroso;
b) perda de propriedade, posse ou uso do
bem;
c) a causa da evicção deve ser anterior ao
contrato;
d) sentença ou decisão administrativa que
atribua o bem a terceira pessoa;
e) denunciação da lide.
EvicçãoEvicção
Evicção parcial: o prejudicado poderá
resolver o contrato, desfazendo-o, ou
postular o abatimento do preço. 
Evicção total: o evicto pode pedir a
resolução do contrato, a restituição integral
do preço e a indenização em perdas e
danos.
Hipóteses:
a) Resolução: ocorre quando há
inexecução. Neste caso, pode consistir em
mora ou inadimplemento absoluto.
Atenção! Exceção do contrato não
cumprido: se depois de concluído o
contrato, sobrevier a uma das partes
contratantes diminuição em seu patrimônio
capaz de comprometer ou tornar duvidosa
a prestação pela qual se obrigou, pode a
outra recusar-se a prestação que lhe
incube, até que aquela satisfaça a que lhe
compete ou dê garantia que a satisfaça.
b) Resilição: ocorre através da vontade.
Esta vontade pode ser das duas partes ou
apenas de uma.
c) Rescisão: ocorre com a dissolução dos
contratos anuláveis.
 
Extinção dos ContratosExtinção dos Contratos
Espécies de ContratosEspécies de Contratos
(Principais)
 Neste contrato, um dos
contratantes se obriga a transferir o
domínio de certa coisa, e o outro, pagar-lhe
certo preço em dinheiro.
Caraterísticas: bilateral, oneroso,
consensual, informal, exceto se for imóvel.
Atenção! É anulável a venda de ascendente
a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante
expressamente houverem consentido. 
Hipóteses de venda de imóveis:
a) Ad corpus: ocorre com a individualização
das características e confrontações do bem.
Pode ou não haver determinação da área, e
caso ocorra, será meramente enunciativa.
Não é necessária declaração expressa.
Compra e venda
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b) Ad mensuram: ocorre com a
individualização da área do imóvel, que
servirá de parâmetro. O preço é
correspondente ao tamanho do lote, e não
há outros fatores. Desta forma, se o preço
for estipulado por medida da extensão, e
este não corresponder as medidas às
dimensões dadas, o comprador terá direito
de exigir o complemento da área, e, não
sendo isso possível, o de reclamar a
resolução do contrato ou abatimento
proporcional ao preço.
Cláusulas especiais da compra e venda:
a) Retrovenda: é cláusula acessória. O
vendedor se reserva o direito de reaver, em
certo prazo, o imóvel alienado, restituindo
ao comprador o preço, mais as despesas
por ele realizadas, inclusive as empregadas
em melhoramentos dos imóveis. O prazo
máximo será de 3 anos para o exercício do
direito da retrovenda.
b) Venda a contento: é cláusula especial.
Os efeitos do contrato dependem de o
comprador se satisfazer com a coisa.
c) Venda sujeita a prova: é cláusula
especial. Os efeitos do contrato dependem
do teste para verificar se a coisa tem as
qualidades anunciadas e se é idônea para
o fim que a se destina.
d) Preempção: é cláusula especial. Se
estabelece o direito de preferência do
vendedor de recomprar a coisa vendida,
caso o comprador queira aliená-la. 
 Neste contrato, uma das partes se
obriga a transferir a propriedade de uma
coisa à outra parte, por simples
liberalidade.
Características: unilateral, gratuito e
formal.
Atenção! A doação verbal só é válida para
bens móveis de pequeno valor, desde que a
tradição seja imediata.
Espécies:
a) Doação pura(simples): é aquela feita
por liberalidade, sem nenhuma condição,
termo, encargo, prazo ou limitação.
Doação
b) Doação com encargo (modal): é aquela
em que o doador impõe ao donatário uma
incumbência, que pode reverter em seu
benefício, de terceiro ou geral.
c) Doação remuneratória: é aquela em que
o doador deseja pagar por serviços
prestados pelo donatário ou por outra
vantagem que haja recebido dele.
d) Doação condicional: é aquela que
depende de um acontecimento futuro e
incerto.
e) Doação conjuntiva: é aquela feita em
comum a mais de uma pessoa, sendo
distribuída por igual entre os diversos
donatários.
f) Doação com cláusula de reversão: é
aquela pela qual o o doador pode estipular
que os bens doados voltem ao seu
patrimônio, se sobreviver ao donatário. 
