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2º BIMESTRE
DIREITO CONCURSAL
1 – INTRODUÇÃO
2 – DISPOSIÇÕES LEGAIS COMUNS À RECUPERAÇÃO E À FALÊNCIA 
3 – RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
4 – FALÊNCIA 
 
Antecedentes históricos: 
· Lex poetella Papiria – lei que inaugura a responsabilidade patrimonial do devedor.
Aboliu o nexum (acordo segundo o qual o servidor dava como garantia a escravidão) – o patrimônio do devedor passa a responder por suas obrigações, deixando se ser uma garantia pessoal.
· J.X Carvalho Mendonça: a falência tem origem no venditilo bonorum (credores recorreriam ao magistrado que lhes dava uma autorização – sentença -para tomar posse dos bens do devedor e vende-los). Aqui um dos credores era responsável pela fiscalização do pretor, especialmente no que dizia respeito ao tratamento igualitário entre eles.
· Na idade média surge o código comercial francês – o sistema era repressivo, não tinha possibilidade de modificação
· No brasil: 
4º fase do DL 7.661/45:
Características 
· aplicação exclusiva ao comerciante e não ao empresário como é na lei atual. Assim a falência só era aplicado ao devedor comerciante pois o direito era informado pela teoria dos atos de comércio.
· Havia uma prevalência da quebra à recuperação – a concordata era vista como competência do poder judiciário (sentença – exclusividade do juiz na solução da crise do comerciante)
· A concordata apenas aos credores quirografários – eu teria que trabalhar pra pagar os outros credores e acabaria falindo 
· ISSO FEZ SURGIR A FASE ATUAL – LEI 11.101/2005:
5ª FASE ATUAL – EMPRESARIAL MODERNA
Características;
· Foco na preservação da empresa – art. 47
· Substituição da concordata pela recuperação e abandono da solução judicial – quem decide se a empresa entra em recuperação são os credores (pedido em PI, e uma vez recebida o juiz dará seu deferimento conforme os requisitos, tendo os credores 60 dias para apresentar o plano). O poder de decisão do juiz na concessão de recuperação é muito pequeno
· Aproximação do direito a solução de mercado (agentes econômicos do mercado = credores, que dizem se o plano da empresa é viável ou não) ex; decido que um agente econômico vai focar no seu lugar PAPEL SUBSIDIÁRIO DO ESTADO – JUIZ (só faz um controle de legalidade do plano e não de mérito)
· Preservação da empresa mesmo em caso de falência e não do falido – art. 75 – é possível que a atividade econômica do devedor falido continue a ser explorada, caso passe para outro gestor (PPE)
· Participação minimalista do MP da RJE 
Atual disciplina jurídica da empresa em crise 
Lei 11.101/05 -> reforma 14.112/20
a) Destinatários (pessoas sujeitas a LRF) e objetivos:
Dicotomia: atividades empresariais X não empresariais
art. 1º e 2º
regra: a empresa: os empresários individuais e sociedade empresária – art. 1º
exclusões: estatais, agente econômicos não empresariais, associações, sociedades simples e algumas sociedades empresárias – art. 2º e 75
obs: quando eu apresento o plano de recuperação a empresa aceita a pagar de forma parcelada ou parcialmente, como forma de manter a empresa funcionando, também chamada de novação (substituição de uma obrigação por outra). Assim o plano de recuperação de uma empresa uma vez aprovado constitui uma grande novação!
Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
Essa lei pode ser aplicada por analogia à uma sociedade não empresária? 
SAF – clube de futebol – é uma sociedade por ações e, portanto, uma sociedade empresária que pode pedir a recuperação, agora o clube ou a pessoa que a pessoa jurídica original, mesmo não sendo empresa, poderá efetuar o pagamento de suas obrigações diretamente de seus credores ART. 13 SAF - EXTENSÃO DOS DIREITOS AO CLUBE NA QUAL A ENTIDADE NÃO EMPRESARIAL ENTRAR COM PEDIDO DE RECUPERAÇÃO
Tem acesso à recuperação, os devedores:
· Empresario individual
· Sociedades empresárias (LTDA S/A )
· EIRELI- não mais 
· SAF
 Art. 2º Esta Lei NÃO se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
A doutrina separou as exclusões em absolutas e relativas
Absolutas: art. 2º empresa publica e sociedade de economia mista (não comporta a mistura de direito público e direito privado). EX: banco do BR, caixa econômica, mesmo se demonstrando economicamente viável, não possuem acesso a recuperação de empresa.
· Critica com base no art. 173 da CF
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
• Livre concorrência. Sujeição aos riscos. Tratamento igualitário da crise. Responsabilidade subsidiária dos entes estatais.
Ou seja, essa lei diz que as estatais não devem ter tratamento diferenciados das empresas privadas. (sistema de livre concorrência). No entanto o art. 2º excluem estas da recuperação, pois o estado aborta capital da empresa estatal em falência, as empresas estatais possuem vantagem com relação a outras empresas, e essas igualdades quebram as igualdades entre elas.
Exclusão relativa: art. 2º inciso II, não tem acesso a recuperação, mas ficam sujeitas a decretação da falência, pois leis especiais preveem essa possibilidade (fruto de interpretação extensiva).
· São entidades que se sujeitam a intervenção/liquidação (EXTRAJUDICIAL) regulada depois a falência: 
· CIAS de seguro (SUESEP)
· Operadoras de plano de saúde (ANS)
· Instituições financeiras – lei 6.024/74 - a falência poderá ser pedida apenas pelo interventor/liquidante
· Cooperativas de credito – antes se submetiam a liquidação extrajudicial, mas segundo decisão do STJ – devem seguir as mesmas regras das instituições financeiras, visto que são reguladas pela lei 6.024, e, portanto, se sujeitam a falência.
· CONCESSIONARIAS DE SERVIÇO P. PODEM REQUERER A RJE? SIM!
· Ex: vivo!
· São entre sua grande maioria sociedades privadas, e o fato de requererem a RJ, não significa que o contrato seja rescindido. A RJ não é causa de extinção da concessão!
· A falência leva à extinção do contrato de concessão (Lei 8.987/95, art. 35. LFR, 195). Será?
Sociedade de energia elétrica – possui lei especifica: lei 12.767/12.
Art. 18. Não se aplicam às concessionárias de serviços públicos de energia elétrica os regimes de recuperação judicial e extrajudicial previstos na Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, salvo posteriormente à extinção da concessão.
enquanto o contrato esta em vigor não tem acesso a recuperação da empresa, somente se este for revogado.
· COOPERATIVAS MEDICAS OPERADORAS DE PLANO DE SAÚDE (EX; UNIMED) requerer RJR?? NÃO!
ART.2º, II -COOPERATIVAS NÃO!
As cooperativas tem natureza de sociedade simples, assim suas atividades não estão regidas pela lei 11, NO ENTANTO:
· Art. 6º §13 – falava que os efeitos da RJE não atingem os contratos e obrigações decorrentes dos atos de cooperativa e que não se aplicam as restrições do o art. 2, II quando a sociedade operadora de plano de assistência à saúde for cooperativa médica
Inclusão no STF – não apreciação pelo CD 
Existe um vicio formal de inconstitucionalidade CF (ART. 65 §U) – trata-se de uma sociedade simples que não faz jus a recuperação 
· Regra geral; art. 1º
· PRODUTOR RURALdos credores para decidirem; submissão à ACG 
· NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL – somente permitida pela jurisprudência
· A aprovação do aditamento não implica na conceção de nova recuperação judicial (art. 48, II)
· Caso não houver aprovação da alteração, não há convolação em falência.
Encerramento da recuperação judicial (causas)
· Concessão da RJE sem supervisão judicial 
· Cumprimento do plano de recuperação no prazo de supervisão (dois anos - art. 61) 
· Pedido de desistência do devedor (após a concessão caberá a AGC deliberar) 
· Convolação da RJE em falência 
Da sentença que decreta a recuperação pelo cumprimento do plano caberá apelação.
. Recuperação Judicial das ME/EPP/Produtor Rural – art. 70 a 72
Plano especial: “tratamento favorecido às empresas de pequeno porte”
Finalidade: trata-se de uma faculdade de optar por um procedimento mais rápido e menos burocrático, dos quais as condições do plano estão estabelecidas previamente na lei.
