Vida e Obra de Gil Vicente

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EESCOLASCOLA ___________ _____________________________________________________________________________________   DDATAATA ___/ ___/   ___/ ___/  20__20__
NNOMEOME _________ _______________________________________________________________________________________  N.N.OO ____ ____  TTURMAURMA _____ _____
GRUPO IGRUPO I
Lê o texto.Se necessário, consulta o vocabulário.Lê o texto.Se necessário, consulta o vocabulário.
Texto ATexto A
55
1010
1515
2020
2525
3030
Gil Vicente foi casado duas vezes. Da sua primeira mulher, a quem se atribui,Gil Vicente foi casado duas vezes. Da sua primeira mulher, a quem se atribui,
numa hipótese pouco consistente, o nome de Branca Bezerra, teve dois filhos: Gaspar enuma hipótese pouco consistente, o nome de Branca Bezerra, teve dois filhos: Gaspar e
Belchior Vicente. Viúvo, Gil Vicente voltou a casar-se com Melícia Rodrigues, de quemBelchior Vicente. Viúvo, Gil Vicente voltou a casar-se com Melícia Rodrigues, de quem
teve três filhos: Paula Vicente, Luís Vicente e Valéria Borges. A partir de 1537 Paulateve três filhos: Paula Vicente, Luís Vicente e Valéria Borges. A partir de 1537 Paula
Vicente foi “moça de câmara” da infanta Dona Maria. Juntamente com seu irmVicente foi “moça de câmara” da infanta Dona Maria. Juntamente com seu irmão Luís,ão Luís,
teve papel importante na publicação, em 1562, dateve papel importante na publicação, em 1562, da CopilaçãoCopilação11das obras paternas.das obras paternas.
O autor dos autos esteve por muito tempoO autor dos autos esteve por muito tempo  – –  como esteve Gil Vicente ourives,  como esteve Gil Vicente ourives,
sendo essa coincidência um dos argumentos a favor da identificaçãosendo essa coincidência um dos argumentos a favor da identificação  – –  ao serviço da  ao serviço da
“Rainha Velha” Dona Leonor. Esta encontrava“Rainha Velha” Dona Leonor. Esta encontrava-se presente na câmara da rainha Dona-se presente na câmara da rainha DonaMaria, na terça-feira, 7 de junho de 1502, quando foi ali recitado oMaria, na terça-feira, 7 de junho de 1502, quando foi ali recitado o Monólogo do VaqueiroMonólogo do Vaqueiro,,
primeira obra conhecida do autor. Para ela foram escritos oprimeira obra conhecida do autor. Para ela foram escritos o  Auto em  Auto em Pastoril CastelhanoPastoril Castelhano
e e oo  Auto  Auto dos dos Reis Reis MagosMagos. Foi perante ela que se representou em 1504, na igreja das. Foi perante ela que se representou em 1504, na igreja das
Caldas, o pequenoCaldas, o pequeno  Auto  Auto de de S. S. MartinhoMartinho. Para ela foi feito em 1506 o “sermão” de. Para ela foi feito em 1506 o “sermão” de
 Abrantes. E  Abrantes. E foi ainda foi ainda na sua na sua presença que se presença que se representou em Almada, representou em Almada, em 1509, em 1509, oo  Auto Auto
da Índiada Índia. Se o nome da rainha Dona Leonor já não é citado a propósito do. Se o nome da rainha Dona Leonor já não é citado a propósito do  Auto  Auto da da FéFé
(1510) e de(1510) e de Velho da HortaVelho da Horta (1512), reaparece no(1512), reaparece no Auto da Sibila C Auto da Sibila Cassandraassandra, que foi à , que foi à cenacena
na sua presença em 1513. Sabe-se também, pela rubrica da edição de Madrid, que ana sua presença em 1513. Sabe-se também, pela rubrica da edição de Madrid, que a
Barca do InfernoBarca do Inferno (1517) foi escrita “por contemplação da sereníssima e muito católica(1517) foi escrita “por contemplação da sereníssima e muito católica
rainha Dona Lianor”. Ainda para Dona Leonor foram representados orainha Dona Lianor”. Ainda para Dona Leonor foram representados o  Auto da Alma Auto da Alma (1 de(1 de
abril de 1518), aabril de 1518), a Barca do PurgatórioBarca do Purgatório (Natal do mesmo ano) e o(Natal do mesmo ano) e o Auto dos Quatro Tempos Auto dos Quatro Tempos
(data incerta, mas anterior a 1521). Assim, até cerca de 1518 ou talvez mesmo para além(data incerta, mas anterior a 1521). Assim, até cerca de 1518 ou talvez mesmo para além
dessa data, a obra de Gil Vicente desenrola-se sob a proteção e na presença da Rainhadessa data, a obra de Gil Vicente desenrola-se sob a proteção e na presença da Rainha
