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CENTRO ESCOLA DE PSICO. ENFERMA. FISIO E NUTRIÇÃO GILVANETE LOPES FERRAZ GOMES – RA 2150687 RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA- CLÍNICA ESCOLA UNIP – ALPHAVILLE BARUERI 2024 RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA- CÍNICA ESCOLA UNIP – ALPHAVILLE Relatório de Estágio Supervisionado em nutrição clínica – Clínica Escola UNIP – Alphaville, apresentado á disciplina Estágio Curricular á Universidade Paulista – UNIP. Orientadora: Francês Aparecida Illes Pereira. BARUERI 2024 Sumário: Sumário 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTAGIO ................................................................. 5 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDA ................................................................................. 9 4. DISCUSSÕES SOBRE ARTIGOS CIENTÍFICOS E TRABALHOS APRESENTADOS .................................................................................................. 15 5. MATERIAIS DESENVOLVIDOS DURANTE ESTÁGIO ........................................... 20 6. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 21 4 1. INTRODUÇÃO Atuação do Nutricionista em Ambulatório A Resolução CFN nº 600, de 25 de fevereiro de 2018, em seu texto estabelece a regulamentação de atuação na área dos nutricionistas e descreve suas responsabilidades dentro dessas áreas. Além disso, ele estabelece parâmetros mínimos numéricos para garantir a qualidade dos serviços oferecidos à sociedade, cujo objetivo principal é definir claramente os padrões mínimos de referência para suas atividades. O texto foi retificado em 23 de maio de 2018 e apresenta a seguinte rdação na sua disposição: Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências. (CFN, 2018). O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), em conformidade com as competências estabelecidas pelo artigo 1º da Lei Federal n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, pelo artigo 2º do Decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980, e pelo Regimento Interno, consultando os Conselhos Regionais de Nutricionistas (CRN) e baseando-se nas deliberações da 322ª Reunião Plenária Ordinária realizada nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro de 2018 considerou que a missão dos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas é de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de nutricionista. Considerando, que é de responsabilidade do nutricionista, como profissional de saúde, segundo o Artigo 1º da Lei Federal nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, garantir a preservação, promoção e recuperação da saúde. Conforme estabelecido nos Artigos 3° e 4° da Lei Federal n° 8.234, de 17 de setembro de 1991, atenta para a necessidade de especificar as atribuições por área de atuação e estabelecer os parâmetros mínimos de quantificação de nutricionistas para garantir a eficácia do exercício profissional, e o compromisso do Sistema CFN/CRN com a excelência do serviço em prol da saúde pública, pois, a própria Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 reconhece a alimentação como um direito social. Portanto, com base nos dispositivos legais e diretrizes pertinentes à 5 alimentação e nutrição, o nutricionista desempenha um papel crucial na promoção da saúde e no bem-estar da população. Os Artigos 2º e 3º da Lei Federal nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, reiteram o direito humano à alimentação adequada e estabelecem a importância da segurança alimentar e nutricional. Além disso, o Decreto nº 8.553, de 3 de novembro de 2015, institui o Pacto Nacional para Alimentação Saudável, consolidando esforços para garantir uma alimentação adequada e saudável para todos. As diretrizes do Ministério da Saúde, expressas na Matriz das Ações de Alimentação e Nutrição na Atenção Básica em Saúde, fornecem orientações cruciais para a implementação de políticas de saúde alimentar e nutricional em nível local e nacional. Nesse contexto, o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas, elaborado em parceria pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Saúde e Educação, enfatiza a importância da educação alimentar como recurso terapêutico, tanto para indivíduos saudáveis quanto para aqueles com doenças ou agravos à saúde. O Guia Alimentar para a População Brasileira oferece diretrizes claras para práticas alimentares saudáveis, contribuindo significativamente para a promoção da saúde e prevenção de doenças. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição e o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional fornecem estratégias abrangentes para garantir o acesso universal a alimentos seguros e nutritivos. Dentro desse contexto regulatório e político, o nutricionista assume a responsabilidade crucial de prevenir infrações à legislação sanitária e aos direitos do consumidor. As normas de conduta estabelecidas no Código de Ética Profissional garantem que o nutricionista atue com integridade e competência em todas as suas atividades. É essencial ressaltar o compromisso profissional e legal do nutricionista em todas as suas práticas, assegurando a qualidade e eficácia dos serviços prestados à comunidade. 2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTAGIO Localização, estrutura física e funcionamento A Clínica Escola fica localizada na Alameda Amazonas, 492, na cidade de Barueri em Alphaville, com atendimentos de terça à sexta-feira, das 07:00h as 12:00 horas. 