Atenção! Esta cláusula não prevalece em
favor de terceiro.
g) Doação de ascendente para
descendente: ou de cônjuge a outro,
importa adiantamento do que lhes cabe por
herança.
h) Doação universal: é nula a doação de
todos os bens sem reserva de parte, ou
renda suficiente para a subsistência do
doador.
i) Doação inoficiosa: é nula a doação
quanto à parte que exceder à de que o
doador, no momento da liberalidade,
poderia dispor em testamento.
j) Doação do cônjuge adúltero ao seu
cúmplice: poderá ser anulada pelo outro
cônjuge, ou por seus herdeiros necessários,
até dois anos depois de dissolvida a
sociedade conjugal.
k) Doação em benefício de absolutamente
incapaz: neste caso, dispensa-se a
aceitação, desde que se trate de doação
pura. 
Revogação da doação:
a) por descumprimento do encargo: é
necessário que o donatário seja constituído
em mora. 
b) por ingratidão: será verificado nas
seguintes situações:
 Neste contrato, uma pessoa,
não ligada a outra em virtude de mandato,
de prestação de serviços ou por qualquer
relação de dependência, obriga-se a obter
para a segunda um ou mais negócios,
conforme as instruções recebidas.
Características: bilateral, consensual,
oneroso e não solene.
@resumebiaoab
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se o donatário atentou contra a vida do
doador ou cometeu crime de homicídio
doloso contra ele;
se cometeu contra ele ofensa física;
se o injuriou gravemente ou o caluniou;
se, podendo ministrá-los, recusou ao
doador os alimentos de que este
necessitava.
 as doações puramente remuneratórias;
 as oneradas com encargo já cumprido;
 as que fizerem em cumprimento de
obrigação natural;
 as feitas para determinado casamento.
1.
2.
3.
4.
Atenção! A revogação também poderá
ocorrer quando o ofendido for o cônjuge,
ascendente, descendente, ainda que
adotivo, ou irmão do doador.
Prazo: A revogação deverá ser pleiteada no
prazo de 1 ano, a contar de quando chegue
ao conhecimento do doador o fato que a
autorizar, e de ter sido o donatário o seu
autor. 
Consequências da revogação: O bem será
revertido ao patrimônio do doador, ou, se
for o caso, dos seus herdeiros. 
Doações que não se revogam por
ingratidão:
1.
2.
3.
4.
 Neste contrato, uma
das partes transfere a propriedade de um
bem fungível à outra, que se obriga a lhe
restituir coisa do mesmo gênero,
quantidade e qualidade.
Características: real, gratuito e unilateral.
Atenção! O mútuo feito a pessoa menor,
sem prévia autorização daquele sob cuja
guarda estiver, não pode ser reavido nem
do mutuário, nem de seus fiadores. 
Empréstimo - Mútuo 
Corretagem
 se a pessoa, de cuja autorização
necessitava o mutuário para contrair o
empréstimo, o ratificar posteriormente;
 se o menor, estando ausente essa
pessoa, se viu obrigado a contrair o
empréstimo para os seus alimentos
habituais;
 se o menor tiver bens ganhos com o seu
trabalho, hipótese em que a execução
do credor não poderá ultrapassar as
forças;
 se o empréstimo reverteu em benefício
do menor;
 se o menor obteve o empréstimo
maliciosamente.
Hipóteses que cessará tal disposição:
1.
2.
3.
4.
5.
Atenção! O corretor é obrigado a executar
a mediação com diligência e prudência, e a
prestar ao cliente, espontaneamente, todas
as informações sobre o andamento do
negócio.
Atenção! Art. 727 do Código Civil: Se, por
não haver prazo determinado, o dono do
negócio dispensar o corretor, e o negócio
se realizar posteriormente, como fruto da
sua mediação, a corretagem lhe será
devida; igual solução se adotará se o
negócio se realizar após a decorrência do
prazo contratual, mas por efeito dos
trabalhos do corretor.
@resumebiaoab
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 o segurado agiu com dolo;
o segurado deu à coisa segurada valor
superior ao real;
existir vício, no contrato, que possa tirar
sua eficácia;
ocorrer caducidade da apólice, pelo não
pagamento do prêmio;
 Neste contrato, uma das partes de
obriga a proteger o interesse da outra,
referente a pessoas ou coisas, contra riscos
predefinidos e mediante o pagamento de
uma quantia chamada de prêmio.
Características: bilateral, oneroso,
aleatório, formal, execução continuada,
adesão e boa-fé. 
Atenção! No contrato de seguro, o prêmio é
o valor que o segurado paga à seguradora
para obter o direito a uma indenização, se
ocorrer o sinistro oriundo do risco
garantido e previsto no contrato. 
