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Motivo da origem do Território 
Na década de 1940, devido a Segunda Guerra Mundial, havia a 
necessidade do Brasil se posicionar ao conflito. Contudo, o 
presidente Getúlio Vargas considerava essencial mantendo relações 
comerciais com a Alemanha, pois eram muito mais vantajosas se 
comparado com os Estados Unidos. Tinha também a necessidade do 
governo de modernizar e armar o Exército, tendo os alemães se 
oferecido para a venda de armamentos ao país. Era também motivo 
de preocupação uma possível dominação norte-americana sobre o 
Brasil. Assim, Vargas decidiu declarar neutralidade na guerra, pelo 
menos até que a situação exigisse uma posição mais firme. 
Internamente, Getúlio Vargas apresentou uma série de reformas 
prevendo a modernização do exército, melhoria da infraestrutura de 
transportes e a construção de uma usina siderúrgica nacional, projeto 
este do qual se utilizou do conflito para conseguir investimentos 
norte-americanos.[3] 
Em fevereiro de 1942, submarinos alemães e italianos iniciaram 
o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano 
Atlântico em represália, segundo os diários de Goebbels, à adesão 
do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico (que previa o 
alinhamento automático com qualquer nação do continente 
americano que fosse atacada por uma potência extracontinental), o 
que tornava sua neutralidade apenas teórica. 
De fundamental importância para que o governo brasileiro 
paulatinamente se alinhasse com os Estados Unidos e, 
consequentemente, com a causa aliada, a partir de Pearl Harbor, 
foram: as tentativas veladas de ingerência nos assuntos internos 
brasileiros por parte da Alemanha e Itália, especialmente a partir da 
implantação do Estado Novo; a progressiva impossibilidade, a partir 
do final de 1940, de manter relações comerciais estáveis e efetivas 
com esses países devido à pressão naval britânica e, posteriormente, 
americana; e a chamada política de boa vizinhança praticada pelo 
então presidente Franklin Delano Roosevelt, que, entre outros 
incentivos econômicos e comerciais, financiou a construção de uma 
gigantesca siderúrgica, a Companhia Siderúrgica 
Nacional.[4][5][6] Durante o ano de 1942, após as propostas feitas pelos 
EUA de financiar a construção da CSN, entre outras propostas de 
auxilio à economia nacional, os americanos instalaram bases 
aeronavais ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1940
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha_Nazi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%A9rcito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio_Federal_do_Amap%C3%A1#cite_note-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/U-Boot
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torpedo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Goebbels
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_do_Atl%C3%A2ntico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pearl_Harbor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Novo_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Franklin_Delano_Roosevelt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Sider%C3%BArgica_Nacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Sider%C3%BArgica_Nacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio_Federal_do_Amap%C3%A1#cite_note-ReferenceA-4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio_Federal_do_Amap%C3%A1#cite_note-5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio_Federal_do_Amap%C3%A1#cite_note-6
Havia uma estratégia de ocupação do Norte do Brasil, pois as áreas 
eram amplas demais para serem administradas por um único chefe 
de estado. A criação do Território seria uma estratégia de 
administração, ocupação litorânea e territorial do Amapá visando à 
lógica da Segunda Guerra.[7] 
Em 1941, no jornal A Noite, o professor do Colégio 
Militar Coronel Idelfonso Escobar[8] ressaltou que: 
“ Na hipótese de um bloqueio naval de nosso litoral, os 
Estados do extremo norte do país — Piauí, Maranhão, Pará 
e Amazonas — encontrar-se-iam em precária situação 
estratégica, isolados e privados de receber recursos 
militares, pela supressão da única via de comunicações 
existente entre eles e os Estados do sul. ” 
No pós-1930, muitos intelectuais e políticos abandonaram a 
perspectiva dos determinismos raciais e ambientais, e passaram a 
atribuir o "atraso" de grandes regiões como a Amazônia ao descaso 
dos representantes do Estado liberal, supostamente vigente 
na Primeira República. Tal descaso teria feito com que esta região 
ficasse à mercê dos poderes locais (constituídos 
por seringalistas e latifundiários) que não reuniam as condições 
necessárias para alavancar o seu desenvolvimento econômico. 
Nas vésperas da criação do território os oficiais paraenses vinham 
fazer a inspeção da área e enviar o relatório ao Governo Paraense 
sobre a situação da região que estava em completo abandono. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio_Federal_do_Amap%C3%A1#cite_note-7
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Noite
https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Militar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Militar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coronel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio_Federal_do_Amap%C3%A1#cite_note-8
https://pt.wikipedia.org/wiki/Litoral_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piau%C3%AD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Sul_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Rep%C3%BAblica_Brasileira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seringal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Latifundi%C3%A1rios

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