Buscar

DIREITO CIVIL XIV EXAME APOSTILA DE OBRIGAÇÕES AULA 01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
1 
Direito Obrigacional 
@profCrisSobral 
Livro: Direito Civil Sistematizado 5ª edição. Ed. 
Gen/Método. 
Advogado. Doutorando em Direito. Autor de 
diversas obras. 
CONCEITO 
Trata- se de uma relação jurídica de caráter 
transitório formada entre credor e devedor em 
torno do cumprimento (adimplemento) de uma 
prestação (exigível) em que deverá ser 
observado uma série de deveres. 
Que deveres são esses? 
1. Principais: Envolvem as obrigações de 
dar, fazer e não fazer. 
2. Acessórios (anexos, implícitos, 
satelitários): Envolvem a cooperação, a 
proteção e a confiança, por exemplo. 
A responsabilidade do devedor em caso de 
descumprimento afeta todo o seu patrimônio? 
ATENÇÃO! Mitigação dos arts. 389/390 do 
CC/02. Observação ao Direito Civil- 
Constitucional. 
Fundamentos para diversos certames: a) 
estatuto jurídico do patrimônio mínimo. b) 
Dignidade da pessoa humana. c) art. 649 do 
CPC. d) Lei 8.009/90. e) Súmula 364 do STJ. f) 
Súmula 25 Vinculante do STF. 
DIREITOS OBRIGACIONAIS X DIREITOS 
REAIS 
• Os direitos obrigacionais são numerus 
apertus (art.425. CC), já os reais são 
clausus (art. 1225, CC). 
• Os direitos obrigacionais não se 
submetem a seqüela (princípio da 
aderência ou inerência), já os direitos 
reais sim. 
• Nos direitos obrigacionais não 
observamos a exigibilidade do registro 
(art. 107, CC), porém nos reais existe a 
necessidade de registrabilidade. 
• Nos direitos obrigacionais existe a 
presença de duas partes 
(credor/devedor) e nos reais há um só 
sujeito (relação entre o homem e a 
coisa). 
• Nos direitos obrigacionais se observa a 
eficácia inter-partes, enquanto nos reais 
a eficácia se dá erga omnes. 
OBS: Tema comumente indagado em 
concursos- OBRIGAÇÃO PROPTER REM. 
(registro de propriedade) 
São aquelas ligadas a coisa, ou seja, por causa 
do bem. Aderem à coisa. Podem ser chamadas 
em provas de ambulatoriais, reipersecutórias. 
Vejamos o STJ: 
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE 
COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS. 
ARREMATAÇÃO DE IMÓVEL PELO BANCO. 
DÍVIDA ANTERIOR. OBRIGAÇÃO PROPTER 
REM. AGREGAÇÃO AO IMÓVEL. 
RESPONSABILIDADE DO ARREMATANTE. 
DIREITO DE REGRESSO. CPC, ART. 42, § 3º. 
I. O entendimento firmado pelas Turmas 
integrantes da 2a. Seção do STJ é no sentido de 
que a dívida condominial constitui obrigação 
propter rem, de sorte que, aderindo ao imóvel, 
passa à responsabilidade do novo adquirente, 
ainda que se cuide de cotas anteriores à 
transferência do domínio, 
ressalvado o seu direito de regresso contra o 
antigo proprietário. II. Recurso especial não 
conhecido. (REsp 659584/SP, Rel. Ministro 
ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA 
TURMA, julgado em 04/04/2006, DJ 
22/05/2006, p. 205) 
São híbridas? Sim, pois estão entre os direitos 
pessoais e reais. 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
2 
Tema de concurso: Obrigação propter rem no 
direito ambiental. 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. 
DANOS AMBIENTAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE. 
TERRAS RURAIS. RECOMPOSIÇÃO. MATAS. 
TEMPUS REGIT ACTUM. AVERBAÇÃO 
PERCENTUAL DE 20%. SÚMULA 07 STJ. 1. A 
responsabilidade pelo dano ambiental é 
objetiva, ante a ratio essendi da Lei 6.938/81, 
que em seu art. 14, § 1º, determina que o 
poluidor seja obrigado a indenizar ou reparar os 
danos ao meio-ambiente e, quanto ao terceiro, 
preceitua que a obrigação persiste, mesmo sem 
culpa. Precedentes do STJ: 
RESP 826976/PR, Relator Ministro Castro 
Meira, DJ de 01.09.2006; AgRg no REsp 
504626/PR, Relator Ministro Francisco Falcão, 
DJ de 17.05.2004; RESP 263383/PR, Relator 
Ministro João Otávio de Noronha, DJ de 
22.08.2005 e EDcl no AgRg no RESP 
255170/SP, desta relatoria, DJ de 22.04.2003. 
