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Engº Luciano Figueiredo 
Engº Produção e Segurança do Trabalho 
Perito TRT 21ª Região 
 A Perícia e o Laudo Técnico 
 Requisitos da pessoa do Perito Nomeado e do Perito Assistente 
 Quesito no processo pericial 
 Laudo Pericial: tipos, linguagem técnica, características, 
elaboração e profissionais envolvidos 
 Técnicas de trabalho pericial 
 Parecer do Assistente Técnico 
 Diferença entre Laudo e Parecer 
 Prática Pericial e Processualística na área de Saúde e Segurança no 
Trabalho 
 Perícias Judiciais 
 Legislação Aplicável 
 Sanções Penais e Profissionais 
 Projetos Integradores 
 Práticas : Metodologias e situações 
lucianofigueiredo@gmail.com 2 
 Conhecer e familiarizar-se com as técnicas de 
trabalho periciais, bem como o papel fundamental do 
perito no desenvolvimento dos lautos técnicos, de 
Segurança no Trabalho; 
 Adquirir os conhecimentos específicos da atividade 
pericial, incluindo processualística, a legislação 
aplicável e a operacionalização do ato pericial, 
desenvolvendo sentido crítico em relação à Segurança 
no trabalho e seus principios; 
 Desenvolver, nos laboratórios da instituição ou nas 
empresas conveniadas, um projeto, referente aos 
conteúdos estudados na disciplina. 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 3 
 80 horas 
 2 encontros semanais – 04 aulas 
lucianofigueiredo@gmail.com 4 
 02 (duas) avaliações por disciplina, para efeito 
do cálculo da média parcial. 
 
 A média parcial é calculada pela média 
aritmética das duas avaliações efetuadas. 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 5 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 FINKER, José; MEDEIROS JUNIOR, Joaquim da Rocha. Perícia 
Judicial – Como Redigir Laudos e Agumentar Dialeticamente. 
2009. 
 ZARZUELA, José Lopes, MATUNAGA, Minoru, THOMAZ, Pedro 
Lourenço. Laudo Pericial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. 
 FINKER; José. Linguagem do laudo pericial. 2.ed. LEUD, 2010. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 FARACO, Sergio Roberto. Perícias em DORT. 2.ed. LTR, 2010. 
 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. 69. ed. São Paulo: 
Atlas, 2012. 
 MOTTA, Rubens Cecci. Crônicas em perícias médicas e DORT e 
reabilitação profissional. 2.ed. LTR, 2010. 
lucianofigueiredo@gmail.com 6 
Conteúdo dividido em 06 partes: 
1. Aspectos Gerais da Perícia Judicial 
2. Perito Judicial e Assistente Técnico Pericial 
3. Laudo Pericial 
4. Vocabulário Jurídico, Petições 
5. Remuneração 
6. Responsabilidade Civil e Criminal, Medidas 
Preventivas 
lucianofigueiredo@gmail.com 7 
 Não será discutido aspectos técnicos e científicos dos 
diversos ramos do conhecimento humano e 
patrimônio pessoal dos Peritos Judiciais; 
 Exigência de formação especializada em determinado 
ramo do conhecimento técnico-científico 
 Demanda crescente 
 Objetivo desta disciplina 
 Disponibilizar as rotinas, as práticas e procedimentos que 
são utilizados nos tribunais, enfim, na vida forense, 
facilitando com isso o desempenho do trabalho desses 
honrados profissionais e a maior possibilidade de sucesso 
na carreira de perito e de assistente técnico. 
lucianofigueiredo@gmail.com 8 
Iª PARTE 
1. Perícia Judicial 
1. Conceito 
2. Objetivo 
3. Natureza 
4. Espécies 
5. Estrutura 
6. Fundamentação Legal 
lucianofigueiredo@gmail.com 9 
Palavra Perícia – latim “peritia” 
(conhecimento adquirido pela experiência, saber, 
habilidade) 
 
 Perícia é a atividade concernente a exame realizado 
por profissional especialista, legalmente habilitado, 
destinada a verificar ou esclarecer determinado fato, 
apurar as causas motivadoras do mesmo, ou o estado, 
a alegação de direitos ou a estimação da coisa que é 
objeto de litígio ou processo. 
 Instituto Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia da Paraíba (IBAPE/PB) 
lucianofigueiredo@gmail.com 10 
Perícia Judicial 
É a atividade ou diligência ordenada por um 
Juiz, com a finalidade de apurar tecnicamente 
um fato, visando o convencimento do juiz 
durante a instrução processual. 
lucianofigueiredo@gmail.com 11 
 Perícia Judicial – Prova Técnica sobre a existência 
ou inexistência de determinado FATO. 
 