Direitos do segurador: 
a) receber o prêmio a que o segurado se
obrigou, durante a vigência do contrato;
b) isentar-se do pagamento da indenização
se:
1.
2.
3.
4.
Seguro
Deveres do segurador:
a) indenizar o segurado;
b) pagar a indenização a terceiro quando
assim estipulado;
c) constituir reservas para garantir as
obrigações assumidas;
d) restituir o prêmio, em dobro, se expediu
apólice sabendo ter passado o risco;
e) tomar medidas para eliminar ou diminuir
os riscos que podem afetar a coisa
segurada;
f) tomar as providências necessárias assim
que souber do sinistro;
Atenção! O contrato de seguro pode ser
estipulado em benefício do próprio
contratante ou de terceiro, de forma que o
segurador pode opor as mesmas exceções
que possuía contra o estipulante.
Direitos do segurado:
a) receber a indenização, nos limites
descritos pela apólice;
b) receber os prêmios, na hipótese de o
segurador falir antes de passado o risco;
c) não ver aumentado o prêmio, sem justa
causa;
d) denunciar a lide à seguradora; 
e) optar pela não utilização do seguro, nos
casos em que o pequeno valor do dano não
compensa acionar o seguro;
Deveres do segurado:
a) pagar o prêmio convencionado;
b) responder por juros moratórios,
independentemente de interpelação do
segurador;
c) abster-se de tudo que possa
aumentar os riscos;
d) comunicar ao segurador todo incidente;
e) levar, imediatamente, ao conhecimento
do seguro a ocorrência do sinistro;
Hipóteses de extinção do contrato de
seguro:
a) pelo decurso do prazo estipulado;
b) pelo distrato: quando as partes
concordam em dissolver os vínculos
contratuais;
c) pela rescisão: decorrente do
inadimplemento da obrigação legal ou de
cláusula contratual;
d) pela superveniência do risco que faça
perecer o bem segurado: pago o valor pela
seguradora, o contrato perde o seu objeto;
e) pela nulidade: imperfeição antecedente
que torna o contrato ineficaz. 
 Neste contrato, as partes se
obrigam a garantir uma obrigação da qual
a outra é credora, caso o devedor deixe de
cumpri-la.
Características: unilateral, acessório, solene
e gratuito.
Atenção! A fiança não é celebrada com o
devedor, sendo admitida até a contratação
sem o consentimento deste ou até mesmo
contra a sua vontade.
Atenção! Quanto ao credor, este não é
obrigado a aceitar a fiança se o fiador não
for domiciliado no município em que se dará
a fiança, ou se este não possuir bens
suficientes para adimplir a obrigação
principal. 
Modalidades de contrato de fiança:
a) Convencional: quando decorrentes de
ajuste entre o credor e o fiador. É um
contrato acessório com regras autônomas. 
Fiança
@resumebiaoab
15
b) Legal: ocorre quando a própria lei
determina que uma pessoa garanta o
pagamento da dívida em relação a outra
pessoa em virtude de uma relação jurídica.
c) Judicial: ocorre quando decorrente de
sentença judicial.
Atenção! Se no contrato de fiança não
houver estipulação de prazo,o fiador pode,
a qualquer tempo exonerar-se, mas
continuará obrigado por 60 dias, a contar
da data em que o credor receber
notificação.
Benefício que o fiador pode arguir em seu
favor na hipótese de cobrança:
a) Benefício de ordem: ocorre quando o
fiador do mandado pelo pagamento da
dívida tem direito a exigir até a contestação
da lide, que sejam primeiro executados os
bens do devedor. Caso o fiador alegar o
benefício de ordem, deverá nomear bens do
devedor, sitos no mesmo município, livres e
desembargados, quantos bastem para
solver o débito. Contudo, não aproveita
esse benefício ao fiador se ele renunciou
expressamente, se se obrigou como
principal pagador, ou devedor solidário ou
se o devedor for insolvente ou falido.
b) Benefício de divisão: sendo estabelecido
o benefício da divisão, cada fiador
responde unicamente pela parte que, em
proporção, lhe couber no pagamento.
Assim, fica afastada a solidariedade,
tornando divisível a obrigação.
