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INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 1 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL: A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE POR 
MEIO DE TECNOLOGIAS COM FOCO NAS POPULAÇÕES EM SITUAÇÃO DE 
VULNERABILIDADE. 
 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Celine Maria de Souza Azevedo 
Francisca Araújo da Silva 
Natali Maria Serafim 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Sygride Nascimento de Carvalho 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
Silvia Drumond de Carvalho 
A inclusão digital e o uso da inteligência artificial (IA) são essenciais para democratizar o acesso à 
educação superior no Brasil, especialmente para populações vulneráveis. As desigualdades 
socioeconômicas dificultam o acesso à graduação e pós-graduação, criando barreiras significativas 
para muitos estudantes. As tecnologias educacionais, como plataformas digitais e sistemas de 
aprendizado online, desempenham um papel crucial ao facilitar o acesso e melhorar a qualidade da 
educação. A (IA), aplicada no ensino personalizado, cria experiências de aprendizado adaptativas, 
atendendo às necessidades individuais dos alunos e promovendo maior engajamento. Ferramentas 
como assistentes virtuais e chatbots também têm se mostrado eficazes, oferecendo suporte 
contínuo e personalizado. A alfabetização digital nas escolas é fundamental para preparar os 
alunos para o uso dessas tecnologias no futuro acadêmico e profissional. A adoção de 
competências digitais nas escolas fortalece a preparação dos alunos para tecnologias emergentes e 
contribui para a retenção na educação superior, especialmente entre populações de baixa renda. 
Políticas públicas e iniciativas do setor privado têm sido fundamentais para promover a inclusão 
digital e a integração da IA no ensino superior. O acesso a tecnologias em áreas periféricas, como 
zonas rurais e favelas, ainda enfrenta desafios significativos. Superar essas dificuldades é crucial 
para garantir que a inclusão digital se torne um fator de desenvolvimento sustentável, 
proporcionando maior equidade educacional e preparando os alunos para o mercado de trabalho 
global. A análise das tendências futuras da inclusão digital e da IA sugere um impacto 
transformador na educação superior brasileira, com potencial para revolucionar a aprendizagem e 
promover um desenvolvimento mais sustentável para o país. 
Palavras-chave: Inclusão digital; inteligência artificial; desigualdade educacional; tecnologias 
educacionais; alfabetização digital; plataformas de ensino; políticas públicas; educação superior; 
tecnologias emergentes; desenvolvimento sustentável. 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 2 
 
INCLUSIÓN DIGITAL Y (IA) EN EL ACCESO A LA EDUCACIÓN SUPERIOR Y POSGRADO EN 
BRASIL: LA DEMOCRATIZACIÓN DEL ACCESO A UNA EDUCACIÓN DE CALIDAD MEDIANTE 
TECNOLOGÍAS CON ENFOQUE EN LAS POBLACIONES EN SITUACIÓN DE VULNERABILIDAD. 
La inclusión digital y el uso de la inteligencia artificial (IA) son esenciales para democratizar el acceso a la 
educación superior en Brasil, especialmente para las poblaciones vulnerables. Las desigualdades 
socioeconómicas dificultan el acceso a la educación de grado y posgrado, creando barreras significativas 
para muchos estudiantes. Las tecnologías educativas, como plataformas digitales y sistemas de aprendizaje 
en línea, desempeñan un papel crucial al facilitar el acceso y mejorar la calidad de la educación. La IA, 
aplicada en la enseñanza personalizada, crea experiencias de aprendizaje adaptativas, atendiendo a las 
necesidades individuales de los estudiantes y promoviendo un mayor compromiso. Herramientas como 
asistentes virtuales y chatbots también han demostrado ser eficaces, ofreciendo soporte continuo y 
personalizado. La alfabetización digital en las escuelas es fundamental para preparar a los estudiantes para 
el uso de estas tecnologías en su futuro académico y profesional. La adopción de competencias digitales en 
las escuelas fortalece la preparación de los estudiantes para tecnologías emergentes y contribuye a la 
retención en la educación superior, especialmente entre las poblaciones de bajos ingresos. Las políticas 
públicas y las iniciativas del sector privado han sido fundamentales para promover la inclusión digital y la 
integración de la IA en la educación superior. Sin embargo, el acceso a tecnologías en áreas periféricas, 
como zonas rurales y favelas, aún enfrenta desafíos significativos. Superar estas dificultades es crucial para 
garantizar que la inclusión digital se convierta en un factor de desarrollo sostenible, proporcionando una 
mayor equidad educativa y preparando a los estudiantes para el mercado de trabajo global. El análisis de las 
tendencias futuras de la inclusión digital y la IA sugiere un impacto transformador en la educación superior 
brasileña, con el potencial de revolucionar el aprendizaje y promover un desarrollo más sostenible para el 
país. 
Palabras clave: Inclusión digital; inteligencia artificial; desigualdad educativa; tecnologías educativas; 
alfabetización digital; plataformas de enseñanza; políticas públicas; educación superior; tecnologías 
emergentes; desarrollo sostenible. 
 
DIGITAL INCLUSION AND (AI) IN ACCESS TO UNDERGRADUATE AND GRADUATE EDUCATION 
IN BRAZIL: DEMOCRATIZING ACCESS TO QUALITY EDUCATION THROUGH TECHNOLOGIES 
WITH A FOCUS ON VULNERABLE POPULATIONS. 
Digital inclusion and the use of artificial intelligence (AI) are essential for democratizing access to higher 
education in Brazil, especially for vulnerable populations. Socioeconomic inequalities hinder access to 
undergraduate and graduate education, creating significant barriers for many students. Educational 
technologies, such as digital platforms and online learning systems, play a crucial role in facilitating access 
and improving the quality of education. AI, applied in personalized teaching, creates adaptive learning 
experiences, addressing the individual needs of students and promoting greater engagement.Tools such as 
virtual assistants and chatbots have also proven effective, offering continuous and personalized support. 
Digital literacy in schools is fundamental to prepare students for the use of these technologies in their 
academic and professional futures. The adoption of digital skills in schools strengthens students' 
preparation for emerging technologies and contributes to retention in higher education, especially among 
low-income populations. Public policies and initiatives from the private sector have been crucial in 
promoting digital inclusion and the integration of AI in higher education. However, access to technology in 
peripheral areas, such as rural areas and favelas, still faces significant challenges. Overcoming these 
difficulties is crucial to ensure that digital inclusion becomes a factor of sustainable development, 
providing greater educational equity and preparing students for the global labor market. Analyzing future 
trends in digital inclusion and AI suggests a transformative impact on Brazilian higher education, with the 
potential to revolutionize learning and promote more sustainable development for the country. 
Keywords: Digital inclusion; artificial intelligence; educational inequality; educational technologies; 
digital literacy; teaching platforms; public policies; higher education; emerging technologies; sustainable 
development. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL.ISCHKANIAN, 2020). 
Outro aspecto importante do ensino personalizado mediado por IA é sua capacidade de 
reconhecer os aspectos emocionais e motivacionais dos estudantes, embora a IA ainda não tenha 
plena capacidade de avaliar sentimentos, algoritmos de aprendizado de máquina podem identificar 
padrões de comportamento que indicam desmotivação ou frustração, permitindo que o sistema 
sugira atividades mais estimulantes ou métodos alternativos de ensino para engajar os alunos. A 
personalização, portanto, não é apenas acadêmica, mas também emocional, o que ajuda a manter o 
aluno no caminho certo e motivado para continuar seu aprendizado (GABRIEL, 2022). 
A IA no ensino também pode ser uma ferramenta eficaz para a inclusão de estudantes 
com necessidades especiais ou dificuldades de aprendizagem, ao personalizar o conteúdo e a 
abordagem de ensino, a IA pode garantir que esses alunos recebam apoio adequado. Ferramentas 
como leitores de tela, legendas em tempo real e tradução automática são algumas das maneiras 
pelas quais a IA pode ajudar a criar um ambiente de aprendizado mais inclusivo, para alunos com 
dislexia, por exemplo, a IA pode fornecer suporte extra com fontes especiais e ajustes de ritmo, 
permitindo uma experiência de aprendizado mais equitativa. 
A implementação da IA no ensino personalizado exige uma infraestrutura tecnológica 
adequada e a capacitação de professores, embora a tecnologia seja capaz de oferecer soluções 
incríveis, ela não substitui a necessidade de interação humana e orientação pedagógica. Os 
professores desempenham um papel crucial na orientação dos alunos, na interpretação dos dados 
fornecidos pela IA e na personalização do ensino, de acordo com as necessidades individuais de 
cada estudante, é essencial que os educadores sejam formados para integrar a IA de forma eficaz 
em suas práticas pedagógicas, aproveitando seu potencial sem perder a dimensão humana do 
ensino (GABRIEL, 2022). 
A IA também pode ser um recurso valioso para a promoção de uma aprendizagem mais 
centrada no aluno, ao fornecer aos alunos o controle sobre seu processo de aprendizado, por meio 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 26 
 
de plataformas digitais, a IA pode ajudar a desenvolver competências de autogestão e motivação. 
A personalização do ensino ajuda os alunos a identificarem suas próprias preferências e pontos 
fortes, promovendo uma abordagem de aprendizado mais consciente e autônoma, isso é 
particularmente importante no contexto da educação superior, onde a aprendizagem autônoma é 
uma habilidade essencial para o sucesso acadêmico e profissional (GABRIEL, 2022). 
Com a IA, os sistemas de aprendizado podem não apenas personalizar o conteúdo 
acadêmico, mas também integrar estratégias de ensino diferenciadas para alunos com necessidades 
de suporte adicional, a IA pode integrar metodologias de ensino como gamificação, que aumenta o 
engajamento dos alunos, ou ensino baseado em projetos, que promove a aprendizagem prática e 
colaborativa. As abordagens inovadoras dos vídeos, ajudam a tornar o aprendizado mais 
envolvente e eficaz, especialmente para alunos que precisam de formas alternativas de ensino para 
compreender os conceitos de maneira mais profunda (CABRAL, 2025). 
Ao monitorar o progresso dos alunos e identificar suas habilidades, a IA pode ajudar a 
identificar áreas em que os estudantes precisam melhorar e sugerir recursos que podem ajudá-los a 
se preparar para os desafios profissionais, isso é particularmente relevante no contexto atual, em 
que as habilidades exigidas pelo mercado de trabalho estão em constante mudança e os alunos 
precisam se adaptar rapidamente para se manter competitivos (GABRIEL, 2022). 
A IA no ensino personalizado também pode ser uma aliada na redução das desigualdades 
educacionais. Ao permitir que estudantes de diferentes origens e condições socioeconômicas 
acessem materiais de aprendizado de alta qualidade e personalizados para suas necessidades, a IA 
pode ajudar a nivelar o campo de jogo. Estudantes em situações vulneráveis, como aqueles que 
não têm acesso a tutores particulares ou escolas de elite, podem se beneficiar enormemente da 
possibilidade de adaptar seu aprendizado de acordo com suas necessidades específicas, sem 
depender da disponibilidade de recursos externos (GABRIEL, 2022). 
A implementação de IA no ensino personalizado deve ser feita com cautela, para evitar a 
criação de desigualdades digitais, em muitas regiões, especialmente em áreas de baixa renda, o 
acesso à tecnologia ainda é limitado, e a introdução de ferramentas baseadas em IA pode acentuar 
as disparidades educacionais. É fundamental que os governos e instituições de ensino invistam em 
infraestrutura e capacitação, garantindo que todos os estudantes tenham acesso às tecnologias 
necessárias para aproveitar as oportunidades oferecidas pela IA. 
A IA também pode ser útil no apoio à gestão de dados educacionais, facilitando o 
acompanhamento do desempenho dos alunos e a identificação de áreas problemáticas em tempo 
real, isso não só permite que os professores ajam rapidamente para corrigir deficiências de 
aprendizado, mas também oferece uma visão mais abrangente e detalhada sobre o progresso de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 27 
 
cada aluno, permitindo decisões mais informadas sobre intervenções pedagógicas (GABRIEL, 
2022). 
 
Em um futuro próximo, espera-se que a IA seja integrada ainda mais profundamente nos 
processos educacionais, criando sistemas de aprendizado totalmente adaptativos que 
respondem às necessidades e preferências de cada estudante, oferecendo uma experiência de 
aprendizado verdadeiramente personalizada. Celine Maria de Souza Azevedo, 2025. 
 
Para que isso aconteça, será essencial o envolvimento de todos os stakeholders no 
desenvolvimento e implementação de soluções de IA, garantindo que o uso da tecnologia seja 
sempre voltado para o benefício dos alunos e para a melhoria contínua da educação. 
 
2.5 PLATAFORMAS DE ENSINO DIGITAL: O IMPACTO DE PLATAFORMAS 
COMO MOODLE, COURSERA E KHAN ACADEMY NO ACESSO À EDUCAÇÃO DE 
QUALIDADE PARA POPULAÇÕES VULNERÁVEIS. 
 
As plataformas de ensino digital têm desempenhado um papel fundamental no acesso à 
educação de qualidade, especialmente para populações vulneráveis, no Brasil e ao redor do 
mundo, essas plataformas, como Moodle, Coursera e Khan Academy, têm se destacado por 
oferecer oportunidades de aprendizado para aqueles que, de outra forma, estariam excluídos do 
sistema educacional tradicional. A utilização dessas plataformas digitais não só facilita o acesso a 
conteúdos educacionais, mas também permite uma educação personalizada, flexível e adaptada às 
necessidades específicas de cada aluno, com o avanço da tecnologia, essas ferramentas se tornam 
cada vez mais acessíveis, democratizando o aprendizado e criando novas oportunidades para quem 
está em situação de vulnerabilidade. 
De acordo com Goemann Jr. (2022), as plataformas de ensino digital têm se mostrado 
eficazes em expandir o acesso ao conhecimento e na promoção da inclusão educacional, elas 
permitem que estudantes de diferentes realidades socioeconômicas acessem cursos e materiais que 
antes eram restritos às grandes instituições de ensino, ampliando suas possibilidades de 
aprendizado e desenvolvimento pessoal. As plataformas de ensino digital podem ser usadas para 
complementar a educação formal, oferecendo conteúdo complementar e especializado, o que pode 
ser crucial para estudantes que enfrentam dificuldades no ensino tradicional. 
No entanto, GoemannJr. (2022) alerta que a adoção de tecnologias educacionais, como 
as plataformas digitais, também apresenta desafios, especialmente quando se trata de populações 
vulneráveis, entre os principais obstáculos estão a falta de acesso à internet de qualidade e a 
ausência de dispositivos adequados para acompanhar as aulas online. Isso significa que, embora as 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 28 
 
plataformas de ensino digital tenham o potencial de melhorar o acesso à educação, ainda há uma 
necessidade urgente de investimentos em infraestrutura tecnológica para garantir que as 
oportunidades oferecidas sejam igualmente acessíveis a todos os alunos, independentemente de 
sua situação socioeconômica. 
O Moodle, é uma plataforma de ensino aberta e gratuita, que permite a criação de cursos 
online e o compartilhamento de materiais didáticos, essa plataforma tem sido muito utilizada por 
escolas e universidades ao redor do mundo, proporcionando uma alternativa acessível ao ensino 
presencial, especialmente em tempos de pandemia, quando as aulas remotas se tornaram 
essenciais, o Moodle oferece ferramentas para a gestão do aprendizado, permitindo que 
professores personalizem os conteúdos conforme as necessidades de seus alunos. 
O Coursera, por sua vez, oferece cursos online de universidades e instituições renomadas, 
abrangendo uma ampla gama de áreas do conhecimento, muitos desses cursos são oferecidos 
gratuitamente ou com custos acessíveis, o que possibilita que estudantes de populações 
vulneráveis acessem materiais de alta qualidade e adquiram novos conhecimentos e habilidades. A 
plataforma tem sido particularmente importante para aqueles que buscam uma qualificação 
profissional que lhes permita melhorar sua posição no mercado de trabalho, ao proporcionar 
acesso a cursos oferecidos por instituições de prestígio, o Coursera também contribui para reduzir 
a desigualdade educacional, permitindo que os alunos tenham acesso a uma formação de 
excelência, independentemente de sua localização ou classe social. 
A Khan Academy é outra plataforma que tem tido um grande impacto no acesso à 
educação de qualidade, especialmente em áreas como matemática e ciências. A plataforma oferece 
vídeos tutoriais e exercícios interativos que ajudam os alunos a aprender no seu próprio ritmo, sem 
a pressão do sistema educacional tradicional. A Khan Academy tem sido particularmente valiosa 
para estudantes que precisam de reforço escolar ou que enfrentam dificuldades em acompanhar o 
ritmo das aulas convencionais, sua abordagem flexível e centrada no aluno a torna uma ferramenta 
poderosa para a educação de populações vulneráveis, oferecendo uma educação personalizada e 
acessível. 
Goemann Jr. (2022) destaca que as plataformas de ensino digital são uma ferramenta 
importante para combater a exclusão educacional. Elas oferecem uma forma de aprendizado mais 
inclusiva, que não depende de fatores como a localização geográfica ou a renda familiar. Isso é 
especialmente relevante para populações vulneráveis, que muitas vezes enfrentam barreiras 
significativas para acessar o sistema educacional tradicional. Essas plataformas oferecem 
flexibilidade, permitindo que os alunos aprendam no seu próprio ritmo e conforme sua própria 
disponibilidade de tempo. Tal contexto é particularmente importante para aqueles que precisam 
conciliar os estudos com o trabalho ou com outras responsabilidades. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 29 
 
É importante reconhecer que o simples acesso a plataformas de ensino digital não garante 
que a educação seja efetivamente inclusiva e de qualidade. Goemann Jr. (2022) enfatiza a 
importância de uma educação digital de qualidade, que deve ser acompanhada de suporte técnico e 
pedagógico adequado. 
Os alunos precisam de orientação para utilizar as plataformas de forma eficaz, e os 
professores devem ser capacitados para utilizar essas tecnologias no processo de ensino, é 
necessário um esforço contínuo para adaptar o conteúdo digital às necessidades de diferentes 
grupos de alunos, garantindo que a educação oferecida seja relevante e acessível para todos. 
As plataformas digitais também têm um papel importante no fomento à aprendizagem 
autônoma, um fator crucial para o desenvolvimento de competências no mundo contemporâneo. 
Ao utilizar essas plataformas, os estudantes têm a oportunidade de se engajar de forma mais ativa 
no processo de aprendizagem, tomando a iniciativa de explorar novos conteúdos e desenvolver 
habilidades de forma independente, isso é especialmente importante em contextos educacionais 
em que os alunos enfrentam uma sobrecarga de conteúdo ou dificuldades para acompanhar o ritmo 
das aulas presenciais. O ensino digital permite que os alunos se concentrem nas áreas em que têm 
mais interesse ou dificuldades, promovendo um aprendizado mais eficaz e personalizado. 
As plataformas de ensino digital têm o potencial de ampliar a diversidade de recursos 
educacionais disponíveis, incluindo materiais multimídia, como vídeos, animações e podcasts. 
Isso torna o aprendizado mais interessante e acessível, atendendo aos diferentes estilos de 
aprendizagem dos estudantes. Para alunos de populações vulneráveis, a possibilidade de acessar 
materiais educativos diversificados pode ser uma forma de superar as limitações do ensino 
tradicional, que muitas vezes não oferece recursos suficientes para atender às necessidades de 
todos os alunos. 
É importante destacar que, apesar dos avanços proporcionados pelas plataformas de 
ensino digital, a falta de acesso à internet e a escassez de dispositivos tecnológicos ainda são 
obstáculos significativos para muitas populações vulneráveis. Goemann Jr. (2022) alerta que, para 
que as plataformas de ensino digital possam ter um impacto realmente positivo na educação, é 
fundamental que o acesso a essas ferramentas seja universalizado, isso inclui a melhoria da 
infraestrutura tecnológica, a redução dos custos de dispositivos e o aumento da conectividade em 
áreas remotas e em situações de vulnerabilidade social. 
As plataformas de ensino digital, como Moodle, Coursera e Khan Academy, têm um 
papel transformador no acesso à educação de qualidade, especialmente para populações 
vulneráveis. Elas oferecem uma oportunidade única de democratizar o conhecimento e superar as 
barreiras educacionais, proporcionando uma educação mais flexível, personalizada e acessível, é 
essencial que o acesso a essas plataformas seja ampliado e que haja um investimento contínuo em 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 30 
 
infraestrutura e capacitação para garantir que todos os alunos possam usufruir dos benefícios do 
ensino digital. 
As plataformas de ensino digital têm o potencial de transformar a educação, tornando-a 
mais inclusiva, acessível e personalizada, porém para que isso se concretize, é necessário um 
esforço conjunto entre governos, instituições educacionais, empresas e a sociedade civil para 
superar as barreiras tecnológicas e garantir que todos os alunos, especialmente os mais 
vulneráveis, possam acessar e aproveitar as oportunidades oferecidas por essas plataformas. Como 
afirma Goemann Jr. (2022), o futuro da educação digital depende de uma abordagem holística que 
envolva não apenas a tecnologia, mas também a formação de professores, o desenvolvimento de 
conteúdos de qualidade e o suporte contínuo aos alunos.2.6 ASSISTENTES VIRTUAIS E CHATBOTS: COMO FERRAMENTAS 
BASEADAS EM IA, COMO ASSISTENTES VIRTUAIS E CHATBOTS, PODEM 
OFERECER SUPORTE CONTÍNUO E PERSONALIZADO AOS ESTUDANTES. 
Os assistentes virtuais e chatbots são ferramentas baseadas em Inteligência Artificial (IA) 
com potencial para transformar a maneira como os estudantes interagem com o conteúdo 
educacional e recebem suporte em seus processos de aprendizagem. Essas ferramentas oferecem 
suporte contínuo e personalizado, permitindo uma abordagem mais flexível e dinâmica para a 
educação, onde os alunos podem acessar informações e obter respostas em tempo real, conforme 
suas necessidades individuais. Segundo Kapp (2012), a utilização de métodos baseados em jogos e 
tecnologias como IA pode ser eficaz para aumentar o engajamento dos alunos e promover a 
aprendizagem ativa. 
Os assistentes virtuais e chatbots funcionam como agentes interativos que respondem 
perguntas, fornecem explicações e realizam tarefas relacionadas ao aprendizado. Ao contrário do 
sistema tradicional de ensino, que muitas vezes é limitado pela disponibilidade de professores e 
pelo tempo de aula, essas ferramentas oferecem respostas imediatas, permitindo que os alunos 
progridam em seu ritmo e recebam suporte sempre que necessário. Kapp (2012) destaca que a 
interação em tempo real, combinada com a personalização dessas ferramentas, pode resultar em 
um aprendizado mais eficaz e satisfatório. 
Uma das grandes vantagens dos assistentes virtuais e chatbots é a capacidade de adaptar 
as respostas de acordo com as necessidades e o nível de compreensão de cada aluno. Em um 
cenário educacional diversificado, onde os estudantes têm diferentes ritmos de aprendizagem, as 
ferramentas baseadas em IA podem oferecer explicações mais detalhadas para alunos que 
enfrentam dificuldades com certos conceitos ou avançar rapidamente em temas já dominados, essa 
abordagem personalizada é um dos pilares para promover uma educação inclusiva e eficaz. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 31 
 
Os chatbots e assistentes virtuais podem ser utilizados para automatizar tarefas 
administrativas, como agendamento de aulas, entrega de materiais didáticos ou realização de 
avaliações, tal fator não só libera o tempo dos professores, permitindo que eles se concentrem 
mais em atividades pedagógicas de alto impacto, como também proporciona uma experiência mais 
fluida e organizada para os alunos. A automação de processos repetitivos melhora a eficiência do 
sistema educacional, permitindo que tanto professores quanto alunos se dediquem ao aprendizado 
e ao desenvolvimento de habilidades. 
A utilização de IA em assistentes virtuais também pode fornecer suporte contínuo aos 
alunos fora do ambiente tradicional de sala de aula, quando os estudantes enfrentam dificuldades 
com uma matéria ou tarefa, podem interagir com o chatbot para obter esclarecimentos, mesmo 
fora do horário de aula. Isso reduz a ansiedade dos alunos, pois eles sabem que têm um recurso 
acessível 24 horas por dia, capaz de ajudá-los a superar obstáculos de aprendizado sem precisar 
esperar pela próxima aula ou consulta com o professor. 
O feedback instantâneo é uma estratégia poderosa para melhorar a aprendizagem, pois 
permite que os alunos ajustem sua abordagem ao aprendizado de forma contínua e ajustada ao seu 
progresso, se um aluno comete um erro em um exercício, o chatbot pode oferecer uma explicação 
detalhada sobre o erro e como corrigir a resposta, ajudando a consolidar o conhecimento de 
maneira mais eficiente. 
Kapp (2012) também ressalta que a gamificação e a IA podem ser combinadas para criar 
experiências de aprendizado mais envolventes, ao adicionar elementos de jogo, como desafios, 
recompensas e pontos de progresso, as plataformas de ensino baseadas em IA podem aumentar a 
motivação dos alunos e torná-los mais ativos em sua jornada de aprendizado, essa abordagem 
pode ser útil para estudantes com dificuldades em manter o foco ou a motivação, tornando o 
processo de aprendizado mais interativo e prazeroso. 
A personalização do aprendizado também é aprimorada com o uso de assistentes virtuais 
e chatbots, essas ferramentas podem coletar dados sobre o desempenho dos alunos e usar essa 
informação para oferecer um caminho de aprendizagem adaptado às suas necessidades. Se um 
aluno demonstra dificuldades em um tópico específico, o assistente pode sugerir recursos 
adicionais, como vídeos, leituras ou exercícios extras, para reforçar o conhecimento. Isso promove 
um aprendizado contínuo e autônomo, onde o aluno tem controle sobre seu próprio progresso. 
Esses assistentes virtuais e chatbots também oferecem suporte emocional e motivacional, 
algo muitas vezes negligenciado no ensino tradicional. Por meio de interações amigáveis e 
encorajadoras, os alunos podem se sentir mais à vontade para expressar suas dúvidas e 
dificuldades, sabendo que estão em um ambiente seguro e sem julgamentos, isso contribui para o 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 32 
 
bem-estar emocional dos alunos, especialmente para aqueles que podem se sentir intimidados ou 
desconfortáveis em interagir com professores em situações formais. 
A implementação desses recursos tecnológicos também pode ter um impacto significativo 
na redução das desigualdades educacionais, em contextos de ensino público, onde a falta de 
recursos e a sobrecarga de professores são desafios constantes, os assistentes virtuais e chatbots 
oferecem uma alternativa para ampliar o suporte educacional aos alunos sem a necessidade de 
aumentar o número de professores ou de salas de aula. Essas ferramentas podem ser acessadas por 
dispositivos móveis e computadores, elas oferecem flexibilidade, permitindo que os alunos 
aprendam de qualquer lugar e a qualquer momento, o que é uma vantagem considerável para 
aqueles que não têm acesso constante a uma escola física. 
É importante destacar que, embora os assistentes virtuais e chatbots ofereçam uma série 
de benefícios, eles não substituem o papel do professor no processo de ensino, esses recursos 
funcionam como ferramentas complementares que, quando usados adequadamente, podem 
enriquecer a experiência de aprendizado e fornecer suporte adicional aos alunos. 
 
O papel do professor continua sendo fundamental na mediação do aprendizado, mas as 
tecnologias baseadas em IA oferecem uma maneira de tornar o ensino mais acessível, eficaz e 
adaptado às necessidades de cada estudante. Francisca Araújo da Silva, 2025. 
 
