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Mercado de Capitais
WebAula 2
WEB AULA 1
Unidade 2 – Mercado de Capitais
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Vamos dar início a nossa segunda Web Aula, com o Mercado de Capitais, o Mercado Bancários e os Derivativos.
Iremos conhecer os principais produtos comentados nesses mercados, e é interessante aqui a reflexão para decidir qual produto é mais adequada para sua organização ou sua vida pessoal.
Nesse tema não é possível abordar todos os produtos, pela sua quantidade e complexidade, e também porque os bancos e empresas seguindo a regulamentação financeira podem criar um novo produto e assim proporcionar ao cliente oportunidades de investimentos diferenciadas de acordo com o perfil do investidor.
MERCADO BANCÁRIO
            Conhecemos na Web Aula anterior o Sistema Financeiro Nacional, e como extensão os bancos comerciais que geralmente tem um foco para conquistar o cliente e oferecer os produtos adequados. Tudo isso, está descrito no link disponibilizado para vocês.
            Agora vamos nos aprofundar no banco chamado comercial ou o que muitos autores chamam de bancos múltiplos. Primeiramente vamos conhecer a classificação que Fortuna (2011) utiliza para segmentação dos bancos:
Bancos de negócio se dedicam à intermediação de grandes operações, tradicionalmente conhecidas como de engenharia financeira.
Bancos de atacado trabalham com pouco e grandes clientes.
Bancos de varejo trabalham com o grande público, muitos clientes, independente de tamanho.
Bancos de nicho trabalham apenas com um segmento específico do mercado.
Outros bancos têm trabalhado com outras segmentações além dessa, ou seja, diferenciam seu cliente pelo faturamento, pelo porte da empresa, por pessoa física ou jurídica, entre outros detalhes. Com isso, o banco pode escolher qual cliente atender primeiro. Observe o esquema abaixo que representa o nível de relacionamento, segundo a visão do banco.
            Olha que interessante analisarmos esse esquema, pois indica que o nível de relacionamento do cliente está ligado ao tipo de atendimento e também com o nível de decisão do banco a favor ou contra o cliente.
            Temos que ressaltar também que o cliente com poucos recursos não é menos importante que outro, pois o banco pode oferecer produtos para ele poupar seu dinheiro como a famosa poupança. E também pode ajudar na função de empréstimo de dinheiro para ter o seu negócio próprio.
            Para esclarecer os serviços bancários iremos separar em: produtos básicos e de captação; empréstimos, produtos de câmbio e intermediação e captação externa. Vamos conhecer os principais, pois como dito anteriormente são inúmeros os serviços oferecidos.
            Antes disso temos que saber que para os bancos os serviços podem ser classificados em:
Serviços Essenciais: são os serviços relacionados às contas correntes de depósitos à vista e às contas de poupança, para as quais é proibida a cobrança de tarifas. Não é permitida a cobrança de tarifa quando não houver saldo suficiente em conta que não poderá se tornar negativo por causa do pagamento de tarifa bancária.
Serviços Prioritários: São os serviços que atingem a grande maioria (cerca de 90%) dos serviços bancários envolvendo a movimentação das contas correntes e das contas de poupança das pessoas físicas. Os critérios de cobrança dessas tarifas foram definidos nas resoluções e elaborados uma tabela padronizada detalhada de cada uma delas.
Serviços Especiais: são os serviços objeto de legislação e regulamentação específica e que não sofrem alterações, tais como o crédito rural, o crédito imobiliário e microfinanças.
Serviços Diferenciados: são os serviços que não estão associados à movimentação das contas correntes e das contas poupança e que são objeto de contrato de contrato explícito entre clientes e instituições, tais como as entregas em domicílio e o aluguel de cofres.
Produtos e Serviços
Vamos iniciar mencionando alguns produtos e serviços do banco relacionados ao mercado comercial, conforme Fortuna (2011):
Conta corrente
A conta corrente é o produto básico da relação entre cliente e o banco, pois através dela são movimentados os recursos do cliente, via depósito, cheques, ordens de pagamento, DOC, e após o SPB, a transferência Eletrônica Disponível - TED. Elas podem ser pessoal ou conjunta.
Conta Especial de Depósito
Para ter esse tipo de conta, os bancos não precisam fazer pesquisa cadastral nem exigir comprovante de renda do interessado. Bastam o CPF e a carteira de identidade, além do preenchimento de ficha-proposta simplificada. Por outro lado, não poderão cobrar tarifa de manutenção nem de abertura da conta, e sendo proibido cobrar por movimentação, até determinado limite.