Principais hipóteses de extinção da fiança:
a) satisfação da prestação, que ocorrerá
com o cumprimento da obrigação principal,
contratualmente assumida, e da mesma
forma, com a extinção do contrato
acessório (da fiança).
b) moratória concedida pelo credor ao
devedor, sem o consentimento do fiador.
c) frustração do fiador na sub-rogação nos
direitos do credor em relação ao devedor.
d) dação em pagamento que constitui forma
de pagamento, ainda que indireta,
extinguindo a fiança que não se revigora se
a coisa dada em pagamento vier a sofrer
evicção.
e) retardamento do credor na execução em
que se alegou benefício de ordem. Se do
retardamento da execução resultar que o
devedor venha a ficar em estado de
insolvência , o devedor fica exonerado de
pagar a dívida, se provar que os bens
indicados quando apontado o benefício de
ordem, na época eram suficientes para
quitação da dívida.
Direito das CoisasDireito das Coisas
Art. 1.196 do Código Civil: Considera-se
possuidor todo aquele que tem de fato o
exercício, pleno ou não, de algum dos
poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.198 do Código Civil: Considera-se
detentor aquele que, achando-se em
relação de dependência para com outro,
conserva a posse em nome deste e em
cumprimento de ordens ou instruções suas.
Classificação da posse: 
a) Posse direta e posse indireta: 
Art. 1.197 do Código Civil: A posse direta, de
pessoa que tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito
pessoal, ou real, não anula a indireta, de
quem aquela foi havida, podendo o
possuidor direto defender a sua posse
contra o indireto.
b) Posse exclusiva e composse: Enquanto a
exclusiva é aquela de um único possuidor, a
composse ocorre quando duas ou mais
pessoas exercem, simultaneamente, poderes
possessórios sobre a mesma coisa.
c) Posse justa e posse injusta: é justa a
posse que não for clandestina, violenta ou
precária. Por outro lado, é injusta aquela
que foi adquirida por violência,
clandestinidade ou precariedade.
d) Posse de boa-fé e posse de má-fé: é de
boa-fé a posse, se o possuidor ignora o
vício, ou o obstáculo que impede a
adquisição da coisa. No entanto,
se o vício é de seu conhecimento,
a posse é de má-fé.
PossePosse
b) Posse de má-fé:
Frutos: Responde por todos os frutos
colhidos e percebidos, bem como pelos que
por sua culpa deixou de perceber. Tem
direito as despesas de produção e custeio
(evitar enriquecimento ilícito).
Deterioração: Responde pela perda ou
deterioração, ainda que acidentais, salvo se
provar que de igual modo se teriam dado,
estando ela na posse do reivindicante.
Benfeitorias: Será ressarcido pelas
benfeitorias necessárias. Não tem direito de
retenção nem pode levantar as
voluptuárias. 
e) Posse de justo título: 
Art. 1.201, § único, do Código Civil: O
possuidor com justo título tem por si a
presunção de boa-fé, salvo prova em
contrário, ou quando a lei expressamente
não admite esta presunção.
f) Posse nova e posse velha: Nova é aquela
de menos de ano e dia, por outro lado,
velha é a de ano e dia ou mais.
g) Posse natural e posse civil: Enquanto a
primeira decorre da relação material entre
a pessoa e a coisa, a segunda decorre de
lei, sem a necessidade de atos físicos ou
materiais. 
Efeitos da posse:
a) Posse de boa-fé: 
Frutos: Tem direito aos frutos percebidos;
tem direito as despesas com produção e
custeio dos frutos pendentes. Deve restituir
os frutos colhidos com antecipação.
Deterioração: Não responde pela perda ou
deterioração da coisa a que não der causa.
Benfeitorias: Tem direito a indenização
pelas benfeitorias necessárias e úteis;
levantar as voluptuárias (quando puder);
exercer direito de retenção pelo valor das
benfeitorias necessárias e úteis.
 
 
@resumebiaoab
16
Atenção! Art. 96 do Código Civil: As
benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis
ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou
recreio, que não aumentam o uso habitual
do bem, ainda que o tornem mais agradável
ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam
o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim
conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Atenção! Art. 1.215 do Código Civil: Os frutos
naturais e industriais reputam-se colhidos e
percebidos, logo que são separados; os
civis reputam-se percebidos dia por dia.
Direitos Reais - PropriedadeDireitos Reais - Propriedade
Usucapião
Posse exercida por 15 anos sem
interrupção, nem oposição.
Posse exercida por 10 anos, com justo
título e boa-fé.
Posse exercida por 5 anos, com justo
título e boa-fé.
Haver registrado o imóvel em seu nome,
com posterior cancelamento do registro.
Deve ser utilizada como moradia.
Devem ter sido realizadas obras e
serviços de interesse social e econômico.
Posse exercida por 5 anos.
Rural.
Área não pode exceder a 50 hectares.
Não ser proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
Tornar a área produtiva e nela morar.
Posse exercida por 5 anos.
Urbana.
Área não pode exceder a 250 metros
quadrados.
