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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
 
 
 
 
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1 Sumário 
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ..................................................... 1 
1 Sumário .......................................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................ 5 
1.1- METODOLOGIA .................................................................... 12 
2. FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA .......................................... 13 
3. AVALIAÇÃO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS .............. 14 
4. EQUAÇÕES PREDITIVAS .................................................... 16 
5. TREINAMENTO DA MUSCULATORA RESPIRA-TÓRIA ..... 18 
6. PROTOCOLOS DE TREINAMENTO MUSCULAR 
INSPIRATÓRIO ........................................................................................ 21 
7. ENTENDA O QUE É FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA E AS 
TÉCNICAS UTILIZADAS .......................................................................... 25 
8. O QUE É FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA .......................... 26 
9. CONHEÇA AS TÉCNICAS UTILIZADAS NA FISIOTERAPIA 
RESPIRATÓRIA ....................................................................................... 27 
10. QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA 
RESPIRATÓRIA ....................................................................................... 30 
11. ONDE É REALIZADO O TRATAMENTO PARA 
REABILITAÇÃO DO PACIENTE .............................................................. 30 
12. MOTIVOS DA GRANDE INCIDÊNCIA DE PROBLEMAS 
RESPIRATÓRIOS .................................................................................... 31 
Principais técnicas de fisioterapia respiratória ............................... 32 
13. EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS .......................................... 32 
14. HIGIENE BRÔNQUICA ......................................................... 32 
15. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA A FISIOTERA-PIA 
RESPIRATÓRIA ....................................................................................... 33 
Terapia PEP Vibratória ............................................................. 33 
file:///C:/Users/rosana.santos/Downloads/APOSTILA%20%20FISIOTERAPIA%20RESPIRATÓRIA.docx%23_Toc51050187
 
 
 
 
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Exercitador respiratório ........................................................... 34 
Sistema de pressão positiva expiratória ................................ 35 
16. TRATAMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA INFECÇÕES 
DO TRATO RESPIRATÓRIO ................................................................... 35 
17. FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA .......................................... 45 
18. TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICA INTERVENCIONIS-TAS . 46 
19. REFERÊNCIAS ..................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas 
de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos 
culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de 
comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de 
forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela 
inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 A fisioterapia respiratória é uma especialidade terapêutica que tem 
papel fundamental na prevenção e tratamento de complicações pulmonares 
de forma acessível que não exige recursos sofisticados para a sua execução. 
56 
 Seu principal objetivo é melhorar a função respiratória de modo a 
facilitar as trocas gasosas e adequar a relação ventilação-perfusão, por meio 
de técnicas de higiene brônquica, ou seja, técnicas que facilitam o clearance 
mucociliar e a remoção de secreções, mantendo assim a permeabilidade das 
vias aéreas. 57 
 A fisioterapia respiratória inclui outras técnicas como exercícios 
respiratórios, mobilização, manobras de reexpansão pulmonar associada com 
o recurso da ventilação otimizando o conforto do paciente e a preservação e 
restauração dos volumes e capacidades pulmonares. 58 
 As manobras de higiene brônquica visam o desprendimento e a 
mobilização de secreções facilitando sua eliminação. 59,60 Essas técnicas 
podem ser classificadas como técnicas convencionais e atuais. As técnicas 
convencionais incluem drenagem postural (DP), percussão e vibração. 
 A percussão e vibração aperfeiçoam os efeitos do tixotropismo por 
meio da propagação de ondas mecânicas impostas sobre a parede torácica. 
Assim, a secreção se torna mais fluida para ser mobilizada até brônquios de 
maior calibre e assim ser expelida ou aspirada. 61 
 A DP por sua vez se beneficia do princípio físico da ação da gravidade 
para drenar secreções pulmonares em direção a regiões mais centrais da 
árvore brônquica, baseando-se na anatomia pulmonar.7 
As técnicas atuais surgiram no final da década de 80 e início dos anos 
90, a fim de respeitar as diferenças anátomo-fisiológicas de cada faixa etária. 
Dentre elas destacam-se o aumento do fluxo expiratório (AFE) por meio da 
variação do fluxo expiratório, que promove a remoção de secreções distais 
(lenta) e a expiração lenta prolongada (ELPr) que se trata de uma técnica 
 
 
 
 
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passiva de auxílio expiratório ao lactente, promovendo depuração da via 
aérea periférica. 63 
 Esse deslocamento da secreção para as vias aéreas de grande calibre, 
facilita a eliminação por meio da tosse, que no lactente pode ser obtido pela 
tosse provocada (TP), onde os receptores mecânicos da traqueia 
extratorácica são estimulados, provocando uma tosse reflexa. 
 Faz parte também das técnicas atuais a expiração lenta total com a 
glote aberta em decúbito lateral ELT GOL e a Drenagem Autógena Assistida 
(DAA) que são baseadas em princípios fisiológicos dos diferentes níveis do 
sistema respiratório no qual o tipo de fluxo se altera, atingindo as vias aéreas 
médias e na periferia pulmonar onde promovem efeitos depurativos. 9 
 Quando falamos sobre as técnicas de fisioterapia respiratória, nos 
deparamos com diversos estudos com resultados controversos, os motivos 
são vários, já que a maioria deles se baseia em desfechos de difícil 
comprovação e multifatoriais como tempo de internação. 
 Variáveis clínicas como o VC (volume corrente) tem sido uma variável 
frequentemente usada em ensaios clínicos como desfecho para avaliação da 
eficácia de técnicas não convencionais de fisioterapia respiratória, havendo 
estudos com o aumento do VC no seu desfecho e de sua manutenção em 
outros. 65,67 
 A avaliação da mecânica respiratória passiva – complacência do 
sistema respiratório (Csr), sua resistência (Rsr) e sua constante de tempo (ct) 
– são outras variáveis que estão sendo estudadas em diversas pesquisas em 
lactentes uma vez que as mesmas auxiliam no acompanhamento longitudinal 
da função pulmonar e na avaliação de intervenções terapêuticas. 68 
 Em contrapartida são escassos os estudos que usam essas variáveis 
nos pacientes em respiração espontânea devidooferecer subsídios 
científicos à discussão das vantagens da fisioterapia em crianças 
hospitalizadas por bronquiolite. 
A Organização Mundial de Saúde infere que as doenças obstrutivas 
pulmonares apresentam um alto índice de mortalidade devido às alterações 
ventilatórias decorrentes desta condição. O prejuízo da funcionalidade é 
demonstrado na redução das atividades físicas, que repercutem nas 
atividades da vida diária, assim como nas internações por agravamento do 
quadro respiratório. 
A fisioterapia pulmonar tem sido bem-estabelecida e, cada vez mais, 
recomendada aos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC). Os elementos-chaves para o tratamento incluem uma abordagem 
multidisciplinar, sendo que os pacientes que mais procuram atendimento 
fisioterápico são os que apresentam sintomas respiratórios. 
A intervenção da fisioterapia respiratória deve ser precoce, pois isto 
minimiza os efeitos deletérios da obstrução brônquica, promovendo melhora 
da ventilação pulmonar e da funcionalidade do paciente, beneficiando também 
sua qualidade de vida. 
 
 
 
 
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Nos programas de fisioterapia em pacientes com DPOC, a duração da 
reabilitação pulmonar, as estratégias de manutenção pós-reabilitação, a 
intensidade de treino de exercício aeróbico, o treinamento muscular 
inspiratório, as orientações comportamentais e o apoio psicológico fazem 
parte de um conjunto de atenções necessárias ao sucesso terapêutico no qual 
o fisioterapeuta participa diretamente. 
As doenças obstrutivas pulmonares podem ser agudas ou crônicas. As 
doenças obstrutivas agudas, ao serem tratadas, não evoluem para alterações 
perniciosas e o paciente retorna a sua funcionalidade integral, sem prejuízo 
recorrente na qualidade de vida. 
As doenças obstrutivas pulmonares crônicas vêm apresentando alto 
índice de óbito de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 1 e, 
ainda segundo esta agência de saúde, as alterações das vias aéreas no 
decorrer do tempo mostram um maior nível de gravidade, refletindo na 
redução da atividade física, que interfere nas atividades da vida diária e no 
número de internações decorrentes do agravamento do quadro 
sintomatológico.2 
As doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) acometem 
homens e mulheres, sendo menor a prevalência em mulheres. 
Segundo o estudo de Lokke et al.,2 a DPOC não têm relação direta com 
o gênero, mas, sim, com fatores como a idade e o tabagismo. Ainda segundo 
o autor, a doença ultrapassa o sistema pulmonar, expandindo-se com 
repercussões orgânicas, sendo analisada como uma condição sistêmica. 
A prescrição e o acompanhamento dos pacientes portadores de DPOC 
pela fisioterapia respiratória são, portanto, importante para reduzir o impacto 
das repercussões sistêmicas. 1,3 
A limitação crônica do fluxo expiratório da DPOC, normalmente 
relacionada aos sintomas de aumento da produção de muco, dispneia e tosse, 
 
 
 
 
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é uma avaliação importante para caracterizar a gravidade da doença e 
direcionar a escolha do tratamento. 
No que diz respeito aos sintomas, foi publicado um estudo de coorte 
estável, em 2014, no qual 298 pacientes responderam a um questionário 
sobre qual sintoma os levou a buscar atendimento médico. 
O resultado indicou que a dispneia prevalece, seguida da tosse seca e 
com expectoração. O diagnóstico e a gravidade da DPOC são definidos a 
partir dos parâmetros de função pulmonar, de acordo com as orientações da 
Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). 
Apesar das caracterizações clínicas estarem estabelecidas, ainda é 
necessário um maior conhecimento dos vários estágios da doença.3-5 
As doenças obstrutivas agudas ou crônicas apresentam alterações 
patológicas que impedem/limitam o fluxo aéreo de forma leve, moderada ou 
grave. Podem estar relacionadas com: 
a) estreitamento das vias aéreas por broncoespasmo (contração da 
musculatura lisa) e inflamação e edema da mucosa (bronquite); 
b) presença de material intrabrônquico, como secreções e tumores; 
c) compressão extrínseca (tumores), alterando a função pulmonar do 
paciente.6 
Para caracterizar as alterações patológicas do sistema respiratório, 
vale ressaltar as suas funções fisiológicas. 
O aparelho respiratório, isento de doenças, apresenta mecanismos de 
defesa importantes e eficientes para a manutenção da sua funcionalidade. As 
defesas são divididas em: imunológica (natural e adquirida) e mecânica 
(relativa à estrutura pulmonar). 
São elas que mantêm íntegras as condições para a troca gasosa, a 
filtração aerodinâmica – que está relacionada ao tamanho do material inalado, 
 