Conta Salário
            A principal vantagem da conta - salário é a isenção de tarifas nos saques e transferências, além da possibilidade e facilidade para o cliente bancário determinar a transferência automática do salário, sem custo e no mesmo dia do pagamento, para o banco de sua preferência.
O banco possui outros serviços que não vamos detalhar nesse momento como: compensação de cheques, cobrança de títulos, arrecadação de tributos e tarifas públicas, entres outros bem específicos.
Captação
Uma das principais funções desta mesa é a que está ligada à captação de recursos "comprados” pela instituição e geralmente chamados de mesa de captação.
De acordo com Fortuna (2011, p. 197) uma das principais funções da mesa de captação é:
É a formação de taxas para captação através dos CDB e RDB, cujo objetivo é tentar obter o menor custo possível de captação e ainda ser competitivo com os concorrentes com taxas atraentes aos clientes, além da compra e venda de CDB de terceiros e de prazos decorridos em mercado, bem como a formação de taxas para a clientela deste produto.
A partir desse conceito, percebe-se que para alcançar um bom lucro a gestão é fundamental, ou seja, o papel do administrador para controlar a compra e venda dos produtos bancários. Agora vamos conhecer alguns produtos:
Certificados de Depósitos Bancários e Recibos de Depósitos Bancário (CDB/RDB)
O CDB é um título de crédito escritural, e o RDB um recibo, e sua emissão gera a obrigação das instituições emissoras de pagar ao aplicador, ao final do prazo contratado, a remuneração prevista - que será sempre superior ao valor aplicado. Os recursos captados instituições através desses instrumentos são normalmente repassados aos clientes na forma de empréstimos.
Letras Financeiras (LF)
As LF foram criadas como um título executivo extrajudicial, que pode ser:
[...] executado independentemente de protesto com base em certidão de inteiro teor dos dados informados no registro, emitida pela entidade administradora do sistema de registro. Elas podem dependendo dos critérios de remuneração, gerar valor de resgate inferior ao valor de sua emissão (BRASIL, 2010, p. 1).
Cédulas de Debêntures (CD)
            Para alongar o prazo de captação dos recursos pelos bancos comerciais, de investimento, de desenvolvimento e múltiplos com uma destas carteiras e, portanto, permitir um funding de prazo mais longo para essas instituições foram criadas as CD.
 
Caderneta de Poupança Tradicional:
          É a aplicação simples e tradicional em é possível fazer aplicações de pequenas somas e ter liquidez, apesar de ocorrer perdas com saques fora da data de aniversário (EMPRÉSTIMOS, p. 1, grifo nosso).
Existem muitos produtos como Letras de Câmbio, Letras Hipotecárias, Letras Imobiliárias, Títulos de Crédito Privados, entre outros que facilitam a captação de recurso que é utilizado pela mesa de empréstimos.
Empréstimo
            Depois de captado o recurso, o banco tem nesse momento que “trabalhar” com o dinheiro para conseguir remunerar o dinheiro angariado, ter lucro, e realizar a uma boa gestão do empréstimo para não ter muita inadimplência.
            Existem como na captação muitos produtos disponíveis na mesa de empréstimo que se diferenciam pelas taxas, prazos, garantias, entre outras formas regulamentadaspelo Banco Central.
            Vamos conhecer alguns produtos de empréstimos:
Hot Money: É o empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por um dia, ou um pouco mais, no máximo por dez dias [...];
Contas Garantidas/ Cheques Especiais: Abre-se uma conta de crédito (conta garantida) com um valor-limite que normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos pelo cliente, desde que não haja saldo disponível, na conta corrente de movimentação. À medida que nesta última, existam valores disponíveis, estes são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida [...];
Desconto de Títulos: É o adiantamento de recursos as clientes, feito pelo banco, sobre valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissória, para antecipar o fluxo de caixa do cliente [...];
Vendor Finance: É uma operação de financiamento de vendas baseada no principio da cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber o pagamento à vista [...];
Crédito Direto ao Consumidor: É o financiamento concedido por uma financeira para aquisição de bens e serviços por seus clientes. Sua maior utilização é normalmente, para a aquisição de veículos e eletrodomésticos [...];
            Como nas operações de captação, a mesa de empréstimos possuem outros produtos que podem se adaptar a uma necessidade especifica do cliente, o ideal é estar se atualizando constantemente.