Não ser proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
Utilização para moradia.
É o modo de aquisição originária de
propriedade, pela posse prolongada e
preenchido os requisitos legais. 
Hipóteses de usucapião:
a) Extraordinária: 
b) Ordinária comum:
c) Ordinária especial:
d) Rural: 
e) Urbana individual: 
Posse exercida por 5 anos.
Urbana.
Área maior que 250 metros quadrados.
Não ser proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
Ocupação por população de baixa
renda.
Posse exercida por 2 anos.
Urbana.
Área não pode exceder a 250 metros
quadrados.
Não ser proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
Posse exclusiva.
Propriedade divida com ex-cônjuge ou
ex-companheiro que abandonou o lar.
Formação de ilhas: ocorre pelos
movimentos sísmicos de depósito de
areia, cascalho ou fragmentos de terra.
Aluvião: ocorre através do aumento
vagaroso de terrenos às margens de um
rio não navegável, sem indenização.
Avulsão: se dá quando, por força
natural violenta, uma porção de
terra se destaca de um prédio e se
junta a outro, adquirindo o dono deste a
propriedade do acréscimo, se indenizar
o dono do primeiro ou, sem indenização,
se, em um ano, ninguém houver
reclamado.
Álveo abandonado: ocorre quando um
rio seca ou se desvia em razão de
fenômeno da natureza.
f) Urbana coletiva:
g) Familiar:
É o modo de aquisição originário da
propriedade, no qual tudo o que se une ou
incorpora a um bem fica pertencendo ao
seu proprietário.
a) Acessão natural: ocorre quando advém
de acontecimento natural, sem intervenção
humana. Tipos:
1.
2.
3.
4.
 
@resumebiaoab
17
Acessão
b) Acessão industrial ou artificial: são
aquelas resultantes de trabalho do homem,
ou seja, se materializam por plantações ou
construções.
Atenção! Se a construção ou a plantação
exceder consideravelmente o valor do
terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou
edificou, adquirirá a propriedade do solo,
mediante pagamento da indenização fixada
judicialmente, se não houver acordo.
 
Proíbem-se as interferências prejudiciais à
segurança, ao sossego e à saúde,
provocados pela utilização da propriedade
vizinha, considerando-se anatureza da
utilização, a localização do prédio,
atendidas as normas que distribuem as
edificações em zonas, e os limites ordinários
de tolerância dos moradores da vizinhança.
Tronco: As árvores cujo tronco estiver na
linha divisória, presumem-se pertencer em
comum aos dos dos prédios confinantes.
Raízes: As raízes e os ramos de árvore, que
ultrapassarem a estrema do prédio,
poderão ser cortadas, até o plano vertical
divisório, pelo proprietário do terreno
invadido. 
Frutos: os frutos caídos de árvores do
terreno vizinho pertencem ao dono do solo
onde caíram, se este for de propriedade
particular.
Ocorre quando há um imóvel encravado,
isto é, sem acesso a via pública, nascente
ou porto. O dono deste imóvel, pode,
mediante pagamento de indenização cabal,
constranger o vizinho a lhe dar passagem,
cujo rumo será judicialmente ficado, se
necessário. Este vizinho será aquele de 
cujo imóvel mais facilmente se 
prestar a passagem.
Uso anormal da propriedade
Direitos de vizinhança
Árvores limitrofes
Passagem forçada
@resumebiaoab
18
Art. 1.286 do Código Civil: Mediante
recebimento de indenização que atenda,
também, à desvalorização da área
remanescente, o proprietário é obrigado a
tolerar a passagem, através de seu imóvel,
de cabos, tubulações e outros condutos
subterrâneos de serviços de utilidade
pública, em proveito de proprietários
vizinhos, quando de outro modo for
impossível ou excessivamente onerosa.
Art. 1.286, § único, do Código Civil: O
proprietário prejudicado pode exigir que a
instalação seja feita de modo menos
gravoso ao prédio onerado, bem como,
depois, seja removida, à sua custa, para
outro local do imóvel.
Art. 1.287 do Código Civil: Se as instalações
oferecerem grave risco, será facultado ao
proprietário do prédio onerado exigir a
realização de obras de segurança.
Passagem de cabos e tubulaçõees
Águas
Art. 1.288 do Código Civil: O dono ou o
possuidor do prédio inferior é obrigado a
receber as águas que correm naturalmente
do superior, não podendo realizar obras
que embaracem o seu fluxo; porém a
condição natural e anterior do prédio
inferior não pode ser agravada por obras
feitas pelo dono ou possuidor do prédio
superior.