Velha. É o que ele próprio confirma no prólogo em espanhol deVelha. É o que ele próprio confirma no prólogo em espanhol de Dom DuardosDom Duardos (1522?),(1522?),
quando, dirigindo-quando, dirigindo-se a D. João III, fala das “comédias, farçasse a D. João III, fala das “comédias, farças22  y moralidades que  y moralidades que
hecompuestoenservicio de la reina vuestra tia”. Gil Vicente passou em seguidahecompuestoenservicio de la reina vuestra tia”. Gil Vicente passou em seguida
diretamente para o serviço do rei. Foi encarregado de organizar as festas que sediretamente para o serviço do rei. Foi encarregado de organizar as festas que se
realizaram em 20 e 21 de janeiro de 1521, quando da entrada em Lisboa da terceirarealizaram em 20 e 21 de janeiro de 1521, quando da entrada em Lisboa da terceira
mulher de D. Manuel. Continuou a gozar da mesma confiança sob o reinado de D. Joãomulher de D. Manuel. Continuou a gozar da mesma confiança sob o reinado de D. João
III, que III, que lhe concedeu diversas “mercês” financeiras.lhe concedeu diversas “mercês” financeiras.  
Deste modo, Gil Vicente fez toda a sua carreira como personagem oficial da corte,Deste modo, Gil Vicente fez toda a sua carreira como personagem oficial da corte,
na roda imediata da rainha Dona Leonor, de D. Manuel I e de D. João III. Para a corte forana roda imediata da rainha Dona Leonor, de D. Manuel I e de D. João III. Para a corte fora
concebida a sua obra; perante a corte, no essencial, foi ela representada, quer em Lisboaconcebida a sua obra; perante a corte, no essencial, foi ela representada, quer em Lisboa
quer nas várias residências reais de Évora, Almeirim, Tomar e Coimbra. Muitas das peçasquer nas várias residências reais de Évora, Almeirim, Tomar e Coimbra. Muitas das peças
que escreveu foram encomendadas para celebrar determinados acontecimentosque escreveu foram encomendadas para celebrar determinados acontecimentos
  
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4040
4545
importantesimportantes – – nascimentos, casamentos, entradas solenes nascimentos, casamentos, entradas solenes  – – ou para acompanhar certas ou para acompanhar certas
festas religiosas. O teatro de Gil Vicente é, por conseguinte, um teatro de corte,festas religiosas. O teatro de Gil Vicente é, por conseguinte, um teatro de corte,
subordinado às exigências e ao cerimonial da vida cortesã.subordinado às exigências e ao cerimonial da vida cortesã.
Considera-se geralmente que Gil Vicente era ao mesmo tempo organizador deConsidera-se geralmente que Gil Vicente era ao mesmo tempo organizador de
espetáculos, autor, músico e ator. Tendo o encargo da organização dos espetáculos daespetáculos, autor, músico e ator. Tendo o encargo da organização dos espetáculos da
corte, Gil Vicente era decerto um homem muito ocupado. Cumulado de encomendas,corte, Gil Vicente era decerto um homem muito ocupado. Cumulado de encomendas,
responsável pelo texto, pela encenação e pela preparação dos atores, sempre naresponsável pelo texto, pela encenação e pela preparação dos atores, sempre na
obrigação de encontrar ideias novas, o nosso poeta devia estar constantementeobrigação de encontrar ideias novas, o nosso poeta devia estar constantemente
sobrecarregado. Era forçado, por isso, a trabalhar depressasobrecarregado. Era forçado, por isso, a trabalhar depressa  – –  e esta circunstância  e esta circunstância
explica, talvez, algumas características específicas da arte vicentina: a repetição deexplica, talvez, algumas características específicasda arte vicentina: a repetição de
certos processos de uma peça para outra, uma atitude livre e desembaraçadacertos processos de uma peça para outra, uma atitude livre e desembaraçada
relativamente às regras de versificação e, em suma, um andamento criativo de relativarelativamente às regras de versificação e, em suma, um andamento criativo de relativa
improvisação. A sua aptidão para inventar, para progredir e renovar-se é,improvisação. A sua aptidão para inventar, para progredir e renovar-se é,
consequentemente, ainda mais notável.consequentemente, ainda mais notável.