2. A obrigação de reparação dos danos 
ambientais é propter rem, por isso que a Lei 
8.171/91 vigora para todos os proprietários 
rurais, ainda que não sejam eles os 
responsáveis por eventuais desmatamentos 
anteriores, 
máxime porque a referida norma referendou o 
próprio Código Florestal (Lei 4.771/65) que 
estabelecia uma limitação administrativa às 
propriedades rurais, obrigando os seus 
proprietários a instituírem áreas de reservas 
legais, de no mínimo 20% de cada propriedade, 
em prol do interesse coletivo. Precedente do 
STJ: RESP 343.741/PR, Relator Ministro 
Franciulli Netto, DJ de 07.10.2002 
Pode a pessoa devedora se livrar da obrigação? 
Sim, pelo abandono da coisa ou pelo 
transmissibilidade. 
OBS: DIFERENÇA PARA A OBRIGAÇÃO COM 
ÔNUS REAL= ë aquela que gera limitação com 
relação ao uso e gozo do bem, ou seja, é um 
grave. Vejamos o art. 803, CC. Atenção! Essas 
obrigações desaparecem com o perecimento da 
coisa, tal fato não ocorre na propter rem. 
OBS: OBRIGAÇÃO COM REFICÁCIA REAL: 
Aqui estamos diante de um direito pessoal com 
eficácia erga omnes. Vejamos: Art. 3º da Lei 
8245/91, art. 505, CC. 
Outro tema de prova! 
INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. 
SUCESSORES. 
A Turma deu provimento ao recurso especial a 
fim de assegurar aos sucessores o direito à 
indenização pelos danos morais suportados 
pelo de cujus. Na espécie, a lesada propôs a 
ação indenizatória por danos materiais e morais 
em desfavor da recorrida, mas faleceu no curso 
do processo, tendo sido sucedida pelos 
herdeiros recorrentes. O tribunal a quo 
condenou a recorrida a reparar apenas os 
prejuízos materiais; quanto aos morais, 
entendeu que a imagem e a personalidade são 
patrimônios subjetivos, portanto desaparecem 
com a morte de seu detentor. Segundo a Min. 
Relatora, o direito de exigir a reparação do dano, 
inclusive moral, transmite-se com a herança nos 
termos dos arts. 12 e 943 do CC/2002. 
Ressaltou ser intransmissível o direito moral em 
si, personalíssimo por natureza, não o direito de 
ação, de cunho patrimonial. Dessa forma, 
concluiu que, assim como o espólio e os 
herdeiros têm legitimidade ativa ad causam para 
pleitear, em ação própria, 
a reparação dos danos psicológicos suportados 
pelo falecido, com mais razão se deve admitir o 
direito dos sucessores de receber a indenização 
moral requerida pelo de cujus em ação iniciada 
por ele próprio. REsp 1.040.529-PR, Rel. Min. 
Nancy Andrighi, julgado em 2/6/2011. 
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO 
Elementos subjetivos: Credor e Devedor. 
 1- Elementos Objetivos: Prestações. 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
3 
 2- Elemento Virtual ou Espiritual: 
Vinculo. 
OBS: Tema de prova: VÍNCULO- TEORIAS- 
DUALISTA. 
• Schuld: executar a prestação. DÉBITO. 
• Haftung: responsabilidade. 
Algumas classificações importantes. 
OBRIGAÇÃO CIVIL: SCHULD+HAFTUNG 
OBRIGAÇÃO NATURAL: SCHULD 
OBRIGAÇÃO DE GARANTIA: HAFTUNG. OBS: 
ART. 820, CC. 
FONTES DAS OBRIGAÇÕES 
 
• Lei 
• Contratos 
• Atos ilícitos. Vide art. 187, CC. 
• Atos unilaterais. Vide art.854/860; 
876/883 e 884/886, ambos do CC. 
• Princípios 
• Súmula Vinculante 
OBS: Os dois últimos não estão contidos na 
visão clássica. Para provas objetivas indico 
marcar somente os quatro primeiros. 
