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Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
Vamos estudar a parte II 
Programa: 
Capitulo I – Regime Comum dos direitos fundamentais: 
1. – Atribuição dos Direitos;
2. – A protecção jurídica;
3. – Os limites ao exercício dos Direitos;
4. – Os limites dos Direitos Fundamentais;
 – Os limites eminentes; 
 – As colisões ou conflitos de Direitos;
 - A intervenção legislativa na matéria dos Direitos, Liberdades e Garantias;
 – Os limites dos Direitos Sociais;
 
Capitulo II – Regime específico dos Direitos, Liberdades e Garantias:
1. – Regime material dos Direitos, Liberdades e Garantias;
2. – O regime orgânico; 
 
Capitulo III – Regime específico dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais;
 
Capitulo IV – Direitos Fundamentais dos Trabalhadores:
1. – Natureza, Estrutura e Objecto;
2. – A Eficácia vinculativa dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;
3. – Protecção dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;
 
Capitulo V – Direitos Fundamentais em Especial:
1. - Liberdade de Comunicação;
2. – Liberdade de Associação 
3. – Liberdade Económic
 3.1 – Liberdade de Trabalho e de Profissão;
 
Capitulo I – O Principio de Estado de Direito;
 
É um princípio que resulta do constitucionalismo moderno e do liberalismo, que veio a 
consagrar o primado do Direito como regulador da vi
Leis, contrariamente às doutrinas que con
Ex.: Totalitarismo e Autoritarismo.
 
As leis são reguladoras da vida inter
constitucionalismo contra o totalitarismo e o autoritarismo.
fonte de referência nenhuma, não é lei, o monarca não é lei fundamental mas, 
subordinado à própria lei. No totalitarismo considerado como uma marca, chefe de tudo, 
absoluto era ele a lei, podia fazer o que quisesse. 
consagrar o primado da lei contra o próprio monarca, aliás o monarca é subordinado às leis
 
Dentro deste princípio de Estado de Direito está o princípio de Estado 
Não é só de Direito. 
 
O princípio de Estado de Direito 
Constituição, a lei magna estadual de qualquer estado, exceptuando
tem constituição escrita. 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
Vamos estudar a parte II – Direitos Fundamentais. 
Regime Comum dos direitos fundamentais: 
Atribuição dos Direitos; 
A protecção jurídica; 
Os limites ao exercício dos Direitos; 
Os limites dos Direitos Fundamentais; 
As colisões ou conflitos de Direitos; 
A intervenção legislativa na matéria dos Direitos, Liberdades e Garantias; 
Os limites dos Direitos Sociais; 
Regime específico dos Direitos, Liberdades e Garantias: 
material dos Direitos, Liberdades e Garantias; 
 
Regime específico dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais;
Direitos Fundamentais dos Trabalhadores: 
Natureza, Estrutura e Objecto; 
lativa dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;
Protecção dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores; 
Direitos Fundamentais em Especial: 
Liberdade de Comunicação; 
Liberdade de Associação – Liberdade de Reunião; 
Liberdade Económica e Propriedade privada; 
Liberdade de Trabalho e de Profissão; 
O Principio de Estado de Direito; 
É um princípio que resulta do constitucionalismo moderno e do liberalismo, que veio a 
consagrar o primado do Direito como regulador da vida inter-subjectiva. O que conta são as 
Leis, contrariamente às doutrinas que concentravam todo o poder numa única pessoa.
Ex.: Totalitarismo e Autoritarismo. 
As leis são reguladoras da vida inter-subjectiva. É a vitória do liberalismo e do 
contra o totalitarismo e o autoritarismo. O soberano ou o 
fonte de referência nenhuma, não é lei, o monarca não é lei fundamental mas, 
No totalitarismo considerado como uma marca, chefe de tudo, 
era ele a lei, podia fazer o que quisesse. Depois, veio o Liberalismo
consagrar o primado da lei contra o próprio monarca, aliás o monarca é subordinado às leis
Dentro deste princípio de Estado de Direito está o princípio de Estado de Dire
de Direito Democrático exige a adopção de uma lei fundamental
, a lei magna estadual de qualquer estado, exceptuando-se a Inglaterra que não 
 
1
Regime específico dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais; 
lativa dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores; 
É um princípio que resulta do constitucionalismo moderno e do liberalismo, que veio a 
subjectiva. O que conta são as 
todo o poder numa única pessoa. 
subjectiva. É a vitória do liberalismo e do 
soberano ou o monarca não é 
fonte de referência nenhuma, não é lei, o monarca não é lei fundamental mas, está 
No totalitarismo considerado como uma marca, chefe de tudo, 
Liberalismo que acabou por 
consagrar o primado da lei contra o próprio monarca, aliás o monarca é subordinado às leis. 
de Direito Democrático. 
lei fundamental – A 
se a Inglaterra que não 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
Outro elemento do Principio de Estado de Direito Democrático é a 
Estes, não podem estar concentrados numa única pessoa, numa r
normas onde existe uma interdependência:
- Temos 3 poderes; 
 1. - Legislativo; 
 2. – Executivo; 
 3. – Administrativo (Judicial)
 
Outro elemento fundamental 
humana. Respeito que o poder público
colectivamente, e vice-versa
democraticamente, pelo quadro normativo interno
Estado Democrático de Direito.
 
- Princípio da Liberdade; do pensamento e de expressão.
 
- Principio da Igualdade: todos iguais perante a lei. Proibição da descriminação baseada na 
raça, condição, orientação politica, 
 
- Principio da inviolabilidade da pessoa humana:
Este princípio da inviolabilidade da pessoa humana im
contra privações arbitrárias da liberdade
processo transparente, livre, contrário às inquisições
Surge também aqui a questão da pena d
prevista nalguns ordenamentos 
questão: o aborto. 
 
- Principio da responsabilização de actos praticados, ou omissões
colectivas. 
 
Ex.: Políticos são responsabilizados pelos seus actos ou omissões. Neste sentido surgiu o TPI 
(Tribunal Penal Internacional)
crimes contra a paz, contra a humanidade. Um aspecto 
imunidade constitucional, que permite que qualquer chefe de estado que cometa crimes contra 
a humanidade e contra a paz não possa invocar a sua imunidade ou privilégios especiais.
Também se aplica, de acordo com a co
e consulares), os representantes de um país perante uma organização internacional, perante o 
TPI, não podem reclamar a imunidade ou privilégios especiais consagrados nessa convenção. 
 
Os Princípios do Estado de Direito:
1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana;
2. Princípio da Jurisdicidade e da Constitucionalidade;
3. Princípio da Separação de Poderes;
4. Princípio da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança;
5. Princípio da Igualdade;
6. Princípio da Proporcionalidade;
 
1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana;
 
O Estado de Direito surgiu como vitória do Liberalismo e do Constitucionalismo. Os poderes 
eram, até então, todos administrados pelo monarca. Face às lutas pelo liberali
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
do Principio de Estado de Direito Democrático é a separação de poderes. 
não podem estar concentrados numa única pessoa, numa relação disciplinada por 
uma interdependência: 
Administrativo (Judicial) – A Administração da Justiça; 
fundamental dentro deste princípio é o respeito pelos direitos da pessoa 
o poder público tem que ter pela pessoa humana, 
versa, regulado por normas, disciplinares
democraticamente, pelo quadro normativo interno. Não são normas impostas, daí ser um 
Estado Democrático de Direito. 
pensamento e de expressão. 
dos iguais perante a lei. Proibição da descriminação baseada na 
condição, orientação politica, religião, etc. 
Principio da inviolabilidade da pessoa humana: Toda a pessoa humana 
Este princípio da inviolabilidade da pessoa humana implica a protecção da pessoa humana 
contra privações arbitráriasda liberdade. Tratamentos desumanos. Direito
ivre, contrário às inquisições, com direito à defesa, direito à palavra
Surge também aqui a questão da pena de morte, prevista bastante discutida e que se encontra 
prevista nalguns ordenamentos jurídicos, e ainda dentro deste princípio encontramos outra 
Principio da responsabilização de actos praticados, ou omissões, por pessoas singulares 
Políticos são responsabilizados pelos seus actos ou omissões. Neste sentido surgiu o TPI 
(Tribunal Penal Internacional) – Especializado em matéria de Direitos Humanos, julgamento de 
crimes contra a paz, contra a humanidade. Um aspecto importante é o facto da irrelevância d
, que permite que qualquer chefe de estado que cometa crimes contra 
a humanidade e contra a paz não possa invocar a sua imunidade ou privilégios especiais.
Também se aplica, de acordo com a convenção de Viena de 1963 (sobre relações diplomáticas 
e consulares), os representantes de um país perante uma organização internacional, perante o 
TPI, não podem reclamar a imunidade ou privilégios especiais consagrados nessa convenção. 
Os Princípios do Estado de Direito: 
da Dignidade da Pessoa Humana; 
da Jurisdicidade e da Constitucionalidade; 
da Separação de Poderes; 
da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança; 
Igualdade; 
da Proporcionalidade; 
da Dignidade da Pessoa Humana; 
O Estado de Direito surgiu como vitória do Liberalismo e do Constitucionalismo. Os poderes 
todos administrados pelo monarca. Face às lutas pelo liberali
 