Art. 1.289 do Código Civil: Quando as águas,
artificialmente levadas ao prédio superior,
ou aí colhidas, correrem dele para o
inferior, poderá o dono deste reclamar que
se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo
que sofrer.
Art. 1.289, § único, do Código Civil: Da
indenização será deduzido o valor do
benefício obtido.
Art. 1.290 do Código Civil: O proprietário de
nascente, ou do solo onde caem águas
pluviais, satisfeitas as necessidades de seu
consumo, não pode impedir, ou desviar o
curso natural das águas remanescentes 
pelos prédios superiores.
O proprietário tem direito a cercar, murar,
valar ou tapar de qualquer modo o seu
prédio, urbano ou rural, e pode constranger
o seu confinante a proceder com ele à
demarcação entre os dois prédios, a
aviventar rumos apagados e a renovar
marcos destruídos ou arruinados,
repartindo-se proporcionalmente entre os
interessados as respectivas despesas.
O proprietário pode levantar em seu
terreno as construções que lhe aprouver,
salvo o direito dos vizinhos e ps
regulamentos administrativos. Contudo, é
defeso abrir janelas, ou fazer eirado,
terraço ou varanda, a menos de metro e
meio do terreno vizinho. Na zona rural, não
será permitido levantar edificações a menos
de três metros do terreno vizinho.
Art. 1.315 do Código Civil: O condômino é
obrigado, na proporção de sua parte, a
concorrer para as despesas de conservação
ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a
que estiver sujeita.
Art. 1.315, § único, do Código Civil:
Presumem-se iguais as partes ideais dos
condôminos.
Art. 1.318 do Código Civil: As dívidas
contraídas por um dos condôminos em
proveito da comunhão, e durante ela,
obrigam o contratante; mas terá este ação
regressiva contra os demais.
Art. 1.340 do Código Civil: As despesas
relativas a partes comuns de uso exclusivo
de um condômino, ou de alguns deles,
incumbem a quem delas se serve.
Limites entre prédios e direito de tapagem
Direito de construir
Condomínio
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Art. 1.345 do Código Civil: O adquirente de
unidade responde pelos débitos do
alienante, em relação ao condomínio,
inclusive multas e juros moratórios.
Consiste em um regime de condomínio em
que cada um dos proprietários de um
mesmo imóvel é titular de uma fração de
tempo, que será indivisível, sendo o período
de no mínimo 7 dias, seguidos ou
intercalados.
Art. 1.358-I do Código Civil: São direitos do
multiproprietário, além daqueles previstos
no instrumento de instituição e na
convenção de condomínio em
multipropriedade: 
I - usar e gozar, durante o período
correspondente à sua fração de tempo, do
imóvel e de suas instalações, equipamentos
e mobiliário; 
II - ceder a fração de tempo em locação ou
comodato; 
III - alienar a fração de tempo, por ato
entre vivos ou por causa de morte, a título
oneroso ou gratuito, ou onerá-la, devendo
a alienação e a qualificação do sucessor,
ou a oneração, ser informadas ao
administrador; 
IV - participar e votar, pessoalmente ou por
intermédio de representante ou procurador,
desde que esteja quite com as obrigações
condominiais, em: 
Multipropriedade
a) assembleia geral do condomínio em
multipropriedade, e o voto do
multiproprietário corresponderá à quota de
sua fração de tempo no imóvel; 
b) assembleia geral do condomínio edilício,
quando for o caso, e o voto do
multiproprietário corresponderá à quota de
sua fração de tempo em relação à quota de
poder político atribuído à unidade
autônoma na respectiva convenção de
condomínio edilício.
(princípais) 
Consiste no direito de de fruição ou de
gozo sobre coisa alheia pela qual o
proprietário transfere ao superficiário o
direito de plantar e construir m seu terreno,
temporariamente de forma onerosa ou
gratuita, mediante escritura pública
devidamente registrada no Cartório de
Registro de Imóveis.
Art. 1.371 do Código Civil: O superficiário
responderá pelos encargos e tributos que
incidirem sobre o imóvel.
Art. 1.372 do Código Civil: O direito de
superfície pode transferir-se a terceiros e,
por morte do superficiário, aos seus
herdeiros.
Art. 1.372, § único, do Código Civil: Não
poderá ser estipulado pelo concedente, a
nenhum título, qualquer pagamento pela
transferência.
Art. 1.373 do Código Civil: Em caso de
alienação do imóvel ou do direito de
superfície, o superficiário ou o proprietário
tem direito de preferência, em igualdade de 
condições.