 
 
 
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concorrendo para a sua deposição na mucosa – e o transporte mucociliar, 
responsável pela eliminação do muco em direção a orofaringe. 6,7 
Estes mecanismos de defesa, nas doenças obstrutivas, podem estar 
gravemente comprometidos, propiciando infecções respiratórias, agudizando 
a doença e piorando a função pulmonar já comprometida. 
A prevenção, a partir da supressão dos fatores de risco e o controle da 
progressão da doença obstrutiva podem ser imprescindíveis no impacto 
(positivo) da qualidade de vida, através de programa de tratamento integral. 
Aqui inclui-se a fisioterapia respiratória, de acordo com diversos autores como 
Bellamy et al., Gulini e Kunikoshita et al.8-10 
17. FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
A indicação da fisioterapia respiratória deve estar pautada no tempo e 
gravidade da doença, na relação do paciente com a mesma e nas 
comorbidades apresentadas, assim como a frequência e a duração do 
tratamento. 
Porém, deve ser levado em conta que a intervenção fisioterapêutica – 
iniciada imediatamente após o diagnóstico da doença obstrutiva e realizada 
regularmente pelo paciente – minimiza os efeitos deletérios da obstrução. 11 
As vias áreas obstruídas não são ventiladas e prejudicam as trocas 
gasosas, provocando hipoxemia e infecções por crescimento de micro-
organismos. As consequentes alterações sistêmicas incluem complicações 
musculoesqueléticas e queda da endurance, prejudicando a qualidade de vida 
do portador de DPOC. 10-13 
A fisioterapia respiratória nas doenças obstrutivas tem como objetivo 
tratar o paciente proporcionando a melhora da sua funcionalidade pulmonar 
através da limpeza brônquica, estimulando a eliminação das secreções, 
relaxando a musculatura brônquica, otimizando a ventilação pulmonar e 
melhorando o condicionamento cardiopulmonar do paciente. 14-16 
 
 
 
 
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Os métodos de avaliação da fisioterapia respiratória serão os 
parâmetros de evolução da doença. São eles: a anamnese, o exame físico, a 
oximetria, a análise do condicionamento cardiopulmonar, assim como os 
testes de função pulmonar, gasometria e radiografia de tórax. Dados 
subjetivos – como a percepção de dispneia, fadiga e dor, avaliados pelas 
escalas de Borg e visual analógica – são importantes para avaliação 
qualitativa.17-19 
Os exames ergométricos, como o teste de caminhada em seis minutos 
e o teste do degrau, também são avaliações importantes para determinar o 
condicionamento cardiopulmonar dos pacientes. 20,17 
18. TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICA INTERVENCIONIS-
TAS 
Em relação às técnicas intervencionistas, a aerossolterapia (com 
substâncias diluentes como a água e soluções salinas) é indicada quando a 
secreção se apresenta hiperviscosa e hiperaderente, visando facilitar a sua 
eliminação com o menor gasto energético.21,22 
 A aerossolterapia medicamentosa, indicada pelo médico assistente, 
atua nos processos inflamatórios e broncoespasmos. Para seu melhor 
aproveitamento, o paciente deve ser orientado a realizar um exercício 
respiratório de redução da velocidade de fluxo, tanto inspiratório – que otimiza 
a deposição das partículasde substâncias veiculadas –, quanto expiratório – 
que minimiza a velocidade de saída das partículas inaladas –, nas doenças 
pulmonares obstrutivas crônicas mantendo-as por mais tempo no ducto 
brônquico. Desta maneira, a filtração aerodinâmica é utilizada a favor do 
tratamento por aerossol. 21 
A desobstrução brônquica é um dos principais objetivos da intervenção 
fisioterapêutica nestas doenças. Atualmente, as técnicas são divididas em 
convencionais e atuais. 
 
 
 
 
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Técnicas desobstrutivas convencionais 
As técnicas convencionais da fisioterapia são a drenagem postural, 
percussões, expiração forçada e técnicas de tosse (tosse explosiva e huffing). 
Drenagem postural e percussões 
A drenagem postural pode ser associada à percussão. A drenagem, 
através das modificações da postura do paciente obedece a estrutura das vias 
aéreas em relação à ventilação dependente e não dependente. Isto 
estabelece o diâmetro do alvéolo sob atuação da força da gravidade, 
facilitando a drenagem. 23-27 
Os níveis de postura relativos aos decúbitos além de 0º são o Fowler, 
em que o paciente é colocado com o tórax elevado acima de 0º até 45º, e o 
Trendelemburg, que posiciona o paciente com o tórax rebaixado menor que 
0º, no máximo. 
Esta técnica exige monitorização constante, em todos os níveis, pois 
há predisposição a alterações ventilatórias pela ação da força da gravidade 
no sistema cardiopulmonar e pelo deslocamento do muco, que pode se 
organizar em quantidade maior em determinada região e promover dispneia 
por bloqueio momentâneo da passagem do fluxo aéreo. 
A indicação de determinada postura é relativa à área estrutural da 
árvore brônquica a ser tratada. As contraindicações à técnica são: edema 
pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, embolia pulmonar, hemoptise 
ativa, pressão intracraniana acima de 20 mmHg, hemorragia ativa, 
instabilidade hemodinâmica, infarto do miocárdio, derrames pleurais 
volumosos, lesões e cirurgias medulares, além de pós-operatórios imediatos. 
A drenagem postural, no caso da DPOC, deve ser indicada de acordo 
com a gravidade da doença; os casos moderados e graves limitam a utilização 
desta técnica. 
 
 
 
 
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A percussão pulmonar mais utilizada é a tapotagem, que gera 
vibrações intrapulmonares, descolando e mobilizando, através do fluxo 
expiratório, as secreções na direção da traqueia e, ao entrar em contato com 
os receptores reflexos, estimulam a tosse e a consequente eliminação da 
secreção. 
Paralelamente, a vibração manual tem o mesmo objetivo da tapotagem 
e, ambas, deve(m) ser executada(s) na fase da expiração, o que otimiza a 
expectoração. Por serem manobras (principalmente a tapotagem) realizadas 
na superfície externa do tórax, possuem contraindicações: lesões 
pulmonares, fraturas de costelas, osteoporose, hemoptise ativa, edema 
agudo, tumores, metástase pulmonar e broncoespasmo. 23-26 
A vibração manual na DPOC deve ser utilizada sob monitorização 
auscultatória e a tapotagem no enfisema deve ser evitada, pois pode estimular 
a musculatura brônquica e provocar broncoespasmos. 
Técnica de expiração forçada 
A técnica de expiração forçada pode ser realizada com pequeno, médio 
e grande esforço, sendo dependente da força dos músculos respiratórios 
empreendida para expirar um determinado volume pulmonar em uma 
velocidade de fluxo. Também conhecida como huffing, esta técnica tem o 
objetivo de deslocar a secreção brônquica e direcioná-la à orofaringe para ser 
expectorada, com a menor alteração da pressão pleural e reduzido gasto de 
energia. 
No caso da DPOC, deve ser orientada para ser feita com redução da 
velocidade de fluxo, minimizando o estimulo brônquico ao 
broncoespasmo.10,28,27 
Técnicas de tosse (explosiva e huffing) 
A tosse explosiva provoca um grande gasto energético, aumentando a 
dispneia e a percepção subjetiva de fadiga, o que se sabe é que é prejudicial 
 
 
 
 
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ao paciente com DPOC. Para minimizar os efeitos deletérios da tosse 
explosiva, o paciente deve ser orientado a realizar tosse a partir do 
conhecimento das suas fases, reduzindo a velocidade do fluxo, como o huffing 
(técnica de expiração forçada), e com a tosse controlada, minimizando seus 
efeitos.14,29,27 
Técnicas desobstrutivas atuais 
As técnicas desobstrutivas conhecidas como atuais são: drenagem 
autógena, ciclo ativo da respiração, aceleração do fluxo expiratório (AFE), 
associação de aparelhos como o sistema de pressão expiratória positiva 
(PEP) e o Flutter® ou Shaker® (pressão positiva oscilatória). 
Porém, no enfisema, algumas técnicas estão contraindicadas por 
estimularem a musculatura lisa brônquica e provocar broncoespasmos, como 
a AFE.12,14, ,23,25,27, 28 
Drenagem autógena 
Realizada em três fases, a drenagem autógena tem o objetivo de 
remover o muco das paredes brônquicas passando pelas fases de “descolar”, 
coletar e eliminar o muco, através da respiração com diferentes volumes 
pulmonares. Para doenças que apresentam probabilidade de desenvolver 
broncoespasmo, a velocidade do fluxo deve ser controlada, inclusive com 
relação à tosse. 
Ciclo ativo da respiração 
Também realizada em três fases, a técnica consiste em ciclos 
respiratórios repetidos, através de respirações predominantemente 
diafragmáticas, seguidas de inspirações profundas com velocidade de fluxo 
lento, tanto na inspiração quanto na expiração e, por fim, a eliminação da 
secreção através do huffing, otimizando o transporte mucociliar. 
Esta técnica é indicada para os portadores de DPOC que podem 
desenvolver broncoespasmo. 
 
 
 
 
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AFE (aceleração do fluxo expiratório) 
Esta técnica tem como objetivo aumentar a velocidade do fluxo 
expiratório e, assim, permitir o deslocamento do muco no ducto brônquico. É 
realizada através da manobra de compressão torácica associada ao fluxo 
expiratório. 
É contraindicada para as situações que podem desencadear 
broncoespasmo, por estimular a musculatura brônquica. 
PEP 
Indicada para reduzir o aprisionamento aéreo, reverter atelectasias e 
mobilizar secreções através da resistência ao fluxo respiratório. Presume-se 
que previne o colapso das vias aéreas e desloca as secreções em direção aos 
brônquios de maior calibre, facilitando a sua eliminação. 
De acordo com a indicação, pode ser utilizada na DPOC. Flutter® ou 
Shaker® Instrumento que associa a fisiologia da PEP a oscilações de alta 
frequência com o mesmo objetivo da PEP. A velocidade do fluxo expiratório 
pode ser controlada pelo paciente, sendo também indicada para a DPOC. 
Relaxamento muscular 
Os pacientes em esforço respiratório – seja por estarem na fase aguda 
ou na agudização da cronicidade, seja na fase da doença de moderada a 
grave – podem apresentar redução da incursão funcional da musculatura 
respiratória por excesso de uso, tornando-se hipertrofiada e em estado de 
retração. Essas alterações diminuem o movimento torácico e prejudica a 
ventilação pulmonar.30,27 
Pacientes que ainda não apresentam tórax em tonel com alterações 
musculares estruturadas se beneficiam integralmente dos exercícios de 
alongamento e relaxamento muscular. 
 
