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1 Dobragem e Enrolamento 2 Quinagem - Dobragem na Quinadora 3 O que é? 4 O que é? 5 Aplicações � Balcões frigoríficos � Mobiliário metálico � Chassis � Painéis. 6 Aplicações 7 Características do processo � Permite o fabrico de peças de chapa (ou barra de pequena espessura) com superfícies planificáveis � Campo de aplicação diversificado � Aplica-se, geralmente, a pequenas séries � Baixa taxa de produção � As quinadoras possuem, geralmente, tabelas de quinag em que permitem calcular a força de quinagem por metro de chapa a quinar, a aba mínima, o raio mínimo de quinagem, a abertura da matriz, etc. 8 Classificação dos processos de quinagem � Quinagem no ar � O ângulo entre as abas da chapa é definido pela penetração do cunho na matriz ( profundidade de quinagem ). � As forças envolvidas são baixas � Precisão dimensional é limitada devido à recuperação elástica � Quinagem em V � O ângulo entre as abas da chapa é definido pela geometria das ferramentas � A folga entre cunho e matriz é igual à espessura da chapa. � Tem maior precisão dimensional que a quinagem no ar � Geralmente, utilizada para quinar chapas com ângulos de 90º ou ligeiramente inferiores, com espessuras entre os 0.5 e os 25 mm 9 Classificação dos processos de quinagem � Quinagem em U � Existem 2 eixos de dobragem paralelos � Normalmente, utiliza-se um encostador para evitar defeitos de forma no fundo da peça � A força de quinagem tem um acréscimo de cerca de 30 a 40% devido ao encostador � Quinagem a fundo (com quebra do nervo) � A chapa é esmagada entre o cunho e a matriz no final da operação e a folga entre cunho e matriz é inferior à espessura da chapa. � Geralmente, utilizada para chapas finas (espessura inferior a 3 mm) � Permite reduzir ou até mesmo eliminar a recuperação elástica � A força necessária é consideravel- mente superior à da quinagem no ar; 3 a 5 vezes maior 10 Classificação dos processos de quinagem � Quinagem de flange com cunho de arraste � Uma das abas é fixada por um encostador, enquanto que a outra é dobrada a 90º pela acção do cunho � Com a variação do curso, é possível alterar com facilidade o ângulo de dobragem � Quinagem rotativa � Recorre-se a uma matriz rotativa para enformar a chapa � Não é necessário utilizar encostador � As forças requeridas são baixas � O efeito de mola pode ser compensado diminuindo o ângulo de dobragem 11 Classificação dos processos de quinagem � Vantagens da quinagem no ar relativamente à quinagem a fundo � A quinagem pode ser efectuada em máquinas-ferramenta de menor capacidade, pois a força e energia necessárias são menores � O desgaste e o perigo de inutilização das ferrament as é menor � O mesmo conjunto cunho/matriz pode ser utilizado pa ra efectuar dobragens de diferentes ângulos, reduzindo-se os custos de prepa ração e montagem das ferramentas � Vantagens da quinagem a fundo relativamente à quinage m no ar � Peças mais precisas, podendo ser enformadas com rai os de quinagem inferiores à espessura da chapa � Redução ou mesmo eliminação do fenómeno de recuperaç ão elástica 12 Quinagem no ar 13 Cálculo da dimensão da estampa plana � Noção de fibra neutra � Por acção do cunho a zona em deformação fica solicit ada por um momento flector M e uma força axial F de tracção. � Para chapas finas, pode admitir-se que as secções re ctas se mantém planas durante a deformação e que convergem no centro de curvatura. Considera-se que as direcções principais das tensões e das extensões coincidem co m as direcções radial, tangencial e segundo a largura. � Fibra neutra é a linha cujo comprimento não varia ap ós a deformação da peça e cuja posição depende fundamentalmente da espessura da ch apa e do tipo de solicitação introduzida pelas ferramentas. 