Perícia Judicial é a forma de se demonstrar, por 
meio de Laudo Pericial, a verdade de fatos 
ocorridos e contestados por interessados ou 
partes, bem como examinados por especialistas 
(peritos) do assunto objeto da perícia, e a qual 
servirá como meio de prova em que se baseia o 
juiz para a solução de determinado processo. 
lucianofigueiredo@gmail.com 12 
De acordo com o Código de Processo Civil (CPC) 
 
Art. 125 - O juiz dirigirá o processo conforme as 
disposições deste Código, competindo-lhe: 
I. assegurar às partes igualdade de 
tratamento; 
II. velar pela rápida solução do litígio; 
III. prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à 
dignidade da Justiça; 
IV. tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. 
lucianofigueiredo@gmail.com 13 
A Perícia Judicial tem por objetivo fundamentar 
as informações demandadas, mostrando a 
verdade dos fatos de forma imparcial e 
merecedora de fé, tornando-se meio de prova 
para o juiz resolver as questões propostas no 
processo. 
lucianofigueiredo@gmail.com 14 
A Perícia Judicial destina-se à avaliação, vistoria 
ou exame de determinado fato, estado ou valor 
de um objeto controvertido dentro da causa ou do 
processo judicial, onde o perito irá verificar, 
apreciar e interpretar tais fatos, transmitindo ao 
juiz, através do laudo pericial, o resultado de sua 
apreciação técnica acerca do que foi periciado, 
permitindo ao juiz formar seu convencimento 
jurídico sobre o fato, estado ou valor, objeto da 
prova pericial. 
lucianofigueiredo@gmail.com 15 
O Objeto nas Perícias de Segurança e Saúde no 
Trabalho, ocorre em regra no ambiente de 
trabalho, através da identificação de ambiente 
insalubre e/ou periculoso, bem como no corpo 
do trabalhador, nas perícias de indenização 
acidentária por danos morais, estéticos e 
materiais. 
lucianofigueiredo@gmail.com 16 
 Tem Natureza Jurídica de Atividade Processual 
Probatória; 
 Tem como motivação o fato do juiz depender do 
conhecimento técnico ou especializado de um 
profissional (perito) 
 
Assim, a Perícia Judicial é um tipo ou espécie de 
prova processual, de natureza técnica, realizado 
por um profissional especialista, denominado de 
Perito, Louvado ou Expert Judicial, previamente 
escolhido e designado por um Juiz. 
lucianofigueiredo@gmail.com 17 
Inicialmente vamos dividir as espécies em dois 
grandes ramos: 
 
 Perícia Judicial 
 Perícia Extrajudicial 
 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 18 
Perícia Judicial 
É específica e define-se pelo texto da lei. É 
definida pelo fato de ser realizada por ordem 
de um Juiz, ‘ex officio’ ou a pedido das partes. 
 
De acordo com o CPC 
Art. 420. A prova pericial consiste em exame, 
vistoria ou avaliação. 
lucianofigueiredo@gmail.com 19 
Perícia Judicial 
 
 Exame 
Consiste em inspecionar, analisar, investigar pessoas, coisas 
móveis ou semoventes. 
 
 Vistoria 
Consiste em inspecionar, analisar imóveis em geral (terrenos, 
prédios, etc.) 
 
 Avaliação 
Consiste na busca de se atribuir, de forma estimativa, um 
valor monetário às coisas, móveis ou imóveis, e aos direitos e 
obrigações que constituem objeto da perícia. 
lucianofigueiredo@gmail.com 20 
Perícia Judicial 
 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
 
Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade 
e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do 
Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do 
Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no 
Ministério do Trabalho. 
 
