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Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe-UnB Dificuldades Ortográficas 1. A / há Emprega-se a na indicação de tempo futuro; emprega-se há na indicação de tempo passado. Ex.: Eu não a vejo há muito tempo. Ex.: Ela voltará daqui a um ano. 2. A fim de / afim A fim de é uma locução prepositiva, que indica finalidade; afim é adjetivo e significa semelhante. Ex.: Voltei a fim de resolver esse problema. Ex.: Os dois tinham interesses afins. 3. Catorze / quatorze As duas formas estão corretas. 4. À toa / À-toa À toa é uma locução adverbial de modo, significa “sem destino”, “a esmo”, “ao acaso”, “sem fazer nada”, “sem rumo”; à-toa é um adjetivo invariável e significa “inútil”, “desprezível”. Ex.: Aquele advogado era um sujeitinho à-toa e precipitado. Ex.: Todas as noites andava à toa pelas ruas da cidade. 5. Acerca de / há cerca de Acerca de é uma locução prepositiva e corresponde a “a respeito de”; há cerca de equivale a “há aproximadamente”. Ex.: Falou-me acerca de seus problemas. Ex.: Há cerca de dois anos não o vejo em Campo Grande. 6. Ao invés de / em vez de Ao invés de significa “ao contrário de”; em vez de equivale a “em lugar de”. Ex.: Ao invés de baixar, a taxa de juros subiu neste mês. Ex.: Em vez de nos ajudar, ele nos prejudicou bastante. 7. Aonde / onde Usa-se aonde com verbos dinâmicos, isto é que dão ideia de movimento, equivale a “para onde”; usa-se onde, com verbos que não expressam a ideia de movimento. Ex.: Aonde ele vai assim tão cedo? Ex.: Onde você nasceu? 8. Do ou de o? Dele ou de ele? Junto ou separado? O sujeito não pode ser antecedido de preposição. Por isso o artigo que acompanha o mandachuva da oração é proibido de se casar com o de e outras irmãzinhas. Ex.: Este é o momento certo de o governador falar. 9. Mas / mais Mas é uma conjunção coordenativa adversativa (expressa uma ideia contrária, oposta). Ex: Ele pretendia apoiá-la, mas desistiu. Mais indica quantidade, é o contrário de menos. Ex.: Converse menos e trabalhe mais. 10. Mal / mau A palavra mal classifica-se como: advérbio de modo – contrário de bem, equivale a “incorretamente”. Ex.: O contrato estava mal redigido. substantivo – contrário de bem, pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pro- nome. Ex.: O mal dele é acreditar em tudo que lhe falam. conjunção subordinativa adverbial temporal – equivale a “assim que”, “logo que”. Ex.: Mal cheguei, começaram as comemorações. prefixo – mal-educado, malcriado, mal-humorado, etc. Observação: Há exigência do uso do hífen quando o prefixo mal for sucedido de Uma palavra que se inicie com vogal ou com a letra h. Mau é adjetivo e, portanto, modifica um substantivo. Ex.: Ela está sempre de mau humor. 11. SENÃO E SE NÃO Use senão quando equivaler a: “do contrário”, “de outro modo”, “mas sim”, “exceto”, “salvo se”, “a não ser”, Ex: Luta, senão estás perdido Ex: Não era ouro, nem prata, senão ferro. Ex: Ninguém senão os irmãos dele, compareceram à festa. defeito, falha Ex: Não encontrei um senão em seu trabalho. Se não Use se não em frases que indicam condição, alternativa, incerteza, dúvida: Ex: Se não for possível, me avise. (condição) Havia dois jogadores, se não três. (incerteza) 12. Dia a dia / dia-a-dia "Dia a dia" (sem hífen) é advérbio, isto é, modifica um verbo; significa "diariamente": Ex: Ele melhora dia a dia. "Dia-a-dia" (com hífen) é substantivo; significa "cotidiano": Ex: O meu dia-a-dia é muito estressante. Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe-UnB Análise Sintática Complemento Nominal Quanto à relação: vem sempre associado a um nome de significação transitiva que pode ser um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio. Quanto à forma: liga-se ao nome sempre por meio de uma preposição. Quanto ao valor: indica o alvo sobre o qual recai a ação do nome. Adjunto Adnominal Quanto à relação: vem sempre associado a um nome que seja núcleo de um termo. Quanto à forma: liga-se ao nome – com ou sem preposição – sem a mediação de verbo. Entre um adjunto adnominal e o nome a que ele se refere não se interpõe nenhum outro termo, com exceção de outro adjunto adnominal. Quanto ao valor: é um atributo (qualificador-caracterizador) do nome ao qual se refere. O adjunto adnominal pode ligar-se ao nome por meio de uma preposição e isto pode gerar confusão com o complemento nominal. Para diferenciar o complemento nominal do adjunto adnominal observe os seguintes dados: Quando o complemento nominal vem associado a adjetivos ou advérbios, não pode ser confundido com o adjunto adnominal, já que este nunca vem associado a essas duas classes. Complemento Nominal ou Adjunto Adnominal? Ex1.: Sua resposta foi ofensiva ao povo. adjetivo Complemento nominal Ex2: Agiu contrariamente