InIn Gil VicenteGil Vicente – – O Autor e a Obra O Autor e a Obra, Paul Teyssier, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1982, Paul Teyssier, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1982
(texto com supressões)(texto com supressões)
VOCABULÁRIOVOCABULÁRIO
11coletânea, antologia.coletânea, antologia.
22género teatral cujo objetivo é fazer uma caricatura e crítica à sociedade, geralmente num só atogénero teatral cujo objetivo é fazer uma caricatura e crítica à sociedade, geralmente num só ato ..
1.1.  As frases abaix As frases abaixo apresentadao apresentadas correspondes correspondem a afirmações som a afirmações sobre Gil Vicebre Gil Vicente.nte.
Ordena as frases deOrdena as frases de (A)(A) a a (G)(G), de acordo com a ordem pela qual essas informações, de acordo com a ordem pela qual essas informações
aparecem no texto. Começa pela letraaparecem no texto. Começa pela letra (C)(C)..
(A)(A) Esteve ao serviço da “Rainha Velha” até a 2.ª década do século XVI.Esteve ao serviço da “Rainha Velha” até a 2.ª década do século XVI.
(B)(B) As suas peças fora As suas peças foram representadam representadas nas diversas nas diversas casas régias.s casas régias.
(C)(C) Teve três filhos do Teve três filhos do segundo casamento.segundo casamento.
(D)(D) Recebeu proteção dos reis D. Manuel I e D. João III.Recebeu proteção dos reis D. Manuel I e D. João III.
(E)(E) Escrevia os textos, mas também integrava o Escrevia os textos, mas também integrava o elenco.elenco.
(F)(F) Produziu várias peças em consideração a Dona Leonor.Produziu várias peças em consideração a Dona Leonor.
(G)(G) Possuía um vasto poder criativo e uma grande destreza na arte do improviso.Possuía um vasto poder criativo e uma grande destreza na arte do improviso.
2.2. Seleciona, em cada item, a alínea que completa cada frase de forma adequada,Seleciona, em cada item, a alínea que completa cada frase de forma adequada,
de acordo com o sentido do texto.de acordo com o sentido do texto.
2.1.2.1. No texto transcrito, linhas 7-9, No texto transcrito, linhas 7-9, levanta-se a hipótese de Gil Vicente dramaturgolevanta-se a hipótese de Gil Vicente dramaturgo
a)a) ter estado ao serviço de ter estado ao serviço de Dona Leonor durante muito tempo.Dona Leonor durante muito tempo.
b)b) e Gil Vicente ourives terem estado ao serviço de Dona Leonor.e Gil Vicente ourives terem estado ao serviço de Dona Leonor.
c)c) e Gil Vicente ourives serem a mesma pessoa.e Gil Vicente ourives serem a mesma pessoa.
d)d) se identificar com o ofício de se identificar com o ofício de ourives.ourives.
  
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2.2.2.2. A expressão “ A expressão “foi à cenafoi à cena”” (linha 16)(linha 16) pode ser substituída por pode ser substituída por
a)a) “foi protagonizada”.“foi protagonizada”.  
b)b) “foi organizada”.“foi organizada”.  
c)c) “foi apresentada”.“foi apresentada”.  
d)d) “foi “foi representada”representada”..  
2.3.2.3. Na linha 23Na linha 23, o ponto de interrogação em “(1522?)” quer dizer que não se sabe, o ponto de interrogação em “(1522?)” quer dizer que não se sabe
ao certoao certo
a)a) o ano de representação deo ano de representação de Dom DuardosDom Duardos..
b)b) o ano de publicação deo ano de publicação de Dom DuardosDom Duardos..
c)c) o título nobiliárquico atribuído a Dom Duardos.o título nobiliárquico atribuído a Dom Duardos.
d)d) o título da peça de Gil Vicente.o título da peça de Gil Vicente.