 Insalubridade – Art. 189 a 192 da CLT / NR 15 
 
 Periculosidade – Art. 193 da CLT / NR 16 
lucianofigueiredo@gmail.com 21 
Perícia Judicial 
 
Podem ainda ser classificadas em 
 
 Oficiais – determinadas pelo juiz sem requerimento das partes: “Ex 
officio” 
 
 Requeridas – determinadas pelo juiz, a pedido das partes 
 
 Necessárias – quando a lei ou a natureza do fato impõessua realização 
 
 Facultativas – o juiz determina, se houver conveniência 
 
 Perícias do Presente – realizadas no curso da ação 
 
 Perícias do Futuro – são medidas cautelares preparatórias da ação 
principal. Visam a perpetuar fatos que podem desaparecer com o tempo 
lucianofigueiredo@gmail.com 22 
Perícia Extrajudicial 
 
É aquela realizada fora do processo judicial. É iniciada por 
vontade da parte interessada e tem por objetivo demonstrar 
a verdade ou não de um fato, sua existência ou inexistência, 
bem como discriminar interesses de cada pessoa envolvida 
em matéria conflituosa; comprovar simulação, fraude, 
desvios, danos etc. 
 
 Perito particular escolhido pelo interessado – unilateral 
 Sem intervenção judicial 
 Não obedece ao contraditório, à publicidade nem a ampla 
defesa 
 Como resultado da perícia tem-se o PARECER 
lucianofigueiredo@gmail.com 23 
Perícia Extrajudicial 
 
De acordo com o CPC 
 
Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as 
partes, na inicial e na contestação, apresentarem sobre as 
questões de fato pareceres técnicos ou documentos 
elucidativos que considerar suficientes. 
 
 
 
 
 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 24 
Perícia Extrajudicial 
 
 Perícia Semijudicial – é aquela realizada por meio estatal, 
determinadas por autoridades policiais, parlamentares, 
administrativas etc., mas que não foi ordenada por um juiz no 
curso de um processo judicial. 
 
 Perícia Arbitral – é aquela realizada por um perito, e, embora não 
seja determinada por um juiz, tem valor de perícia judicial, embora 
sua natureza seja extrajudicial, pois as partes litigantes 
escolheram o procedimento da arbitragem para a solução do 
litígio, submetendo-se às regras da arbitragem, que, após a 
conclusão do procedimento (Setença Arbitral) terá força executiva 
na justiça, como sendo título executivo judicial, nos termos do art. 
475-N, inciso IV do CPC. 
lucianofigueiredo@gmail.com 25 
Perícia Extrajudicial 
 
 Perícia Obrigatória – é aquela que é determinada por lei e é 
indispensável para que haja a caracterização, classificação ou 
tipificação legal de um fato. É o que ocorre, por exemplo, com a 
insalubridade e a periculosidade, no incidente de falsidade (CPC, 
art. 392), na venda a crédito com reserva de domínio (CPC, art. 
1.071, §1º) etc. A sua falta pode gerar a nulidade do processo ou o 
indefereimento do pedido, objeto da prova pericial. 
 
 Perícia Facultativa – é aquela em que a realização da perícia 
dependerá de iniciativa ou requerimento da parte ou interessado. 
A sua falta não gera nulidade do processo. 
lucianofigueiredo@gmail.com 26 
Perícia Extrajudicial 
 
 Perícia Indireta – ocorre quando a perícia direta for impraticável 
(CPC, art. 420, III). Neste caso, mesmo que já não exista a coisa ou 
a pessoa a ser periciada, admite-se que o perito, com base em 
registros (públicos ou privados) ou ainda através de indícios, emita 
o seu laudo, em torno da situação da coisa, quando for existente, 
ou das condições da pessoa, quando viva. Aqui, o trabalho do 
perito é de reconstituir fatos passados ou transitórios, tornando-
os atuais para o juiz, desde que tenham deixado vestígios. 
 
 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 27 
1. Fase Preliminar 
a) Identificação da necessidade da Perícia (Art. 145, CPC) 
b) Deferimento da Perícia / Nomeação do Perito / Prazo do Laudo Pericial 
c) Formulação dos Quesitos / Assistente Técnico 
d) Ciêcia do Perito / Impedimento ou Suspeição 
e) Honorários 
f) Determinação do local, dia e hora da Perícia 
2. Fase Operacional 
a) Início da Perícia e Diligências 
b) Curso do Trabalho 
c) Elaboração do Laudo Pericial 
3. Fase Final 
a) Assinatura do Laudo 
b) Entrega do Laudo 
c) Levantamento dos honorários 
d) Esclarecimentos (se requeridos) 
lucianofigueiredo@gmail.com 28 
O art. 420 do CPC estabelece que a Prova 
Pericial consiste em Exame, Vistoria ou 
Avaliação, enquanto o art. 145 determina que o 
juiz será assistido por perito quando a prova do 
fato depender de conhecimento técnico ou 
científico. 
 