2
separação de poderes. 
elação disciplinada por 
é o respeito pelos direitos da pessoa 
pela pessoa humana, singular ou 
disciplinares, reconhecidas 
. Não são normas impostas, daí ser um 
dos iguais perante a lei. Proibição da descriminação baseada na 
humana merece respeito. 
plica a protecção da pessoa humana 
. Direito à defesa num 
, com direito à defesa, direito à palavra. 
, prevista bastante discutida e que se encontra 
encontramos outra 
, por pessoas singulares ou 
Políticos são responsabilizados pelos seus actos ou omissões. Neste sentido surgiu o TPI 
Especializado em matéria de Direitos Humanos, julgamento de 
importante é o facto da irrelevância da 
, que permite que qualquer chefe de estado que cometa crimes contra 
a humanidade e contra a paz não possa invocar a sua imunidade ou privilégios especiais. 
nvenção de Viena de 1963 (sobre relações diplomáticas 
e consulares), os representantes de um país perante uma organização internacional, perante o 
TPI, não podem reclamar a imunidade ou privilégios especiais consagrados nessa convenção. 
O Estado de Direito surgiu como vitória do Liberalismo e do Constitucionalismo. Os poderes 
todos administrados pelo monarca. Face às lutas pelo liberalismo, foi possível 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
limitar o poder do soberano, através de um quadro normativo preciso. Limitar a sua actuação 
através das leis. A lei disciplina relações inter
actuação do poder. 
 
O constitucionalismo foi a v
pessoa. A constituição é a Lei Magna, 
fixou, – balizou –, das relações entre órgãos públicos, por um lado, e, por outro, entre órgãos 
públicos e pessoas privadas, singulares ou colectivas.
 
Como consequência da evolução do constitucionalismo
ocupa a parte mais cimeira da hierarquia das normas esta
constituição é o quadro de referência
legislador deve-a ter em conta, antes de legislar, bem como qualquer acto legislativo ou 
administrativo deve estar em conformidade com a constituição. A Constituição baliza todo o 
quadro de actuação dos poder
 
Segundo a CRP, a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição. Por 
outras palavras, uma norma contrária à 
uma norma ordinária contrár
normas depende da sua conformidade com a constituição.
 
Já vimos que as normas constitucionais estabelecem fronteiras no relacionamento entre os 
entes públicos, por um lado, e, dos entes públicos
aqui que nasce o Principio da Dignidade da Pessoa Humana. Este é um principio constitucional 
é limitativo da actuação do Estado por que o Estado não pode actuar desrespeitando a 
dignidade da pessoa humana. E, é 
Estado. O fim supremo da actuação do Estado deve ter em conta a pessoa humana. 
 
A pessoa humana de que estamos a falar é uma pessoa humana concreta, 
ideal, fora da história. É uma pesso
integram. É uma pessoa como fim do Estado, como essência, não é uma pessoa que dependa 
de situações ocasionais1, a doutrina defende a pessoa humana contra situações de 
arbitrariedade. 
 
Na CRP encontramos, desde logo, 
uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana (…)».
 
Por outro lado, a pessoa humana encontra garantias constitucionais contra abusos do poder 
por exemplo no Artº 26º, “Outros direitos pessoais
 
«1. A todos são reconhecidos os direitos 
personalidade, à capacidade civil
palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra 
quaisquer formas de discriminação.
2. A lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilização abusivas
contrárias à dignidade humana
 
1
 Se tivermos um bom presidente, temos bons direitos, mas, se ele for mau teremos maus direitos. Não é 
assim. 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
limitar o poder do soberano, através de um quadro normativo preciso. Limitar a sua actuação 
através das leis. A lei disciplina relações inter-subjectivas, limita – estabelece
O constitucionalismo foi a vitória sobre a concentração do poder nas mãos de uma única 
pessoa. A constituição é a Lei Magna, – Lei Fundamental –, de qualquer Estado. Esta vitória 
as relações entre órgãos públicos, por um lado, e, por outro, entre órgãos 
pessoas privadas, singulares ou colectivas. 
Como consequência da evolução do constitucionalismo, hoje, em todo o mundo
ocupa a parte mais cimeira da hierarquia das normas estaduais, das normas de um Estado. A 
referência e de valorização de todas as normas internas, qualquer 
a ter em conta, antes de legislar, bem como qualquer acto legislativo ou 
administrativo deve estar em conformidade com a constituição. A Constituição baliza todo o 
poderes públicos estaduais. 
a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição. Por 
contrária à lei fundamental é ferida de ineficácia jurídica, ou seja, 
ordinária contrária à constituição é inválida, por conseguinte a validade das 
normas depende da sua conformidade com a constituição. 
Já vimos que as normas constitucionais estabelecem fronteiras no relacionamento entre os 
entes públicos, por um lado, e, dos entes públicos com as pessoas, singulares ou colectivas. É 
aqui que nasce o Principio da Dignidade da Pessoa Humana. Este é um principio constitucional 
é limitativo da actuação do Estado por que o Estado não pode actuar desrespeitando a 
dignidade da pessoa humana. E, é limitativo porque a pessoa humana é o fim supremo do 
Estado. O fim supremo da actuação do Estado deve ter em conta a pessoa humana. 
que estamos a falar é uma pessoa humana concreta, não é uma pessoa 
ideal, fora da história. É uma pessoa humana dentro da sociedade onde mais pessoas a 
integram. É uma pessoa como fim do Estado, como essência, não é uma pessoa que dependa 
, a doutrina defende a pessoa humana contra situações de 
sde logo, referencias à pessoa humana, no seu Artº 1º 
uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana (…)». 
ro lado, a pessoa humana encontra garantias constitucionais contra abusos do poder 
Outros direitos pessoais”; 
A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da 
capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação
à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra 
quaisquer formas de discriminação. 
lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilizaçãoabusivas
contrárias à dignidade humana, de informações relativas às pessoas e famílias.
 
m presidente, temos bons direitos, mas, se ele for mau teremos maus direitos. Não é 
 
3
limitar o poder do soberano, através de um quadro normativo preciso. Limitar a sua actuação 
estabelece fronteiras – a 
as mãos de uma única 
, de qualquer Estado. Esta vitória 
as relações entre órgãos públicos, por um lado, e, por outro, entre órgãos 
em todo o mundo, a constituição 
, das normas de um Estado. A 
e de valorização de todas as normas internas, qualquer 
a ter em conta, antes de legislar, bem como qualquer acto legislativo ou 
administrativo deve estar em conformidade com a constituição. A Constituição baliza todo o 
a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição. Por 
lei fundamental é ferida de ineficácia jurídica, ou seja, 
, por conseguinte a validade das 
Já vimos que as normas constitucionais estabelecem fronteiras no relacionamento entre os 
com as pessoas, singulares ou colectivas. É 
aqui que nasce o Principio da Dignidade da Pessoa Humana. Este é um principio constitucional 
é limitativo da actuação do Estado por que o Estado não pode actuar desrespeitando a 
limitativo porque a pessoa humana é o fim supremo do 
Estado. O fim supremo da actuação do Estado deve ter em conta a pessoa humana. 
não é uma pessoa 
onde mais pessoas a 
integram. É uma pessoa como fim do Estado, como essência, não é uma pessoa que dependa 
, a doutrina defende a pessoa humana contra situações de 
referencias à pessoa humana, no seu Artº 1º «Portugal é 
ro lado, a pessoa humana encontra garantias constitucionais contra abusos do poder 
desenvolvimento da 
bom nome e reputação, à imagem, à 
à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra 
lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou 
informações relativas às pessoas e famílias. 
m presidente, temos bons direitos, mas, se ele for mau teremos maus direitos. Não é 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
3. A lei garantirá a dignidade pessoal
nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na 
experimentação científica.
4. A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuar
casos e termos previstos na lei
 
2. Principio da Jurisdicidade e da Constitucionalidade;
Porquê Jurisdicidade? 
 
Porque a actuação do Estado deve ter em conta as leis. 
genéricas, imperativas, etc.… 
 
Os latinos diziam “Ubi ius ibi societas, ubi societas ibi ius
Sociedade (Não há direito sem sociedade)
o direito divino é aplicado na sociedade, por inspiração de algumas pessoas que depois 
transmitiam a outros esses direitos.
 
Este princípio apresenta três características;
 1. Um Sistema jurídico organizado e
 2. Um Sistema jurídico hierarquizado
 3. Um Sistema jurídico susceptível de fiscalização, fiscalização da constitucionalidade ou 
da legalização dos actos;
 
3. Principio da Separação de Poderes;
 
Este princípio é indissoluvelmente ligado ao Estado de Direito, ou seja, inseparável, 
séculos XIX e XX, o primeiro autor deste princípio foi John Locke. Segundo Locke, o poder do 
Estado ou poder politico tem três funções;
1. Poder Legislativo; 
2. Poder Executivo; 
3. Poder Federativo; 
 
Montesquieu falou também em três poderes;
1. Legislativo, atribuído ao Parlamento
2. Executivo, semelhante ao que disse Locke e que consiste na administração dos 
assuntos do Estado, em termos internos e externos
3. Poder Judicial, atribuído aos tribunais, que têm a função de administrar a justiça; 
 
A conjugação do Principio da 
nos falar do primado da Lei. Isto porque, o 
num determinado ordenamento jurídico, e a Separação de Poderes é também através das leis, 
porque se não existirem leis o poder legislativo poderia interferir nos assuntos destinados ao 
outro poder. Estes dois princípios têm que “jogar” conhecendo as re
seu próprio campo de acção, sem interferir no campo alheio, no entanto, jogam em conjunto.
 