***→ Deve observar parâmetros legais preestabelecidos (art. 71)
· o plano não pode exceder 4,8 milhões (70 – a)
· na RJ pelo plano especial também se aplica o cram Dawn – PROVA 
ESTUDAR O FINAL DO SLIDE 
Credores não abrangidos, hipóteses e convolação (ocorre somente depois do processo por período autônomo) 
 
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL:
Efeitos da convolação:
• Segurança jurídica: 
Ex; alienei um estabelecimento comercial como forma de cumprir o plano de RJ, e dentro do prazo de supervisão e não cumpri o plano e foi decretada a falência. Essa alienação ficará prejudicada? Não, eles serão preservados.
· Créditos afetados pelo plano (novados): 
descaracteriza-se a novação e as condições voltam ao status quo ante (arts. 59 e 61, §2º), para pagamento na falência.
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image15.png· Registro facultativo (CC, 971) – eu posso escolher ser empresário ou não 
· Requisito para RJE: comprovação do exercício regular da atividade econômica há mais de 2 anos com registro de empresa (art. 48)
Antes da reforma o produtor rural não podia requerer a RJE, somente se fosse empresário, no entanto o STJ sedimentou o entendimento que pode pedir o empresário e o próprio produtor (ampliação)
· Prod. Rural pessoa física: pode optar pelo Plano Especial de Recuperação Judicial próprio das ME/EPP, desde que os créditos sujeitos à RJE não exceda ao valor total de R$ 4,8 milhões.
· Existe um direito de acesso do produtor rural a RJE, mesmo sem registro, desde que comprove sua atividade por mais de dois anos!!!
· CLUBES DE FUTEBOL, UNIVERSIDADES E HOSPITAIS – NÃO 
Em regra, não podem requerer a RJE, pois não trata-se de sociedades do art, 1º, no entanto existem algumas exceções na doutrina: 
· A doutrina propõe o exame das associações a luz da teoria de empresa (analisa-se grupo econômico e elemento de empresas) estas exercem atividade intelectual empresária + princípio da preservação da empresa, pois estas exercem atividades econômicas rentáveis
A jurisprudência é solida no sentido da exclusividade da ‘empresa” a recuperação
Art. 13.  O clube ou pessoa jurídica original poderá efetuar o pagamento das obrigações diretamente aos seus credores, ou a seu exclusivo critério:
I - pelo concurso de credores, por intermédio do Regime Centralizado de Execuções previsto nesta Lei; ou
II - por meio de recuperação judicial ou extrajudicial, nos termos da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005.
Do ponto de vista legal não é possível a RJE.
OBJETIVO DA LFRE:
· Recuperação: tem por objetivo a superação da crise econômica/fianceira do devedor, na medida que exerce uma função social e deve ser preservada e preservar a empresa, com a manutenção da fonte produtora, dos empregos e dos interesses dos credores.
Crise: 
· Econômica – retratação considerável dos negócios 
· Financeira – crise de caixa, de liquidez, dificuldade para o pagamento de obrigações – credito fica mais caro e eu faturo menos 
· Patrimonial – decorre da insolvência, insuficiência dos bens para atender sua satisfação 
OBS: Quando a empresa é viável economicamente: recuperação; quando não é: falência – se não consegue cumprir o plano de recuperação também
· Falência: processo de execução concursal e individual
Necessita do pagamento dos credores, de forma igualitária – art. 83
Tem como objetivo: 
· arrecadar os bens do falido, vende-los e pagar os credores 
· Preservação dos benefícios de econômicos e sociais decorrente da atividade empresarial por meio da liquidação imediata do devedor e da rápida recolocação útil dos ativos da economia – cria oportunidade de mercado para outras empresas saudáveis - decretou a quebra, vem o concorrente e retoma a atividade de mercado
· Preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens;
· Liquidação das empresas inviáveis
· Recolocação rápidas dos ativos na economia 
FRESH START – a reforma de 2020, trouxe a possibilidade retorno rápido ao falido ao exercício da atividade empresarial – art. 158, V – 14.112
-. Mesmo que o falido não pague, ele estar reabilitado pelo decurso do prazo da sentença, antes ele tinha que esperar a atividade depois de muitos anos.
Conceitos:
Recuperação da empresa 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Falência
· É um processo de execução coletiva ou concursal, no qual os bens do falido que se encontra juridicamente insolvente são arrecadados para uma venda judicial forçada, com a distribuição proporcional do resultado entre os credores 
Princípios;
Gerais: 
· Legalidade e razoabilidade, economia processual
Específicos; 
· Função social da empresa/ preservação ou continuidade da empresa:
Art. 47 - todas as decisões importantes tem por base esse principio, mesmo que o credor tenha por base a FP
· Pars conditio creditorum 
Determina o tratamento igualitário entre credores da mesma categoria, da mesma classe preservando a proporcionalidade com relação aos créditos.
· Trata-se de manifestação do princípio da isonomia na visão aristotélica (tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades). 
· Obediência a ordem de classificação dos credores/créditos na falência, para pagamento. Art. 83.
Após a apresentação do plano de reestruturação, o devedor deverá tratar os credores de formas igualitária- credores trabalhistas que aniversariam de julho a dezembro receberão apenas 80% do seu crédito, enquanto os que aniversariam em outro período receberão 100%. Vedação ao tratamento desigual e aplicação do princípio da isonomia. (devem receber nas suas respectivas clássicas)
· COM EXCEÇÃO NA RJE: LFR ART. 67 §U – Hipóteses dos credores apoiador ou parceiro, estratégicos.
· Pode prever tratamento diferenciado aos credores fornecedores de bem ou serviços que continuarem a prove-los normalmente após o pedido de recuperação, desde que, tais bens ou serviços sejam necessárias para a manutenção das tividades e que o tratamento diferenciado seja adequado e razoável – NÃO HÁ VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO PARS CONDITIO CREDITORUM
17/10/2022
continuação...
· Disposições comuns (aplicáveis) à Falência e à Recuperação de Empresa (art. 1º a 46):
· Competência (absoluta): art. 3º,da LFRE;
Art. 3º. É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. Juízo universal pro tempore e relativamente indivisível. Aptidão atrativa do juízo falimentar ou recuperacional para decidir de modo uniforme.
Principal estabelecimento (local do): Principal estabelecimento é considerado aquele onde a empresa concentra maior prestação de serviços – não é a sede administrativa;
· Critério econômico: É o local onde o devedor concentra o maior volume de negócios da empresa
· Mais de um estabelecimento importante economicamente: será na sede administrativa (não a contratual/estatutária). 
· F/RJ empresa estrangeira: competência será do juízo do local da filial no Brasil.
Exceções legais à universalidade/indivisibilidade do juízo: art. 6º e 76 da LFRE
Art. 6º. A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial implica:    
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
	 AÇÕES DE QUANTIA ILÍQUIDA (6º, §1º): 
 Ações indenizatórias 
 Ações trabalhistas (6º, §2º; CF, 114) continuam sendo processadas perante a Vara do Trabalho até a definição do valor do crédito trabalhista por sentença.
§ 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença – art. 114 da CF.
§ 3º O juiz competente para as ações referidas nos §§ 1º e 2º deste artigo poderá determinar a reserva da importância que estimar devida na recuperação judicial ou na falência, e, uma vez reconhecido líquido o direito, será o crédito incluído na classe própria.
· Qual é a garantia do credor? É a Reserva de Numerário.
· Reserva de numerário: os juízos nos quais se processam ações que demandamquantia ilíquida podem determinar (ao juízo da F/RJ) a reserva de importância estimar devida para futura inclusão (habilitação) na RE ou na Falência (6º, §3º)
Exceções a universalidade do juízo:
Na RJE, as ações referentes a créditos a ela não sujeitos – art. 6º §§7º-A e 7º-B:
Ex: créditos posteriores!
 Qualquer que seja o crédito não sujeito, compete a juízo de recuperação judicial determinar a suspensão dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial durante o prazo de suspensão a que se refere o §4º deste artigo, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 do CPC, observado o disposto no art. 805 do CPC.
§ 7º-A. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica aos créditos referidos nos §§ 3º e 4º do art. 49 desta Lei, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a suspensão dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4º deste artigo, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do referido Código.    
§ 7º-B. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às execuções fiscais, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial até o encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do referido Código.   
Qual Princípio está implícito? O Princípio da Preservação da Empresa!
Na Falência: Ações não reguladas pela LFRE, nas quais a massa falida figura como autora ou litisconsórcio ativo. 
· Suspensão da prescrição e das execuções (F/RJE) e das ações (RJE): art. 6º, I, II e III;
· É suspensão da prescrição e não da decadência!