6 A clínica tem disponibilidade para uso da equipe de nutrição que é composta por sala do nutricionista, consuktório nutricional, sala de estudos, local de espera para pacientes e sala de informática para pesquisas e desenvolvimento de materiais para pacientes e estágio. Estrutura física (planta física) Imagem 1. Planta do layout do pavimento térreo da Clínica Unip 7 Imagem 2. Planta do layout do subsolo Clínica Unip Equipe da clínica escola Na clínica escola, os colaboradores que desempenham suas atividades englobam profissionais de saúde, tais como fisioterapeutas (fisioterapia), enfermeiros (enfermagem), dentistas (odontologia), psicólogos (psicologia) e nutricionistas (nutrição). Perfil da população atendida 8 Os atendimentos realizados durante o período de estágio, foram pacientes, que ao longo do estágio, foram realizados 32 atendimentos clínicos nutricionais, envolvendo um total de 28 pacientes distintos, considerando também os retornos. Dos 28 pacientes atendidos, observou-se uma predominância do sexo feminino, que representou 71% do total, ou seja, 20 indivíduos, os pacientes do sexo masculino corresponderam a 8, sendo 29% do total. Os pacientes foram agrupados em três faixas etárias distintas: "Crianças e Adolescentes" (0 a 17 anos), "Adulto" (18 a 64 anos) e "Idoso" (65 anos ou mais). O grupo de crianças, representou 14%, adultos totalizaram 75% e idosos equivalente a 11% dos atendimentos. A busca por atendimento nutricional abrangeu uma variedade de condições, incluindo disfunções do sistema digestório, transtornos psicológicos, problemas circulatórios, distúrbios do sistema nervoso, entre outros. Estes pacientesbuscavam por orientação nutricional com o objetivo de tratar condições como obesidade, dislipidemia, diabetes, ansiedade, fibromialgia, asma, entre outros e melhorar a qualidade de vida de forma gratuita. Imagem 3. Mapa de risco Consultório deNutrição Térreo 9 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDA Atendimento individual Quadro 1: Pacientes atendidos Paciente Sexo Idade Diagnóstico nutricional Patologia/ motivo Consulta M.H.K F 64 Obesidade 1 Controle da pressão, perda de peso e qualidade de vida 1º e 2º consulta(s) A.V. F M 57 Obesidade 2 emagrecimento e perda de peso 1º e 2° consulta(s) D. A. G F 44 sobrepeso Perda de peso e qualidade de vida 5º e 6° consulta(s) M. C. G F 81 Sobrepeso Emagrecimento e qualidade de vida 6º consulta K.K F 43 Sobrepeso Emagrecimento e qualidade de vida 3° Consulta K.V.S F 36 Obesidade Perda de peso, reeducação alimentar e Qualidade de vida. 1° consulta 10 Atendimentos: Paciente M. H.K., sexo feminino, 64 anos, casada, aposentada, veio até a clínica com indicação da família com o objetivo de perda de peso, qualidade de vida e controle da pressão. Na consulta o paciente relatou que se alimenta em frente as telas e tem dificuldade para mudar o hábito, não tem o hábito de consumir bastante frutas diariamente, tem dificuldade de beber água durante o dia. Pelo. Paciente está na 2 consulta. E pelos dados antropométricos a mesma se encontra em obesidade grau 1. Consulta realizada no dia 23/03/2024 • Conduta: Realizado avaliação física completa, foi assinado novo contrato, preenchimento de ficha de retorno, recordatório de 24hs, novas metas e recebimento de diário de 3 dias. • Retorno Previsto: Preenchimento de ficha de retorno, avaliação das metas, peso, altura, imc, cc, entrega do plano alimentar, lista de substituição + fome saciedade. Consulta no dia 08/03/2024 • Conduta: Entrega de plano alimentar e explicação sobre as substituições de alimentos que poderá fazer, diminuir quantidades de açúcar no café e evitar comer em frente a tela. • Imagem 4: Material educativo sobre cuidados e prevenção do pé diabético Paciente A.V.F, sexo masculino, 57 anos, divorciado, aposentado, veio até a clínica com indicação da equipe de fisioterapia. Seu objetivo foi perda de peso e 11 qualidade de vida. Na consulta o paciente relatou que se alimenta muito bem, com frutas, legumes, vegetais. Toma bastante água, porém, tem o hábito de consumir balas compulsivamente e faz apenas 3 refeições ao longo do dia. Paciente está na 2 consulta. E pelos dados antropométricos o mesmo se encontra em obesidade grau 1. Consulta realizada no dia 08/03/2024 • Conduta: Realizado avaliação física completa, foi assinado contrato, aplicado o protocolo de atendimento, recordatório de habitual, metas iniciais e recebimento de recordatório de 24h. • Retorno Previsto: Preenchimento de ficha de retorno, avaliação das metas, peso, altura, imc, cc, entrega do plano alimentar, lista de substituição + fome saciedade. Consulta no dia 22/03/2024 • Conduta: Entrega de plano alimentar e explicação sobre as substituições de alimentos que poderá fazer, diminuir quantidades de balas e aumentar as quantidades de refeições. Imagem 5: Material Educativo para reduzir gordura abdominal 12 Paciente D. A. G., sexo feminino, 44 anos, divorciada, motorista, veio até a clínica com indicação da família. O objetivo foi a perda de peso e qualidade de vida. Na consulta a paciente relatou que se alimenta na maioria das vezes na rua, tem dificuldade para mudar o hábito, não tem o hábito de consumir bastante frutas diariamente, tem dificuldade de beber água durante o dia, pelo fato de trabalhar como motorista. Paciente está na 5 consulta. E pelos dados antropométricos a mesma se encontra em sobrepeso. Consulta realizada no dia 13/03/2024 • Conduta: Realizado avaliação física completa, entrega de novo plano + lista substituições com as explicações necessárias, preenchimento de ficha de retorno, recordatório de 24hs. • Retorno Previsto: Preenchimento de ficha de retorno, avaliação das metas, peso, altura, imc, cc, novas metas e entrega do material educativo. Paciente M.C.G., sexo femenino, 81 anos, casada, aposentada, veio a clinica através da familia, tendo como obejtivo a perda de peso e melhorar a qualidade de vida. Na consulta a paciente relatou que tem dificuldade em seguir a dieta. Pelos dados antopometricos a mesma se encontra em sobrepeso. Consulta realizada no dia 13/03/2024 • Conduta: realizada a avaliação fisica completa, R24h e explicação sobre seguir a dieta e o aumento do consumo de água e comer mais frutas. • Retorno: ficha de retorno, R24h, avaliação de metas, antopometria, novas metas e entrega do material educativo. 