Direitos Reais sobre Coisa AlheiaDireitos Reais sobre Coisa Alheia
Superfície
São instituídas em favor de um prédio sobre
outro pertencente a um dono diverso,
constituindo-se mediante declaração
expressa dos proprietários, ou por
testamente, e subsequente registro no
Cartório de Registro de Imóveis. As
servidões não se presumem.
Exemplos: Servidão de vista, de ventilação,
de passagem, dentre outras.
Art. 1.380 do Código Civil: O dono de uma
servidão pode fazer todas as obras
necessárias à sua conservação e uso, e, se
a servidão pertencer a mais de um prédio,
serão as despesas rateadas entre os
respectivos donos.
Servidões prediais
Negligência: é a inobservância ao dever
de atenção. Caracteriza-se pela
desatenção ou falta de cuidado ao
exercer determinado ato.
Imprudência: é revestida de má-fé, pois
existe dolo, mesmo que que não seja a
vontade direta do autor. o agente
assume o risco.
Imperícia: é a falta de técnica 
a) Conduta humana: consiste na ação ou na
omissão do agente imputável, ou seja, é o
ato da pessoa que causa dano ou prejuízo
a outrem. Se caracteriza pela
voluntariedade. 
b) Nexo de causalidade: consiste no elo
entre o ato lesivo e o dano sofrido. 
c) Culpa: na responsabilidade objetiva é
desnecessário a comprovação de culpa.
Desta forma, não se considera um elemento
essencial, mas sim, um pressuposto. 
1.
2.
3.
 ou de conhecimento que 
 o agente deveria ter.
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Ocorre quando o proprietário confere a
alguém, durante determinado tempo, apossibilidade de usar e colher frutos, sem
alterar a substância.
Art. 1.402 do Código Civil: O usufrutuário
não é obrigado a pagar as deteriorações
resultantes do exercício regular do
usufruto.
Art. 1.403 do Código Civil: Incumbem ao
usufrutuário:
I - as despesas ordinárias de conservação
dos bens no estado em que os recebeu;
II - as prestações e os tributos devidos pela
posse ou rendimento da coisa usufruída.
Art. 1.410 do Código Civil: O usufruto
extingue-se, cancelando-se o registro no
Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;
III - pela extinção da pessoa jurídica, em
favor de quem o usufruto foi constituído, ou,
se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos
da data em que se começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se
origina;
Usufruto
Art. 1.381 do Código Civil: As obras a que se
refere o artigo antecedente devem ser
feitas pelo dono do prédio dominante, se o
contrário não dispuser expressamente o
título.
Art. 1.383 do Código Civil: O dono do prédio
serviente não poderá embaraçar de modo
algum o exercício legítimo da servidão.
Art. 1.384 do Código Civil: A servidão pode
ser removida, de um local para outro, pelo
dono do prédio serviente e à sua custa, se
em nada diminuir as vantagens do prédio
dominante, ou pelo dono deste e à sua
custa, se houver considerável incremento
da utilidade e não prejudicar o prédio
serviente.
Art. 1.386 do Código Civil. As servidões
prediais são indivisíveis, e subsistem, no
caso de divisão dos imóveis, em benefício de
cada uma das porções do prédio
dominante, e continuam a gravar cada uma
das do prédio serviente, salvo se, por
natureza, ou destino, só se aplicarem a
certa parte de um ou de outro.
V - pela destruição da coisa, guardadas as
disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e
1.409;
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando
aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens,
não lhes acudindo com os reparos de
conservação, ou quando, no usufruto de
títulos de crédito, não dá às importâncias
recebidas a aplicação prevista no
parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa
em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
Responsabilidade CivilResponsabilidade Civil
ElementosElementos
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os empresários individuais e as
empresas respondem
independentemente de culpa pelos
danos causados pelos produtos postos
em circulação.
os pais respondem pelos filhos menores
que estiverem sob sua autoridade e em
sua companhia.
o tutor o curador respondem pelos
pupilos e curatelados, que se acharem
nas mesmas condições.
o empregador ou comitente respondem
por seus empregados, serviçais 
 prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele.
os donos de hotéis, hospedarias, casas
ou estabelecimentos onde se albergue
por dinheiro, mesmo para fins de
educação, respondem pelos seus
hóspedes, moradores e educandos.
respondem os que gratuitamente,
houverem participado nos produtos do
crime, até a concorrente quantia.
Responsabilidade objetiva: haverá
obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos em
que houver previsão legal ou por risco da
atividade.