· A suspensão alcança as dívidas dos sócios de responsabilidade solidária do devedor, e não as dos devedores solidários – quem são esses devedores solidários? O fiador, o avalista... 
· Não se aplica aos coobrigados a suspensão prevista nos arts. 6º (e no 52, inciso III) e a novação a que se refere o art. 59, caput. Conforme dispõe o art. 49, § 1º:
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. 
§ 1º Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.
· Súmula 581 do STJ; A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.
Finalidade da suspensão:
• Na falência seria uma irracionalidade a concomitância de duas medidas satisfativas (execuções) voltadas ao mesmo objetivo; 
• Na recuperação (stay period) a suspensão permite que o empresário “tenha um fôlego” necessário para atingir o objetivo pretendido com a reorganização da empresa.
Stay Period
Período em que o devedor “recuperando” fica imune a certos atos processuais, a fim de que tenha um mínimo de tranquilidade, para que os objetivos da recuperação não sejam frustrados, ou para elaborar seu plano de recuperação ou negociá-lo com seus credores.
· Na RJE: Stay Period – prazo de 180, contados do deferimento do pedido de processamento da recuperação; art. 6º §§4º e 4º-A, II.
· Pode ocorrer a Antecipação do stay period em tutela de urgência, ocasionando a suspensão de ações/execuções desde o ajuizamento do pedido.
· Plano alternativo: O decurso do prazo sem a deliberação a respeito do plano de recuperação proposto pelo devedor faculta aos credores a propositura de plano alternativo (art. 6, §4º-A c/c art. 56 e §§).
Não aplicação do Stay Period na RJE: não suspensão aos credores não sujeitos à RJE (novação) e aos “credores proprietários” – art. 49, §§3º e 4º da LFRE. Ler!!!
OBS: juiz da recuperação determinar a suspensão da constrição de bens essenciais ao desenvolvimento da empresa. (Art. 6º, §7º-A); 
OBS: Também vale para a Fazenda Pública.
· Os prazos da LFRE contam-se em dias corridos, não em dias úteis! Art. 189 §1º da LFRE. 
 RETOMADA DO PRAZO PRESCRICIONAL SUSPENSO: 
· Na Falência, após o trânsito em julgado da sentença de encerramento (art. 157), salvo quanto às obrigações extintas. 
· Na RJE, após o decurso do prazo de 180 dias (e sua prorrogação), salvo quanto aos créditos novados.
· Recurso: agravo de instrumento
19/10/022
ÓRGÃOS DA RJE e da falência 
· Administrador judicial; trata-se de um auxiliador do juiz que atua em nome próprio e sob a supervisão deste e que tem por funções lhe cometidas por lei. Era chamado de sindico (falência) e comissário (concordata) – ajuda a fiscalizar a gestão da empresa falida.
Escolha: sua escolha cabe aos juiz da RJE/F (art. 52, I e 99, ix), segundo os critérios definidos por lei – art. 21
· requisito profissional idoneidade (moral e financeiro), pessoa natural ou jurídica especializada.
Impedimentos: art. 30 §1º - impedimentos para ser administrador judicial 
gula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
Art. 30. Não poderá integrar o Comitê ou exercer as funções de administrador judicial quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício do cargo de administrador judicial ou de membro do Comitê em falência ou recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestação de contas desaprovada.
§ 1º Ficará também impedido de integrar o Comitê ou exercer a função de administrador judicial quem tiver relação de parentesco ou afinidade até o 3º (terceiro) grau com o devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente.
§ 2º O devedor, qualquer credor ou o Ministério Público poderá requerer ao juiz a substituição do administrador judicial ou dos membros do Comitê nomeados em desobediência aos preceitos desta Lei.
§ 3º O juiz decidirá, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o requerimento do § 2º deste artigo.
Ler artigos e grifar pra prova:
FALÊNCIA/RJ COMUNS – ART 22, I
RJE: ART. 22, II; 27 E 28
FAL: 22, III; 76§U; 132
Outras atribuições: 
Art. 28 – a falta do comitê de credores, quem exerce suas atribuições é o administrador judicial 
 Art. 22, III – N e S 
Remuneração do administrador
· princípios; proporcionalidade e razoabilidade;
· critérios: capacidade do pagamento do devedor, complexidade do trabalho e regras de mercado 
art. 24 e SS – não excederá 5% do passivo (RJE) ou do valor de venda do ativo 9F)no caso de ME/PP/Produtor rural – mais restrita 2%. Se este valor for excessivo pode requerer sua reanalise.
· reserva (retenção de 40) do valor da remuneração – art. 24 §2º - para que não haja o pagamento após o encerramento da falência, o juiz libera o valor retido para o pagamento para o administrador judicial.
o juiz pode reter mais de 40 %? Não!
· destituição ou demissão: o juiz pode fazer de oficio ou a requerimento das partes; assumindo a responsabilidade civil e penal pelos crimes falimentares que pode receber (art. 32)
comitê de credores –
é um órgão não obrigatório, que tem como função representar os credores nos processos de RE e falência; seus objetivos são evitar a necessidade de convocação de todos os credores (assembleias). O comitê acaba substituindo as assembleias na tomadas de decisões.
· A principio quem define se haverá ao comitê são os credores, mas excepcionalmente o juiz pode determinar a realização de uma assembleia para que ele escolham seus credores que constituam os comitês
Art. 35 LRF
FAL – b,c, d 
REJ – TODOS 
ASSEMBLEIAS GERAISDOS CREDORES
É um órgão colegiado composto por credores do devedor, exceto os titulares de credito tributário (não votam). Esse órgão colegiado deve atuar segundo o interesse coletivo.
Sua instituição aproxima-se da RE da receita da solução de mercado para a crise econômica do devedor 
Composição – art. 41 
Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores:
I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho;
II – titulares de créditos com garantia real;
III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados.
IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
Competência e forma de convocação – art. 36:
· Compete ao Juiz, de ofício, ou a pedido do Comitê de Credores, do Administrador ou de credores que representem no mínimo 25% do valor total dos créditos de uma determinada classe;
· - Se faz por meio de edital publicado em DO eletrônico e disponibilizado no site eletrônico do AJ, com antecedência mínima de 15 dias da data de realização da AGC.
· - Não exige publicação em jornal de grande circulação da localidade da sede e filial do devedor
Dispensa da convocação – NOVIDADE 
· Substituição da AGC por outros instrumentos de deliberação 
Art. 39 § 4º Qualquer deliberação prevista nesta Lei a ser realizada por meio de assembleia-geral de credores poderá ser substituída, com idênticos efeitos, por: (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
I - termo de adesão firmado por tantos credores quantos satisfaçam o quórum de aprovação específico, nos termos estabelecidos no art. 45-A desta Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
II - votação realizada por meio de sistema eletrônico que reproduza as condições de tomada de voto da assembleia-geral de credores; ou (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
III - outro mecanismo reputado suficientemente seguro pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
Art. 45-A. As deliberações da assembleia-geral de credores previstas nesta Lei poderão ser substituídas pela comprovação da adesão de credores que representem mais da metade do valor dos créditos sujeitos à recuperação judicial, observadas as exceções previstas nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
DIREITO DE VOTO 
Art. 39. Terão direito a voto na assembléia-geral as pessoas arroladas no quadro-geral de credores ou, na sua falta, na relação de credores apresentada pelo administrador judicial na forma do art. 7º, § 2º, desta Lei, ou, ainda, na falta desta, na relação apresentada pelo próprio devedor nos termos dos arts. 51, incisos III e IV do caput, 99, inciso III do caput, ou 105, inciso II do caput, desta Lei, acrescidas, em qualquer caso, das que estejam habilitadas na data da realização da assembléia ou que tenham créditos admitidos ou alterados por decisão judicial, inclusive as que tenham obtido reserva de importâncias, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 10 desta Lei.
· Verificação de credito: que indica quem são os credores da empresa em recuperação ou falida é o devedor ou próprios credores (art. 51)
· Credores em processo de habilitação também votam 
EX: Se todos nos somos credores da empresa da empresa que entra em falência, mas o advogado consta que o seu nome não esta relacionado a empresa como credor, eu devo pedir a habilitação por via judicial.
· Quando eu for habilitado, ainda que eu não faça parte do rol de credores eu possuo direito de voto
· FP NÃO VOTA!!
Se eu for relacionado como credor quirografário, mas eu sou credor de garantia real? Passa por retificação.