13 Imagem 6: Material Educativo sobre alimentos que ajudam a memorar a memória Imagem 7: Material Educativo para se alimentar bem Paciente K.K., sexo femenino, 43 anos, solteira, 3° consulta, veio à clinica com indicação de familiares, com o objtivo de melhorar a qualidade de vida e o emagracimento, pois, pelos dados antopometricos realizado na paciente no dia da consulta, a mesma se encontra em sobrepeso. 14 Consulta realizada no dia 14/03/2024 • Conduta: R24h, antopometria completa, e orientação sobre o aumento de consumo de água, redução do consumo de açúcares, manter o plano e fazer todas as refeições propostas. • Retorno previsto: ficha de retorno, R24h, avaliação de metas, antopometria completa, novas metas e entrega do material aducativo. Paciente K.V.S sexo femenino, 36 anos, solteira, 1° consulta, veio à clinica com indicação de um professor, com o objtivo, melhorar a qualidade de vida e o emagracimento, pelos dados antopometricos realizado na paciente no dia da consulta, a mesma se encontra em obesidade grau 1. Consulta realizada no dia 14/03/2024 • Conduta: R24h, antopometria completa, e orientação sobre o aumento de consumo de agua, redução do consumo de acúcares, e aumentar o consumo de vegetais. • Retorno previsto: ficha de retorno, R24h, avaliação de metas, antopometria completa, novas metas e entrega do material aducativo. Imagem 8: Material Educativo para uma vida audável e uma alimentação equilibrada 15 4. DISCUSSÕES SOBRE ARTIGOS CIENTÍFICOS E TRABALHOS APRESENTADOS Durante o período de estágio foi desenvolvido um trabalho para ser apresentado durante o ciclo, foi feito pesquisas em livros e artigos sobre os seguintes nutrientes: vitamina B8, vitamina B9 e Vitamina B12 e respondido as seguintes perguntas: VITAMINA B8 O que é a vitamina B8? A Vitamina B8 ou biotina apresenta funções distintas, porém compartilham de características comuns, tais como ampla distribuição entre os alimentos, são sintetizados pela flora intestinal, utilizam do mesmo mecanismo de absorção e casos de deficiênciasão raros. A biotina também é chamada de vitamina H (de haut, que significa pele em alemão). Onde a recomendação (por ciclo de vida) pode ser encontrada? Imagem 9: Valores de DRIs para biotina por ciclo de vida De acordo com as DRIs, as recomendações para ingestão de biotina apresentam-se de forma de AI, em razão da falta de informações e estudos definitivos sobre as necessidades em seres humanos. 16 Quais os benefícios nos organismos? Promove a saúde da pele, pois garante a formação de colágeno e queratina, fundamentais para a elasticidade e resistência da pele. Além disso, a vitamina fortalece as unhas e cabelos, já que mantém a produção de proteínas essenciais para tal. Alimentos fontes A maior fonte dietética de biotina é o fígado, pequenas quantidades são encontradas em outras carnes e frutas. A partir de qual quantidade o nutriente pode causar malefícios? Quais os sintomas? Até o momento, não foram encontrados efeitos adversos com o consumo em excesso em biotinas em seres humanos e animais, e por insuficiência de dados, ainda não foi estabelecido o nível de ingestão tolerável(UL)para esta vitamina. Contudo, isso não significa que não há potencial de nocividade e certas precauções devem ser observada quando administrada em altas doses. Há interações positivas (sinergismo - trabalho de cooperação) ou negativas (inibição ou antagonismo) com outros nutrientes? Quais? Explique as interações apresentadas. A biotina é importante como coenzima para o metabolismo protéico, lipídico e energético do organismo. Está envolvida na glicogênese, na síntese de ácidos graxos e no catabolismo protéico, agindo na ativação de quatro carboxilases (acetil-CoA carboxilases, piruvato carboxilase, propionil-CoA carboxilase e betametilcrotonilCoAcarboxilase). A deficiência deste nutriente pode causar alguma doença? Qual e quais seus sintomas? Depressão, alucinações, anorexia, náusea, dermatite perioral, conjuntivite, alopecia, ataxia, hipotonia, apatia, letargia, perda auditiva, erupções cutâneas e atraso de desenvolvimento. VITAMINA B9 17 O termo folato engloba o ácido fólico e outros compostos com atividade biológica similar ao ácido pteroilglutâmico. A vitamina denominada ácido fólico, também conhecida como folacina ou vitamina B9 adquiriu esse nome a partir do termo em latim folium, que significa folha, já que foi isolada pela primeira vez de folhas verdes, como o espinafre. Onde a recomendação desse nutriente (por ciclo de vida) pode ser encontrada? Imagem 10: Recomendações nutricionais de Ácido Fólico por ciclo de vida Para as recomendações nutricionais de ácido fólico foram estabelecidos EAR, RDA, AI e UL, cujos cujos valores são expressos e equivalente dietético de folato. Quais os benefícios ao organismo? Melhora da qualidade das diversas funções do coração, diminui os sintomas da ansiedade, é fundamental na manutenção da saúde do sistema imunológico e até mesmo do cérebro. O ácido fólico previne má-formação de feto, como defeitos no tubo neural, deficiências congênitos, fissura labial, fenda palatina e a má formação dos membros inferiores e superiores. Além disso, pode contribuir para prevenção de doenças cardiovasculares, infarto e Alzheimer. Quais os alimentos fonte? É encontrado principalmente em verduras como folhas verde-escuras (espinafre, brócolis e aspargos) e também em vísceras, leguminosas (ervilhas, feijão e lentilhas), laranja e gemas de ovos. 18 A partir de qual quantidade