14 Cálculo da dimensão da estampa plana � Para se determinar as dimensões da estampa plana é n ecessário conhecer o comprimento da fibra neutra, l. � Segundo a norma DIN 6935, o comprimento da estampa plana será dado por: a, b - comprimentos das abas ∆∆∆∆l – factor de compensação (pode ser positivo ou negativo) β - ângulo de abertura das abas h - espessura da chapa r i - raio interior de dobragem k - factor de correcção para a linha/fibra neutra 15 Cálculo da dimensão da estampa plana � Abertura das abas entre 0º e 90º � Abertura das abas entre 90º e 165º � Abertura das abas entre 165º e 180º ( ∆∆∆∆l pequeno e desprezável) K=1 ���� linha neutra coincide com a linha média 16 Raio mínimo de quinagem � Raio mínimo de quinagem, r min , é o raio para o qual surgem fissuras na superfície exterior da chapa (cunho com raio muito pequeno ���� extensões tangenciais muito elevadas que podem originar fissuras ou fractura) � Pode ser determinado por dois tipos de métodos: � Método baseado nas propriedades mecânicas do materi al � Métodos de natureza empírica 17 Raio mínimo de quinagem � Método baseado nas propriedades mecânicas do materi al � A extensão tangencial, e θθθθ, para uma fibra à distância y da linha média com um raio de curvatura r m e um ângulo de dobragem αααα é dada por: Em que l 0 é o comprimento inicial da fibra. � Sendo o ângulo de dobragem, α α α α = l0/rm, então a extensão tangencial para a fibra exterior é dada por: � Considerando que na flexão em domínio plástico a ex tensão verdadeira na fibra exterior para a qual a fractura ocorre é igual à extensão verda deira na fractura no ensaio de tracção uniaxial vem: � Relação entre o raio mínimo de quinagem, r min , a espessura da chapa, h, e o coeficiente de estricção ou coeficiente de redução de área após fra ctura, q: 18 Raio mínimo de quinagem � Método baseado nas propriedades mecânicas do materi al � Verificou-se experimentalmente que a determinação d o rmin através da expressão anterior era precisa para valores de q inferiores a 0,2, mas não para valores de q superiores a 0,2. 19 Raio mínimo de quinagem � Métodos de natureza empírica � Outra forma de determinar o raio mínimo de quinagem pode ser a partir de ábacos ou tabelas construídos com base em ensaios experimentais. 20 Raio mínimo de quinagem � Métodos de natureza empírica � Norma DIN 6935 21 Raio mínimo de quinagem � Métodos de natureza empírica � Por vezes o raio mínimo de quinagem é definido em fun ção da abertura da matriz, v, utilizada na operação (adoptado por muitos fabricant es para a construção das tabelas de quinagem fixas à quinadora) 22 Raio mínimo de quinagem � A implantação das peças na chapa deve fazer-se, sem pre que possível, de modo a que a direcção de quinagem se desenvolva perpendicula rmente à direcção de laminagem. Quando não for possível, deve-se aumenta r os raios de dobragem para evitar a fractura. 23 Abertura da matriz � Do valor da abertura da matriz dependem a força de quinagem, o raio mínimo de quinagem e a dimensão mínima da aba. � A deformação da chapa para se atingir o mesmo ângulo de ab ertura entre abas, depende significativamente da abertura da matriz, sendo s uperior no caso de matrizes de menor abertura. � Com base em resultados experimentais temos: 24 Dimensão mínima da aba 25 Recuperação elástica � O fenómeno de recuperação elástica ou efeito de mola, ac ontece sempre que a solicitação exterior que originou a flexão é retirada. A ssim, tanto o ângulo de dobragem, como o raio de curvatura aumentam, modifican do-se a geometria da peça. � Uma das principais dificuldades da quinagem no ar re side no controlo deste fenómeno. 26 Recuperação elástica � A estimativa do ângulo de recuperação elástica é nec essária para que as ferramentas ou o processo possam ser corrigidas na fase de projecto ou de operação, respectivamente, e a flexão possa ser compensada. � O valor aumenta nos materiais com maior tensão limi te de elasticidade ou com maior propensão ao encruamento. � O valor aumenta com o trabalho a frio � Também as características geométricas da operação i nfluenciam a recuperaçãoelástica, como o raio interior de quina gem, a abertura da matriz e a espessura da chapa. 