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
OBRIGAÇÕES DE DAR (AD DANDUM) 
Podem elas ter os seguintes entendimentos, 
vejamos: 
1. Dar: Idéia de transferência. Compra e 
Venda. 
2. Entregar: Transferir a posse ou mesmo a 
detenção. 
3. Restituir: Devolução da posse ou 
detenção. 
DAR A COISA CERTA. LEI 
 
1. OBJETO INDIVIDUALIZADO2. PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO 
JURÍDICA 
3. OBSERVAÇÃO PARA AS 
PERTENÇAS. 
4. PRINCÍPIO DA EXATIDÃO # ALIUD 
PRO ALIO (UMA COISA POR OUTRA) 
5. DAÇÃO EM PAGAMENTO 
6. OBRIGAÇÃO POSITIVA 
7. RES PERIT DOMINO SUO 
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange 
os acessórios dela embora não mencionados, 
salvo se o contrário resultar do título ou das 
circunstâncias do caso. 
Art. 93. São pertenças os bens que, não 
constituindo partes integrantes, se destinam, de 
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao 
aformoseamento de outro. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem 
respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da 
manifestação de vontade, ou das circunstâncias 
do caso. 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda 
que mais valiosa. 
Art. 356. O credor pode consentir em receber 
prestação diversa da que lhe é devida. 
PERDA SEM CULPA E COM CULPA 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a 
coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
4 
fica resolvida a obrigação para ambas as partes; 
se a perda resultar de culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente e mais perdas 
e danos. 
DETERIORAÇÃO SEM CULPA E COM CULPA 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o 
devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu 
preço o valor que perdeu. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o 
credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no 
estado em que se acha, com direito a reclamar, 
em um ou em outro caso, indenização das 
perdas e danos. 
CÔMODOS OBRIGACIONAIS 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a 
coisa, com os seus melhoramentos e 
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento 
no preço; se o credor não anuir, poderá o 
devedor resolver a obrigação. 
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR. 
PERDA/DETERIORAÇÃO SEM CULPA E COM 
CULPA 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa 
certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder 
antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a 
obrigação se resolverá, ressalvados os seus 
direitos até o dia da perda. 
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do 
devedor, responderá este pelo equivalente, 
mais perdas e danos. 
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem 
culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual 
se ache, sem direito a indenização; se por culpa 
do devedor, observar-se-á o disposto no art. 
239. 
VIDE ENUNCIADO 15 I CJF. 
BENEFÍCIOS 
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier 
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem 
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o 
credor, desobrigado de indenização. 
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, 
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o 
caso se regulará pelas normas deste Código 
atinentes às benfeitorias realizadas pelo 
possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, 
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto 
neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou 
de má-fé. 
DAR A COISA INCERTA 
• GENÉRICA 
• GÊNERO E QUANTIDADE 
• CONCENTRAÇÃO DO DÉBITO 
• CRITÉRIO MÉDIO 
• TRANSITORIEDADE/ RELATIVIDADE 
• GENUS NUNQUAM PERIT. CRÍTICA. 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao 
menos, pelo gênero e pela quantidade. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero 
e pela quantidade, a escolha pertence ao 
devedor, se o contrário não resultar do título da 
obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, 
nem será obrigado a prestar a melhor. 
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, 
vigorará o disposto na Seção antecedente. 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o 
devedor alegar perda ou deterioração da coisa, 
ainda que por força maior ou caso fortuito. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER (AD FACIENDUM) 
• FACERE 
• FUNGÍVEL E INFUNGÍVEL 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
5 
• ARTS 633/634 CPC 
• RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO 
PRÓPRIO SUBJETIVA 
• URGÊNCIA: AUTOTUTELA CIVIL.. 
CUIDADO ARTS.187, CC (ABUSO DE 
DIREITO). ENUNCIADO 37 I CJF. 
• INFUNGIBILIDADE MEDIDAS: ARTS 
461 E 645 DO CPC E ART. 84 DO CDC. 
• ENUNCIADO 22 I CJF. 