 
 
 
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Isto melhora a elasticidade muscular e, assim, permite a incursão 
funcional mais adequada da musculatura respiratória. Desta maneira, os 
movimentos torácicos são otimizados, o que permite a melhor expansão do 
tórax. Os pacientes que apresentam quadro moderado ou grave da doença 
se beneficiam desta técnica de forma limitada, porém melhora a percepção 
subjetiva do esforço. 
Exercícios respiratórios 
Os padrões respiratórios utilizados objetivam conscientizar os 
movimentos toracoabdominais da respiração, melhorar o movimento da caixa 
torácica,otimizar a funcionalidade da musculatura respiratória e promover a 
melhora da ventilação pulmonar e a consequente oxigenação. 
A cinesioterapia respiratória melhora o desempenho muscular, assim 
como estimula a endurance, propiciando um maior condicionamento 
cardiopulmonar.30,27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSAO 
A intervenção da fisioterapia respiratória nas doenças obstrutivas 
pulmonares e, principalmente, na DPOC promove evidente benefício relativo 
à ventilação pulmonar. 
Apesar da ausência de estudos randomizados e ensaios clínicos 
controlados e, também, da pouca quantidade de dados disponíveis na 
literatura para algumas das técnicas desobstrutivas utilizadas o tratamento 
fisioterapêutico resulta em maior medida de secreção eliminada e melhora da 
perfusão e função pulmonar observada nos exames complementares 
pertinentes. 
Após a intervenção fisioterapêutica com desobstrução brônquica, 
relaxamento muscular e exercícios respiratórios, ocorre a melhora dos valores 
gasométricos, da ausculta pulmonar, da radiografia de tórax, dos testes de 
função pulmonar e da percepção subjetiva de dispneia, podendo, desta 
maneira, ser considerada relevante no tratamento do paciente com doenças 
obstrutivas. 
Recomenda-se que estudos randomizados e de evidência clínica sejam 
realizados para proporcionar embasamento científico às técnicas utilizadas 
pela fisioterapia respiratória. 
As medidas das pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória 
máxima (PEmáx) constituem-se de um método simples e não invasivo para 
avaliação da força de músculos respiratórios. 
 
 
 
 
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Além de identificar a fraqueza desses, também identifica a sua 
resistência à fadiga em diversas doenças e situações clínicas, assim como 
em indivíduos normais. 
A avaliação da força dos músculos respiratórios é um método comum 
na avaliação fisioterapêutica de pacientes com doenças cardiorrespiratórias e 
neurológicas. 
As medidas de PImáx e PEmáx permitem que o fisioterapeuta elabore 
um protocolo específico para treinamento dos músculos respiratórios que tem 
por objetivo melhorar a mecânica respiratória, concomitantemente, com a 
força muscular respiratória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19. REFERÊNCIAS 
 
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124. ONAGA, F. I.; JAMAMI, M.; RUAS, G.; DI LORENZO,V. A. P.; JAMAMI, 
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125. PANIZZI , E. A.; HARTMANN, P.; SCOLARO, S. A. ; PAMPLONA, C. 
M. A. ; KERKOSKI E. Pressões Respiratórias Máximas nas diferentes 
 
 
 
 
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Categorias de Índice de Massa Corporal: Uma Análise Descritiva. VIII 
Encontro Latino Americano de Iniciação Cientifica e IV Encontro Latino 
Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2004. 
126. PARREIRA, V. F.; FRANÇA, D. C.; ZAMPA, C. C.; FONSECA, M. M.; 
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131. SILVEIRA, J. M; GASTALDI, A. C.; BOAVENTURA, C. M.; SOUZA, H. 
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do Estado de São Paulo. Ver Bras Fisioter, São Carlos, v. 14, n. 1, 
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133. SOUZA, E.; TERRA ,E. L. S. V.; PEREIRA, R.; CHICAYBAN, L.; SILVA, 
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134. SOUZA, R .B. Pressões respiratórias estáticas máximas. J Pneumol, 
v.28, n. 3, outubro de 2002, p. 155-165. 
135. WEST, J. B. Fisiologia Respiratória Moderna. São Paulo: Manole, 2002.à necessidade de sedação. 
Escores de gravidade e sinais e sintomas respiratórios são variáveis que são 
passíveis da ação da FR, porém refletem seu efeito apenas em curto prazo. 
 As principais manobras utilizadas nos estudos foram: vibração, 
percussão, DP, TP e a ELPr. Sendo abordadas nas doenças: BVA 
 
 
 
 
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(Bronquiolite Viral Aguda), sibilância recorrente, pneumonia e FC (Fibrose 
cística). Ficou muito claro nos resultados dos estudos selecionados que a 
eficácia das técnicas está mais bem relacionada a desfechos em curto prazo 
como sinais clínicos e gravidade dos sintomas. 
 Em desfechos como tempo de internação e resolução do quadro a 
resposta não foi satisfatória. Quanto à qualidade metodológica dos estudos a 
maioria apresentou qualidade metodológica acima da média (>5/10) e ainda 
assim e necessário mais estudos de intervenção que estejam voltados a 
desfechos clínicos que são de grande importância para a fisioterapia 
respiratória, em especial na pediatria, e que incluam a intenção de tratar na 
análise e principalmente o tamanho do efeito do desfecho alcançado. 
 E muito importante antes do início do estudo que o método seja 
adequado a resposta da pergunta e também a inclusão de avaliadores cegos. 
Vibração 
 Dos 7 estudos 71,73,77,80 que usaram a vibração como uma das técnicas 
de intervenção, 5 deles obtiveram melhora significativa no desfecho final de 
crianças com pneumonia ou bronquiolite aguda. Melhorando parâmetros 
clínicos como frequência respiratória, saturação de oxigênio e ausculta 
pulmonar. 
 Vale lembrar que está técnica não foi utilizada de forma isolada e sim 
em associação com outras técnicas. A vibração e uma técnica cujo princípio 
de ação e o tixotropismo e sua ação se limita a remoção de secreções em 
vias aéreas de grande calibre. 
‘ Paludo et al. 71 realizaram um estudo randomizado com 98 crianças 
com pneumonia aguda. Além da vibração, foi utilizada a DP, compressão 
torácica, percussão e a tapotagem. O estudo concluiu que a fisioterapia 
respiratória não acelera a resolução clínica (desfecho associado a outras 
variáveis importantes além da fisioterapia como, por exemplo, agente 
etiológico e complicações) das crianças hospitalizadas com pneumonia e 
pode ainda prolongar a duração da tosse e roncos que não deve ser associado 
a um efeito deletério uma vez que na pneumonia a disfunção se encontra na 
 
 
 
 
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área de troca e a tosse/roncos mostra que a secreção foi deslocada para vias 
aéreas de grande calibre. 
 Outros estudos seriam necessários com técnicas que atinjam os 
alvéolos e que promovam a variação do volume pulmonar para confirmar os 
efeitos da fisioterapia respiratória, por meio de técnicas atuais que seriam 
mais recomendadas respeitando a necessidade clinica dessas crianças. 
 Muitas vezes respostas divergentes são encontradas nos estudos por 
não se fazer uma leitura aprofundada da disfunção que o quadro clinico 
acarreta. A intervenção fisioterapêutica deve ser baseada na disfunção e não 
no quadro clinico. 
Percussão/Tapotagem 
 Um estudo de Lanza et al. 72, com 19 crianças menores de 2 anos, com 
quadro clinico de BVA foram divididas em 3 grupos: Grupo vibro compressão 
+ DP, Grupo tapotagem + DP e Grupo aspiração. Como resultado, as técnicas 
de fisioterapia respiratória como a vibro compressão ou tapotagem 
associadas a DP determinaram redução do desconforto respiratório, maior 
eliminação de secreção e melhora da ausculta pulmonar. 
 Para Gomide et al. 84, não há uma duração comprovada cientificamente 
quanto ao tempo que deve ser feita a percussão. Sabe-se que o tempo deve 
ser baseado em função das condições individuais de cada paciente e da 
ausculta pulmonar. 
 Em estudos realizados com pacientes fibrocísticos variou de 3 a 5 
minutos o tempo da intervenção a cada seguimento. Em outro estudo 
comparando o uso da DP associado a percussão versus a pressão expiratória 
positiva em pacientes com FC, o resultado foi melhor para o grupo que 
recebeu a pressão expiratória positiva, melhorando em todos os parâmetros 
a função pulmonar. 69 
 Novamente a necessidade de um correto diagnóstico disfuncional para 
uma melhor intervenção se faz necessária para a comprovação dos reais 
efeitos das técnicas de fisioterapia. 
 