o nutriente pode causar malefícios? Quais sintomas? A maioria dos estudiosos concorda que a ingestão de 1mg de ácido fólico total, incluindo o folato dos alimentos, não apresenta risco identificáveis. Entretanto, doses de ácido fólico superiores a 5mg podem mascarar a presença de anemia perniciosa e aumentar da frequência de ataques epiléticos. Os sintomas são: cansaço, falta de ar, fraqueza, ulcerações da cavidade oral, anorexia, anemia perniciosa, apatia, dificuldade de memorização, cefaleia, distúrbios digestivos, problemas de crescimento, aumento da frequência de crises em indivíduos epilépticos. Além de lábio leporino aumenta em duas vezes o risco de autismo em crianças. Há interações positivas (sinergismo-trabalho de cooperação) ou negativas (inibição ou antagonismo) com outros nutrientes? Quais? Explique as interações apresentadas? Na deficiência em B12, quando a atividade da metionina sinetasse é prejudicada, há diminuição na retenção do folato nos tecidos. Quais os alimentos fonte? É encontrado principalmente em verduras como folhas verde-escuras (espinafre, brócolis e aspargos) e também em vísceras, leguminosas (ervilhas, feijão e lentilhas), laranja e gemas de ovos. A partir de qual quantidade o nutriente pode causar malefícios? Quais sintomas? A maioria dos estudiosos concorda que a ingestão de 1mg de ácido fólico total, incluindo o folato dos alimentos, não apresenta risco identificáveis. Entretanto, doses de ácido fólico superiores a 5mg podem mascarar a presença de anemia perniciosa e aumentar da frequência de ataques epiléticos. Os sintomas são: cansaço, falta de ar, fraqueza, ulcerações da cavidade oral, anorexia, anemia perniciosa, apatia, dificuldade de memorização, cefaleia, distúrbios digestivos, problemas de crescimento, aumento da frequência de crises em indivíduos epilépticos. Além de lábio leporino aumenta em duas vezes o risco de autismo em crianças. 19 Há interações positivas (sinergismo-trabalho de cooperação) ou negativas (inibição ou antagonismo) com outros nutrientes? Quais? Explique as interações apresentadas? Na deficiência em B12, quando a atividade da metionina sinetasse é prejudicada, há diminuição na retenção do folato nos tecidos. A deficiência desse nutriente pode causar alguma doença? Qual e quais seus sintomas? A deficiência de ácido fólico está associada a uma série de doenças como anemia megaloblástica, malformação congênita, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. A fadiga pode ser o primeiro sintoma. Além dos sintomas gerais de anemia (palidez, irritabilidade, falta de ar e tontura). VITAMINA B12 O termo vitamina B12 refere-se a família de substâncias compostas de anéis tetrapirrol ao redor de um átomo central de cobalto. É também chamada de cobalamina e, dependendo de outros compostos ligados à molécula, pode ser encontrada na forma de metilcobalamina, hidroxicobalamina, aquacobalamina, cianocobalamina e deoxiadenosilcobalamina. Quimicamente, o termo vitamina B12 refere-se à hidroxicobalamina e a cianocobalamina. Onde a recomendação desse nutriente (por ciclo de vida) pode ser encontrada? Para Vitamina B12 foram estabelecidas EARs e RDAs para os diferentes estágios de vida e gêneros. As atuais recomendações da FAO (2001) de Vitaminas B 12 para adultos são de 2,4 mg/dia. É importante ressaltar que 10 a 30% da população idosa apresenta problemas de absorção de Vitamina B12; por isso, recomenda-se que o indivíduo acima de 50 anos consuma alimentos fontes ou suplementos de Vitamina B12. 20 Imagem 11: Recomendações de Vitamina B12 por ciclo de vida Quais o benefícios ao organismo? Importante para o desenvolvimento do sistema nervoso, preservação da bainha de mielina, melhora o condicionamento físico trazendo mais energia ao corpo, ajuda na metabolização de carboidratos, proteínas e gorduras, previne doenças relacionadas ao sistema nervoso como o Alzheimer. Além de ajudar a estabilizar o humor. Quais os alimentos fonte? A fonte natural de vitamina B12 na dieta restringe-se a alimentos de origem animal, especialmente vísceras (fígado bovino), carnes em geral, ovos, leite e derivados. A partir de qual quantidade o nutriente pode causar malefícios? Quais os sintomas? Até o momento, o Institute of Medicine não estabeleceu o nível de ingestão tolerável (UL) por conta da insuficiência de dados relativos aos efeitos adversos da ingestão excessiva de vitamina B12. Há interações positivas (sinergismo-trabalho de cooperação) ou negativas (inibição ou antagonismo) com outros nutrientes? Quais? Explique as interações apresentadas? No organismo, a Vitamina B12 funciona como um cofator essencial para duas enzimas: metilmalonilCoAmutase e metioninasintetase. A metilmalonilCoA mutase está envolvida na conversão do ácido propionico em succinicoe é necessáriapara o metabolismodos lipídos. A metionina sintetase controla dois processos importantes: síntese de ácido nucleíco e reações de metilação do organismo. Também é essencial 21 para formação das células sanguíneas, e sua falta pode causar uma deficiência secundária de folato. Além disso, participa da manutenção da integridade das bainhas de mielina e recobrem as fibras nervosas. A deficiência desse nutriente pode causar alguma doença? Qual e quais seus sintomas? A principal consequência da deficiência da Vitamina B12 é a anemia perniciosa, cujossintomas incluem palidez associada ao início dos sintomas clássicos de anemia, como fadiga, respiração curta, palpitações e redução na capacidade de trabalho. Nos estágios mais avançados da deficiência surgem as complicações neurológicas; em casos de manutenção da deficiência, essas complicações podem se tornar irreversíveis. Também podem se desenvolver sintomas como alterações visuais, insônia, impotência e incontinência urinária e fecal. 