ao pensamento. advérbio Complemento nominal Quando um termo da oração vem associado a um substantivo de significação transitiva, pode, em princípio, ser adjunto adnominal ou complemento nominal. Para distinguir um do outro, monte o seguinte raciocínio: Se esse termo estiver funcionando como o alvo, o destino da ação nominal, classifica-se como complemento nominal; caso contrário, será adjunto adnominal. Ex1 : A resposta ao público foi insatisfatória. Substantivo abstrato Complemento nominal alvo da resposta Ex2 : A resposta do professor foi insatisfatória. Substantivo abstrato Adjunto adnominal Não é o alvo, mas o agente da resposta Resumindo Se o termo em estudo for o agente da ação adjunto adnominal Ex1.: Seu amigo está descontente com nossa atitude. Ex.: A acusação do vereador foi considerada uma ofensa ao prefeito. “do vereador”: adjunto adnominal (indica o agente; ele acusou). “ao prefeito”: complemento nominal (indica o paciente; ele foi ofendido) Se o termo em estudo for paciente/ alvo da ação compl. nominal adjetivo Substantivo abstrato Substantivo abstrato Complemento nominal Se o nome é adjetivo ou advérbio, o termo em estudo funciona sempre como complemento nominal. Observação: O adjunto adnominal nunca se refere a adjetivo, nem a advérbio. Ex2: A fazenda ficava bem longe da cidade. advérbio Complemento nominal Se o nome é um substantivo concreto, o termo em estudo atua sempre como adjunto adnominal. Ex.: As casas de nossa rua tinham quintais com canteiros e árvores. Substantivo concreto Substantivo concreto Adjunto adnominal Adjunto adnominal Observação: O complemento nominal nunca se refere a substantivo concreto. Se o termo em estudo exprime ideia de posse, ele é sempre adjunto adnominal. Ex1.: O medo dos médicos é que a epidemia se espalhe. Adjunto adnominal Indica posse: medo que os médicos têm. Ex2.: Ele se angustiava com as preocupações do filho. Adjunto adnominal (Exprime posse) Diferença entre objeto indireto e complemento nominal O objeto indireto completa o sentido de verbo; o complemento nominal prende-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ainda que ambos os termos venham precedidos de preposição. Exemplos: Creio em Deus. (Objeto Indireto) A crença em Deus é necessária. (Complemento Nominal) Gosto de boas leituras. (Objeto Indireto) O gosto às boas leituras tornou-o sábio. (Complemento Nominal) Diferença entre agente da passiva e complemento nominal O agente da passiva só pode existir quando o verbo está na voz passiva, que se forma essencialmente por estes verbos auxiliares: • ser, nas passivas de ação; • estar, viver e andar, nas passivas de estado; • ficar, nas passivas de mudança de estado. Um verbo na voz passiva sempre possui correspondente na voz ativa. O inferno é pavimentado de boas intenções. (= Boas intenções pavimentam o inferno.) Adjunto Adnominal X Predicativo • Essas duas funções sintáticas ligadas ao nome são facilmente confundidas quando atribuem qualidade ao nome a que se associam. Para não as confundir, é bomlembrar que: a) O adjunto adnominal atribui ao nome uma qualidade permanente inerente a ele, própria dele, que ele tem independentemente da ação verbal. b) O predicativo atribui ao nome uma qualidade momentânea, passageira, que ele tem apenas no momento em que pratica ou sofre a ação verbal. Compare as orações abaixo: I- A minha vizinha belíssima atravessou a sala. II- A minha vizinha atravessou belíssima a sala. Em qual das duas há Predicativo do Sujeito e em qual há Adjunto Adnominal? -> Na I ocorre Adj.Adn., pois é atribuída uma qualidade permanente ao substantivo vizinha, enquanto na II a qualidade é provisória, depende da ação verbal, sendo assim PS. III – Aposto: as principais características desse termo ligado ao nome são: a) Geralmente vem separado do nome a que se liga por algum sinal de pontuação; b) Serve para esclarecer, explicar, identificar ou resumir o nome a que se refere. Exemplo: José Rainha, líder do MST, foi baleado no Pontal do Paranapanema Einstein, grande físico alemão, elaborou a Teoria da Relatividade. Além destes termos citados, como dito no início, há o Vocativo. Por se tratar de um termo independente, ele não se relaciona nem com o Verbo, nem com o Nome. Tem um caráter exclamativo e tem como função chamar alguém ou algo personificado. Ex.: Meu Deus, o que faço agora? Venha cá, rapaz. Companheiros e companheiras, uni-vos! Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe-UnB Período Composto Orações Subordinadas Adjetivas Os pronomes relativos (que, o qual, a qual, os quais, as quais, quem, onde, cujo, cujos, cuja, cujas, etc.) são os conectivos que iniciam as orações subordinadas adjetivas no período. 