2.4.2.4. O teatro de Gil Vicente é considerado “um teatro de corte”O teatro de Gil Vicente é considerado “um teatro de corte” (linha 36)(linha 36) porqueporque
a)a) dividia as opiniões.dividia as opiniões.
b)b) respeitava os preceitos da corte.respeitava os preceitos da corte.
c)c) retratava as cerimónias da corte.retratava as cerimónias da corte.
d)d) era representado por cortesãos.era representado por cortesãos.
3.3. Das afirmações abaixo, seleciona a única opçãoDas afirmações abaixo, seleciona a única opção falsa. falsa.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.  
(A)(A) Na linha 1, o pronome “quem” refereNa linha 1, o pronome “quem” refere--se a “sua primeira mulher”.se a “sua primeira mulher”.  
(B)(B) Na linha 11Na linha 11, o pronome “ela” refere, o pronome “ela” refere--se a “rainha Dona Maria”.se a “rainha Dona Maria”.  
(C)(C) Na linha 23, o Na linha 23, o pronomepronome “ele” refere“ele” refere--se a “Gil Vicente”.se a “Gil Vicente”.  
(D)(D) Na linha 28Na linha 28, o pronome “lhe” refere, o pronome “lhe” refere--se a “Gil Vicente”.se a “Gil Vicente”.  
  
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Texto BTexto B
Lê o excerto doLê o excerto do A Auto da uto da BBarcarca a do Inferdo Infernono..
Caso necessário, consulta o vocabulário.Caso necessário, consulta o vocabulário.
Fid.Fid.   A A estoutra estoutra barca barca me me vou.vou.
 – – Hou da barca! Para onde is? Hou da barca! Para onde is?
 Ah, barquei Ah, barqueiros! Não me ouvros! Não me ouvis?is?
Respondei-me! Houlá! Hou!Respondei-me! Houlá! Hou!
(Par Deos, aviado(Par Deos, aviado11 estou! estou!
Cant' a istoCant' a isto22 é já pior... é já pior...
Que giricocinsQue giricocins33, salvanor , salvanor 44!!
Cuidam que são eu grouCuidam que são eu grou55?)?)
AnjoAnjo Que quereis?Que quereis?
Fid.Fid.   Que Que me me digais,digais,
pois parti tão sem avisopois parti tão sem aviso66,,
se a barca do Paraísose a barca do Paraíso
é esta em que navegais.é esta em que navegais.AnjoAnjo   Esta é; Esta é; que que demandais?demandais?
Fid.Fid.   Que Que me me leixeis leixeis embarcar.embarcar.
Sou fidalgo de solar Sou fidalgo de solar 77,,
é bem que me recolhais.é bem que me recolhais.
AnjoAnjo   Não Não se se embarca embarca tiraniatirania
neste batel divinal.neste batel divinal.
Fid.Fid.   Não Não sei sei porque porque haveis haveis por por malmal
que entre a minha senhoriaque entre a minha senhoria88......
AnjoAnjo Pera vossa fantesiaPera vossa fantesia99  
mui estreita é esta mui estreita é esta barca.barca.  
Fid.Fid.   Pera Pera senhor senhor de de tal tal marcamarca1010  
nom há aqui mais cortesia?nom há aqui mais cortesia?
Venha a prancha e atavioVenha a prancha e atavio1111!!
Levai-me desta ribeira!Levai-me desta ribeira!
AnjoAnjo Não vindes vós de maneiraNão vindes vós de maneira
pera ir neste navio.pera ir neste navio.
Essoutro vai mais vazio:Essoutro vai mais vazio:
a cadeira entrará,a cadeira entrará,
e o raboe o rabo1212 caberá caberá
e todo vosso senhorio.e todo vosso senhorio.
Vós ireis mais espaçosoVós ireis mais espaçoso
com fumosacom fumosa1313 senhoria, senhoria,
cuidandocuidando1414 na tirania na tirania
do pobre povo queixoso;do pobre povo queixoso;
e porque, de generosoe porque, de generoso1515,,
desprezastes os pequenos,desprezastes os pequenos,
achar-vos-ei tanto menosachar-vos-ei tanto menos
1616
  quanto mais fostes fquanto mais fostes fumoso.umoso.