Operações de Intermediação
É o conjunto de operações em que as instituições financeiras assumem o papel de intermediadoras ou gerenciadoras de uma determinada operação, cobrando uma comissão pelos serviços prestados.
Exemplificando sem se tratar de um banco, é um processo financeiro que principalmente as grandes empresas do mercado de crédito, em vez de captar recursos dos bancos - um intermediário que repassa recursos tomados junto ao público - passam a acessar diretamente os investidores, via o mercado de capitais.
Operações de Captação Externa
            Para finalizar os produtos do Mercado Bancário, as operações de captação externa não poderiam ficar de fora. Antigamente, as captações externas eram realizadas por meios de empréstimos e financiamentos regulamentados pelo Banco Central.
            Através da Lei 4.131, da Resolução 3.844 e com o objetivo de aumentar o fluxo externo de dinheiro nos países, acrescentou a forma de emissão de títulos de dívida no exterior.
MERCADO DE CAPITAIS
O Mercado de Capitais tem suas atividades fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que compõe o Sistema Financeiro Nacional, visto anteriormente. Vamos aprofundar e conhecer os tipos de mercados que são inseridos neste tópico.
Segundo Pinheiro (2012, p. 174) o conceito de Mercado de Capitais pode ser definido como:
[...] um conjunto de instituições e de instrumentos que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. Ou seja, o mercado de capitais representa um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas.
Esse mercado surgiu da necessidade de crédito do mercado. Os dois principais motivos foram:
Contribuir para o desenvolvimento econômico, atuando como propulsor de capitais para os investimentos, estimulando a formação da poupança privada.
Permitir e orientar a estruturação de uma sociedade pluralista, baseada na economia de mercado, permitindo a participação coletiva de forma ampla na riqueza e nos resultados da economia.
Como existem diferentes tipos de valores mobiliários o Mercado de Capital também está subdividido de acordo com a natureza das operações e dos papéis que transacionam (TIPOS..., 2012, p. 1, grifo do autor):
Mercado à Vista - O investidor negocia o título com base em seu preço corrente, praticado no pregão do Sistema de Negociação Eletrônica. Uma vez que a operação é fechada e registrada, o vendedor deve disponibilizar os títulos para liquidação até o segundo dia útil (D+2), recebendo o valor da venda no terceiro dia útil (D+3);
Mercado Primário e Mercado Secundário - Chama-se de mercado primário ao processo de geração dos títulos para distribuição. É uma transação entre a companhia emissora e os investidores, com intermediação de instituições financeiras, e é nesse momento que os recursos são captados pela companhia. Chama-se de mercado secundário às negociações de títulos já emitidos. É uma transação entre investidores;
Mercado de Balcão e Leilão em Bolsa - A distribuição de títulos pode ser feita em leilão especial em Bolsa de Valores. Dessa forma, o emissor tem a certeza de obter o melhor preço que o mercado se dispõe a pagar no momento do leilão;
Mercado Futuro - Os participantes deste mercado fazem um depósito inicial e que serve de garantia da operação, além de pagar um ajuste sobre o preço diário da ação. Se paga o preço estabelecido nesta oportunidade para pagamento em vencimento determinado pela Bolsa de Valores;
Mercado de Opções - São negociados direitos de compra ou de venda de ações, com um preço pré-estabelecido (preço de exercício) e prazo de pagamento específico. O comprador pagará o prêmio ao vendedor em D+3. Os direitos de opção de compra podem ser exercidos a qualquer momento até a data do vencimento. Nas opções de venda, o exercício das opções é efetuado apenas na data do vencimento. As opções são negociadas no sistema pregão viva voz ou no sistema eletrônico de negociação a um preço (prêmio) formado livremente no mercado;
Mercado a Termo - Este mercado caracteriza-se pela compra de títulos para pagamento após 30, 60, 90, 120, 150 ou 180 dias. A diferença entre o preço à vista e o preço do vencimento do contrato é o juro pago.
Foram citados os tipos de mercados que envolvem o Mercado de Capitais e a CVM, porém não basta como empresário abrir uma empresa é necessário que essa organização esteja caracteriza como sociedade anônima. Veja no quadro abaixo as espécies de sociedades anônimas.