Os assistentes virtuais e chatbots, como ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, 
têm o potencial de revolucionar o processo educacional ao oferecer suporte contínuo e 
personalizado aos estudantes. 
Ao fornecer respostas rápidas, feedback imediato, personalização do aprendizado e apoio 
emocional, essas ferramentas podem melhorar significativamente a experiência de aprendizagem, 
especialmente para aqueles que enfrentam desafios no sistema educacional tradicional, elas podem 
contribuir para uma educação mais inclusiva, ao permitir que os alunos tenham acesso a recursos 
de aprendizagem no seu próprio ritmo e de acordo com suas necessidades individuais. Como 
observa Kapp (2012), a utilização dessas tecnologias pode tornar o aprendizado mais envolvente e 
eficaz, preparando os estudantes para o futuro de forma mais dinâmica e interativa. 
2.7 A IMPORTÂNCIA DE INCLUIR A ALFABETIZAÇÃO DIGITAL NO 
CURRÍCULO EDUCACIONAL, PREPARANDO OS ALUNOS PARA UTILIZAR 
FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS EM SUAS VIDAS ACADÊMICAS E 
PROFISSIONAIS. 
A alfabetização digital tem se tornadoum dos pilares mais importantes da educação 
contemporânea, desempenhando um papel fundamental no processo de inclusão social e no 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 33 
 
desenvolvimento de habilidades essenciais para o sucesso acadêmico e profissional dos alunos. 
Em um mundo cada vez mais tecnológico, as habilidades digitais não são apenas uma vantagem 
competitiva, mas uma necessidade para garantir que os indivíduos possam participar plenamente 
da sociedade digital. A inclusão da alfabetização digital no currículo educacional é, portanto, uma 
estratégia indispensável para preparar os alunos para um futuro que será, sem dúvida, altamente 
dependente de ferramentas tecnológicas. 
A integração da alfabetização digital nas escolas visa capacitar os alunos a usarem as 
tecnologias de maneira crítica, responsável e eficaz. Essa formação vai além do simples 
aprendizado de como utilizar dispositivos eletrônicos; envolve o desenvolvimento de 
competências que permitem aos estudantes compreender, explorar e dominar as ferramentas 
tecnológicas, essenciais para o mercado de trabalho e para o desenvolvimento pessoal. Lee e 
Giufan (2022) destacam que, em um futuro próximo, a inteligência artificial (IA) desempenhará 
um papel central na transformação dos ambientes educacionais e profissionais, tornando ainda 
mais urgente o domínio das habilidades digitais desde cedo. 
Ao incluir a alfabetização digital no currículo, as escolas preparam os alunos não apenas 
para o uso de ferramentas básicas, como processadores de texto e navegadores de internet, mas 
também para compreender os sistemas complexos que sustentam a sociedade moderna, a IA, a 
automação e o big data são algumas das áreas tecnológicas que moldam o futuro, e os alunos 
precisam ser capazes de interagir com essas inovações de maneira eficiente. A alfabetização 
digital, contribui para o desenvolvimento de um pensamento crítico, permitindo que os alunos 
analisem e compreendam o impacto das tecnologias em suas vidas e em seus ambientes de 
trabalho. 
Ao proporcionar acesso equitativo às ferramentas tecnológicas, as escolas garantem que 
todos os alunos tenham as mesmas oportunidades de aprender e desenvolver habilidades 
essenciais para o futuro. Em países como o Brasil, onde as desigualdades sociais são marcantes, a 
inclusão digital na educação pode ser um meio eficaz de combater a exclusão e reduzir a 
disparidade entre os estudantes que têm acesso a tecnologias e aqueles que não têm. 
Com o aumento da utilização de tecnologias digitais no ensino, a alfabetização digital 
permite que os alunos participem ativamente do processo de aprendizagem. Ferramentas como 
plataformas de ensino online, aplicativos educacionais e recursos de colaboração digital ajudam a 
criar um ambiente de aprendizagem mais dinâmico e interativo. Lee e Giufan (2022) observam 
que, à medida que a IA evolui, as possibilidades de personalização do aprendizado também 
aumentam, proporcionando uma educação mais adaptada às necessidades individuais dos alunos, o 
que é um benefício direto da inclusão digital no currículo. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 34 
 
Ao preparar os alunos para a utilização eficaz dessas ferramentas, a alfabetização digital 
também os prepara para um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico, as habilidades 
digitais, como a capacidade de trabalhar com softwares especializados, utilizar ferramentas de 
análise de dados e colaborar virtualmente, são competências altamente valorizadas pelos 
empregadores. Integrar a alfabetização digital nas escolas não é apenas uma questão educacional, 
mas uma estratégia de preparação para o mercado de trabalho do futuro. 
A alfabetização digital também promove o desenvolvimento de habilidades de resolução 
de problemas, criatividade e colaboração, competências essenciais para a vida acadêmica e 
profissional, ao utilizar ferramentas digitais, os alunos são desafiados a encontrar soluções para 
problemas de forma inovadora, explorar novas formas de expressão e trabalhar de maneira 
colaborativa com colegas em projetos e tarefas. Essas habilidades são essenciais em um mundo em 
que a tecnologia permeia todos os aspectos da vida profissional, desde a comunicação até a 
tomada de decisões estratégicas. 
A inclusão da alfabetização digital no currículo educacional também traz benefícios para 
o desenvolvimento da autonomia dos alunos, ao aprenderem a utilizar ferramentas tecnológicas de 
forma independente, os alunos se tornam mais autossuficientes em suas atividades acadêmicas, 
podendo buscar informações, realizar pesquisas e produzir trabalhos de maneira mais eficiente. A 
IA, por exemplo, pode ser utilizada para criar experiências de aprendizado personalizadas, 
permitindo que os alunos avancem no conteúdo de acordo com seu próprio ritmo e necessidades. 
Em um contexto em que a educação é cada vez mais globalizada e interconectada, a 
alfabetização digital também ajuda a preparar os alunos para participar ativamente de uma 
sociedade digital global. O domínio das tecnologias digitais permite que os alunos se conectem 
com outras pessoas ao redor do mundo, colaborem em projetos internacionais e acessem uma 
vasta gama de recursos educacionais e culturais. A capacidade de navegar e interagir com essas 
plataformas digitais é uma competência essencial para os cidadãos do século XXI. 
A alfabetização digital também contribui para a cidadania digital, que envolve o uso 
responsável, ético e seguro da tecnologia. Ao aprenderem sobre privacidade, segurança online, 
direitos autorais e o impacto das tecnologias no comportamento social, os alunos se tornam mais 
conscientes de seu papel no ambiente digital. Isso é fundamental em um contexto em que o uso 
irresponsável da tecnologia pode ter consequências graves, como o bullying virtual, a 
disseminação de informações falsas e a violação da privacidade. 
A introdução da alfabetização digital no currículo escolar também envolve um 
compromisso com a formação contínua dos professores. É fundamental que os educadores estejam 
atualizados com as últimas inovações tecnológicas e saibam como integrá-las de forma eficaz no 
processo de ensino-aprendizagem. Lee e Giufan (2022) ressaltam que, à medida que a IA se torna 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 35 
 
mais presente nas escolas, os professores precisam ser capacitados para utilizar essas tecnologias 
de maneira que beneficiem os alunos e tornem a educação mais eficaz e inclusiva. 
A alfabetização digital é um requisito para a implementação bem-sucedida de 
metodologias de ensino inovadoras, como a aprendizagem baseada em projetos, a gamificação e a 
sala de aula invertida, essas abordagens pedagógicas dependem do uso de ferramentas digitais 
para permitir a colaboração entre os alunos, o acesso a recursos de aprendizagem e a criação de 
conteúdos interativos. Assim, a alfabetização digital se torna um requisito fundamental para a 
transformação do ensino tradicional em uma experiência educacional mais dinâmica e envolvente. 
A alfabetização digital não só prepara os alunos para um futuro tecnológico, mas também 
contribui para a formação de uma sociedade mais igualitária e justa. Ao garantir que todos os 
estudantes, independentemente de sua classe social, tenham acesso às tecnologias e possam 
utilizá-las de maneira eficiente, a escola desempenha um papel importante na promoçãoda 
igualdade de oportunidades. A digitalização da educação pode ser uma ferramenta poderosa para 
combater a exclusão e criar um ambiente mais inclusivo, onde todos têm as mesmas chances de 
desenvolver suas habilidades e alcançar seu potencial. 
A capacitação digital também é um importante fator para a inclusão de pessoas com 
deficiência no sistema educacional, ferramentas digitais acessíveis, como softwares de leitura para 
deficientes visuais e dispositivos de comunicação para deficientes auditivos, podem proporcionar 
a alunos com necessidades especiais um aprendizado mais igualitário e personalizado. A inclusão 
digital, portanto, não se limita ao acesso às tecnologias, mas também envolve a adaptação dessas 
ferramentas para atender às diversas necessidades dos alunos. 
A alfabetização digital, ao ser integrada ao currículo escolar, também pode melhorar o 
desempenho dos alunos em áreas tradicionais do conhecimento. O uso de recursos tecnológicos 
permite que os estudantes realizem pesquisas de forma mais eficiente, acessem conteúdos 
diversificados e participem de atividades interativas que tornam o aprendizado mais interessante e 
eficaz, isso contribui para o desenvolvimento de competências acadêmicas essenciais, como a 
capacidade de pesquisar, organizar informações e apresentar argumentos de forma clara e 
convincente. 
À medida que o uso de tecnologias na educação continua a crescer, a alfabetização digital 
torna-se uma competência transversal, fundamental para o aprendizado de todas as disciplinas. 
O domínio das ferramentas digitais é essencial para que os alunos possam acessar e 
compreender os conteúdos de diversas áreas do conhecimento, desde as ciências exatas até as 
humanidades. Conseqüentemente, a inclusão da alfabetização digital no currículo é uma estratégia 
eficaz para garantir que os alunos adquiram as habilidades necessárias para lidar com as 
exigências de um mundo cada vez mais digital. Em relação a este contexto, o livro "2041: Como a 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 36 
 
inteligência artificial vai mudar a sua vida nas próximas décadas", de Kai-Fu Lee e Chen Giufan, 
oferece uma análise profunda sobre o impacto da inteligência artificial (IA) na sociedade futura. 
O autor, um dos principais especialistas em IA, compartilha suas previsões sobre as 
transformações que essa tecnologia trará, não apenas para o mercado de trabalho, mas para a 
forma como as pessoas vivem, se relacionam e interagem com o mundo ao seu redor, a obra se 
destaca por proporcionar uma visão abrangente, não apenas com foco nas inovações tecnológicas, 
mas também nas implicações éticas e sociais que essas mudanças trarão. 
Ao longo dos próximos 20 anos, as tecnologias de IA prometem modificar 
profundamente a dinâmica do mercado de trabalho, automatizando tarefas que hoje são realizadas 
por seres humanos e, consequentemente, exigindo novas habilidades da força de trabalho. 
O livro descreve um futuro em que profissões tradicionais podem ser substituídas por 
sistemas de IA altamente especializados, mas também prevê a criação de novas oportunidades de 
emprego, especialmente em setores que envolvem a interação humana e a criatividade. Contudo, 
essa transição exigirá uma adaptação significativa, especialmente para as gerações mais velhas que 
podem não estar preparadas para essa revolução tecnológica. 
Os autores alertam para o risco de desigualdade social, caso a sociedade não consiga 
acompanhar as mudanças tecnológicas de forma equitativa. Embora a IA traga benefícios 
inegáveis, como o aumento da eficiência e a resolução de problemas complexos, ela também pode 
agravar as desigualdades existentes. Aquelas regiões e grupos sociais que não têm acesso a essa 
tecnologia poderão ficar para trás, resultando em um abismo cada vez maior entre os mais e os 
menos favorecidos, é fundamental que políticas públicas sejam criadas para garantir o acesso 
universal à educação digital e o desenvolvimento de habilidades relacionadas à tecnologia. 
A educação, segundo Lee e Giufan, será um dos pilares para enfrentar os desafios 
impostos pela inteligência artificial. Em um cenário em que a IA automatiza muitas das funções 
repetitivas do trabalho, o foco das escolas e universidades precisará mudar. 
Os autores defendem que as instituições de ensino precisam se adaptar, oferecendo 
currículos mais voltados para o desenvolvimento de competências cognitivas superiores, como o 
pensamento crítico, a resolução de problemas complexos e a criatividade, a capacidade de inovar e 
lidar com mudanças rápidas será uma habilidade essencial, e a IA será uma ferramenta crucial 
nesse processo. 
Para que a sociedade consiga aproveitar os benefícios da IA de forma justa, é necessário 
que as empresas e os governos invistam em iniciativas que promovam o desenvolvimento 
tecnológico sustentável, as empresas precisarão ser mais transparentes na utilização de IA, 
garantindo que as decisões tomadas por sistemas automatizados não sejam discriminatórias ou 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 37 
 
prejudiciais aos indivíduos, nesse contexto, a ética no uso da IA será crucial para evitar possíveis 
danos sociais e econômicos. 
Além do mercado de trabalho, a IA terá um grande impacto na forma como as pessoas se 
relacionam com a tecnologia no dia a dia, o livro aborda como a IA pode melhorar a vida das 
pessoas, oferecendo soluções mais eficientes para problemas complexos, como no tratamento de 
doenças, no combate às mudanças climáticas e até mesmo no aprimoramento da educação 
personalizada. A IA permitirá uma melhor compreensão de questões globais, permitindo soluções 
mais rápidas e eficazes para problemas coletivos, no entanto, isso também exige que a sociedade 
esteja preparada para lidar com os aspectos morais e éticos dessas tecnologias. 
Um aspecto central discutido por Lee e Giufan é a questão da privacidade. À medida que 
a IA se torna mais integrada em todos os aspectos da vida, desde o trabalho até o lazer, o controle 
sobre os dados pessoais se torna um tema cada vez mais relevante. A coleta de dados e a forma 
como as empresas e governos os utilizam levantam questões sobre os direitos individuais, o livro 
propõe um equilíbrio entre os benefícios trazidos pela tecnologia e a proteção da privacidade dos 
indivíduos, sugerindo regulamentações mais rígidas para garantir que os dados sejam utilizados de 
forma ética e responsável. 
A questão do impacto social da IA também não é ignorada pelos autores. A IA tem o 
potencial de mudar radicalmente a estrutura social, trazendo tanto benefícios quanto desafios, por 
um lado, ela pode contribuir para a criação de uma sociedade mais justa, proporcionando 
oportunidades de desenvolvimento para aqueles que antes não tinham acesso a serviços essenciais. 
Por outro lado, ela pode exacerbar as desigualdades existentes, criando uma sociedade ainda mais 
polarizada. Para mitigar esses riscos, é necessário que o desenvolvimento da IA seja conduzido de 
forma ética e inclusiva, garantindo que seus benefícios sejam distribuídos de maneira equitativa. 
O apoio de governos é fundamental para garantir que as inovações tecnológicas sejam 
aplicadas de maneira que beneficie toda a sociedade. Isso inclui não apenas a criação de 
regulamentações que orientem o uso da IA, mas também o fomento à pesquisa e ao 
desenvolvimento tecnológico, a colaboração entre universidades, empresas de tecnologia e 
governos será essencial para garantir que a inteligência artificial seja usada para promover o bem-
estar coletivo. 
A obranão apenas explora os benefícios que a inteligência artificial pode trazer para a 
sociedade, mas também alerta para os desafios e riscos que surgem com seu uso, a adaptação das 
políticas públicas, a mudança no sistema educacional e a garantia da ética no uso da tecnologia 
serão fatores determinantes para assegurar que a IA seja uma força positiva para a sociedade no 
futuro. Com isso, o livro oferece uma visão esclarecedora sobre o que esperar nos próximos anos e 
como podemos nos preparar para um futuro cada vez mais digital e automatizado. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 38 
 
Diante da esplanação, os autores do artigo, evidenciam que a alfabetização digital não é 
apenas uma habilidade técnica, mas também uma competência que envolve a capacidade de 
pensar criticamente sobre o impacto das tecnologias na sociedade, é fundamental que os alunos 
não apenas aprendam a usar as ferramentas digitais, mas também compreendam as implicações 
éticas e sociais do uso dessas tecnologias, isso inclui a reflexão sobre questões como privacidade, 
segurança, direitos digitais e o papel das tecnologias na construção das relações sociais e culturais. 
 
2.8 DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DIGITAIS NAS ESCOLAS: 
COMO O ENSINO DE HABILIDADES DIGITAIS NAS ESCOLAS PODE PREPARAR 
OS ALUNOS PARA O USO EFETIVO DE TECNOLOGIAS EMERGENTES NA 
EDUCAÇÃO SUPERIOR. 
 
O desenvolvimento de competências digitais nas escolas é uma necessidade crescente 
para preparar os alunos para o uso eficaz das tecnologias emergentes, especialmente no contexto 
da educação superior. A sociedade atual é amplamente influenciada por ferramentas digitais, e o 
futuro educacional exigirá que os estudantes possuam habilidades avançadas nessas tecnologias, a 
alfabetização digital, portanto, deve ser um pilar fundamental na formação dos alunos, 
capacitando-os para navegar em um ambiente cada vez mais tecnológico. 
É necessário que as escolas não ensinem apenas o uso básico de dispositivos, mas 
promovam uma compreensão profunda sobre o impacto dessas ferramentas, o ensino de 
tecnologias emergentes, como inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina, deve ser 
gradualmente integrado ao currículo. Esse processo ajudará os alunos a entender e a aplicar essas 
tecnologias em seus estudos e, futuramente, em suas carreiras, onde serão essenciais. 
Metz (2022) apresenta no livro Criadores de Gênios o papel crucial de inovadores que 
introduziram a IA em grandes empresas como Google e Facebook. Esses indivíduos 
desempenharam papéis significativos no desenvolvimento de tecnologias que hoje são 
imprescindíveis em várias áreas, incluindo a educação. Ao analisar esses exemplos, podemos 
perceber a importância de inserir a IA e outras tecnologias no currículo escolar, preparando os 
alunos não só para usar, mas também para inovar com essas ferramentas. 
A transformação digital no ensino superior exige que os alunos cheguem às universidades 
com uma sólida base de competências digitais, a integração de tecnologias emergentes nas escolas, 
como IA e big data, proporciona aos estudantes uma preparação eficaz para os desafios 
acadêmicos e profissionais que enfrentarão no futuro. Essa base sólida de habilidades digitais 
prepara os alunos para utilizar, compreender e desenvolver soluções tecnológicas no ensino 
superior. 
A inclusão digital deve ser um componente central do currículo escolar, pois muitos 
alunos de regiões afastadas ou de classes sociais mais baixas não têm fácil acesso a ferramentas 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 39 
 
tecnológicas, o ensino de competências digitais pode nivelar o campo de oportunidades, 
garantindo que todos os alunos, independentemente de sua origem, tenham acesso igual a um 
aprendizado de qualidade e, assim, possam competir de forma justa no mercado de trabalho e no 
ambiente acadêmico. 
A abordagem interdisciplinar foi fundamental para os criadores de IA nas grandes 
empresas tecnológicas, e essa mesma perspectiva deve ser incentivada nas escolas, a colaboração 
entre diferentes áreas do conhecimento, como ciência da computação, filosofia, psicologia e 
design, foi essencial para o desenvolvimento de tecnologias que hoje têm impacto em diversas 
áreas, incluindo a educação. Nas escolas, ao desenvolver habilidades digitais, deve-se promover 
essa interdisciplinaridade, incentivando os alunos a explorar a interação entre diferentes 
disciplinas e tecnologias. 
Ao ensinar competências digitais, as escolas também estão preparando os alunos para 
enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais dependente de tecnologias avançadas. A maioria 
dos setores exigirá que os profissionais possuam habilidades em tecnologias como IA e 
automação, o desenvolvimento dessas competências desde a educação básica prepara os alunos 
para se destacarem em suas futuras profissões. 
O simples uso de ferramentas digitais não é suficiente; os alunos também precisam 
desenvolver habilidades críticas em relação a essas tecnologias, a compreensão de como a IA, por 
exemplo, pode afetar questões éticas, como privacidade e justiça, é fundamental. As escolas têm a 
responsabilidade de proporcionar esse tipo de reflexão, capacitando os alunos a se tornarem 
cidadãos críticos no uso da tecnologia. 
Os professores desempenham um papel essencial no desenvolvimento de competências 
digitais, e é fundamental que recebam capacitação adequada, não se trata apenas de treiná-los para 
usar ferramentas digitais, mas também para integrar essas tecnologias de maneira eficaz no 
ensino-aprendizagem. A formação de professores em competências digitais é essencial para 
garantir que os alunos recebam o melhor suporte possível e para que a transformação digital na 
educação seja bem-sucedida. 
O ensino de tecnologias emergentes também pode levar à inovação pedagógica, a 
incorporação de IA e outras ferramentas digitais no currículo pode permitir novas metodologias de 
ensino, como aprendizado personalizado e ensino híbrido. Essas abordagens mais interativas são 
mais alinhadas com as necessidades dos alunos atuais, que já estão acostumados com tecnologias 
no seu cotidiano. O uso de IA para criar sistemas de aprendizado adaptativo, por exemplo, pode 
fornecer uma experiência mais eficaz e personalizada aos estudantes. 
Ao preparar os alunos para o uso de tecnologias emergentes, as escolas estão ajudando a 
formar futuros inovadores. Como os criadores que levaram a IA para empresas como Google e 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 40 
 
Facebook, os alunos de hoje têm o potencial de ser os líderes tecnológicos do futuro. O ensino de 
competências digitais proporciona as condições necessárias para que esses alunos se tornem não 
apenas consumidores, mas também criadores de novas tecnologias. 
O desenvolvimento de competências digitais nas escolas não deve ser visto como uma 
solução única para todos os desafios educacionais, mas como uma parte de um esforço mais amplo 
para melhorar a educação. Para que esse processo seja bem-sucedido, é necessário o envolvimento 
de todos os atores, desde professores e alunos até formuladores de políticas. Apenas com um 
esforço coletivo será possível garantir que as futuras gerações estejam preparadas para um mundo 
cada vez mais tecnológico e interconectado. 
As escolas devem preparar os alunos para um mundo em constante evolução, onde a 
capacidade de adaptação será tãoimportante quanto o conhecimento técnico. A transformação 
digital não é um processo linear, e as tecnologias emergentes continuarão a surgir, os alunos 
precisam ser capacitados para lidar com a mudança constante, adquirindo uma mentalidade de 
aprendizado contínuo que será crucial para o seu sucesso acadêmico e profissional. 
À medida que as tecnologias evoluem, é importante que os alunos não apenas aprendam a 
usá-las, mas também a entendê-las profundamente. Isso significa que as escolas precisam de um 
currículo que vá além da simples utilização de ferramentas, incluindo uma formação crítica sobre 
como essas tecnologias funcionam e como afetam a sociedade, a alfabetização digital precisa 
englobar uma reflexão mais ampla sobre os impactos dessas tecnologias no nosso dia a dia e no 
futuro do trabalho e da educação. 
A formação de uma nova geração de alunos competentes em tecnologia também implica 
um foco no desenvolvimento da criatividade e da inovação, o domínio de competências digitais 
deve ser acompanhado de incentivos para que os alunos criem soluções tecnológicas para 
problemas reais, esse tipo de inovação pode ser um fator crucial para a evolução da educação 
superior e das profissões do futuro. 
É importante destacar que as competências digitais não são apenas uma habilidade 
técnica, mas uma competência necessária para o desenvolvimento pessoal e profissional no século 
XXI. 
As escolas desempenham um papel fundamental na preparação dos alunos para um futuro 
onde a tecnologia será onipresente e onde a capacidade de se adaptar e inovar será mais 
importante do que nunca. 
 
A formação sólida em competências digitais cria as bases para que os alunos possam 
prosperar em um mundo em constante mudança. Sygride Nascimento de Carvalho, 2025. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 41 
 
2.9 REDUÇÃO DA EVASÃO ESCOLAR COM TECNOLOGIAS: COMO AS 
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PODEM CONTRIBUIR PARA A RETENÇÃO DOS 
ALUNOS NAS UNIVERSIDADES E NA PÓS-GRADUAÇÃO, ESPECIALMENTE NAS 
POPULAÇÕES DE BAIXA RENDA. 
A redução da evasão escolar é uma preocupação central das políticas educacionais, 
especialmente nas universidades e na pós-graduação, onde as taxas de desistência são um reflexo 
das desigualdades sociais. O uso das tecnologias educacionais surge como uma ferramenta 
fundamental para combater esse fenômeno, principalmente entre alunos de baixa renda. As 
tecnologias podem ajudar a criar ambientes de aprendizagem mais acessíveis e personalizados, 
que atendem às necessidades e ritmos dos alunos, tornando o processo educacional mais atraente e 
eficaz. 
No contexto das universidades brasileiras, muitos alunos, especialmente os de classes 
sociais mais baixas, enfrentam dificuldades financeiras e emocionais que impactam diretamente 
no seu desempenho acadêmico, essas dificuldades podem levar ao abandono dos cursos, o que é 
uma preocupação crescente para as instituições de ensino superior. A implementação de 
tecnologias educacionais, como plataformas digitais de aprendizado e sistemas de tutoria online, 
pode mitigar essas barreiras, proporcionando apoio contínuo aos estudantes e permitindo que eles 
acompanhem o conteúdo de forma mais flexível e eficiente. 
Segundo Neves (2020), a inclusão digital na educação tem sido um dos pilares para 
promover a igualdade de oportunidades, especialmente entre as populações mais vulneráveis, ao 
oferecer ferramentas digitais acessíveis, as universidades podem garantir que alunos de baixa 
renda tenham os mesmos recursos de aprendizado que seus colegas, minimizando a evasão e 
aumentando a retenção. A presença de tecnologias como cursos online, bibliotecas virtuais e 
recursos multimídia permite que os estudantes acessem o conteúdo a qualquer hora e de qualquer 
lugar, o que é uma grande vantagem para aqueles que enfrentam desafios financeiros ou logísticos. 
As tecnologias também desempenham um papel importante na criação de um ambiente 
de aprendizado mais colaborativo. Ferramentas como fóruns de discussão, grupos de estudo 
virtuais e aplicativos de mensagens permitem que os alunos se conectem uns com os outros e com 
seus professores de maneira mais eficaz. Esse apoio social e acadêmico pode ser crucial para a 
retenção dos alunos, especialmente aqueles que se sentem isolados ou desconectados do ambiente 
acadêmico. O engajamento com a comunidade acadêmica, seja online ou presencial, pode criar um 
senso de pertencimento e motivação para que os alunos permaneçam em seus cursos. 
A implementação de tecnologias também oferece vantagens pedagógicas que podem 
melhorar a qualidade do ensino e tornar o aprendizado mais dinâmico. 
As plataformas de ensino adaptativas, por exemplo, ajustam o conteúdo de acordo com o 
desempenho do aluno, permitindo uma abordagem personalizada para cada estudante. Isso é 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 42 
 
especialmente importante em contextos onde os alunos têm habilidades e níveis de conhecimento 
diversos, como é comum em populações de baixa renda, a personalização do ensino pode 
aumentar a confiança dos estudantes, diminuindo a frustração e o desânimo, que frequentemente 
são causas da evasão escolar. 
O uso de tecnologias permite a oferta de cursos de capacitação extra curriculares, estágios 
virtuais e programas de tutoria à distância, que são extremamente úteis para alunos que não podem 
participar de atividades presenciais devido a limitações financeiras ou geográficas, esses recursos 
auxiliam na formação de um currículo mais completo e abrangente, o que contribui diretamente 
para a motivação dos alunos e sua permanência no curso. A formação de competências digitais é 
essencial para que esses alunos se sintam preparados e aptos a seguir no ambiente acadêmico e, 
posteriormente, no mercado de trabalho. 
A utilização de tecnologias também pode facilitar a adaptação dos conteúdos ao estilo de 
aprendizado de cada estudante. A diversidade de métodos de ensino proporcionados pelas 
ferramentas digitais pode atender melhor às diferentes formas de aprender, desde as mais visuais 
até as mais auditivas ou práticas, isso significa que alunos com diferentes necessidades e estilos de 
aprendizado podem se beneficiar de uma experiência educacional mais alinhada ao seu perfil, o 
que pode resultar em uma maior retenção escolar. 
No contexto da pós-graduação, onde a carga de trabalho é ainda maior, as tecnologias 
desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio entre o estudo e outras 
responsabilidades dos alunos, como o trabalho e a vida familiar. Plataformas de ensino à distância 
e o uso de recursos online oferecem a flexibilidade necessária para que os alunos de pós-
graduação consigam administrar seus compromissos acadêmicos sem comprometer outras áreas de 
suas vidas, essa flexibilidade contribui para a redução da evasão, pois permite que os alunos 
continuem seus estudos sem precisar abandonar seus empregos ou responsabilidades pessoais. 
A acessibilidade digital é um aspecto crucial para garantir que todos os alunos, 
independentemente da sua classe social, tenham acesso igualitário às oportunidades educacionais. 
Ferramentas e plataformas que não exigem custos adicionais, como softwares gratuitos e open 
source, podem ser um diferencial na inclusão de alunos de baixa renda no contexto acadêmico, a 
possibilidade de acessar materiais e recursos sem custos adicionais pode ser um incentivo 
significativo para a permanência dos alunos no curso, evitando que fatores financeiros os levem a 
desistir. 
A formação contínua dos docentes em ferramentas digitaisé essencial para garantir que 
eles saibam como utilizar essas tecnologias de maneira eficaz e eficiente, quando os professores 
são bem treinados e confiantes no uso dessas ferramentas, conseguem oferecer uma educação mais 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 43 
 
interativa e envolvente, o que pode aumentar o engajamento dos alunos e reduzir as taxas de 
evasão escolar. 
O desenvolvimento de habilidades digitais entre os alunos é um benefício adicional das 
tecnologias educacionais, o aprendizado de ferramentas digitais e o aprimoramento de 
competências como pesquisa online, comunicação virtual e uso de plataformas de aprendizagem 
podem preparar os alunos para um mercado de trabalho cada vez mais digitalizado e competitivo. 
A combinação de uma formação acadêmica sólida e habilidades digitais bem desenvolvidas é uma 
motivação extra para os alunos, que se sentem mais preparados para enfrentar os desafios 
profissionais que virão após a graduação. 
A utilização de tecnologias também favorece o monitoramento contínuo do progresso dos 
alunos, o que permite uma intervenção precoce em casos de dificuldades acadêmicas. Sistemas de 
gestão de aprendizagem podem identificar rapidamente os alunos com baixo desempenho e 
direcioná-los para tutoria ou suporte adicional. Esse acompanhamento constante pode evitar que 
os alunos se sintam perdidos ou desmotivados, situações comuns que levam à evasão escolar. Com 
um suporte contínuo, os estudantes têm mais chances de superar as dificuldades e concluir seus 
cursos com sucesso. 
A tecnologia também pode ser uma aliada na inclusão de alunos com deficiência, 
oferecendo recursos que atendem às necessidades específicas desses estudantes. Ferramentas de 
acessibilidade, como softwares de leitura para deficientes visuais, legendas automáticas para 
deficientes auditivos e outras tecnologias assistivas, podem proporcionar um ambiente de 
aprendizado mais inclusivo. Garantir que esses alunos tenham as mesmas oportunidades de 
aprendizado é essencial para reduzir a evasão e promover a igualdade no acesso à educação 
superior. 
As tecnologias também são fundamentais para o desenvolvimento de uma educação mais 
interativa e colaborativa. Plataformas como fóruns de discussão, salas de bate-papo e redes sociais 
acadêmicas permitem que os alunos se conectem com seus colegas e professores, enriquecendo a 
experiência de aprendizado e criando um senso de comunidade. Esse ambiente colaborativo pode 
aumentar o engajamento dos alunos, que se sentem parte de uma rede de apoio, o que reduz as 
chances de evasão. 
Ferramentas como programas de mentoring virtual, grupos de apoio online e recursos de 
aconselhamento digital podem proporcionar suporte psicológico e emocional aos alunos, 
especialmente aqueles que enfrentam dificuldades pessoais ou financeiras. O apoio emocional é 
um componente importante para garantir que os alunos permaneçam motivados e resilientes, 
mesmo diante das adversidades. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 44 
 
