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Epsitemologia_Genetica_-_Piaget

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DESENVOLVIMENTO HUMANO 
 
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA 
JEAN PIAGET 
Profa. Ilsimara Moraes da Silva 
 
 
Brasilia, 2015 
 
 
 
Biografia 
 
- Nasceu Neuchâtel, Suiça, 09/08/1896 e morreu em 1980 
- Influência dos pais 
- Criança precoce 
- Biologia como formação inicial 
- Iniciou por estudos de psicanálise 
 
- Grande número de publicações 
- Estudos com Simon e Binet sobre inteligência e 
psicometria. Foco nos erros observados nas crianças. 
 
- Em investigação com as crianças (método clínico) 
descobre que a lógica não é inata e se desenvolve 
pouco a pouco. Interesse pela embriologia da 
inteligência. Preocupação com as relações organismo e 
ambiente. 
 
- 50 anos estudando o que se denominou Epistemologia 
Genética 
 
A INTELIGÊNCIA para PIAGET 
 A conquista da inteligência tanto para a 
humanidade (filogênese) como para cada criança 
(ontogênese) , é um processo penoso e 
permanente de auto-superação de estados 
inferiores. 
É próprio da inteligência inventar, modificar-se, recombinar. A 
inteligência é fluida. A inteligência só se manifesta em 
situações novas. Nas situações já conhecidas funciona a 
memória. 
A inteligência é a capacidade de resolver problemas novos, 
vai se construindo, na medida que vai descobrindo e 
inventando. 
 
Para a criança o mundo deve ser reinventado e na medida em 
que reinventa o mundo vai desenvolvendo sua inteligência. 
 
 Não existe capacidade inata de inventar, isto é, não 
existe inteligência inata (ninguém nasce inteligente 
mas com potencial para desenvolver sua 
inteligência) . 
 
A inteligência, portanto, é sempre um ato original 
(quando se repete não é mais inteligência); sempre 
a melhor forma possível de superar uma 
dificuldade. Está implícita em tudo que se 
constrói, e é fenômeno molar da evolução. 
 
 Psicogênese (nascimento da inteligência) para Piaget 
Depende de 4 fatores: 
1) Fator biológico: particularmente o crescimento orgânico e a 
maturação do sistema nervoso; 
2) O exercício e a experiência física adquiridos na ação 
empreendida sobre os objetos; 
3) As interações e transmissões sociais que se dão basicamente 
através da linguagem e da educação; 
4) Fator de equilibração das ações 
 
 
 Piaget define a inteligência como uma forma de 
adaptação. 
Refere-se a adaptação que ocorre na interação 
entre o indivíduo e o ambiente 
PRESSUPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET 
 Piaget defende que o comportamento é construído numa 
interação entre o organismo e o ambiente. 
 
 
 
 
 Quanto mais complexa é essa interação mais inteligente 
é o animal 
 
Construção do conhecimento para Piaget 
 
Na medida em que as estruturas intelectuais disponíveis 
apresentam-se insuficientes para operar com a nova situação, 
acarretando contradições ou discrepâncias em seu 
conhecimento atual, ocorre o desequilíbrio. 
 
É através desse processo interminável de desequilíbrios e 
novas equilibrações superiores que, no entender de Piaget, 
ocorre a construção e progressão do conhecimento 
•PIAGET DEMONSTROU QUE O ORGANISMO SÓ RECEBE 
A INFORMAÇÃO SE ESTIVER "SENSÍVEL", PREPARADO 
PARA RECEBÊ-LA. 
 
 
 
 
 MATURAÇÃO BIOLÓGICA 
 Conceitos importantes para compreender 
Piaget: 
 - esquema 
 - organização 
 - assimilação 
 - acomodação 
 - adaptação 
 - egocentrismo 
 - equilibração 
 - operações mentais 
 - egocentrismo 
 - reversibilidade do pensamento 
 
Esquema: unidade básica do pensamento 
e ação, sendo um elemento que se 
transforma no processo de interação como 
o ambiente, visando a adaptação. 
 
Ex: - sugar, apreender, puxar; 
 - aspectos figurativo do pensamento como um 
mapa de uma cidade 
 
Organização: tendência de todas as espécies 
animais de sistematizar e ordenar seus 
processos em sistemas coerentes que podem 
ser físicos ou psicológicos. 
Adaptação: Todos os organismos têm a 
tendência a se adaptar ao ambiente. 
 