Dia.Dia.  À barca, à barca À barca, à barca, senhores!, senhores!
Oh! que maré tão de prata!Oh! que maré tão de prata!  
Um ventezinho que mataUm ventezinho que mata
e valentesremadores!e valentes remadores!
““ Auto da Barca do Inferno Auto da Barca do Inferno””,, inTeatro de Gil VicenteinTeatro de Gil Vicente,,
edição de António José Saraiva, Portugália, s/d.edição de António José Saraiva, Portugália, s/d.  
VOCABULÁRIOVOCABULÁRIO
11bem arranjado.bem arranjado.
22quanto a isto.quanto a isto.
33 jericos, asnos. jericos, asnos.
44com o devido respeito.com o devido respeito.
55ave pernalta.ave pernalta.
66inesperadamente.inesperadamente.
77fidalgo de nobre e antiga linhagem.fidalgo de nobre e antiga linhagem.
88tratamento dado a pessoas de uma classetratamento dado a pessoas de uma classe
social elevada.social elevada.
99vaidade, presunção.vaidade, presunção.
1010categoria, distinção.categoria, distinção.
1111aparelhagem relacionada com a prancha.aparelhagem relacionada com a prancha.
1212cauda do manto.cauda do manto.
1313vaidosa.vaidosa.
1414pensando.pensando.
1515de ascendência nobre.de ascendência nobre.
1616menos digno do Paraíso.menos digno do Paraíso.
  
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4.4. Justifica o facto de os quatro últimos versos da primeira fala do Fidalgo seJustifica o facto de os quatro últimos versos da primeira fala do Fidalgo se
encontrarem entre parêntesis.encontrarem entre parêntesis.
5.5. Traça o retrato psicológico do Fidalgo, considerando a sua postura perante o Anjo.Traça o retrato psicológico do Fidalgo, considerando a sua postura perante o Anjo.
Fundamenta a tua resposta com dados textuais.Fundamenta a tua resposta com dados textuais.
6.6. Usando palavras tuas, indica dois (2) argumentos usados pelo Anjo para recusar aUsando palavras tuas, indica dois (2) argumentos usados pelo Anjo para recusar a
entrada do Fidalgo na sua barca.entrada do Fidalgo na sua barca.
7.7. Indica o motivo pelo qual os argumentos de defesa usados pelo Fidalgo nãoIndica o motivo pelo qual os argumentos de defesa usados pelo Fidalgo não
concorreram para a sua concorreram para a sua salvação.salvação.
8.8. Transcreve um exemplo de ironia. Comenta o seu valor Transcreve um exemplo de ironia. Comenta o seu valor expressivo.expressivo.
9.9. Relê a fala do Diabo.Relê a fala do Diabo.
9.1.9.1. Esclarece o estado de espírito do Diabo, justificando devidamente a tuaEsclarece o estado de espírito do Diabo, justificando devidamente a tua
resposta.resposta.
9.2.9.2. Identifica o recurso retórico no segundo verso dessa estrofe e comenta o seuIdentifica o recurso retórico no segundo verso dessa estrofe e comenta o seu
valor expressivo.valor expressivo.
  
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GRUPO IIGRUPO II
1.1. Classificaas orações sublinhadas nas seguintes frases.Classificaas orações sublinhadas nas seguintes frases.
a)a) O Fidalgo exigiu ao Anjo que o levasse para o paraíso.O Fidalgo exigiu ao Anjo que o levasse para o paraíso.
b)b) O Fidalgo era tão ingénuo que fez exigências ao Anjo.O Fidalgo era tão ingénuo que fez exigências ao Anjo.
c)c) O comportamentoO comportamento que o Fidalgoque o Fidalgo teve em vida impediu teve em vida impediua viagema viagem na barca do Anjo. na barca do Anjo.
d)d) O Fidalgo não dava o devido valora quem o merecia.O Fidalgo não dava o devido valora quem o merecia.
2.2. Reescreve a frase, substituindo as expressões sublinhadas pelas formasReescreve a frase, substituindo as expressões sublinhadas pelas formas
adequadas do pronome pessoal.adequadas do pronome pessoal.