Em relação à pesquisa acadêmica, o uso de ferramentas digitais facilita o acesso a uma 
vasta gama de informações e recursos, essenciais para os alunos da pós-graduação, a 
possibilidade de acessar artigos científicos, e-books e outros materiais de forma digital, sem custos 
adicionais, pode ser um incentivo significativo para que os alunos se dediquem às suas pesquisas e 
concluam seus projetos de forma bem-sucedida. O acesso à informação é um elemento crucial 
para a formação acadêmica de qualidade e pode ajudar a reduzir a evasão na pós-graduação. 
É necessário destacar que a redução da evasão escolar é um esforço conjunto que envolve 
alunos, professores, gestores educacionais e políticas públicas, a implementação de tecnologias 
educacionais não deve ser vista como uma solução única, mas como parte de um conjunto de 
medidas que visam melhorar o acesso e a permanência dos alunos na educação superior. O uso de 
ferramentas digitais, aliado ao apoio acadêmico e psicológico, pode garantir que todos os alunos, 
independentemente de sua origem, tenham uma chance real de concluir seus estudos com sucesso. 
2.10 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA INCLUSÃO DIGITAL: ANÁLISE DAS 
POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS QUE VISAM PROMOVER O ACESSO ÀS 
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA POPULAÇÕES 
VULNERÁVEIS. 
As políticas públicas para inclusão digital no Brasil têm como objetivo reduzir as 
desigualdades no acesso às tecnologias de informação e comunicação, particularmente entre as 
populações vulneráveis. 
A implementação de iniciativas que proporcionem acesso à internet de alta qualidade, 
computadores e outras tecnologias é crucial para garantir que todos os cidadãos, 
independentemente de sua classe social, possam participar de maneira ativa e igualitária na 
sociedade digital. A inclusão digital tem um papel fundamental na democratização do 
conhecimento, na criação de novas oportunidades de emprego e na redução das disparidades 
educacionais. 
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seu 
relatório Inteligência Artificial na Sociedade (2019), destaca que a inclusão digital é uma das 
chaves para promover a equidade e a justiça social em um mundo cada vez mais digitalizado. 
A falta de acesso a essas tecnologias pode agravar ainda mais as desigualdades existentes, 
dificultando o acesso à educação, ao trabalho e a outros serviços essenciais, as políticas públicas 
precisam, portanto, garantir que todos os indivíduos, especialmente os mais vulneráveis, tenham 
as ferramentas necessárias para participar do ambiente digital de forma plena. 
No Brasil, o governo tem adotado diversas medidas para promover a inclusão digital, 
com destaque para a implementação de programas de acesso à internet em áreas remotas e em 
comunidades de baixa renda, a construção de pontos de acesso gratuito à internet em escolas 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 45 
 
públicas, praças e bibliotecas tem sido uma estratégia importante para facilitar o acesso das 
populações vulneráveis. O país tem investido em programas de capacitação digital para estudantes 
e professores, a fim de garantir que, além do acesso às ferramentas, os cidadãos saibam como 
utilizá-las de maneira eficaz e segura. 
A inclusão digital também envolve a adaptação das tecnologias para atender às 
necessidades específicas de grupos vulneráveis, como pessoas com deficiência, idosos e 
comunidades rurais. No contexto educacional, é fundamental que as plataformas e conteúdos 
digitais sejam acessíveis a todos, isso inclui a disponibilização de recursos como legendas, 
audiodescrição e softwares assistivos, que permitem que pessoas com deficiência visual, auditiva 
ou motora possam participar ativamente do processo educacional. A OCDE (2019) enfatiza a 
importância de adaptar as tecnologias para garantir a inclusão de todos os cidadãos, especialmente 
em um contexto educacional. 
Os investimentos em infraestrutura digital também são essenciais para garantir que as 
políticas públicas de inclusão digital sejam eficazes, a construção de redes de fibra ótica e a 
expansão do acesso à internet de alta velocidade são passos importantes para eliminar a exclusão 
digital. Em muitos casos, a falta de acesso à internet de qualidade impede que os alunos 
participem de atividades acadêmicas online, acessem materiais de estudo ou realizem pesquisasna 
web. O desenvolvimento de uma infraestrutura digital robusta é, portanto, um dos pilares para 
garantir a inclusão digital no Brasil. 
O ensino de habilidades digitais deve ser parte integrante do currículo escolar, para que 
os alunos, desde cedo, aprendam a usar as tecnologias de forma crítica e produtiva. A OCDE 
(2019) aponta que o domínio das tecnologias digitais é fundamental para o sucesso acadêmico e 
profissional dos indivíduos, especialmente em um mundo onde a maior parte da informação e do 
conhecimento está disponível online. As escolas públicas brasileiras precisam, portanto, 
incorporar a alfabetização digital como um componente essencial da formação dos estudantes. 
A implementação de programas de capacitação para professores é outro aspecto essencial 
das políticas públicas de inclusão digital. Para que os educadores possam utilizar as tecnologias de 
forma eficaz em sala de aula, é necessário que eles recebam treinamento adequado, a capacitação 
dos professores é um fator determinante para que a inclusão digital tenha sucesso, pois são os 
docentes que estarão na linha de frente, promovendo o uso das tecnologias junto aos alunos. 
O financiamento de projetos de inclusão digital também é um aspecto fundamental, as 
políticas públicas precisam garantir que as iniciativas voltadas para a inclusão digital em 
comunidades vulneráveis recebam os recursos necessários para sua implementação e manutenção. 
Isso envolve desde a construção de infraestrutura até a compra de equipamentos e a contratação de 
profissionais especializados. O investimento público em inclusão digital deve ser visto como uma 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 46 
 
prioridade, uma vez que ele tem o potencial de transformar a vida de milhões de brasileiros, 
garantindo acesso a oportunidades educacionais, profissionais e sociais. 
A criação de parcerias entre o setor público e privado pode ser uma estratégia eficaz para 
promover a inclusão digital, o governo pode buscar apoio de empresas de tecnologia para fornecer 
equipamentos e conectividade a preços acessíveis, além de firmar parcerias com universidades e 
organizações não governamentais para a promoção de programas de capacitação digital. A OCDE 
(2019) defende que as parcerias público-privadas são uma maneira eficiente de ampliar o alcance 
das políticas públicas de inclusão digital, ao unir os recursos e conhecimentos de ambos os setores. 
As políticas públicas também devem abordar a questão da alfabetização digital para as 
faixas etárias mais avançadas. Muitos idosos, por exemplo, têm dificuldades em se adaptar ao 
mundo digital, o que os impede de acessar serviços essenciais, como a saúde e a educação online. 
Programas específicos de capacitação digital para essa faixa etária são fundamentais para garantir 
que todos os cidadãos, independentemente da sua idade, tenham acesso à informação e aos 
serviços digitais, a alfabetização digital para idosos pode melhorar significativamente a qualidade 
de vida dessa população, promovendo sua inclusão social e econômica. 
A inclusão digital é um instrumento fundamental para combater as desigualdades 
educacionais no Brasil. Como a OCDE (2019) aponta, a digitalização da educação oferece 
oportunidades significativas para os alunos que, de outra forma, estariam excluídos do sistema 
educacional tradicional. No entanto, para que essa digitalização seja realmente inclusiva, é 
necessário que as políticas públicas considerem as condições de acesso e as necessidades 
específicas das populações vulneráveis. O governo deve garantir que a inclusão digital seja 
acompanhada de programas de apoio, como bolsas de estudo para a compra de equipamentos, 
tutoria online e outros recursos que possibilitem a permanência dos alunos nas escolas e 
universidades. 
A coleta e o uso de dados na internet podem ser prejudiciais, especialmente para as 
populações mais vulneráveis, que muitas vezes não têm consciência dos riscos associados ao uso 
da internet. Políticas de proteção de dados e de segurança online são essenciais para garantir que 
os usuários das tecnologias digitais possam utilizá-las de maneira segura e responsável, sem se 
exporem a riscos desnecessários. 
A implementação de políticas públicas de inclusão digital no Brasil não deve se restringir 
apenas ao acesso à tecnologia, mas também deve promover a conscientização sobre o uso 
responsável e ético dessas ferramentas. 
As escolas e universidades devem ser espaços onde os alunos não apenas aprendem a 
usar as tecnologias, mas também a refletir sobre seu impacto na sociedade e na vida pessoal. A 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 47 
 
inclusão digital deve ser vista como um processo contínuo de aprendizagem e adaptação, que 
envolve a compreensão de questões éticas, sociais e políticas associadas ao uso das tecnologias. 
O investimento em infraestrutura digital nessas regiões é essencial para garantir que os 
alunos que vivem em áreas remotas tenham as mesmas oportunidades educacionais que os alunos 
urbanos, a conexão com o mundo digital pode abrir portas para o acesso a cursos online, materiais 
de estudo, tutoriais e outros recursos que são cruciais para o sucesso acadêmico. A inclusão digital 
nas zonas rurais pode, portanto, ser uma ferramenta poderosa para reduzir as desigualdades 
educacionais no Brasil. 
A promoção da inclusão digital também está diretamente relacionada ao fortalecimento 
da cidadania. Ao garantir que todos os cidadãos tenham acesso às tecnologias de informação e 
comunicação, o Estado está promovendo uma maior participação social e política. O acesso à 
informação é fundamental para que os cidadãos possam tomar decisões informadas, participar do 
debate público e exercer seus direitos de maneira plena, a inclusão digital, não é apenas uma 
questão educacional, mas também uma questão de direitos humanos. 
O sucesso das políticas públicas de inclusão digital depende, em grande parte, da 
colaboração entre diferentes esferas de governo e a sociedade civil. 
A criação de uma rede de apoio entre as esferas federal, estadual e municipal é 
fundamental para garantir que as políticas cheguem às populações mais vulneráveis de maneira 
eficaz. 
A cooperação com organizações da sociedade civil e empresas privadas também é 
essencial para ampliar o alcance das políticas e garantir que elas atendam às necessidades 
específicas de cada comunidade. 
As políticas públicas para inclusão digital desempenham um papel crucial no processo de 
democratização do acesso à informação e à educação no Brasil. Para que essas políticas sejam 
eficazes, é necessário que o governo invista em infraestrutura, capacitação, proteção de dados e 
conscientização digital, além de promover a colaboração entre diferentes setores da sociedade. 
Somente assim será possível garantir que todos os brasileiros, especialmente os mais vulneráveis, 
tenham acesso às oportunidades oferecidas pela sociedade digital. 
 
A inclusão digital é uma chave para o futuro mais igualitário e justo, onde todos tenham as 
mesmas condições de participar plenamente da vida digital e social. 
Gladys Nogueira Cabral, 2025 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 48 
 
 
PROJETO: POLÍTICAS PÚBLICAS PARA INCLUSÃO DIGITAL NO 
BRASIL: UMA ABORDAGEM DE NORTE A SUL. 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Celine Maria de Souza Azevedo 
FranciscaAraújo da Silva 
Natali Maria Serafim 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Sygride Nascimento de Carvalho 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
 
A inclusão digital no Brasil é um tema de extrema relevância para o desenvolvimento 
social e econômico, especialmente considerando as desigualdades regionais que caracterizam o 
país. O acesso às tecnologias digitais ainda é limitado para uma grande parte da população, 
principalmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. Esses desafios refletem-se 
em uma falta de infraestrutura, baixa conectividade e escassez de políticas públicas adequadas 
para promover a inclusão digital de maneira efetiva e equitativa. A desigualdade no acesso à 
tecnologia tem um impacto direto no processo educacional, na inserção no mercado de trabalho e 
no acesso a serviços essenciais, como saúde e assistência social. 
A implementação de políticas públicas para a inclusão digital deve considerar as 
disparidades entre as regiões do Brasil, uma vez que o acesso à internet e às tecnologias da 
informação não é homogêneo. Regiões como o Norte e o Nordeste enfrentam desafios 
relacionados à infraestrutura básica e ao custo elevado da conexão à internet, o que dificulta o 
acesso dos moradores a ferramentas digitais essenciais para a educação, o trabalho e a vida social. 
Já nas regiões Sul e Sudeste, embora o acesso à tecnologia seja mais presente, ainda existem 
comunidades que enfrentam dificuldades de conectividade, o que reforça a necessidade de uma 
abordagem integrada e adaptada às realidades locais. 
É fundamental que as políticas públicas voltadas para a inclusão digital no Brasil atendam 
à diversidade cultural e social do país. Cada região apresenta características distintas que exigem 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 49 
 
soluções personalizadas, como a promoção de programas de alfabetização digital, a ampliação do 
acesso à internet e a criação de infraestrutura de qualidade. A utilização de tecnologias como 
satélites e redes de fibra ótica pode ser uma alternativa para as regiões mais remotas, onde a 
infraestrutura convencional não chega de maneira eficaz, é necessário investir em capacitação 
digital para que a população, especialmente as camadas mais vulneráveis, esteja preparada para 
utilizar as tecnologias de maneira produtiva e consciente. 
Um dos pilares da inclusão digital é a educação, que deve ser adaptada para incluir a 
alfabetização digital desde os primeiros anos escolares, o desenvolvimento de habilidades digitais 
nas escolas é uma estratégia fundamental para preparar os alunos para as exigências do mercado 
de trabalho, que cada vez mais exige competência no uso de ferramentas digitais. A educação 
digital não deve se limitar apenas ao uso de computadores, mas também envolver a formação 
crítica dos alunos sobre como utilizar a internet de maneira segura, ética e responsável. Programas 
de capacitação para professores também são essenciais para garantir que os educadores tenham as 
competências necessárias para ensinar e integrar as tecnologias no processo pedagógico. 
As políticas públicas para a inclusão digital devem ser acompanhadas por investimentos 
em infraestrutura, como a expansão da rede de internet de alta velocidade, especialmente nas 
regiões que ainda carecem de conectividade. 
O Brasil já possui iniciativas como o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), mas a 
continuidade e a ampliação desses programas são essenciais para garantir que todas as regiões do 
país tenham acesso igualitário às tecnologias, a integração das tecnologias no sistema educacional 
e nos serviços públicos é um passo importante para garantir a igualdade de oportunidades para 
todos os cidadãos. 
A inclusão digital também é um fator determinante para a redução das desigualdades 
sociais e econômicas. A tecnologia oferece novas formas de acesso ao conhecimento, ao mercado 
de trabalho e à participação cidadã. Para populações de baixa renda, a conectividade e o acesso às 
ferramentas digitais representam uma oportunidade de transformação social, permitindo a 
participação em processos educativos de qualidade, além de possibilitar o empreendedorismo e a 
geração de renda por meio de plataformas digitais. Portanto, promover o acesso à tecnologia é 
garantir que as pessoas possam se desenvolver, melhorar sua qualidade de vida e romper com o 
ciclo de pobreza. 
Embora a inclusão digital seja uma condição necessária para a igualdade de 
oportunidades, é preciso também estar atento aos riscos e desafios que ela pode apresentar. A 
crescente digitalização de serviços e a dependência da internet podem criar novas formas de 
exclusão, especialmente para aqueles que não têm acesso adequado à tecnologia. A segurança 
online e a proteção de dados são questões que precisam ser consideradas nas políticas de inclusão 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 50 
 
digital. É fundamental que as iniciativas de inclusão digital considerem o empoderamento das 
pessoas para o uso consciente e crítico da internet, evitando a propagação de informações falsas e 
promovendo a cidadania digital. 
A participação de diversos atores é essencial para o sucesso das políticas públicas de 
inclusão digital. O governo, as empresas de tecnologia, as organizações da sociedade civil e as 
universidades têm um papel fundamental no desenvolvimento de soluções inovadoras para 
promover a inclusão digital. Parcerias público-privadas podem ser um modelo eficaz para garantir 
que a infraestrutura necessária seja implantada de maneira eficiente, enquanto as organizações da 
sociedade civil podem atuar como agentes de sensibilização e apoio às comunidades que mais 
necessitam dessas tecnologias, o engajamento das universidades e centros de pesquisa é 
fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções que possam atender às 
especificidades de cada região do Brasil. 
A inclusão digital não deve ser vista apenas como um acesso à tecnologia, mas como um 
meio de garantir que todas as pessoas, independentemente de sua origem, classe social ou 
localização geográfica, tenham acesso às mesmas oportunidades. Para que a inclusão digital seja 
efetiva, é necessário que ela seja acompanhada de ações que combatam a desigualdade social, 
como a promoção de políticas de acesso à educação de qualidade, à saúde e ao emprego. As 
tecnologias podem ser um motor para a inclusão, mas é preciso que elas se articulem com outras 
políticas públicas que atendam às necessidades mais amplas da população. 
A inclusão digital no Brasil é um desafio que exige ações coordenadas entre as diferentes 
esferas de governo e setores da sociedade. 
A implementação de políticas públicas eficazes e adaptadas às realidades regionais é 
essencial para garantir o acesso universal às tecnologias digitais, a educação digital, a ampliação 
da infraestrutura de internet e o empoderamento das populações vulneráveis são pilares 
fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Este projeto busca 
contribuir para a promoção da inclusão digital, oferecendo soluções práticas e viáveis para reduzir 
as desigualdades e garantir a participação de todos no mundo digital. 
 
JUSTIFICATIVA: 
A inclusão digital tem sido amplamente reconhecida como uma ferramenta essencial para 
a democratização do acesso à educação no Brasil e no mundo. Este fenômeno é especialmente 
significativo nas esferas da educação básica à superior, onde a tecnologia pode não apenas 
proporcionar novas formas de ensino, mas também superar desigualdadesPágina 3 
 
1. INTRODUÇÃO 
A inclusão digital, em conjunto com o uso crescente da Inteligência Artificial (IA), tem 
se tornado um pilar fundamental para a democratização do acesso à educação superior no Brasil, 
especialmente para populações em situação de vulnerabilidade. Com a ascensão das tecnologias 
digitais, os meios de acesso à educação, antes limitados por barreiras geográficas e 
socioeconômicas, passaram a ser mais acessíveis, ainda persistem desafios que precisam ser 
superados para garantir que as tecnologias digitais e a IA desempenhem um papel positivo na 
educação, com um foco particular naquelas camadas da população que historicamente tiveram 
acesso restrito ao ensino superior e à pós-graduação. 
No Brasil, as desigualdades sociais e econômicas têm sido um dos maiores obstáculos ao 
acesso de muitas pessoas ao ensino superior, o alto custo da educação e as dificuldades associadas 
à obtenção de informações adequadas sobre cursos de graduação e pós-graduação tornam o 
caminho para a educação de qualidade uma realidade distante para muitos. Tal desigualdade, 
associada ao baixo índice de alfabetização digital em várias regiões, amplifica o abismo 
educacional e limita as oportunidades para aqueles que mais precisam de uma educação de 
qualidade, a inclusão digital e a aplicação da IA emergem como alternativas que podem 
transformar essa realidade, oferecendo uma chance de superação dessas barreiras. 
A presença da Inteligência Artificial no ambiente educacional, aliada a metodologias de 
ensino inovadoras, tem sido um motor de transformação nos sistemas de ensino no Brasil, a IA, 
por meio de tecnologias como plataformas de aprendizado online, assistentes virtuais e sistemas 
de recomendação, tem o potencial de criar experiências de aprendizado personalizadas, atendendo 
às necessidades individuais de cada aluno, este tipo de ensino individualizado pode ser um 
diferencial importante para populações em situação de vulnerabilidade, que muitas vezes 
enfrentam desafios adicionais ao tentar acompanhar o ritmo convencional do ensino. 
O uso de plataformas digitais e aplicativos educacionais também tem se mostrado 
essencial na ampliação do acesso à educação superior. Ferramentas como Moodle, Khan Academy 
e Coursera têm facilitado a aprendizagem a distância, permitindo que alunos de regiões periféricas 
e áreas mais isoladas possam ter acesso a materiais e cursos de alta qualidade sem sair de suas 
casas, essas plataformas oferecem conteúdos ricos e variados, que podem ser acessados a qualquer 
momento, democratizando a educação e permitindo que os alunos possam aprender no seu próprio 
ritmo e conforme suas necessidades. 
A utilização dessas ferramentas não é suficiente por si só, é necessário também garantir 
que os alunos, especialmente os provenientes de populações vulneráveis, possuam o conhecimento 
necessário para utilizar essas tecnologias de maneira eficaz. A alfabetização digital, portanto, 
torna-se um pilar essencial para a inclusão. Sem a habilidade de navegar no mundo digital, muitos 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 4 
 
alunos se veem impedidos de acessar as ferramentas que poderiam impulsionar suas trajetórias 
acadêmicas e profissionais. 
As políticas públicas também desempenham um papel crucial no incentivo à inclusão 
digital, no Brasil, o governo tem adotado diversas iniciativas que visam ampliar o acesso à internet 
e dispositivos tecnológicos, principalmente em regiões carentes. A implementação dessas políticas 
ainda enfrenta diversos obstáculos, como a falta de infraestrutura em áreas rurais e favelas, o que 
limita o alcance de tais programas, superar esses desafios é crucial para garantir que todos os 
alunos tenham as mesmas oportunidades de aprendizado e acesso a informações e conteúdos de 
qualidade. 
O setor privado, por sua vez, tem mostrado um papel importante na integração de 
tecnologias educacionais no ensino superior. Parcerias público-privadas têm sido estabelecidas 
para garantir que as tecnologias emergentes, como a IA, sejam utilizadas de forma inclusiva, 
promovendo a democratização do ensino superior e possibilitando a formação de profissionais 
mais preparados para o mercado de trabalho globalizado, tais iniciativas têm contribuído para 
diminuir as desigualdades educacionais e proporcionar oportunidades para populações de baixa 
renda. 
A inteligência artificial tem o potencial de transformar a maneira como os alunos são 
preparados para a economia digital, com a IA, é possível criar ambientes de aprendizagem mais 
eficientes e produtivos, personalizando a experiência educacional e ajudando os alunos a 
desenvolver as competências exigidas pelo mercado de trabalho. O uso de IA no ensino pode 
aumentar a eficiência dos processos acadêmicos, reduzindo a evasão escolar e promovendo a 
retenção de alunos, especialmente aqueles que pertencem a grupos mais vulneráveis. 
A inclusão digital, quando bem aplicada, também pode ser um fator de desenvolvimento 
sustentável. Ao proporcionar acesso à educação de qualidade, mediada por tecnologias 
emergentes, abre-se caminho para uma sociedade mais equitativa e uma economia mais dinâmica 
e competitiva. Alunos que anteriormente estavam excluídos das oportunidades educacionais agora 
têm a chance de competir em um mercado de trabalho globalizado, contribuindo para o 
crescimento do país de maneira mais justa e equilibrada. 
A inclusão digital no Brasil ainda enfrenta desafios significativos, particularmente em 
áreas periféricas e de difícil acesso. A falta de infraestrutura tecnológica adequada e a escassez de 
dispositivos conectados à internet limitam a implementação das políticas de inclusão digital, 
especialmente nas zonas rurais e favelas, essas áreas, que já enfrentam desafios econômicos e 
sociais, são as mais afetadas pelas desigualdades no acesso à tecnologia e à educação, para superar 
essas barreiras, é necessário um esforço conjunto entre o governo, o setor privado e a sociedade 
civil, visando à construção de uma infraestrutura tecnológica robusta e acessível para todos. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 5 
 