· Após isso é aberto um prazo para a apresentação do rol de credores pelo OJ, que determinara judicialmente o quadro oficial de credores!
Na falência votam: todos os credores admitidos (RC ou QGC) e os habilitados (declaração oportuna do crédito, mas ainda fora da relação)
Na rje votam: todos os credores das classes indicadas no art. 41 – Todos os credores das classes indicadas no art. 41, EXCETO os não admitidos e os não sujeitos ao plano de recuperação (arts. 39, §1º, 49, §§ 3º e 4º, e 86, II) e todos aqueles cujos créditos não são novados, não afetados pelo PRE - art. 45, §3º.
Não tem direito a voto: a fazenda púbica 
Credor retardatário: 
· Na Falência: não vota enquanto não incluído o seu crédito no QGC (art. 10, §2º); 
· Na RJE: não adquire direito de voto (não vota na AGC) nem mesmo depois de julgado admitido o crédito (salvo tutela antecipada sobre o crédito). Exceção: titular de crédito trabalhista.
Questão: Um credor participa de AGC, e decisão judicial posterior resolve sobre a inexistência do seu crédito, a modificação do montante ou (re)classifica o crédito: 
· Não haverá invalidação de deliberação tomada - Art. 39, §2º , e se havendo a invalidação judicial, os credores serão responsabilizados pelos prejuízos causados por dolo ou culpa – art. 39
· Exercício do direito ao voto: art. 38, 39 e 45
· A contagem dos votos leva em conta o VALOR DOS CRÉDITOS; quem tem crédito de valor mais elevado, tem mais “votos”.
· Excepcionalmente, na AGC para deliberação sobre o PR: -
· os credores das classes I (trabalhistas/equiparados) e IV (ME/EPP) votam independentemente do valor do seu crédito, ou seja, votam unitariamente, per capita (SISTEMA DE VOTO POR CABEÇA = ONE MAN, ONE VOTE);
· os credores das classes II (com garantia real) e III (quirografários, privilégio especial ou geral e subordinados) votam com base nos valores de seus créditos e por cabeça (SISTEMA DE DUPLA MAIORIA).
24/10/2022
QUÓRUM DE DELIBERAÇÃO: 
 Quórum geral/comum: necessita da maioria simples (ou seja, aprovação de + da metade do valor dos créditos), considerados os créditos dos credores presentes à AGC, ainda que representados.
Votam: credores trabalhistas, quirografários, de garantia real e credores microempresário ou empresários de pequeno porte
· Em um processo de recuperação judicial, se eu tenho credito que totalizem 10 milhes, mas podem aparecer credores que equivalem só a metade desse valor, não atingindo o valor total. 
 Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembleia-geral, exceto nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial nos termos da alínea a do inciso I do caput do art. 35 desta Lei, a composição do Comitê de Credores ou forma alternativa de realização do ativo nos termos do art. 145 desta Lei.
QUÓRUNS ESPECIAIS DE DELIBERAÇÃO: 
Na falência, há a disposição dos bens da empresa e do devedor, não podendo fazer isso sem autorização, assim, é designada uma assembleia geral de credores para a realização dos ativos
· Quórum de Aprovação da forma alternativa da realização do ativo na falência (venda extraordinária dos bens do falido): 2/3 dos créditos presentes à AGC (Arts. 46, 140 e 145); -> não significa dois terços da TOTALIDADE e sim a metade dos credores que comparecem a assembleia !
· Quórum de Escolha dos membros do Comitê de Credores: aqui é feito uma votação para eleger os credores que participarão do comitê voto favorável de + da ½ de qualquer das classes de créditos presentes à AGC, cada classe escolhendo seu representante.
· Quórum de Aprovação do Plano de Recuperação: devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes condições (art. 45): 1. Aprovação por todas as 04 classes mencionadas no art. 41: I - créditos trabalhistas e decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real; III - créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados; IV - créditos enquadrados como ME ou EPP;
PROCEDIMENTO DE RECUPERAÇÃO:
PI -> pedido de recuperação (partindo do pressuposto que preenche todos os requisitos -. O juiz proferirá uma decisão para o processamento do pedido -> a partir disso corre o prazo de 60 dias para apresentação do plano de correção; ao mesmo tempo corre o mesmo prazopara a habilitação
Apresentado o plano pode haver objeção ou não -> não havendo objeção, o juiz faz uma analise de legalidade e determina a assembleia geral de credores que decidira a respiro do plano de recuperação.
· Quórum de Aprovação do Plano de Recuperação: devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes condições/regras (art. 45):
1) Aprovação por todas as 04 classes mencionadas no art. 41: I - créditos trabalhistas e decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real; III - créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados; IV - créditos enquadrados como ME ou EPP;
Lembre-se: Na AGC sobre o PRE não terão direito de voto os credores por ele não afetados e os excluídos.
2) Nas classes dos credores indicados nos incisos II e III do art. 41 (garantia real e quirografário) adota-se o sistema de dupla maioria, isto é, a proposta deve ser aprovada por credores que representem mais da ½ do valor total dos créditos presentes à assembleia (quórum qualitativo) e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes (quórum quantitativo), isto é, aprovação por + da ½ do valor dos créditos e por + ½ dos credores da mesma classe;
· Deve somar o valor do credito de cada um, e com base nesse valor ter credores que equivalem pelo menos a maioria simples, ou seja mais da metade per capita (sistema de dupla maioria) se tiver 50, devem comparecer 26;
3) Na classe dos credores indicados nos incisos I e IV (créditos trabalhistas ou equiparados e de ME/EPP) despreza-se (não se considera) o valor dos créditos e adota-se o sistema de voto por cabeça, exigindo-se a aprovação por + da ½ dos credores presentes (pessoalmente ou por seus representantes).
 CONTROLE JUDICIAL DAS DECISÕES DA AGC: 
- quando se migra de um sistema sobre o outro, pergunta-se se é possível o controle judicial (do juiz) das decisões da assembleia de credores
 As decisões da AGC são soberanas! Soberania da decisão assemblear. Aproximação à solução de mercado: viabilidade econômica da empresa, ou não: recuperação ou falência.
· Essas decisões tomadas pela assembleia, não tem natureza jurisdicionais e sim administrativas 
· Para tomar essas decisões eu necessito ser habilitado 
· É possível o controle, revisão pelo juiz? Não!! Insta salientar que a jurisprudência que determina que o controle judicial é um controle de legalidade, ou seja, um controle processual, que deve se concentrar apenas nos aspectos formais, não entrando no mérito da decisão tomada pelos redores em assembleia.
· No entanto a lei prevê uma hipótese de conceder a recuperação judicial, memo que ela não tenha sido aprovada pela maioria dos credores.
Art. 39, § 2º - As deliberações da assembleia-geral não serão invalidadas em razão de posterior decisão judicial acercada existência, quantificação ou classificação de créditos.
 Art. 40. Não será deferido provimento liminar, de caráter cautelar ou antecipatório dos efeitos da tutela, para a suspensão ou adiamento da assembleia-geral de credores em razão de pendência de discussão acerca da existência, da quantificação ou da classificação de créditos.
EXCEÇÃO A NÃO INTERVENÇÃO JUDICIAL - a denominada CRAM DOWN (legislação estrangeira)
Regra: Não cabe ao Judiciário (ao juízo falimentar) decidir acerca da viabilidade da recuperação da crise da empresa (aproximação do sistema atual à “solução de mercado”). 
Ao juiz cabe tão somente o controle de legalidade do processo e da própria AGC, e não o controle de razoabilidade do plano.
· Exceção: A Lei 11.101/2005 prevê que “O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que (...).”
ENTÃO PODERÁ O JUIZ CONTRARIAR A DELIBERAÇÃO DA AGC E APROVAR PLANO DE RECUPERAÇÃO REJEITADO PELOS CREDORES? aprovação do pr por todas as 04 classes mencionadas no art. 41: i - créditos trabalhistas e equiparados; ii - créditos com garantia real; iii - créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados; iv - créditos de me/epp.
· Ex: Uma recuperação judicial de uma empresa, cujas 4 classes de credores tem direito ao voto, VOTARAM ASSIM: 
· 100% dos créditos e 100% dos credores da Classe I Trabalhista; 
· 100% dos créditos e 100% dos credores da Classe II Garantia Real; (dupla maioria)
· 40,55% dos créditos e 85,70% dos credores da Classe III Quirografária; (dupla maioria)
· 100% dos créditos e 100% dos credores da Classe IV ME EPP; e 
Não foram alcançados os requisitos para aprovação. o Rejeição do plano de recuperação por: objeção de um único credor da Classe III - BANCO DO BRASIL.