• SÚMULA 410 STJ 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar 
perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele 
exeqüível. 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se 
impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á 
a obrigação; se por culpa dele, responderá por 
perdas e danos. 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por 
terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar 
à custa do devedor, havendo recusa ou mora 
deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o 
credor, independentemente de autorização 
judicial, executar ou mandar executar o fato, 
sendo depois ressarcido. 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER (AD NON 
FACIENDUM) 
• NEGATIVA 
• ABSTENÇÃO DE CONDUTA 
• QUASE SEMPRE INFUNGÍVEL E 
INDIVISÍVEL PELA NATUREZA 
• VIDE ART. 390, CC 
• SE FOR TRANSEUNTE CABE PEDIDO 
DE PERDAS E DANOS 
• SE FOR PERMANENTE- ART.637 DO 
CPC. 
• AUTOTUTELA CIVIL. CUIDADO ART. 
187, CC. 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, 
desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne 
impossível abster-se do ato, que se obrigou a 
não praticar. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja 
abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele 
que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua 
custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá 
o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem 
prejuízo do ressarcimento devido. 
OBRIGAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. 
CONCEITOS. 
• Simples: singularidade de sujeitos e 
prestações. Um credor, um devedor, 
uma prestação. 
• Compostas: mais de um sujeito e mais 
de uma prestação. Multiplicidade é a 
palavra. 
OBRIGAÇÕES COMPOSTAS- 
ALTERNATIVAS (DISJUNTIVAS) E 
CUMULATIVAS (CONJUNTIVAS) 
• Alternativas: Compostas pela 
multiplicidade de objetos e aqui o 
devedor somente necessita cumprir com 
uma das prestações assumidas. Lembre 
do ou. 
• Cumulativas: Veja o nome! Compostas 
pela multiplicidade de objetos, e o 
devedor tem que cumprir todas as 
prestações. 
• ESCOLHA. A QUEM CABE? 
• PLURALIDADE DE OPTANTES 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
6 
• PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE 
• TRATO SUCESSIVO. JUS VARIANDI. 
BALANCEAMENTO DA 
CONCENTRAÇÃO. 
• #OBRIGAÇÃO FACULTATIVA OU COM 
FACULDADE DE CUMPRIMENTO. 
FALATA DE PREVISÃO. IMPORTANTE 
PARA CONCURSOS. 
TEMA DE PROVA!!!! 
 
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA: - uma prestação- 
uma faculdade do devedor- não possibilidade do 
credor exigir qualquer alternância. É UMA 
OBRIGAÇÃO SIMPLES. 
 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha 
cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou. 
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a 
receber parte em uma prestação e parte em 
outra. 
§ 2o Quando a obrigação for de prestações 
periódicas, a faculdade de opção poderá ser 
exercida em cada período. 
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não 
havendo acordo unânime entre eles, decidirá o 
juiz, findo o prazo por este assinado para a 
deliberação. 
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este 
não quiser,ou não puder exercê-la, caberá ao 
juiz a escolha se não houver acordo entre as 
partes. 
Art. 253. Se uma das duas prestações não 
puder ser objeto de obrigação ou se tornada 
inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder 
cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor a escolha, ficará aquele 
obrigado a pagar o valor da que por último se 
impossibilitou, mais as perdas e danos que o 
caso determinar. 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e 
uma das prestações tornar-se impossível por 
culpa do devedor, o credor terá direito de exigir 
a prestação subsistente ou o valor da outra, com 
perdas e danos; se, por culpa do devedor, 
ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, 
poderá o credor reclamar o valor de qualquer 
das duas, além da indenização por perdas e 
danos. 
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem 
impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-
á a obrigação. 
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS 
• ART.87, CC. 
• CONCURSU PARTES FIUNT 
(HAVENDO CONCURSO DE 
CREDORES E DEVEDORES A 
OBRIGAÇÃO SERÁ FRACIONADA). 
• INDIVISIBILIDADE: NATURAL, 
JURÍDICA, CONVENCIONAL. 
• OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL E A 
PLURALIDADE DE CREDORES. O 
QUE FAZER? ART. 260, CC. 
• ART. 263 E A # PARA AS 
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS. ISSO SE 
DÁ PORQUE A INDIVISIBILIDADE É 
RELACIONADA AO OBJETO. JÁ A 
SOLIDARIEDADE ESTÁ 
RELACIONADA AO SUJEITO, ASSIM 
PERSISTE MESMO DIANTE DE 
PERDAS E DANOS. 
• PERDÃO E A OBRIGAÇÃO 
INDIVISÍVEL: REMISSÃO. A COTA 
PARTE DEVE SER ABATIDA E 
COMPENSADA AO DEVEDOR. 