1-Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, não somente...como também, não só... mas também, além de, ademais, outrossim, tampouco. Ex.: O professor não somente elaborou exercícios/ como também uma extensa prova. Fui à biblioteca,/ ademais peguei os livro. Estudo inglês / e pratico natação. Orações Coordenadas Sindéticas 2- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: e, mas, contudo, entretanto, porém, no entanto, todavia, senão... Ex.: O professor elaborou um exercício simples,/ mas a prova foi bastante complexa. Fui ao cinema ontem, / entretanto não o vi. Ela não era uma aluna tão aplicada,/ contudo passou no vestibular. 3- Alternativa: ideia de alternância, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou, seja...seja, já...já. Ex.: Ou o professor elabora o exercício,/ ou desiste de aplicar a prova. Você passará seja em primeira, seja em último. Ora ela ria, / ora ela chorava. 4- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, assim, logo, então, por conseguinte, pois(após o verbo), dessarte, destarte, dessa forma... Ex.: O professor não elaborou a prova,/ assim não poderá aplica- la na data planejada. Está muito frio, / portanto porei o casaco de lã. Penso, / logo existo. (R. Descartes). 5- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois(antes do verbo), porque, que, visto que, já que, uma vez que. Ex.: O professor não elaborou a prova,/ porque ficou doente. Não foi ao trabalho, / visto que estava doente. Seja rápido, / pois estou atrasado! Dependendo do sentido que as orações subordinadas adjetivas têm no texto, elas podem ser classificadas como: EXPLICATIVAS RESTRITIVAS Orações Subordinadas Adjetivas Explicativa São as orações que servem para esclarecer melhor o sentido do termo que se refere, explicando detalhadamente sua característica principal. Aparece separada por vírgulas. Ex.: O problema, que era de fácil resolução, deixou os alunos apreensivos. Restritiva Delimita o significado do antecedente. É indispensável ao sentido o período. NÃO vem separada por vírgula. Ex.: Os políticos que são honestos merecem nosso respeito. Orações Subordinadas Adverbiais 1- Causal Funciona como adjunto adverbial de causa. Principais conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como(início), que. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal. - Como estava chovendo, não saímos de casa. 2- Comparativa Funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido. É iniciada por uma conjunção subordinativa comparativa. São elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como. Exemplo: - Vinícius era mais esforçado que o irmão. 3- Concessiva Funciona como adjunto adverbial de concessão. Principais conjunções: embora, conquanto, não obstante, apesar de, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese, por mais que, malgrado, ainda assim, mesmo assim. Exemplos: - Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova. - Mesmo que ele tenha razão, posicionar-me-ei contrário às suas ideias. 4- Condicional • Funciona como adjunto adverbial de condição. Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que. Também pode ser iniciada pela preposição a, estando o verbo no infinitivo. Exemplos: - Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. - Contanto que se esforce, conquistará aquela garota. 5- Conformativa •Funciona como adjunto adverbial de conformidade. Conjunções: como, conforme, segundo, consoante, de acordo com. Exemplos: - Pintamos sua casa, conforme havia pedido. - Como combinamos ontem, eis os documentos. 6- Consecutiva Funciona como adjunto adverbial de consequência. É iniciada pela conjunção subordinativa consecutiva que. Na oração principal normalmente surge um advérbio de intensidade tal, tanto, tamanho(a): (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. Exemplos: - Ele fala tão alto, que não precisa do microfone. - Ele é de tamanha capacidade, que a todos encanta. 7- Temporal: Funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por uma conjunção subordinativa temporal ou por uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal. Também pode ser iniciada por ao, estando o verbo no infinitivo. • Exemplos: - Fico triste, sempre que os alunos chegam atrasados. - Ao terminar essa discussão, sairemos daqui. 8- Final Funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa final ou por uma locução conjuntiva subordinativa final. São elas: a fim de que, para que, porque. Também pode ser iniciada pela preposição para, estando o verbo no infinitivo. Exemplos: - Aqui estamos para estudar. - Estudo a fim de me tornar um cidadão de bem. 9- Proporcional: Funciona como adjunto adverbial de proporção. É iniciada por uma locução conjuntiva subordinativa proporcional. São elas: à proporção que, à medida que, quanto mais. Exemplo: - À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos. Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe-UnB Período Composto Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe UnB Concordância Verbo-nominal • Nominal • Os adjetivos e as palavras adjetivadas concordam em gênero e número com os elementos a que se referem. • Por exemplo: gatas malhadas e cachorros brancos. • Quando o adjetivo surgir junto de mais de um substantivo, teremos regras especiais, que veremos agora: • Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos • Adjunto adnominal • Quando o adjetivo posposto a dois ou mais substantivos funcionar como adjunto adnominal e estiver qualificando todos os substantivos apresentados, poderá concordar com o elemento mais próximo ou com a soma deles. • Ex. • O Estado compra carros e maçãs argentinas. • O Estado compra carros e maçãs argentinos. • Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos • Adjunto adnominal • Quando o adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos funcionar como adjunto adnominal e estiver qualificando todos os substantivos apresentados, deverá concordar apenascom o elemento mais próximo. • Ex. • Trouxe belas rosas e cravos. • Predicativo • Quando o adjetivo imediatamente anteposto a dois ou mais substantivos funcionar como predicativo do sujeito, deverá concordar com a soma dos elementos, ou com o elemento mais próximo. • Ex. • Preocupados, o operário e a esposa saíram para o trabalho. • Preocupado, o operário e a esposa saíram para o trabalho. • 03) Dois ou mais adjetivos, modificando um só substantivo. • Quando houver apenas um substantivo qualificado por dois ou mais adjetivos, há duas maneiras de se construir a frase: • A) Coloca-se o substantivo no plural, e enumeram-se os adjetivos. Ex. • Ele estuda as línguas inglesa e francesa. • B) Coloca-se o substantivo no singular, e, ao se enumerarem os adjetivos, acrescenta-se artigo a cada um deles. • Ex. • Ele estuda a língua inglesa e a francesa. • Casos Especiais • Obrigado / Mesmo / Próprio • Esses três elementos concordam com o substantivo ou com o pronome a que se referem, ou seja, se o substantivo for feminino plural, usam-se mesmas, próprias e obrigada. Caso a palavra mesmo significar realmente, ficará invariável. • Ex. • Elas mesmas disseram, em coro: Muito obrigada, professor. • Os próprios jogadores reconheceram o erro. • As meninas trouxeram mesmo o radialista. • Só / Sós • Essa palavra concordará com o elemento a que se refere, quando significar sozinho, sozinhos, sozinha, sozinhas; ficará invariável, quando significar apenas, somente. A locução a sós é sempre invariável. • Ex. • Só as garotas queriam andar sós; os meninos queriam a companhia delas. • Gosto de estar a sós. • Quite / Anexo / Incluso • Esses três elementos concordam com o substantivo a que se referem. • Ex. • Deixarei as promissórias quites, para não ter problemas. • Anexas, seguem as fotocópias dos documentos solicitados. • Estão inclusos o café da manhã e o almoço. • Quando anexo vier precedido da preposição em, fica invariável. Ex.: A fotografia vai em anexo. • Meio • Concordará com o elemento a que se referir, quando significar metade; ficará invariável, quando significar um pouco, mais ou menos. Quando formar substantivo composto, ambos os elementos variarão. • Ex. • Era meio-dia e meia. Ela estava meio nervosa. • Os meios-fios foram construídos em lugar errado. • Verbo de ligação + Predicativo do sujeito • Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem qualquer determinante, o verbo ser - ou qualquer outro verbo de ligação - ficará no singular e o predicativo do sujeito no masculino, singular.Se o sujeito vier determinado por qualquer palavra, a concordância do verbo e do predicativo será regular, ou seja, concordarão com o sujeito em número e pessoa. • Ex. • Caminhada é bom para a saúde. • Esta caminhada está muito boa. • É proibido entrada • Está proibida a entrada. • Menos / Pseudo • Essas duas palavras são sempre invariáveis. • Ex. • Houve menos reclamações dessa vez. • As pseudo-escritoras foram desmascaradas. • Muito / Bastante • Quando modificarem substantivo, concordarão com ele, por serem pronomes indefinidos adjetivos; quando modificarem verbo, adjetivo, ou outro advérbio, ficarão invariáveis, por serem advérbios. • Bastante também será adjetivo, quando significar que basta, que satisfaz. • Ex. • Bastantes funcionários ficaram bastante revoltados com a empresa. • Há provas bastantes de sua culpa. Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe UnB Concordância Verbo-nominal • Concordância Verbal • Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito. Ex.: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. Casos de concordância verbal: 1) Sujeito simples • Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ex.: Nós vamos ao cinema. O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).Casos especiais: a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular. Ex.:A multidão gritou pelo rádio. • Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram. • b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural. Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão. • c) O sujeito é um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural). Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio. • d) O sujeito é o pronome relativo que – o verbo concorda com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café. • e) O sujeito é o pronome relativo quem- o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café. • f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de ..., quantos de ..., etc.- o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós). Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis? • g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural- se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial. • h) O sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral. Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula. • 2) Sujeito composto • Regra geral: o verbo vai para o plural. Ex.: João e Maria foram passear no bosque. • Casos especiais: a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes- o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos ( 1ª pessoa plural) amigos. O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis ( 2ª pessoa do plural) amigos. O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. • No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa. Ex.: Tu e ele se tornarão amigos.(3ª pessoa do plural) • c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa). Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar. • d) Quando há gradação entre os núcleos- o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. • e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concorda com o aposto resumidor. Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. • f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro...- o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram. • g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão e plural quando for de inclusão. Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão) A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão) • Outros casos: 1) Partícula SE: a- Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo. Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros. b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará obrigatoriamente no singular. Ex.: Precisa-se de secretárias. Confia-se em pessoas honestas. 2) Verbos impessoais São aqueles que não possuem sujeito, ficarão semprena 3ª pessoa do singular. Ex.: Havia sérios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. Deve haver sérios problemas na cidade. Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. • 6) Concordância com o verbo ser: a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o predicativo. Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões. • b- O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM. Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos? • c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a expressão numérica Ex.: São nove horas./ É uma hora • Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra dia. • Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro. Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe UnB Concordância Verbo-nominal Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe-UnB Regência Verbo-Nominal Regência É a relação sintática que se estabelece entre um termo regente ou subordinante (que exige outro) e o termo regido ou subordinado (termo regido pelo primeiro) Quando o termo regente é um verbo a regência é verbal, quando é um nome, a regência é nominal. A regência pode ser: verbal ou nominal. Regência nominal A regência nominal estuda os casos em que nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) exigem uma outra palavra para completar-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu complemento é estabelecida por uma preposição. Alguns nomes e as preposições que mais comumente eles exigem • adepto a • alheio a • ansioso para, por, de • apto a, para • aversão a, por • feliz de, por, em, com • favorável a • imune a, de • contente com, por, de • indiferente a • inofensivo a, para • junto a, de, com • próximo a, de • referente a • simpatia a, por • tendência a, para • paralelo a • relativo a Regência verbal A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido). Ex.: Isto pertence a todos. termo regente termo regido Agradar a) No sentido de fazer carinho, é transitivo direto. Ex.: A mulher agradava o filhinho. V.T.D