· O plano foi rejeitado, embora mais da metade dos credores votaram positivamente (que representem mais do valor total das classes), permaneceu o critério financeiro, ou seja, houve a negação. Assim, em hipóteses em que houve uma aprovação substanciaria (que nem todo mundo foi a favor) o juiz poderá fazer uma intervenção nesses casos para imposição da vontade de uma maioria sobre a minoria
· Se eu tiver 4 classes de credores eu preciso da aprovação de 3 (mais da metade)
Art. 58, § 1º: O juiz “poderá” conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembleia, tenha obtido, de forma cumulativa:
 I – o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembleia, independentemente de classes; 
II - a aprovação de 3 (três) das classes de credores ou, caso haja somente 3 (três) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 2 (duas) das classes ou, caso haja somente 2 (duas) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas, sempre nos termos do art. 45 desta Lei; 
III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1º e 2º do art. 45 desta Lei.
LFRE, art. 58, § 2º: A recuperação judicial somente poderá ser concedida com base no § 1º deste artigo se o plano não implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado. (pars conditio creditorum)
· Essa exceção que determina a interferência do juiz é uma arbitrariedade ou uma faculdade? A maioria determina que se trata de uma discricionariedade judicial.
· É possível ao juiz conceder a desconsideração fora dessas hipóteses artigo 58, §§ 1º e 2º? Sim!! Nas hipóteses de PLANO ABUSIVO!!
A JURISPRUDENCIA DETERMINA A MITIGAÇÃO DESSE ATRIGO PARA APLICAÇÃO DO CRAM DAW visando evitar eventual abuso do direito de voto, justamente no momento de superação de crise, é que deve agir o magistrado com sensibilidade na verificação dos requisitos do 'cram down', preferindo um exame pautado pelo princípio da preservação da empresa, optando, muitas vezes, pela sua flexibilização.
· MAS O QUE É VOTO ABUSIVO? Significa a obtenção de vantagem ilícita para si ou para outrem. 
O problema é que a maioria credita que essa violação de direito é a negação do plano de recuperação. EX: SABESP negou o pedido. 
Assim quando questão foi para o judiciário, o juiz julgou essa negativa como abuso de direito, pois ao invés de renegociar com credores, ele prossegue a favor da decretação de falência.
· Essa decisão do juiz deve ser considerada a partir do PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA.
OBS: O juiz não poderá contrariar a deliberação da AGC que aprovou o plano e convolar a recuperação em falência.
FORMAS DE RECUPERAÇÃO:
· Existem varias formas de reestruturar as empresas em crises:
A reestruturação por meio de operação societária (art. 50, II, da LFRE: cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente) exigirá a aprovação prévia do CADE (posição majoritária), se alcançados os critérios quantitativos previstos na LEI 12.529/2011
· Quem decide sobre a recuperação é a assembleia geral dos credores (AGC)
· No entanto, em alguns casos, é necessáriaa analise multidisciplinar, que necessita da aprovação do CADE antes de ir para a assembleia. Ex: EMPRESA DE TELEFONIA QUE PRECISA PARASSAR PELA ANALISE DA ANATEL, DEPOIS O CADE, E POR FIM A AGC
Art. 88. Serão submetidos ao CADE pelas partes envolvidas na operação os atos de concentração econômica em que, cumulativamente: 
I - pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais); e
 II - pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). [...] 
§2 º O controle dos atos de concentração de que trata o caput deste artigo será prévio e realizado em, no máximo, 240 (duzentos e quarenta) dias, a contar do protocolo de petição ou de sua emenda. 
§3 o Os atos que se subsumirem ao disposto no caput deste artigo não podem ser consumados antes de apreciados, nos termos deste artigo e do procedimento previsto no Capítulo II do Título VI desta Lei, sob pena de nulidade, [...]
26/10
VERIFICAÇÃO DE CRÉDITO: HABILITAÇÃO E DIVERGÊNCIA (ARTS. 7º-19):
Finalidade: identificar os credores com assento na AGC ou no CC e definir os valores dos créditos, as classes de credores e a ordem de pagamento na falência; 
→ Procedimento único/comum para a falência e recuperação judicial 
→ Possui duas fases: administrativa e judicial (a LFR prima pela atuação não contenciosa); 
→ Encerramento: com a publicação do Quadro Geral de Credores (QGC).
- Fase administrativa (art. 7º, §1º).
1) Início: publicação (1º edital) contendo a lista dos credores fornecida pelo devedor (art. 7º, §1º), um dos requisitos da petição inicial -> Uma vez decretada a falência ou feito o deferido pedido da RJ, publica-se um edital para dar conhecimento.
2)Uma vez publicado, a fase ADM irá considerar os pedidos de Habilitação de credor não relacionado (art. 9º) e Divergência (valor e/ou classificação do crédito) no prazo: 15 dias, contados da publicação do 1º edital; 
· É perante o administrador judicial que se faz o pedido de habilitação 
· Findo o prazo o AJ analisa e apresenta a RELAÇÃO DE CREDORES.
3)RC – trata-se de um segundo edital publicado em até 45 dias após o termino do prazo para a habilitação 7º §2º - marca o fim da fase administrativa.
· pode ser impugnado 
· sem impugnação: juiz homologa e consolida-se o QGC
· Com impugnação: inicia-se a fase judicial 
Fase judicial (arts. 8º, 11/12 e 13 e 15).
Com a impugnação, forma-se um processo incidental. Essa ação incidental objetiva alterar a RC apresentada pelo ADM. Judicial. 
Legitimidade para impugnar: comitê de credores, credores, sócios e MP;
Prazo: 10 dias contados da publicação do edital contendo a RC (art. 8º)
Procedimento das impugnações (arts. 13/15):
 Petição inicial (art.13);
 Intimação de credores cujos créditos foram impugnados: 05 dias p/ contestação (art. 11); 
 Intimação da recuperanda e do CC: 05 dias p/ manifestação (art. 12); 
 Intimação do AJ: 05 dias para apresentar parecer (art. 12, § único); 
 Provas, se necessário. 
 Decisão judicial: 	
· Determina a inclusão no QGC das impugnações/habilitações não contestadas; 
· Julgará as impugnações contestadas, com ou sem a produção de provas.
· Recurso cabível: AGRAVO DE INSTRUMENTO, embora a LFR se refira a “sentença” que julgou a impugnação (art. 18, § único).
 fim: Consolidação do QGC. (Art. 10, §7º)
- HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA - HR (ART. 10):
É aquela apresentada por credor que não observa o prazo de 15 dias do 1º EDITAL - §1º do artigo 7º da LFRE
Procedimento:
· Se a HR for apresentada antes da homologação do QGC, será processada como “impugnação” e observará o mesmo rito dos arts. 13 e 15; 
· Se a HR for apresentada após a homologação do QGC (e enquanto não encerrada a RJE ou a Falência), deverá observar o rito ordinário previsto do CPC”; uma ação própria (denominada de retificação do quadro geral de credores), conforme dispõe o art. 10, §6º
Efeitos (de natureza política, econômica ou fiscal)
Na RJ: Art. 10 §1º
· perda do exercício do direito de voto nas deliberações da AGC, salvo se se tratar de credor titular de créditos derivados da legislação do trabalho
Na falência: Art. 10 § 3º
· perda dos rateios já realizados, mas com a possibilidade de “reserva do valor para pagamento do crédito” (art. 10, §4º).
 Exceção: O credor trabalhista retardatário ingressa no QGC com a mesma preferência (STJ, RESP 1.627.459); 
· sujeição ao pagamento de custas judiciais; e
· perda do exercício do direito de voto nas deliberações da AGC
ALTERAÇÕES NO QGC (HOMOLOGADO) POR “AÇÃO PRÓPRIA”.
· Segue o rito do processo comum – ação autônoma
· É possível enquanto não for encerrada a falência ou a RJ fazer a Habilitação ou Ação de habilitação ou de retificação do QGC
· É possível fazer a inclusão ou retificação de credito (ação revisional do QGC) – art. 19.