Hipóteses de responsabilidade objetiva por
previsão legal:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Responsabilidade subjetiva: é aquela que
que tem por base a culpa do agente, que
deve ser comprovada pela vítima para que
surja o dever de indenizar.
Atenção! Responsabilidade subsidiária ou
mitigada: Art. 928 do Código Civil: O
incapaz responde pelos prejuízos que
causar, se as pessoas por ele responsáveis
não tiverem obrigação de fazê-lo ou não
dispuserem de meios suficientes.
Art. 928, § único, do Código Civil: A
indenização prevista neste artigo, que
deverá ser eqüitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as
pessoas que dele dependem.
d) Dano: consiste na lesão, podendo ser a
destruição ou diminuição, que uma pessoa
sofre contra a sua vontade, em razão de
certo evento. Pode atingir um bem ou
interesse jurídico, patrimonial, estético ou
moral.
Art. 942 do Código Civil: Os bens do
responsável pela ofensa ou violação do
direito de outrem ficam sujeitos à reparação
do dano causado; e, se a ofensa tiver mais
de um autor, todos responderão
solidariamente pela reparação.
Art. 944 do Código Civil: A indenização
mede-se pela extensão do dano.
Art. 944, § único, do Código Civil: Se houver
excessiva desproporção entre a gravidade
da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
eqüitativamente, a indenização.
Súmula 387 do STJ: É lícita a cumulação das
indenizações de dano estético e dano
moral.
Art. 948 do Código Civil: No caso de
homicídio, a indenização consiste, sem
excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o
tratamento da vítima, seu funeral e o luto
da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a
quem o morto os devia, levando-se em
conta a duração provável da vida da vítima.
Art. 949 do Código Civil: No caso de lesão
ou outra ofensa à saúde, o ofensor
indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao
fim da convalescença, além de algum outro
prejuízo que o ofendido prove haver
sofrido.
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Art. 950 do Código Civil: Se da ofensa
resultar defeito pelo qual o ofendido não
possa exercer o seu ofício ou profissão, ou
se lhe diminua a capacidade de trabalho, a
indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão
correspondente à importância do trabalho
para que se inabilitou, ou da depreciação
que ele sofreu.
Art. 950, § único, do Código Civil: O
prejudicado, se preferir, poderá exigir que
a indenização seja arbitrada e paga de
uma só vez.
Excludentes de responsabilidadeExcludentes de responsabilidade
civilcivil
Consiste nas ocasiões em que, mesmo
havendo os requisitos para caracterização
de responsabilidade civil, o agente não será
obrigado a indenizar ou terá a indenização
compartilhada com a própria vítima.
a) Estado de necessidade: é quando a
agressão a um direito alheio, de valor
jurídico igual ou inferior àquele que se
pretende proteger, ocorre para remover um
perigo iminente, quando as circunstância
do fato não autorizam outra forma de
atuação.
b) Legítima defesa: é quando o indivíduo
encontra-se diante de uma situação atual
ou iminente de injusta agressão, dirigida a
si ou a terceiro, que não é obrigado a
suportar. 
Atenção! Neste caso, se o agente,
exercendo esta prerrogativa de defesa,
atinge terceiro inocente, terá de indenizá-
lo, cabendo-lhe, ação regressiva contra o
verdeiro agressor.
c) Exercício regular do direito: se o agente
atuar no exercício regular de um direito
reconhecido, não poderá haver
responsabilidade civil. Contudo, se o sujeito
extrapola os limites, configura-se o abuso
de direito, o que materializa um ato ilícito,
desautorizando a exclusão da
responsabilidade.
d) Caso fortuito ou força maior: ocorre
quando uma determinada situação gera
consequências com efeitos imprevisíveis e
impossíveis de evitar ou impedir, afastando
a responsabilidade civil.
e) Culpa exclusiva da vítima: consiste na
exclusiva atuação culposa da vítima que
tem o condão de quebrar o nexo de
causalidade, eximindo-se o agente da
responsabilidade civil. 
Artigos importantes:
Art. 936 do Código Civil: O dono, ou
detentor, do animal ressarcirá o dano por
este causado, se não provar culpa da vítima
ou força maior.
Art. 937 do Código Civil: O dono de edifício
ou construção responde pelos danos que
resultarem de sua ruína, se esta provier de
falta de reparos, cuja necessidade fosse
manifesta.
Art. 938 do Código Civil: Aquele que habitar
prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou
forem lançadas em lugar indevido.
Art. 945 do Código Civil: Se a vítima tiver
concorrido culposamente para o evento
danoso, a sua indenização será fixada
tendo-se em conta a gravidade de sua
culpa em confronto com a do autor do
dano.

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