5. MATERIAIS DESENVOLVIDOS DURANTE ESTÁGIO Foram entregue materiais educativos para os pacientes, panfletos já existentes na clínica. Esses materiais visam o melhor aproveitamento do plano alimentar e compreensão de como manter uma alimentação saudável. Para esse desenvolvimento, seguimos sempre o passo-a-passo da conduta de consulta da biblia, material importante que nos auxilia no aprendizado do ambiente de estágio. Também desenvolvemos uma apresentação para nosso estudo de caso. Cada aluno recebeu um prontuário para acompanhar um paciente, entender suas patologias e criar seu plano alimnetar dentro de uma dietoterapia adequada para seu diagnóstico. Foi preparado material de apresentação em Power Point sobre Nutrientes (Vitamina B8, Vitamina B9 e Vitamina B12). 22 Imagem 12: Material desenvolvido 6 . REFERÊNCIAS CFN, Conselho Federal de Nutricionistas. Sistemas Conselho Federal e Regionais de Nutricionistas- Folder Institucional CFN – internas – web pdf – CFN,2018 COZZOLINO, Silvia Maria Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes 6º edição – Baueri (SP): Manole,2020. FISBERG, REGINA; LOBO, Dirce; ALMADA, Ana. Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na pratica clínica. 2009. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/14.pdf. HOLANDA, Batista; FILHO, Antônio de Azevedo Barros, (2006) Métodos aplicados em inquéritos alimentares. Disponível em: https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24- 68.pdf. PINTO, Maria Soraia e ARAUJO Silva, Juliana Y (2012). “Perfil do nutricionista clínico e sua atuação em consultório na cidade de fortaleza – Ceará”. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Vol. 25, núm.2, pp.62-69. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=40823252010 SANDRI Thais Gabriella et al., (2016). Atuação do estagiário de nutrição em atendimento ambulatorial realizado em uma clínica escola v.6 n. 1 (2016): vl seminário de ensino, pesquisa e extensão (Sepe) SILVA, Monteiro Conceição da Maria e SAMPAIO Ramos Lilian (2012). Avaliação nutricional: conceitos e importância para a formação nutricionista. Salvador. Scielo Books/ Scielo Livros. Disponível em: www://doi.org/10.7476/948852321874. http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/14.pdf http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/14.pdf http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/14.pdf https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24-68.pdf https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24-68.pdf https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24-68.pdf https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24-68.pdf https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24-68.pdf https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24-68.pdf https://www.spsp.org.br/spsp_2008revista24-68.pdf https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=40823252010 https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=40823252010 23 CENTRO ESCOLA DE PSICO. ENFERMA. FISIO. E NUTRIÇÃO GILVANETE LOPES FERRAZ GOMES/RA: 2150687 ESTUDO DE CASO CURSO DE NUTRIÇÃO (M.H.K.) Barueri 2024 24 RESUMO Este estudo de caso foi realizado na clínica escola da UNIP - BARUERI/ALPHAVILLE com a paciente M.H.K., 64 anos, sexo feminino, pré-diabética, hipertensa e com sobrepeso. A paciente veio à clínica por indicação de familiares, portanto foi sua primeira consulta, e relatou cansaço, retenção hídrica, inchaço nas pernas e aumento de peso gradual nos últimos anos. com grau de obesidade II, toma medicação para hipertensão - (Losartana de 50 mg, 2x ao dia e Anlodipino de 5 mg, 2x ao dia). Toma também medicamento para a tireoide (não soube responder sobre o medicamento/tratamento da tireoide, ficou de trazer a receita e informações no retorno). Paciente relatou que faz yoga 2x na semana e está fazendo exames e esperando recomendação médica para iniciar atividade física. Não bebe muita água, não consome legumes, verduras ou frutas variadas, e costuma se alimentar em frente a TV. Além disso, tinha o hábito de consumir bolos diariamente, pelo menos 2x ao dia. Nesta primeira consulta foi apresentado um desafio de 3 metas, sendo o 1° mais importante deles, falamos sobre o consumo adequado de água e seus benefícios no corpo, foi calculado uma quantidade diária para adequação e os dois seguintes hábitos eram aumentar o consumo de vegetais e frutas + diminuir o consumo exagerado de bolo no dia-a-dia. Foi feita a avaliação antropométrica e agendado o retorno. 25 Sumário 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................26 1.1 Identificação do paciente.................................................................................26 1.2 Descrição das patologias.................................................................................26 1.3 hipertensão......................................................................................................26 1.4 Obesidade.......................................................................................................26 1.5 Tireoide...........................................................................................................28 1.6 Objetivos do estudo........................................................................................28 2. DESENVOLVIMENTO....................................................................................28 2.1 Diagnostico.....................................................................................................28 2.2 Histórico Social...............................................................................................28 2.3 Antecedentes Médicos....................................................................................28 2.4 Exames