· Legitimidade ativa: AJ, CC, credor habilitado e MP; 
· Fundamento/motivo: só fato excepcional: falsidade (uso de documento falso), fraude, dolo, simulação (declaração enganosa), erro essencial (falsa noção da realidade que influencia a formação da vontade) ou novos documentos ignorados ao tempo da inclusão do crédito no QGC
· Competência: 
• Regra: juízo da falência/recuperação judicial; • Exceção: juízo no qual se deu o reconhecimento – quando a ação não for suspensa
- Reforma/2020: Art. 10, §§ 7º a 10, da Lei 11.101/2005 ******
· O QGC será formado com o julgamento das impugnações tempestivas e com as habilitações e as impugnações retardatárias decididas até o momento da sua formação
· As habilitações e as impugnações retardatárias acarretarão a reserva do valor para a satisfação do crédito discutido
· A recuperação judicial poderá ser encerrada ainda que não tenha havido a consolidação definitiva do quadro-geral de credores, hipótese em que as ações incidentais de habilitação e de impugnação retardatárias serão redistribuídas ao juízo da recuperação judicial como ações autônomas e observarão o rito comum.
· O credor deverá apresentar pedido de habilitação ou de reserva de crédito no prazo de 03 anos, contados da data de publicação da sentença que decretar a falência, sob pena de decadência.
INCIDENTE DE CLASSIFICAÇÃO DE CRÉDITO DA FAZENDA PÚBLICA - Art. 7º-A da Lei 11.101/2005.
· Só é cabível na falência e não na RJ 
· Instaurado de oficio 
· Créditos: Fiscais, FGTS e contribuição previdenciária arrecadada na JT
· O ART. 7º - A revoga parcialmente o 187 da CNT – que dizia que os créditos fiscais não estão sujeitos a falência; segundo esse novo art. Os creditos públicos se sujeitam a falência. 
· COMPETÊNCIA:
Competência do juiz da execução fiscal: para decidir sobre o crédito da FP (existência, exigibilidade e valor do crédito), observada presunção relativa de certeza e liquidez da dívida ativa inscrita (LEF – n. 6.830/80).
Competência do juízo falimentar: para decidir sobre a classificação dos créditos, a arrecadação dos bens, a realização do ativo e o pagamento aos credores.
· As execuções fiscais são suspensas até o encerramento da falência 
· Incidente não possui condenação de honorários
Art. 7º-A. Na falência, após realizadas as intimações e publicado o edital, conforme previsto, respectivamente, no inciso XIII do caput e no § 1º do art. 99 desta Lei, o juiz instaurará, de ofício, para cada Fazenda Pública credora, incidente de classificação de crédito público e determinará a sua intimação eletrônica para que, no prazo de 30(trinta) dias, apresente diretamente ao administrador judicial ou em juízo, a depender do momento processual, a relação completa de seus créditos inscritos em dívida ativa, acompanhada dos cálculos, da classificação e das informações sobre a situação atual.
DAS CONCILIAÇÕES E MEDIAÇÕES NA RJ:
Art. 20 A – B antecedente e incidente – LER
RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
A Recuperação de Empresaé um instituto jurídico e um instrumento que visa sanar a situação de crise econômico-financeira do empresário, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores, dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa e o cumprimento de sua função social com a continuidade da atividade econômica. (LFRE, art. 47).
Espécies: 
· Recuperação Judicial (procedimento ordinário): Arts. 47/69-L. É a processada (natureza processual) integralmente no âmbito do Poder Judiciário (participação do Estado) por meio de uma ação judicial de natureza constitutiva-modificativa da situação jurídica do devedor e de seus credores. Seu processamento perante o Judiciário revela uma opção interventiva que se justifica no interesse público que a acompanha. 
· Recuperação Judicial das ME/EPP/Prod.Rural – Plano Especial: Arts. 70/72.
· Recuperação Extrajudicial (procedimento extraordinário): Arts. 161/167. (6)
RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESA.
LEGITIMAÇÃO:
a) Ordinária: o devedor - empresário individual, sociedade empresária e produtor rural PJ ou PF (arts. 48, §§ 2º/5º, 49, §6º e 70-A). SAF. Clube de futebol (original do qual surgiu a SAF)
b) Especial: 
• Cônjuge sobrevivente 
• Herdeiros do devedor (empresário individual morto); 
• Inventariante (em relação ao espólio do empresário individual); 
• Sócio “remanescente”.
c) Não têm legitimidade ativa: os excluídos do art. 2º, os credores e o MP
d) Consolidação processual e substancial: Litisconsórcio ativo de devedores que integram um mesmo grupo econômico. É a legitimação ativa de 2 ou + sociedades pertencentes ao mesmo grupo, para um único pedido de recuperação judicial.
D.1) 
31/10/2022
Requisitos materiais ou substanciais: art. 48 e incisos.
a) Regularidade do exercício da atividade econômica (inscrição na JC) há mais de 2 (dois) anos.
· Inscrição na JC. A caracterização da atividade como empresária independe do registro público (questão de fato). O registro do empresário é ato meramente declaratório da sua regularidade.
· Empresário/produtor rural (art. 48, §§ 2º/5º): comprovação dos requisitos materiais por maio da documentação fiscal/contábil.
A doutrina positivou o entendimento de que o empresário tem acesso a recuperação meso sem comprovação do registro !!
· Clube de futebol derivadas a SAF (não tem como comprovar a existência na junta comercial, mas tem direito a recuperação para o pagamento de suas dívidas)
b) Não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes. 
Ex: se eu for falido e consegui estabelecer novamente empresa, ele só terá acessoa a recuperação se comprovar a extinção do processo de falência.
· As causas de extinção das obrigações do falido e sua reabilitação encontram-se nos artigos 158-159 da LFR [pagamento de todos os créditos; pagamento de mais de 25% dos créditos quirografários, após realizado o ativo; decurso do prazo de 03 anos, contado da decretação da falência];
c) c) Não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial ordinária ou especial (plano especial - ME e EPP);
· não posso fazer pedidos sucessivos 
d) d) Não ter sido condenado (o empresário individual) ou não ter (a sociedade empresária) administrador ou sócio controlador condenado por qualquer dos crimes previstos na LFRE.
QUAIS OS CREDORE SUJEITOS AO PEDIDO DE RJ?
Tendo em vista que uma das finalidades da recuperação é a quitação das dívidas, quais os credores estão sujeitos a essa novação (troca de uma obrigação por outra)? 
Art. 49: Sujeitam-se todos os créditos (credores) anteriores ao pedido de recuperação, ainda que não vencidos. 
· Ou seja, os “constituídos” após o pedido de recuperação não ficam sujeitos aos efeitos da RJE (e da novação). São créditos extraconcursais.
Ex; você está litigando com uma empresa de recuperação em uma ação indenizatória por exemplo 9carro da empresa em recuperação bate no meu), proposta em 1/02/22; do qual o fato ocorreu em 30/11; a ação de RJ foi instaurada em 31/08 e uma sentença foi deferida em 30/10.
Esse crédito é anterior? E, portanto, fica sujeito aos efeitos da RJ? Sim, o fato ocorre antes do pedido de RJ
STF – para o fim de submissão a existência do credito é determinada pela data que ocorreu a data do fato gerador.
· Honorários advocatícios;
No momento em que ocorre o acidente não há que se falar em honorários na verba anterior, a verba é posterior. 
Exceções à sujeição (créditos anteriores não sujeitos à RJE):
· Créditos fiscais (tributários ou não). CTN, art. 187. 
· Créditos decorrentes de contratos de arrendamento mercantil (leasing) e de venda com reserva de domínio (art. 49, §3º); Eu contrato em meu nome, o banco dá o trator para que eu o use como locatário, mas o bem é o banco ainda. Como o credor é o banco ele pode aumentar os juros na RJ – TAVA BANCÁRIA
· Créditos decorrentes de importância entregue ao devedor como adiantamento de contrato de câmbio – ACC (arts. 49, §4º e 86, II); 
· Créditos do proprietário fiduciário (contrato com pacto adjeto de alienação fiduciária) e do promitente vendedor (art. 49, §3º).
TRAVA BANCÁRIA 
São exceções que conferem tratamento diferenciado a determinados créditos, normalmente titulados por bancos, afastando-os dos efeitos da recuperação, visando conferir maior segurança p/ concessão do crédito e diminuir spread bancário.