Envolve assimilação e acomodação 
Assimilação : 
Tentativa de solucionar uma situação problema 
usando a estrutura cognitiva que possui naquele 
momento. O objeto ou ambiente é transformado 
de acordo com as habilidades do sujeito. 
 
 
 
Acomodação: 
 Modifica-se a estrutura cognitiva antiga para 
dominar um novo conhecimento. O organismo 
se modifica, se transforma para lidar com a 
demanda, a exigência do ambiente ou objeto. 
 
 
 Equilibração: 
 É quando ocorre o equilibrio entre assimilação e 
acomodação ; quando o desafio foi solucionado, o 
problema resolvido. Neste momento, não há interesse 
em novos desafios. É uma condição transitória para 
novas assimilações e acomodações. 
DIAGRAMA : INTELIGÊNCIA - PIAGET 
 
 
 organismo ambiente 
 
 assimilação 
 condição desafiadora Equilibração 
 acomodação 
 
 
 
 Adaptação 
Se pudéssemos resumir o desenvolvimento da 
inteligência para Piaget, diríamos que : Todo 
desenvolvimento é composto de conflitos e 
incompatibilidades momentâneas que devem ser 
 ultrapassadas para alcançar um nível mais alto 
de equilíbrio. Nestas constantes buscas e 
conquistas é o que o desenvolvimento vai se 
processando. 
 Operações mentais 
 O processo mental de combinar, separar ou 
transformar informações de maneira lógica. Implica 
na condição de lidar mentalmente com os eventos 
internos e externos. 
 ex: organizar objetos em categorias temáticas ou 
funcionais; realizar operações matemáticas simples; ser 
capaz de pensar sem a necessidade da presença do 
objeto concreto. 
 
 
Operações (mentais) 
 O conhecimento não é uma cópia da realidade. Conhecer um objeto, 
conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia 
mental, ou imagem, do mesmo. Para conhecer um objeto é necessário agir 
sobre ele. Conhecer é modificar, transformar o objeto, e compreender o 
processo dessa transformação e, conseqüentemente, compreender o modo 
como o objeto é construído. 
Uma operação mental é, assim, a essência do conhecimento. É uma ação 
interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. 
Por exemplo, uma operação consistiria na reunião de objetos em uma classe, 
para construir uma classificação. Ou uma operação consistiria na ordenação 
ou colocação de coisas em uma série. Ou uma operação consistiria em 
contagem ou mensuração. 
 
Operações mentais 
Em outras palavras, é um grupo de ações modificando 
o objeto e possibilitando ao sujeito do conhecimento 
alcançar as estruturas da transformação. Uma 
operação mental é uma ação interiorizada. Mas, além 
disso, é uma ação reversível; isto é, pode ocorrer em 
dois sentidos, por exemplo, adição ou subtração, juntar 
ou separar. Assim, é um tipo particular de ação que 
constrói estruturas lógicas. 
 Egocentrismo: é o aspecto central do pensamento da 
criança de 2 aos 7 anos. É um fato intelectual, um fato 
cognitivo. É a indiferenciação entre o ponto de vista 
próprio e o dos outros, entre a própria ação e as 
transformações no ambiente. 
 A criança considera o mundo exclusivamente em termos 
de seu próprio ponto de vista, não tem a capacidade de 
compreender a perspectiva do outro. Acha que os outros 
pensam como ela, vê o que elavê. 
 
 
 -1. O egocentrismo manisfesta-se pela ausência de 
relacionamento de perspectivas (ex. experimento 
montanhas e boneca. A cça exprime sua perspectiva 
própria como se as montanhas só pudessem ser vistas 
do seu próprio ponto de vista) 
 -2. O egoncentrismo também pode ser observado em 
“ilusões fenomenistas” ou realismo: a criança acredita 
na existência das coisas tais como se mostram (ex. Lua 
nos segue) 
 - 3. O egocentrismo manifesta-se na representação que 
a criança faz do mundo. A criança concebe as coisas 
como dotadas de qualidades semelhantes às suas 
próprias: finalismo; artificialismo e animismo. 
 
 Ex. finalismo – busca do porquê na explicação dos 
fenômenos e dos acontecimentos 
 Ex. artificialismo – tudo é produto de uma atividade 
fabricadora; então os rios foram cavados pelos homens, 
um rio grande para os adultos e rios pequenos para as 
crianças 
 Ex. animismo – a razão é dotada de intenções; então a 
bola rola porque quer; os animais têm sentimentos e 
compreensão semelhante aos humanos. 
 