4. Principio da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança;
 
O Que é o Principio da Segurança Jurídica?
 
Implica a certeza de Direito! Quer
bem definido. Não pode ser caótico ou arbitrário, onde hoje é uma lei amanhã é outra. Assim 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
dignidade pessoal e a identidade genética do ser humano
nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na 
fica. 
A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuar
casos e termos previstos na lei, não podendo ter como fundamento motivos políticos
Principio da Jurisdicidade e da Constitucionalidade; 
rque a actuação do Estado deve ter em conta as leis. E estas devem ser abstractas, 
 
Ubi ius ibi societas, ubi societas ibi ius”, – Onde existe o Direito e
(Não há direito sem sociedade), onde a Sociedade existe, existe o Direito
o direito divino é aplicado na sociedade, por inspiração de algumas pessoas que depois 
transmitiam a outros esses direitos. 
Este princípio apresenta três características; 
Um Sistema jurídico organizado e não caótico; 
Um Sistema jurídico hierarquizado (existe hierarquia entre as normas jurídicas
Um Sistema jurídico susceptível de fiscalização, fiscalização da constitucionalidade ou 
da legalização dos actos; 
da Separação de Poderes; 
é indissoluvelmente ligado ao Estado de Direito, ou seja, inseparável, 
séculos XIX e XX, o primeiro autor deste princípio foi John Locke. Segundo Locke, o poder do 
Estado ou poder politico tem três funções; 
Montesquieu falou também em três poderes; 
atribuído ao Parlamento; 
semelhante ao que disse Locke e que consiste na administração dos 
assuntos do Estado, em termos internos e externos; 
atribuído aos tribunais, que têm a função de administrar a justiça; 
da Jurisdicidade e do Principio da Separação dos poderes permite
Isto porque, o Princípio da Jurisdicidade significa
num determinado ordenamento jurídico, e a Separação de Poderes é também através das leis, 
porque se não existirem leis o poder legislativo poderia interferir nos assuntos destinados ao 
outro poder. Estes dois princípios têm que “jogar” conhecendo as regras onde cada um tem o 
seu próprio campo de acção, sem interferir no campo alheio, no entanto, jogam em conjunto.
Principio da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança; 
O Que é o Principio da Segurança Jurídica? 
Implica a certeza de Direito! Quer dizer que no quadro jurídico tem que ser um quadro certo, 
bem definido. Não pode ser caótico ou arbitrário, onde hoje é uma lei amanhã é outra. Assim 
 
4
identidade genética do ser humano, 
nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na 
A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuar-se nos 
fundamento motivos políticos.» 
E estas devem ser abstractas, 
o Direito existe a 
o Direito. – Mesmo 
o direito divino é aplicado na sociedade, por inspiração de algumas pessoas que depois 
existe hierarquia entre as normas jurídicas); 
Um Sistema jurídico susceptível de fiscalização, fiscalização da constitucionalidade ou 
é indissoluvelmente ligado ao Estado de Direito, ou seja, inseparável, surgiu nos 
séculos XIX e XX, o primeiro autor deste princípio foi John Locke. Segundo Locke, o poder do 
semelhante ao que disse Locke e que consiste na administração dos 
atribuído aos tribunais, que têm a função de administrar a justiça; 
Jurisdicidade e do Principio da Separação dos poderes permite-
rincípio da Jurisdicidade significa o lugar ocupado 
num determinado ordenamento jurídico, e a Separação de Poderes é também através das leis, 
porque se não existirem leis o poder legislativo poderia interferir nos assuntos destinados ao 
gras onde cada um tem o 
seu próprio campo de acção, sem interferir no campo alheio, no entanto,jogam em conjunto. 
dizer que no quadro jurídico tem que ser um quadro certo, 
bem definido. Não pode ser caótico ou arbitrário, onde hoje é uma lei amanhã é outra. Assim 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
poderemos considerar a Certeza de Direito como um primeiro elemento do Principio da 
Segurança. Outro elemento é a publicação das normas
Jurídica), tudo o que possa ser acto 
tem que ser publicado. No nosso sistema não podem existir normas secretas.
 
Este Principio da Segurança Jurídica também implica a Clareza/Certeza das normas. A lei não 
pode ter um sentido poético.
 
A questão da Protecção da Confiança significa que a confiança de um cidadão no seu sistema 
jurídico tem uma protecção baseada nas leis. Se ele, o cidadão esti
invocar as suas leis internas. Assim estamos a falar da Segurança dentro de um terminado 
espaço jurídico. 
 
A falta de publicação de uma norma provoca a ineficácia da mesma, antes falava
inexistência, mas hoje falamos de in
sobre as fontes de direito tínhamos a fonte da produção da norma jurídica e também a fonte 
de revelação da norma jurídica. Esta 
jurídica, é feita através da sua publicação
conhecermos as normas jurídicas que fazem parte do nosso sistema jurídico.
autêntica. 
 
5. Principio da Igualdade; 
 
Tratar por igual o que é igual e desigual o que é desigual. 
mundo prevêem este princípio, a dois níveis: Interno e Externo ou Internacional.
 
Interno: Relativamente aos cidadãos onde todos são iguais perante a lei, não pode haver 
discriminação. 
 
Externo ou Internacional: Significa a i
pode tratar outro como se este não fosse um Estado. A concretização dês te principio neste 
contexto é feito nas Nações Unidas, por exemplo. A igualdade soberana significa a 
representação proporcional, neste
com o Direito Internacional Público, que teremos no próximo ano.
 
6. Principio da Proporcionalidade;
 
Significa basicamente que, quando o poder público tem que intervir de forma discricionária 
deve ter em conta a proporcionalidade.
 
Ex.: Supondo que existe uma lei que diz: “todo aquele que mata é condenado a pena de prisão 
entre 5 e 20 anos”, – O juiz tem que ter em conta vários elementos para fixar a pena justa, com 
equilíbrio, com equidade. Nem todos m
ponderação de vários factores e a sua conjugação dentro do quadro jurídico e a partir daí 
aplicar a medida mais correcta.
nada, nem 8, nem 80. Tem que existir razoabilidade, equidade, bom senso, a ponderação.
 
O Principio Republicano e a Forma Institucional de Governo
1. As Formas Monárquicas
2. As Formas Republicanas de Governo (
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
poderemos considerar a Certeza de Direito como um primeiro elemento do Principio da 
ento é a publicação das normas, que nos dão a Garantia (Segurança 
ser acto disciplinar do comportamento do cidadão na sociedade 
tem que ser publicado. No nosso sistema não podem existir normas secretas. 
nça Jurídica também implica a Clareza/Certeza das normas. A lei não 
 
A questão da Protecção da Confiança significa que a confiança de um cidadão no seu sistema 
jurídico tem uma protecção baseada nas leis. Se ele, o cidadão estiver no estrangeiro não pode 
invocar as suas leis internas. Assim estamos a falar da Segurança dentro de um terminado 
A falta de publicação de uma norma provoca a ineficácia da mesma, antes falava
inexistência, mas hoje falamos de ineficácia. De acordo com o estudo, anteriormente feito, 
sobre as fontes de direito tínhamos a fonte da produção da norma jurídica e também a fonte 
de revelação da norma jurídica. Esta fonte de revelação ou de conhecimento da norma 
da sua publicação, em Diário da República, é este o instrumento para 
conhecermos as normas jurídicas que fazem parte do nosso sistema jurídico.
Tratar por igual o que é igual e desigual o que é desigual. Hoje todas as constituições do 
mundo prevêem este princípio, a dois níveis: Interno e Externo ou Internacional.
Interno: Relativamente aos cidadãos onde todos são iguais perante a lei, não pode haver 
Externo ou Internacional: Significa a igualdade soberana entre os estados. Nenhum Estado 
pode tratar outro como se este não fosse um Estado. A concretização dês te principio neste 
contexto é feito nas Nações Unidas, por exemplo. A igualdade soberana significa a 
representação proporcional, neste caso das Nações Unidas. Este é um assunto relacionado 
com o Direito Internacional Público, que teremos no próximo ano. 
Principio da Proporcionalidade; 
que, quando o poder público tem que intervir de forma discricionária 
m conta a proporcionalidade. 
Supondo que existe uma lei que diz: “todo aquele que mata é condenado a pena de prisão 
O juiz tem que ter em conta vários elementos para fixar a pena justa, com 
equilíbrio, com equidade. Nem todos matam nas mesmas circunstâncias. Tem que haver uma 
ponderação de vários factores e a sua conjugação dentro do quadro jurídico e a partir daí 
aplicar a medida mais correcta. Este principio tem como objectivo evitar desequilíbrios, tudo ou 
. Tem que existir razoabilidade, equidade, bom senso, a ponderação.
O Principio Republicano e a Forma Institucional de Governo 
Monárquicas de Governo; 
2. As Formas Republicanas de Governo (Res-Pública); 
 