            Através do quadro podemos concluir que uma companhia para emitir ações e/ou titulos, ela tem que ser aberta e ter seus valores mobiliários registrados na CVM.
            Para a abertura do capital, segundo a Lei nº 6.385/76, a empresa pode emitir os seguintes tipos de títulos de propriedade:
Ações;
Bônus de subscrição;
Debêntures;
Partes beneficiárias; e
Notas promissórias para distribuição pública.
Ações
Ações é o tema mais comentado no Mercado de Capitais e muitos questionam sobre a segurança de realizar a compra de ações, qual o valor a ser pago, como saber em que ação investir.
É necessário muito tempo para responder todas as questões, então nesse momento iremos diferenciar os tipos de ações e saber o conceito e direcionar onde encontramos todas as respostas.
De acordo com Pinheiro (2012, p. 210) as ações são: “[...] títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que as emitiu. Quem tem ações, portanto pode-se considerar sócio da empresa emissora”.
Por ter uma ação, o acionista se considera sócio da empresa que é obrigada a divulgar seus resultados trimestralmente para seus acionistas. Algumas empresas com o objetivo de valorizar a ação, transmitir confiança, passar o sentimento de transparência fornecem mais informações que as especificadas pela CVM.
As ações são classificadas por dois tipos, que o autor Assaf Neto (2012) diferencia pelas suas características que serão descritas a seguir:
As ações ordinárias são as que comandam a assembleia de acionistas de uma empresa, conferindo ao seu titular o direito de voto. Os acionistas ordinários podem eleger e destituir os membros da diretoria e do Conselho Fiscal da companhia; decidir sobre o destino dos lucros; reformar o estatuto social; autorizar emissões de debêntures e aumentos de capital social; votar contas patrimoniais etc.
As ações preferenciais não atribuem a seu titular o direito de voto, porém conferem certaspreferências, como:
Prioridade no recebimentode dividendos, geralmente um percentual mais elevado que o valor das ações ordinárias;
Prioridade no reembolso do capital na hipótese de dissolução da empresa.
Pelos dois tipos de ações podemos dizer que o acionista pode escolher de acordo com sua prioridade e seu perfil de investimento. É valido ressaltar que o ideal para o investidor é diversificar sua aplicação para conseguir obter melhor retorno e o menor risco.
Citamos agora o ponto de vista do cliente no momento da compra da ação, mas é importante também analisar os benefícios e também as possíveis dificuldades da organização para emissão de ações.
Nesse contexto, a aplicação em ações geram vantagens e desvantagens como fonte de fundo das empresas, os principais itens estudados pelo autor Pinheiro foram descritos na figura a seguir. É importante conhecer e ponderar os pontos citados para não prejudicar uma organização.
            Para finalizar o tema ações, vejam o vídeo abaixo que irá apresentar os principais pontos que um iniciante ao investimento na bolsa de valores deve saber.
Espero que tenham gostado do vídeo e refletido que são vários os pontos que temos que entender no Mercado de Capitais para investir em ações. Para complementar esse assunto vamos estudar como avaliar as ações.
Avaliação das Ações
            Depois conhecer um pouquinho sobre as ações, temos que pensar que esse investimento envolve risco e o que todo investidor deseja é retorno, então antes de comprá-las pode-se fazer algumas avaliações através de alguns critérios de análise como analisar gráficos e indicadores numéricos.
            É importante ressaltar novamente que todos os dados aqui analisados são obrigatoriamente fornecidos pelas empresas que emitem ações e que o perfil do investidor nesse caso é mais arrojado e que pretende fazer um investimento geralmente de longo prazo.
            Os principais indicadores para avaliar ações são:
Lucro por Ação
Esse índice tem como objetivo a apresentar a parcela do lucro pertencente a cada ação, ou seja, se temos um lucro de R$1500,00 e ocorreu uma emissão de 100 ações temos como Lucro por ação de R$15,00.
Quando chega ao resultado de R$15,00, isso não significa que cada acionista irá receber esse valor como retorno esperado, pois o retorno da ação é definido pela política de dividendos adotada pela empresa.