27 Recuperação elástica � Estimativa do ângulo de recuperação elástica Em que dl e é o comprimento recuperado pela fibra exterior � Considerando a definição de extensão e notando que a recuperação se dá em domínio elástico (lei de Hooke) vem: 28 Recuperação elástica � Factor de recuperação elástica � Alternativamente existem tabelas com dados empírico s que permitem quantificar a recuperação elástica da operação. É habitual admitir -se que a recuperação elástica se faz em torno da linha média, obtendo-se: 29 Recuperação elástica � Métodos de minimização ou eliminação da recuperação e lástica � Correcção ou compensação dos ângulos das ferramentas durante o seu projecto, para as quinageens em V e a fundo � Correcção do valor de profundidade de quinagem com o valor correspondente ao da recuperação elástica, para quinagem no ar � Dobragem com forças de tracção. Como o momento neces sário à deformação é reduzido, também a recuperação elástica será menor � Substituição da quinagem no ar pela quinagem a fundo � Realização das operações a temperaturas elevadas, j á que a recuperação elástica vem reduzida com a diminuição da tensão li mite de elasticidade 30 Profundidade de quinagem � Uma das vantagens da operação de quinagem no ar resi de na possibilidade de se poderem efectuar quinagens com ângulos diferentes, ut ilizando o mesmo conjunto cunho/matriz. Assim, para a preparação das quinagen s será necessário relacionar o ângulo de abertura das abas, ß, com a penetração do cunho na matriz. Profundidade de quinagem, em função do ângulo da zona de dobragem, α: Profundidade de quinagem, em função do ângulo de abertura das abas, β: 31 Posicionamento dos esbarros da quinadora 32 Posicionamento dos esbarros da quinadora � Na preparação de trabalho de peças com quinagens múl tiplas o projectista deve definir a sequência de quinagens proc urando cumprir dois requisitos fundamentais: � que o tempo de operação seja o mínimo � que a peça seja exequível na quinadora, ou seja, que não existam interferências com os elementos da quinadora � Os esbarros (posicionadores da chapa) podem ser ante riores ou posteriores, consoante se situam na frente ou na tr aseira da quinadora. � Nas quinadoras sem comando numérico, dependendo do n úmero de peças a quinar, os esbarros são posicionados manual mente de modo a tornar a operação mais cómoda, mais precisa e mais económica. � As quinadoras com comando numérico permitem definir a sequência de quinagem, posicionando automaticamente os esbarros em cada quinagem, rentabilizando o tempo de operação. 33 Defeitos de quinagem � Esbeiçamento (deformação lateral) e efeito de sela � O esbeiçamento deve-se à deformação segundo a largura da chapa, b, das fibras exteriores que sofrem contracções e das inter iores que sofrem distenções � O efeito de sela é provocado pela variação da extens ão radial ao longo das superfícies exterior e interior � A zona dos bordos está sujeita a um estado de tensão plano, em oposição ao que se verifica na zona central da chapa, onde o es tado de deformação pode ser considerado plano. 34 Defeitos de quinagem 35 Defeitos de quinagem 36 � Força de quinagem no ar (DIN 6935): em que K é um factor de correcção dado por: Força e trabalho de quinagem 37 Força e trabalho de quinagem � O trabalho de quinagem é dado pela área delimitada pela cu rva da força de quinagem num gráfico F versus deslocamento do cunho. em que Qw é um coeficiente que depende do tipo de evolução q ue a força de quinagem tem com o curso do cunho, variando geralmente entre 0,5 e 0,8. 38 Quinagem a fundo ou quinagem com quebra do nervo 39 Quinagem a fundo � Principais inconvenientes são a redução local de es pessura e a necessidade de forças elevadas � Deve ser utilizada, apenas, quando a precisão reque rida for elevada ou para a obtenção de cantos muito vivos (pequenos raios de q uinagem) 40 Quinagem a fundo 41 Quinagem em U 42 Quinagem em U rcm = (2 a 6)h rm = rc + (1,2 a 1,25)h Fe = (0,25 a 0,3) FU FU = (kU σσσσR b h 2) / (rcm + j + r c) em que k U é um factor correctivo variando entre 0,4 e 1 43 Quinagem de flanges com cunho de arraste 44 Quinagem de flanges com cunho de arraste Faba = (ka σσσσR b h 2) / 4(rcm + j + r c) em que k a é um factor correctivo variando entre 1,5 e 2 45 Quinagem com borracha 46 Flexão de chapas planas 47 Diagrama de quinagem 48 Calandragem – Enrolamento na Calandra 49 O que é? 50 O que é? 51 Aplicações � Reservatórios, caldeiras, bidões � Contentores e camiões cisterna � Tubagens de grande secção e transições entre secções � Silos, tanques, tremonhas de moinhos e ciclones � Estruturas e perfis curvos para edifícios, veículos e equipamentos 52 Aplicações 53 Aplicações 54 Aplicações 55 Formas típicas 56 Calandras 57 Calandras de três rolos sem dispositivo para enform ação das abas � Rolos inferiores, fixos, com igual diâmetro, mas me nores (10 a 50%) que o superior � Calandras de maior