O Fidalgo exigiu ao Anjo tratamento diferenciado, porque terá idealizado a suaO Fidalgo exigiu ao Anjo tratamento diferenciado, porque terá idealizado a sua
entrada no Paraíso.entrada no Paraíso.
3.3. Identifica a única opção que completa corretamente as afirmações (3.1. Identifica a única opção que completa corretamente as afirmações (3.1. a 3.4.).a 3.4.).
3.1.3.1. O processo fonológico presente na palavraO processo fonológico presente na palavra pera>parapera>para designa-se designa-se
(A)(A) epêntese.epêntese.
(B)(B) metátese.metátese.
(C)(C) dissimilação.dissimilação.
(D)(D) assimilação.assimilação.
3.2.3.2. O processo fonológico presente na palavraO processo fonológico presente na palavra querêsquerês>>quereisquereis designa-se designa-se
(A)(A) prótese.prótese.
(B)(B) epêntese.epêntese.
(C)(C) paragoge.paragoge.
(D)(D) dissimilação.dissimilação.
3.3.3.3. O processo fonológico presente na palavraO processo fonológico presente na palavra doloresdolores>>doresdoresdesigna-sedesigna-se
(A)(A) prótese.prótese.
(B)(B) aférese.aférese.
(C)(C) síncope.síncope.
(D)(D) apócope.apócope.
3.4.3.4. Os processos fonológicos presentes na palavraOs processos fonológicos presentes na palavra dizededizede>>dizeedizee>>dizeidizei  
designam-sedesignam-se, , respetivamenterespetivamente,,
(A)(A) síncope e síncope e dissimilaçãodissimilação..
(B)(B) síncope e síncope e assimilação.assimilação.
(C)(C) epêntese e dissimilação.epêntese e dissimilação.
(D)(D) epêntese e metátese.epêntese e metátese.
  
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GRUPO IIIGRUPO III
Vários séculos depois da primeira representação doVários séculos depois da primeira representação do  A Auto uto da da BBarcarca a dodo
Inferno,Inferno,   muitos dos “vícios”muitos dos “vícios” apresentados na peça ainda se mantêm naapresentados na peça ainda se mantêm na
sociedade atual.sociedade atual.
Escreve umEscreve um texto argumentativotexto argumentativo, de 180 a 240 palavras, que confirme a, de 180 a 240 palavras, que confirme a
afirmação anterior, baseando-te na peça e nos acontecimentos da atualidade.afirmação anterior, baseando-te na peça e nos acontecimentos da atualidade.
O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento eO teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e
uma parte de conclusão.uma parte de conclusão.
 Antes de  Antes de redigires o redigires o teu teu texto, texto, planifica-o de planifica-o de modo a modo a estrutures as estrutures as ideias geraisideias gerais
que queres que queres apresentar.apresentar.
No final, relê com atenção o texto, verifica se respeitaste a planificação eNo final, relê com atenção o texto, verifica se respeitaste a planificação e
procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
  
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COTAÇÃO DO TESTECOTAÇÃO DO TESTE  
GRUPO GRUPO I I GRUPO GRUPO II II GRUPO GRUPO IIIIII
1.1. …..…..........5 pontos........5 pontos
2.12.1. …........... ….......... 3 pontos3 pontos
2.22.2. …........... ….......... 3 pontos3 pontos
2.32.3. …........... ….......... 3 pontos3 pontos2.4. ….......... 32.4. ….......... 3 pontos pontos
33. ….............. …............. 3 pontos3 pontos
4. …............. 44. …............. 4 pontos pontos
5. …............. 55. …............. 5 pontos pontos
6. …............. 46. …............. 4 pontos pontos
7.7. …............. 4…............. 4 pontos pontos
8. …............. 58. …............. 5 pontos pontos
9.19.1. …........... ….......... 4 pontos4 pontos
9.29.2. …........... ….......... 4 pontos4 pontos
 _________ _________
5050 pontos pontos
1. ....................... 8 pontos1. ....................... 8 pontos
2.1.....................4 pontos2.1.....................4 pontos
3.1.....................2 pontos3.1.....................2 pontos
3.2. .................... 2 pontos3.2. ....................2 pontos3.3. .................... 2 pontos3.3. .................... 2 pontos
3.4. .................... 2 pontos3.4. .................... 2 pontos
 ___________ ___________
2020 pontos pontos
   Tema, génTema, género ero e extene extensão do são do textotexto
   Coerência Coerência e e pertinência pertinência da da informaçãoinformação
   Estrutura Estrutura e e coesãocoesão
   Morfologia Morfologia e e sintaxesintaxe
  Ortografia  Ortografia
   Repertório Repertório vocabularvocabular
 _____________ _____________
3030 pontos pontos
TOTAL: 100 pontosTOTAL: 100 pontos
CENÁRIOS DE RESPOSTA DO TESTECENÁRIOS DE RESPOSTA DO TESTE
ITENS DE RESPOSTAITENS DE RESPOSTA
COTAÇÕESCOTAÇÕESGrupo IGrupo I – – Textos A e B Textos A e B
2.2.(C), (F), (A), (D), (B), (E), (G)(C), (F), (A), (D), (B), (E), (G)
……………………………………………………………………………………...…………………………………………………………………………………….....................................