 O egocentrismo tem uma significação de gênese no 
sentido em que é a etapa necessária da passagem para 
o pensamento adulto socializado. Para Piaget, através 
do egocentrismo pode-se seguir os progressos em 
direção à socialização do pensamento... O egocentrismo 
é essencialmente pré-lógico, no sentido de que entre ele 
e o pensamento lógico há formas intermediárias. 
 
 O egocentrismo pode ser facilmente observado nas 
atividades de jogo simbólico da criança. 
 
- Reversibilidade do pensamento: 
Capacidade de analisar e relacionar duas ou mais 
variáveis de um mesmo evento. Capacidade de 
avaliar uma operação em sentido direto e 
inverso 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO - 
PIAGET 
 1) Período sensório-motor: do nascimento até o 
aparecimento da linguagem (0 a 2 anos) 
 2) Período pré-operacional: inteligência intuitiva 
 (2 aos 7 anos aproximadamente) 
 3) Período operacional concreto: dos 7 aos 11 anos 
 4) Período de operações formais: pensamento hipotético 
dedutivo (11 aos 14 e em diante) 
SENSÓRIO - MOTOR: 
 A criança nesse período se caracteriza, inicialmente, por 
ser pré-linguística; por não apresentar noção de tempo 
ou de espaço. Atos são pré-inteligentes 
 
 A criança aprende através da sensações e das ações 
sobre os objetos. 
 
 Subdivide-se em 6 subestágios: atividade reflexa; reação 
circular primária; reação circular secundária; 
coordenação de esquemas secundários; reação circular 
terciária; aprimoramento das aquisições adquiridas. 
 
 Piaget destaca que a principal conquista do período 
sensóriomotor é o desenvolvimento da noção de 
permanência do objeto. É nele que a criança elabora o 
conjunto de subestruturas cognitivas que deverão 
orientar as construções perceptivas e intelectuais 
posteriores. 
ESTÁGIO SENSÓRIO - MOTOR : 
 
1) ATIVIDADE REFLEXA 
De 0 a 2 meses: 
 - criança apresenta padrões reflexos 
inatos, que têm importância para a 
sobrevivência. 
ESTÁGIO SENSÓRIO - MOTOR: 
2) REAÇÕES CIRCULARES PRIMÁRIAS 
 De 2 aos 4 meses de idade 
 atividades de auto-descoberta 
- acompanha objetos visualmente; 
- localiza fonte sonora; 
- reage a voz humana; 
 - sorriso social; 
- respostas são mais ocasionais do que intencionais 
 
 desenvolvimento motor: controle cervical; 
coordenação viso-manual. 
 
 
ESTÁGIO SENSÓRIO - MOTOR: 
3) REAÇÕES CIRCULARES SECUNDÁRIAS 
 de 4 aos 8, 9 meses de idade 
 surgimento dos comportamentos intencionais ; 
 - mais voltado ao ambiente do que ao próprio corpo; 
 - age sobre os objetos com intenção de causar 
mudança; 
 - balança chocalhos; puxa móbiles; joga objetos 
repetidamente; 
 - reconhece familiares; 
 - leva objetos à boca; 
 - angustia de separação; estranha desconhecidos; 
 desenvolvimento motor: senta-se sem apoio; rola e 
arrasta. 
 
ESTÁGIO SENSÓRIO - MOTOR: 
4) COORDENAÇÃO DE REAÇÕES CIRCULARES SECUNDÁRIAS 
 De 8 - 9 até 11 - 12 meses 
- ações mais complexas; 
- noção de objeto permanente (noção de coisas 
continuam a existir mesmo que não estão sendo 
vistas); 
- conduta imitativa 
- vocaliza bilabiais 
- inicia apontar objetos desejados 
 desenvolvimento motor: engatinha; inicia posição 
de pé e marcha lateral como apoio; movimento em 
pinça 
ESTÁGIO SENSÓRIO - MOTOR: 
5) REAÇÕES CIRCULARES TERCIÁRIAS 
 De 12 aos 18 meses 
 maior experimentação dos atos 
- utiliza bastões para alcançar objetos; 
- puxa objetos por barbantes; 
- realiza jogo simbólico; 
- aponta objetos desejados; 
- compreende o não; 
- verbaliza palavras e frases simples; 
- persiste no alcance do objeto desejado (birras quando 
contrariada); 
- inicia reconhecimento de partes do corpo 
 desenvolvimento motor: marcha independente; inicia treino de 
alimentação e avd. 
 