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais 
de um credor em obrigação divisível, esta 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
7 
presume-se dividida em tantas obrigações, 
iguais e distintas, quantos os credores ou 
devedores. 
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a 
prestação tem por objeto uma coisa ou um fato 
não suscetíveis de divisão, por sua natureza, 
por motivo de ordem econômica, ou dada a 
razão determinante do negócio jurídico. 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, 
a prestação não for divisível, cada um será 
obrigado pela dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, 
sub-roga-se no direito do credor em relação aos 
outros coobrigados. 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, 
poderá cada um destes exigir a dívida inteira; 
mas o devedor ou devedores se desobrigarão, 
pagando: 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos 
outros credores. 
Art. 261. Se um só dos credores receber a 
prestação por inteiro, a cada um dos outros 
assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a 
parte que lhe caiba no total. 
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a 
obrigação não ficará extinta para com os outros; 
mas estes só a poderão exigir, descontada a 
quota do credor remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará 
no caso de transação, novação, compensação 
ou confusão. 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a 
obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, 
houver culpa de todos os devedores, 
responderão todos por partes iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados 
os outros, respondendo só esse pelas perdas e 
danos. 
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
• MULTIPLICIDADE DE OBJETOS 
• UNIDADE OBJETIVA DA OBRIGAÇÃO 
(DÍVIDA TODA) 
• NÃO SE PRESUME. LEGALIDADE E 
CONVENCIONALIDADE. EXEMPLO: 
LEI 932 C/C 942, CC. ART. 2º LEI 
8245/91. ART. 585, CC. ART. 829, 
CC.SENDO CONVENCIONAL. VER O 
ART. 266,CC. VIDE ENUNCIADO 247 
IV CJF. 
• PREVENÇÃO JUDICIAL: ART. 268, CC. 
VIDE ART.219, CPC. 
• REFRAÇÃO DO CRÉDITO. ART. 270, 
CC. BENEFÍCIOS DO INVENTÁRIO. 
• REFRAÇÃO DO DÉBITO. ART. 276, 
CC. 
• DEVEDOR SOLIDÁRIO E EXCEÇÕES 
PESSOAIS E DEMAIS EXCEÇÕES. AS 
PESSOAIS SÃO INCOMUNICÁVEIS. 
EXEMPLO: SE SOMENTE UM 
DEVEDOR FOI COAGIDO A ASSINAR 
UM CONTRATO SOMENTE ELE 
PODERÁ ALEGAR ESSA DEFESA. 
• ART. 274 SUA POLÊMICA. SE UM DOS 
CREDORES PERDE EM JUÍZO? NÃO 
SERÁ EFICAZ COM RELAÇÃO AO 
OUTROS. SE O CREDOR GANHA? 
TAL JULGADO IRÁ BENEFICIAR OS 
OUTROS. 
• ENUNCIADOS 348, 349 E 359 IV CJF. 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma 
obrigação concorre mais de um credor, ou mais 
de um devedor, cada um com direito, ou 
obrigado, à dívida toda. 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
8 
Art. 265. A solidariedade não se presume; 
resulta da lei ou da vontade das partes. 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e 
simples para um dos co-credores ou co-
devedores, e condicional, ou a prazo, ou 
pagável em lugar diferente, para o outro. 
Da Solidariedade Ativa 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem 
direito a exigir do devedor o cumprimento da 
prestação por inteiro. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores 
solidários não demandarem o devedor comum, 
a qualquer daqueles poderá este pagar. 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores 
solidários extingue a dívida até o montante do 
que foi pago. 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer 
deixando herdeiros, cada um destes só terá 
direito a exigir e receber a quota do crédito que 
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo 
se a obrigação for indivisível. 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em 
perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, 
a solidariedade. 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou 
recebido o pagamento responderá aos outros 
pela parte que lhes caiba. 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode 
o devedor opor as exceções pessoais oponíveis 
aos outros. 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos 
credores solidários não atinge os demais; o 
julgamento favorável aproveita-lhes, a menos 
que se funde em exceção pessoal ao credor que 
o obteve. 