· Trata-se de um privilégio instituído (opção legislativa) com o objetivo de conferir crédito para aqueles que estão em extrema dificuldade financeira, permitindo que superem a crise. Não se pode olvidar, ademais, que o credor fiduciário de bem móvel ou imóvel é o real proprietário da coisa (propriedade resolúvel e posse indireta), que fica depositada em mãos do devedor (posse direta) até a solução do débito
· tais créditos são imunes aos efeitos da recuperação judicial, devendo ser mantidas as condições contratuais e os direitos de propriedade sobre a coisa, pois o bem é patrimônio do fiduciário, não fazendo parte do ativo da massa
· Assim, as condições da obrigação advinda da alienação fiduciária não podem ser modificadas pelo PRE (objeto de novação), devendo o credor ser mantido em sua posição privilegiada.
Na RJE do Produtor Rural: 
 Ficam sujeitos somente os créditos que decorram exclusivamente da atividade rural e estejam discriminados nos documentos contábeis e/ou fiscais (§§ 2º e 3º do art. 48);.
 Não estão sujeitos os créditos bancários e fiscal acima citados, e os créditos relativos à dívida constituída nos 3 (três) últimos anos anteriores ao pedido de recuperação judicial, que tenha sido contraída com a finalidade de aquisição de propriedades rurais
Créditos fiscais. A reforma/2020 manteve a não sujeição, permitindo, ainda, a prática de atos constritivos em face de empresa em RJ (STJ – 2ª T), mas, cabendo ao juízo da RJE analisar e deliberar sobre as constrições, a fim de não inviabilizar o Plano
A suspensão não se aplica às execuções fiscais, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial até o encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 do CPC, observado o disposto no art. 805 do referido Código. (Adaptado)
· POIS SE DEIXAR A EXECUÇÃO FISCAL ATÉ HASTA PÚBLICA, PODE OCASIONAR NA PENHORA DE BENS ESSENCIAIS A EMPRESA (
· A competência é do juízo da RJE
Créditos junto aos coobrigados do devedor em recuperação. Direito de regresso: crédito não sujeito.
Art. 49, § 1º - Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.
· O pedido de RJE da devedora principal não exime o fiador ou o avalista quanto à garantia que prestaram (na condição de coobrigados). 
· Pagamento da dívida “da empresa” pelo coobrigado após o pedido de recuperação. Direito de regresso. Crédito posterior ao pedido. Não sujeição aos efeitosda RJE.
R. EXTRAJUDICIAL 
· Além da RJ existe a R. extrajudicial, do qual não há fiscalização, só podendo aplicar o credito se houver uma negociação com o sindicato 
· todos os créditos existentes na data do pedido, EXCETO os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei;
· a sujeição dos créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva categoria profissional.
Créditos inexigíveis da falência de RJ
· Crédito derivado de obrigações gratuitas (ex.: liberalidades, como a doação); 
· Crédito por despesas que os credores fizerem para tomar parte nos processos de RJE ou de Falência (exceção à regra da distribuição dos ônus de sucumbência), exceto as custas judiciais (exigíveis) decorrentes de litígio com o devedor falido/recuperante. Precisei pagar uma taxa de mandato,
PROCESSO/PROCEDIMENTO DA RJE:
· Rito próprio da LFRE; -
· Aplicação subsidiária do Código de Processo Civil (Cfr. LFR, art. 189. Prazos em dias corridos. 
· Fases. No Proc-RJE podem ser identificados três [03] fases bem distintas:
Fase postulatória: começa com o pedido e acaba com a decisão sobre o plano de recuperação, que poderá deferir ou não o pedido. Posteriormente é publicado o edital, abrindo o prazo de sessenta dias para a apresentação do plano. 
FASE POSTULATÓRIA; 
· PI contendo os requisitos formais; causa de pedir (situação patrimonial e razão da crise econômica), pedido,e indicação do valor da causa (montante total dos créditos); mostrar que existe a viabilidade econômica da continuação empresa.
· Instrução:
· Demonstrações contábeis dos 3 exercícios. ME/EPP apresentam livros e escrituração
· Relação integral dos empregados, seus créditos e características
· Certidão de regularidade perante o RPEM- JO
· Relação dos bens particulares dos sócios e administradores do devedor 
· Extratos atualizados de conta bancária 
· Certidões de cartório e protesto 
· Descrição das sociedades e grupo econômico 
· Relação nominal dos credores sujeitos a recuperação 
· Relação do devedor e todos os procedimentos que figure como parte e direitos integrantes do ativo não circulante: são bens de permanência ou conservação duradoura, destinados ao funcionamento normal da empresa, do empreendimento; patrimônio que não pode ser liquidado no curto prazo (menos de 12 meses).
Desistência do pedido: Possibilidade? Sim !!! Antes da decisão de processamento: é livre. • Depois da decisão: só com aprovação em AGC. (art. 52, §4º)
FASE DECISÓRIA OU DE DELIBERAÇÃO: o devedor apresentou o pedido e o juiz proferirar ou não o processamento
CONSTATAÇÃO PRÉVIA. (Art. 51-A, §§ 1º/7º) – é uma figura legal, advinda com a reforma. 
É providência excepcional e facultativa destinada a conferir a real situação fática da empresa e a regularidade da documentação indicada no art. 51, prevenindo quanto a utilização fraudulenta da recuperação judicial.
· Trata-se de uma providencia facultativa do juiz, sob suspeita de que a empresa não esta mais em funcionamento ou tem a intenção de fraudar. E não emitir um juízo valorativo da viabilidade econômica!!
Art. 51-A. Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, poderá o juiz, quando reputar necessário, nomear profissional de sua confiança, com capacidade técnica e idoneidade, para promover a constatação exclusivamente das reais condições de funcionamento da requerente e da regularidade e da completude da documentação apresentada com a petição inicial.
2. DEFERIMENTO DO PROCESSAMENTO DA RJE.
Natureza jurídica do “despacho de processamento”:- recurso agravo de instrumento – decisão interlocutória.
Conteúdo da decisão (art. 52, I e V, e §§):
· Nomeação administrador judicial (AJ);
· a legislação anterior exigiam a CN e proibia a empresa em recuperação de contratar o poder público (licitação) já a legislação nova não tem esse requisito. Hoje há a Dispensa da apresentação de certidões negativas (CND) para que o devedor exerça as suas atividades. A reforma excluiu a proibição expressa de contratação com o Poder Público (jurisprudência STJ e TCU). Portanto, o devedor poderá participar de licitações e contratar, mas, cabe a Administração investigar (no processo de licitação) a viabilidade econômico- financeira do devedor para participar do certame.
· Débito com a seguridade social 
· O juiz fixa o Stay period - suspensão de ações, execuções e prazo prescricional (art. 6º); 180 dias 
· O MP e as FP são intimadas 
· Apresentação de contas demonstrativas pelo devedor sob pena de destituição de seus devedores
· Publicação do edital
07/11/22
PLANO DE RECUPERAÇÃO 
 
Uma vez deferido o pedido de processamento da recuperação, o devedor deverá apresentar o plano demostrando quais os meios que viabiliza a recuperação da empresa.
MEIOS DE RECUPERAÇÃO
 Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros:
I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;
III – alteração do controle societário;
IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos;
V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;
VI – aumento de capital social;
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;
VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
X – constituição de sociedade de credores;
XI – venda parcial dos bens;
XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;
XIII – usufruto da empresa;
XIV – administração compartilhada;
XV – emissão de valores mobiliários;
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
XVII - conversão de dívida em capital social; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
XVIII - venda integral da devedora, desde que garantidas aos credores não submetidos ou não aderentes condições, no mínimo, equivalentes àquelas que teriam na falência, hipótese em que será, para todos os fins, considerada unidade produtiva isolada. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
· A recuperação da empresa não pressupõe a recuperação do empresário segundo a teoria geral da empresa, pois são pessoas distintas, podendo ainda transferir a gerencia da empresa ou a substituição dos credores aos empregados.
ELABORAÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO 
Existe uma liberdade concedida ao devedor de propor ou pré-negociar a base de recuperação. Todavia a lei impõe algumas limitações a esse direito. Por exemplo, com relação aos créditos trabalhistas existem algumas particularidades
C: se eu devo 100 mil para cada um dos credores, eu não posso diminuir o valor
-crédito de natureza estritamente salarial, vencidos nos 03 meses anteriores à data do pedido de recuperação: o plano não poderá prever prazo superior a 30 dias para pagamento de valores equivalentes até 05 salários mínimos. (Art. 54, §1º) Se meu credor trabalhista tem uma parcela vencida retroativamente eu devo paga-la no prazo de 30 dias.