 
 
 
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 A tapotagem ainda e bastante utilizada, porém deve ficar claro que sua 
eficácia é limitada em doenças ou disfunções localizadas em vias aéreas de 
pequeno e médio calibre e especialmente nas vias aéreas de troca (alvéolos) 
onde se faz necessário a variação do volume pulmonar. Outro fator limitante 
desta técnica e a capacidade da mão humana gerar a frequência necessária 
em hertz para que a ação proposta pela técnica de fluidificar as secreções 
para serem carreadas sejam alcançadas. 
 A mão gera no máximo 8 Hz e o tixotropismo ocorre com frequências 
entre 25 a 35Hz (oscilações por segundo). 85 
Drenagem postural (DP) 
 Dos estudos encontrados, a técnica de DP foi indicada em cinco 
estudos, utilizada em doenças como a BVA e pneumonia. Associada a outras 
técnicas ela tem o efeito de drenar as secreções para as vias aéreas 
proximais, facilitando assim sua remoção. 
 Goncalves et al. 83 avaliaram 30 lactentes com BVA, usando a técnica 
de DP associada a vibração. Observou- -se uma diminuição da FR em 6 e 9 
minutos após a terapia e aumento da SpO2 aos 6 e 9 minutos comparados 
antes da fisioterapia. 
 Novamente melhora em parâmetros clínicos, devem ser enfatizados. 
Ruiz e colaboradores 85 demonstraram a superioridade da associação das 
técnicas de DP associada a percussão, seguida de aspiração traqueal quando 
comparada ao grupo controle que apenas realizou a aspiração traqueal. O 
resultado foi uma diminuição significativa da resistência do sistema 
respiratório. 
 A questão fundamental que permeia a utilização desta técnica em 
pediatria e a postura de trendlemburg em lactentes por ser um risco para 
refluxo gastresofágico, porem um estudo conduzido em 1998 por Phillips et 
al. 31, não obteve este resultado de aumento ou agravamento do refluxo 
em crianças de 1 a 27 meses, o que deve ser questionado e se esta postura 
e necessária e eficaz. 
 
 
 
 
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 Outro fator limitante e a manutenção das crianças por tempo 
necessário em cada postura para que o efeito aconteça (15 a 20 min). Na 
pratica clinica observamos a utilização de uma DP modificada em decúbito 
lateral e associada a outras técnicas o que inviabiliza a avaliação desta técnica 
isolada. 
Tosse provocada (TP) 
 A TP e bastante utilizada na pediatria, em lactentes, onde não temos a 
colaboração de uma tosse voluntaria para a remoção de secreção, essa 
mesma e exercida de forma reflexa. Nos artigos encontrados a TP foi utilizada 
somente quando não houve alternativa para a expectoração das secreções, 
sem a presença de efeitos adversos.74,75 
Expiração Lenta e Prolongada (ELPr) 
 Lanza et al.32 avaliaram as alterações da mecânica respiratória e do 
volume corrente (VC) após a realização da técnica ELPr, com 18 lactentes 
apresentando história de sibilância. 
 Após o tratamento houve um aumento significativo do VC e redução da 
frequência respiratória (FR), porem, não houve mudanças nos valores da 
mecânica respiratória como complacência. O estudo concluiu que a 
fisioterapia respiratória e capaz de melhorar os parâmetros de VC e FR em 
lactentes nessas condições. 
 Gomes et al. 78 encontraram redução da gravidade por meio de escore 
clinico dos lactentes com BVA que foram submetidos a técnicas 
convencionais e atuais, porem as crianças que foram tratadas com ELPr 
apresentaram redução importante das tiragens e retrações o que justifica o 
achado de Lanza et al. 87 em relação ao aumento no VC e suspiros. 
 Postiaux 88 em 1995, utilizou a ELPr e a TPem combinação com 
aerossol terapia (atrovent brometo de ipatrópio e salbutamol) analisando a 
mecânica respiratória e os sons pulmonares. A fisioterapia respiratória 
apresentou resultado significativo referente a taxa de sibilância desses 
lactentes que foi reduzida. Já para Castro-Rodriguez 82, o uso da ELPr junto 
com a TP não obteve benefício nenhum em comparação ao tratamento 
 
 
 
 
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isolado com Salbutamol, em uma amostra de 48 lactentes com episódios 
agudos de sibilância moderada. 
 Segundo Postiaux 64, para constatar a efetividade desta técnica e 
preciso uma boa avaliação seguindo a ausculta pulmonar ou simplesmente o 
aparecimento de tosse espontânea, que nos confirma a mobilização das 
secreções de distal para proximal. 
 Os efeitos da ELPr estão mais evidentes na literatura por ter avaliado 
mecânica respiratória durante a técnica e a função pulmonar dos lactentes, 
além disso e a técnica envolvida nos ensaios clínicos de melhor qualidade 87,89 
Técnica de Expiração Forçada (TEF) 
 Gajdos et al. 74 conduziram um estudo multicêntrico com 496 lactentes 
(ensaio clinico randomizado) utilizando a técnica de expiração forcada, neste 
estudo não foi encontrado benefício da Fisioterapia respiratória. É importante 
lembrar que a técnica que foi utilizada nesse estudo, não e indicada para 
crianças com menos de 24 meses de idade, e, quando utilizada junto com a 
drenagem postural clássica, pode aumentar o risco de vômitos e de refluxo 
gastresofágico além de promover interrupção 
do fluxo expiratório nesta população. 63 
 A combinação destas técnicas nesse estudo pode não ter beneficiado 
para a melhora do desconforto respiratório desses pacientes, além de ser 
fisiologicamente contra indicada para lactentes esta técnica não e adequada 
para remoção de secreção das vias aéreas de pequeno e médio calibre como 
e a disfunção promovida pela BVA. 78 
 Desta forma sugerem-se novos estudos sobre as técnicas de 
fisioterapia respiratória respeitando as diferenças anatomofisiológicas 
apresentadas nas crianças. 
 Outra questão que pode ter contribuído para a redução da nota neste 
estudo de Gajdos 74 foi o desfecho relacionado a tempo de internação o que 
já foi anteriormente discutido como um desfecho multifatorial de difícil 
atribuição a fisioterapia respiratória na BVA. 
 
 
 
 
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 Dentre as outras técnicas de fisioterapia respiratória vistas nos estudos, 
destaca-se a técnica inspiratória para reversão da atelectasia (TILA), sendo 
uma técnica bastante eficaz para reversão de atelectasia, porém só há dois 
estudos sobre ela e há necessidade de maiores investigações principalmente 
com maior rigor metodológico. 70,90 
 
1.1- METODOLOGIA 
Para a construção deste material, foi utilizada a metodologia utilizada 
de pesquisa bibliográfica, com o intuito de proporcionar um levantamento de 
maior conteúdo teórico a respeito dos assuntos abordados. 
Através de pesquisa bibliográfica em diversas fontes, o estudo se 
desenvolve com base na opinião de diversos autores, concluindo que a 
formação e a motivação são energias que conduzem a atividade humana para 
o alcance dos objetivos de excelência na prestação de serviços públicos e 
podem também se converter nos principais objetivos da gestão de pessoas 
no setor público e no fundamento de sua existência. 
A pesquisa bibliográfica consiste em um levantamento de informações 
e conhecimentos acerca de um tema a partir de diferentes materiais 
bibliográficos já publicados, colocando em diálogo diferentes autores e dados. 
Entende-se por pesquisa bibliográfica a revisão da literatura sobre as 
principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que 
chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode 
ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre 
outras fontes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
O sistema respiratório é constituído pelos pulmões, órgão responsável 
pelas trocas gasosas, e pela parede torácica e abdominal responsáveis pela 
mecânica respiratória. Tem como função primária deslocar a parede torácica 
impulsionando o ar para dentro e para fora dos pulmões, auxiliando assim na 
manutenção da troca gasosa. 57 
A respiração é um processo mecânico, automático, rítmico e regulado 
pelo sistema nervoso central. É a contração e o relaxamento dos músculos 
diafragma, abdominais e o movimento da caixa torácica e do abdômen que 
provocam o deslocamento do ar para dentro e para fora das unidades 
terminais respiratórias do pulmão. 92 
O diafragma é o principal músculo da inspiração. É suprido pelos 
nervos frênicos a partir dos segmentos cervicais 3, 4 e 5 e constituído por 
fibras estriadas, com características próprias por ter maior constituição de 
fibras vermelhas ou oxidativas e, assim, mais resistentes à fadiga. Portanto, 
com um padrão de distribuição diferente dos demais músculos esqueléticos 
do corpo. 130,135 
Como a expiração é um processo passivo, os músculos possuem ação 
expiratória somente quando o ciclo expiratório for ativo, como durante o 
exercício físico, ou quando ocorrem doenças respiratórias, contribuindo para 
que os músculos intercostais internos, porção interóssea, os abdominais e 
outros músculos da cintura escapular. 57, 103 
Para que se tenha uma respiração eficaz é necessário que o sistema 
respiratório esteja com todas as suas funções preservadas. Para isso, é 
primordial que a musculatura respiratória esteja funcionando normalmente, 
 
 
 
 
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uma vez que o seu comprometimento pode levar à hipoventilação, redução na 
tolerância ao exercício e, em casos extremos, à insuficiência respiratória. 
3. AVALIAÇÃO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS 
Determinação das pressões respiratórias máximas 
A força dos músculos respiratórios depende da relação comprimento-
tensão, força-velocidade, força-frequência e integridade contrátil, sendo que 
o comprimento do músculo e sua força contrátil dependem do volume 
pulmonar e de sua posição para a contração. 90 
Para Leal et al. (2007) 115 a força muscular respiratória sofre influência 
de vários fatores como sexo, idade, peso, altura e tabagismo. Em 1969, Black 
& Hyatt sugeriram um método simples de avaliá-la através das medidas de 
pressões respiratórias máximas com um manômetro/manovacuômetro 
graduado em cmH2O. 
O aparelho é considerado um instrumento clássico para se medir as 
pressões respiratórias estáticas máximas ao nível da boca. É um tubo 
cilíndrico rígido, cuja extremidade distal é fechada, exceto por apresentar um 
orifício com 1 a 2 mm de diâmetro. A extremidade proximal é aberta e nela se 
encaixa uma peça bucal; através desta, o indivíduo em teste realiza esforços 
inspiratórios ou expiratórios máximos. 134, 102, 131 
Consideraram como uma medida quantitativa da função e da força dos 
músculos respiratórios. Desde então tem sido, universalmente, utilizado para 
determinação das pressões respiratórias estáticas máximas geradas ao nível 
da boca pela contração muscular e representadas pela pressão inspiratória 
máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx) que apresentam 
valores negativos e positivos, respectivamente. 117,109,102 
A manovacuometria deve ser feita antes de se iniciar qualquer 
treinamento muscular respiratório, permitindo quantificar o aumento da força 
muscular obtida pelos exercícios respiratórios. Seu uso permite definir um 
 
 
 