A reflexão sobre o futuro da inclusão digital e o papel da IA na educação brasileira 
sugere que essas tecnologias têm um impacto transformador, capaz de revolucionar a maneira 
como o ensino superior é realizado no Brasil. 
À medida que novas tecnologias emergem e se tornam mais acessíveis, é possível prever 
um cenário em que a educação se torne ainda mais personalizada, inclusiva e eficiente, porém para 
que isso aconteça, é essencial que o país continue investindo em infraestrutura tecnológica, 
capacitação de professores e treinamento de alunos, garantindo que todos tenham acesso às 
ferramentas necessárias para participar plenamente no ambiente acadêmico e profissional. 
A inclusão digital e a Inteligência Artificial representam não apenas oportunidades, mas 
também desafios para a educação brasileira, afinal garantir que todos os estudantes, 
independentemente de sua origem ou situação socioeconômica, possam usufruir desses avanços 
tecnológicos é uma missão coletiva que demanda esforços de todos os setores da sociedade, só 
assim será possível criar um ambiente educacional mais justo e inclusivo, que prepare todos os 
brasileiros para enfrentar os desafios do futuro. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
O futuro da inclusão digital no Brasil e o papel crescente da Inteligência Artificial (IA) na 
educação apresentam um panorama repleto de possibilidades transformadoras, a medida que novas 
tecnologias emergem e se tornamestruturais, garantindo 
que todos os alunos, independentemente de sua condição econômica ou geográfica, tenham as 
mesmas oportunidades educacionais. Segundo André et al. (2024), a inclusão digital deve ser vista 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 51 
 
como uma estratégia integral para a superação das barreiras educacionais, especialmente no 
contexto de um Brasil marcado pela desigualdade socioeconômica. Esses autores destacam que as 
tecnologias digitais são, de fato, um alicerce para a promoção de equidade educacional, 
permitindo que professores e alunos possam se beneficiar de recursos que antes estavam restritos a 
determinadas classes sociais. 
No contexto educacional, a utilização da inteligência artificial (IA) tem se mostrado uma 
das principais inovações tecnológicas com potencial para transformar a educação. Fava (2018) 
afirma que a IA, ao facilitar a personalização do ensino, permite que os processos de 
aprendizagem sejam adaptados às necessidades e características de cada aluno. Esse tipo de 
inovação não só aumenta a eficácia do ensino, mas também torna a aprendizagem mais inclusiva e 
acessível, o que é particularmente relevante para as populações em situação de vulnerabilidade. A 
IA pode, por exemplo, ajudar a identificar os pontos fortes e fracos dos alunos, proporcionando 
feedback instantâneo e, assim, possibilitando um aprendizado mais eficaz. 
A necessidade de se criar uma infraestrutura tecnológica robusta nas escolas, 
especialmente nas regiões mais periféricas e afastadas dos centros urbanos, é outro ponto crucial 
para a inclusão digital. Neves (2020) aponta que, para que a inclusão digital seja verdadeiramente 
efetiva, é preciso que haja políticas públicas que assegurem o acesso à internet e a dispositivos 
tecnológicos de qualidade para todos os estudantes. Deve-se investir na formação de professores e 
alunos, garantindo que todos saibam como utilizar as ferramentas digitais de maneira crítica e 
construtiva. Este investimento não só é fundamental para a aprendizagem no presente, mas 
também prepara os alunos para o mercado de trabalho do futuro, onde as habilidades digitais serão 
cada vez mais exigidas. 
O impacto da IA no campo educacional vai além da personalização do ensino. Gabriel 
(2022) sugere que, em um futuro próximo, a IA poderá revolucionar a maneira como entendemos 
e praticamos a educação, trazendo novas metodologias e formatos de ensino. A IA pode, por 
exemplo, contribuir para a criação de ambientes de aprendizagem mais imersivos, como o 
metaverso, onde os alunos poderão interagir com conteúdos e colegas de forma totalmente 
inovadora e engajante. O autor ressalta, ainda, que essa transformação exigirá uma adaptação por 
parte das instituições de ensino, que deverão se capacitar para integrar essas novas tecnologias ao 
currículo de maneira fluida e eficaz. 
Entretanto, é importante ressaltar que a inclusão digital não deve ser apenas uma questão 
de acesso a dispositivos e à internet. Ela deve também envolver a capacitação de todos os 
envolvidos no processo educacional. Para isso, como apontam Bogdan e Biklen (2008), a 
educação deve se basear em metodologias qualitativas que envolvam os alunos de maneira ativa 
no uso das tecnologias. O ensino, nesse contexto, passa a ser mais do que apenas a transmissão de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 52 
 
conteúdo: ele se torna um processo dinâmico e interativo, onde os alunos são protagonistas do seu 
aprendizado. 
De acordo com a OCDE (2019), uma das grandes vantagens da inclusão digital é a 
possibilidade de se criar um sistema de ensino mais inclusivo, onde as barreiras tradicionais ao 
aprendizado, como a falta de acesso a materiais de estudo ou a limitações de tempo, podem ser 
minimizadas. As tecnologias digitais oferecem uma grande quantidade de recursos educacionais 
gratuitos e acessíveis, como plataformas de ensino online, aplicativos e cursos à distância, que 
podem ser usados para complementar a aprendizagem e proporcionar a cada aluno a oportunidade 
de se desenvolver de acordo com seu ritmo. 
O uso de tecnologias digitais nas escolas também pode contribuir para a melhoria da 
formação dos professores. Kapp (2012) destaca que, por meio da gamificação, os educadores 
podem aplicar metodologias baseadas em jogos que aumentam o engajamento e a motivação dos 
alunos. A utilização de jogos educacionais não apenas torna o processo de ensino mais interativo, 
mas também pode ajudar os alunos a aprender de forma mais eficiente e divertida, estimulando o 
pensamento crítico e a resolução de problemas. 
A inclusão digital, por outro lado, não é um processo automático. Como Eysenck e 
Eysenck (2023) observam, a adoção de tecnologias no ambiente educacional exige mudanças 
significativas nas práticas pedagógicas, no currículo e na formação docente. Essas mudanças, se 
bem implementadas, podem resultar em um sistema educacional mais flexível, capaz de se adaptar 
às necessidades de cada aluno, especialmente em contextos de vulnerabilidade. O desafio está em 
garantir que as tecnologias sejam usadas de forma ética e eficaz, para que todos possam aproveitar 
seus benefícios sem que haja exclusão digital. 
É fundamental, portanto, que as políticas públicas de inclusão digital não se limitem a 
iniciativas pontuais, mas que envolvam uma transformação estruturada e contínua no sistema 
educacional. De acordo com Metz (2022), a IA tem o poder de modificar profundamente a 
dinâmica educacional, mas essa transformação só será bem-sucedida se houver um planejamento 
adequado e investimentos constantes em capacitação e infraestrutura. As políticas públicas 
precisam ser holísticas e atender não apenas à infraestrutura tecnológica, mas também à formação 
de professores, ao suporte contínuo para os alunos e ao desenvolvimento de um currículo que 
contemple as novas exigências do mundo digital. 
A capacitação de alunos e professores para o uso das novas tecnologias deve ser vista 
como uma prioridade nas políticas educacionais, uma vez que essas tecnologias estão cada vez 
mais presentes nas universidades e no mercado de trabalho. Segundo o Banco Mundial (2020), a 
integração das tecnologias digitais nos currículos de ensino superior é uma oportunidade única de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 53 
 
preparar os estudantes para os desafios da sociedade digital, ao mesmo tempo em que se trabalha 
para reduzir as disparidades de acesso ao conhecimento e à informação. 
A criação de um ambiente educacional digitalmente inclusivo exige, ainda, que haja uma 
colaboração entre diversos setores da sociedade. Neves (2020) sugere que as parcerias entre o 
governo, as instituições de ensino e as empresas de tecnologia são essenciais para garantir que os 
recursos tecnológicos sejam de fácil acesso para todos os alunos. Essas parcerias podem envolver 
a doação de dispositivos, o fornecimento de internet de baixo custo ou até mesmo o apoio a 
iniciativas de capacitação para os professores. 
A implementação de tecnologias digitais no ensino superior deve ser acompanhada de 
políticas que incentivem a equidade. André et al. (2024) defendem que a educação digital deve ser 
pensada para todos os alunos, independentemente de sua classe social ou região geográfica. Para 
isso, é necessário que as tecnologias sejam adaptadas às necessidades específicas dos estudantes e 
que haja umacompanhamento contínuo para garantir que ninguém seja deixado para trás no 
processo de transformação digital. 
A inclusão digital deve ser encarada, portanto, como um direito fundamental, essencial 
para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Como afirma Gabriel (2022), a 
transformação digital no campo educacional pode ser um grande motor de mudança, desde que 
seja realizada de forma inclusiva, garantindo que todos, independentemente da sua origem ou 
condição social, possam participar dessa revolução. Isso implica não apenas garantir o acesso à 
tecnologia, mas também investir na formação de cidadãos críticos, capazes de usar as ferramentas 
digitais de maneira ética e produtiva. 
A inclusão digital no Brasil exige um esforço coletivo e uma visão de longo prazo, capaz 
de integrar as tecnologias no cotidiano das escolas e das universidades, e de formar as gerações 
futuras para um futuro digital cada vez mais presente. 
 
OBJETIVOS DO PROJETO 
 
Objetivo Geral: Implementar políticas públicas de inclusão digital no Brasil, 
considerando as especificidades regionais e promovendo a redução das desigualdades no acesso às 
tecnologias da informação e comunicação (TICs). 
 
Objetivos Específicos: 
Mapear as disparidades no acesso digital entre as regiões do Brasil. 
Analisar as políticas públicas de inclusão digital existentes e suas eficácias. 
Propor estratégias regionais de inclusão digital com base nas necessidades locais. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 54 
 
Desenvolver parcerias entre esferas de governo, setor privado e organizações sociais para 
fortalecer a inclusão digital. 
 
METODOLOGIA: 
 
A metodologia do projeto será baseada em uma abordagem qualitativa e 
quantitativa, dividida nas seguintes etapas: 
Pesquisa Bibliográfica: Levantamento de literatura sobre inclusão digital e políticas 
públicas no Brasil. 
Mapeamento Regional: Realização de pesquisa de campo nas cinco regiões do Brasil 
(Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), com entrevistas e coletas de dados sobre o 
acesso à internet, uso de TICs, e capacitação digital. 
Análise de Políticas Públicas: Estudo e avaliação das políticas públicas já 
implementadas em cada região, com ênfase nos programas federais, estaduais e municipais. 
Propostas Regionais: Desenvolvimento de propostas regionais para ampliar o acesso 
à internet e a educação digital, baseadas nas realidades de cada local. 
 
 
O presente projeto visa analisar a inclusão digital no Brasil por meio de uma abordagem 
metodológica abrangente e bem estruturada, combinando metodologias qualitativa e quantitativa. 
A proposta se desdobra em várias etapas interconectadas, cada uma das quais será cuidadosamente 
executada para garantir uma análise detalhada e rigorosa da realidade digital do país. Inicialmente, 
será realizado um levantamento bibliográfico, no qual serão consultados autores e estudos que 
discutem a importância da inclusão digital, os desafios enfrentados pelas populações vulneráveis, 
e as políticas públicas implementadas para reduzir as disparidades no acesso às Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TICs). Este levantamento proporcionará uma base teórica sólida e 
orientará as próximas etapas da pesquisa. 
A primeira etapa do projeto, a pesquisa bibliográfica, é crucial para entender o estado 
atual da inclusão digital e as políticas públicas relacionadas ao tema no Brasil. Estudos anteriores 
e documentos de instituições de pesquisa, como a OCDE (2019), serão analisados para 
compreender as tendências globais e suas implicações para o contexto brasileiro, será dada 
especial atenção às pesquisas locais que abordam as desigualdades regionais no acesso à 
tecnologia. Essa etapa proporcionará um panorama detalhado das dificuldades, avanços e desafios 
enfrentados pelo país no processo de inclusão digital, servindo como base para a análise empírica 
que se seguirá. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 55 
 
A segunda etapa do projeto será o mapeamento regional, uma pesquisa de campo que terá 
como objetivo coletar dados primários sobre o acesso à internet, o uso de tecnologias digitais, e a 
capacitação digital em diferentes regiões do Brasil. O mapeamento será realizado nas cinco 
regiões do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), onde serão conduzidas entrevistas 
com profissionais de educação, gestores públicos e representantes de comunidades locais. A coleta 
de dados será feita por meio de questionários digitais e entrevistas digitais, buscando entender as 
especificidades regionais e as desigualdades no acesso à tecnologia. Para garantir a 
representatividade e a diversidade das amostras, as entrevistas serão realizadas em áreas urbanas e 
rurais, levando em consideração diferentes contextos socioeconômicos e culturais. 
O mapeamento regional tem como objetivo captar a diversidade brasileira, considerando 
as distintas realidades geográficas, culturais e econômicas que impactam a inclusão digital. No 
Norte e Nordeste, por exemplo, a falta de infraestrutura e a dificuldade de acesso à internet são 
desafios prementes, especialmente em áreas remotas e periféricas. Já nas regiões Sul e Sudeste, 
onde o acesso à tecnologia é mais disseminado, ainda existem desigualdades significativas, 
principalmente nas comunidades de menor poder aquisitivo. O Centro-Oeste, por sua vez, 
apresenta características híbridas, com áreas urbanas mais conectadas e regiões rurais com 
dificuldades no acesso digital. A pesquisa regional buscará identificar essas desigualdades e 
compreender suas causas e consequências, fornecendo informações valiosas para a elaboração de 
soluções adequadas. 
Com base nos dados coletados nas etapas anteriores, será realizada uma análise detalhada 
das políticas públicas de inclusão digital que foram implementadas em cada uma das cinco 
regiões. Esta análise incluirá uma avaliação crítica de programas federais, estaduais e municipais 
voltados para a promoção do acesso à internet e à educação digital. Serão investigados tanto os 
programas de abrangência nacional, como o "Internet para Todos", quanto iniciativas locais 
específicas, como projetos de inclusão digital em escolas públicas e programas de capacitação 
tecnológica para populações de baixa renda. A análise das políticas públicas permitirá 
compreender as estratégias adotadas, seus resultados e as limitações enfrentadas, além de 
identificar boas práticas e possíveis áreas de melhoria. 
A análise das políticas públicas será fundamentada na revisão de documentos oficiais, 
relatórios de execução, e entrevistas com gestores públicos e especialistas na área. Além disso, 
será realizada uma análise comparativa entre as diferentes regiões do Brasil, identificando quais 
estratégias têm sido mais eficazes em determinadas localidades e quais desafios persistem. A 
pesquisa buscará destacar a necessidade de políticas públicas mais integradas e adaptadas às 
realidades locais, uma vez que as soluções para a inclusão digital não podem ser homogêneas, mas 
devem levar em consideração as peculiaridades de cada região. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 56 
 
Uma parte essencial do projeto será o desenvolvimento de propostas regionais para 
ampliar o acesso à internet e à educação digital. Essas propostas serão baseadas nas 
especificidades regionais identificadas nas etapas anteriores e buscarãoatender às necessidades 
mais urgentes de cada local. No Norte e Nordeste, por exemplo, será proposta a expansão de 
infraestrutura de conectividade, incluindo parcerias público-privadas para levar internet de alta 
qualidade a áreas remotas. Para as regiões urbanas de todas as áreas do Brasil, serão sugeridas 
ações voltadas para a capacitação digital da população e a integração das tecnologias ao currículo 
escolar, com a criação de programas de formação para professores e alunos. 
As propostas regionais também levarão em consideração as experiências de sucesso já 
implementadas em algumas regiões. No Sul e Sudeste, onde há maior infraestrutura tecnológica, 
as propostas focarão na utilização de novas tecnologias, como a inteligência artificial, para a 
personalização do ensino e a democratização do acesso à educação superior. O objetivo dessas 
propostas é fornecer soluções práticas e sustentáveis, que envolvam todos os atores sociais, 
incluindo governos, instituições educacionais, empresas de tecnologia e as próprias comunidades, 
na criação de um ambiente educacional digitalmente inclusivo. 
Serão considerados os desafios econômicos e financeiros enfrentados por muitas regiões 
do Brasil, especialmente nas áreas mais vulneráveis. As propostas incluirão alternativas de 
financiamento, como o uso de fundos públicos e parcerias com o setor privado, para garantir que 
as soluções propostas sejam viáveis e duradouras. A ideia central é que as políticas públicas de 
inclusão digital não se limitem ao acesso à internet, mas também incluam estratégias para a 
capacitação contínua da população, a criação de conteúdos educacionais digitais acessíveis e a 
promoção de uma cultura digital inclusiva. 
A análise das políticas públicas e o desenvolvimento de propostas regionais também 
estarão em sintonia com as diretrizes de organizações internacionais, como a OCDE (2019), que 
defende a implementação de políticas públicas inclusivas e adaptáveis às realidades locais. Essa 
perspectiva global será incorporada ao projeto, buscando alinhar as ações propostas no Brasil com 
as melhores práticas internacionais de inclusão digital. A ideia é que o país se torne referência na 
inclusão digital, especialmente para as populações mais vulneráveis, ao integrar soluções 
tecnológicas no cotidiano das escolas e na vida de todos os cidadãos. 
O projeto também se compromete a acompanhar a implementação das propostas, caso 
sejam adotadas, e a avaliar seus impactos ao longo do tempo. Isso garantirá que as soluções 
desenvolvidas não sejam apenas teóricas, mas que possam ser implementadas com sucesso e com 
resultados concretos. A avaliação contínua será fundamental para ajustar as propostas e garantir 
que elas atendam, de fato, às necessidades da população, melhorando a qualidade do ensino e 
promovendo a equidade no acesso à tecnologia. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 57 
 
A disseminação dos resultados da pesquisa será realizada por meio de relatórios técnicos, 
apresentações em conferências acadêmicas e publicações em periódicos especializados. A 
proposta é que o projeto gere um impacto real na política pública e na prática educacional no 
Brasil, influenciando a tomada de decisões em níveis federal, estadual e municipal, e promovendo 
uma transformação significativa na forma como a inclusão digital é tratada no país. 
A metodologia adotada busca garantir que o projeto seja robusto e capaz de fornecer 
soluções práticas e eficazes para um dos maiores desafios da educação brasileira. A combinação 
de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, análise de políticas públicas e propostas regionais 
permitirá uma abordagem integrada, que considera as diversas realidades e necessidades do país. 
O objetivo final é contribuir para a construção de um Brasil mais digitalmente inclusivo, onde 
todos os cidadãos, independentemente de sua origem ou localização, tenham a oportunidade de 
acessar a educação de qualidade e de participar plenamente da sociedade digital. 
 
A INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL: DESAFIOS REGIONAIS. 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 58 
 
Norte 
Na região Norte, o acesso à internet e às TICs é um dos maiores desafios, especialmente 
em comunidades rurais e indígenas. A falta de infraestrutura de telecomunicações, somada às 
grandes distâncias entre as cidades e a escassez de políticas públicas específicas para as áreas 
remotas, limita significativamente o acesso à educação digital. O Projeto pode se concentrar em 
expandir a conectividade, com ênfase em satélites e internet via fibra ótica, além de estabelecer 
parcerias com empresas de telecomunicações para expandir a cobertura. 
 
Nordeste 
O Nordeste do Brasil possui diversas iniciativas de inclusão digital, principalmente 
através de programas federais, como o "Computadores para Todos", mas ainda enfrenta 
dificuldades relacionadas à baixa qualificação digital da população, especialmente em áreas 
periféricas e rurais. A capacitação digital, a criação de espaços de acesso gratuito à internet 
(pontos de inclusão digital) e a implementação de currículos educacionais com ênfase nas TICs 
nas escolas são medidas necessárias para reduzir a desigualdade digital. 
 
Centro-Oeste 
No Centro-Oeste, a maior parte da população está concentrada em grandes centros 
urbanos, como Brasília, o que facilita o acesso à internet e à tecnologia. No entanto, áreas rurais 
ainda enfrentam desafios de conectividade e falta de equipamentos. O foco aqui pode ser no 
fortalecimento das políticas públicas de capacitação digital para pequenos empreendedores, 
estudantes e agricultores, incentivando o uso da tecnologia para impulsionar o desenvolvimento 
local. 
Sudeste 
O Sudeste, região mais desenvolvida do Brasil, tem níveis elevados de acesso à 
tecnologia, mas enfrenta desafios na inclusão digital de populações periféricas e de classes sociais 
mais baixas. Embora as grandes cidades disponham de boa infraestrutura tecnológica, muitas áreas 
urbanas carecem de acesso a políticas de alfabetização digital. Programas de inclusão digital 
focados no desenvolvimento de habilidades digitais para jovens e adultos nas periferias, como 
cursos de programação e marketing digital, são fundamentais. 
 
Sul 
Na região Sul, o acesso à internet é relativamente bom, mas ainda existem disparidades 
em algumas áreas rurais e entre populações de menor poder aquisitivo. A política pública para 
inclusão digital no Sul deve ser focada na universalização do acesso à internet e na ampliação de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 59 
 
oportunidades de capacitação digital para profissionais da educação e trabalhadores em geral. A 
criação de hubs tecnológicos e incubadoras de startups pode ser uma estratégia eficaz. 
 
ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS EXISTENTE: 
Diversos programas de inclusão digital já foram implementados em diferentes esferas de 
governo no Brasil, mas muitos ainda são fragmentados ou ineficazes devido à falta de 
coordenação entre as políticas públicas. Entre os programas destacados estão o "Governo 
Eletrônico", que busca melhorar o acesso a serviços públicos pela internet, e o "Programa 
Nacional de Banda Larga" (PNBL), que visa expandir o acesso à internet de alta velocidade em 
todo o país. 
A OCDE (2019) recomenda que as políticas públicas para inclusão digital integrem 
esforços de universalização do acesso,alfabetização digital, segurança online e promoção de uma 
cultura digital saudável. Além disso, essas políticas devem ser adaptadas à realidade local de cada 
região, levando em consideração as especificidades culturais, econômicas e sociais das 
populações. 
 
PROPOSTAS PARA EXPANSÃO DA INCLUSÃO DIGITAL: 
Aumento da cobertura de internet: Investir na expansão de redes de fibra ótica e internet 
via satélite, com foco nas regiões Norte e Nordeste, onde o acesso à internet de qualidade é 
limitado. 
Educação digital: Inserir a alfabetização digital no currículo escolar desde a educação 
básica, com programas de capacitação para professores e alunos. 
Programas de capacitação: Oferecer cursos gratuitos de capacitação digital para jovens e 
adultos em situação de vulnerabilidade, com foco em habilidades que atendam às demandas do 
mercado de trabalho, como programação e uso de ferramentas digitais para negócios. 
Parcerias público-privadas: Estimular parcerias entre o governo, empresas de tecnologia 
e organizações não governamentais para ampliar o acesso à infraestrutura digital e criar projetos 
sociais de inclusão digital. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A RELEVÂNCIA DO PROJETO: 
A inclusão digital é um dos pilares essenciais para a construção de um Brasil mais 
igualitário e desenvolvido. A superação das disparidades regionais no acesso às tecnologias 
digitais não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia fundamental para 
a promoção de uma economia mais inclusiva e sustentável. O acesso à internet de qualidade, a 
capacitação digital e a inserção de tecnologias nas diversas esferas da educação e do trabalho são 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 60 
 
elementos cruciais para garantir que todos os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, possam 
participar ativamente da sociedade digital e se beneficiar das oportunidades que ela oferece. 
Uma das medidas fundamentais para a inclusão digital é o aumento da cobertura de 
internet, com investimentos estratégicos na expansão das redes de fibra ótica e internet via satélite. 
As regiões Norte e Nordeste, que historicamente enfrentam grandes desafios no acesso à 
tecnologia, necessitam de um esforço específico para garantir que a população tenha acesso à 
internet de alta qualidade. 
A expansão das redes de conectividade nestas áreas é uma prioridade para garantir que as 
oportunidades digitais não sejam restritas a apenas uma parcela da população, mas que alcancem 
todos os brasileiros, independentemente da sua localização geográfica. 
A implementação de tecnologias como a internet via satélite é uma solução inovadora que 
pode diminuir significativamente a lacuna digital existente, permitindo que regiões isoladas e 
periféricas tenham acesso à informação e à educação de qualidade. 
É imprescindível que a alfabetização digital seja inserida de forma consistente nos 
currículos escolares desde a educação básica. A capacitação digital, não apenas para os alunos, 
mas também para os professores, é uma estratégia essencial para promover a utilização consciente 
e eficiente das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Isso permitirá que os alunos não 
apenas aprendam a usar as ferramentas digitais, mas também desenvolvam competências críticas 
que os preparem para os desafios do mundo digital e do mercado de trabalho. Ao capacitar os 
professores, é possível garantir que eles se tornem agentes de transformação, capazes de integrar 
as tecnologias digitais de maneira inovadora e pedagógica no cotidiano escolar. 
A criação de programas de capacitação digital para jovens e adultos em situação de 
vulnerabilidade é uma medida estratégica para o fortalecimento da inclusão digital no Brasil. 
O acesso a cursos gratuitos de capacitação digital pode ser decisivo para a inclusão de 
indivíduos que estão à margem do mercado de trabalho, permitindo-lhes adquirir habilidades 
essenciais, como programação, design gráfico, e o uso de ferramentas digitais para empreender e 
gerir negócios. Esses cursos devem ser acessíveis e adaptados às realidades socioeconômicas da 
população-alvo, oferecendo conteúdo relevante e de alta qualidade. 
As habilidades adquiridas nesses programas podem aumentar significativamente as 
oportunidades de emprego e desenvolvimento profissional, proporcionando uma ascensão social 
por meio do acesso ao mundo digital. 
É fundamental estimular parcerias público-privadas para ampliar a infraestrutura digital e 
promover projetos sociais de inclusão digital. 
O governo, as empresas de tecnologia e as organizações não governamentais devem 
colaborar para criar soluções inovadoras que atendam às necessidades das populações em situação 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 61 
 
de vulnerabilidade. As parcerias podem ser fundamentais para acelerar a implementação de 
programas de capacitação, expandir o acesso à internet e oferecer serviços digitais que contribuam 
para o desenvolvimento das comunidades, as parcerias podem trazer expertise e recursos para a 
criação de soluções sustentáveis e eficazes, que sejam capazes de atender a longo prazo as 
demandas de inclusão digital em todo o país. 
Este projeto busca contribuir para a construção de um Brasil mais digitalmente inclusivo, 
onde a desigualdade no acesso às tecnologias seja progressivamente superada, as políticas públicas 
propostas, como a expansão da cobertura de internet, a inclusão da educação digital nos currículos 
escolares, os programas de capacitação para jovens e adultos, e as parcerias entre o governo e o 
setor privado, têm o potencial de transformar o país em uma sociedade mais justa e igualitária, 
capaz de enfrentar os desafios do mundo digital. A inclusão digital não é apenas um requisito para 
o desenvolvimento social e econômico, mas uma questão fundamental de cidadania, garantindo a 
todos os brasileiros o direito de participar ativamente da sociedade moderna e globalizada. 
A implementação das propostas sugeridas neste projeto não apenas contribuirá para a 
diminuição das desigualdades sociais e econômicas, mas também impulsionará a transformação 
digital no Brasil. Ao garantir o acesso à tecnologia e à educação digital, será possível criar 
oportunidades reais para todas as camadas da população, permitindo que mais pessoas possam 
participar do mercado de trabalho digital e tenham acesso aos benefícios que as novas tecnologias 
oferecem. Com políticas públicas bem estruturadas e ações colaborativas, o Brasil tem o potencial 
de se tornar uma referência global em inclusão digital, estabelecendo um modelo que favoreça o 
crescimento econômico e o desenvolvimento social de forma sustentável e inclusiva para todos. 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 62 
 
2.11 INICIATIVAS DO SETOR PRIVADO: EXEMPLOS DE PARCERIAS 
PÚBLICO-PRIVADAS QUE TÊM INTEGRADO A IA E OUTRAS TECNOLOGIAS NO 
ENSINO SUPERIOR, VISANDO À DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO. 
As parcerias público-privadas no ensino superior têm se tornado uma estratégia central 
para democratizar o acesso à educação de qualidade, integrando tecnologias inovadoras como 
Inteligência Artificial (IA), Big Data e plataformas digitais. 
A colaboração entre o setor público e o privado no contexto da educação superior visa 
proporcionar uma educação mais inclusiva, acessível e alinhada às necessidades do mercado de 
trabalho moderno. 
A integração dessastecnologias tem o potencial de transformar o ensino, democratizando 
o acesso e ampliando a capacidade de alunos de diversas regiões e classes sociais de se 
beneficiarem de recursos educacionais de alta qualidade. Pischetola (2016) argumenta que a 
inclusão digital é uma ferramenta crucial para a criação de uma nova cultura na sala de aula, na 
qual as tecnologias oferecem novos meios de ensino e aprendizagem. 
A aplicação de IA no ensino superior, por meio de parcerias entre universidades e 
empresas de tecnologia, tem se mostrado uma das inovações mais impactantes, essas tecnologias 
permitem personalizar a experiência educacional, adaptando o conteúdo de acordo com as 
necessidades de cada aluno, o que pode ser decisivo para o sucesso de estudantes com diferentes 
ritmos de aprendizagem. Ferramentas baseadas em IA, como sistemas de recomendação de 
conteúdo e assistentes virtuais, estão sendo implementadas para ajudar alunos a superarem 
obstáculos acadêmicos, promovendo um ensino mais inclusivo e eficiente. Como destaca 
Pischetola (2016), essa adaptação do ensino à realidade digital reflete uma mudança fundamental 
na abordagem pedagógica, oferecendo uma educação mais flexível e acessível. 
As parcerias público-privadas têm se destacado na oferta de cursos online e plataformas 
de e-learning, que têm democratizado o acesso à educação superior, essas plataformas oferecem 
uma gama de cursos gratuitos ou a preços reduzidos, com conteúdo ministrado por professores de 
universidades renomadas e com o suporte de ferramentas tecnológicas avançadas. Em muitas 
dessas iniciativas, a IA desempenha um papel essencial ao personalizar os materiais de 
aprendizagem de acordo com as necessidades dos alunos, tornando o aprendizado mais eficiente. 
De acordo com Pischetola (2016), a integração da IA no ambiente educacional tem o potencial de 
transformar a sala de aula tradicional, permitindo um ensino mais dinâmico e centrado no aluno. 
As tecnologias emergentes, como a realidade aumentada (RA) e a realidade virtual (RV), 
também têm sido adotadas nas parcerias público-privadas para melhorar a qualidade da educação 
superior, essas ferramentas oferecem experiências imersivas que permitem que os alunos 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 63 
 
explorem conceitos de forma prática e interativa, o que é especialmente útil em áreas como 
medicina, engenharia e arquitetura. 
A implementação de RA e RV no ensino superior, por meio de parcerias com empresas 
de tecnologia, está criando novas oportunidades para os alunos adquirirem habilidades práticas em 
um ambiente controlado, antes de aplicá-las no mundo real. Pischetola (2016) aponta que essas 
tecnologias promovem uma nova forma de aprender, em que a interação e a imersão substituem o 
ensino tradicional baseado apenas em teoria. 
A adaptação de tecnologias digitais no ensino superior também tem um impacto direto na 
formação dos professores. As parcerias entre o setor público e o privado têm possibilitado a 
criação de programas de capacitação digital para educadores, preparando-os para lidar com as 
novas ferramentas tecnológicas e integrá-las efetivamente em suas práticas pedagógicas. 
A capacitação docente é um componente essencial para garantir que as tecnologias, como 
IA, sejam utilizadas de forma eficaz nas salas de aula. Pischetola (2016) sublinha a importância de 
uma formação contínua para os professores, que, além de se apropriar das ferramentas 
tecnológicas, também precisam entender como usá-las de maneira a favorecer a aprendizagem dos 
alunos. 
No contexto da inclusão digital, a colaboração entre universidades e empresas de 
tecnologia também tem se estendido ao desenvolvimento de tecnologias acessíveis para alunos 
com deficiência. Ferramentas como leitores de tela, legendas automáticas e interfaces adaptativas 
estão sendo incorporadas ao ambiente acadêmico para garantir que todos os estudantes, 
independentemente de suas limitações, tenham acesso igualitário ao conteúdo educacional. Esse 
foco na acessibilidade digital é um passo importante para a criação de um ambiente educacional 
inclusivo, no qual a tecnologia serve para nivelar as condições de aprendizagem para todos os 
alunos. Pischetola (2016) destaca que a inclusão digital não pode ser vista apenas como o 
fornecimento de equipamentos, mas como uma transformação nas práticas pedagógicas que 
promovam a igualdade de oportunidades. 
As parcerias público-privadas também têm contribuído para a criação de ambientes de 
aprendizagem híbridos, que combinam o ensino presencial com o ensino a distância. Esses 
modelos têm ganhado destaque, especialmente durante a pandemia de COVID-19, quando as 
instituições de ensino foram forçadas a adotar o ensino remoto em larga escala. As empresas de 
tecnologia, em colaboração com o setor público, desenvolveram plataformas robustas que 
permitem a interação entre alunos e professores em tempo real, garantindo a continuidade do 
aprendizado, mesmo à distância. Pischetola (2016) observa que o ensino híbrido, apoiado por 
tecnologias digitais, é uma tendência crescente que tem o potencial de transformar a estrutura do 
ensino superior, tornando-o mais acessível e flexível. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 64 
 