objeto direto b) No sentido de contentar, satisfazer, é transitivo indireto (exige objeto indireto com a preposição a). Ex.: O desempenho do time agradou ao técnico. Aspirar a) No sentido de respirar, sorver (perfume, ar), é transitivo direto. b) No sentido de pretender/ desejar, é transitivo indireto (exige objeto indireto com a preposição a). Ex.: Os jovens aspiram ao sucesso profissional. V.T.I objeto indireto Observação: O verbo aspirar não aceita os pronomes lhe, lhes como objeto indireto, por isso você deve substituí-los por a ele, a ela, a eles, a elas. Ex.: Ele aspirou um gás venenoso. V.T.D objeto direto Assistir a) No sentido de ver, é transitivo indireto (exige objeto indireto com a preposição a). Ex.: Todos assistiram ao jogo da seleção. V.T.I objeto indireto Observação: Usado nesse sentido, assistir não aceita lhe, lhes, como objeto indireto; por isso, quando necessário, você deverá trocá-lo por a ele, a ela, a eles, a elas. Ex.: Você assistiu ao jogo? Sim, eu assisti a ele. c) No sentido de pertencer/caber, é transitivo indireto (exige objeto indireto com a preposição a). Ex.: O direito de criticar assiste aos cidadãos. V.T.I objeto indireto Observação: Nesse sentido, assistir admite lhe, lhes como objeto indireto. Ex.: Esse direito lhes assiste sempre. O.I V.T.I b) No sentido de prestar assistência/ajudar, é transitivo direto. Ex.: A enfermeira assistia os acidentados. V.T.D objeto direto Esquecer e lembrar Esses dois verbos não mudam de sentido, mas podem ser transitivos diretos ou indiretos. a) São transitivos diretos quando não são pronominais, isto é, quando não estão acompanhados de pronome oblíquo (me, te, se, nos, etc.). Ex.: Eu lembrei seu aniversário. V.T.D objeto direto Jamais esqueceremos esse dia. V.T.D objeto direto Esses são fatos que ela já esqueceu. OD V.T.D b) São transitivos indiretos (exigem preposição de) quando usados como verbos pronominais, isto é, acompanhados de pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos). Ex.: Eu me lembrei de seu aniversário. V.T.I objeto indireto Jamais nos esqueceremos desse dia. V.T.I objeto indireto Esses são fatos de que ela já se esqueceu. objeto indireto V.T.I Obedecer e desobedecer São sempre transitivos indiretos (exigem objeto indireto com a preposição a. Ex.: Você obedeceu ao regulamento. V.T.I objeto indireto Os operários desobedecerão às suas ordens. V.T.I objeto indireto Pagar e perdoar Não mudam de sentido, mas podem ser transitivos diretos ou indiretos, dependendo do tipo de objeto que apresentam. a) São verbos transitivos indiretos (exigem a preposição a) quando o objeto refere-se a gente, pessoa. Ex.: Nós pagamos ao vendedor. Deus perdoa aos pecadores. b) São verbos transitivos diretos quando o objeto é coisa. Ex.: Nós pagamos o material. Eu jamais perdoaria seu erro. Observação: Esses dois verbos (pagar e perdoar) podem apresentar, ao mesmo tempo, objeto direto e indireto. Ex.: Nós pagamos o material ao vendedor. Preferir Exige dois objetos: um direto e um indireto (iniciado pela preposição a). Esse verbo é, portanto, transitivo direto e indireto. Preferir alguma coisa a outra coisa. Ex.: Ele sempre preferiu o trabalho ao estudo. VTD I OD OI Chegar - Ir Há certos verbos que, no uso popular, ocorrem com uma regência e, no uso culto, com outra. Nesse caso, a Gramática propõe como correto apenas o uso culto. O verbo chegar e o verbo ir são intransitivos e exigem a preposição a quando indicam lugar. Uso popular: Eu cheguei em casa cedo. Uso culto: Eu cheguei a casa cedo. Uso popular: O menino foi no jogo com o pai. Uso culto: O menino foi ao jogo com o pai. Visar a) No sentido de “mirar” e “pôr visto” é transitivo direto. Ex.: O atirador visou o alvo. O gerente visou o cheque do cliente. b) Quando significa “ter como objetivo, pretender” é transitivo indireto. Ex.: Ele visa a uma promoção no emprego. VTI objeto indireto Simpatizar/antipatizar Os verbos simpatizar e antipatizar são transitivos indiretos e exigem a preposição com. Atenção! Esses verbos não são pronominais. Ex.: Não simpatizo com a idéia. VTI objeto indireto Antipatizamos com o diretor no primeiro dia. VTI objeto indireto Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe - UnB Crase 1º caso Antes de palavra feminina: Preposição a + artigo definido a(s) • Doei um livro à menina. (Preposição a exigida pelo verbo doar + artigo definido a que acompanha o substantivo menina.) Doei o livro ao menino. • O comparecimento às palestras é importante. (Preposição a exigida pelo substantivo comparecimento + artigo definido as.) O comparecimento aos seminários é importante. 2º caso Preposição a + pronome demonstrativo a(s) • Doei um livro à que mais estuda. (Preposição a exigida pelo verbo doar + pronome demonstrativo a) Doei um livro ao que mais estuda Obs.: O pronome demonstrativo a equivale ao pronome demonstrativo aquela. • Não compare minhas poesias às de Drummond. Não compare meus versos aos de Drummond. 