bioquímicos........................................................................................29 3. EVOLUÇÃO NUTRICIONAL............................................................................29 3.1 Avaliação Antropométrica................................................................................29 3.2 Bioimpedância.................................................................................................31 3.3 Diagnóstico nutricional.....................................................................................31 4. AVALIAÇÃO DIETETICA E CALCULOS DE NECESSIDADES NUTRICIONAIS..........................................................................................................31 4.1 Primeira consulta – Recordatório habitual........................................................31 4.2 Resumo de micronutrientes.............................................................................32 4.3 Resumo de macronutrientes............................................................................33 4.4 Consulta de retorno – Recordatório 24h...........................................................33 4.5 Resumo de micronutrientes.............................................................................34 4.6 Resumo de macronutrientes............................................................................36 5. PLANO ALIMENTAR.......................................................................................37 5.1 Resumo de micronutrientes.............................................................................40 5.2 Resumo de macronutrientes............................................................................42CONCLUSÃO DO TRATAMENTO DIETOTERÁPICO..............................................43 REFERÊNCIAS..........................................................................................................44 26 1. INTRODUÇÃO 1.1 Identificação do paciente Paciente M.H.K. sexo FEMININO, de cor parda, brasileira, casada, aposentada. Data do 1º atendimento: 23/02/2024, retorno: 08/03/2024, estando na 2º consulta, foi indicada para o acompanhamento nutricional, tendo objetivo de perda de peso e melhora na qualidade de vida. Patologias diagnosticadas no paciente: obesidade grau I, pré-diabética, hipertensa e com alterações da tireoide. 1.2 Descrição das Patologias Conforme o prontuário a paciente M.H.K. possui obesidade grau 1, hipertensão, pré-diabetes e alteração da tireoide. Comoindicação clínica a paciente faz uso de medicamentos para hipertensão (Losartana 50 mg 2x ao dia, Anlodipino 5 mg 2x ao dia), para tireoide - não soube responder e ficou de trazer a receita e informações na próxima consulta. A absorção de Besilato de Anlodipino + Losartana nao são afetados pela ingestão de alimentos, podendo ser administrados antes ou após as refeições. Como indicação nutricional, foi recomendado à paciente que faça uma diieta simples, porém, moderada em sódio e sem adição de açúcares. 1.3 Hipertensão Segundo o ministério da saúde, a hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. 1.4 Obesidade A obesidade ganhou destaque na agência pública internacional nas três últimas décadas, caracterizando-se como um evento de proporções globais e de prevalência crescente. No Brasil, o sobrepeso e a obesidade vêm aumentando em todas as faixas etárias e em ambos os sexos, em todos os níveis de renda, sendo a velocidade de 27 crescimento mais expressiva na população com menor rendimento familiar. Em adultos o excesso de peso e a obesidade atingiram 56,9% e 20,8% em 2013 respectivamente (BRASIL,2015). Segundo Ferreira, Szwarcwald e Damacena (20190), a obesidade é uma doença crônica que tem relação com risco de doenças cardiovasculares. O parâmetro de obesidade pode ser avaliado por diversas formas, uma das formas é o índice de massa corpórea, porém lembrando e avaliando que cada indivíduo deve ser analisado de forma individual e com amplas visões. A obesidade é de origem multifatorial, abordando fatores biológicos, sociais, culturais, comportamentais, políticos e saúde pública (BRASIL, 2022). No BRASIL, diferentes documentos do governo seguem a definição da OMS e a concebem simultaneamente como doença e fator de risco para outras doenças, como condição crônica multifatorial complexa e ainda como manifestação da insegurança alimentar e nutricional. Quanto aos fatores condicionantes da obesidade, nos documentos destacam-se a alimentação rica em gorduras e açúcares e o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, associados à inatividade física, ainda que se reconheça a complexidade dos processos subjacentes (BRASIL,2014). O diagnóstico sobrepeso/obesidade vem sendo realizado por meio do índice de massa corporal (IMC), calculado como a razão da massa corporal pela estatura ao quadrado concebido inicialmente para uso em adultos pela sua associação com risco de adoecer e morrer, reiterando a obesidade como fator de risco especialmente para DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (WORLD HEALTH ORGANIZACION). Ampliar a concepção restrita da obesidade como doença e propor medidas ambientais tem se tornado um imperativo diante da baixa resolutividade das intervenções focadas apenas no corpo e no atendimento individualizado. Estratégias que ultrapassem o âmbito de ação do setor saúde são necessárias dadas as dificuldades em universalizar medidas individualizadas (como intervenções cirúrgicas), além dos limites que os próprios indivíduos enfrentam para modificar suas escolhas pessoais (alimentares ou de prática de atividade física) em contexto adversos a adoção de práticas saudáveis. Nesse sentido a abordagem da obesidade na perspectiva da promoção da saúde contribui para pensar no problema em uma ótica diferenciada não apenas na doença e no tratamento (ROBERTO et al.,2015). 