A criação de laboratórios de inovação, nos quais estudantes e professores trabalham em 
conjunto com empresas de tecnologia para desenvolver soluções inovadoras para desafios 
educacionais. Esses laboratórios oferecem aos alunos a oportunidade de aplicar os conhecimentos 
adquiridos em sala de aula para resolver problemas do mundo real, promovendo o aprendizado 
prático e a colaboração entre a academia e o setor privado. Pischetola (2016) ressalta que essas 
iniciativas são fundamentais para integrar a educação superior ao mercado de trabalho, preparando 
os alunos para a realidade profissional, ao mesmo tempo em que contribuem para o avanço da 
inovação no setor educacional. 
As parcerias entre universidades e empresas de tecnologia também têm se concentrado no 
desenvolvimento de programas de mentorias e estágios, proporcionando aos alunos a oportunidade 
de trabalhar em projetos de tecnologia real, em colaboração com empresas líderes no setor, esses 
programas oferecem aos alunos uma experiência prática e valiosa, além de aumentar suas chances 
de inserção no mercado de trabalho. Pischetola (2016) defende que essas experiências práticas são 
fundamentais para que os alunos compreendam a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos na 
universidade e se preparem para os desafios do mercado de trabalho digital. 
Em muitas universidades, as parcerias com empresas de tecnologia também têm levado à 
criação de programas de aceleração de startups, nos quais estudantes e ex-alunos podem 
desenvolver suas próprias empresas de tecnologia com o apoio de mentores e recursos financeiros 
fornecidos por empresas parceiras. Esses programas não só incentivam a inovação, mas também 
ajudam os alunos a desenvolver habilidades empreendedoras que serão valiosas em suas carreiras 
futuras. Pischetola (2016) enfatiza que a criação de ecossistemas de inovação dentro das 
universidades é uma maneira de estimular a criatividade e a colaboração entre o setor educacional 
e o privado. 
A criação de ambientes de aprendizagem mais interativos, as parcerias público-privadas 
também têm promovido a utilização de ferramentas analíticas avançadas para melhorar o 
desempenho acadêmico dos alunos. A coleta de dados sobre o desempenho dos estudantes, com o 
uso de IA e Big Data, permite às universidades identificarpadrões e personalizar a experiência de 
aprendizagem para cada aluno. Essas ferramentas analíticas são essenciais para promover a 
inclusão digital, pois permitem que os professores identifiquem os alunos que necessitam de 
suporte adicional e ajustem suas abordagens pedagógicas de acordo com as necessidades 
individuais. Pischetola (2016) sublinha a importância da análise de dados no ambiente 
educacional, pois ela permite um acompanhamento mais eficaz do progresso dos alunos. 
As iniciativas do setor privado também têm contribuído para a criação de plataformas de 
ensino que oferecem acesso a cursos e recursos educacionais gratuitos ou a preços acessíveis para 
estudantes de todo o Brasil. Essas plataformas, muitas vezes desenvolvidas em parceria com 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
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universidades e instituições governamentais, têm ampliado o alcance da educação superior, 
permitindo que mais pessoas tenham acesso a oportunidades educacionais. Pischetola (2016) 
destaca que a democratização do ensino superior por meio de plataformas online é uma das 
maneiras mais eficazes de combater as desigualdades educacionais, principalmente em um país 
como o Brasil, onde as disparidades regionais ainda são um grande desafio. 
As parcerias público-privadas também têm ajudado a financiar a infraestrutura necessária 
para a adoção de tecnologias digitais nas universidades, como a instalação de redes de alta 
velocidade e a implementação de sistemas de armazenamento em nuvem. Essas iniciativas são 
fundamentais para garantir que todas as universidades, independentemente de sua localização ou 
porte, possam ter acesso às mesmas tecnologias de ponta. Pischetola (2016) enfatiza que a 
infraestrutura tecnológica é um componente essencial para a inclusão digital, pois sem ela, o 
acesso às tecnologias de aprendizado será restrito a uma minoria privilegiada. 
As parcerias entre o setor público e o privado também têm gerado um impacto positivo na 
formação de uma força de trabalho qualificada para a era digital, ao oferecer programas de 
capacitação em IA, programação e outras habilidades digitais, essas iniciativas têm preparado os 
alunos para os desafios do mercado de trabalho contemporâneo. 
A colaboração entre universidades e empresas de tecnologia tem sido fundamental para 
desenvolver currículos mais alinhados com as exigências do mercado e para criar oportunidades 
de empregabilidade para os alunos. Pischetola (2016) argumenta que a capacitação digital é uma 
das peças-chave para o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva e tecnologicamente 
preparada. 
As parcerias público-privadas têm desempenhado um papel crucial na democratização do 
acesso à educação superior, promovendo a inclusão digital e preparando os alunos para os desafios 
da economia digital. A integração de tecnologias como IA, Big Data e ferramentas de aprendizado 
online tem transformado a forma como as universidades oferecem educação e tem ampliado as 
oportunidades de aprendizagem para estudantes de todas as regiões e condições socioeconômicas. 
A nova cultura da sala de aula, como defendido por Pischetola (2016), está sendo moldada por 
essas inova 
 
2.12 O PAPEL DA (IA) NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O 
MERCADO GLOBAL: COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PODE AJUDAR A 
PREPARAR ALUNOS PARA A ECONOMIA DIGITAL E O MERCADO DE TRABALHO 
GLOBALIZADO. 
 
A inteligência artificial (IA) tem sido amplamente discutida no contexto da educação, 
especialmente no que diz respeito ao seu papel na preparação de alunos para o mercado de 
trabalho globalizado e para a economia digital. De acordo com Santaella (2023), a IA é capaz de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 66 
 
realizar tarefas complexas com rapidez e precisão, mas sua "inteligência" é diferente da humana, 
sendo essencialmente programada para processar grandes volumes de dados e executar funções 
específicas, sua influência na formação de profissionais para o futuro é indiscutível, pois ela 
facilita o desenvolvimento de habilidades digitais essenciais para os alunos, promovendo uma 
formação mais ágil e alinhada às demandas contemporâneas do mercado de trabalho. 
O avanço da IA no cenário educacional permite a criação de plataformas de aprendizado 
personalizadas, que são capazes de adaptar o conteúdo de acordo com as necessidades de cada 
aluno, isso significa que, em vez de uma abordagem única e padronizada, os estudantes podem 
aprender no seu próprio ritmo, com recursos ajustados às suas dificuldades e facilidades. Santaella 
(2023) aponta que, ao incorporar IA nos processos de ensino-aprendizagem, as instituições 
educacionais podem criar um ambiente mais flexível e eficiente, permitindo que os futuros 
profissionais desenvolvam competências que atendam às exigências do mercado globalizado, 
como habilidades em tecnologia, inovação e adaptação rápida a novas ferramentas. 
A IA também tem um papel fundamental na promoção da educação personalizada, que se 
adapta ao estilo de aprendizagem de cada aluno, com a utilização de algoritmos sofisticados, a IA 
pode fornecer feedback instantâneo sobre o desempenho dos estudantes, identificando suas áreas 
de dificuldade e sugerindo recursos específicos para melhorar seu desempenho. Este tipo de 
abordagem ajuda a maximizar o potencial de cada aluno, preparando-os para enfrentar os desafios 
da economia digital, onde a personalização é cada vez mais necessária para atender às 
necessidades específicas de consumidores e mercados globais. Santaella (2023) discute como a IA 
pode transformar a experiência de aprendizagem, tornando-a mais centrada no aluno e mais eficaz. 
No contexto da formação de profissionais, a IA também pode ajudar a aprimorar o ensino 
de competências práticas e técnicas essenciais para o mercado de trabalho, como programação, 
análise de dados, e gerenciamento de sistemas digitais. 
Drumond Ischkanian, afirma que: 
 
A capacidade de a IA processar e analisar dados em tempo real é uma vantagem 
significativa para os educadores que buscam integrar essas habilidades em seus 
currículos, ela permite a criação de simulações realistas, em que os alunos podem aplicar 
seus conhecimentos em cenários do mundo real, sem os riscos associados ao aprendizado 
prático em ambientes de trabalho. Em todas as profissões, não compete mais negar a 
importância da IA na evolução das tecnologias com foco nas profissões do hoje e do 
futuro. O trabalhador só será substituído pela IA, se não sober como utilizá-la no 
cotidiano de sua profissão, para sua transcendência pessoal. (Drumond Ischkanian, 2025). 
 
Santaella (2023) destaca que a IA proporciona oportunidades únicas de experimentação e 
aprendizagem, o que é essencial para o desenvolvimento de competências relevantes para a 
economia digital. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 67 
 
A presença crescente da IA nas universidades também pode transformar o ensino de áreas 
como negócios, marketing e gestão, ao fornecer ferramentas poderosas para análise de mercado, 
previsão de tendências e personalização de estratégias. 
O uso de IA nesses campos prepara os alunos para lidar com grandes volumes de dados, 
identificar padrões e tomar decisões informadas rapidamente, habilidades fundamentais em um 
mercado de trabalho altamente competitivo e globalizado. Santaella (2023) sugere que a IA pode 
capacitar os alunos a entender eaplicar conceitos avançados de análise de dados, algo que é 
crucial para o sucesso em várias indústrias ao redor do mundo. 
Ao trabalhar com ferramentas de IA, os alunos aprendem a lidar com tecnologias em 
constante evolução, o que os prepara para uma carreira de sucesso em um mercado que exige 
inovação contínua e adaptação rápida a novas ferramentas e processos. Santaella (2023) enfatiza 
que, embora a IA não seja capaz de substituir a criatividade humana, ela pode ser uma aliada 
poderosa no desenvolvimento de soluções inovadoras para problemas complexos, o que é 
fundamental em um cenário global em que a inovação é a chave para a competitividade. 
Ferramentas de IA, como chatbots e assistentes virtuais, podem ser usadas para promover 
a interação e a comunicação entre os alunos, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento de 
competências de colaboração, negociação e resolução de conflitos. Santaella (2023) aponta que, 
embora as interações mediadas por IA não possam substituir completamente as interações 
humanas, elas podem ajudar a aprimorar a forma como os alunos se comunicam e colaboram, 
especialmente em ambientes digitais. 
No contexto da formação para a economia digital, a IA pode ser uma aliada poderosa na 
criação de programas de aprendizado que envolvam os alunos com o uso de tecnologias 
emergentes. Ao integrar IA em cursos relacionados à inovação e ao empreendedorismo digital, as 
universidades podem ajudar a criar uma geração de profissionais mais preparados para o futuro. 
Santaella (2023) observa que o uso de IA no ensino pode transformar a forma como os alunos 
interagem com os conceitos de inovação, tornando-os mais capazes de identificar novas 
oportunidades e aplicar soluções criativas no ambiente de negócios global. 
As tecnologias de IA podem ser utilizadas para criar sistemas de avaliação mais 
dinâmicos e precisos, que levem em consideração uma variedade de fatores para medir o 
desempenho dos alunos. Isso inclui a análise de aspectos como participação em discussões online, 
desempenho em simulações práticas, e interações com colegas e professores. Santaella (2023) 
sugere que, ao usar IA para avaliação, as universidades podem obter uma visão mais completa e 
detalhada do progresso dos alunos, ajudando a personalizar ainda mais a experiência educacional e 
garantir que os estudantes desenvolvam as competências necessárias para o sucesso no mercado 
global. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 68 
 
O impacto da IA na formação de profissionais também está relacionado à sua capacidade 
de integrar o aprendizado com o mundo corporativo, através de parcerias com empresas de 
tecnologia, universidades podem oferecer programas de estágio, mentoring e simulações de 
projetos em que os alunos trabalham com as ferramentas e tecnologias mais avançadas do 
mercado. Essa aproximação com o mundo real não só prepara os alunos para o mercado de 
trabalho, mas também os familiariza com as exigências e os desafios da economia digital global. 
Santaella (2023) defende que a colaboração entre academia e empresas é essencial para alinhar o 
ensino superior com as demandas do mercado. 
A IA pode ajudar a preparar os alunos para a vida profissional ao permitir que eles 
desenvolvam competências em áreas como automação de processos, gestão de sistemas 
complexos e análise preditiva. Esses conhecimentos são altamente valorizados em setores como 
finanças, saúde, manufatura e serviços, todos os quais estão sendo transformados pela IA. 
Santaella (2023) destaca que, à medida que a IA se torna uma ferramenta cada vez mais integrada 
aos processos empresariais, a capacidade de um profissional em gerenciar e otimizar essas 
tecnologias será fundamental para seu sucesso no mercado de trabalho global. 
A introdução da IA no ensino superior também contribui para a expansão do conceito de 
"lifelong learning", ou aprendizado ao longo da vida. Ao fornecer aos alunos as ferramentas para 
aprender de forma contínua e autônoma, a IA permite que os profissionais se atualizem 
constantemente, o que é essencial em um mercado global em rápida evolução. Santaella (2023) 
observa que, ao integrar a IA ao processo de aprendizado, as universidades podem preparar os 
alunos para se manterem competitivos e inovadores durante toda a sua carreira, 
independentemente das mudanças no mercado de trabalho. 
Ao utilizar ferramentas digitais que oferecem suporte personalizado, as instituições 
educacionais podem garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, 
independentemente de sua localização ou condição social. Santaella (2023) enfatiza que a 
inteligência artificial pode ser uma ferramenta de inclusão, promovendo um ambiente educacional 
mais acessível e diversificado, onde todos os estudantes têm a oportunidade de se desenvolver. 
A IA também desempenha um papel importante na transformação da educação em uma 
rede global, conectando alunos de diferentes partes do mundo e permitindo a troca de 
conhecimentos e experiências. Por meio de plataformas online e ferramentas de colaboração, os 
estudantes têm a oportunidade de aprender com colegas de outras culturas e contextos, 
enriquecendo sua formação e preparando-os para trabalhar em um mercado global. Santaella 
(2023) destaca que, em um mercado de trabalho cada vez mais globalizado, a capacidade de 
colaborar e se comunicar com profissionais de diferentes países é uma habilidade essencial. 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 69 
 
Além de capacitar os alunos com as habilidades técnicas necessárias para o mercado de 
trabalho, a IA também pode ajudar a desenvolver habilidades de liderança e gestão em um 
ambiente digital, ferramentas baseadas em IA podem simular cenários de liderança, 
permitindo que os alunos pratiquem a tomada de decisões e a gestão de equipes virtuais. 
Natali Maria Serafi, 2025. 
 
De acordo com Santaella (2023) argumenta que essas simulações podem ajudar a formar 
líderes mais preparados para enfrentar os desafios do mundo corporativo, que cada vez mais 
depende da tecnologia e da inovação para se manter competitivo no mercado global. 
A inteligência artificial desempenha um papel fundamental na formação de profissionais 
para a economia digital e o mercado globalizado, oferecendo soluções inovadoras para o ensino, a 
aprendizagem e a avaliação. Sua capacidade de personalizar a educação, promover a inovação e 
preparar os alunos para os desafios do mercado de trabalho é inquestionável. Santaella (2023) nos 
lembra que, embora a IA não seja "inteligente" no sentido humano, ela é uma ferramenta poderosa 
que pode transformar a educação e ajudar a moldar uma nova geração de profissionais aptos a 
prosperar em um mundo digital cada vez mais complexo e interconectado. 
 
2.13 DESAFIOS NO USO DE TECNOLOGIAS EM REGIÕES PERIFÉRICAS: 
ANÁLISE DAS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM 
ÁREAS RURAIS E FAVELAS, ONDE O ACESSO À INTERNET E DISPOSITIVOS 
TECNOLÓGICOS AINDA É LIMITADO. 
O uso de tecnologias em regiões periféricas, especialmente em áreas rurais e favelas, 
enfrenta uma série de desafios que limitam seu pleno desenvolvimento e implementação, a 
disparidade no acesso à internet e a dispositivos tecnológicos é uma das principais dificuldades, 
perpetuando a exclusão digital de milhares de pessoas que, muitas vezes, são privadas dos 
benefícios do mundo digital. Como afirmam Lee e Giufan (2022), "sem a infraestrutura adequada, 
a inteligência artificial e outras tecnologias transformadoras não conseguem alcançar aqueles que 
mais precisam delas".A falta de conexão de qualidade é um obstáculo crucial, e enquanto o 
mundo avançou para a era digital, muitas comunidades ainda lutam para conseguir acesso básico à 
internet, um dos principais requisitos para a integração ao universo da tecnologia. 
Mesmo em zonas urbanas, como as favelas, onde há um número significativo de pessoas 
com acesso à internet, o uso de dispositivos adequados permanece restrito. Metz (2022) argumenta 
que "o impacto da tecnologia é muitas vezes condicionado pelo acesso aos meios certos para 
utilizar essas ferramentas". A aquisição de dispositivos como computadores ou smartphones de 
última geração, essenciais para o uso pleno das tecnologias, se torna uma tarefa árdua para grande 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 70 
 
parte da população dessas regiões, resultando em uma exclusão de oportunidades educacionais e 
de trabalho digital. 
Em áreas periféricas, especialmente as rurais, muitos não possuem as habilidades 
necessárias para lidar com as ferramentas digitais. Lee e Giufan (2022) destacam que "a 
transformação digital exige mais do que apenas acesso a dispositivos; é preciso desenvolver 
habilidades que permitam às pessoas usar a tecnologia para resolver problemas do dia a dia". Sem 
programas de capacitação digital, os moradores dessas regiões ficam à margem do 
desenvolvimento tecnológico, o que acentua ainda mais as desigualdades sociais e econômicas. 
A escassez de infraestrutura tecnológica e de recursos humanos capacitados também 
limita a criação de políticas públicas eficazes que possam transformar essas realidades. Neves 
(2020) observa que "políticas públicas eficientes para inclusão digital devem ir além da 
distribuição de dispositivos e internet, contemplando também a formação de profissionais 
qualificados para implementar e dar suporte ao uso dessas tecnologias". A falta de políticas 
voltadas para a capacitação de educadores, gestores e alunos, além da implementação de uma 
infraestrutura básica, impede que essas regiões aproveitem as potencialidades das tecnologias, 
desde as simples ferramentas de aprendizado até as inovações mais complexas, como a 
inteligência artificial. 
No campo educacional, a implementação de tecnologias nas escolas periféricas enfrenta 
ainda mais obstáculos, com muitas escolas em regiões rurais e favelas carecendo de recursos e 
estrutura. O uso de tecnologias em sala de aula exige, por exemplo, conexões de alta velocidade e 
dispositivos que permitam o acesso contínuo a conteúdos educacionais online. No entanto, em 
muitas áreas periféricas, o cenário é de escassez. Lee e Giufan (2022) ressaltam que "sem um 
ambiente adequado de aprendizado, a tecnologia, mesmo a mais avançada, perde sua eficácia", o 
que compromete a qualidade da educação e limita o potencial de estudantes nessas regiões. 
Em muitas comunidades, especialmente em áreas mais isoladas, há uma desconfiança em 
relação ao impacto da digitalização e ao controle das grandes empresas tecnológicas sobre as 
informações pessoais. Metz (2022) aponta que "a tecnologia é vista, muitas vezes, com receio, 
como algo que vai além do controle individual e das tradições locais". Essa resistência pode 
dificultar a adoção de novas ferramentas, criando um ambiente de desinformação sobre os 
benefícios e usos possíveis dessas tecnologias para o desenvolvimento comunitário. 
O impacto da pandemia de COVID-19 exacerbou ainda mais as desigualdades no uso de 
tecnologias em regiões periféricas, já que muitas escolas tiveram que migrar para o ensino remoto 
sem a devida preparação ou infraestrutura. Nesse cenário, as escolas em áreas rurais e favelas 
enfrentaram sérias dificuldades para implementar o ensino a distância devido à falta de 
dispositivos e conectividade. Neves (2020) reflete que "a pandemia expôs as fragilidades da 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 71 
 
inclusão digital no Brasil, evidenciando a urgente necessidade de um planejamento estratégico 
para resolver as disparidades no acesso à tecnologia". O ensino remoto, que deveria ser uma 
solução, acabou acentuando ainda mais as desigualdades. 
A falta de apoio governamental e a escassez de investimentos em infraestrutura digital 
nas periferias contribuem para a persistência da exclusão digital. Lee e Giufan (2022) afirmam que 
"o Estado deve se envolver ativamente na criação de um ecossistema de inclusão digital, que 
garanta a distribuição equitativa de recursos e o acesso à tecnologia". O governo, em suas diversas 
esferas, precisa investir de forma estratégica em tecnologias que possam melhorar a vida da 
população periférica, não apenas oferecendo infraestrutura, mas também criando condições para 
que os cidadãos possam aproveitar as oportunidades geradas pela economia digital. 
A integração da inteligência artificial nas regiões periféricas também enfrenta barreiras 
significativas, desde o desconhecimento da tecnologia até a ausência de uma infraestrutura de 
apoio. Metz (2022) sugere que "a IA, embora revolucionária, não se espalha de maneira uniforme, 
e seu impacto dependerá diretamente de como é implementada em regiões com pouco ou nenhum 
acesso à tecnologia". A implementação de sistemas de IA em áreas periféricas exigiria não apenas 
o fornecimento de dispositivos adequados, mas também o treinamento de profissionais locais para 
que possam usar e implementar essas ferramentas de maneira eficaz. 
Quando a tecnologia consegue penetrar nessas áreas, ela pode gerar um impacto 
transformador, criando novas oportunidades para os moradores, a inserção de tecnologias em 
regiões periféricas tem o potencial de abrir portas para o empreendedorismo digital, especialmente 
no campo da educação e do comércio eletrônico. Neves (2020) observa que "com a educação 
digital, muitas pessoas em áreas periféricas podem desenvolver habilidades que, de outra forma, 
nunca teriam acessado". O empreendedorismo digital, por sua vez, oferece uma alternativa ao 
mercado de trabalho tradicional, com a possibilidade de alcançar mercados globais. 
As parcerias público-privadas podem desempenhar um papel fundamental na superação 
dos desafios mencionados, permitindo que empresas de tecnologia e governos se unam para 
fornecer infraestrutura e capacitação em regiões periféricas. 
Tabela 4: Os principais problemas, soluções, investimentos e recursos para superar as 
dificuldades no uso de tecnologias em regiões periféricas, incluindo áreas rurais e favelas. 
PROBLEMA SOLUÇÃO INVESTIMENTO 
NECESSÁRIO 
RECURSOS 
NECESSÁRIOS 
 
FALTA DE 
ACESSO À INTERNET 
DE 
QUALIDADE 
Expansão da 
infraestrutura de 
internet via fibra 
ótica e satélite 
Investimentos em 
redes de fibra ótica, 
parcerias público-
privadas para 
expansão do acesso 
via satélite 
Infraestrutura de 
rede, parcerias com 
empresas de 
telecomunicações e 
governos locais 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 72 
 
 
ESCASSEZ DE 
DISPOSITIVOS 
TECNOLÓGICOS 
ADEQUADOS 
Programas de 
distribuição de 
dispositivos 
acessíveis 
(smartphones, tablets 
e computadores) 
Subsídios para a 
compra e distribuição 
de dispositivos; 
parcerias com 
empresas de 
tecnologia 
Empresas de 
dispositivos 
tecnológicos, 
governo, ONGs, 
redes comunitárias 
 
BAIXA 
 CAPACITAÇÃO 
DIGITAL DA 
POPULAÇÃO 
Cursos e 
treinamentos em 
habilidades digitais 
essenciais (como 
alfabetização digital, 
programação,e-
commerce) 
Financiamento para 
criação de programas 
de capacitação e 
plataformas de 
ensino online 
Educadores, 
plataformas de 
ensino digital, 
recursos para 
treinamentos 
presenciais e online 
 
RESISTÊNCIA 
CULTURAL 
AO USO DE NOVAS 
TECNOLOGIAS 
Campanhas de 
conscientização 
sobre os benefícios 
da tecnologia, 
focando em aspectos 
positivos para a vida 
cotidiana 
Investimentos em 
campanhas 
educacionais e 
culturais, com o 
apoio de líderes 
comunitários 
Recursos de mídia, 
materiais 
educativos, 
influenciadores 
locais, líderes 
comunitários 
 
FALTA DE SUPORTE 
TÉCNICO LOCAL 
Formação de 
técnicos locais para 
dar suporte contínuo 
ao uso de tecnologias 
Investimentos em 
cursos técnicos e 
treinamentos para 
formar profissionais 
em áreas periféricas 
Instituições de 
ensino técnico, 
programas de 
capacitação de 
curta duração, 
apoio do setor 
privado 
 
DESIGUALDADE DE 
GÊNERO NO ACESSO À 
TECNOLOGIA 
Programas de 
inclusão digital 
voltados para 
mulheres, com 
ênfase em 
empoderamento 
digital e 
empreendedorismo 
Investimentos 
específicos em 
programas de 
capacitação para 
mulheres 
Organizações de 
apoio a mulheres, 
ONGs, programas 
de governo 
voltados à equidade 
de gênero 
 
FALTA DE 
INFRAESTRUTURA 
EDUCACIONAL PARA 
USO DIGITAL 
Implantação de 
tecnologias 
educacionais nas 
escolas periféricas, 
como e-books, 
plataformas de 
ensino e laboratórios 
de informática 
Investimentos em 
escolas para 
infraestrutura digital, 
como equipamentos 
e conectividade 
Governo, ONGs, 
parcerias com 
empresas de 
tecnologia 
educacional 
 
DIFICULDADE 
DE ADAPTAÇÃO AO 
ENSINO REMOTO 
Desenvolvimento de 
plataformas 
adaptadas à realidade 
local (considerando 
limitações de 
dispositivos e 
internet) 
Investimentos em 
plataformas de 
ensino online com 
baixo custo e alta 
acessibilidade 
Desenvolvedores 
de software 
educacional, 
infraestrutura para 
plataformas de 
ensino remoto 
 
DESCONHECIMENTO 
Programas de 
empreendedorismo 
Investimentos em 
programas de 
Parcerias com 
incubadoras de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 73 
 
SOBRE O USO DAS 
TECNOLOGIAS PARA 
GERAÇÃO DE RENDA 
digital, com 
capacitação para o 
uso de tecnologias 
para pequenos 
negócios e e-
commerce 
capacitação voltados 
para o 
empreendedorismo 
digital 
startups, 
plataformas de e-
commerce, 
empresas de 
tecnologia 
 
FALTA DE 
ENGAJAMENTO DAS 
COMUNIDADES NAS 
INICIATIVAS 
TECNOLÓGICAS 
Criação de centros 
comunitários de 
tecnologia, onde a 
comunidade pode 
acessar, aprender e 
desenvolver suas 
próprias soluções 
Investimentos na 
criação e manutenção 
de centros 
comunitários de 
tecnologia 
Apoio das 
comunidades 
locais, parcerias 
com empresas de 
tecnologia, 
governos e ONGs 
 
BAIXA 
PERCEPÇÃO DE 
UTILIDADE DAS 
TECNOLOGIAS 
Projetos de 
integração das 
tecnologias ao 
cotidiano das 
pessoas, como 
serviços públicos 
digitais, saúde digital 
e educação online 
Investimentos em 
programas de 
sensibilização e 
integração das 
tecnologias ao 
cotidiano 
Colaboração com o 
governo, empresas 
de tecnologia, 
instituições de 
ensino, 
profissionais de 
saúde 
DIFICULDADE DE 
MOBILIZAÇÃO DE 
RECURSOS 
FINANCEIROS PARA 
PROJETOS 
TECNOLÓGICOS 
Incentivos fiscais e 
subsídios para 
empresas que 
implementem 
projetos de inclusão 
digital em regiões 
periféricas 
Financiamentos 
públicos e privados, 
incentivos fiscais 
para empresas que 
investem em inclusão 
digital 
Governos locais, 
empresas de 
tecnologia, 
investidores sociais 
 
EXCLUSÃO DIGITAL 
DE IDOSOS E PESSOAS 
COM DEFICIÊNCIA 
Criação de 
plataformas de 
tecnologia assistiva e 
programas de 
alfabetização digital 
para idosos e pessoas 
com deficiência 
Investimentos em 
tecnologias 
assistivas, 
desenvolvimento de 
programas de 
capacitação para 
públicos específicos 
Universidades, 
empresas de 
tecnologia 
assistiva, ONGs, 
apoio 
governamental 
 
PROBLEMAS DE 
CONECTIVIDADE EM 
ÁREAS RURAIS 
ISOLADAS 
Instalação de antenas 
de internet via 
satélite e parcerias 
com empresas para 
disponibilizar 
pacotes de dados 
acessíveis 
Investimentos em 
tecnologias de 
conectividade via 
satélite e 4G/5G 
Empresas de 
telecomunicações, 
governo, ONGs 
focadas em 
desenvolvimento 
rural 
 
FALTA DE POLÍTICAS 
PÚBLICAS 
ESPECÍFICAS PARA 
INCLUSÃO DIGITAL 
Desenvolvimento de 
políticas públicas 
focadas na inclusão 
digital, com 
programas regionais 
adaptados às 
necessidades locais 
Investimentos em 
pesquisa, 
desenvolvimento e 
execução de políticas 
públicas eficazes 
Governos 
municipais, 
estaduais e federais, 
especialistas em 
políticas públicas 
DIFICULDADE NO 
DESENVOLVIMENTO 
DE CONTEÚDOS 
Produção de 
conteúdos educativos 
locais, adaptados às 
Investimentos na 
criação de conteúdos 
educacionais 
Educadores locais, 
especialistas em 
conteúdo, 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 74 
 
EDUCATIVOS 
RELEVANTES PARA A 
REALIDADE LOCAL 
características 
culturais e 
linguísticas das 
comunidades 
localizados desenvolvedores de 
mídia digital 
 
DESIGUALDADE NO 
ACESSO A 
TECNOLOGIA DE 
PONTA (COMO IA E 
BIG DATA) 
Programas de acesso 
a tecnologias 
emergentes, como 
IA, para jovens de 
regiões periféricas, 
capacitando-os para 
o mercado de 
trabalho 
Investimentos em 
projetos de 
capacitação em IA, 
com foco em 
inclusão social 
Empresas de 
tecnologia, 
universidades, 
incubadoras de 
startups 
CARÊNCIA DE 
RECURSOS PARA 
MANUTENÇÃO DE 
DISPOSITIVOS 
TECNOLÓGICOS 
Criação de parcerias 
com empresas de 
tecnologia para 
garantir a 
manutenção regular 
de dispositivos 
fornecidos 
Investimentos em 
serviços de 
manutenção de 
dispositivos e suporte 
técnico 
Empresas de 
tecnologia, 
profissionais de 
manutenção, 
centros 
comunitários 
FALTA DE 
TREINAMENTO PARA 
PROFESSORES E 
EDUCADORES NO USO 
DE NOVAS 
TECNOLOGIAS 
Programas de 
formação continuada 
para educadores, 
com foco em 
ferramentas 
tecnológicas e 
metodologias digitais 
Investimentos em 
programas de 
formação de 
professores para o 
uso pedagógico de 
tecnologias 
Secretarias de 
educação, 
universidades, 
empresas de edtech 
FALTA DE ACESSO A 
REDES DE MENTORES 
E APOIO A 
EMPREENDEDORES 
DIGITAIS 
Criação de redes de 
mentoria e 
incubadoras digitais 
para empreendedores 
de comunidades 
periféricas 
Investimentos em 
programas de 
mentoria digital e 
redes de apoio 
Empresas de 
tecnologia, 
universidades, 
investidores 
sociais, redes de 
empreendedores 
Fonte: Simone Helen Drumond Ischkanian, 2022. 
 