5
poderemos considerar a Certeza de Direito como um primeiro elemento do Principio da 
, que nos dão a Garantia (Segurança 
do comportamento do cidadão na sociedade 
 
nça Jurídica também implica a Clareza/Certeza das normas. A lei não 
A questão da Protecção da Confiança significa que a confiança de um cidadão no seu sistema 
ver no estrangeiro não pode 
invocar as suas leis internas. Assim estamos a falar da Segurança dentro de um terminado 
A falta de publicação de uma norma provoca a ineficácia da mesma, antes falava-se de 
eficácia. De acordo com o estudo, anteriormente feito, 
sobre as fontes de direito tínhamos a fonte da produção da norma jurídica e também a fonte 
ou de conhecimento da norma 
em Diário da República, é este o instrumento para 
conhecermos as normas jurídicas que fazem parte do nosso sistema jurídico. Esta é a fonte 
Hoje todas as constituições do 
mundo prevêem este princípio, a dois níveis: Interno e Externo ou Internacional. 
Interno: Relativamente aos cidadãos onde todos são iguais perante a lei, não pode haver 
gualdade soberana entre os estados. Nenhum Estado 
pode tratar outro como se este não fosse um Estado. A concretização dês te principio neste 
contexto é feito nas Nações Unidas, por exemplo. A igualdade soberana significa a 
caso das Nações Unidas. Este é um assunto relacionado 
que, quando o poder público tem que intervir de forma discricionária 
Supondo que existe uma lei que diz: “todo aquele que mata é condenado a pena de prisão 
O juiz tem que ter em conta vários elementos para fixar a pena justa, com 
atam nas mesmas circunstâncias. Tem que haver uma 
ponderação de vários factores e a sua conjugação dentro do quadro jurídico e a partir daí 
Este principio tem como objectivo evitar desequilíbrios, tudo ou 
. Tem que existir razoabilidade, equidade, bom senso, a ponderação. 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
3. A Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios Fundamentais, 
Monarquia, República, etc.);
4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades;
5. As Formas Ditatoriais de Governo;
6. As Formas Democráticas de Governo;
7. A Experiência Democrática Portuguesa e dos PALOP;
 
A forma como é exercida o poder 
cargos públicos, mais concretamente a magistratura
podemos dizer que se trata d
outro entre os diferentes poderes que compõem o Estado: Órgãos Públicos.
 
Órgãos de Soberania, segundo a CRP
 - O Presidente da Republica
 - A Assembleia da Republica
 - O Governo (Órgão Colegial)
 - Os Tribunais (Órgão Colegial)
 - Regiões Autónomas (com os seus respectivos órgãos
Locais),(Órgãos Colegiais)
 
Tudo isto tem a ver com a relação de separação de poderes sem
os diferentes órgãos referidos. Esta relação sofreu uma evolução em termos históricos e o 
conceito teve vários significados ao longo da história. 
 
Para Platão as formas de Governo dependiam do número de governantes tendo em c
aspecto ético do exercício do poder, ou seja, ele distinguia a boa da má governação.
Monarquia de Tirania conforme o poder fosse concentrado nas mãos de uma só pessoa e a 
actuação desse poder fosse ou não conforme a lei
quando não fosse conforme a lei era tirania.
 
A sua segunda distinção feita por Platão é entre Aristocracia e Oligarquia, conforme o exercício 
do poder fosse feito por mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei.
 
A terceira distinção é entre a Democracia e a Demagogia conforme o exercício do poder fosse 
concentrado nas mãos de mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei.
 
Outro pensador que teve o mérito de estudar esta matéria foi Aristóteles, que basicamente 
seguia o raciocínio platónico. 
 
Depois surge outro pensador:
Publica (de todos) = República
princípio de República é o poder que não é concentrado nas m
monárquicas (sangue azul). A monarquia era o
de pessoas por via hereditária
 
Montesquieu também faz a mesma distinção entre monarquia e o exercício do poder por 
republicana, destacando o disputismo político como por exemplo o governo de uma só pessoa 
que governa de forma arbitrária.
 
 
 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios Fundamentais, 
Monarquia, República, etc.); 
4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades;
de Governo; 
6. As Formas Democráticas de Governo; 
. A Experiência Democrática Portuguesa e dos PALOP; 
o poder público, tendo em conta a sua relação com o exercício dos 
cargos públicos, mais concretamente a magistratura suprema do Estado. Por outras palavras, 
rata da relação entre governantes e governados por um lado e por 
poderes que compõem o Estado: Órgãos Públicos. 
, segundo a CRP: 
O Presidente da Republica (Órgão unipessoal); 
A Assembleia da Republica (Órgão Colegial); 
(Órgão Colegial); 
(Órgão Colegial); 
Regiões Autónomas (com os seus respectivos órgãos; incluem-se aqui as Autarquias 
, (Órgãos Colegiais); 
Tudo isto tem a ver com a relação de separação de poderes sem prejuízo de cooperação entre 
os diferentes órgãos referidos. Esta relação sofreu uma evolução em termos históricos e o 
conceito teve vários significados ao longo da história. 
Para Platão as formas de Governo dependiam do número de governantes tendo em c
aspecto ético do exercício do poder, ou seja, ele distinguia a boa da má governação.
irania conforme o poder fosse concentrado nas mãos de uma só pessoa e a 
actuação desse poder fosse ou não conforme a lei. Quando conforme a lei era monarquia, 
fosse conforme a lei era tirania. 
A sua segunda distinção feita por Platão é entre Aristocracia e Oligarquia, conforme o exercício 
do poder fosse feito por mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei. 
ão é entre a Democracia e a Demagogia conforme o exercício do poder fosse 
concentrado nas mãos de mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei. 
Outro pensador que teve o mérito de estudar esta matéria foi Aristóteles, que basicamente 
o platónico. 
Depois surge outro pensador: Maquiavel, que traçou o principio de res publica
República. Contrapondo este principio à monarquia. Segundo ele, este 
princípio de República é o poder que não é concentrado nas mãos de determinadas classes
A monarquia era o poder reservado a uma determinada categoria 
de pessoas por via hereditária. 
também faz a mesma distinção entre monarquia e o exercício do poder por 
o o disputismo político como por exemplo o governo de uma só pessoa 
que governa de forma arbitrária. 
 
6
Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios Fundamentais, 
4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades; 
tendo em conta a sua relação com o exercício dos 
suprema do Estado. Por outras palavras, 
entre governantes e governados por um lado e por 
 
se aqui as Autarquias 
prejuízo de cooperação entre 
os diferentes órgãos referidos. Esta relação sofreu uma evolução em termos históricos e o 
Para Platão as formas de Governo dependiam do número de governantes tendo em conta o 
aspecto ético do exercício do poder, ou seja, ele distinguia a boa da má governação. Distinguia 
irania conforme o poder fosse concentrado nas mãos de uma só pessoa e a 
lei era monarquia, 
A sua segunda distinção feita por Platão é entre Aristocracia e Oligarquia, conforme o exercício 
ão é entre a Democracia e a Demagogia conforme o exercício do poder fosse 
Outro pensador que teve o mérito de estudar esta matéria foi Aristóteles, que basicamente 
res publica. Res (coisa) 
Contrapondo este principio à monarquia. Segundo ele, este 
ãos de determinadas classes 
poder reservado a uma determinada categoria 
também faz a mesma distinção entre monarquia e o exercício do poder por 
o o disputismo político como por exemplo o governo de uma só pessoa 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
1. As Formas Monárquicas de Governo;
 
Configuração do poder politico, ou seja, a relação entre governantes e governados por um 
lado, e entre os próprios órgãos da monarquia, por outro. 
outro lado os órgãos monárquicos.
 
O titular supremo do Estado (chefe de Estado) era escolhido de forma hereditária, tendo em 
conta os laços familiares, de acordo com uma certa linha de rel
Formas de monarquias ao longo da história:
1. Monarquia Romana:
período romano. O
forma já atrás referid
outros órgãos, nomeadamente o poder legislativo e o poder judicial. Esta 
monarquia não suprimia outros poderes, antes
poderes mas, subordinados ao monarca;
2. Monarquia Feudal:
outros poderes dentro da 
serviços ao próprio monarca;
3. Monarquia limitada:
actuação era bastante li
simbólicos; 
4. Monarquia Absoluta:
monarquia suprimiu outros poderes.
5. Monarquia Cesarista (César):
uma ruptura com o princípio da her
6. Monarquia Constitucional:
monarquia. A limitação do poder era feita por via de um texto constitucional, uma 
lei fundamental –
7. Monarquia Parlamentar:
representativo dos cidadãos (
monarquia temos a existência do parlamento onde os cidadãos tinham acento no 
sentido de controlar o poder exercido pelo monarca, ou seja além do parlamento 
ter o poder legislativo, também tinha o poder de fiscalização;
8. Monarquia simbólica: 
meramente simbólica, decorativa. Não tinha qualqu
permitisse exercer o controlo político sobre o monarca;
 
2. As Formas Republicanas de 
 
Significa que a Chefia do Estado é atribuída a um órgão, não a uma pessoa, mas um órgão 
unipessoal. Não é uma pessoa consid
sim como titular de um órgão de soberania, ou seja, é o Presidente da República.
 