28 1.5 Tireoide A paciente informou que tem tireóide, no entanto, não soube informar qual tipo e nem se lembrou do nome da medicação indicada, porém, se comprometeu trazer a receita do medicamento para agregar mais informações ao seu prontuário na consulta posterior. Sabendo-se qual a medicação, na parte de indicações do medicamento se saberá se o tratamento é para hipo ou hipertireoidismo. 1.6 Objetivos do Estudo Avaliar o estado nutricional do paciente, analisando o objetivo principal do paciente e observar as patologias que o paciente possui e verificar a dietoterapia indicada no tratamento e assim fazer adequações nutricionais, através dos macronutrientes e micronutrientes que irá proporcionar melhor qualidade de vida e saúde. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Diagnóstico Clínico Conforme prontuário do paciente M.H.K. foi entregue exames laboratoriais onde consta leve alteração da glicose. Todas as outras informações sobre a paciente foram relatadas por ela mesma, não havendo assim nenhum exame que comprove o tipo de problema que envolve a tireóide. 2.2 Histórico Social Paciente M.H.K. relatou que está aposentada e vive com o marido, também aposentado. Faz yoga 2x por semana e pretende começar outras atividades físicas. Semanalmente, eles vão juntos realizar as compras da casa no supermercado, feira e açougue. Ela quem cozinha todos os dias, e ambos têm o hábito de realizar as refeições na sala de estar, assistindo a programas de TV. Bebe pouca água, cerca de 1l por dia. Não costuma cozinhar verduras e legumes, ingere poucos vegetais e frutas. Gosta muito de bolos e costuma fazer quase todos os dias. 2.3 Antecedentes Médicos A paciente não soube relatar se já passou por alguma cirurgia e sobre seus antecedentes de doenças, mas relatou que faz acompanhamento clínico para exames 29 de rotina, com indicação cçlínica para avaliação em consulta já agendada para nutrólogo e endocrinologista. 2.4 Exames Bioquímicos A paciente M.H.K. entregou exame para equipe de nutrição, na primeira consulta dia 23/02/2024. Os exames laboratoriais mostraram uma leve alteração na glicose. Faltou exames de colesterol total e frações, que foi solicitado à paciente. Exames da paciente: Quadro 1 – exames laboratoriais EXAME RESULTADOS VALORES DE REFERÊNCIA GLICEMIA 126mg/dl - 6,0% 5,7%-6,4% - risco aumentado de diabetes CREATININA 1,05 mg/dl 0,52 - 1,04 mg/dl SÓDIO 141 136 - 145 POTÁSSIO 4,5 3,5 - 5,1 3. Evolução Nutricional 3.1 Avaliação Antropométrica Medidas obtidas Quadro 2 – Avaliação antropométrica MEDIDAS 1° AVALIAÇÃO 2°AVALIAÇÃO DATA 23/02/2024 08/03/2024 PESO ATUAL 83,8 83,8 IMC 36 36 CLASSIFICAÇÃO obesidade grau II obesidade grau II IMC DESEJÁVEL 23 23 CLASSIFICAÇÃO eutrofia eutrofia PESO DESEJÁVEL 57,3 kg 57,3 kg CIRC. CINTURA 101 101 CLASSIFICAÇÃO risco muito elevado risco muito elevado 30 CB 36 36 PERCENTIL 85 85 CLASSIFICAÇÃO obesidade circ. aumentada obesidade circ. aumentada DCT 37 37 PERCENTIL 90 90 CLASSIFICAÇÃO excesso de gordura excesso de gordura CMB 24,4 24,4 PERCENTIL P - 75 P - 75CLASSIFICAÇÃO normalidade normalidade AMBc 34,86 34,86 PERCENTIL 50 50 CLASSIFICAÇÃO normalidade normalidade AGB 55,86 55,86 PERCENTIL 90 90 CLASSIFICAÇÃO normal normal EMAP - - CLASSIFICAÇÃO - - CP 15,5 15,5 DCB 35 35 DCSE 58 58 DCSI 59 59 DCAB - - DCCX - - 4 dobras(DCB,DCT,DCSE,DCSI) 167,5 167,5 50 50 risco de doenças da obesidade risco de doenças da obesidade Os dados da Avaliação antropométrica indicam uma condição de obesidade grau II com risco muito elevado devido à circunferência da cintura e uma distribuição desfavorável de gordura, com excesso evidente em várias medidas. Recomendaria uma abordagem multidisciplinar envolvendo dieta balanceada, exercícios físicos e acompanhamento médico para alcançar um peso saudável e reduzir os riscos associados à obesidade. 31 3.2 Bioimpedância Não houve avaliação de bioimpedância, pois não havia disponível na clínica. 3.3 Diagnóstico Nutricional De acordo com a avaliação antropométrica da paciente M.H.K. e dados colhidos pelos exames laboratoriais juntamente aos relatos informados na consulta, o diagnóstico da paciente é de obesidade II, de acordo com os dados coletados durante a antropometria. A paciente já está fazendo tratamento medicamentoso, orientada pelo médico que a acompanha e irá repetir os exames antes do próximo retorno com a equipe de nutrição. Sendo assim, foi elaborado um plano nutricional de perda de peso, para auxiliá-la na qualidade de vida e alcançar a meta desejada. No dia 08/03/2024 na consulta de retorno, foi feita novamente a antropometria da paciente que não apresentou nenhuma alteração. Visto que o período entre a primeira e a segunda consulta foi de apenas 2 semanas. 4. Avaliação Dietética e Cálculos de Necessidades Nutricionais 4.1 Primeira consulta - Recordatório habitual Paciente M.H.K acorda as 7:00hs Quadro 4 – Recordatório habitual Horário/Local Alimentos/Bebidas Quantidade 08:00 - Domicilio café da manhã Tapioca ovo mexido queijo minas café coado leite 3 colheres de sopa 2 unidades 2 fatias médias 100ml 200 ml 12:00 - Domicilio almoço Arroz feijão carne laranja 3 colheres de servir 2 conchas 1 colher de servir 1 unidade 32 15:30 - Domicílio lanche Torradas manteiga cafe leite 4 unidades 2 colheres de chá 100ml 200ml 20:00 - Domicilio jantar o mesmo do almoço (Às vezes, no inverno toma sopa) 3 conchas 4.2 Resumo de micronutrientes do recordatório habitual calculado Quadro 5 - Resumo dos micronutrientes do Recordatório de 24hs (Fonte:DRIS) MICRONUTRIENTES NUTRIENTES TOTAL EAR UL ADEQUAÇÃO/ INADEQUAÇÃO Cálcio (mg) 1081.2 1200 3 INADEQUADO Ferro (mg) 18.3 5 45 ADEQUADO Fosforo (mg) 2052.4 580 700 INADEQUADO Magnésio (mg) 421.7 265 350 INADEQUADO Manganês (mg) - - - - Potássio (g) 3726.30 4.700 ND - Selênio (mg) 57.2 45 400 ADEQUADO Sódio (g) 888.10 1,3 2,3 INADEQUADO Zinco (mg) 23.5 6.8 40 ADEQUADO Vitamina A (mg) 479.60 500 3000 Vitamina B1 (mg) 0 0 0 Vitamina B2 (mg) 0 0 0 Vitamina B3 (mg) 0 0 0 Vitamina B5 (mg) 0 0 0 Vitamina B6 (mg) 0 0 0 Vitamina B8 (mg) 0 0 0 Vitamina B9 (mg) 821.6 320 1000 Vitamina B12 (mg) 13.6 2.0 ND - Vitamina C (mg) 86,94 75 2,000 Vitamina D (mg) 0 5 50 Vitamina E (mg) 24,73 12 1,000 33 Vitamina K (mg) 0 0 0 A dieta parece adequada em termos de ferro, selênio e zinco, mas inadequada em relação a cálcio, fósforo, magnésio, vitamina A e sódio. Seria importante ajustar a dieta para garantir uma ingestão adequada desses nutrientes, principalmente os deficientes. 