Essa tabela oferece uma visão clara sobre os desafios e as soluções possíveis, juntamente 
com os investimentos e recursos necessários para melhorar o acesso e o uso de tecnologias em 
regiões periféricas, promovendo inclusão digital e superando as desigualdades tecnológicas. 
No entanto, o sucesso dessas iniciativas depende de uma análise cuidadosa das 
especificidades de cada região, levando em conta suas características culturais, econômicas e 
sociais. Metz (2022) sugere que "não existe uma solução única para todos os problemas de 
inclusão digital, e cada comunidade deve ser entendida em sua particularidade". Portanto, os 
projetos precisam ser desenhados de forma personalizada, considerando as necessidades locais e 
as formas mais eficazes de implementar a tecnologia emdiferentes contextos. 
A formação de uma mentalidade digital nas periferias também é crucial para garantir que 
a inclusão digital seja sustentável a longo prazo. Lee e Giufan (2022) afirmam que "sem a 
educação digital desde os primeiros anos de vida, é difícil que as populações mais marginalizadas 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 75 
 
se integrem de maneira significativa à economia digital". A educação precisa ser um pilar 
fundamental das iniciativas de inclusão digital, garantindo que as novas gerações cresçam com as 
habilidades necessárias para navegar no mundo digital com confiança. 
As mulheres em regiões periféricas enfrentam desafios adicionais no que se refere à 
inclusão digital, devido a fatores como desigualdade de gênero, falta de acesso a dispositivos e a 
discriminação no mercado de trabalho. Neves (2020) observa que "a inclusão digital das mulheres 
deve ser vista como uma prioridade, considerando as barreiras estruturais e culturais que as 
impedem de ter as mesmas oportunidades que os homens". Nesse sentido, é importante 
desenvolver políticas que garantam a capacitação digital das mulheres, permitindo-lhes não apenas 
o acesso à tecnologia, mas também a possibilidade de atuar ativamente no mercado digital. 
Embora o cenário de exclusão digital nas periferias seja complexo, ele também oferece 
grandes oportunidades para inovação e transformação social. Metz (2022) sugere que "as 
tecnologias podem servir como ferramentas de emancipação, desde que haja um esforço coletivo 
para garantir que todos tenham acesso a elas". Isso implica que a solução para a inclusão digital 
deve ser coletiva, envolvendo governo, setor privado, sociedade civil e as próprias comunidades 
periféricas, que precisam ser ativamente envolvidas no processo de transformação digital. 
A implementação de tecnologias nas periferias também exige uma abordagem 
interdisciplinar, combinando conhecimentos de áreas como educação, sociologia, engenharia e 
políticas públicas. Lee e Giufan (2022) defendem que "somente com uma visão integrada e 
colaborativa é possível superar as barreiras à inclusão digital e garantir que as tecnologias 
cumpram seu papel social". A interdisciplinaridade é essencial para criar soluções inovadoras e 
adequadas às especificidades de cada região. 
A inclusão digital nas regiões periféricas é um processo complexo e multifacetado, que 
exige esforços coordenados entre diversos atores sociais e políticos, embora os desafios sejam 
grandes, as oportunidades de transformação também são significativas. 
A superação das dificuldades de implementação de tecnologias pode não apenas melhorar 
a qualidade de vida nas periferias, mas também criar novas perspectivas de crescimento e 
desenvolvimento para essas comunidades. 
2.14 A INCLUSÃO DIGITAL COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL: COMO O ACESSO À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, MEDIADO POR 
TECNOLOGIAS, CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E 
ECONÔMICO SUSTENTÁVEL. 
A inclusão digital emergiu como um dos pilares essenciais para promover o 
desenvolvimento sustentável em sociedades contemporâneas, configurando-se como elemento 
fundamental para a redução das desigualdades sociais e econômicas. O acesso à educação de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 76 
 
qualidade, mediado por tecnologias inovadoras, tem o potencial de transformar realidades, criando 
oportunidades em regiões historicamente marginalizadas. De acordo com Neves (2020), a 
democratização do conhecimento através de ferramentas digitais permite a formação de indivíduos 
mais preparados para o mercado de trabalho globalizado, impulsionando a inclusão social de 
maneira efetiva. 
O papel das tecnologias educacionais na promoção do desenvolvimento econômico é 
evidente ao proporcionar a capacitação profissional de populações vulneráveis. Programas que 
integram inteligência artificial (IA) e plataformas de ensino a distância têm sido fundamentais na 
redução das disparidades regionais. Conforme Lee e Giufan (2022), o acesso à educação mediada 
por IA não apenas amplia horizontes de aprendizado, mas também fomenta o desenvolvimento de 
habilidades alinhadas às demandas futuras do mercado, criando um ciclo virtuoso de crescimento 
econômico e inovação. 
A relação entre educação digital e sustentabilidade está diretamente ligada ao 
fortalecimento de competências voltadas à solução de problemas ambientais e sociais. A formação 
de cidadãos conscientes e engajados com a preservação ambiental é facilitada pelo uso de recursos 
tecnológicos que possibilitam experiências imersivas e interativas. Como destaca Metz (2022), a 
integração da tecnologia no ensino proporciona não apenas conhecimento técnico, mas também a 
compreensão de questões globais complexas, incentivando soluções inovadoras para desafios 
socioambientais. 
Um aspecto relevante da inclusão digital é a possibilidade de integração entre setores 
público e privado na formulação de políticas que promovam a sustentabilidade. Iniciativas 
conjuntas têm permitido o desenvolvimento de infraestruturas digitais em regiões rurais e 
periféricas, ampliando o acesso a ferramentas educacionais. Neves (2020) salienta que parcerias 
estratégicas contribuem significativamente para a superação das barreiras estruturais, garantindo 
que um número maior de indivíduos possa usufruir dos benefícios da tecnologia na educação. 
A capacitação de professores e educadores é uma das principais estratégias para assegurar 
que o uso das tecnologias seja eficaz no ambiente escolar. Investimentos em programas de 
formação continuada permitem que educadores estejam aptos a utilizar ferramentas digitais, 
promovendo um ensino mais dinâmico e inclusivo. Segundo Lee e Giufan (2022), a formação de 
educadores não só amplia a qualidade do ensino, mas também contribui para a disseminação de 
práticas inovadoras que beneficiam comunidades inteiras. 
A adoção de soluções tecnológicas adaptadas às realidades locais representa um fator 
crítico na promoção do desenvolvimento sustentável. Plataformas de ensino personalizadas e 
acessíveis garantem que indivíduos de diferentes contextos culturais e socioeconômicos possam se 
beneficiar do processo educativo. Metz (2022) destaca que a flexibilidade das ferramentas digitais 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 77 
 
possibilita a criação de conteúdo relevante e significativo para diversas comunidades, 
impulsionando o crescimento social e econômico de forma equitativa. 
A inclusão digital também é determinante para fomentar o empreendedorismo e a 
inovação, proporcionando aos indivíduos as habilidades necessárias para desenvolver soluções 
criativas e competitivas. Neves (2020) argumenta que o acesso às tecnologias de informação e 
comunicação (TICs) capacita jovens e adultos a criarem pequenos negócios, estimulando o 
crescimento econômico local e fortalecendo a coesão social. 
 
O impacto direto da inclusão digital na redução das desigualdades educacionais, tem 
permitindo que estudantes de regiões remotas tenham acesso aos mesmos conteúdos e 
oportunidades que seus pares em centros urbanos. Lucas Serrão, 2025. 
 
 Lee e Giufan (2022) enfatizam que a internet e as plataformas digitais representam um 
canal de democratização do conhecimento, garantindo que todos possam participar ativamente do 
desenvolvimento global. 
A implementação de projetos de inclusão digitalmais acessíveis, há uma expectativa de que o ensino superior no 
Brasil passe a ser mais personalizado, inclusivo e eficiente. A IA pode ser utilizada para criar 
plataformas de ensino adaptativo, que ajustam o conteúdo de acordo com o desempenho e as 
necessidades de cada aluno, proporcionando uma experiência de aprendizado única, as 
ferramentas como assistentes virtuais e chatbots podem oferecer suporte contínuo aos estudantes, 
ajudando-os a superar dificuldades acadêmicas em tempo real. Este cenário, embora promissor, 
demanda uma série de investimentos e ações coordenadas para garantir que todos os estudantes, 
independentemente de sua origem ou condição socioeconômica, tenham acesso igualitário a essas 
tecnologias. 
O investimento em infraestrutura tecnológica é um dos pilares essenciais para o sucesso 
da inclusão digital e do uso da IA na educação. 
O Brasil, como um país de grande extensão territorial, enfrenta desafios significativos em 
relação à conectividade, especialmente em áreas rurais e periféricas, a falta de acesso à internet de 
alta qualidade e a dispositivos adequados limita o potencial das tecnologias educacionais. Em 
muitos casos, alunos que vivem em regiões afastadas ou em comunidades de baixa renda não têm 
os recursos necessários para acompanhar cursos online ou utilizar plataformas educacionais que 
exigem uma conexão estável e rápida. Para que a inclusão digital seja efetiva, é fundamental que o 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 6 
 
governo e o setor privado continuem investindo em iniciativas que expandam a conectividade, 
forneçam dispositivos tecnológicos acessíveis e criem condições para que as escolas e 
universidades possam utilizar plenamente as ferramentas digitais. 
A maioria dos professores brasileiros, embora bem qualificada em suas áreas de atuação, 
não recebeu treinamento suficiente para integrar tecnologias avançadas, como a IA, ao seu ensino. 
A formação continuada dos educadores é crucial para que possam tirar o máximo proveito das 
plataformas digitais e das ferramentas de IA, além de garantir que eles saibam como utilizar essas 
tecnologias de maneira pedagógica e crítica. O uso de sistemas de recomendação alimentados por 
IA, que sugerem materiais de estudo personalizados com base no progresso de cada aluno. Para 
que essas ferramentas sejam aplicadas de forma eficiente, os professores precisam entender como 
analisar os dados gerados por esses sistemas e usá-los para ajustar suas estratégias pedagógicas, 
criando um ambiente de ensino mais eficaz e focado no aluno. 
O treinamento dos alunos em competências digitais também é uma prioridade para 
garantir que todos tenham as habilidades necessárias para utilizar as tecnologias no ambiente 
acadêmico e profissional. A alfabetização digital vai além do simples uso de ferramentas 
tecnológicas; envolve ensinar os alunos a usar essas tecnologias de maneira crítica, produtiva e 
ética. A capacidade de pesquisar, avaliar e utilizar informações de maneira responsável é uma 
habilidade essencial no mundo digital, ao preparar os alunos para lidar com a IA e outras 
tecnologias emergentes, o Brasil estará criando uma geração de profissionais mais bem preparados 
para o mercado de trabalho globalizado, que exige habilidades digitais em praticamente todas as 
áreas de atuação. 
A inclusão digital e a aplicação de IA na educação não são apenas uma questão de acesso, 
mas também de equidade. Garantir que todos os estudantes, independentemente de sua origem ou 
condição socioeconômica, possam usufruir desses avanços tecnológicos é um desafio que envolve 
toda a sociedade. As políticas públicas têm um papel fundamental nesse processo, criando 
condições para que a inclusão digital não seja apenas uma realidade para os alunos das grandes 
cidades ou das classes mais favorecidas, mas também para aqueles que vivem em áreas periféricas 
ou em situação de vulnerabilidade, isso implica a criação de programas específicos que atendam às 
necessidades de grupos marginalizados, como estudantes de baixa renda, negros, indígenas e 
pessoas com deficiência. 
Para que a inclusão digital seja realmente transformadora, é necessário superar desafios 
estruturais que dificultam a integração das novas tecnologias na educação, entre esses desafios 
estão a escassez de recursos financeiros, a falta de treinamento adequado para professores e 
alunos, e a resistência de algumas instituições educacionais em adotar novas metodologias de 
ensino. No entanto, à medida que o Brasil avança na implementação de políticas de inclusão 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 7 
 
digital e se aproxima da implementação de uma educação mais tecnológica e personalizada, esses 
obstáculos podem ser superados. 
O sucesso dessa transformação depende de um esforço conjunto entre governo, sociedade 
civil, setor privado e instituições educacionais, que precisam trabalhar de forma coordenada para 
garantir que a inclusão digital e a IA se tornem ferramentas acessíveis a todos. 
A personalização do ensino, proporcionada pela IA, oferece uma experiência de 
aprendizado mais eficaz, permitindo que os alunos avancem no seu próprio ritmo e de acordo com 
suas necessidades. Este contexto é especialmente relevante para alunos com diferentes estilos de 
aprendizagem ou dificuldades acadêmicas, pois a IA pode fornecer suporte individualizado, 
adaptando o conteúdo e os métodos de ensino a cada aluno, a IA pode ajudar os professores a 
identificar rapidamente as dificuldades de aprendizagem dos alunos e oferecer soluções 
específicas para cada caso, com o uso dessas tecnologias, o Brasil tem a oportunidade de 
transformar a educação em um processo mais dinâmico, flexível e centrado no aluno. 
É importante também destacar que a IA pode ajudar a reduzir a evasão escolar no ensino 
superior, tendo em vista que a análise de dados gerados por plataformas de ensino digital pode 
identificar alunos em risco de desistência, permitindo que as instituições intervenham de forma 
proativa, oferecendo suporte adicional. Se um aluno tem baixo desempenho em determinadas 
disciplinas ou apresenta dificuldades de acesso aos conteúdos, a IA pode sugerir materiais de 
apoio ou cursos de reforço, ajudando o aluno a superar suas dificuldades antes que a evasão se 
torne uma opção, esse tipo de intervenção precoce é fundamental para garantir que mais alunos 
concluam seus cursos de graduação e pós-graduação, contribuindo para a diminuição das 
desigualdades educacionais no Brasil. 
A colaboração entre o setor público e privado é essencial para garantir o sucesso da 
inclusão digital e da implementação de IA na educação brasileira, o setor privado tem se mostrado 
um aliado importante nesse processo, oferecendo soluções tecnológicas inovadoras e colaborando 
com o governo e com as instituições educacionais para promover a democratização do acesso às 
novas tecnologias. Parcerias público-privadas têm possibilitado a criação de plataformas de ensino 
digital de alta qualidade, que atendem a uma ampla gama de estudantes em todo o país, essas 
parcerias também têm ajudado a reduzir os custos da educação superior, tornando-a mais acessível 
para alunos de diferentes origens socioeconômicas. 
O futuro da inclusão digital e da IA na educação brasileira oferece grandes perspectivas 
de transformação, com a possibilidade de uma educação mais inclusiva, personalizada e de 
qualidade. Para que esse futuro se concretize, é necessário um esforço conjunto para garantir que 
todos os alunos, independentemente de sua origem ou condição socioeconômica,deve ser acompanhada por políticas de 
incentivo ao uso consciente e crítico das tecnologias, prevenindo o surgimento de novas formas de 
exclusão. Como destaca Metz (2022), a formação de indivíduos com pensamento crítico é 
fundamental para que a tecnologia seja utilizada como ferramenta de emancipação e não de 
domínio. 
A educação digital, aliada às práticas sustentáveis, oferece uma oportunidade única de 
promover o desenvolvimento humano integral. Neves (2020) ressalta que o uso das TICs no 
ensino amplia as capacidades criativas e analíticas dos estudantes, preparando-os para atuar em 
um mundo cada vez mais complexo e interconectado. Dessa forma, a inclusão digital não apenas 
transforma indivíduos, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais justa e 
equilibrada. 
O Ministério da Educação (MEC) tem implementado diversas iniciativas para promover a 
inclusão digital e aprimorar a qualidade da educação mediada por tecnologias, reconhecendo sua 
importância para o desenvolvimento social e econômico sustentável. 
Uma das ações em destaque é o programa Conecta Rede, que já recebeu um investimento 
de R$ 55 milhões. O objetivo é modernizar a capacidade tecnológica e impulsionar a 
transformação digital nas instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e 
Tecnológica, beneficiando aproximadamente 1,6 milhão de estudantes. 
O MEC está elaborando o Plano de Transformação Digital, alinhado à Estratégia 
Nacional de Governo Digital. Entre as metas, destacam-se a disponibilização de informações 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 78 
 
relacionadas à vida escolar e acadêmica dos estudantes, desde a educação básica até a pós-
graduação, e a implementação de uma política de governança de dados para a educação, ambas 
previstas para serem concluídas até 2026. 
Outra iniciativa relevante é o programa Escolas Conectadas, instituído pelo Decreto nº 
11.713/2023, que visa universalizar o acesso à internet de alta velocidade nas escolas, em 
colaboração com os sistemas de ensino. Essa conectividade é fundamental para integrar recursos 
tecnológicos ao processo educacional, ampliando as oportunidades de aprendizagem. 
Em parceria com empresas do setor tecnológico, o MEC também tem promovido 
programas de inclusão digital voltados para grupos específicos. Por exemplo, em colaboração com 
a Huawei, foi lançado um programa para beneficiar 5 mil mulheres no Nordeste, seguindo o 
modelo de bolsa-formação, que garante a permanência das estudantes nos cursos oferecidos. 
O acesso à educação de qualidade mediado por tecnologias contribui significativamente 
para o desenvolvimento sustentável ao: 
Reduzir desigualdades: Proporciona oportunidades educacionais equitativas, 
independentemente da localização geográfica ou condição socioeconômica. 
Promover a inclusão social: Facilita a inserção de indivíduos no mercado de trabalho, 
especialmente em áreas que demandam habilidades digitais. 
Estimular a inovação: Incentiva o desenvolvimento de soluções criativas para desafios 
sociais e ambientais, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 
Fortalecer a economia: Forma profissionais capacitados para atuar em setores 
estratégicos, impulsionando o crescimento econômico sustentável. 
A UNESCO destaca que a educação para o desenvolvimento sustentável implica incluir 
as principais questões de sustentabilidade no ensino e na aprendizagem, promovendo mudanças de 
comportamento que criem um futuro mais sustentável em termos de integridade ambiental, 
viabilidade econômica e justiça social. 
As ações do MEC, ao integrar tecnologias digitais na educação, desempenham um papel 
crucial na promoção do desenvolvimento sustentável, preparando cidadãos para enfrentar os 
desafios globais contemporâneos. 
2.15 REFLEXÃO SOBRE AS TENDÊNCIAS FUTURAS E O IMPACTO DE 
NOVAS TECNOLOGIAS EMERGENTES NA EDUCAÇÃO SUPERIOR, COM FOCO 
NAS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS, E AS IMPLICAÇÕES PARA A SOCIEDADE 
BRASILEIRA. 
O futuro da inclusão digital e o avanço da inteligência artificial (IA) na educação superior 
no Brasil estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento de políticas públicas que busquem 
reduzir desigualdades estruturais. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 79 
 
A ampliação do acesso às tecnologias emergentes permite que comunidades vulneráveis 
tenham melhores oportunidades educacionais, impactando diretamente sua inserção no mercado 
de trabalho e contribuindo para o crescimento socioeconômico. Conforme Neves (2020), a 
inclusão digital não se limita ao fornecimento de equipamentos, mas envolve também capacitação 
e o desenvolvimento de uma cultura digital capaz de transformar realidades locais. 
 
A utilização de IA nas universidades brasileiras tem potencial para revolucionar a forma 
como o conhecimento é transmitido e assimilado, permitindo a personalização do ensino de 
acordo com as necessidades individuais dos estudantes. 
Eliana Drumond de Carvalho Silva, 2025. 
 
Metz (2022) destaca que a IA está moldando ambientes educacionais inovadores, onde 
algoritmos são capazes de identificar lacunas no aprendizado e oferecer conteúdo adaptado a cada 
aluno. Essa transformação, no entanto, exige investimentos em infraestrutura e formação de 
docentes para lidar com novas ferramentas tecnológicas. 
Para que a inclusão digital ocorra de forma equitativa, é essencial que o governo e o setor 
privado estabeleçam parcerias estratégicas, garantindo que regiões periféricas também sejam 
contempladas. Segundo Neves (2020), a desigualdade no acesso às tecnologias cria um abismo 
educacional que se reflete em todas as esferas sociais, limitando o potencial de desenvolvimento 
dessas populações. Projetos de capacitação digital e inclusão social são fundamentais para mitigar 
essas diferenças e democratizar o acesso à educação superior. 
A introdução de IA na educação superior também levanta questões éticas relacionadas à 
privacidade dos dados e ao impacto sobre o papel do professor na sala de aula. Metz (2022) 
argumenta que, embora a IA seja uma ferramenta poderosa, o papel do docente permanece central 
no processo educacional, sendo a tecnologia um complemento à prática pedagógica. A reflexão 
crítica sobre esses temas é vital para garantir que a inclusão digital ocorra de maneira consciente e 
humanizada. 
Nas regiões mais carentes, a presença de IA na educação pode reduzir o déficit 
educacional por meio de plataformas que oferecem ensino remoto e materiais interativos. 
Conforme apontado por Neves (2020), a educação mediada por tecnologias permite a ampliação 
do conhecimento além das fronteiras físicas, proporcionando uma educação de qualidade para 
aqueles que anteriormente estavam excluídos do sistema educacional formal. 
De acordo com Metz (2022), a capacitação contínua do corpo docente é essencial para 
acompanhar a evolução das tecnologias e proporcionar aos estudantes uma formação alinhada às 
demandas do mercado global. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 80 
 
A implementação de laboratórios de inovação, equipados com IA, é uma das iniciativas 
que têm sido adotadas por algumas universidades brasileiras para promover a inclusão digital. 
Esses espaços funcionam como ambientes de experimentação, permitindo que estudantes de 
diferentes áreas desenvolvam projetos interdisciplinares. Neves (2020) ressalta que essasiniciativas não apenas facilitam o aprendizado, mas também estimulam o desenvolvimento de 
soluções criativas para problemas reais. 
O investimento em conectividade é outro fator determinante para o sucesso da inclusão 
digital. Regiões com infraestrutura precária sofrem com a falta de acesso à internet, dificultando a 
implantação de tecnologias emergentes na educação. Metz (2022) enfatiza que a expansão da 
infraestrutura digital é uma condição básica para que as iniciativas de inclusão alcancem 
populações marginalizadas. 
A cooperação entre universidades, empresas de tecnologia e organizações não 
governamentais é essencial para o avanço da inclusão digital. Programas de incentivo à pesquisa e 
à inovação têm mostrado resultados positivos na capacitação de profissionais que atuam em áreas 
de alta tecnologia. Conforme Neves (2020), essas parcerias são fundamentais para criar um 
ecossistema digital robusto, promovendo a equidade no acesso ao conhecimento. 
As perspectivas para o futuro da inclusão digital na educação superior são promissoras, 
mas exigem a continuidade de investimentos e políticas públicas. A integração de IA e outras 
tecnologias emergentes deve ser feita de forma planejada, garantindo que o avanço tecnológico 
não agrave as desigualdades existentes. Metz (2022) alerta que a ausência de uma estratégia 
integrada pode resultar na exclusão de uma parcela significativa da população. 
A inclusão digital, impulsionada pela IA, é um dos pilares para a transformação da 
educação superior no Brasil. A colaboração entre os setores público e privado, somada ao 
engajamento das instituições de ensino, é essencial para construir uma sociedade mais justa e 
conectada. Conforme Neves (2020), o futuro da educação está diretamente relacionado à 
capacidade de inovar e integrar tecnologias de forma inclusiva e sustentável. 
 