O Presidente da República é aquele que exerce a suprema magistratura do Estado enquanto 
chefe de um órgão, o órgão Presi
 
Critério de escolha: A monarquia tinha critérios não democráticos
laços de sangue, era hereditário. 
pertencem a todos, não são exclusivos de ninguém
critérios para a nomeação do Chefe de Estado. Trata
sufrágio universal, directo, secret
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Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
1. As Formas Monárquicas de Governo; 
Configuração do poder politico, ou seja, a relação entre governantes e governados por um 
rgãos da monarquia, por outro. Entre o monarca e os súbditos e por 
monárquicos. 
O titular supremo do Estado (chefe de Estado) era escolhido de forma hereditária, tendo em 
conta os laços familiares, de acordo com uma certa linha de relação familiar. 
Formas de monarquias ao longoda história: 
Monarquia Romana: Conforme se depreende facilmente ocorreu durante o 
período romano. O chefe de Estado era o Rei. Escolhido de forma hierárquica (
já atrás referida). No entanto, o exercício do poder permitia a existência de 
outros órgãos, nomeadamente o poder legislativo e o poder judicial. Esta 
monarquia não suprimia outros poderes, antes, permitia a existência desses outros 
subordinados ao monarca; 
Monarquia Feudal: O monarca ou o Rei governava permitindo a existência de 
outros poderes dentro da ratio ou lógica do feudalismo. Tinham que prestar alguns 
serviços ao próprio monarca; 
Monarquia limitada: A existência de outros órgãos era permitida mas a sua 
actuação era bastante limitada. Os outros órgãos eram meramente decorativos, 
Monarquia Absoluta: Mais ou menos na fase da idade moderna. Este tipo de 
monarquia suprimiu outros poderes. Extinguiu outros poderes, daí ser absoluta;
Monarquia Cesarista (César): Aqui temos uma mudança revolucionária, dando
uma ruptura com o princípio da hereditariedade, revogando-o; 
Monarquia Constitucional: Consensualidade entre a antiga e a moderna 
monarquia. A limitação do poder era feita por via de um texto constitucional, uma 
– A Constituição; 
Monarquia Parlamentar: Permitia a existência de um parlamento como órgão 
o dos cidadãos (populus, o povo aproxima-se do poder). Nesta 
monarquia temos a existência do parlamento onde os cidadãos tinham acento no 
ido de controlar o poder exercido pelo monarca, ou seja além do parlamento 
ter o poder legislativo, também tinha o poder de fiscalização; 
Monarquia simbólica: Contrapondo com a anterior esta tem uma posição 
meramente simbólica, decorativa. Não tinha qualquer competência que lhe 
permitisse exercer o controlo político sobre o monarca; 
2. As Formas Republicanas de Governo (Res-Pública); 
Significa que a Chefia do Estado é atribuída a um órgão, não a uma pessoa, mas um órgão 
Não é uma pessoa considerado em termos de pessoa em sentido individual, mas 
sim como titular de um órgão de soberania, ou seja, é o Presidente da República.
O Presidente da República é aquele que exerce a suprema magistratura do Estado enquanto 
chefe de um órgão, o órgão Presidente da República. 
monarquia tinha critérios não democráticos. A escolha tinha em conta 
laços de sangue, era hereditário. Hoje, não é assim. Na república, os assuntos do 
pertencem a todos, não são exclusivos de ninguém. A partir daí começaram a criar
critérios para a nomeação do Chefe de Estado. Trata-se de um método de eleição 
ecreto e periódico. É um critério Democrático. 
 
7
Configuração do poder politico, ou seja, a relação entre governantes e governados por um 
Entre o monarca e os súbditos e por 
O titular supremo do Estado (chefe de Estado) era escolhido de forma hereditária, tendo em 
 
Conforme se depreende facilmente ocorreu durante o 
chefe de Estado era o Rei. Escolhido de forma hierárquica (da 
do poder permitia a existência de 
outros órgãos, nomeadamente o poder legislativo e o poder judicial. Esta 
permitia a existência desses outros 
ou o Rei governava permitindo a existência de 
. Tinham que prestar alguns 
A existência de outros órgãos era permitida mas a sua 
mitada. Os outros órgãos eram meramente decorativos, 
Mais ou menos na fase da idade moderna. Este tipo de 
Extinguiu outros poderes, daí ser absoluta; 
uma mudança revolucionária, dando-se 
Consensualidade entre a antiga e a moderna 
monarquia. A limitação do poder era feita por via de um texto constitucional, uma 
a existência de um parlamento como órgão 
se do poder). Nesta 
monarquia temos a existência do parlamento onde os cidadãos tinham acento no 
ido de controlar o poder exercido pelo monarca, ou seja além do parlamento 
Contrapondo com a anterior esta tem uma posição 
er competência que lhe 
Significa que a Chefia do Estado é atribuída a um órgão, não a uma pessoa, mas um órgão 
erado em termos de pessoa em sentido individual, mas 
sim como titular de um órgão de soberania, ou seja, é o Presidente da República. 
O Presidente da República é aquele que exerce a suprema magistratura do Estado enquanto 
escolha tinha em conta 
os assuntos do Estado 
rtir daí começaram a criar-se outros 
de eleição através de 
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Na República vamos ver o relacionamento entre a che
Portanto, entre os governantes e os governados, entre os vários órgãos que compõem um 
Estado e como é encarado o fenómeno religioso na 
também a relação entre os diferentes órgãos
 
No contexto republicano podemos ter, digamos, uma fusão entre o poder 
fenómeno religioso, uma fusão 
temos a Teocracia. Teocracia
sacerdote ou líder religioso que governa, supostamente, segundo o desejo de uma divindade.
 
Exemplos actuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo 
como chefe-de-Estado um sacerdote (o Papa), e o Irão, que é
religiosos islâmicos. E, quando prevalece o poder politico
César o que é de César e a Deus o que é de Deus
separação de poderes, entre os poderes p
um sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a 
competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo 
poderes tradicionalmente r
tendencialmente as funções imperiais e pontifícias 
característico do cesaropapísmo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a 
atingir, por vezes, formas tão 
Estado. 
 
A ideologia do cesaropapísmo assenta na ideia romana de que a religião é essencialmente um 
assunto colectivo e secundariamente individual. Política e religião são entidades indissolúveis 
em que o sagrado é parte do temporal, de que o chefe de Estado é chefe da Igreja.
 
Esse fenómeno é tipicamente cristão dado que o evangelho distingue política de religião, não 
se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa em 
passado e/ou no presente nunca houve t
ambientes históricos onde havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países 
protestantes. 
 
Por outro lado, podemos ter uma total identificação c
existe uma relação de paralelismo
reconhece a existência do Estado, no entanto, são duas 
há sufocação de uma ou de outr
 
Dentro deste modelo podemos distinguir;
1. O Critério baseado na igualdade e a cooperação, entre o poder 
ou seja, o Ministro exerce a sua função 
respeito, igualdade, cooperação (colaboram)
determinam ministrar certo tipo de aulas no ensino público
2. O Critério da separação hostil
3. E, o Critério da neutralidade: 
 Entre o Estado e a Igreja existe um acordo, chama
entre o Estado e a Igreja há alguns pontos comuns
 
Ex.: O Casamento Católico produz efeitos civis.
canónicos. O contrário sim, ou seja
efeitos civis. A igreja não reconhece o casamento civil porque este permite o divórcio.
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blica vamos ver o relacionamento entre a chefia do Estado, entre os órgãos do Estado
, entre os governantes e os governados, entre os vários órgãos que compõem um 
Estado e como é encarado o fenómeno religioso na res pública. A seguir
tre os diferentes órgãos do Estado. 
No contexto republicano podemos ter, digamos, uma fusão entre o poder 
fenómeno religioso, uma fusão que pode fazer prevalecer o fenómeno religioso
Teocracia é uma forma de governo onde o povo é cont
sacerdote ou líder religioso que governa, supostamente, segundo o desejo de uma divindade.
Exemplos actuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo 
Estado um sacerdote (o Papa), e o Irão, que é controlado pelos Aiatolas, lideres 
quando prevalece o poder politico, temos o Cesaropapísmo
César o que é de César e a Deus o que é de Deus” – Pode-se concluir que Deus já falava de 
separação de poderes, entre os poderes políticos e os poderes religiosos. Cesaropapísmo
um sistema de relações entre aIgreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a 
competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo 
poderes tradicionalmente reservados a suprema autoridade religiosa, unificando 
tendencialmente as funções imperiais e pontifícias na sua pessoa. Daí decorre o traço 
característico do cesaropapísmo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a 
formas tão extremas que levou a Igreja a ser considerada um órgão de 
A ideologia do cesaropapísmo assenta na ideia romana de que a religião é essencialmente um 
assunto colectivo e secundariamente individual. Política e religião são entidades indissolúveis 
que o sagrado é parte do temporal, de que o chefe de Estado é chefe da Igreja.
Esse fenómeno é tipicamente cristão dado que o evangelho distingue política de religião, não 
se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa em 
passado e/ou no presente nunca houve tanta distinção. O cesaropapísmo apenas
havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países 
podemos ter uma total identificação com o fenómeno religioso
existe uma relação de paralelismo. O Estado reconhece a existência da religião, a religião 
reconhece a existência do Estado, no entanto, são duas autoridades distintas e paralelas, não 
há sufocação de uma ou de outra. 
Dentro deste modelo podemos distinguir; 
na igualdade e a cooperação, entre o poder político
ou seja, o Ministro exerce a sua função política e o Padre prega a missa
respeito, igualdade, cooperação (colaboram) – em termos de educação, por exemplo
determinam ministrar certo tipo de aulas no ensino público – utilizado em Portugal
eparação hostil: existência de conflitos, sem cooperação;
neutralidade: Neutralizam-se, cada um por si; 
Entre o Estado e a Igreja existe um acordo, chama-se Concordata. Dentro da relação 
stado e a Igreja há alguns pontos comuns. 
Ex.: O Casamento Católico produz efeitos civis. O casamento civil não produz efeitos 
canónicos. O contrário sim, ou seja, o casamento religioso é reconhecido por ser causador de 
A igreja não reconhece o casamento civil porque este permite o divórcio.
 