 
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protocolo de treinamento eficaz para o paciente, sem que haja esforços 
desnecessários por parte dos músculos da respiração, 57,126 embora Onaga, 
et al. (2010) 124 tenha constatado que a utilização da própria manovacuometria 
pode ser utilizada para o fortalecimento da musculaturarespiratória por gerar 
resistência à respiração espontânea do paciente. 
A literatura também evidencia que deve haver um intervalo de 
descanso de dois minutos entre as medidas no intuito de impedir que o 
cansaço do paciente modifique os resultados, ocasionados por uma possível 
fadiga da musculatura respiratória. O valor máximo da medida será 
considerado aquele que mantiver o tempo de 2 segundos de sustentação 
134,102,131 
Para uma boa avaliação de medidas de PImáx e PEmáx é necessário 
que além da mensuração da força dos músculos respiratórios seja realizada 
também a medida do volume pulmonar e do correspondente valor da pressão 
de retração elástica do sistema respiratório. 134,126 
A PImáx gerada na boca é obtida durante esforço máximo contra a via 
aérea ocluída. É medida a partir da posição de expiração máxima, quando o 
volume de gás contido nos pulmões está no volume residual (VR), porém 
também pode ser medida a partir do final de uma expiração calma, quando o 
gás contido nos pulmões é a capacidade residual funcional (CRF). 
Já a PEmáx é medida a partir da posição de uma inspiração máxima, 
quando o volume de gás contido nos pulmões está no nível da capacidade 
pulmonar total (CPT) onde todos os músculos expiratórios estão no seu 
comprimento ideal, mas também pode ser medida a partir do final de uma 
expiração calma. 134 
Portanto, a literatura sugere que a forma mais utilizada para 
determinação da PImáx é a partir do VR, enquanto que a PEmáx seja a partir 
da CPT. 95, 132 
 
 
 
 
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Esse método de avaliação da força muscular respiratória é bastante 
comum, não-invasivo e deve ser utilizado pelo fisioterapeuta durante a 
avaliação funcional desses músculos. É de fácil execução, acessível e que 
depende da colaboração do paciente. Tem importância diagnóstica e 
prognóstica em doenças neuromusculares, pulmonares e cardiovasculares, 
no pós-cirúrgico de tórax e abdômen e capacidade de tosse. 106, 95,89 
A avaliação da função muscular a partir da PImáx e PEmáx se faz 
importante para determinar protocolos adequados de treinamento dos 
músculos respiratórios e assim, promover a recuperação da força e aumentar 
a resistência à fadiga desses músculos, conhecida como endurance em 
pacientes com doenças neuromusculares, cardíacas e respiratórias, no pós 
operatório de cirurgias torácica e abdominal. 123,96 
Em pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI) permite o 
diagnóstico e prognóstico de insuficiência respiratória por falência muscular. 
O diagnóstico precoce da fraqueza dos músculos respiratórios nesses 
pacientes auxilia na avaliação da mecânica respiratória e na indicação de 
intubação, desmame do ventilador e extubação de pacientes. 110 
De acordo com Brunetto et al. (2003) 95 permite, também, avaliar a 
evolução do tratamento fisioterapêutico e a qualidade dos exercícios a que 
esses pacientes estão sendo submetidos. 
4. EQUAÇÕES PREDITIVAS 
Diversos autores já propuseram tanto equações preditivas como 
valores para PImáx e PEmáx. Black e Hyatt (1969) avaliaram a PImáx e 
PEmáx em 120 pessoas, sendo 60 homens e 60 mulheres na faixa etária de 
20 - 74 anos e observaram uma redução desses valores em ambos os sexos 
a partir dos 55 anos de idade, cujos valores de PImáx foram de 124± 
22cmH2O e PEmáx de 233± 42cmH2O para os homens, e a PImáx foram de 
87± 16cmH2O e PEmáx de 152± 27cmH2O para as mulheres. A sua 
população-alvo foi norte americana, cujas características antropométricas se 
 
 
 
 
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diferenciam da população brasileira onde é elevado o índice de miscigenação, 
bem como de caracteres físicos-regionais próprios. 125 
De acordo com Azeredo (2002) 90 os valores de PImáx para um adulto 
jovem varia de - 90 a -102 cmH2O, enquanto a PEmáx pode variar de +100 a 
+150 cmH2O. 
Camelo Jr. et al. (1985) 97 foram os primeiros autores a demonstrarem 
os valores de PImáx e PEmáx para a população brasileira adulta, cujos 
valores para a PEmáx são de 249 ± 33 cmH2O para os homens e de 155 ± 
35 cmH2O para as mulheres. Os valores de PImáx são 131± 28 cmH2O para 
os homens é 95 ± 28 cmH2O para as mulheres, considerados, portanto, 
valores aproximados àqueles obtidos por Black e Hyatt em 1969. 
Para caracterizar ainda mais os valores preditivos para a população 
brasileira, Neder et al. (1999) 122 propuseram equações preditivas e valores 
de referência onde a PImáx deve ser em média de -100 cmH2O e os valores 
de PEmáx em média de + 110 cmH2O para ambos os sexos. 
As equações sugeridas pelos autores acima são específicas para o 
gênero, sendo as seguintes para mulheres: PImáx= -0,49 (idade) + 110,4 e 
PEmáx = -0,61 (idade) + 115,6. Para os homens as equações são: PImáx = -
0,80 (idade) + 155,3 e PEmáx = -0,81 (idade) + 165,3. 
Parreira et al. (2007) 126 concluíram em seus estudos que as equações 
propostas por Neder et al. (1999)122 não eram capazes de predizer os valores 
de PImáx e PEmáx na população-alvo, pois houve diferenças estatisticamente 
significantes entre alguns dos valores esperados através das equações e 
aqueles encontrados durante a realização dos testes. O mesmo foi constatado 
por Costa et al. (2010) 102 e, por isso, ambos os autores acima propuseram 
novas equações. 
 
 
 
 
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Dessa forma, as equações propostas por Costa et al. (2010) 102 foram 
as seguintes para as mulheres: PImáx = - 0,46 × idade + 74,25 e PEmáx = - 
0,68 × idade + 119,35. 
Para os homens as equações foram: PImáx = -1,24 × idade + 232,37 e 
PEmáx = -1,26 × idade + 183,31, embora os autores puderam observar que 
essas equações propostas seriam melhor ajustadas para PImáx em homens 
a partir dos trinta anos de idade e em mulheres com idade entre setenta e 
oitenta anos. 
Como fator preditivo para desmame de prótese ventilatória nas 
unidades de terapia intensiva, um valor de PImáx que alcance - 30 cmH2O 
pode garantir sucesso no processo de interrupção da ventilação mecânica. 111 
Das diversas variáveis que interferem nas medidas da força muscular 
respiratória como gênero, peso, altura e IMC, a idade apresentou-se como a 
melhor variável de poder preditivo para as pressões respiratórias máximas. 122 
5. TREINAMENTO DA MUSCULATORA RESPIRA-
TÓRIA 
As medidas de PImáx e PEmáx permitem que o fisioterapeuta elabore 
um protocolo específico para treinamento dos músculos respiratórios que tem 
por objetivo melhorar a mecânica respiratória, concomitantemente, com a 
força muscular respiratória. 
O aumento da força desses músculos promove diminuição significativa 
da sensação de dispnéia, previne a fadiga dos músculos respiratórios, além 
de aumentar a capacidade de tosse e prevenir as infecções respiratórias. 104 
De acordo com Galvan e Cataneo (2007) 108 o treinamento da 
musculatura respiratória aumenta os valores de PImáx e PEmáx melhorando 
a força dos músculos respiratórios. 
Com o objetivo de determinar a carga a ser utilizada durante o 
tratamento é necessário avaliar a força através de um manovacuômetro a 
 
 
 
 
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PImáx e PEmáx e trabalhar com valores entre 30 e 50% da força muscular 
inspiratória e expiratória máxima do indivíduo. O treinamento deve ser feito, 
em média, durante 30 minutos diários em indivíduos com estabilidade clínica, 
sendo esse tempo limitado em pacientes críticos ou em fadiga muscular 
respiratória importante. 93 
O treinamento da musculatura respiratória tem como função habilitar 
músculos específicos a realizarem com maior facilidade a função para qual 
são destinados, objetivando tanto força muscular quanto endurance. Sendo 
assim, é necessário que esses músculos apresentem mínimas condições 
fisiológicas como a integridade da condução nervosa e circulação adequada. 
133 
O treinamento muscular inspiratório é uma intervenção que vem sendo 
adotada para melhorara força e a resistência à fadiga dos músculos 
inspiratórios em pacientes com alteração da função respiratória e cardíaca. 98 
Pode ser realizado por meio de respiração contra resistida com 
dispositivos de carga alinear ou linear. Sendo assim, o método mais utilizado 
é o Threshold®IMT que é considerado uma carga linear pressórica para o 
treinamento específico da musculatura inspiratório. 133 
O Threshold®IMT é um dispositivo que oferece uma resistência à 
inspiração por meio de um sistema de mola com uma válvula unidirecional. 
Durante o ato expiratório não há resistência, pois a válvula unidirecional se 
abre. Já na inspiração ocorre o fechamento da válvula, ocasionando uma 
resistência. Para iniciar o treinamento com o Threshold®IMT é necessário 
definir a resistência a ser aplicada em cmH2O a partir das medidas de PImáx 
pelo manovacuômetro. 133 
Este dispositivo mantém a carga constante durante toda a inspiração, 
independentemente do fluxo utilizado durante a respiração. Esse aparelho 
consiste de um cilindro de plástico com 1,5cm de diâmetro interno, que contém 
uma válvula de fluxo de um lado, um regulador de pressão interna controlado 
 
 
 
 
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por uma tensão na mola e um bocal do outro lado. É um dispositivo de baixo 
custo, fácil aplicação, confiável e reprodutível. Existem poucos valores de 
referência disponíveis para a população saudável para comparação do que é 
normal e patológico. 91 
O treinamento dos músculos inspiratórios com o Threshold®IMT não 
possui efeito na melhora da PImáx, quando utilizado em condições agudas de 
doenças cardíacas, respiratórias e neurológicas e mesmo quando é feito 
somente em uma sessão. 133 
Assim sendo, as alterações fisiológicas, como o aumento da densidade 
capilar e conteúdo de mioglobina, aumento do número e tamanho da 
mitocôndria muscular e da concentração de glicogênio, são adquiridas quando 
se trabalha em níveis considerados críticos, com cargas crescentes e 
estímulos diferentes e por longo prazo, sendo possível de serem alcançadas 
por um programa de treinamento muscular composto de estímulos de 
intensidade, duração e frequência suficientes para produzir respostas 
desejadas. 119 
Segundo Chiappa (2003) 98 o treinamento pode aumentar o tamanho e 
o número de miofibrilas e a concentração de proteínas sarcoplasmáticas com 
aumento da capacidade de transporte dos elétrons. Além de aumentar a 
proporção de fibras resistentes à fadiga no diafragma, o treinamento também 
reduz a suscetibilidade das fibras musculares aos efeitos destrutivos do 
exercício intenso ou por agudizações de doenças cardiorrespiratórias e 
neurológicas. 
Ainda de acordo com os autores acima, o regime de treinamento de 
força com alta carga e baixo número de repetições resulta em aumento no 
diâmetro e número de miofibrilas, especialmente das fibras tipo II, 
determinando uma hipertrofia da fibra muscular. 
 