 
ESTÁGIO SENSÓRIO - MOTOR: 
6) APRIMORAMENTO DE AQUISIÇÕES 
 De 18 aos 24 meses 
 - jogo simbólico simples (+ elaborado que antes) 
 - atende solicitações verbais simples; 
 - inicia antecipar mentalmente a ação a ser 
realizada; 
 - verbaliza holofrases (verbo ; verbo+objeto) 
 
 desenvolvimento motor: ganhando mais equilíbrio e 
treino de habilidades conquistadas 
 Em síntese, pode-se dizer que ao longo dos primeiros 
dois anos de vida a criança diferencia o que é dela do 
que é do mundo, adquire noção de causalidade, espaço 
e tempo, interage com o meio demonstrando uma 
inteligência fundamentalmente prática, caracterizada por 
uma intencionalidade e uma certa plasticidade. Ainda 
que essa conduta inteligente seja essencialmente 
prática, é ela que organiza e constrói as grandes 
categorias de ação que vão servir de base para todas as 
futuras construções cognitivas que a criança 
empreenderá. (PALANGANA, 2001) 
 
 
ESTÁGIO PRE-OPERACIONAL - 2 AOS 7 ANOS 
 A atividade lúdica predominante é o jogo 
simbólico 
- nesta etapa podem aparecer amigos 
imaginários; 
- os objetos e animais são tratados como se 
fossem pessoas e tivessem os mesmos 
sentimentos humanos; 
 - o pensamento é egocêntrico e irreversível; 
- noção de tempo está sendo adquirida; 
 
ESTÁGIO PRE-OPERACIONAL 
 conquista da independências nas atividades de vida 
diária; 
 grande desenvolvimento da linguagem 
 pensamento é linear, não tem reversibilidade 
 desenvolvimento da moral (certo, errado; bem e mal; 
culpa, vergonha; verdade, mentira etc); 
 noção de morte é precária; 
 já se socializa melhor e consegue brincar com outras 
crianças 
ESTAGIO PRE-OPERACIONAL 
 nos jogos gosta de ganhar sempre. Para ganhar muda 
as regras do jogo (ainda não sabe trapacear 
intencionalmente); 
 busca explicações e o por quê dos eventos; 
 confunde sonho com realidade; 
 aprendizagem dos estereótipos sexuais vigentes na 
cultura (o que é de menino, o que é menina); 
 costuma eleger um objeto de apego (brinquedo, fralda, 
cobertor, etc). 
 
 
 
ESTAGIO PRE-OPERACIONAL 
- O pensamento é intuitivo, baseia-se na aparência 
- não consegue relacionar 2 condições de um mesmo 
evento (exemplo da conservação de massinha); 
- o pensamento é egocêntrico; 
- busca autonomia; 
- se preocupa em seguir regras; 
- se interessa em aprender e no geral tem o professor 
como uma figura de referência importante; 
- inicia organização dos objetos por classificação e 
seriação; 
 
ESTAGIO PRE-OPERACIONAL 
- gosta de colecionar e acumular objetos; 
- realiza jogo simbólico alternandocom 
realidade; 
- aprende a reconhecer e nomear as cores; 
- aprende noção de tamanho; 
- noção de conservação de quantidade é 
precária; 
- não tem noção de quantidade de volume; 
- ainda não consegue expressar bem seus 
sentimentos e é comum confundir medo com 
dor 
 
ESTÁGIO OPERACIONAL CONCRETO – 
7 AOS 11, 12 ANOS 
 No geral coincide com puberdade e pré-adolescência; 
 Evidenciam-se as preocupações com aparência e auto-
imagem; 
 Possui boas habilidades de linguagem; 
 Já compreende a perspectiva do outro e por isto gosta 
de tirar vantagens em jogos com crianças mais novas, 
por exemplo; 
 Já é capaz de avaliar duas ou mais condições e um 
evento; 
ESTAGIO OPERACIONAL CONCRETO 
Já possui reversibilidade de pensamento ; 
Apresenta a noção de conservação de volume; 
Ainda precisa de referencial concreto para 
resolver problemas abstratos; 
Ainda não é capaz de pensar em hipóteses; 
Socialização: agrupamentos sociais com pares e 
preocupação com aprovação desse grupo; 
Questiona regras e os comportamentos de 
oposição são frequentes; 
 - Neste estágio , a tendência para a socialização da 
forma de pensar o mundo acentua-se ainda mais, 
evoluindo de uma configuração individualizada 
(egocêntrica), para outra mais socializada. 
 