8
fia do Estado, entre os órgãos do Estado. 
, entre os governantes e os governados, entre os vários órgãos que compõem um 
. A seguir, analisaremos 
No contexto republicano podemos ter, digamos, uma fusão entre o poder político e o 
pode fazer prevalecer o fenómeno religioso. Assim sendo 
é uma forma de governo onde o povo é controlado por um 
sacerdote ou líder religioso que governa, supostamente, segundo o desejo de uma divindade. 
Exemplos actuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo 
controlado pelos Aiatolas, lideres 
Cesaropapísmo. “Dar a 
se concluir que Deus já falava de 
Cesaropapísmo foi 
um sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a 
competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo 
eservados a suprema autoridade religiosa, unificando 
sua pessoa. Daí decorre o traço 
característico do cesaropapísmo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a 
ser considerada um órgão de 
A ideologia do cesaropapísmo assenta na ideia romana de que a religião é essencialmente um 
assunto colectivo e secundariamente individual. Política e religião são entidades indissolúveis 
que o sagrado é parte do temporal, de que o chefe de Estado é chefe da Igreja. 
Esse fenómeno é tipicamente cristão dado que o evangelho distingue política de religião, não 
se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa em que no 
apenas existiu em 
havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países 
om o fenómeno religioso, pois entre eles 
. O Estado reconhece a existência da religião, a religião 
autoridades distintas e paralelas, não 
político e a religião, 
e o Padre prega a missa, mas há 
em termos de educação, por exemplo, 
utilizado em Portugal; 
: existência de conflitos, sem cooperação; 
se Concordata. Dentro da relação 
O casamento civil não produz efeitos 
, o casamento religioso é reconhecido por ser causador de 
A igreja não reconhece o casamento civil porque este permite o divórcio. 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
Ainda na relação Estado/Igreja
 
A recente questão das caricaturas de 
de uma questão séria, pois qualquer profissão deve ser exercida de acordo com as normas da 
sua profissão, bem como da sua deontologia. Este tema coloca em destaque o desempenho do 
próprio jornalista, que neste caso 
forma de fazer jornalismo. Ora, considerando que este jornalista agiu isoladamente
que se deve atribuir, única e exclusivamente
 
O Estado da Dinamarca não é só composto por aquele jorna
nem todos os jornalistas dinamarqueses estiveram de acordo com a atitude do autor das 
caricaturas, por isso também não devem ser todos os jornalistas responsabilizados pelo acto 
isolado do outro. Mas, o referido país europeu 
possa generalizar um acto praticado por uma pessoa como se esse acto fosse praticado por 
toda uma comunidade, caso contrário poderíamos correr o risco de ir ao pormenor e atribuir 
culpas à comunidade europeia, p
 
3. A Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (
Monarquia, República, etc.); 
 
A realidade portuguesa contempla um sistema republicano, contra a monarquia, demo
baseado na separação de poderes, no 
Estado é eleito em sufrágio universal directo, secreto e periódico. Existe ainda o 
limitação de mandatos, onde o PR só pode exercer no máximo d
anos cada, – 10 anos no máximo
 
4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades;
 
Significa o exercício do poder 
limitados no tempo, as escolh
Governo pode ser Ditadura ou Democracia. Estes são dois regimes, ou sistemas, políticos 
completamente distintos. Se bem que possa haver em democracia uma ditadura, embora 
disfarçada; 
 
5. As Formas Ditatoriais de Governo;
Têm quatro aspectos: 
1º - Poderes vastos atribuídos ao ditador;
 
2º - Concentração de poderes na figura do ditador que não considera o cidadão como 
fronteira da sua actuação. Ele, o ditador, tem os referidos poderes vastos, dentro d
estrutura do Estado. Na sua relação com o povo, ele, não considera o povo como 
elemento limitador dos seus poderes, pois estes, não votam para a sua eleição, dado que 
o ditador não é escolhido 
populares. Aqui a relação entre governante e governado na ditadura é feita conforme a 
vontade do ditador, logo o governado submete
 
3º - Não existe uma limitação temporal do poder. O ditador é sempre reeleito com maiorias 
assustadoras 80% ou 90%, ou até mesmo por aclamação.
 
4º - Falta de mecanismo de controlo da actuação dos governantes. O governante não é 
controlado pelo povo. O parlamento não tem uma função verdadeiramente de controlo 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
Ainda na relação Estado/Igreja 
A recente questão das caricaturas de Mahomé, na perspectiva do professor Viei
pois qualquer profissão deve ser exercida de acordo com as normas da 
a sua deontologia. Este tema coloca em destaque o desempenho do 
que neste caso envolveu toda uma população e o seu Estado
forma de fazer jornalismo. Ora, considerando que este jornalista agiu isoladamente
que se deve atribuir, única e exclusivamente, a responsabilidade de tal acto. 
O Estado da Dinamarca não é só composto por aquele jornalista, e até porque 
nem todos os jornalistas dinamarqueses estiveram de acordo com a atitude do autor das 
caricaturas, por isso também não devem ser todos os jornalistas responsabilizados pelo acto 
isolado do outro. Mas, o referido país europeu tem também outras profissões, daí que não se 
possa generalizar um acto praticado por uma pessoa como se esse acto fosse praticado por 
toda uma comunidade, caso contrário poderíamos correr o risco deir ao pormenor e atribuir 
culpas à comunidade europeia, porque afinal a Dinamarca faz parte da União Europeia, 
3. A Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios 
 
A realidade portuguesa contempla um sistema republicano, contra a monarquia, demo
baseado na separação de poderes, no princípio da jurisdicidade (primado da Lei). O Chefe de 
Estado é eleito em sufrágio universal directo, secreto e periódico. Existe ainda o 
limitação de mandatos, onde o PR só pode exercer no máximo dois mandatos seguidos, de 5 
10 anos no máximo. 
4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades; 
Significa o exercício do poder público baseado em escolhas livres, periódicas, com mandatos 
limitados no tempo, as escolhas têm em conta o critério maioritário. A forma politica de 
Governo pode ser Ditadura ou Democracia. Estes são dois regimes, ou sistemas, políticos 
completamente distintos. Se bem que possa haver em democracia uma ditadura, embora 
de Governo; 
Poderes vastos atribuídos ao ditador; 
Concentração de poderes na figura do ditador que não considera o cidadão como 
fronteira da sua actuação. Ele, o ditador, tem os referidos poderes vastos, dentro d
estrutura do Estado. Na sua relação com o povo, ele, não considera o povo como 
elemento limitador dos seus poderes, pois estes, não votam para a sua eleição, dado que 
o ditador não é escolhido de forma democrática, despreza praticamente as aspirações 
Aqui a relação entre governante e governado na ditadura é feita conforme a 
vontade do ditador, logo o governado submete-se à vontade do ditador;
Não existe uma limitação temporal do poder. O ditador é sempre reeleito com maiorias 
80% ou 90%, ou até mesmo por aclamação. 
Falta de mecanismo de controlo da actuação dos governantes. O governante não é 
O parlamento não tem uma função verdadeiramente de controlo 
 