 
 
 
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6. PROTOCOLOS DE TREINAMENTO MUSCULAR 
INSPIRATÓRIO 
O treinamento muscular inspiratório (TMI) tem sido considerado como 
um potencial agente modificador de anormalidades dos músculos 
inspiratórios, aumento de força e endurance, melhora da dispnéia e da 
qualidade de vida. Usualmente as indicações do TMI estão associadas com a 
presença de diferentes situações clínicas como a insuficiência cardíaca, 
doenças neuromusculares, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma e 
desmame difícil da ventilação mecânica. 98 
Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) também 
são beneficiados com o treinamento dos músculos respiratórios. 
Estudos recentes em pacientes portadores de DPOC demonstraram 
que a proporção das fibras tipo I e o tamanho das fibras tipo II aumentaram 
após o treinamento específico da musculatura inspiratória, e essas mudanças 
estruturais explicam, em parte, a melhora funcional dos músculos treinados. 
No diafragma, as adaptações na composição das fibras musculares e 
na atividade enzimática ocorrem em resposta ao aumento da carga. Essas 
adaptações resultam em aumento da resistência à fadiga e melhora do 
comportamento funcional do músculo. 119 
Ribeiro et al. (2005) 127 aplicaram o protocolo de treinamento de 15 
minutos diários, utilizando o Threshold®IMT graduado em 50% da PImáx, 
durante 8 semanas com sessões duas vezes por semana em 10 pacientes 
estáveis com diagnóstico clínico de DPOC. Associado ao treinamento dos 
músculos inspiratórios submeteu esses pacientes ao treinamento em ciclo 
ergômetro e exercícios com halteres para membros superiores (MMSS). 
Verificou-se aumento na tolerância ao exercício físico, demonstrado 
pelo aumento da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos 
(TC6) e aumento da força muscular respiratória. 
 
 
 
 
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No estudo de Ribeiro et al. (2007), 127 também com pacientes com 
DPOC, o protocolo utilizado foi de 15 minutos durante seis semanas com três 
sessões semanais utilizando o Threshold®IMT, além da reeducação 
respiratória. A carga utilizada para o TMI foi de 40% do valor da PImáx, sendo 
esta reavaliada semanalmente para reajuste da carga. Os pacientes 
submetidos a esse protocolo apresentaram aumento significante da distância 
percorrida no TC6 e no teste incremental de esteira. 
Apresentaram também redução significante da sensação de dispnéia 
no repouso e na mesma intensidade de esforço do teste incremental em 
esteira e redução da frequência cardíaca no repouso. 
Kunikoshita et al.(2006) 114 utilizaram em seus protocolos de 
treinamento muscular respiratório o tempo de 10 a 20 minutos através do 
Threshold®IMT graduado em 30% da PImáx durante seis semanas 
consecutivas. Após o programa de reabilitação, observou-se um aumento 
significativo da PImax. 
Apesar do treinamento muscular inspiratório, quando o estímulo é 
adequado para melhorar a performance muscular respiratória, pode promover 
uma redução significativa da gravidade da dispnéia e melhora na tolerância 
ao esforço; no presente estudo, no entanto, a carga de treinamento foi 
suficiente apenas para gerar aumento significativo da FMR (força muscular 
respiratória), e não para gerar melhora significativa na dispnéia ou na 
capacidade funcional no grupo de pacientes que realizou apenas TMR 
(treinamento muscular respiratório). 
Em relação a pacientes com DPOC, dois estudos demonstraram que 
os protocolos de treinamento com cargas de 12% e 15% da PImáx não foram 
eficazes, ao passo que 30% da PImáx foram suficientes para produzir os 
efeitos do treinamento.113, 118 
Em pacientes com asma brônquica, Lima et al. (2008) 117 aplicaram um 
protocolo de fisioterapia respiratória com as técnicas de treinamento dos 
 
 
 
 
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músculos respiratórios em duas sessões semanais, durante sete semanas 
consecutivas. 
Utilizaram para o treinamento um resistor de carga linear graduado em 
40% da PImáx. Durante os primeiros vinte minutos de sessão, o paciente 
realizou dez séries de sessenta segundos intercaladas cada uma com o 
mesmo tempo de descanso. Nos próximos cinco minutos, o treinamento foi 
realizado sem intervalos. Observou-se que com esse protocolo houve melhora 
significativa da gravidade e frequência das crises, atividades de vida diária 
(AVD´s), sintomas diurnos e noturnos e no uso medicamentos. 
Gallas et al.(2006) 107 em um relato de caso de um paciente portador 
de Distrofia Muscular de Duchenne e asma, seguiram o protocolo de TMI 
usando o Threshold®IMT graduado em 20% da PImáx, por 10 minutos, sete 
vezes por semana, durante doze semanas consecutivas. Observaram um 
aumento das pressões respiratórias máximas a partir da segunda semana do 
treinamento muscular que voltou a aumentar a partir da sétima semana de 
treinamento até se estabilizar ao final do protocolo. 
Pacientes traqueostomizados também devem ser submetidosao 
treinamento dos músculos respiratórios para facilitar o desmame da ventilação 
mecânica. Condessa (2008) 100 submeteu um grupo de dez pacientes 
traqueostomizados ao treinamento dos músculos respiratórios com um 
resistor de carga linear, cujo protocolo consistia de três a cinco séries de seis 
repetições realizadas uma vez ao dia por cinco a sete dias na semana. 
Verificou-se com este estudo que somente um dos pacientes que foi 
submetido ao treinamento não conseguiu sucesso no desmame. 
Em seis pacientes submetidos à ventilação mecânica com tempo médio 
de internação de 72 dias, pós cirúrgicos e diagnosticados como “falhos para 
o desmame” foram treinados com o Threshold®IMT. O protocolo foi realizado 
uma vez ao dia, seis a sete dias na semana, em quatro séries de seis 
repetições com descanso de cinco a dez minutos entre as séries. Após o 
 
 
 
 
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treinamento os pacientes foram desmamados com um tempo médio de 
ventilação mecânica de dezessete dias. 100 
Ventilação mecânica e repouso prolongado no leito como formas de 
desuso da musculatura inspiratória, além de fraqueza por paralisia parcial, 
doenças neuromusculares, alterações da parede torácica e hipotrofia dos 
músculos respiratório por várias causas e uso de corticosteróides são 
exemplos de indicações absolutas do treinamento dos músculos inspiratórios. 
Em um ensaio que objetivou comparar os efeitos do treinamento 
muscular respiratório com cargas de pressão inspiratória entre 15 e 30% da 
PImáx, constatou-se que pacientes que treinaram com carga de pressão 
inspiratória maior aumentaram força, endurance e tolerância ao exercício 
geral, quando comparados com grupos de treinamento com 15% da PImáx. 
A resposta do treinamento muscular com carga limite pode ser avaliada 
por meio do aumento do tempo em que o paciente pode respirar com uma 
carga de pressão predeterminada. 101, 99 
Verifica-se, portanto, que o treinamento com um resistor de carga linear 
é importante para o aumento da força e endurance dos músculos respiratórios 
de pacientes com doenças estáveis ou submetidos à ventilação mecânica 
com insucesso no desmame. 
O Threshold® é um incentivador respiratório que atua como exercitador 
respiratório que objetiva a melhora na força e na resistência dos músculos 
ventilatórios à fadiga, ofertando uma carga ou resistência à ventilação 
espontânea do paciente, por carga pressórica. Oferece ao paciente uma 
resistência conhecida durante todo o movimento ventilatório, garantida por 
válvulas com molas não dependentes do fluxo inspiratório do paciente. 121 
Há bastantes divergências sobre a carga ideal que deve ser utilizada 
para a obtenção dos benefícios do treinamento. Verifica-se uma diversidade 
de valores que variam de 12 a 40% da PImáx, embora haja a indicação da 
 
 
 
 
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carga mínima de 30% para ser eficiente para se obter bons resultados e ideal 
para não predispor o paciente à fadiga dos músculos respiratórios. Portanto, 
é uma carga agradável para o paciente. 
Assim, é possível garantir maior adesão do mesmo aos protocolos 
propostos. Diversas são as metodologias empregadas para o fortalecimento 
da musculatura respiratória, porém não existem diretrizes específicas que 
visem protocolar a atuação nesse processo do tratamento. 
 De modo geral, a fisioterapia respiratória pode ser descrita como um 
conjunto de intervenções voltadas à prevenção e à recuperação de disfunções 
pulmonares. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos pacientes, 
atenuando desconfortos e tratando doenças. 
 Seja para reverter situações imediatas (como rinite e sinusite), para 
tratar enfermidades crônicas (como asma, bronquite, enfisema, 
bronquiectasia, fibrose cística, pneumonia, atelectasia) ou para prevenir 
transtornos pulmonares, a fisioterapia respiratória é indicada para todas as 
idades. 
 Para os fisioterapeutas, as diretrizes do tratamento são estabelecidas 
de acordo com a necessidade do paciente, sempre observando eventuais 
prescrições médicas. Equipamentos modernos e seguros podem ser usados 
para potencializar os resultados clínicos. 
7. ENTENDA O QUE É FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
E AS TÉCNICAS UTILIZADAS 
 As mudanças no cotidiano das pessoas e no mundo em geral estão 
fazendo com que surjam novas doenças diariamente e com isso é necessário 
que aconteça uma modernização nos tratamentos, que precisam ser 
realizados de forma mais eficaz e especializada. 
 