A Perícia pode ser requerida pelas partes, autor 
ou réu, ou ainda, determinada por iniciativa do 
próprio juiz. 
lucianofigueiredo@gmail.com 29 
Art. 420. A prova pericial consiste em exame, 
vistoria ou avaliação. 
 
Parágrafo único. O juiz indeferirá a perícia quando: 
 
I - a prova do fato não depender do conhecimento 
especial de técnico; 
 
II - for desnecessária em vista de outras provas 
produzidas; 
 
III - a verificação for impraticável. 
lucianofigueiredo@gmail.com 30 
Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a 
entrega do laudo. 
 
§ 1o Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da 
intimação do despacho de nomeação do perito: 
 
I - indicar o assistente técnico; 
 
II - apresentar quesitos. 
 
§ 2o Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir 
apenas na inquirição pelo juiz do perito e dos assistentes, por ocasião 
da audiência de instrução e julgamento a respeito das coisas que 
houverem informalmente examinado ou avaliado. 
lucianofigueiredo@gmail.com 31 
Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que Ihe foi cometido, 
independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de 
confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. 
 
Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimento ou 
suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz 
nomeará novo perito. 
 
Art. 424. O perito pode ser substituído quando: 
 
I - carecer de conhecimento técnico ou científico; 
 
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que Ihe foi assinado. 
 
Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à 
corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada 
tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no 
processo. 
lucianofigueiredo@gmail.com 32 
Art. 425. Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos 
suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o escrivão ciência à 
parte contrária. 
 
Art. 426. Compete ao juiz: 
 
I - indeferir quesitos impertinentes; 
 
II - formular os que entender necessários ao esclarecimento da causa. 
 
Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e 
na contestação, apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos 
ou documentos elucidativos que considerar suficientes. 
 
Art. 428. Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à 
nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se 
requisitar a perícia. 
lucianofigueiredo@gmail.com 33 
Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes 
técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo 
informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em 
repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e 
outras quaisquer peças. 
 
Art. 430. REVOGADO 
Art. 431. REVOGADO 
 
Art. 431-A. As partes terão ciência da data e local designados pelo juiz ou indicados 
pelo perito para ter início a produção da prova. 
 
Art. 431-B. Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte 
indicar mais de um assistente técnico. 
 
Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro 
do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo o seu 
prudente arbítrio. 
lucianofigueiredo@gmail.com 34 
Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, 
pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
 
Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo 
comum de 10 (dez) dias, após intimadas as partes da apresentação do laudo. 
 
Art.434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de 
documento, ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de 
preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados. 
O juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a 
exame, ao diretor do estabelecimento. 
 
Parágrafo único. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e 
firma, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos 
existentes em repartições públicas; na falta destes, poderá requerer ao juiz 
que a pessoa, a quem se atribuir a autoria do documento, lance em folha de 
papel, por cópia, ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação. 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 35 
Art. 435. A parte, que desejar esclarecimento do perito e do 
assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a 
comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob 
forma de quesitos. 
 
Parágrafo único. O perito e o assistente técnico só estarão obrigados 
a prestar os esclarecimentos a que se refere este artigo, quando 
intimados 5 (cinco) dias antes da audiência. 
 
Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a 
sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos. 
 
Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da 
parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não Ihe parecer 
suficientemente esclarecida. 
lucianofigueiredo@gmail.com 36 
Art. 438. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos 
sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual 
omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu. 
 
Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas disposições 
estabelecidas para a primeira. 
 
Parágrafo único. A segunda perícia não substitui a primeira, 
cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra. 
 