9
na perspectiva do professor Vieira Có, trata-se 
pois qualquer profissão deve ser exercida de acordo com as normas da 
a sua deontologia. Este tema coloca em destaque o desempenho do 
e o seu Estado, face à sua 
forma de fazer jornalismo. Ora, considerando que este jornalista agiu isoladamente, é a ele 
 
lista, e até porque certamente 
nem todos os jornalistas dinamarqueses estiveram de acordo com a atitude do autor das 
caricaturas, por isso também não devem ser todos os jornalistas responsabilizados pelo acto 
tem também outras profissões, daí que não se 
possa generalizar um acto praticado por uma pessoa como se esse acto fosse praticado por 
toda uma comunidade, caso contrário poderíamos correr o risco de ir ao pormenor e atribuir 
orque afinal a Dinamarca faz parte da União Europeia, etc.…. 
Princípios Fundamentais, 
A realidade portuguesa contempla um sistema republicano, contra a monarquia, democrático 
da jurisdicidade (primado da Lei). O Chefe de 
Estado é eleito em sufrágio universal directo, secreto e periódico. Existe ainda o princípio da 
ois mandatos seguidos, de 5 
baseado em escolhas livres, periódicas, com mandatos 
maioritário. A forma politica de 
Governo pode ser Ditadura ou Democracia. Estes são dois regimes, ou sistemas, políticos 
completamente distintos. Se bem que possa haver em democracia uma ditadura, embora 
Concentração de poderes na figura do ditador que não considera o cidadão como 
fronteira da sua actuação. Ele, o ditador, tem os referidos poderes vastos, dentro da 
estrutura do Estado. Na sua relação com o povo, ele, não considera o povo como 
elemento limitador dos seus poderes, pois estes, não votam para a sua eleição, dado que 
democrática, despreza praticamente as aspirações 
Aqui a relação entre governante e governado na ditadura é feita conforme a 
se à vontade do ditador; 
Não existe uma limitação temporal do poder. O ditador é sempre reeleito com maiorias 
Falta de mecanismo de controlo da actuação dos governantes. O governante não é 
O parlamento não tem uma função verdadeiramente de controlo 
Direito Constitucional II
Universidade Lusófona
político ou fiscalização politica. Existe praticam
ditador. Quando ele quer uma lei, mesmo injusta, o parlamento legisla de acordo com a 
sua vontade. Se quiser aplicar ou abolir a pena de morte ou outro tipo de leis, o 
parlamento concorda sempre.
 
As ditaduras podem ser: 
 Autocráticas: quando o governo é colegial (de várias pessoas); 
 Monocráticas: quando 
 
Fontes de inspiração de diferentes formas históricas, ou ainda actuais, de ditaduras;
 
Bolchevismo (Antiga URSS) 
existe. Em certos países tinha que se cantar o hino desta ditadura, caso contrário eram 
considerados inimigos. Por brincadeira pode considerar
democracia. 
 Ex.: Um americano e um r
pode dizer abaixo o presidente americano
também se pode dizer: abaixo o presidente americano
 
Fascismo: A colonização é a politica externa do fascismo, 
coloniza, um ditador coloniza. Alguns políticos africanos têm a tendência de acusar, 
responsabilizar os europeus pelo colonialismo. O professor considera que a Europa também foi 
vítima do colonialismo, que é o 
enquanto os africanos lutaram
fascismo. Assim, todos eram, europeus e africanos, vitimas.
contornar esta situação foi sem duvida a coo
 
O fascismo é uma doutrina totalitária de extrema
Itália, a partir de 1919, e durante 
de fascio, nome de grupos políticos ou de m
XIX e o começo do século XX; mas também de 
um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o 
poder do Estado e a unidade 
expressão camisas negras, em virtude do uniforme que utilizavam.
 
Portugal (1932-1968) – Menos restritivo que os regimes fascistas da Itália, Alemanha e 
Espanha, o Estado Novo de António de Oli
fascista. 
 
Caudilhismo: Ditadura militar. Existiu em muitos países
outros. São exemplos os internacionalismos soviéticos ou cubanos.
do poder político caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. 
Apresenta-se como forma de exercício de poder radicalmente oposta à democracia. 
 
O caudilhismo pode ser de índole militar, quando o ascendente ao poder é líder de grupos 
armados. Acredita-se que a primeira geração de caudilhos se originou na época da 
independência das colónias hispano
poder sobre povos envolvidos, que deixavam de ser colónias das potências europeias. 
Presume-se que as instituições políticas recém iniciadas foram inspiradas na filosofia 
republicana por influência dos Estados Unidos.
 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
político ou fiscalização politica. Existe praticamente para concordar com as ideias do 
ditador. Quando ele quer uma lei, mesmo injusta, o parlamento legisla de acordo com a 
Se quiser aplicar ou abolir a pena de morte ou outro tipo de leis, o 
parlamento concorda sempre. 
quando o governo é colegial (de várias pessoas); ou 
quando o governo é de uma só pessoa; 
Fontes de inspiração de diferentes formas históricas, ou ainda actuais, de ditaduras;
Bolchevismo (Antiga URSS) – Radicado na ideologia marxista-leninista. Este sistema já não 
existe. Em certos países tinha que se cantar o hino desta ditadura, caso contrário eram 
considerados inimigos. Por brincadeira pode considerar-se que na antiga Rússia existia 
Um americano e um russo à conversa, onde diz o americano que na América se 
abaixo o presidente americano. E o russo responde-lhe que, na praça vermelha 
abaixo o presidente americano. 
A colonização é a politica externa do fascismo, isto porque um democrata não 
coloniza, um ditador coloniza. Alguns políticos africanos têm a tendência de acusar, 
responsabilizar os europeus pelo colonialismo. O professor considera que a Europa também foi 
colonialismo, que é o fascismo. A Europa lutou pela sua liberdade do fascismo, 
enquanto os africanos lutaram contra o colonialismo, que era a componente externa do 
am, europeus e africanos, vitimas. O aspecto diplomático para 
contornar esta situação foisem duvida a cooperação internacional. 
é uma doutrina totalitária de extrema-direita desenvolvida por Benito Mussolini na 
Itália, a partir de 1919, e durante o seu governo (1922 – 1943 e 1943 – 1945). Fascismo deriva 
, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século 
começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era 
um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o 
poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela 
, em virtude do uniforme que utilizavam. 
Menos restritivo que os regimes fascistas da Itália, Alemanha e 
Espanha, o Estado Novo de António de Oliveira Salazar era no entanto um regime quasi
Ditadura militar. Existiu em muitos países, africanos, latina americanos, entre 
outros. São exemplos os internacionalismos soviéticos ou cubanos. Caudilhismo
tico caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. 
se como forma de exercício de poder radicalmente oposta à democracia. 
O caudilhismo pode ser de índole militar, quando o ascendente ao poder é líder de grupos 
se que a primeira geração de caudilhos se originou na época da 
independência das colónias hispano-americanas em torno de 1820, devido à mudança de 
poder sobre povos envolvidos, que deixavam de ser colónias das potências europeias. 
instituições políticas recém iniciadas foram inspiradas na filosofia 
republicana por influência dos Estados Unidos. 
 
10
ente para concordar com as ideias do 
ditador. Quando ele quer uma lei, mesmo injusta, o parlamento legisla de acordo com a 
Se quiser aplicar ou abolir a pena de morte ou outro tipo de leis, o 
Fontes de inspiração de diferentes formas históricas, ou ainda actuais, de ditaduras; 
leninista. Este sistema já não 
existe. Em certos países tinha que se cantar o hino desta ditadura, caso contrário eram 
se que na antiga Rússia existia 
usso à conversa, onde diz o americano que na América se 
, na praça vermelha 
isto porque um democrata não 
coloniza, um ditador coloniza. Alguns políticos africanos têm a tendência de acusar, 
responsabilizar os europeus pelo colonialismo. O professor considera que a Europa também foi 
a lutou pela sua liberdade do fascismo, 
contra o colonialismo, que era a componente externa do 
O aspecto diplomático para 
direita desenvolvida por Benito Mussolini na 
1945). Fascismo deriva 
ilitância que surgiram na Itália entre fins do século 
, que nos tempos do Império Romano era 
um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o 
do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela 
Menos restritivo que os regimes fascistas da Itália, Alemanha e 
veira Salazar era no entanto um regime quasi-
, africanos, latina americanos, entre 
audilhismo é o exercício 
tico caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. 
se como forma de exercício de poder radicalmente oposta à democracia. 
O caudilhismo pode ser de índole militar, quando o ascendente ao poder é líder de grupos 
se que a primeira geração de caudilhos se originou na época da 
americanas em torno de 1820, devido à mudança de 
poder sobre povos envolvidos, que deixavam de ser colónias das potências europeias. 
instituições políticas recém iniciadas foram inspiradas na filosofia 
Direito Constitucional II
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Autoritária: O ditador, é a magna autoridade, faz o que quer.
político em que é postulado o princípio da autori
detrimento das liberdades individuais.
 
O autoritarismo pode ser definido como um comportamento em que instituição ou pessoa 
se excede no exercício da autoridade de que lhe foi investida.
 
Pode ser caracterizado pelo
despotismo. 
 
Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota 
ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de 
uma pessoa sobre outra através poder financeiro, económico ou pelo terror e pela coação.
 
Totalitarismo politico: Não há nenhuma liberdade individual, o que conta é o Estado, como 
se pudesse existir Estado sem pessoas!?. 
opositores. Condená-los por congelamento na Sibéria, por exemplo. 
 
Todos os que incomodassem tinham que ser afastados, quem não fosse a favor era contra o 
regime. O amigo do inimigo era 
extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (
“Estado Máximo”). 
 
Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da 
extensão natural das instituições estatais. Geralm
extremismos ideológicos. Há totalitarismos de direita (Nazismo) e de esquerda (Estalinismo), 
embora essa catalogação seja redutora.
 
As semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidores
do regime totalitário. As diferenças que guardam, no entanto, são muitas, e dizem respeito 
aos seus fins; o totalitarismo de esquerda (
controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadores
uma revolução de facto no regime de propriedades, 
terras, enquanto o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício 
do grande capital para assegurar 
os regimes de Estaline ou Mao 
métodos — por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos: 
respectivamente, um colectiviza
 
Os regimes totalitários são violentamente opressores. O totalitarismo é um regime inserido 
na “sociedade de massas”, não existindo enquanto tal antes do século XX. São paradigmas 
na história os regimes totalitários de Adolf Hitler 
Alemanha e na União Soviética.
 
O politólogo especialista no Islão Bassam Tibi propôs nos seus livros mais recentes a tese de 
que o Fundamentalismo islâmico (em alemão "Islamismus") é também um totalitarismo.
 
 
 
 
 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
O ditador, é a magna autoridade, faz o que quer. O autoritarismo
político em que é postulado o princípio da autoridade. Esta é aplicada com frequência em 
detrimento das liberdades individuais. 
O autoritarismo pode ser definido como um comportamento em que instituição ou pessoa 
se excede no exercício da autoridade de que lhe foi investida. 
Pode ser caracterizado pelo uso do abuso do poder e da autoridade confundindo
Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota 
ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de 
pessoa sobre outra através poder financeiro, económico ou pelo terror e pela coação.
Não há nenhuma liberdade individual, o que conta é o Estado, como 
se pudesse existir Estado sem pessoas!?. Em nome do Estado podia-
los por congelamento na Sibéria, por exemplo. Deportações políticas.
odos os que incomodassem tinham que ser afastados, quem não fosse a favor era contra o 
regime. O amigo do inimigo era inimigo. Totalitarismo é um regime político b
extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (
Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da 
extensão natural das instituições estatais. Geralmente, é um fenómeno que resulta de 
extremismos ideológicos. Há totalitarismos de direita (Nazismo) e de esquerda (Estalinismo), 
embora essa catalogação seja redutora. 
As semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidores
do regime totalitário. As diferenças que guardam, no entanto, são muitas, e dizem respeito 
aos seus fins; o totalitarismo de esquerda (Estalinismo, Maoísmo e variações) representa o 
controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadores
to no regime de propriedades, colectivizando os bens de produção e as 
terras, enquanto o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício 
do grande capital para assegurar os seus interesses deforma violenta. As semelhanças entre 
ou Mao Tse Tung com os de Hitler ou Mussolini limitam
por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos: 
colectiviza a propriedade, o outro a mantém para a classe burguesa.
Os regimes totalitários são violentamente opressores. O totalitarismo é um regime inserido 
, não existindo enquanto tal antes do século XX. São paradigmas 
na história os regimes totalitários de Adolf Hitler e Joseph Stalin, respectivamente na 
Alemanha e na União Soviética. 
O politólogo especialista no Islão Bassam Tibi propôs nos seus livros mais recentes a tese de 
que o Fundamentalismo islâmico (em alemão "Islamismus") é também um totalitarismo.
 
11
autoritarismo é um regime 
dade. Esta é aplicada com frequência em 
O autoritarismo pode ser definido como um comportamento em que instituição ou pessoa 
uso do abuso do poder e da autoridade confundindo-se com o 
Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota 
ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de 
pessoa sobre outra através poder financeiro, económico ou pelo terror e pela coação. 
Não há nenhuma liberdade individual, o que conta é o Estado, como 
-se assassinar os 
Deportações políticas. 
odos os que incomodassem tinham que ser afastados, quem não fosse a favor era contra o 
é um regime político baseado na 
extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (“Estado Total”, 
Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da 
ente, é um fenómeno que resulta de 
extremismos ideológicos. Há totalitarismos de direita (Nazismo) e de esquerda (Estalinismo), 
As semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidores 
do regime totalitário. As diferenças que guardam, no entanto, são muitas, e dizem respeito 
alinismo, Maoísmo e variações) representa o 
controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadores, mas pressupõe 
os bens de produção e as 
terras, enquanto o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício 
ma violenta. As semelhanças entre 
com os de Hitler ou Mussolini limitam-se aos 
por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos: 
para a classe burguesa. 
Os regimes totalitários são violentamente opressores. O totalitarismo é um regime inserido 
, não existindo enquanto tal antes do século XX. São paradigmas 
e Joseph Stalin, respectivamente na 
O politólogo especialista no Islão Bassam Tibi propôs nos seus livros mais recentes a tese de 
que o Fundamentalismo islâmico (em alemão "Islamismus") é também um totalitarismo. 
Direito Constitucional II
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6 - Formas Democráticas de Governo;
O que é a Democracia? 
 
A Democracia tem origem 
“KRATOS” (Poder Público). A Democracia é fruto da “
Presidente Norte-Americano definiu a democracia como sendo governo do povo. O elemento 
fundamental na democracia é a tomada de decisões por maioria, as maiorias são reconhecidas 
como sendo parte integrantes do sistema político. 
em democracia e participam no jogo democrático através de critérios, manifestações, réplicas 
e outras formas de luta pacífica.
 
Democracia é um sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas 
está com o povo. Para usar uma frase famosa, democracia é o 
povo". Democracia se opõe às formas de ditadura e t
uma elite auto-eleita. 
 
Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. 
A distinção mais importante acontece entre 
“democracia pura”), onde o povo expressa sua vontade por voto 
particular, e a democracia representativa
onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões 
em nome daqueles que os elegeram.
 
Outros itens importantes na democracia incluem 
terá direito ao voto? Como 
qual o sistema que deve ser usado para a eleição de 
 
Há outra definição de democracia além da que foi dada acima, embora seja menos 
comummente usada. De acordo com essa definição, a palavra 
democracia directa, enquanto a democracia represen
 
As primeiras origens desta definição podem ser encontradas no trabalho do antigo filósofo 
grego Aristóteles. Aristóteles distinguiu
dependendo de que forma era governado
ou injusto. Ele chamou de demokratia
e a um sistema justo governado por muitos chamou 
república (do latim res publica
do que hoje podemos chamar democracia 
podemos chamar democracia representativa, embora a 
eleitos. 
 
As palavras “democracia” e “
alguns dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. Eles argumentavam que só uma democracia 
representativa (que eles chamavam de 
eles usavam a palavra “democracia
consideravam tirânica. 
 
Nem a definição de Aristóteles nem a dos Pais Fundadores americanos é normalmente usada 
hoje – a maioria dos cientistas políticos hoje (e ainda ma
termo “democracia” para se referir a um governo pelo povo, seja 
Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais 
Docente: Joãozinho Vieira Có 
António Manuel de Albuquerque Pereira 
Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 
Formas Democráticas de Governo; 
 Grega e tem dois conceitos fundamentais “DEMOS
). A Democracia é fruto da “Res Publica” (Coisa de Todos
Americano definiu a democracia como sendo governo do povo. O elemento 
ocracia é a tomada de decisões por maioria, as maiorias são reconhecidas 
como sendo parte integrantes do sistema político. As maiorias não podem ser destruídas 
em democracia e participam no jogo democrático através de critérios, manifestações, réplicas 
outras formas de luta pacífica. 
é um sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas 
está com o povo. Para usar uma frase famosa, democracia é o "governo do povo para o 
Democracia se opõe às formas de ditadura e totalitarismo, onde o poder reside em 
Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. 
A distinção mais importante acontece entre democracia directa (algumas vezes chamada 
nde o povo expressa sua vontade por voto directo 
democracia representativa (algumas vezes chamada “democracia 
onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões 
eles que os elegeram. 
Outros itens importantes na democracia incluem exactamente quem é “o Povo
 proteger os direitos de minorias contra a “tirania da maioria
deve ser usado para a eleição de representantes ou outros executivos.
Há outra definição de democracia além da que foi dada acima, embora seja menos 
usada. De acordo com essa definição, a palavra democracia se refere somente à 
, enquanto a democracia representativa é conhecida como 
As primeiras origens desta definição podem ser encontradas no trabalho do antigo filósofo 
grego Aristóteles. Aristóteles distinguiu-se, no seu livro Política, seis formas de governo, 
dependendo de que forma era governado, por poucos ou muitos, e se seu governo era justo 
demokratia (democracia) um governo injusto governado por muitos, 
e a um sistema justo governado por muitos chamou politeia, normalmente traduzido como 
ica, “coisa pública”). A demokratia de Aristóteles chegou mais perto 
do que hoje podemos chamar democracia directa, e politeia chegou mais perto do que 
podemos chamar democracia representativa, embora a demokratia ainda tenha executivos 
“república” foram usadas em um modo similar a 
alguns dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. Eles argumentavam que só uma democracia 
representativa (que eles chamavam de “república”) poderia proteger o direito dos indivídu
democracia” para se referir à democracia directa
Nem a definição de Aristóteles nem a dos Pais Fundadores americanos é normalmente usada 
a maioria dos cientistas políticos hoje (e ainda mais do que o povo em geral) usa o 
para se referir a um governo pelo povo, seja directo ou representativo. O 
 
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DEMOS” (Povo) e 
Coisa de Todos). O antigo 
Americano definiu

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