 
 
 
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 Por exemplo, no Brasil e em todo o mundo a poluição aumentou de 
uma forma agressiva nos últimos anos, e isso acarretou diversos problemas 
para a população, principalmente para aquelas pessoas que já possuem 
algum tipo de problema de saúde ou são mais frágeis, como os idosos e os 
bebês, que em si não possuem tantos anticorpos para lidar com as doenças, 
quanto os demais seres humanos. 
 Por conta desse aumento da poluição, mudanças drásticas de 
temperatura, e outros fatores, as pessoas estão tendo mais problemas 
relacionados com o sistema respiratório. Nesse sentido, a fisioterapia atua 
buscando encontrar técnicas cada vez mais aprimoradas, que possam 
resolver ou amenizar esses transtornos. 
8. O QUE É FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
 A Fisioterapia Respiratória pode ser caracterizada como sendo um 
conjunto de técnicas realizadas com o objetivo de prevenir e recuperar 
disfunções referentes ao processo de respiração do ser humano, promovendo 
assim a máxima funcionalidade e qualidade de vida para as pessoas que 
sofrem com disfunções respiratórias. 
 Essa especialidade que engloba diversos instrumentos e 
procedimentos existe há bastante tempo, praticamente desde os anos 80, que 
foi quando foi fundado no Brasil o Núcleo de Estudos em Fisioterapia 
Respiratória, liderado pelo especialista em Fisioterapia Respiratória, Carlos 
Alberto Caetano Azeredo. Esse núcleo reunia profissionais de diversas 
regiões do Brasil, com o objetivo de ampliar a compreensão de concepções 
acerca das patologias respiratórias. 
 
 
 
 
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9. CONHEÇA AS TÉCNICAS UTILIZADAS NA 
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
Como falado anteriormente, dentro da Fisioterapia Respiratória existem 
diversas técnicas e procedimentos que são realizados, conforme os 
problemas respiratórios e a situação em que o paciente se encontra. Algumas 
técnicas são: 
 Exercícios respiratórios 
 Respiração pelo diafragma 
 Funciona para fortalecer a expansão da base dos pulmões, e para a 
sua realização o paciente deve permanecer sentado, com o tronco inclinado 
cerca de 45º para trás, com as costas e a cabeça bem apoiadas, os joelhos 
dobrados e o abdômen relaxado, apoiando uma mão sobre este para perceber 
os movimentos respiratórios e controlar o exercício realizado. 
 Então, deve inspirar de forma lenta e profunda, para que se possa 
verificar a expansão da parede abdominal e a descida do diafragma. Em 
seguida, deve expirar o ar lentamente para que seja perceptível a contração 
da musculatura abdominal e a subida do diafragma. Essa é uma das técnicas 
que são utilizadas assim que se inicia o tratamento do paciente com 
problemas respiratórios. 
 Sopros 
 Entre os exercícios existentes, um dos mais úteis para fortalecer a 
expiração é o sopro, que consiste na realização de inspirações profundas 
seguidas de expirações pela boca efetuadas com os lábios entreabertos, de 
modo a obstruir a saída do ar. Este exercício não deve ser efetuado muitas 
vezes seguidas, pois o excesso de oxigenação pode provocar enjoos e 
sensação de formigamento. 
 
 
 
 
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 Espirometria de estímulos 
 Esta técnica é indicada afim de fortalecer a capacidade inspiratória, 
sendo realizada com a ajuda de um espirômetro, que é um aparelho simples 
que avalia o volume de ar aspirado. Para isso opaciente deve colocar os seus 
lábios na abertura do espirômetro e inspirar o mais profundamente que 
conseguir. 
 A abertura está ligada a um tubo que deságua numa divisão de três 
compartimentos, com uma bola de plástico no interior de cada um deles. 
Quanto maior for o volume de ar inspirado, mais bolas sobem no interior do 
compartimento, ou seja, deve-se tentar fazer subir o maior número de bolas e 
mantê-las elevadas o máximo de tempo possível. Ao expirar, o paciente retira 
os seus lábios da abertura e as bolas descem. 
 Exercícios intercostais 
 São indicados com a finalidade de aprender a controlar e fortalecer a 
expansão do tórax. Para a realização o paciente pode permanecer de pé ou 
sentado, apoiando as palmas das mãos sobre o tórax: durante a inspiração, 
deve efetuar uma ligeira pressão nas costelas, de modo a forçar e treinar os 
músculos inspiratórios e durante a expiração as mãos devem acompanhar o 
movimento de retração da cavidade torácica e no final, comprimi-la 
moderadamente com o objetivo de expulsar o máximo de ar possível. 
 Expulsão de secreções 
 Percussão 
 Esse procedimento consiste na aplicação de uma série de ligeiros 
golpes sobre o peito e costas do paciente com o objetivo de favorecer a 
liberação das secreções brônquicas e a sua posterior expulsão para os 
brônquios principais. Esta prática ainda é mais benéfica quando também é 
 
 
 
 
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realizada uma drenagem postural, pois assim as secreções libertas das 
distintas aéreas pulmonares circulam até aos brônquios principais, onde 
depois são expulsas até à cavidade bucal. 
 Os golpes devem ser realizados com as mãos dobradas em forma de 
concha, da periferia para o centro, durante três ou quatro minutos em cada 
aérea pulmonar. De modo a evitar incômodos no paciente, deve-se evitar 
golpear a zona renal, pois é muito sensível, colocando-se uma toalha sobre o 
corpo com intenção de suavizar o impacto. 
 Tosse assistida 
 Existem vários procedimentos para desencadear a tosse ou fazer com 
que a mesma seja mais eficaz, de modo a conseguir a expulsão da 
expectoração. Efetuar uma inspiração profunda, seguida de pequenos sopros 
expiratórios alternados com breves pausas. 
 Drenagem postural 
 Este procedimento consiste em adotar e manter posições corporais que 
favoreçam a drenagem das secreções graças a ação da gravidade. Na 
prática, pretende-se que a zona pulmonar a drenar fique acima dos brônquios 
principais. 
Desta maneira, as secreções fluem passivamente, sendo depois expulsas 
através da boca. Por exemplo, para facilitar a drenagem da zona superior dos 
pulmões, o paciente deve permanecer sentado e quando as secreções têm a 
tendência para se acumularem na parte inferior, é necessário que o paciente 
se incline de forma que a cabeça fique num plano inferior ao resto do corpo. 
 
 
 
 
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10. QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA 
RESPIRATÓRIA 
 A fisioterapia respiratória visa melhorar a dinâmica respiratória e a 
distribuição do ar inalado pelo pulmão, além de remover secreções 
brônquicas, resultando assim na melhora da função pulmonar. São aplicadas 
técnicas manuais, como também aparelhos que ajudam na aplicação deste 
tipo de fisioterapia. 
 Vale ressaltar que a fisioterapia respiratória utiliza estratégias não 
invasivas para otimizar o transporte do oxigênio, prevenindo, revertendo ou 
minimizando as disfunções pulmonares que são causadas por doenças como 
asma, tuberculose, pneumonia, entre outras. 
11. ONDE É REALIZADO O TRATAMENTO PARA 
REABILITAÇÃO DO PACIENTE 
 O fisioterapeuta avalia o paciente para identificar, relacionar e priorizar 
o tipo de técnica a ser aplicada, de acordo com o quadro clínico. Quando o 
paciente está hospitalizado, por exemplo, na Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI), o atendimento será mais focado na melhora da eficiência ventilatória ou 
na redução da sobrecarga dos músculos respiratórios, para evitar a falência 
desses músculos, o que pode causar a insuficiência respiratória. 
 Já em pacientes que irão se submeter a alguma cirurgia, a fisioterapia 
respiratória tem caráter preventivo, tanto para melhorar o condicionamento 
físico, quanto para garantir que após a cirurgia a capacidade respiratória não 
seja afetada. 
 Quando a fisioterapia respiratória é aplicada em ambulatórios, o 
tratamento está mais focado na melhora do condicionamento físico e na 
educação do paciente. Isso tende a aumentar a independência, reduzir os 
 
 
 
 
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sintomas e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida, assim como 
ajuda na prevenção ou na melhora das comorbidades das doenças 
respiratórias. 
12. MOTIVOS DA GRANDE INCIDÊNCIA DE 
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS 
 A incidência de doenças alérgicas respiratórias, como rinite, asma e 
outros demais problemas, vêm aumentando gradativamente. No Brasil, por 
exemplo, são em média 8 mortes por dia por complicações relacionadas à 
asma. A doença representa um dos maiores gastos do Sistema Único de 
Saúde (SUS), superior, inclusive aos da AIDS. 
 Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que são mais de 367 
mil autorizações de internações hospitalares (AIH) ao ano, decorrentes de 
doenças respiratórias. Somadas, asma, pneumonia e doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC), representam 12% de todas as internações no país, 
com gastos superiores a R$ 600 milhões por ano. 
 Pode-se perceber que a Fisioterapia Respiratória é um recurso 
complementar muito eficaz no tratamento de uma grande variedade de 
doenças pulmonares, nas quais existe um certo grau de dificuldade em 
respirar e/ou se produz uma acumulação de secreções que obstruem os 
brônquios. 
 Este tipo de fisioterapia é especialmente recomendado em algumas 
doenças pulmonares crônicas, como a asma brônquica, a bronquite crônica, 
o enfisema, as bronquiectasias e o cancro bronco pulmonar. Todavia, é muito 
importante que seja sempre o médico a indicá-la, pois também existe o perigo 
de algumas contraindicações. 
 