Sucessão empresarial 
Alienação judicial: se eu adquiro um imóvel de falência ou produto de REJ, eu adquiro esse bem livre de qualquer ônus - - não haverá sucessão do adquirente/arrematante nas obrigações do devedor,de qualquer natureza (inclusive tributária e trabalhista). (Art. 60 e § único) (STJ, CC 152.841. J. 08/11/2018).
Ciência: 
· É necessária a anuência do credor que está se desfazendo do bem!! - é indispensável a concordância do credor titular da garantia real (arts. 59, parte final, e 50, §1º);
· A autorização é dispensada se o plano prevê, apenas, a supressão ou a substituição da garantia real, não se exige concordância do titular da garantia, sendo suficiente para a desoneração a aprovação do plano em AGC (que importa, reflexamente, na observância do disposto no §1º, do art. 50 – STJ, RESP 1.700.487, j. 02/04/2019).
 
Credores parceiros: são aqueles que se comprometem a fornecer insumos a empresa em recuperação, tendo alguns benefícios em relação aos credores quirografários – a jurisprudência autoriza esse tratamento diferente!!
O controle dos atos de comprovação será prévio, havendo necessidade de aprovação do cade art. 88 LREF.
PROCEDIMENTO DO PLANO
· Não apresentação: convolação da RJ em falência. (Art. 53) 
· Apresentação (ao juiz da recuperação): prazo de 60 dias (corridos), contados da publicação da decisão que deferiu o processamento. 
 Manifestação dos credores: prazo de 30 dias, contados da publicação da relação de credores (arts. 55 e 7º , § 2º): 
· Sem objeção = aprovação tácita: segue para a concessão; aqui o juiz faz apenas um controle formal de legalidade e não do mérito. 
· Com objeção: convocação de AGC (arts. 56 e 56-A, § 3º - matérias). 
· Alteração do plano: antes ou durante a AGC
ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES 
na hipótese de objeção: Realização da convocação da AGC em até 150 dias contados do deferimento do processamento. Ideal: decidir sobre a RJE em 180 dias, prazo de suspensão das ações. Não sendo possível, o juiz prorrogará o prazo do “stay period”. (Art. 56 e §§)
oque acontece na AGC?
· Discussão e deliberação sobre o plano na AGC. 
· Plano pode ser modificado na AGC. Condições: concordância do devedor e não redução dos direitos exclusivamente dos credores ausentes. (56, §3º)
· É possível a suspensão da AGC após a instalação: prazo máximo de 90 dias. (Art. 56, § 9º).
· A não deliberação do plano no prazo do stay period (180 DIAS DA DECISÃO DE PROCESSAMENTO) faculta aos credores a apresentação do plano alternativo art. 6º §4º -A. ex: na dificuldade de aprovação de um plano e ao mesmo tempo não se quer a decretação da falência.
- REJEIÇÃO DO PLANO:
 A não aceitação do prazo de 180 dias, gera a possibilidade de apresentação de um plano alternativo.
 
· Se o plano não foi aprovado mas atendidas os requisitos do cran Dawn, não há necessidade de realização de um plano alternativo, pois o próprio juiz irá decidir. 
 
Em quais momentos é possível a apresentação do plano alternativo pelos credores?
· Quando não ocorrer a deliberação/apreciação do plano (no prazo do ‘stay period’ - 180 dias), salvo CD
· Rejeição do plano, salvo o CRAM DAWN
FUNDAMENTO: art. 56 §8º e art. 58 – A 
HIPOTESES:
A) Provação ou convolação
1 – CONVOLAÇÃO:
Art. 58-A. Rejeitado o plano de recuperação proposto pelo devedor ou pelos credores e não preenchidos os requisitos estabelecidos no § 1º do art. 58 desta Lei, o juiz convolará a recuperação judicial em falência . Paragrafo único. Da sentença caberá agravo de instrumento.
OBS: a rejeição do plano de recuperação (CONVOLAÇÃO) tem natureza de decisão, dessarte o recurso será o agravo de instrumento. (mesmo recurso da decisão que decreta a falência)
2 – aprovação - poderá ocorrer de três formas:
· Decurso do prazo
· Aprovação da AGC
· APROVAÇÃO DO TERMO DE ADESÃO EM 05 DIAS 
(ART. 56 – A)
· A lei cria uma condição do juiz homologar a aprovação do plano:
 
- em caso de não apresentação? 
· A ausência de certidão tornaria a aprovação inviável, por essa razão foi criada uma legislação que trata sobre o parcelamento da dívida fiscal no art. 68. Da lei 10.522.
· No entanto a lei não foi editada, decidindo o STJ pela sua não aplicação 
->Reforma de 2020: 
- cria condições para que o devedor da divida fiscal parcele sua dívida, inclusive com a redução de seu valor;
- agora: em caso de não concessão, pondera-se que a melhor medida não é a decretação da falência. Uma alternativa é a suspensão do processo de RJE e, com efeito, do stay period, autorizando a retomada das ações e execuções. Extingue-se o processo, oque dá a possibilidade de o devedor pedir nova RJE
- Dispensa-se tributo estadual e municipal, federal não 
09/11/2022
DIP FINANCING no curso da recuperação... (Art. 69-A a 69-F)
Art. 69-A. Durante a recuperação judicial, nos termos dos arts. 66 e 67 desta Lei, o juiz poderá, depois de ouvido o Comitê de Credores, autorizar a celebração de contratos de financiamento com o devedor, garantidos pela oneração ou pela alienação fiduciária de bens e direitos, seus ou de terceiros, pertencentes ao ativo não circulante, para financiar as suas atividades e as despesas de reestruturação ou de preservação do valor de ativos.
Trata-se da hipótese de um financiamento, com o objetivo de viabilizar a obtenção de crédito novo (e a própria recuperação).
· Financiamento DIP não é exclusividade de instituições financeiras, podendo outros agentes financiar por meio desse instrumento.
· Para estimular o financiamento DIP, em caso de convolação do devedor, seus créditos são tratados como extraconcursais (créditos que são pagos anteriormente ao pagamento dos credores concursais. Ex; pagos antes dos credores trabalhistas, quirografários).
Fase de execução
1) Decisão concessiva:
Art. 61, § 1º e 2º
Proferida a decisão prevista no art. 58 desta Lei, o juiz poderá determinar a manutenção do devedor em recuperação judicial até que sejam cumpridas todas as obrigações previstas no plano que vencerem até, no máximo, 2 (dois) anos depois da concessão da recuperação judicial, independentemente do eventual período de carência.
Na lei anterior, quando o juiz decretava a fase concessiva, o devedor ficava sob supervisão do juiz, e em caso de descumprimento deveria ser decretada a quebra (falência). A lei nova retirou a obrigatoriedade do estado de recuperação (como uma forma de diminuição de custos processuais) e a supervisão do juiz.
· Na decisão concessiva (inicia-se a fase de execução), o juiz definirá se a recuperando ficará (permanecerá) sob supervisão judicial, ou não:
· Se SIM, o processo entra na fase de execução; 
· Se NÃO, encerra-se de imediato o processo (plano foi cumprido) = sentença com resolução do mérito 
· Esta fase compreende a supervisão, fiscalização ou observação do cumprimento do plano aprovado.
o Tem início com a decisão concessiva da RJE e termina com a sentença de seu encerramento
efeitos:
· Extinção das ações e execuções propostas por credores cujos créditos se sujeitaram ao plano (retomada dos processos quanto aos não sujeitos). 
· Novação legal em relação as obrigações e créditos afetados (sob condição resolutiva – se não cumprido o plano no período de observação, descaracteriza-se a novação e as condições voltam ao status quo ante – arts. 59 e 61, §2º). Prova! Perdendo a garantia os créditos de JP se tornaram credito quirografários, e após o descumprimento do plano teve sua falência decretada. Como que JP habilita seus créditos na falência? Para que haja a habilitação a falência não pode ser decretada no prazo de supervisão, ou seja, depois do encerramento do processo de falência; 
 Caso a falência for decretada antes da novação do processo essa transformação em crédito quirografário se desfaz – descaracteriza-se a novação e ocorre o retorno ao estado quo.
· Constituição de um título executivo judicial.
· A sujeição do devedor ao cumprimento das obrigações pactuadas, sob pena de convolação em falência (item 7 em frente). 
· O devedor e seus administradores serão mantidos na condução da atividade empresarial, sob fiscalização do CC ou do AJ, admitida a destituição e a nomeação de gestor judicial (arts. 64/65).
 Aditamento do plano
· Em caso de necessidade de alteração do plano é necessária a intimação

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