 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 37 
IIª PARTE 
1. Perito Judicial 
1. Conceito 
2. Função 
3. Deveres 
4. Direitos 
5. Local de Trabalho 
6. Impedimentos e Suspeições 
 
2. Assistente Técnico Pericial 
1. Conceito 
2. Função 
3. Direitos 
4. Parecer Técnico Pericial 
5. Espécies de Parecer Técnico Pericial 
6. Prazo de Entrega do Parecer 
7. Perito e Assistente Técnico - Diferenças 
lucianofigueiredo@gmail.com 38 
Conceito 
 
Projeto de Lei (PL) nº 3419, de 2004, de autoria do deputado Eduardo Paes – 
PSDM/RJ, que Regulamenta o exercício da atividade, define as atribuições 
do Perito Judicial e do Assistente Técnico, apresenta a seguinte definição: 
 
Art. 1º - Perito Judicial é o profissional com curso superior, habilitado pelo 
respectivo órgão de classe regional, inscrito na Associação de Peritos do 
Estado, nomeado por Juiz de Direito para atuar em processo judicial que 
tramite em Varas e Tribunais de Justiça Estaduais, em Varas e Tribunais 
Regionais e Federais, com a finalidade de pesquisar e informar a verdade 
sobre as questões propostas, através de Laudos e de provas científicas e 
documentais. 
 
 
 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 39 
Conceito 
 
Já o CPC trata do assunto nos seguintes termos: 
 
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou 
científico, o juiz será assistido por perito... 
 
§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, 
devidamente inscritos no órgão de classe competente... 
 
§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que 
deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem 
inscritos. 
 
§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que 
preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos 
será de livre escolha do juiz. 
lucianofigueiredo@gmail.com 40 
Conceito 
 
Diante dos elementos presentes na lei, podemos construir os seguintes 
conceitos: 
 
I. Perito Judicial é uma pessoa física ou natural, isto é, um homem ou 
uma mulher, que possui um conhecimento técnico especializado em 
uma determinada área científica estranha às ciências jurídicas, que 
preenche os requisitos exigidos na lei, e que é nomeado pelo Juiz para 
realizar uma Perícia Judicial. 
 
II. Auxiliar da Justiça, nomeado pelo Juiz, para atuar num processo 
judicial, em razão dos seus conhecimentos e habilidades profissionais 
(“Expert”), para produzir um Laudo Técnico sobre determinada 
matéria. 
 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 41 
Quem pode ser Perito Judicial? 
 
De acordo com o art. 145, §1º, do CPC, não basta a qualidade de 
médico, engenheiro, contador, etc., do perito, para a realização de 
determinada perícia. 
Indicação ramo de atividade ou especialidade por parte de 
entidade profissional ou pelo próprio perito. 
 
Como já citado, caso o Juiz tenha esta formação/conhecimento 
técnico, deve mesmo assim nomear um perito para permitir o amplo 
direito de defesa e contraditório das partes, no processo. 
 
 
 
lucianofigueiredo@gmail.com 42 
Função do Perito 
 
De acordo com o CPC 
 
Art. 130. Caberá ao juiz determinar as provas necessárias 
à instrução do processo 
 
E segundo a CLT 
 
Art . 195 - A caracterização e a classificação da 
insalubridade e da periculosidade far-se-ão através de 
perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do 
Trabalho 
lucianofigueiredo@gmail.com 43 
Função do Perito 
 
Perito deve examinar, verificar, certificar, comprovar a 
existência ou não do agente em determinado ambiente 
de trabalho e se afetava ou não o(s) empregado(s) que 
pleiteiam tal adicional 
 
Perito deve ter Percepção Técnica dentro do 
Procedimento Legal da Perícia, que se materializa 
através do Laudo Pericial, que obriga o perito a concluir 
“É” ou “NÃO É”. 
 
Perito NÃO JULGA, ele apenas AUXILIA o Juiz. 
lucianofigueiredo@gmail.com 44 
Função do Perito 
 
Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito 
e os assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios 
necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, 
solicitando documentos que estejam em poder de parte ou 
em repartições públicas, bem como instruir o laudo com 
plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças. 
 