capacidade ���� Rolos de maior diâmetro e maior entre-eixo nos rolos inferiores ���� Menor força de flexão � Utilização de rolos inferiores de suporte para redu zir a deformação em calandras de comprimento elevado (geralmente > 3m) � O ajuste do rolo superior, livre, define o diâmetro da calandragem � Força de calandragem suficiente para arrastar por a trito o rolo superior. Difícil para chapa fina de grande diâmetro ���� Rolo superior motorizado � Os extremos da chapa (abas) permanecem direitos 58 Calandras de três rolos com dispositivo para enform ação das abas � A dobragem das abas nunca é total (zona direita = (0, 5 a 2)h; h - espessura da chapa) � Existem diferentes tipos de concepção (no essencial , diferentes movimentos dos rolos) 59 Calandras de quatro rolos � Rolos centrais motores � Os rolos laterais, livres, controlam o raio da cala ndragem e a dobragem das abas 60 Calandras de quatro rolos � Vantagens das calandras de 4 rolos: � O posicionamento apertado da chapa entre os rolos m otores facilita bastante a operação, designadamente o manuseamento da chapa qu e, em muitos casos, pode ser feito por um único operador. � A dobragem das abas efectua-se sem necessidade de vol tar a chapa. � A calandragem das superfícies cónicas pode efectuar- se continuamente. � A calibragem das virolas, por exemplo após soldadur a das extremidades, é facilitada pela existência dos dois rolos livres, o s quais devem estar ambos actuados neste tipo de operações. 61 Calandragem cilíndrica 62 Descrição do processo � O rolo superior, geralmente, com um diâmetro (d s) maior que o diâmetro dos rolos inferiores (d i), é convenientemente posicionado para se obter o ra io de curvatura exterior (R e) requerido para a virola � Admitindo que as reacções nos rolos inferiores são v erticais (aproximação), pode considerar-se que a distribuição de momento flector é triangular, com o valor máximo na zona média do entre-eixo 63 Descrição do processo � Os rolos inferiores transmitem a energia necessária à deformação da chapa através das forças de atrito entre a chapa e os rolos � A capacidade de enformação é limitada pelo trabalho que é possível realizar com as forças de atrito � Para aumentar a capacidade de enformação ���� 3 rolos motores ���� velocidade de rotação do rolo superior diferente da dos rolos inf eriores ���� para a chapa não escorregar ���� calandras com sistemas de regulação da velocidade s ofisticados e dispendiosos ���� 2 rolos (inferiores) motores 64 Geometria, dimensões e preparação do planificado � As formas obtidas são planificáveis e tanto os raio s de curvatura, como o comprimento de calandragem são, geralmente, muito s uperiores à espessura da chapa � As dimensões do planificado de uma virola cilíndrica serão obtidas considerando que a largura decalandragem não varia (deformação plana) e que a largura do planificado é igual ao perímetro da circunferência que passa na linha média da chapa (raio de curvatura >> espes sura ���� linha neutra coincide com a linha média). � Outras formas ���� Métodos de planificação de superfícies � Chanfrar os bordos das chapas para evitar a formaçã o de fissuras (especialmente para espessuras acima dos 25 mm) 65 Entre-eixo e profundidade de calandragem � Relação entre a distância de contacto, v, e o entre-eixo, a � Profundidade de calandragem 66 Deformação máxima em cada passagem Em que R 0 é o raio de curvatura inicial e R e é o raio de curvatura final 67 Força e potência de calandragem � Força de calandragem para R e > 100h � Solicitação do tipo elasto-plástica emax ≤ 0,005 68 Força e potência de calandragem � Força de calandragem para R e 5% para aços de baixa liga � emax > 3% para aços ferríticos temperados e revenidos � A capacidade de calandragem da máquina for ultrapas sada em resultado do encruamento do material � A calandragem a quente deverá ser usada quando: � A capacidade de calandragem for insuficiente para r ealizar o trabalho a frio � Não se conseguir produzir peças com o diâmetro dese jado sem que ocorra fissuração � Os tratamentos térmicos necessários à calandragem a frio tornam a calandragem a quente mais económica. 