3. CONCLUSÃO 
A inclusão digital e o uso de inteligência artificial no acesso à graduação e pós-graduação 
representam uma das principais vias para reduzir desigualdades educacionais e promover um 
desenvolvimento mais equitativo no Brasil. 
O avanço das tecnologias educacionais tem possibilitado a criação de plataformas e 
ferramentas que ampliam o alcance do ensino superior, facilitando o ingresso e a permanência de 
estudantes de diferentes contextos sociais e econômicos, em um país com grande diversidade 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 81 
 
regional, essa expansão tecnológica é um fator crucial para integrar populações que historicamente 
enfrentam barreiras ao ensino de qualidade. 
Ao investir em iniciativas que utilizam recursos digitais, o Brasil dá passos significativos 
na promoção de uma educação mais acessível e inclusiva, essas ações não apenas democratizam o 
ensino superior, mas também criam oportunidades concretas de crescimento profissional e social 
para indivíduos em situação de vulnerabilidade. 
O impacto dessas políticas é visível não apenas nos resultados acadêmicos, mas também 
na formação de uma força de trabalho mais preparada para os desafios do mercado global, que 
exige competências digitais e adaptabilidade às novas demandas tecnológicas. 
A implementação de programas que integram tecnologias emergentes nas instituições de 
ensino é essencial para reduzir lacunas educacionais, especialmente em regiões periféricas e 
rurais, ao fortalecer a infraestrutura digital e oferecer capacitação adequada para alunos e 
professores, cria-se um ecossistema de aprendizagem mais dinâmico e alinhado com as exigências 
contemporâneas. A continuidade dessas políticas permite um ciclo virtuoso, onde a inclusão 
digital se reflete em maior inserção social e melhores perspectivas econômicas para as futuras 
gerações. 
A introdução de IA em ambientes educacionais não apenas facilita o aprendizado 
personalizado, mas também contribui para identificar e mitigar dificuldades que poderiam levar à 
evasão escolar. 
As tecnologias adaptativas possibilitam trajetórias educacionais mais flexíveis, atendendo 
às necessidades individuais dos estudantes e ampliando as chances de sucesso acadêmico, essa 
abordagem inovadora é fundamental para atender à diversidade de perfis presentes no sistema 
educacional brasileiro. 
O engajamento de instituições públicas e privadas no desenvolvimento de soluções 
tecnológicas voltadas para a educação é um elemento-chave na ampliação do acesso ao ensino 
superior. Parcerias entre o governo, empresas de tecnologia e organizações sociais têm 
desempenhado um papel importante na criação de programas que levam conectividade e recursos 
digitais a comunidades carentes. A sinergia entre esses setores impulsiona o alcance das políticas 
públicas e garante uma maior sustentabilidade dos projetos de inclusão digital. 
A capacitação contínua de docentes é um aspecto indispensável para que as tecnologias 
sejam plenamente aproveitadas. A formação de professores na utilização de ferramentas digitais 
potencializa o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais interativo e eficiente. Com isso, 
os educadores passam a desempenhar um papel central na mediação do conhecimento, utilizando 
as inovações tecnológicas como aliadas na promoção de uma educação transformadora. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 82 
 
É relevante evidenciar a necessidade de desenvolver currículos que reflitam a nova 
realidade digital, integrando disciplinas que capacitem os estudantes a lidar com inteligência 
artificial, análise de dados e outras competências do século XXI. A educação superior, alinhada às 
transformações tecnológicas, não apenas amplia horizontes profissionais, mas também estimula a 
criação de soluções locais para problemas sociais, contribuindo para o desenvolvimento 
sustentável das comunidades. 
A longo prazo, a ampliação do acesso digital ao ensino superior fomenta a construção de 
uma sociedade mais equitativa, onde o conhecimento se torna uma ferramenta poderosa de 
mobilidade social. Esse processo reforça a importância de políticas públicas que garantam 
investimentos contínuos em infraestrutura tecnológica, assegurando que nenhuma população seja 
deixada para trás na era digital. 
A redução das desigualdades no ensino superior por meio da inclusão digital e da IA 
representa uma oportunidade única para o Brasil fortalecer suas bases educacionais e econômicas. 
A digitalização do ensino não apenas rompe barreiras físicas, mas também amplia o potencial de 
inovação e crescimento em diversas áreas do conhecimento, posicionando o país de forma 
competitiva no cenário global. 
A democratização do acesso à graduação e à pós-graduação, impulsionada pelas 
tecnologias digitais, é um caminho promissor para a construção de um futuro mais justo, inclusivo 
e sustentável. A educação, mediada por ferramentas tecnológicas, se apresenta como um 
instrumento essencial para a transformação social, consolidando-se como uma força motriz para o 
desenvolvimento integral da sociedade brasileira. 
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INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 84 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL: A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE POR 
MEIO DE TECNOLOGIAS COM FOCO NAS POPULAÇÕES EM SITUAÇÃO DE 
VULNERABILIDADE. 
 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Celine Maria de Souza Azevedo 
Francisca Araújo da Silva 
Natali Maria Serafim 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Sygride Nascimento de Carvalho 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
Silvia Drumond de Carvalho 
 
Unidade de Ensino: __________________________________________ 
Acadêmico (a): _____________________________________________ 
Curso: ____________________________________________________ 
Período: ___________________________________________________ 
Anotações: _________________________________________________ 
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________ 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 85 
 
 
DESAFIOS PARA A VALORIZAÇÃO DA HERANÇA AFRICANA NO BRASIL 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Celine Maria de Souza Azevedo 
Francisca Araújo da Silva 
Natali Maria Serafim 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Sygride Nascimento de Carvalho 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
Silvia Drumond de Carvalho 
 
A herança africana no Brasil é muito importante para a nossa cultura. A influência 
africana está presente na música, na comida, nas religiões e nas artes. Mas, durante muito tempo, o 
valor dessa contribuição foi esquecido ou ignorado. Reconhecer e valorizar essa herança é 
essencial para termos uma sociedade mais justa e igual. 
Infelizmente, os povos africanos nem sempre tiveram seu papel reconhecido na história 
do Brasil. Muitas vezes, aprendemos apenas sobre a Europa e esquecemos das contribuições 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 86 
 
africanas. Por isso, é importante que as escolas ensinem sobre a cultura afro-brasileira e a história 
da África. Isso ajuda a combater preconceitos e mostra como a diversidade é importante. 
A educação tem um papel muito importante nesse processo. Existe uma lei que obriga o 
ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas, mas ainda há dificuldades para aplicar isso. 
Muitos professores precisam de mais formação e materiais para ensinar esse tema. Investir na 
educação é um caminho para valorizar a herança africana. 
O preconceito ainda é um grande desafio. Pessoas negras muitas vezes enfrentam 
discriminação no trabalho, na escola e em outros espaços. Para mudar isso, é necessário criar 
políticas que promovam a igualdade e combatam o racismo. Também é importante dar espaço para 
as vozes negras, destacando líderes e artistas afro-brasileiros. 
As manifestações culturais de origem africana, como o samba, o maracatu, o candomblé e 
a capoeira, são muito ricas, mas ainda sofrem preconceito. Promover e valorizar essas práticas é 
uma forma de reconhecer a herança africana. 
A desigualdade econômica também é um obstáculo. Muitas pessoas negras enfrentam 
dificuldades para conseguir bons empregos e estudar. Políticas que ajudem a reduzir essas 
desigualdades são fundamentais. 
A mídia também tem um papel importante. Mostrar pessoas negras em espaços de 
destaque e contar suas histórias ajuda a mudar a forma como a sociedade enxerga a cultura 
africana. 
A comida brasileira também tem influência africana. Pratos como a feijoada, o acarajé e a 
moqueca são exemplos disso. Valorizar essa culinária é uma forma de reconhecer a contribuição 
africana. 
Religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, são frequentemente alvo 
de preconceito. Promover o respeito às religiões é essencial para valorizar essa parte da cultura 
afro-brasileira. 
A arte e a literatura também ajudam a valorizar essa herança. Incentivar artistas e 
escritores negros é uma maneira de enriquecer a cultura do país. 
Valorizar a herança africana é um compromisso de todos. Com o apoio de governos, escolas, 
empresas e a sociedade, podemos construir um Brasil mais justo, respeitando a diversidade que faz 
parte da nossa história. 
 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 87 
 
DESAFIOS PARA A VALORIZACÃO DA HERANÇA AFRICANA NO BRASIL 
E A INCLUSÃO DIGITAL E IA NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-
GRADUAÇÃO: A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À EDUCAÇÃO DE 
QUALIDADE POR MEIO DE TECNOLOGIAS COM FOCO NAS 
POPULAÇÕES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE. 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Celine Maria de Souza Azevedo 
Francisca Araújo da Silva 
Natali Maria Serafim 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de CarvalhoSygride Nascimento de Carvalho 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
Silvia Drumond de Carvalho 
 
A valorização da herança africana no Brasil representa um elemento essencial para a 
construção de uma identidade nacional plural e justa. A contribuição africana é manifesta em 
diversas áreas, como a música, a culinária, as manifestações religiosas e as expressões artísticas. 
No entanto, esse legado enfrenta resistências históricas e sociais que dificultam seu 
reconhecimento e plena incorporação na cultura oficial do país. 
A invisibilidade do papel dos povos africanos na história brasileira é uma questão crítica. 
Durante séculos, as narrativas eurocéntricas dominaram os conteúdos educacionais e culturais, 
relegando a herança africana a um plano secundário. Esse apagamento contribuiu para a 
perpetuação de estereótipos e discriminação. 
 
A educação emerge como um dos principais caminhos para reverter esse cenário. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 88 
 
A Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas 
escolas, é um marco importante. No entanto, sua implementação ainda enfrenta desafios 
significativos, como a falta de formação adequada para professores e a escassez de materiais 
didáticos representativos. 
Ao mesmo tempo, a inclusão digital e o uso de Inteligência Artificial (IA) na educação 
superior têm o potencial de democratizar o acesso à graduação e pós-graduação, especialmente 
para populações em situação de vulnerabilidade. A desigualdade de acesso à educação de 
qualidade é um reflexo das disparidades socioeconômicas e raciais presentes no Brasil. 
Tecnologias emergentes podem atuar como ferramentas de inclusão, facilitando a formação e 
capacitação de estudantes que tradicionalmente encontram barreiras no ambiente acadêmico. 
A expansão de plataformas de ensino online, a utilização de algoritmos de recomendação 
personalizados e a criação de programas de tutoria automatizados podem contribuir 
significativamente para reduzir as lacunas educacionais. Ademais, programas de alfabetização 
digital voltados às comunidades negras e periféricas são fundamentais para garantir que essas 
populações possam usufruir plenamente dos benefícios que a IA oferece. 
Para que essas iniciativas sejam eficazes, é necessário o engajamento conjunto de 
governos, instituições de ensino e empresas de tecnologia. Investimentos em infraestrutura digital, 
capacitação de professores e criação de conteúdo educativo diversificado são passos essenciais 
para promover a inclusão e valorização da cultura afro-brasileira. 
O fortalecimento da identidade afro-brasileira e a ampliação do acesso à educação 
superior, impulsionados por tecnologias digitais e IA, representam não apenas um caminho para a 
igualdade racial, mas também um fator determinante para o desenvolvimento social e econômico 
do país. 
A construção de um Brasil mais justo e inclusivo passa necessariamente pelo 
reconhecimento e celebração da rica herança africana em todas as esferas da sociedade. 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA: 
O Brasil possui uma rica herança cultural africana, mas a valorização dessa herança 
enfrenta diversos desafios, especialmente em contextos de educação. Ao mesmo tempo, a inclusão 
digital e o uso de Inteligência Artificial (IA) têm se mostrado ferramentas poderosas na 
democratização do acesso à educação superior e pós-graduação. Considerando as populações em 
situação de vulnerabilidade, como a população negra e outras minorias, analise os seguintes 
pontos: 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 89 
 
1. Quais são os principais desafios para a valorização da herança africana no Brasil 
no contexto educacional? 
2. De que maneira a inclusão digital e a utilização de tecnologias emergentes, como a 
IA, podem contribuir para a ampliação do acesso à graduação e pós-graduação para 
populações vulneráveis? 
3. Proponha soluções que possam ser implementadas no sistema educacional 
brasileiro para garantir que as tecnologias educacionais beneficiem as populações em situação 
de vulnerabilidade e promovam uma educação de qualidade inclusiva. 
 
INSTRUÇÕES: Sua resposta deve apresentar uma análise crítica sobre os desafios, as 
possibilidades e as estratégias para promover a inclusão educacional, a valorização cultural e o uso 
de tecnologias para promover uma educação superior mais acessível e igualitária. 
 
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INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 90 
 
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INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 91 
 
Como a inclusão digital pode contribuir para a democratização do acesso à educação 
superior no Brasil? 
 
 
De que maneira as desigualdades socioeconômicas impactam o acesso à graduação e pós-
graduação no país? 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 92 
 
Quais são as principais barreiras que estudantes de populações vulneráveis enfrentam para 
ingressar no ensino superior? 
 
 
Como as tecnologias educacionais, como plataformas digitais, podem melhorar a qualidade 
da educação superior no Brasil? 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 93 
 
De que forma a inteligência artificial (IA) pode ser aplicada no ensino superior para criar 
experiências de aprendizado mais personalizadas? 
 
 
 
Como sistemas de aprendizado online podem ajudar a superar as limitações de 
infraestrutura em áreas periféricas e rurais? 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 94 
 
Qual é a importância da alfabetização digital nas escolas para a preparação dos alunos para 
o ensino superior e o mercado de trabalho? 
 
 
Como a implementação de competências digitais nas escolas pode ajudar a melhorar o 
acesso e a retenção na educação superior? 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 95 
 
Quais são as vantagens do uso de assistentes virtuais e chatbots no apoio ao aprendizado de 
estudantes de populações vulneráveis? 
 
 
Que políticas públicas são necessárias para promover a inclusão digital e a utilização de IA 
no ensino superior no Brasil? 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 96 
 
Como o setor privado pode colaborar com o governo para promover a inclusão digital e 
melhorar o acesso ao ensino superior? 
 
 
 
Quais são os desafios enfrentados por alunos de áreas periféricas, como zonas rurais e 
favelas, no acesso à educação superior? 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 97 
 
De que forma as tecnologias emergentes podem ser incorporadas de maneira eficaz nas 
escolas públicas para preparar os alunos para o futuro acadêmico? 
 
 
Quais iniciativas têm sido implementadas para garantir que estudantes de baixa renda 
tenham acesso a tecnologias educacionais de qualidade? 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 98 
 
Como as plataformas de ensino online podem facilitar a adaptação do conteúdo educacional 
às necessidades individuais dos alunos? 
 
 
 
De que maneira a inclusão digital pode contribuir para o desenvolvimento sustentável da 
educação superior no Brasil? 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 99 
 
Como a Inteligência Artificial pode ser utilizada para monitorar e melhorar o desempenho 
de alunos em programas de graduação e pós-graduação? 
 
 
 
Quais são as implicações sociais e econômicas de uma maior inclusão digital no contexto 
educacional brasileiro? 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 100 
 
De que maneira a inclusão digital e a IA podem ser instrumentos de equidade educacional 
para populações vulneráveis no Brasil? 
 
 
 
Como o uso de tecnologias emergentes pode impactar o mercado de trabalho e as 
oportunidades de emprego para alunos de populações em situação de vulnerabilidade?tenham acesso às 
ferramentas necessárias para participar plenamente no ambiente acadêmico e profissional. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 8 
 
2.1 DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DIGITAL E DO USO DE 
(IA) NO CONTEXTO EDUCACIONAL BRASILEIRO. 
A inclusão digital é um conceito fundamental no contexto educacional contemporâneo, 
especialmente no Brasil, onde as disparidades socioeconômicas têm influenciado profundamente o 
acesso à educação de qualidade. 
A digitalização da educação, que envolve a adoção de tecnologias como computadores, 
internet e dispositivos móveis, têm sido vista como uma das soluções para enfrentar essas 
desigualdades. 
A Inteligência Artificial (IA), por sua vez, representa uma inovação crucial nesse cenário, 
permitindo a personalização do ensino e a criação de experiências de aprendizagem mais 
adaptativas e eficazes. Como destacam André, Barroso de Azevedo e Andrade (2024), a inclusão 
digital e a IA são peças-chave na construção de uma educação mais inclusiva e acessível, 
oferecendo novas oportunidades para alunos e professores em todos os níveis educacionais, da 
educação básica ao ensino superior. 
No Brasil, a inclusão digital está diretamente associada à superação de barreiras sociais e 
educacionais, especialmente para populações vulneráveis, as dificuldades de acesso a dispositivos 
tecnológicos e à internet em áreas periféricas ou rurais impedem muitas pessoas de se 
beneficiarem plenamente das ferramentas educacionais digitais. 
Segundo o Banco Mundial (2020), a inclusão digital não é apenas uma questão de acesso 
a tecnologias, mas também envolve a capacitação dos alunos e professores para utilizá-las de 
maneira eficiente, a IA, nesse sentido, pode atuar como um facilitador, criando plataformas de 
ensino personalizadas que atendem às necessidades específicas de cada estudante, o que é 
particularmente importante em um país de dimensões continentais e com alta diversidade regional 
como o Brasil. 
A inteligência artificial no contexto educacional oferece uma gama de possibilidades, 
desde sistemas de recomendação que sugerem materiais de estudo de acordo com o desempenho 
do aluno, até assistentes virtuais que interagem diretamente com os estudantes, esclarecendo 
dúvidas em tempo real. Como mencionam André, Barroso de Azevedo e Andrade (2024), a IA 
tem a capacidade de transformar a maneira como o ensino é ministrado e recebido, tornando-o 
mais eficiente, acessível e personalizado. 
No Brasil, essas tecnologias têm o potencial de mitigar algumas das disparidades 
educacionais mais profundas, oferecendo um ensino que pode ser adaptado às dificuldades e aos 
avanços individuais de cada aluno. A (IA) permite que professores tenham mais tempo para focar 
em aspectos qualitativos do ensino, ao automatizar tarefas repetitivas, como a correção de provas e 
o monitoramento de desempenho. Isso, por sua vez, permite que os educadores possam dedicar 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 9 
 
mais atenção a interações mais significativas com os alunos, aprimorando a qualidade do ensino. 
No entanto, como ressaltam André, Barroso de Azevedo e Andrade (2024), a implementação 
eficaz dessas tecnologias exige uma mudança substancial na formação dos professores, que 
precisam estar capacitados para lidar com essas novas ferramentas digitais de forma crítica e 
construtiva. 
A implementação da IA no ensino superior brasileiro, especialmente nas universidades 
públicas, pode representar um avanço significativo na inclusão de estudantes de diversas origens. 
Ao criar plataformas de ensino digital acessíveis, os alunos que antes não tinham acesso a cursos 
de alta qualidade agora podem participar de cursos online gratuitos ou de baixo custo, 
independentemente de sua localização geográfica. Isso é particularmente relevante para estudantes 
que vivem em áreas periféricas, como as favelas e zonas rurais, onde as opções educacionais de 
qualidade são limitadas. O Banco Mundial (2020) enfatiza que, ao integrar a IA no ensino 
superior, o Brasil pode alcançar um nível mais alto de equidade educacional, proporcionando 
oportunidades de aprendizagem para todos, independentemente de sua condição social ou 
localização. 
Apesar do enorme potencial que a inclusão digital e a IA oferecem, existem desafios 
significativos a serem enfrentados. A falta de infraestrutura, como a conectividade de internet em 
áreas mais remotas, ainda é um obstáculo considerável para muitas populações, a desigualdade no 
acesso a dispositivos tecnológicos adequados, como computadores ou smartphones, continua a ser 
um fator limitante. Conforme destacado por André, Barroso de Azevedo e Andrade (2024), a 
inclusão digital vai além de simplesmente fornecer acesso à tecnologia; é fundamental também 
garantir que as ferramentas tecnológicas sejam adequadas às necessidades educacionais dos alunos 
e que estes recebam formação adequada para utilizá-las efetivamente. 
No Brasil, muitos educadores ainda não estão suficientemente preparados para utilizar a 
IA em suas práticas pedagógicas de forma crítica e criativa, a formação continuada é essencial 
para garantir que os docentes possam tirar proveito das oportunidades que a IA oferece. Como 
enfatizado pelo Banco Mundial (2020), a capacitação dos professores é uma das chaves para 
garantir que a transformação digital na educação seja bem-sucedida e benéfica para todos os 
alunos. 
A alfabetização digital também é um componente essencial nesse processo, para que os 
alunos possam tirar pleno proveito das ferramentas digitais e da IA, é necessário que sejam 
ensinados a usar essas tecnologias de forma crítica e eficaz desde a educação básica. 
A implementação de programas de alfabetização digital nas escolas é fundamental para 
garantir que todos os estudantes, especialmente os de populações vulneráveis, possam participar 
plenamente do mundo digital e acadêmico. André, Barroso de Azevedo e Andrade (2024) 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 10 
 
observam que, sem uma base sólida em habilidades digitais, os alunos não conseguirão 
acompanhar as demandas de um ensino superior cada vez mais digitalizado e conectado. 
As plataformas digitais educacionais oferecem uma oportunidade única de expandir o 
acesso ao ensino superior no Brasil. Ferramentas como o Moodle, Coursera e Khan Academy têm 
sido usadas para criar cursos acessíveis a um público mais amplo, permitindo que alunos de 
diferentes origens possam aprender sem sair de casa, essas plataformas têm a capacidade de 
quebrar as barreiras físicas e financeiras que limitam o acesso a cursos presenciais, oferecendo 
educação de qualidade a uma fração do custo tradicional. 
A IA também pode ser aplicado de maneiras inovadoras para reduzir a evasão escolar no 
ensino superior, ao analisar os dados de desempenho dos alunos, os sistemas baseados em IA 
podem identificar aqueles em risco de desistência e oferecer suporte adicional antes que o 
problema se agrave. Particularmente importante para populações em situação de vulnerabilidade, 
que podem ter menos apoio externo e enfrentar maiores desafios para persistir nos estudos, o uso 
da IA para monitorar o progresso dos alunos e intervir de maneira proativa pode ser uma maneira 
eficaz de combater a evasão escolar e garantir que mais alunos concluem seus cursos de graduação 
e pós-graduação. 
É importante destacar,também, que as políticas públicas brasileiras têm se esforçado para 
apoiar a inclusão digital nas escolas e universidades, o governo tem implementado iniciativas 
como a distribuição de computadores e o aumento da conectividade de internet nas escolas 
públicas, especialmente em áreas rurais e periféricas. Essas políticas precisam ser expandidas e 
melhoradas para alcançar a totalidade da população estudantil, especialmente em regiões mais 
remotas. Como o Banco Mundial (2020) observa, uma abordagem coordenada entre os setores 
públicos e privados, é essencial para garantir que a inclusão digital se torne uma realidade para 
todos. 
O setor privado também tem desempenhado um papel crucial na promoção da inclusão 
digital, com iniciativas que visam expandir o acesso a tecnologias educacionais. Empresas de 
tecnologia têm investido em parcerias com universidades e escolas para fornecer plataformas 
educacionais, cursos online e dispositivos tecnológicos a preços acessíveis. Essas parcerias 
público-privadas têm contribuído para a democratização do acesso à educação de qualidade no 
Brasil, tornando possível que alunos de diferentes origens sociais tenham acesso às mesmas 
oportunidades de aprendizado. 
A inclusão digital e a IA não apenas melhoram o acesso à educação, mas também 
contribuem para a formação de um capital humano mais qualificado para o mercado de trabalho 
globalizado. Como o Banco Mundial (2020) aponta, a educação mediada por IA prepara os alunos 
para as exigências da economia digital, fornecendo-lhes as habilidades necessárias para prosperar 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 11 
 
em um mundo cada vez mais automatizado e tecnologicamente avançado. Isso é particularmente 
importante no contexto brasileiro, onde a formação de uma força de trabalho qualificada é 
essencial para o crescimento econômico e a redução das desigualdades sociais. 
A inclusão digital e o uso da IA têm o potencial de transformar a educação no Brasil, 
especialmente no que se refere ao acesso de populações vulneráveis ao ensino superior, para que 
essa transformação seja efetiva, é essencial superar os desafios estruturais, como a falta de 
infraestrutura e a necessidade de capacitação de professores. É importante garantir que as políticas 
públicas e as iniciativas do setor privado estejam alinhadas para promover a inclusão digital de 
maneira ampla e eficaz. Como enfatizam André, Barroso de Azevedo e Andrade (2024) e o Banco 
Mundial (2020), a adoção de tecnologias digitais e IA na educação não é apenas uma questão de 
acesso, mas também de equidade, qualidade e preparação para o futuro. 
2.2 DESIGUALDADES NO ACESSO À EDUCAÇÃO SUPERIOR: ANÁLISE DAS 
BARREIRAS SOCIOECONÔMICAS QUE DIFICULTAM O ACESSO DE 
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL. 
O acesso à educação superior no Brasil, embora tenha avançado nas últimas décadas, 
ainda enfrenta grandes desafios relacionados às desigualdades socioeconômicas, o que torna o 
ingresso e a permanência de populações vulneráveis no ensino superior uma tarefa complexa. 
A distribuição desigual de recursos e oportunidades de acesso à educação de qualidade 
limita as possibilidades de muitos indivíduos, especialmente os oriundos de classes sociais mais 
baixas, das periferias e das zonas rurais, em ingressar em cursos de graduação e pós-graduação, 
essas desigualdades se manifestam de diversas formas, como a falta de infraestrutura, o custo do 
ensino superior e a dificuldade de adaptação a um ambiente acadêmico exigente. 
Uma das principais barreiras para o acesso à educação superior no Brasil é a desigualdade 
econômica, a renda familiar é um fator decisivo na possibilidade de um estudante pagar pela 
educação superior, especialmente quando se trata de cursos privados ou mesmo de universidades 
públicas, cujas taxas e custos indiretos, como transporte e alimentação, podem ser um impeditivo. 
De acordo com a análise de Bauer e Gaskell (2015), essa barreira é ainda mais acentuada quando 
se considera a falta de acesso a recursos tecnológicos e à internet em algumas regiões do país, 
dificultando o acompanhamento de cursos e de atividades acadêmicas que demandam conexão 
constante e ferramentas digitais. 
Estudantes de áreas rurais ou periféricas enfrentam dificuldades significativas para 
ingressar em universidades localizadas em grandes centros urbanos, onde estão concentradas as 
melhores opções de cursos. 
O deslocamento diário para essas universidades pode ser uma barreira para muitos 
estudantes, que não têm condições de arcar com os custos de transporte e estadia, como observam 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 12 
 
Bogdan e Biklen (2008), o número de vagas nas universidades públicas é insuficiente para atender 
à demanda, e as vagas disponíveis em cursos de qualidade nas universidades privadas são, muitas 
vezes, inacessíveis devido aos altos custos de matrícula e mensalidades. 
A desigualdade educacional desde as etapas iniciais do ensino também contribui para a 
dificuldade de acesso à educação superior, alunos de escolas públicas muitas vezes enfrentam um 
currículo deficitário e têm acesso limitado a recursos pedagógicos de qualidade, o que 
compromete o seu desempenho nas provas de ingresso para universidades. Isso cria um ciclo 
vicioso onde os estudantes de classes sociais mais baixas, que frequentam escolas públicas de 
menor qualidade, têm menos oportunidades de acesso ao ensino superior e, consequentemente, aos 
benefícios que ele pode proporcionar. 
A valorização financeira dos professores do ensino médio é um fator essencial para 
garantir a qualidade do ensino no Brasil, em um cenário de desigualdade educacional, onde as 
taxas de aprovação em vestibulares e exames como o ENEM refletem a disparidade entre alunos 
de escolas públicas e particulares, é imprescindível que os profissionais da educação sejam 
adequadamente remunerados. Professores bem pagos são mais propensos a manter um 
compromisso com a excelência profissional, o que, por sua vez, impacta diretamente na formação 
dos estudantes, quando um docente tem um salário justo e condições dignas de trabalho, ele pode 
se dedicar mais à sua prática pedagógica e ao desenvolvimento de suas habilidades. 
No entanto, a realidade dos professores do ensino público no Brasil é muito diferente, a 
grande maioria dos docentes enfrentam salários baixos, condições de trabalho precárias e um 
grande desgaste físico e emocional, a consequência disso é uma saúde fragilizada, com aumento 
de doenças psicossomáticas, problemas de saúde mental e físico. 
A insatisfação com as condições de trabalho muitas vezes resulta em desmotivação, o que 
impacta diretamente na qualidade do ensino, ao contrário do que muitos pensam, a falta de 
valorização financeira não se refere apenas a uma questão material, mas à dignidade do 
profissional, que precisa de condições mínimas para exercer seu trabalho com qualidade e 
empenho. 
A valorização do professor no Brasil não é apenas uma questão de interesse da classe 
docente, mas sim de interesse público, profissionais bem remunerados são mais motivados, mais 
engajados e, consequentemente, mais eficazes na transmissão do conhecimento. 
O governo precisa reconhecer que, para que a educação pública seja de qualidade, é 
necessário garantir um salário digno aos professores, que reflita a importância do papel que 
desempenham na sociedade, afinal, sem uma educação de qualidade, não há como esperar que o 
Brasil supere as dificuldades econômicas e sociais que enfrenta. 
INCLUSÃO DIGITALE (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 13 
 
A desvalorização dos professores no Brasil também gera um ciclo vicioso que perpetua a 
desigualdade educacional, alunos de escolas públicas, que enfrentam dificuldades tanto financeiras 
quanto educacionais, não têm acesso a professores motivados e bem remunerados, o que reflete 
diretamente no seu desempenho nos exames de vestibular e no ENEM. Como resultado, as 
maiorias dos alunos que conseguem ingressar nas universidades mais concorridas provêm das 
escolas particulares, onde os professores são melhor remunerados e, portanto, mais qualificados 
para oferecer um ensino de excelência. 
Em 2024, o número de inscritos no ENEM foi recorde, com mais de 4,32 milhões de 
inscrições, evidenciando o grande interesse dos estudantes em conquistar uma vaga no ensino 
superior, as taxas de aprovação ainda mostram uma realidade alarmante, onde alunos de escolas 
particulares predominam nas universidades mais concorridas, isso demonstra, mais uma vez, a 
desigualdade educacional existente no Brasil, que precisa ser enfrentada com urgência. 
A valorização financeira dos professores é um passo importante para garantir que mais 
alunos da rede pública tenham acesso a um ensino de qualidade, o que pode, no futuro, aumentar 
suas chances de sucesso nos vestibulares e exames nacionais. 
Ao garantir que os professores do ensino médio recebam salários justos e condições 
adequadas de trabalho, o Brasil estará investindo diretamente na formação de uma geração de 
estudantes mais bem preparados para os desafios do mercado de trabalho e do ensino superior, o 
salário do professor não deve ser visto como um custo, mas como um investimento na educação e 
no futuro do país. 
A educação é a base para o desenvolvimento econômico e social, e os professores são os 
pilares desse processo, é importante ressaltar que a valorização financeira não deve ser confundida 
com a ideia de que o professor trabalha apenas por dinheiro. O que se busca é a dignificação da 
profissão, permitindo que os educadores tenham um salário condizente com a sua responsabilidade 
e com o impacto que têm na formação das novas gerações. Quando um professor recebe um 
salário digno, ele pode se concentrar em suas atividades pedagógicas com mais entusiasmo e 
dedicação, sem precisar se preocupar com questões financeiras que afetam diretamente seu bem-
estar e sua qualidade de vida. 
As condições de trabalho dos professores no Brasil são, muitas vezes, precárias, salários 
baixos, falta de apoio pedagógico, turmas superlotadas e infraestrutura inadequada tornam o 
trabalho do educador cada vez mais difícil, este fator impacta não apenas na qualidade do ensino, 
mas também na saúde dos professores, que muitas vezes enfrentam problemas como estresse, 
ansiedade, depressão e outros problemas relacionados ao desgaste físico e emocional. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 14 
 
Uma melhor valorização financeira contribuiria para diminuir esses problemas, 
permitindo que os professores pudessem dedicar mais tempo e energia ao processo de ensino e ao 
desenvolvimento de seus alunos. 
É fundamental compreender que a valorização financeira não é a única forma de 
reconhecimento que os professores merecem, a valorização dos professores deve ser um 
esforço conjunto da sociedade, incluindo o governo, as instituições educacionais e a própria 
comunidade escolar. Gabriel Nascimento de Carvalho, 2025. 
 