Indicadores de Dividendos
Antes de iniciar os indicadores de dividendos é necessário saber que dividenda é uma parcela do lucro que é direcionada para o pagamento aos acionistas. É relevante saber que o mínimo a ser direcionado é de 25% e pode ser maior de acordo com a decisão do estatuto da empresa, por isso é importante ler o prospecto da ação antes de investir. Existem os dois indicadores descritos abaixo:
 
O payout apresenta um indicador que informa a porcentagem que de dividendos que a empresa está utilizando para pagar os acionistas e a diferença seria o restante do lucro convertido em ações ou reserva da organização. Então se o LPA da empresa é de R$2,00, e temos um dividendo de R$0,60 por ação, chega-se ao resultado de 0,3 ou 30% de payout, ou seja, 30% do lucro líquido foi destinado aos acionistas.
            Esse indicador proporciona ao acionista saber a remuneração sobre o capital investido, ou seja, sobre o valor pago pela ação. Então se temos um dividendo de R$3,00 por ação e cotação media dessa ação está em R$20,00, sabe-se o acionista que os resultados indicam um retorno de 15% sobre o preço da ação.
Índice Preço/Lucro
            Esse indicador é o mais utilizado pelos avaliadores de ação, pois representa a proporção do preço da ação com o lucro que alcançado pela a empresa. Geralmente é analisado o histórico dos resultados obtidos e assim realizado uma projeção para o investimento.
            O resultado representado o percentual do preço com relação ao retorno. Através do indicador pode-se comparar com outras ações e outros tipos de investimentos.
A análise dos indicadores é fundamental e fácil de ser realizada, pois não envolvem cálculos complicados e não há impedindo de obter os dados para isso. Porém existem outras análises que podem ser feitas que são divididas em duas bases: a análise técnica e a análise fundamentalista.
Para Assaf Neto (2012, p. 244) os conceitos dos dois tipos de análise são:
Análise Técnica ou Gráfica: dedica-se a estabelecer projeções sobre o comportamento das ações a partir de padrões observados no desempenho passado do mercado.
Análise Fundamentalista: adota a hipótese da existência de um valor intrínseco para cada ação, com base nos resultados apurados pela empresa emitente. O estudo dessa análise está baseado no desempenho econômico e financeiro da empresa e processa, ainda, sofisticadas avaliações e comparações setoriais, bursáteis e conjunturais.
            Para saber mais detalhes da diferença entre a análise técnica e análise fundamentalista, peço que assistam ao vídeo abaixo e percebam que cada uma das técnicas tem características diferentes de acordo com o prazo de investimento.
Através do vídeo percebemos que cada tipo de análise possuem vantagens e desvantagens. E que nenhuma das técnicas garantem o retorno esperado pelo investidor. É certo que muito investidores como mencionado que utilizam sua prática de mercado e, em alguns casos, uma previsão sem critérios.
Debêntures
Para não passar em branco, não poderia deixar de comentar as Debêntures que são definidas pelo Assaf Neto (2012) como são títulos emitidos apenas por:
[...] sociedades anônimas não financeiras de capital aberto (as sociedades de arrendamento mercantil e as companhias hipotecárias estão autorizadas a emiti-las), com garantia de seu ativo e com ou sem garantia subsidiaria da instituição financeira, que as lança no mercado para obter recursos de médio e longo prazos, destinados normalmente a financiamento de projetos de investimentos ou alongamento do perfil do passivo.
Clubes de investimentos
Outro tema que não podemos deixar de comentar quando pensamos em investir são os clubes de investimentos que são grupos que tem o objetivo de investir, como se fosse um consórcio, por exemplo: reuni-se um grupo de amigos e cada um ajuda com um valor que tem uma representatividade sobre o todo. O dinheiro pode ser aplicado pela carteira de interesse de todos os participantes e ser administrado por assessoria especializada.
Para Pinheiro (2012) o clube de investimento é:
[...] uma aplicação financeira criada por um grupo de pessoas que desejam investir seu dinheiro em ações das empresas, ou seja, tornar-se sócias delas.
Os procedimentos para a criação de um Clube de Investimento são muito simples. Ele pode ser criado por empregados ou contratados de uma mesma entidade ou empresa ou ainda, por um grupo de pessoas que têm objetivos em comum, como professores, metalúrgicos, donas-de-casa, médicos, aposentados, entre outros.
O registro e a fiscalização do clube são feitos em conjunto pela Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa - e a CVM.