2.1.2.1.c);c); 2.2.2.2. d); d); 2.3.2.3. a); a); 2.4.2.4. b) b)
……………………………………………………………………………………...…………………………………………………………………………………….....................................
3.3.(B)(B)
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4.4.O emprego de parêntesis deve-se ao facto de se tratar de um aparte doO emprego de parêntesis deve-se ao facto de se tratar de um aparte do
Fidalgo,que pragueja e não pretende ser ouvido pelo Anjo, pois considera queFidalgo,que pragueja e não pretende ser ouvido pelo Anjo, pois considera que
deverá entra de imediato nessa barca.deverá entra de imediato nessa barca.
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5.5. O Fidalgo revela ser grosseiro/mal-educado ao insultar o Anjo por este ignorarO Fidalgo revela ser grosseiro/mal-educado ao insultar o Anjo por este ignorar
asua presença (“Que giricocins, salvanor!”); vaidoso/orgulhosoasua presença (“Que giricocins, salvanor!”); vaidoso/orgulhoso ao salientar aao salientar a
suaclasse social (“Sou fidalgo de solar,/é bem que mesuaclasse social (“Sou fidalgo de solar,/é bem que me
recolhais.”);pretensioso/presunçoso por considerar que devia ter um tratamentorecolhais.”);pretensioso/presunçoso por considerar que devia ter um tratamento
diferente devidoà sua condição de nobre (“Pera senhor de tal marca/nom há aquidiferente devidoà sua condição de nobre (“Pera senhor de tal marca/nom há aqui
mais cortesia?”); autoritário/arrogante ao exigir que o Anjo o embarque (“Venha amais cortesia?”); autoritário/arrogante ao exigir que o Anjo o embarque (“Venha a
prancha eatavio!/Levai-prancha eatavio!/Levai-me desta ribeira!”).me desta ribeira!”).  
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6.6. A acusação  A acusação doAnjo doAnjo ao ao Fidalgoassenta em Fidalgoassenta em dois ardois argumentos: gumentos: o Fo Fidalgo éidalgo étiranotirano, o, o
que não se adequa a quem entra a bordo dque não se adequa a quem entra a bordo daquela barca(“Não se embarcaaquela barca(“Não se embarca
tirania/neste batel divinal”);tirania/neste batel divinal”); e é de tal formae é de tal formavaidosovaidosoque o Anjo afirma que a barca éque o Anjo afirma que a barca é
estreita “Pera vossa fantesia”estreita “Pera vossa fantesia”..
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3x4=123x4=12
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33
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2+2*=42+2*=4
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3+2=53+2=5
……….…………….……  
2+2=42+2=4
  
   PPORTUGUÊSORTUGUÊS 9.9.OO ANO ANO   – – T TESTE DEESTE DE AAVALIAÇÃO NVALIAÇÃO N..OO  33  
©Edições ASA | 2018 − Alice Amaro –©Edições ASA | 2018 − Alice Amaro –  Novas LeiturasNovas Leituras   99
7.7. Na verdade, é o comportamento do Fidalgo enquanto viveu na Terra queNa verdade, é o comportamento do Fidalgo enquanto viveu na Terra que
determina a sua salvação ou condenação. Assim, por um lado, a morte inesperadadetermina a sua salvação ou condenação. Assim, por um lado, a morte inesperada
do Fifalgoéum facto irrelevante para o seu julgamento no juízo final. Por outro lado,do Fifalgoéum facto irrelevante para o seu julgamento no juízo final. Por outro lado,
a sua condição de nobre (que conduz à tirania e à vaidade) acaba por ditar o seua sua condição de nobre (que conduz à tirania e à vaidade) acaba por ditar o seu
destino, que não se coaduna com a entrada na barca do Anjo.destino, que não se coaduna com a entrada na barca do Anjo.  