3º caso Preposição a + pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo. • Doarei o livro àquela menina. (Preposição a exigida pelo verbo doar + pronome demonstrativo aquela.) • Enviei àquele aluno um livro interessantíssimo. (Preposição a exigida pelo verbo enviar, enviar a alguém + pronome demonstrativo aquele.) 4º caso Preposição a + pronomes relativos a qual, as quais. • Aqui mora a aluna à qual dedico grande afeto. (Aqui mora o alunoao qual dedico grande afeto.) • Estas são as alunas às quais me referi. (Estes são os alunos aos quais me referi.) 5º caso Locuções adverbiais formadas por à(s) + palavras femininas • às avessas, às claras, às escuras, às escondidas, à força, às favas, à tona, à escuta, à deriva, à francesa, à paisana, à esquerda, à direita, à tarde, à noite, às vezes, à toa, à vontade etc. • Prefiro sair das festas à francesa. • Com palavras masculinas o a não é acentuado: a prazo, a pé, a lápis. 6º caso Locuções prepositivas formadas por à(s) + palavras femininas • À beira de, à procura de, à custa de, à espera de, à imagem de, à maneira de, à vista de, à semelhança de, à sombra de, à frente de, à moda de etc. • Estou à beira de um ataque de nervos. • Os alunos estavam à procura de contos interessantes. Às vezes as locuções prepositivas à maneira de, à moda de ficam subentendidas • Ele vestia-se à Clodovil. (Ele vestia-se à moda de Clodovil.) • Carlos escreve à Machado de Assis. (Carlos escreve à maneira de Machado de Assis). • Preparei para o jantar bifes à milanesa. (Preparei para o jantar bifes à moda milanesa) 7º caso Locuções conjuntivas proporcionais • À medida que À medida que lia bons poemas, desenvolvia sua sensibilidade. • À proporção que À proporção que ele se dedicava aos estudos, obtinha melhores resultados nas avaliações. 8º caso à(s) + ... hora(s) • Sairemos à uma hora e ele, às duas. • O eclipse ocorreu à zero hora. • Chegaremos às vinte e duas horas. • O trem parte às quatorze horas e trinta minutos. • O espetáculo começou à meia-noite e meia. • O encontro de jovens será das duas às cinco horas da tarde. 9º caso Topônimos (nomes de lugares) que admitem artigo “a” • Todos iremos à Bahia. (Ir a + a Bahia) Voltamos da Bahia. (voltar de + a Bahia) • Viajaremos à China. (Viajaremos a + a China) – Viajaremos para a China. Não ocorre com topônimos que não admitem artigo • Iremos a Brasília. (Viemos de Brasília.) • Fomos a Roma. (Regressamos de Roma.) • Dirigiram-se a Fortaleza. (Permanecemos em Fortaleza.) • Vou a Copacabana. (Ficarei em Copacabana) Ocorre quando os topônimos vierem seguidos de uma expressão especificativa. • Iremos à Brasília de Niemeyer. • Fomos à Roma dos Césares. • Dirigi-me à Fortaleza de José de Alencar. • Dedico meus versos à Copacabana dos bons tempos. 10º caso - à + casa quando a palavra casa estiver determinada. • O engenheiro foi à casa da Sônia. • O príncipe pertencia à casa de Bragança. • Vou à casa de Alberto para almoçar. Não ocorre diante da palavra casa no sentido de lar, domicílio, quando não estiver determinada. • Eu vou a casa trocar de roupa. • “Chegavam a casa quase sempre à tardinha.” • Vou a casa almoçar. 11º caso à + terra • No sentido de território. A expedição dirigiu-se à terra dos bárbaros. • No sentido de terra natal. Lia voltou à terra para rever os parentes. • No sentido de planeta. Retornou à Terra a nave espacial. 12º caso Numerais ordinais • Da primeira à vigésima página. • Ele estudou aqui da quinta à oitava série. (Ele estudou aqui de quinta a oitava série) • O curso ocorrerá da terça à sexta-feira. (O curso ocorrerá de terça a sexta-feira.) 13º caso Quanto a + ... • Quanto a + nome feminino Estudaremos verbos difíceis quanto à flexão. • Quanto a + pron. demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo. Quanto àquele aluno, não tenho nada a declarar. Quanto àquilo, nada pude fazer. 14º caso Locução à distância quando estiver determinada • Achava-me à distância de alguns metros. • O barco ancorou à distância de cem metros. Quando indeterminada, não se acentua o “a”. • Ficou a distância, observando o ensaio. • Seguira-nos a distância. • O trem passava a pouca distância da casa. CASOS FACULTATIVOS A crase é facultativa: • diante de nomes próprios femininos. • diante de pronomes possessivos femininos. • na locução prepositiva até a. Facultativa diante de nomes próprios femininos. • O rapaz dirigiu-se à Suzana. O rapaz dirigiu-se a Suzana. • Entreguei o livro à Mariana. Entreguei o livro a Mariana. • O professor fez alusão à Clarice Lispector. O professor fez alusão a Clarice Lispector. Facultativa diante de pronomes