Da Solidariedade Passiva 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber 
de um ou de alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o pagamento 
tiver sido parcial, todos os demais devedores 
continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da 
solidariedade a propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer 
deixando herdeiros, nenhum destes será 
obrigado a pagar senão a quota que 
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo 
se a obrigação for indivisível; mas todos 
reunidos serão considerados como um devedor 
solidário em relação aos demais devedores. 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos 
devedores e a remissão por ele obtida não 
aproveitam aos outros devedores, senão até à 
concorrência da quantia paga ou relevada. 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou 
obrigação adicional, estipulada entre um dos 
devedores solidários e o credor, não poderá 
agravar a posição dos outros sem 
consentimento destes. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por 
culpa de um dos devedores solidários, subsiste 
para todos o encargo de pagar o equivalente; 
mas pelas perdas e danos só responde o 
culpado. 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos 
juros da mora, ainda que a ação tenha sido 
proposta somente contra um; mas o culpado 
responde aos outros pela obrigação acrescida. 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao 
credor as exceções que lhe forem pessoais e as 
comuns a todos; não lhe aproveitando as 
exceções pessoaisa outro co-devedor. 
Art. 282. O credor pode renunciar à 
solidariedade em favor de um, de alguns ou de 
todos os devedores. 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da 
solidariedade um ou mais devedores, subsistirá 
a dos demais. 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
9 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por 
inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente 
por todos a do insolvente, se o houver, 
presumindo-se iguais, no débito, as partes de 
todos os co-devedores. 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-
devedores, contribuirão também os exonerados 
da solidariedade pelo credor, pela parte que na 
obrigação incumbia ao insolvente. 
Art. 285. Se a dívida solidária interessar 
exclusivamente a um dos devedores, 
responderá este por toda ela para com aquele 
que pagar. 
OBRIGAÇÕES DE MEIO E RESULTADO 
• As de meio são aquelas em que o 
devedor obriga-se apenas executar a 
atividade com a maior probidade e 
diligência possível. Exemplo: Advogado 
ele não garante o ganho da causa. OBS: 
Art. 14 par. 4º CDC e art.951, CC. 
• As de resultado são aquelas em que o 
devedor assume o risco, ou seja, se 
compromete, independente dos meios 
utilizados. OBS: Art. 737, CC. Vejamos 
o STJ: 
RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO 
ESPECIAL. TRATAMENTO ODONTOLÓGICO. 
APRECIAÇÃO DE MATÉRIA 
CONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. 
TRATAMENTO ORTODÔNTICO. EM REGRA, 
OBRIGAÇÃO CONTRATUAL DE 
RESULTADO. REEXAME DE PROVAS. 
INADMISSIBILIDADE. 1. As obrigações 
contratuais dos profissionais liberais, no mais 
das vezes, são consideradas como "de meio", 
sendo suficiente que o profissional atue com a 
diligência e técnica necessárias, buscando a 
obtenção do resultado esperado. 
Contudo, há hipóteses em que o compromisso 
é com o "resultado", tornando-se necessário o 
alcance do objetivo almejado para que se possa 
considerar cumprido o contrato. 
2. Nos procedimentos odontológicos, mormente 
os ortodônticos, os profissionais da saúde 
especializados nessa ciência, em regra, 
comprometem-se pelo resultado, visto que os 
objetivos relativos aos tratamentos, de cunho 
estético e funcional, podem ser atingidos com 
previsibilidade. 
3. O acórdão recorrido registra que, além de o 
tratamento não ter obtido os resultados 
esperados, "foi equivocado e causou danos à 
autora, tanto é que os dentes extraídos terão 
que ser recolocados". Com efeito, em sendo 
obrigação "de resultado", tendo a autora 
demonstrado não ter sido atingida a meta 
avençada, há presunção de culpa do 
profissional, com a consequente inversão do 
ônus da prova, cabendo ao réu demonstrar que 
não agiu com negligência, imprudência ou 
imperícia, ou mesmo que o insucesso se deu em 
decorrência de culpa exclusiva da autora. 
4. A par disso, as instâncias ordinárias salientam 
também que, mesmo que se tratasse de 
obrigação "de meio", o réu teria "faltado com o 
dever de cuidado e de emprego da técnica 
adequada", impondo igualmente a sua 
responsabilidade. 5. Recurso especial não 
provido. (REsp 1238746/MS, Rel. Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado 
em 18/10/2011, DJe 04/11/2011) 
TEMA DE PROVA: PODE HAVER EXCLUSÃO 
DE RESPONSABILIDADE NAS OBRIGAÇÕES 
DE RESULTADO? 