 
 
 
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Principais técnicas de fisioterapia respiratória 
 A depender do quadro clínico do paciente, alguns procedimentos são 
mais indicados que outros. Para proporcionar resultados efetivos, é 
importante que o fisioterapeuta avalie a disfunção e trace o melhor plano de 
tratamento, selecionando a técnica mais eficaz. 
13. EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS 
 Embora aparentemente simples, os exercícios respiratórios são 
fundamentais para o tratamento de algumas enfermidades — tais como a 
pneumonia severa e o acúmulo de secreção pulmonar após cirurgias que 
demandam repouso absoluto, por exemplo. 
 Nesses casos, o fisioterapeuta analisa o quadro do paciente e 
supervisiona os exercícios indicados para cada objetivo terapêutico. Para 
garantir a execução correta e eficaz, é comum que dispositivos respiratórios 
específicos sejam utilizados. São eles: 
 Incentivadores respiratórios, que podem ser classificados como a fluxo 
ou a volume (que mensura volumes inspirados durante o exercício); 
 Terapia com pressão positiva, que se vale de dispositivos que mantém 
o pulmão expandido durante o exercício, por geração de fluxo de ar ou 
por resistência de orifício. 
14. HIGIENE BRÔNQUICA 
 Indivíduos que retém secreção e desejam facilitar sua mobilização e 
eliminação por meio da tosse são frequentemente encaminhados à 
fisioterapia respiratória, com recomendação específica à higiene brônquica. 
 Para executá-la, as técnicas utilizadas são: 
 
 
 
 
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 Drenagem postural, na qual o posicionamento do paciente se vale da 
gravidade e favorece a drenagem da secreção; 
 Manobras manuais, que empregam percussão, vibrocompressão e 
tosse assistida; 
 Expiração com pressão positiva, que implica na utilização de 
dispositivos capazes de exercerpressão expiratória, facilitando a 
eliminação da secreção via tosse. 
15. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA A FISIOTERA-
PIA RESPIRATÓRIA 
 Os dispositivos terapêuticos são excelentes aliados no tratamento das 
disfunções pulmonares. Para cada quadro clínico, há um equipamento 
específico e pertinente à prática respiratória. 
Terapia PEP Vibratória 
 O Acapella® possui sistema que combina os benefícios da oscilação 
de alta frequência do fluxo aéreo à pressão expiratória positiva (PEP), 
unificando-as para higiene brônquica e mobilização de secreções pulmonares. 
 O dispositivo é principalmente indicado para tratamento de asma, 
atelectasia, DPOC (bronquite crônica, enfisema e bonquilectasia), fibrose 
cística, pneumonia e outras doenças pulmonares. 
 Para máxima eficiência, a técnica com Acapella® também pode ser 
associada Coach® 2. Os modelos têm variações para crianças, adultos e 
pacientes com baixa capacidade pulmonar. 
Ficha técnica: 
 Acapella® Green e Acapella® Blue, indicados para higiene brônquica, 
são os únicos dispositivos passíveis de uso em qualquer decúbito (posição) e 
 
 
 
 
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com carga ajustável, de acordo com a necessidade do paciente. Podem ser 
associados à inalação ou acoplado ao Coach® 2, para terapia combinada. 
 O Acapella® Green é indicado para pacientes com capacidade 
pulmonar >=15l/min. O Acapella® Blue, por sua vez, é ideal para casos de 
capacidade pulmonarde Downes. 
A primeira avaliação, antes do atendimento fisioterapêutico, foi feita 
pelo profissional que realizou o mesmo. Já a segunda parte da avaliação, 15 
a 45 minutos após o término do atendimento, foi feita por um segundo 
fisioterapeuta para evitar possíveis vieses na análise da resposta. 
O atendimento fisioterapêutico foi constituído por posicionamento, 
AFE, tapotagem, vibração manual e aspiração nasotraqueal, com duração de, 
aproximadamente, dez minutos cada técnica (duração da terapia de 40 a 50 
minutos), conforme a necessidade do paciente. 
O número de atendimentos foi realizado de acordo com o quadro clínico 
de cada criança e dias de internação hospitalar. Antes e após a primeira 
sessão de fisioterapia respiratória, foi entregue, pelo paciente, aos pais ou 
responsável, um questionário, o qual avaliou os efeitos da terapia no paciente 
em curto prazo, por meio das seguintes questões de múltipla escolha: 
“A criança apresenta dificuldade para dormir?”, “A criança apresenta 
inapetência?”, “A criança apresenta hipoatividade?”, “A criança apresenta 
obstrução nasal?” e “A criança apresenta tosse constantemente?”, com 
alternativas “Sim” e “Não” para cada questão. 
O acompanhamento do paciente foi realizado após autorização de seus 
pais ou responsável, assinando um termo de consentimento informado. Os 
procedimentos realizados neste estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética 
em Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein. 
A idade dos pacientes foi descrita por média, desvio padrão, mínimo e 
máximo, e o gênero, por frequências absolutas. Os sinais e sintomas 
avaliados antes e após o atendimento fisioterapêutico foram descritos por 
frequências absolutas e porcentagens, assim como os itens do questionário. 
 
 
 
 
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A comparação entre sinais e sintomas nos instantes pré e pós foi 
realizada utilizando modelos de equações de estimação generalizada (EEG), 
66 de modo a contemplar a dependência entre os atendimentos realizados em 
um mesmo paciente. 
Em relação aos itens do questionário, a comparação foi feita com o uso 
do teste de McNemar. Todas as análises foram feitas considerando-se o nível 
de significância de 5% e utilizando o programa estatístico Statistical Package 
for the Social Science (SPSS), versão 17.0. 
As características fisiopatológicas da doença correspondem ao 
acúmulo de secreções nas vias aéreas, obstrução e colapso de unidades 
alveolares e hiperinsuflação pulmonar. 54 
Lactentes com bronquiolite viral aguda apresentam ruídos adventícios 
na ausculta pulmonar devido ao processo inflamatório nas vias aéreas 
inferiores, assim como acúmulo de secreção e material desprendido da 
mucosa respiratória. 67 
Manifestações clínicas como taquipneia, hipóxia leve a moderada e 
sinais de desconforto respiratório (batimento de asa de nariz e retrações da 
musculatura acessória da respiração – intercostais e subcostais) são 
frequentes em pacientes com bronquiolite viral aguda. 
Também podem estar presentes tosse, febre, coriza, ruídos adventícios 
na ausculta pulmonar (sibilos, crepitações ou roncos), expansão torácica 
diminuída e fase expiratória prolongada. 54,68,69 
Diante desse contexto, optou-se por realizar um estudo referente a 
esse tratamento, a fim de confirmar ou não os achados obtidos na literatura. 
Neste estudo, observou-se melhora significante quanto à presença de 
tiragens após a fisioterapia, principalmente tiragens intercostais. 
 
 
 
 
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Em relação à tiragem subdiafragmática, em dois atendimentos os 
pacientes não a apresentavam antes da fisioterapia, porém evoluíram com 
esse tipo de tiragem após a terapia. 
A Academia Americana de Pediatria, 70 em revisão de estudos clínicos 
randomizados, de coorte e caso-controle encontrados na literatura, 
desenvolveu níveis de recomendação para os recursos terapêuticos aplicados 
na bronquiolite e concluiu que a fisioterapia respiratória não deve ser usada 
rotineiramente, pois eleva o nível de estresse na criança. 
No entanto, sugere-se que a fisioterapia, em crianças com bronquiolite, 
seja capaz de desobstruir as vias aéreas, remover secreções e prevenir 
atelectasias. 69,71 
Segundo Carvalho et al, 54 os pacientes com bronquiolite não obtiveram 
benefício na evolução do quadro clínico da doença com as técnicas de 
fisioterapia aplicadas (drenagem postural, tapotagem e vibração). 
Já em estudos franceses, além das técnicas de percussão e vibração, 
a técnica de aceleração do fluxo expiratório, em especial, mostrou-se efetiva 
para remover secreções, sendo a fisioterapia respiratória recomendada em 
um consenso para o manejo e o tratamento da doença. 68, 73,75 
Luisi afirma que, ainda que não existem evidências diretas que 
demonstrem os benefícios da fisioterapia respiratória nos pacientes com 
bronquiolite, as técnicas de higiene brônquica e recrutamento alveolar são 
solicitadas para o tratamento dessa doença em serviços de várias partes do 
mundo. 
A fisioterapia respiratória tem sido utilizada para desobstrução e 
higiene brônquica, prevenção de atelectasias e recrutamento alveolar, pois 
proporciona diminuição da resistência das vias aéreas, promovendo melhor 
ventilação-perfusão e, consequentemente, diminuindo o trabalho ventilatório 
 
 
 
 
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por meio da remoção do excesso de muco que se acumula nas vias aéreas. 
68 
Perrotta et al 62, 76 incluíram em seu trabalho o estudo realizado por 
Postiaux , 76 que mostrou não haver evidência científica quanto à eficácia da 
fisioterapia respiratória em recém-nascidos e lactentes portadores de 
bronquiolite, porém, a utilização de um escore, baseado em sinais clínicos, 
poderia contribuir para respaldar as técnicas de desobstrução nesses 
pacientes. 
No presente estudo, utilizou-se o escore de Wood-Downes modificado 
por Ferrés, 58 sendo evidente a melhora clínica dos pacientes que 
apresentavam escore de Downes moderado e grave após a fisioterapia 
respiratória. 
Na análise do questionário, houve melhora significante em relação aos 
diversos itens avaliados, incluindo “dificuldade para dormir”, “inapetência”, 
“hipoatividade”, “obstrução nasal” e “tosse constante” após o atendimento de 
fisioterapia, pois a hipersecreção pulmonar dificultava diretamente os 
sintomas avaliados. 
Atualmente não há muitos estudos na literatura que comprovem o 
benefício qualitativo da fisioterapia respiratória em pacientes com bronquiolite. 
Em contrapartida, na prática clínica, observa-se um número crescente de 
prescrições de fisioterapia respiratória para lactentes com essa doença, 
principalmente na redução de complicações pulmonares. 69 
 Alguns autores referem que crianças com desconforto respiratório leve 
e que se alimentam normalmente devem ser apenas observadas. Já as que 
apresentam desconforto respiratório importante, com dificuldade para 
alimentação, risco de refluxo e broncoaspiração, além de maior edema de vias 
aéreas superiores, devem ser tratadas com hidratação e aspiração oral e 
nasal. 70,71 
 
 
 
 
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A partir deste estudo, conclui-se que a fisioterapia respiratória 
promoveu uma melhora significante em curto prazo em muitos sinais e 
sintomas em pacientes com bronquiolite. No entanto, o estudo apresenta 
algumas limitações, como a falta de cálculo de poder amostral. Assim, este 
trabalho tem um maior valor descritivo do que inferencial, não sendo possível 
extrapolar os resultados obtidos. 
A ausência de grupo controle, como foi o caso, torna os resultados 
menos fidedignos; entretanto houve dificuldade em obter um grupo controle 
devido aos atendimentos ocorreram em um hospital no qual a maioria dos 
médicos prescreve fisioterapia respira- tória para pacientes com bronquiolite. 
Acredita-se que novos estudos devam ser feitos para

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