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8.8. “Pera vossa fantesia/mui estreita é esta barca.” OU “Essoutro vai mais vazio:/a“Pera vossa fantesia/mui estreita é esta barca.” OU “Essoutro vai mais vazio:/a
cadeira entrará,/e o rabo caberá/e todo o vosso senhorio.” OU “Vós ireis maiscadeira entrará,/e o rabo caberá/e todo o vosso senhorio.” OU “Vós ireis mais
espaçoso/com f espaçoso/com f umosa senhoria,” –umosa senhoria,” – O Anjo pretende salientar os motivos pelos quais O Anjo pretende salientar os motivos pelos quais
o Fidalgo não entra na sua barcao Fidalgo não entra na sua barca (os seus “pecados” ocupam muito espaço)(os seus “pecados” ocupam muito espaço) e leva-oe leva-o
a refletir sobre o seu comportamento reprovável que o condena ao inferno.a refletir sobre o seu comportamento reprovável que o condena ao inferno.  
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9.1.9.1. O Diabo está eufórico/muito feliz, o que se nota, por exemplo, na repetição deO Diabo está eufórico/muito feliz, o que se nota, por exemplo, na repetição de
“À barca, à barca, senhores!” e no emprego da interjeição “Oh!”.“À barca, à barca, senhores!” e no emprego da interjeição “Oh!”.   
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9.2.9.2.  A  A metáfora metáfora “maré “maré tão tão de de prata” prata” evidencia evidencia a a alegria alegria do do Diabo,Diabo, cuja marécuja maré
considera encantadora e rica por prever que terá muitos passageiros na sua barca.considera encantadora e rica por prever que terá muitos passageiros na sua barca.
2+2=42+2=4
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3+2=53+2=5
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2+2=42+2=4
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2+2= 42+2= 4
* Conteúdo + forma (para todas as situações assinaladas com sinal +)* Conteúdo + forma (para todas as situações assinaladas com sinal +)
Grupo IIGrupo II – – Gramática Gramática
1.a)1.a) Oração subordinada substantiva completiva.Oração subordinada substantiva completiva.
b)b) Oração subordinada adverbial consecutiva.Oração subordinada adverbial consecutiva.
c)c) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
d)d) Oração subordinada substantiva relativa.Oração subordinada substantiva relativa.
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2.2.O FidalgoO Fidalgo exigiu-lhoexigiu-lho, porque, porque tê-la-átê-la-á idealizado. idealizado.
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3.1.3.1. (D)(D)
3.2.3.2. (B)(B)
3.3.3.3. (C)(C)
3.4.3.4. (A)(A)
2x4=82x4=8
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2+2=42+2=4
…………..….…….…..........
2x4=82x4=8
Grupo IIIGrupo III – – Escrita Escrita
Na redação do texto, o aluno deverá:Na redação do texto, o aluno deverá:
 – – escrever um texto argumentativo; escrever um texto argumentativo;
 – – cumprir as instruções fornecidas relativamente ao género textual e à extensão cumprir as instruções fornecidas relativamente ao género textual e à extensão
do texto;do texto;
 – – produzir um discurso coerente do ponto de vista da informação fornecida e da produzir um discurso coerente do ponto de vista da informação fornecida e da
progressão textual;progressão textual;
 – – usar adequadamente parágrafos, marcadores do discurso e pontuação; usar adequadamente parágrafos, marcadores do discurso e pontuação;
 – – utilizar vocabulárioadequado, pertinente e variado; utilizar vocabulário adequado, pertinente e variado;
 – – escrever com correção ortográfica e morfossintática. escrever com correção ortográfica e morfossintática.
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