Bolsa de Valores
Para finalizar o tema mercado de ações, vamos ao conceito de Bolsa de Valores utilizada por Pinheiro (2012, p. 264):
As bolsas de valores são instituições de caráter econômico que têm como objeto a negociação pública mercantil de títulos e valores mobiliários, ou seja, é um local onde se compram e vendem ações. Nelas ocorre a canalização da oferta e demanda dos investidores e a publicação oficial dos preços ou cotações resultantes das operações realizadas.
Para reflexão...
Entendo que muitos não conseguem guardar dinheiro. Mas se tivesse um dinheiro disponível para investir. Teria coragem de aplicar em ações? Qual tipo? Que análise faria para comprar uma ação? Teria coragem de investir sozinho ou pediria ajuda?
DERIVATIVOS
            O último tema a ser tratado nessa Web Aula é sobre derivativos que também são ativos financeiros e participam do Mercado de Capitais, mas como outras características.
            O conceito de acordo com Assaf Neto (2012, p. 309):
Derivativos são instrumentos financeirosque se originam (dependem) do valor de outro ativo, tido como ativo de referência. Um contrato derivativo não apresenta valor próprio, derivando-se do valor de um bem básico (commodities, ações, taxas de juros etc.).
Em vez dos próprios ativos serem negociados no mercado, os investidores apostam em seus preços futurose, através de contratos assumem compromissos de pagamentos e entregas físicas futuras.
            Assista agora ao vídeo abaixo explicando melhor sobre o tema de derivativos.
Pelo que vimos os derivativos são ativos financeiros que possuem valor determinado entre os negociantes que , geralmente, são commodities, taxas e valores de ações. Por se tratar de um mercado com seus ativos com preços livres estabelecidos no mercado as transações são geralmente feitas através de mercados futuros, a termo, opções, swaps etc.
Para relembrar, são negociados na BM&F os seguintes tipos de contratos:
Futuro: tipo de contrato no qual as partes obrigam-se a negociar (comprar ou vender) determinado ativo em uma data futura a um preço preestabelecido. [Eventuais] variações no preço ajustado em relação a determinado valor de referência são cobradas ou pagas pelos compradores e vendedores. [Os principais produtos e instrumentos financeiros negociados a futuro são: produtos agropecuários, taxas de juros, taxas de câmbio, ouro, índice Bovespa etc.];
Opções: o detentor de uma opção tem o direito, adquirido pelo pagamento de um prêmio de comprar ou vender, em certa data futura, determinado ativo a um preço pré-acertado. Esse direito é exercido caso as condições econômicas sejam atraentes para o titular da opção; em caso contrário, o direito não é exercido, perdendo o prêmio pago. [...] Os principais produtos e instrumentos financeiros negociados como opções são: taxas de juros, taxas de câmbio, produtos agropecuários, índice Bovespa, ouro etc. [...];
Swaps: são contratos que preveem a troca de obrigações de pagamentos periódicos, indexados a determinado índice por outras com diferente índice de reajuste. Por exemplo, a operação de swap permite transformar uma dívida pós-fixada em prefixada, um ativo de renda variável em fixo, e assim por diante (FILIUS, 2010, p. 22-23, grifo nosso).
Vamos nos aprofundar mais no mercado de opções pelos seus termos técnicos, e por possuir mais especificidades do que o mercado futuro.
Mercado de opções
Uma importante alternativa dos mercados futuros é o mercado de opções, cujo desenvolvimento é recente. Esse mercado trabalha, basicamente, com dois tipos de contratos, conforme Assaf Neto (2012):
Opções de compra - calls: concede ao titular do contrato o direito (e não a obrigação) de adquirir no futuro um determinado ativo por preço previamente estabelecido. Para o vendedor da opção, ao contrário, há uma obrigação futura, sempre que exigida pelo comprador de entregar os ativos negociados àquele preço;
Opções de venda - puts: dá ao detentor do contrato (comprador da opção de venda) o direito, porém não a obrigação, de vender futuro um ativo por certo preço preestabelecido. O vendedor dessa opção, por seu lado tem a obrigação de entregar no futuro, se exigido pelo comprador, os ativos-objetos do contrato de opção ao preço fixado.
Como o mercado de opções é muito complexo segue o quadro abaixo com as principais características do Mercado de Opções.
Todas essas características são importantes para o comprador e vendedor da opção, pois terá segurança na sua operação financeira. É importante lembrar que essa operação tem como maior objetivo diminuir o risco para ambos e assegurar o preço determinado em caso de oscilação no mercado financeiro.

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