Somente assim será possível criar um sistema educacional de qualidade que atenda às 
necessidades de todos os alunos, independentemente de sua origem socioeconômica. 
O governo deve, portanto, investir em políticas públicas que garantam uma remuneração 
justa para os professores e melhorem suas condições de trabalho, o aumento do orçamento da 
educação, o pagamento de salários dignos e a melhoria da infraestrutura das escolas são passos 
fundamentais para que a educação pública brasileira possa competir em igualdade de condições 
com as instituições privadas. 
 
A sociedade como um todo precisa entender que a qualidade da educação não depende apenas 
dos alunos, mas também dos professores, e que os profissionais da educação merecem 
reconhecimento e respeito. Silvana Nascimento de Carvalho, 2025. 
 
As disparidades entre escolas públicas e privadas em termos de recursos e infraestrutura 
são uma das principais causas da desigualdade educacional no Brasil, em um país com um sistema 
educacional tão desigual, a valorização financeira dos professores é uma medida que pode, de fato, 
promover a equidade, ao remunerar os professores de forma justa, o governo estará não apenas 
valorizando o seu trabalho, mas também promovendo uma educação pública de qualidade, que 
pode reduzir as desigualdades educacionais e ajudar a transformar a sociedade brasileira. 
O Brasil precisa de uma revolução educacional, e isso começa com a valorização de seus 
professores, somente por meio de uma educação de qualidade, oferecida por profissionais bem 
pagados e bem preparados, é possível garantir que o país supere as barreiras socioeconômicas e 
crie uma sociedade mais justa e igualitária. 
 
Ao investir nos professores, o Brasil estará investindo no futuro de seus estudantes e, 
consequentemente, no futuro do país, afinal a valorização financeira dos educadores é um 
passo fundamental para a construção de um sistema educacional de excelência e para o 
desenvolvimento sustentável da nação. Gladys Cabral, 2024. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 15 
 
 
Infográfico 1: Confira os números do Enem 2024 no Brasil. 
Fonte: Ministério da Educação e Inep. 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 16 
 
 
Infográfico 2: Veja o número total de inscritos e de concluintes da rede pública inscritos 
no Enem em cada UF 
Fonte: Ministério da Educação e Inep. 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 17 
 
Não podemos negar que os infográficos 1 e 2, destacam os avanços do ENEM 2024, 
como: Aumento no número de inscrições, Maior participação de estudantes da rede pública, 
Diminuição da abstenção, Aplicação em 1.753 municípios. 
O tema da redação do Enem 2024 foi "Desafios para a valorização da herança africana no 
Brasil". O tema foi considerado atual e apropriado por professores. 
O Enem é o principal meio de acesso ao ensino superior no Brasil, permitindo a entrada 
em instituições públicas e privadas por meio do Sisu e do Prouni, o exame também é aceito em 
instituições portuguesas 
Populações negras, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência ainda enfrentam 
desafios adicionais para acessar e se manter no ensino superior, devido a estigmas sociais e 
discriminação no ambiente acadêmico. Apesar das políticas afirmativas implementadas em 
diversas instituições de ensino superior, como as cotas raciais e sociais, a inclusão dessas 
populações é um processo gradual e que ainda esbarra em questões culturais e estruturais 
profundamente enraizadas na sociedade brasileira. 
As políticas públicas desempenham um papel crucial na tentativa de reduziras 
desigualdades no acesso à educação superior, mas ainda existem lacunas significativas. Embora 
programas como o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e o Fundo de Financiamento Estudantil 
(FIES) tenham contribuído para aumentar o número de alunos de classes mais baixas nas 
universidades públicas, a falta de recursos financeiros, infraestrutura e apoio acadêmico impede 
que muitos desses estudantes consigam concluir seus cursos com êxito. Essas políticas precisam 
ser ampliadas e ajustadas para garantir não apenas o acesso, mas também a permanência e a 
conclusão da formação superior. 
A pandemia de COVID-19 exacerbou as desigualdades no acesso à educação superior, 
uma vez que muitos estudantes, especialmente aqueles de classes sociais mais baixas, não tinham 
acesso a dispositivos tecnológicos adequados ou à internet necessária para participar das aulas 
remotas. Esse cenário evidenciou a importância da inclusão digital e da oferta de ferramentas 
adequadas para que todos os alunos, independentemente de sua condição social ou geográfica, 
possam participar do processo educacional de forma igualitária. 
As universidades públicas, embora desempenhem um papel importante na 
democratização do acesso à educação superior no Brasil, ainda enfrentam desafios relacionados à 
falta de recursos para infraestrutura e programas de apoio aos estudantes, aumentar a capacidade 
de atendimento das universidades públicas e garantir que todos os alunos tenham acesso a bolsas 
de pesquisa, estágios e outros auxílios financeiros é fundamental para diminuir as desigualdades 
de acesso. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 18 
 
Tabela 1: Possibilidades para superar as desigualdades no acesso à Educação Superior 
ÁREA POSSIBILIDADES PARA SUPERAÇÃO DAS 
DESIGUALDADES 
INFRAESTRUTURA Expansão do acesso à internet de qualidade e oferta de dispositivos 
tecnológicos a estudantes em áreas periféricas e rurais. 
CUSTO DO ENSINO Ampliação de programas de bolsas e financiamento estudantil (como 
FIES e ProUni), além de isenção de taxas de matrícula e mensalidades. 
APOIO ACADÊMICO Criação de programas de tutoria, orientação acadêmica e psicológica 
para apoiar a permanência dos estudantes na universidade. 
DIVERSIDADE 
E 
INCLUSÃO 
Implementação de políticas de cotas raciais e sociais, além de ações 
afirmativas para garantir a inclusão de populações negras, indígenas e 
pessoas com deficiência. 
CAPACITAÇÃO DE 
EDUCADORES 
Formação continuada de professores e tutores para lidar com a 
diversidade e oferecer ensino de qualidade a todos os alunos. 
APOIO À 
ADAPTAÇÃO 
Criação de programas de integração social e acadêmica, com foco em 
estudantes de classes populares e de comunidades marginalizadas. 
QUALIDADE DO 
ENSINO 
Melhorar a infraestrutura das escolas públicas e a qualificação dos 
professores desde a educação básica até o ensino superior. 
DESIGUALDADE 
REGIONAL 
Criação de universidades e cursos em regiões afastadas, para reduzir a 
necessidade de deslocamento e facilitar o acesso ao ensino superior. 
PROGRAMAS 
DE 
ESTÁGIO 
Estímulo à criação de programas de estágio e experiência profissional 
que integrem alunos de populações vulneráveis ao mercado de 
trabalho. 
PARCERIAS 
PÚBLICO-PRIVADAS 
Estabelecimento de parcerias com empresas para a oferta de bolsas de 
estudo, treinamento técnico e estágios para estudantes de classes 
sociais mais baixas. 
Fonte: ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond; CABRAL, Gladys Nogueira; AZEVEDO, Celine 
Maria de Souza; SILVA, Francisca Araújo da; SERAFIM, Natali Maria; ISCHKANIAN, Sandro 
Garabed; CARVALHO, Silvana Nascimento de; CARVALHO, Sygride Nascimento de; 
CARVALHO, Gabriel Nascimento de; CARVALHO, Silvia Drumond de. (2025) 
 
A criação de programas e políticas que atendam às especificidades das populações 
vulneráveis é apenas uma parte da solução, é necessário que a sociedade como um todo se engaje 
na construção de um sistema educacional mais justo e inclusivo. 
 
Superar as desigualdades no acesso à educação superior no Brasil exige uma ação coordenada 
entre o governo, as universidades, a sociedade civil e o setor privado, a criação de políticas 
públicas mais robustas e específicas, a melhoria da infraestrutura e a promoção de uma 
cultura acadêmica inclusiva são passos fundamentais para garantir que todos os estudantes 
tenham as mesmas oportunidades de sucesso no ensino superior. Sandro Ischkanian, 2024. 
 
As escolas, universidades, governos e sociedade civil precisam trabalhar juntos para criar 
oportunidades de acesso e permanência no ensino superior para todos os alunos, 
independentemente de sua classe social, cor ou origem. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 19 
 
É importante também ressaltar a importância da conscientização e sensibilização dentro 
das instituições de ensino superior para garantir que os estudantes de populações vulneráveis 
tenham o suporte emocional e psicológico necessário para enfrentar as dificuldades do ambiente 
acadêmico. Muitas vezes, esses alunos enfrentam desafios adicionais relacionados ao 
pertencimento e à adaptação a um sistema educacional que muitas vezes é visto como excludente e 
elitista. 
A criação de uma cultura acadêmica mais inclusiva, que respeite a diversidade e promova 
a equidade, é essencial para garantir que os alunos vulneráveis não apenas ingressem nas 
universidades, mas também se sintam acolhidos e tenham suas necessidades atendidas durante 
todo o processo educacional. Isso inclui desde a adequação dos conteúdos curriculares até a 
criação de políticas que promovam a saúde mental e o bem-estar dos estudantes. 
2.3 O PAPEL DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: COMO PLATAFORMAS 
DIGITAIS, APLICATIVOS E SISTEMAS DE APRENDIZADO ONLINE TÊM 
FACILITADO O ACESSO À EDUCAÇÃO SUPERIOR, ESPECIALMENTE PARA 
ALUNOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE. 
O papel das tecnologias educacionais no contexto da educação superior é, sem dúvida, 
transformador, as plataformas digitais, aplicativos e sistemas de aprendizado online têm 
revolucionado o modo como o ensino é acessado e absorvido, especialmente por alunos em 
situação de vulnerabilidade social e econômica. A democratização do acesso à educação superior, 
por meio dessas ferramentas, representa um avanço significativo, tornando o aprendizado mais 
flexível, acessível e adaptado às necessidades de diversos perfis de estudantes (EYSENCK & 
EYSENCK, 2023; FAVA, 2018). 
O uso de plataformas digitais tem facilitado o acesso ao conteúdo acadêmico de forma 
que não seria possível com métodos tradicionais de ensino, tais sistemas permitem que os alunos 
acessem materiais de estudo, participem de discussões online, realizem avaliações e até mesmo 
interajam com professores e colegas de classe, tudo sem sair de casa ou de sua localidade. Isso é 
especialmente benéfico para estudantes em regiões periféricas ou rurais, que muitas vezes 
enfrentam barreiras geográficas e financeiras para frequentar instituições de ensino superior 
presenciais. A tecnologia não apenas amplia o acesso, mas também nivela as condições de 
aprendizado entre estudantes de diferentes origens e realidades sociais (EYSENCK & EYSENCK, 
2023). 
A personalização do aprendizado é um dos aspectos mais importantes das tecnologias 
educacionais. Sistemas de aprendizado adaptativo, baseados em inteligência artificial (IA), são 
capazes de identificar as dificuldades dos alunos e fornecer um conteúdo sob medida para suas 
necessidades. Isso significa que um estudante em uma região de baixa renda ou em situação de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NOACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 20 
 
vulnerabilidade social pode ter uma experiência de aprendizado personalizada, com recursos que 
atendem ao seu ritmo e estilo de aprendizagem, algo que seria muito difícil de conseguir em um 
ambiente de ensino tradicional (FAVA, 2018). 
O uso de IA em plataformas de aprendizado online pode, ainda, aumentar a eficácia do 
ensino. Com a ajuda de algoritmos avançados, esses sistemas podem analisar o desempenho dos 
estudantes em tempo real, fornecer feedback imediato e ajustar o conteúdo conforme necessário. 
Isso cria um ciclo de aprendizado contínuo, onde os alunos recebem apoio constante, 
independentemente de estarem em um ambiente acadêmico formal ou não. Essa capacidade de 
adaptação é um grande diferencial para os estudantes de contextos mais desafiadores, permitindo 
que avancem de maneira mais eficiente em seus estudos (EYSENCK & EYSENCK, 2023). 
As plataformas digitais e os aplicativos educacionais oferecem uma maneira de os 
estudantes aprenderem no seu próprio ritmo, o que é crucial para aqueles que podem não ter 
acesso regular a aulas presenciais ou que possuem compromissos de trabalho ou familiares, a 
flexibilidade oferecida por esses recursos garante que qualquer estudante, independentemente da 
sua situação financeira ou pessoal, tenha uma chance justa de avançar nos seus estudos e 
conquistar uma vaga na educação superior (FAVA, 2018). 
Ao permitir o acesso remoto a materiais didáticos e cursos de instituições de ensino de 
renome, as tecnologias educacionais também ajudam a quebrar barreiras de qualidade, no Brasil, 
por exemplo, alunos em regiões afastadas dos grandes centros urbanos podem acessar os mesmos 
conteúdos e ter as mesmas oportunidades de aprendizado que os estudantes de escolas particulares 
ou de grandes universidades. Plataformas como Coursera, edX, Khan Academy e outras oferecem 
uma vasta gama de cursos, frequentemente com a possibilidade de certificados, que são 
reconhecidos no mercado de trabalho e no meio acadêmico (EYSENCK & EYSENCK, 2023). 
A integração de tecnologias educacionais com a educação superior também proporciona 
maior interação entre os alunos. Em plataformas como Moodle e Google Classroom, os estudantes 
podem colaborar em projetos, participar de discussões e tirar dúvidas de forma mais eficiente. 
Essas interações, muitas vezes facilitadas por fóruns, chats ou videoconferências, ajudam a 
construir um senso de comunidade entre os alunos, algo que pode ser desafiador em ambientes de 
aprendizado online. Essa interação também pode ser um fator importante para alunos em situação 
de vulnerabilidade, pois proporciona um apoio social e acadêmico que pode ser determinante para 
o sucesso na graduação e pós-graduação (FAVA, 2018). 
A introdução das tecnologias educacionais também traz desafios, especialmente no que 
diz respeito ao acesso à infraestrutura necessária, muitas escolas e alunos de regiões mais carentes 
ainda enfrentam dificuldades com a falta de internet de qualidade, dispositivos adequados e 
suporte técnico. Para garantir que as tecnologias educacionais realmente cumpram seu papel de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 21 
 
democratizar o acesso à educação, é necessário que o governo e as instituições de ensino superior 
invistam em políticas públicas que promovam a inclusão digital, proporcionando acesso a 
equipamentos e conectividade, além de formar professores para usar essas ferramentas de forma 
eficiente (EYSENCK & EYSENCK, 2023). 
Tabela 2: Possibilidades para superar as desigualdades no acesso à Educação Superior 
através das Tecnologias Educacionais 
DESAFIO SOLUÇÕES PROPOSTAS IMPACTO 
ESPERADO 
DESIGUALDADE NO 
ACESSO À INTERNET 
Expansão da infraestrutura de internet 
em regiões remotas, parcerias com 
empresas de telecomunicações 
Aumento do acesso 
remoto à educação e 
conteúdo acadêmico 
FALTA DE 
DISPOSITIVOS 
ADEQUADOS 
Programas de doação e subsídio para 
dispositivos móveis e computadores 
Inclusão digital de alunos 
em situação de 
vulnerabilidade 
CAPACITAÇÃO DE 
PROFESSORES 
Treinamento contínuo de educadores 
em ferramentas digitais e 
metodologias ativas de ensino 
Melhora na qualidade do 
ensino e adaptação ao 
uso das TICs 
DIFICULDADE DE 
ADAPTAÇÃO AO 
ENSINO ONLINE 
Implementação de cursos 
preparatórios e tutoriais para alunos e 
professores sobre o uso de plataformas 
de ensino 
Redução das barreiras 
para o uso eficiente da 
tecnologia 
BAIXA INTERAÇÃO 
SOCIAL 
Uso de fóruns, videoconferências e 
chats para promover a interação entre 
alunos e professores 
Fortalecimento da 
comunidade acadêmica e 
suporte social 
Fonte: ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond; CABRAL, Gladys Nogueira; AZEVEDO, Celine 
Maria de Souza; SILVA, Francisca Araújo da; SERAFIM, Natali Maria; ISCHKANIAN, Sandro 
Garabed; CARVALHO, Silvana Nascimento de; CARVALHO, Sygride Nascimento de; 
CARVALHO, Gabriel Nascimento de; CARVALHO, Silvia Drumond de. (2025) 
 
As tecnologias educacionais, quando corretamente implementadas e acessíveis, oferecem 
um caminho promissor para superar as desigualdades no acesso à educação superior e criar 
oportunidades para todos os estudantes. 
É importante destacar que a adaptação do currículo e dos métodos de ensino para as 
tecnologias educacionais também é um passo fundamental. Professores devem ser habilitados para 
utilizar plataformas e recursos digitais de forma eficaz, garantindo que o conteúdo seja transmitido 
de maneira clara e envolvente. A formação contínua dos educadores em novas tecnologias é 
essencial para manter a qualidade do ensino, especialmente em um contexto em que a inteligência 
artificial está cada vez mais presente no ambiente educacional (FAVA, 2018). 
Uma área de grande interesse e discussão no contexto das tecnologias educacionais é a 
utilização de assistentes virtuais e chatbots, essas ferramentas baseadas em IA têm a capacidade de 
fornecer suporte contínuo aos alunos, respondendo dúvidas, oferecendo recursos adicionais e até 
mesmo auxiliando em tarefas acadêmicas. Isso é especialmente útil para alunos em situação de 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 22 
 
vulnerabilidade, que podem não ter acesso imediato a professores ou tutores, a IA pode preencher 
essa lacuna, oferecendo suporte a qualquer hora do dia e facilitando o processo de aprendizado 
(EYSENCK & EYSENCK, 2023). 
A implementação de tecnologias educacionais não se limita apenas a melhorar o acesso 
ao conteúdo acadêmico, mas também a criar um ambiente de aprendizado mais inclusivo e 
acessível. Ferramentas de acessibilidade, como leitores de tela, legendas automáticas e traduções 
em tempo real, podem ser um grande diferencial para estudantes com deficiência, tornando o 
aprendizado mais igualitário e garantindo que todos tenham as mesmas oportunidades, 
independentemente de suas limitações (FAVA, 2018). 
A educação superior no Brasil tem experimentado um avanço significativo com a 
introdução das tecnologias educacionais, mas ainda há um longo caminho a percorrer, é 
necessário que o governo, as universidades e as escolas se unam para investir na infraestrutura 
tecnológica e na capacitação dos profissionais da educação, garantindo que as tecnologias sejam 
usadas de maneira eficaz para promover a inclusão e melhorar o aprendizado dos estudantes 
(EYSENCK & EYSENCK, 2023). 
Em um cenário ideal, as tecnologias educacionais,quando bem implementadas, podem 
criar um sistema educacional mais inclusivo, acessível e eficiente, ao permitir que alunos de todas 
as origens e contextos sociais tenham acesso às mesmas ferramentas e oportunidades de 
aprendizado, podemos reduzir as desigualdades no acesso à educação superior, promovendo uma 
sociedade mais justa e igualitária (FAVA, 2018). 
 
2.4 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ENSINO PERSONALIZADO: O USO DA 
IA PARA CRIAR EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZADO ADAPTATIVAS E 
PERSONALIZADAS, ATENDENDO ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DE CADA 
ESTUDANTE. 
 
A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma ferramenta poderosa no 
campo educacional, proporcionando soluções inovadoras para o ensino personalizado, um dos 
maiores benefícios da IA no ensino é sua capacidade de criar experiências de aprendizado 
adaptativas e personalizadas, ajustando o conteúdo e a abordagem de ensino conforme as 
necessidades específicas de cada estudante. Este contexto representa uma revolução no ensino, já 
que permite atender a uma diversidade de perfis e ritmos de aprendizagem, algo que seria 
desafiador ou impossível em modelos de ensino tradicionais. A personalização do aprendizado, 
por meio da IA, não apenas melhora a qualidade do ensino, mas também promove um aprendizado 
mais eficaz, tornando-o mais acessível e inclusivo (GABRIEL, 2022). 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 23 
 
Tabela 3: Experiências de aprendizado adaptativas e personalizadas 
EXPERIÊNCIA DE 
APRENDIZADO 
ADAPTATIVA E 
PERSONALIZADA 
 
DESCRIÇÃO 
 
EXEMPLO 
 
TECNOLOGIA DE 
APOIO 
 
PLATAFORMAS 
DE ENSINO 
ADAPTATIVO 
Plataformas que 
ajustam o conteúdo e 
a dificuldade com 
base no desempenho 
do aluno. 
Coursera, Khan 
Academy, 
Duolingo. 
Algoritmos de IA que 
monitoram o progresso 
do aluno e ajustam os 
exercícios em tempo 
real. 
 
TUTORIA 
INTELIGENTE 
Sistemas que 
fornecem explicações 
e ajuda personalizada 
para problemas 
específicos. 
Tutor.com, 
Chegg. 
IA que analisa as 
dúvidas dos alunos e 
oferece soluções em 
tempo real, baseadas 
em algoritmos de 
aprendizado de 
máquina. 
AJUSTE 
DE 
RITMO 
DE 
APRENDIZAGEM 
Tecnologias que 
permitem ao aluno 
aprender no seu 
próprio ritmo, 
ajustando a 
dificuldade ao seu 
nível. 
Sistemas de 
aprendizado 
autônomos em 
universidades. 
IA que ajusta o 
conteúdo conforme o 
ritmo e as dificuldades 
do aluno. 
 
CONTEÚDO 
MULTIMODAL 
Abordagens que 
incluem diferentes 
formas de conteúdo, 
como vídeos, textos e 
imagens, ajustados ao 
estilo de 
aprendizagem do 
aluno. 
Plataformas 
como edX e 
Udemy. 
Ferramentas de IA que 
ajustam a apresentação 
de conteúdo em texto, 
áudio ou vídeo com 
base nas preferências 
do aluno. 
AVALIAÇÃO E 
FEEDBACK EM 
TEMPO 
REAL 
Ferramentas de 
avaliação que 
fornecem feedback 
imediato sobre o 
desempenho do aluno. 
Sistemas de 
quizzes e exames 
interativos. 
IA que oferece 
resultados imediatos 
com explicações 
detalhadas e sugestões 
de melhoria. 
 
GAMIFICAÇÃO 
ADAPTATIVA 
Uso de jogos para 
ensinar, onde a 
dificuldade do jogo se 
adapta às habilidades 
do aluno. 
Duolingo, 
Kahoot!. 
Sistemas baseados em 
IA que ajustam o nível 
do jogo conforme o 
progresso do aluno. 
SUPORTE 
PARA 
ACESSIBILIDADE 
Ferramentas de 
acessibilidade para 
alunos com 
dificuldades de 
aprendizagem. 
Read&Write, 
Ghotit 
RealWriter. 
IA que adapta o 
conteúdo para alunos 
com dislexia ou 
deficiência visual, por 
exemplo, usando 
ferramentas como 
leitores de tela. 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 24 
 
APRENDIZADO 
BASEADO 
EM 
PROJETOS 
PERSONALIZADOS 
Sistemas que 
oferecem atividades 
baseadas em projetos 
adaptados às 
preferências e 
habilidades do aluno. 
Plataformas 
como Edmodo, 
Google 
Classroom. 
IA que sugere projetos 
e atividades conforme 
o histórico de 
aprendizagem do 
aluno. 
 
RECONHECIMENTO 
DE 
PADRÕES 
DE 
COMPORTAMENTO 
Monitoramento e 
ajuste de conteúdo 
com base no 
comportamento 
emocional ou 
motivacional do 
aluno. 
Plataformas de 
análise de 
sentimentos em 
plataformas 
educacionais. 
Algoritmos que 
detectam sinais de 
desmotivação e 
ajustam o conteúdo ou 
o estilo de ensino para 
engajar o aluno. 
 
APRENDIZADO 
SOCIAL 
E 
 COLABORATIVO 
PERSONALIZADO 
Ferramentas que 
permitem ao aluno 
interagir com outros 
de forma 
personalizada, com 
base em seus 
interesses e ritmos de 
aprendizagem. 
Plataformas 
colaborativas 
como Slack e 
Discord. 
IA que facilita a 
formação de grupos de 
estudo baseados em 
habilidades e 
preferências 
compartilhadas. 
Fonte: ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond; CABRAL, Gladys Nogueira; AZEVEDO, Celine 
Maria de Souza; SILVA, Francisca Araújo da; SERAFIM, Natali Maria; ISCHKANIAN, Sandro 
Garabed; CARVALHO, Silvana Nascimento de; CARVALHO, Sygride Nascimento de; 
CARVALHO, Gabriel Nascimento de; CARVALHO, Silvia Drumond de. (2025) 
 
Essa tabela ilustra como a IA pode criar ambientes de aprendizado adaptativos e 
personalizados, atendendo às necessidades únicas de cada estudante e promovendo uma 
experiência educacional mais eficaz e inclusiva. 
Com a IA, é possível desenvolver sistemas de aprendizado adaptativo que monitoram o 
progresso do aluno em tempo real, tais sistemas são capazes de identificar as áreas em que o 
estudante apresenta dificuldades e fornecer conteúdos adicionais ou ajustar os métodos de ensino 
de acordo com essas necessidades. 
A adaptação contínua e personalizada não só mantém o aluno motivado, mas também 
melhora a compreensão e a retenção do conteúdo, em plataformas de ensino online como Coursera 
ou Khan Academy, algoritmos de IA ajustam automaticamente a dificuldade das questões ou 
sugerem recursos complementares com base no desempenho do aluno, o que proporciona uma 
experiência de aprendizado personalizada (GABRIEL, 2022). 
A personalização do ensino vai além de simplesmente ajustar o nível de dificuldade das 
atividades, a IA também pode modificar o formato de apresentação do conteúdo, atendendo a 
diferentes estilos de aprendizagem. Alunos que aprendem melhor por meio de imagens, vídeos ou 
interações práticas podem receber materiais multimodais, enquanto aqueles que preferem leitura 
ou exercícios escritos podem ter suas preferências atendidas. 
INCLUSÃO DIGITAL E (IA) NO ACESSO À GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NO 
BRASIL. Página 25 
 
A flexibilidade é fundamental para garantir que todos os estudantes, independentemente 
de seu estilo de aprendizagem, tenham acesso ao conteúdo de forma eficaz, o uso de IA permite 
que o aprendizado seja realizado de maneira assíncrona, permitindo que os alunos avancem no seu 
próprio ritmo, sem depender da velocidade do grupo (GABRIEL, 2022). 
A inteligência artificial também desempenha um papel fundamental na avaliação do 
aprendizado, permitindo um feedback mais rápido e preciso, em vez de esperar por uma correção 
manual, que pode levar dias, os sistemas baseados em IA podem fornecer resultados instantâneos, 
identificando não apenas o erro cometido, mas também oferecendo explicações detalhadas e 
alternativas para que o aluno possa corrigir a falha, isso cria um ambiente de aprendizado mais 
dinâmico e interativo, onde os alunos podem entender seus erros imediatamente e trabalhar para 
superá-los, sem perder o ritmo de aprendizado (DRUMOND

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