73 Calandragem de superfícies cónicas 74 Procedimentos e operação 75 Procedimentos e operação 76 Determinação da geometria e das dimensões da estamp a plana 77 Cálculo do ângulo de inclinação dos rolos 78 Dobragem das abas 79 Dobragem das abas � Um dos problemas principais da calandragem é o da en formação das abas do planificado com o raio de curvatura desejado para a virola � O valor do momento flector decresce linearmente, des de um valor máximo na secção B, até se anular na secção A � A deformação vai evoluindo de totalmente plástica p ara elástica, com zonas elasto- plásticas intermédias ���� Raio de curvatura cada vez maior ���� Deixa de existir curvatura a partir da secção em que a deformação é totalmente rec uperada pelo efeito de mola 80 Dobragem das abas � Soluções para o problema da dobragem das abas: 1. Numa calandra sem capacidade para enformar abas a dobragem das abas poderá ser executada prévia ou posteriormente à calandragem por quinagem ou por martelagem. 2. Calandrar uma virola com um comprimento superior a o pretendido e cortar as abas direitas. 3. Dobrar as abas na calandra com o auxílio de um ga bari, também conhecido por “berço”, fabricado previamente em chapa espessa. 4. Utilizar calandras preparadas para a dobragem das abas, as quais permitem deslocamento dos rolos inferiores ou do superior. 5. Efectuar a operação numa calandra de 4 rolos 81 Dobragem das abas � O deslocamento relativo entre os rolos inferiores e o rolo superior permite aproximar o máximo do momento flector do rolo sobre o qual se pretende enformar a aba 82 Dobragem das abas 83 Dobragem de Tubos e Perfis 84 O que é? � A dobragem de tubos e perfis é um processo de deforma ção plástica que permite fabricar peças com geometrias complexas a partir de tubos e perfis estruturais mantendo a sua secção original 85 O que é? 86 O que é? 87 O que é? 88 Aplicações � Tubos de escape, tubos para transporte de fluidos e peças estruturais de veículos � Tubagens para caldeiras, permutadores de calor e diversas instalações industriais das indústrias de processo � Mobiliário, e peças decorativas � Peças arquitectónicas e equipamentos para a construção civil 89 Aplicações 90 Máquinas-ferramenta e ferramentas para dobragem de tubos e perfis 91 Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis � Dobragem por movimento axial de um cunho móvel � A geometria do cunho móvel e dos apoios apenas permite a dobragem de um determinado raio de curvatura para uma gama limitada de diâmetros exteriores. � É muito utilizado na dobragem de tubos com areia. � Poderá dispensar-se o enchimento dos tubos quando o guiamento efectuado pelas abas do cunho móvel conseguir evitar a deformação da secção 92 Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis � É muitas vezes utilizada para calibrar a geometria f inal das peças que tenham sido dobradas através de outros processos tecnológicos. � Baixa cadência de produção ���� Utilizado, essencialmente, em trabalhos de manutenção e reparação de serralharia civil e mecân ica. � Variantes deste processo � Dobragem com aplicação de força axial de tracção nas extremidades da peça ( σσσσaxial ≅≅≅≅1,1 σσσσe) � Dobragem realizada com a peça fixa nas extremidades 93 Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis � Dobragem por intermédio de rolos (calandragem) � As máquinas-ferramenta são constituídas por três ro los montados em pirâmide e dois rolos deflectores que asseguram o guiamento durante a dobragem de perfis de secção assimétrica de modo a evitarem torções e outros mod os indesejáveis de deformação. � A dobragem é efectuada de forma progressiva à medida qu e aumenta a profundidade de calandragem � É possível realizar diferentes raios de curvatura at ravés da variação da distância entre o rolo superior e os rolos inferiores ���� Grande flexibilidade do processo � A variação da geometria dos rolos permite processar a generalidade dos perfis 94 Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis � Dobragem por compressão � A ferramenta móvel (habitualmente designada por cun ho móvel) dobra a peça durante o seu movimento de rotação em torno de um molde fixo � O cunho móvel e o molde fixo apenas permitem a dobr agem de um determinado tipo e geometria de perfis 95 Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis � Dobragem por estiramento � O perfil a dobrar é fixo por intermédio de um dispos itivo de fixação a um molde móvel que executa um movimento de rotação em torno de um eixo . 