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filosofia -resumo peter singer

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1 Ação afirmativa - também conhecida como “discriminação inversa”, consiste basicamente em dar um tratamento preferencial a membros de grupos menos favorecidos. É comumente usado na educação e no trabalho. A ação afirmativa não é contrária a nenhum princípio justo de igualdade e não viola quaisquer direitos dos que são por ela excluídos. Adequadamente aplicada, está em harmonia com a igual consideração de interesses.
2 Singer (1979) nos propõe o “princípio da igual consideração de interesses” em que ele pontua que todo interesse, a despeito de sexo, raça, etnia e/ou capacidade de raciocínio deve ser considerado, nas palavras do mesmo: “Um interesse é um interesse, seja lá de quem for esse interesse.”
Singer (1975) reitera também que “a igualdade é uma idéia moral, não a descrição de um fato” não havendo assim qualquer justificativa para que a diferença entre duas pessoas justifique diferentes considerações de seus interesses.
Fazendo uma aplicação prática desse princípio podemos imaginar dois indivíduos sentindo dor, em mesmo nível. O princípio fundamental para o alívio da dor é simplesmente a indesejabilidade da dor enquanto tal (SINGER, 1979), ou seja, a despeito da raça, sexo, etnia e/ou capacidade de raciocínio os interesses dos dois indivíduos são idênticos, não sentir dor. A dor de X e Y são consideradas igualmente segundo o princípio da igual consideração de interesses, e não apenas a dor de X ou a dor de Y.
3 O princípio da igual consideração de interesses não impõe que tenhamos um tratamento igual, mas que levemos em conta os interesses de todos/as envolvidos/as em nossas decisões com o mesmo peso. No caso da dor de X e Y podemos inferir que a dor de X seria mais forte do que a dor de Y, portanto atribuiríamos maior peso a dor de X, mas ainda assim o interesse de Y no alívio da dor seria levado em conta.
Assim, Peter Singer propõe um princípio geral de igualdade, o principio da Igualdade na Consideração de Interesses, que requer que os interesses semelhantes de todos os afetados por nossas ações tenham igual peso de consideração em nossas deliberações morais, ou seja, um interesse é um interesse, independentemente de quem ele seja. Se a dor é semelhante é irrelevante a orientação sexual, raça, sexo, espécie a que o sujeito de consideração moral pertença, considerar menos a dor de uma pessoa homossexual em comparação a dor semelhante de uma pessoa heterossexual é incoerente com este princípio. 
4 O filósofo Peter Singer, em seu livro “Ética Prática” [5], argumenta que os animais, por se tratarem de seres dotados de sensibilidade e consciência, devem ser tratados com o mesmo respeito que os seres humanos. O princípio da igual consideração de interesses deve ser aplicado sem distinção ao animal humano ou não humano. A capacidade de sofrer e de sentir dor deve ser levada em conta, para Singer.
Especismo - O especismo é o conceito central e mais comum das teorias dos direitos animais. Foi um termo cunhado por Richard Ryder, em Oxford, em 1970, tendo como base o sexismo e o racismo. Similar ao sexismo, o especismo é uma discriminação relevante com base num aspecto que, para o critério adotado – a espécie – é irrelevante.
Peter Singer afirma que não seguir o princípio de igual consideração de interesses, quando a espécie está em jogo, é ser especista. Atenta-se que o anti-especismo, portanto, não clama que todos as espécies sejam materialmente iguais (afinal, se assim fossem, não seriam espécies, vez que o que torna uma espécie uma espécie é sua individualização). Pede-se que os membros de outras espécies tenham seus interesses igualmente considerados. Indivíduos incapazes de terem interesses, no sentido que a senciência prescreve, não podem ter esses interesses levados em consideração.
5 A eutanásia voluntária é quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente, ou seja, quando uma pessoa ajuda outra a acabar com a sua vida. Como, por exemplo, o caso de Ramón Sampedro e de Vincent Humbert.
Mesmo que a pessoa já não esteja em condições de afirmar o seu desejo de morrer, a eutanásia pode ser voluntária. Pode-se desejar que a própria vida acabe, no caso de se ver numa situação em que, embora sofrendo de um estado incurável e doloroso, a doença ou um acidente tenham tirado todas as capacidades racionais e já não seja capaz de decidir entre a vida e a morte. Se, enquanto ainda capaz, tiver expresso o desejo reflectido de morrer quando numa situação como esta, então a pessoa que, nas circunstâncias apropriadas, tira a vida de outra actua com base no seu pedido e realiza um acto de eutanásia voluntária.
A eutanásia é não-voluntária quando a pessoa a quem se retira a vida não pode escolher entre a vida e a morte para si ― porque é, por exemplo, um recém-nascido irremediavelmente doente ou incapacitado, ou porque a doença ou um acidente tornaram incapaz uma pessoa anteriormente capaz, sem que essa pessoa tenha previamente indicado se sob certas circunstâncias quereria ou não praticar a eutanásia.
A eutanásia é involuntária quando é realizada numa pessoa que poderia ter consentido ou recusado a sua própria morte, mas não o fez ― seja porque não lhe perguntaram, seja porque lhe perguntaram mas não deu consentimento, querendo continuar a viver. Embora os casos claros de eutanásia involuntária são relativamente raros, há quem defendesse que algumas práticas médicas largamente aceites (como as de administrar doses cada vez maiores de medicamentos contra a dor que eventualmente causarão a morte do doente, ou a suspensão não consentida ― para retirar a vida ― do tratamento) equivalem a eutanásia involuntária.
A morte assistida (ou suicídio assistido ou morte medicamente assistida) consiste no auxílio para a morte de uma pessoa, que pratica pessoalmente o ato que conduz à sua morte (ao seu suicídio).

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