possessivos femininos. • O filho informou à sua mãe a data da formatura. O filho informou a sua mãe a data de formatura. • Iremos juntos à nossa escola. Iremos juntos a nossa escola. Facultativa na locução prepositiva até a. • O motorista foi até à garagem. O motorista foi até a garagem. • Acompanhe-me até à porta. Acompanhe-me até a porta. • Fomos até à França. Fomos até a França. Não ocorre crase • antes de substantivos masculinos; • antes de verbos; • entre substantivos repetidos; • antes de palavras femininas no plural, com sentido genérico, não precedidas de artigo; • antes do artigo indefinido uma; • antes de pronomes que não admitem artigo “a” (pessoais, de tratamento, indefinidos, demonstrativos, relativos.) Não ocorre crase antes de substantivos masculinos. • Entreguei a encomenda a João. • Somos felizes graças a Deus. • O comerciante só vendia a prazo. • Não assisto a filme de guerra. • Isso cheira a vinho. • Admirei os quadros a óleo. • Escreveu um bilhetinho a lápis. Não ocorre crase antes de verbos. • A multidão voltou a protestar. • Seu Inácio voltou a rezar. • Estamos dispostas a trabalhar. • Quando me dispunha a sair, começou a chover. • Puseram-se a discutir em voz alta. Não ocorre crase entre substantivos repetidos. • Tomou o remédio gota a gota. • Os inimigos ficaram frente a frente. • Josué foi de cidade a cidade. • As alunas entraram uma a uma na sala. • Dia a dia a cidade foi crescendo. • Os pastos estendiam-se de ponta a ponta da fazenda. Não ocorre crase antes de palavras femininas no plural, com sentido genérico, não precedidas de artigo • Devemos favores a pessoas amigas. • Referia-se a crianças carentes. • Ivo não vai a festas nem a reuniões. • Não dê atenção a pessoas suspeitas. Não ocorre crase antes do artigo indefinido “uma”. • Contei o caso a uma mulher supersticiosa. • Não entregues teu trabalho a uma pessoa qualquer. • Prestaremos homenagens a uma grande escritora. Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a” • Pronomes pessoais Ofereci ajuda a elas. Recorrem a mim, quando precisam. • Pronomes de tratamento Não me referi a Vossa Excelência. Pediram perdão a você? Exceções: senhora e senhorita Peço à senhora que tenha paciência. Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a” • Pronomes indefinidos Nunca deste auxílio a ninguém. Escrevi a algumas colegas. Referi-me a várias colegas. Exceções: outra, outras. Entregou o livro à outra colega. Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a” • Pronomes demonstrativos - este(s), esta(s), esse(s), essa(s), isto, isso. Diariamente, chegam turistas a esta cidade. Quem chegou a essa conclusão? Não dês importância a isto. Exceções: aquele(s), aquela(a), aquilo Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a” • Pronomes relativos Esta é a vida a que aspiramos. Ali havia uma árvore, a cuja sombra descansamos. Esta é a aluna a quem me referi. Exceções: a qual, as quais Esta é a escola à qual nos referimos Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe - UnB Leitura e Interpretação de Texto Técnicas de Leitura: Fazer uma leitura informativa do texto. Dessa leitura, você deve apenas definir o tema do texto e o ponto de vista do autor. Ponto de vista do autor: otimista, pessimista, ufanista, alienado, onisciente, imparcial, irônico, crítico, apático, cético... Fazer uma leitura das questões sem se preocupar em respondê-las. Com isso, você estará direcionando sua releitura do texto. Grife trechos relacionados às questões. Circule elementos de coesão. Análise de Alternativas: EXTRAPOLAM as informaçõescontidas no texto. LIMITAM as informações contidas no texto. Estão PARCIALMENTE corretas em relação às informações contidas no texto. CONTRADIZEM as informações do texto. Não abordam de forma DIRETA O TEMA do texto. Dicas Gerais: Alternativas iguais se excluem. Há enunciados afirmativos que podem ser usados para responder questões. Evite grifar EXCETO nas questões, procure traduzi-los. Lembre-se de que você está procurando a resposta mais certa ou a mais errada. Não mude sua resposta por achar que ela é muito obvia. Não utilize conhecimento de mundo para responder a qualquer questão de texto. Todas as questões devem ser respondidas exclusivamente com base no texto. Em caso de dúvida, procure usar a conclusão como parâmetro. Intencionalidade do texto Procure sempre relacionar a intencionalidade do texto à tipologia. Principais: informar, persuadir, criticar, comover, ironizar, instruir... Alteração de sentido As alterações semânticas podem ser acarretadas por vários fatores, mas é possível destacar três (mais recorrentes em prova): Pontuação Uso de pronomes indefinidos Posição de adjetivo Prof. Fernando Lira @professorfernandolira Língua Portuguesa Cespe - UnB Leitura e Interpretação de Texto