 Com o desenvolvimento da capacidade para pensar de 
maneira lógica, a criança não apenas busca 
compreender o conteúdo do pensamento alheio, mas 
também empenha-se em transmitir seu próprio 
pensamento de modo que sua argumentação seja aceita 
pelas outras pessoas. 
ESTÁGIO DE OPERAÇÕES FORMAIS 
12 ANOS EM DIANTE 
 Se caracteriza pela distinção entre o real e o possível 
(consegue operar com todos os possíveis mesmo que 
isto contrarie o empírico) 
 Pensamento hipotético dedutivo; 
 Capacidade de lidar com hipóteses e conceitos abstratos 
– sem precisar do referencial concreto; 
 Esse tipo de pensamento tem grande influência da 
escolarização; 
 O adolescente é capaz de pensar em termos abstratos, 
de formular hipóteses e testá-las sistematicamente, 
independentemente da verdade factual. 
 
PIAGET – IMPLICAÇÕES PARA A 
EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA 
Profa. Ilsimara Moraes da Silva 
 
Brasilia, 2015 
 PIAGET 
 
- Mudança na visão de homem – como um ser em 
interação com o ambiente 
 
- A lógica não é inata, mas se desenvolve em estágios 
 
- A criança não pensa como o adulto 
 
 
 Para Piaget, a educação deve ter como objetivo formar 
indivíduos capazes de autonomia intelectual e moral que 
respeitem a autonomia em outras pessoas em função da 
reciprocidade 
 
 O direito à educação: Direito de encontrar na escola 
aquilo que possibilite a construção do raciocínio e de 
uma consciência moral 
 
 O verdadeiro conhecimento não é transmitido pela 
escola. É construído pelo sujeito. 
 
 
 
O objetivo da educação não consiste em 
transmitir verdades ou informações, mas 
possibilitar ao aluno que ele aprenda por si 
mesmo, com suas descobertas 
(experimentações e correlações). 
Para Piaget, a criança deve descobrir a verdade. 
Pois uma verdade acabada, pronta é uma 
semiverdade. 
A educação compreende um todo indissociável: 
é inseparável do conjunto dos relacionamentos 
afetivos, sociais e morais que constituem a vida 
na escola. 
 
 Não existe autonomia moral se não houver um processo 
ativo intelectual. Por outro lado, não se pode falar em 
autonomia intelectual num ambiente em que o sujeito 
deve se submeter à autoridade do saber adulto. 
 
Desenvolvimento moral na escola: 
- Influência da pressão do adulto 
- Convivência e cooperação das crianças entre si 
 
- O respeito da criança pelo adulto é importante. 
Deve-se ter o cuidado deste adulto não levar a 
criança a aceitar como completamente acabadas 
as afirmações que emanam do professor sem 
qualquer consciência crítica. 
 Piaget entende que a autonomia moral deve estar 
baseada no respeito mútuo. Sugere que as obrigações e 
responsabilidades na escola não devem ser impostas 
por regras pré-estabelecidas, mas construídas com a 
participação das crianças na elaboração das mesmas. 
 
 É fundamental que a escola se valha da cooperação das 
crianças, das atividades em grupo, que permitirão as 
crianças desenvolverem uma consciência interior e um 
conjunto de valores e senso de justiça, baseados na 
igualdade e solidariedade. 
 
A criança não é adulto em miniatura. Para Piaget, as 
estruturas intelectuais e morais da criança não são como 
as nossas e a escola deve se esforçar para apresentar 
aos alunos de diferentes idades conteúdos assimiláveis 
à sua estrutura cognitiva e aos diferentes estágios de 
seu desenvolvimento. 
 Piaget defende 
- O uso de jogos; 
- O trabalho em grupo (trocas de natureza social que 
possibilitam desenvolvimento da autonomia moral e 
trocas de natureza intelectual) 
- O papel do professor não é “motivar”, e sim oferecer 
desafios para que a criança se sinta motivada. 
 
 
 
 O conceito de aprendizagem para Piaget envolve 
sempre atividade inteligente e, de modo algum, pode ser 
interpretado como mera influência dos estímulos do 
meio... 
 
 O professor deve procurar desafiar o aluno com 
problemas significativos ao nível de 
desenvolvimento alcançado num clima de 
reciprocidade intelectual e moral. Propor 
problemas é provocar desequilíbrio, e não o 
professor ficar passando exercícios e depois 
dando as respostas corretas. As respostas 
devem ser encontradas pelo aluno e não 
“ensinadas” pelo professor. 
 
Outras implicações da teoria de Piaget na 
educação: 
 
- Seriação; 
- Avaliação 
- Idéia de prontidão, de maturação para aprender

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