96 Defeitos e formas de os evitar � Deformação da secção (‘ovalização’ no caso dos tubos) e o engelhamento da zona em compressão (junto ao raio interior). � Este tipo de defeitos pode ser evitado de várias fo rmas: 1. Nos tubos, enchendo o seu interior com um materia l incompressível que não se oponha à deformação plástica por flexão. Contudo, este proce dimento é ineficaz para os casos em que a secção pode deformar-se com aumento do volume interno ���� Material solto no interior do perfil ���� Deixa de ser assegurada a transmissão das tensões σσσσr entre as paredes em tracção e compressão longitudinal. 2. Utilizando mandris que colocados no interior dos tubos, na zona submetida à flexão, impeçam a ovalização. 3. Recorrendo a guiamentos exteriores que impeçam o a largamento da secção evitando a ovalização (tubos). 97 Defeitos e formas de os evitar � Material para enchimento de tubos para dobragem � Areia � A areia é lavada e bem compactada no interior do tubo, o qual é tapado de modo a não permitir qualquer tipo de redução da compactação durante a dobragem. � Não é aconselhado para tubos que possam vir a ser utilizados em aplicações em que a existência de grãos de areia não removidos possa constituir um risco muito grave (ex.: tubagens de sistemasde lubrificação ou afins). � Não é aconselhado para a dobragem de tubos de ligas leves (ex.: ligas de cobre e de alumínio) por ser grande o risco de incrustação de grãos de areia nas paredes dos tubos. Este problema é tanto mais grave quanto menor for a espessura das paredes. � O enchimento dos tubos pode ainda ser efectuado com materiais que possuam um baixo ponto de fusão (ex.: resinas e termoplásti cos). 98 Defeitos e formas de os evitar � Mandris 99 Defeitos e formas de os evitar � Mandris rígidos � Não conseguem acompanhar a totalidade do perímetro de curvatura dos tubos ���� Não permitem eliminar totalmente o risco de ovaliza ção. � A regulação da posição dos mandris rígidos é crítica ���� O mau posicionamento, ou não evita a ovalização ou pode da nificar o tubo. � Geralmente, são torneados, rectificados e polidos ���� Excelente acabamento superficial. Podem ser fabricados em metal (geralme nte, aço temperado) ou em plástico (geralmente, polietileno). � Os mandris de plástico são fáceis de introduzir e d e remover devido ao baixo coeficiente de atrito e podem ser dobrados em simul tâneo com a peça. � Os mandris de plástico são versáteis mas apresentam algumas desvantagens, tais como, a propensão para o desgaste e para a dis torção da secção resistente. Em termos de utilização industrial pode afirmar-se que este tipo de mandris tem um tempo de vida médio da ordem das 200 dobragens. 100 Defeitos e formas de os evitar � Mandris articulados � São formados por elementos esféricos (geralmente, u m, dois ou três elementos) que se encaixam uns nos outros ou que se encontram ligados entre si através de um cabo flexível de aço. � Geralmente, são fabricadas em aço temperado e possu em um acabamento superficial de muito boa qualidade. � Conseguem acompanhar a curvatura do tubo de uma for ma mais eficaz ���� Permitem a realização de dobragens que originariam a ovalização no caso de se utilizarem mandris rígidos. � Podem não eliminar totalmente os defeitos associado s à dobragem nas zonas correspondentes aos espaços compreendidos entre os elementos esféricos. Contudo, este tipo de defeitos é frequentemente elimi nado na extracção do mandril (operação de calibração). � São difíceis de fabricar e caros. 101 Defeitos e formas de os evitar � Mandris flexíveis � São constituídos por lâminas metálicas ou por camad as de PVC ou nylon. � Utilizam-se principalmente na dobragem de tubos com secção transversal rectangular. � As lâminas apenas se deformam elasticamente. � As lâminas encontram-se fixas, apenas, numa das ext remidades do mandril ���� Origina movimentos relativos entre elas durante as operaçõe s de dobragem. � Apresentam dificuldade para serem introduzidos e re movidos do interior das peças, sendo muitas vezes a sua aplicação incompatível com a uti lização de sistemas de alimentação automáticos. 102 Tensões e deformações 103 Tensões e deformações 104 Tensões e deformações 105 Tensões e deformações 106 Projecto 107 Projecto 108 Projecto