4.3 Resumo dos Macronutrientes do recordatório habitual calculado Quadro 6 - macronutrientes Nutriente Recomendação Total atingido(%) Total atingido (g) Total atingido (Kcal) adequação CHO 45 a 65 % 51,30% 762,4 764,4 Adequado PTN 10 a 15 % 22,50% 357,2 357,2 Inadequado LPD 10 a 30 % 26,20% 415,8 415,8 Inadequado A.G.POLI 6 a 10 % 5,95 103,5 103,5 Inadequado A.G.MONO 10-20% 6,74 107,1 107,1 inadequado A.G.SATURADOde macronutrientes e reduzir o consumo de colesterol. 5. Plano Alimentar GEB – 1412,37 VCT Proposto – 1584,93Kcal LABORATÓRIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL CARDÁPIO - 1500 KCAL Nome: MARIA HELENA KITAZIMA Data:_08_/03_/_2024_ Desjejum 7:00h ALIMENTO QUANTIDADE GRUP O Café coado (suave) 100ml --- Torrada integral 3 unidades 1 porção do grupo 1 - cereais Leite de vaca desnatado UHT 100ml 1 porção do grupo 6 - leite e derivados Queijo minas 1 Fatia(s) grande(s) (40g) 1 porção do grupo 6 - leite e derivados 38 Banana prata 1 Unidade(s) grande(s) (55g) 1 porção do grupo 3 – frutas Lanche da Manhã 09:30h ALIMENTO QUANTIDADE GRUP O Mamão papaia 1 unidade 1 porção do grupo 3 - Frutas Aveia em flocos finos 2 Colher chá cheia (8g) 1/4 de porção do grupo 1 – cereais Granola 1 Colher(es) de sobremesa (10g) 1/4 de porção do grupo 1 – cereais Iogurte integral 1 Copo(s) pequeno(s) (165g) 1 porção do grupo 6 - leite e derivados Almoço 12:30h ALIMENTO QUANTIDADE GRUP O Alface 1 Folha(s) pequena(s) (5g) 1/6 porção do grupo 2 – verduras e legumes Tomate 3 Fatia(s) média(s) (45g) 1 porção do grupo 2 - verduras e legumes Chuchu refogado 1 Colher servir rasa (28g) 1 porção do grupo 2 - verduras e legumes Filé de peixe grelhado/assado 1 Filé(s) pequeno(s) (100g) 1 porção do grupo 5 – carnes e ovos Arroz integral cozido 1 Colher servir cheia (20g) 1/3 porção do grupo 1 - cereais Feijão preto 1 Colher servir cheia 1 porção do grupo 4 - 39 (35g) leguminosas Cenoura refogada 1 Colher(es) de sopa rasa(s) (15g) 1 porção do grupo 2 - verduras e legumes Couve manteiga refogada 1 Folha(s) grande(s) (35g) 2 porções do grupo 2 - verduras e legumes Laranja 1 Unidade(s) média(s) (180g) 1 porção do grupo 3 – frutas Lanche da tarde 16:00h ALIMENTO QUANTIDADE GRUP O Melão 1 Fatia(s) média(s) (90g) 1/2 porção do grupo 3- Frutas Café coado (suave) 1 xicara -------- Pão integral 1 fatia 1 porção do grupo 1 - cereais Geleia de morango sem açúcar 1 Colher(es) de sopa (20g) 1 porção do grupo 8 – açucares e doces Jantar 19:00h ALIMENTO QUANTIDADE GRUP O Tomate 2 fatia(s) média(s) (30g) 1/4 porção do grupo 2 – verduras e legumes Chuchu refogado 1 Colher sopa rasa (15g) 1/3 porção do grupo 2 - verduras e legumes Espinafre refogado 2 Colher sopa cheia (25g) 1/2 porção do grupo 2 - verduras e legumes Cenoura refogada 1 Colher(es) de sopa rasa(s) 1/3 porção do grupo 2 - verduras e 40 (15g) legumes Arroz integral cozido 1 Colher servir cheia (55g) 1 porção do grupo 1 - cereais Filé de peixe grelhado/assado 1 filé médio 1 porção do grupo 5 – carnes e ovos Ceia 22:00h ALIMENTO QUANTIDADE GRUP O Kiwi 1 Unidade(s) média(s) (76g) ½ porção do grupo 3 – frutas Castanha do Brasil (castanha do Pará) 1 Unidade(s) (4g) 1 porção do grupo 4 – leguminosas Castanha de caju 1 Unidade(s) (2.5g) 1/2 porção do grupo 4 – leguminosas Grão de bico cozido 1 Colher(es) de sopa rasa(s) (15g) ½ porção do grupo 4 – leguminosas 5.1 Resumo de micronutrientes do cardápio alimentar Quadro 10 - Resumo dos micronutrientes do cardápio alimentar (Fonte:DRIS) MICRONUTRIENTES NUTRIENTES TOTAL EAR UL ADEQUAÇÃO/ INADEQUAÇÃO Cálcio (mg) 1395.0 1200 2000 ADEQUADO Ferro (mg) 8.0 8 45 ADEQUADO Fosforo (mg) 1536.1 700 4000 ADEQUADO Magnésio (mg) 424.0 320 350 INADEQUADO 41 Manganês (mg) - - - - Potássio (g) 3579.5 4.7 ND - Selênio (mg) 229.3 - - Sódio (g) 700.3 1,3 2,3 ADEQUADO Zinco (mg) 7.9 8 40 ADEQUADO Vitamina A 1241.5 700 3000 ADEQUADO (mg) Vitamina B1 (mg) 0.8 1.1 * ADEQUADO Vitamina B2 (mg) 1.4 1.1 * ADEQUADO Vitamina B3 (mg) 15.4 14 35 ADEQUADO Vitamina B5 (mg) * * * - Vitamina B6 (mg) 0.7 1.5 100 INADEQUADO Vitamina B8 (mg) * * * - Vitamina B9 (mg) 414.4 400 1000 ADEQUADO Vitamina B12 (mg) 10.8 2.0 2.4 INADEQUADO Vitamina C (mg) 419.6 75 2,000 ADEQUADO Vitamina D (mg) 3.8 15 100 INADEQUADO Vitamina E (mg) 8.2 15 1,000 INADEQUADO Vitamina K (mg) * * * - Em geral, a ingestão de micronutrientes é adequada, com exceção do magnésio, vitamina B6 e vitamina B12, que estão abaixo das recomendações. 42 Portanto é necessário ajustar a dieta para aumentar a ingestão desses nutrientes específicos. 5.2 Resumo de macronutrientes do cardápio alimentar segundo referências DRIs MACRONUTRIENTES Quadro 11 - micronutrientes Nutriente Recomendaç ão (g) (mg) Total atingido( %) Total atingid o (g) Total atingid o (Kcal) adequação CHO 45 a 65 % 47,5 % 203.5 G 748. 1 ADEQUADO PTN 10 a 15 % 24.6 % 96.7G 386. 8 INADEQUA DO LPD 10 a 30 % 27.9 % 48.9G 440. 1 ADEQUADO A.G.POLI 6 a 10 % 3.4% 13.4G 103, 5 ADEQUADO A.G.MONO 10-20% 3.8% 11.8G 107, 1 ADEQUADO A.G.SATURA DO 10/07/2022. 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