Perito deve atuar dentro dos limites do objeto da perícia e 
com prudente arbítrio, não podendo ultrapassar suas 
atribuições e investigar fatos, coisas ou pessoas estranhas 
ao objeto da perícia, sob pena de ser responsabilizado por 
tal conduta. 
lucianofigueiredo@gmail.com 45 
Função do Perito 
 
Produzir Prova Técnica ou Pericial, que se 
materializa em um documento chamado Laudo 
Pericial para auxiliar a formação do 
convencimento do juiz sobre determinado fato, 
objeto de demanda judicial. 
lucianofigueiredo@gmail.com 46 
Deveres do Perito Judicial 
 
1. Ter Formação Acadêmica - diploma de comprovação de 
curso superior; 
2. Registro em órgão de classe regularizado; 
3. Formação Especializada no trabalho que irá executar – 
domínio técnico para atuar como Expert na produção de 
perícias; 
4. Possuir sólido conhecimento técnico (experiência 
profissional), firmeza e serenidade; 
5. Realizar a perícia no prazo determinado pelo Juiz; 
6. Prestar informações verídicas (Pena de inabilidade de 
funcionamento por 2 anos em outras perícias, além de sanções penais) 
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Direitos do Perito Judicial 
 
1. É considerado Funcionário Público para efeitos civis e 
penais, a teor dos artigos 139 do CPC e 327 do Código 
Penal (CP) 
 
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas 
atribuições são determinadas pelas normas de organização 
judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o 
depositário, o administrador e o intérprete. 
 
 Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos 
penais, quem, embora transitoriamente ou sem 
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
 
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Direitos do Perito Judicial 
 
2. Ter acesso ao processo, isto é, retirá-lo da Secretaria da 
Vara (Carga do Processo) 
3. Ter acesso amplo ao local da perícia, sozinho ou comas 
partes, advogados, assistentes técnicos – o perito é 
representante legal do Juiz no ato da perícia 
4. Pode recusar o encargo de perito, alegando suspeição ou 
impedimento 
5. Ter um prazo razoável para a realização da perícia 
6. Remuneração compatível com a complexidade da perícia 
7. Honorários periciais não devem ser vinculados ao 
resultado do processo judicial, procedimento 
administrativo e/ou valor da causa 
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Local de Trabalho do Perito Judicial 
 
Tradicionalmente – locais Perigosos e/ou Insalubres 
 
No entanto, com a ampliação da competência da Justiça do 
Trabalho: Local de Trabalho do perito está diretamente 
ligado ao objeto da perícia – à pessoa, à coisa ou ao fato 
submetido à análise ou exame por parte do perito. 
 
1. O ambiente de trabalho (insalubridade e/ou 
periculosidade) 
2. O corpo do trabalhador e o ambiente de trabalho 
(indenização acidentária por danos materiais, morais 
e/ou estéticos) 
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Impedimento ou Suspeição 
 
Segundo o CPC 
 
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: 
 
I. ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte, nos 
casos previstos nos ns. I a IV do art. 135; 
II. ao serventuário de justiça; 
III. ao perito; 
IV. ao intérprete. 
 
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei, 
empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando 
motivo legítimo. 
 
Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimento ou 
suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz 
nomeará novo perito. 
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Impedimento ou Suspeição 
 
Recusa é o ato da parte que poderá impugnar a nomeação de determinado perito 
por motivo de Impedimento ou Suspeição 
 
O motivo de Impedimento, suscitado pelo próprio perito (escusa) ou alegado pela 
parte (recusa) deve fundamentar-se em uma das hipóteses do art. 134 do CPC: 
 
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou 
voluntário: 
 
I - de que for parte; 
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou 
como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; 
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou 
qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até 
o segundo grau; 
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na 
causa. 
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Impedimento ou Suspeição 
 
O motivo de Suspeição, suscitado pelo próprio perito (escusa) ou alegado 
pela parte (recusa) deve fundamentar-se em uma das hipóteses do art. 135 
do CPC: 
 
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando: 
 
I. amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; 
II. alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou 
de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; 
III. herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; 
IV. receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar 
alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios 
para atender às despesas do litígio; 
V. interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. 
 
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo. 
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Impedimento ou Suspeição 
 
A doutrina e a jurisprudência também entendem como Suspeitos: 
1. Após a fixação dos honorários periciais pelo Juiz, procura uma 
das partes visando obter remuneração diversa, superior a fixada 
pelo magistrado 
2. Quando o Perito Judicial revela o resultado (conclusão) a uma 
das partes antes entregar o Laudo Pericial ao Juiz 
3. Quando o Perito é declarado inabilitado para funcionar em 
outras perícias, por decisão judicial, de acordo com o art. 147 do 
CPC 
 
Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações 
inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará 
inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e 
incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer. 
 
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 Continua… 
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