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO MÉDICO. CIRURGIA PLÁSTICA. 
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. 
SUPERVENIÊNCIA DE PROCESSO 
ALÉRGICO. CASO FORTUITO. ROMPIMENTO 
DO NEXO DE CAUSALIDADE. 1. O requisito do 
prequestionamento é indispensável, por isso 
inviável a apreciação, em sede de recurso 
especial, de matéria sobre a qual não se 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
10 
pronunciou o Tribunal de origem, incidindo, por 
analogia, o óbice das Súmulas 282 e 356 do 
STF. 
2. Em procedimento cirúrgico para fins estéticos, 
conquanto a obrigação seja de resultado, não se 
vislumbra responsabilidade objetiva pelo 
insucesso da cirurgia, mas mera presunção de 
culpa médica, o que importa a inversão do ônus 
da prova, cabendo ao profissional elidi-la de 
modo a exonerar-se da responsabilidade 
contratual pelos danos causados ao paciente, 
em razão do ato cirúrgico. 3. No caso, o Tribunal 
a quo concluiu que não houve advertência a 
paciente quanto aos riscos da cirurgia, e 
também que o médico não provou a ocorrência 
de caso fortuito, 
tudo a ensejar a aplicação da súmula 7/STJ, 
porque inviável a análise dos fatos e provas 
produzidas no âmbito do recurso especial. 4. 
Recurso especial não conhecido. (REsp 
985888/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 
16/02/2012, DJe 13/03/2012) 
ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
• SOLUTIO 
• ATO JURÍDICO LÍCITO/FATO 
JURÍDICO. 
• PLANO DA EFICÁCIA DO NEGÓCIO 
JURÍDICO 
• ENUNCIADO 425 V CJF 
• SOLVENS- QUEM DEVE PAGAR 
• ACCIPIENS- A QUEM SE DEVE 
PAGAR 
• VÍNCULO OBRIGACIONAL 
• PAGAMENTO DIRETO 
• PAGAMENTO INDIRETO OU 
ESPECIAL 
• EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO SEM O 
PAGAMENTO 
• PRINCÍPIO DA PONTUALIDADE 
• PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA NORMAL 
TEMAS MAIS COMUNS EM PROVAS- 
SOLVENS 
1. DEVEDOR 
2. REPRESENTANTE DO DEVEDOR 
3. TERCEIRO INTERESSADO 
(JURÍDICO-MAJORITÁRIO E MORAL- 
MINORITÁRIO) E NÃO INTERESSADO 
(EM NOME PRÓPRIO (art.305) E EM 
NOME DO DEVEDOR (art.304)). OBS: 
RECIBO DE QUITAÇÃO. 
4. SUB-ROGAÇÃO LEGAL- ART. 349,CC. 
5. IMPOSSIBILIDADE NOS CASOS DE 
OBRIGAÇÕES INTUITU PERSONAE- 
ART.247,CC. 
6. Vamos lá! Aqui chamo sua atenção para 
possível questão de prova. O 3º interessado que 
paga o débito em nome próprio tem direito de 
regresso (ex. Fiança Criminal). O 3º interessado 
que paga em nome do devedor, sem oposição 
deste, não terá o reembolso. Obrigação natural? 
7. Art.306,CC Boa pergunta! 
8. ART.307,CC ALIENAÇÃO A NON DOMINO 
TEMAS MAIS COMUNS EM PROVAS- 
ACCIPIENS 
1. CREDOR 
2. REPRESENTANTE DO CREDOR 
3. TERCEIRO 
4. ENUNCIADO 424 CJF 
5. QUEM PAGA MAL PAGA DUAS 
VEZES? ARTS 308/309, CC. 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
11 
6. CREDOR PUTATIVO- TEORIA DA 
APARÊNCIA? PRINCÍPIO DA 
CONFIANÇA? 
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER. PEDIDO DE 
OUTORGA DE ESCRITURA DEFINITIVA DE 
COMPRA E VENDA. DEFERIMENTO DE 
OUTORGA DE ESCRITURA DE CESSÃO DE 
DIREITOS HEREDITÁRIOS. JULGAMENTO 
EXTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. BEM 
TRANSACIONADO OBJETO DE INVENTÁRIO. 
PAGAMENTO AO CREDOR PUTATIVO. 
EFICÁCIA. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 
FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. 
1.- Não há vício na sentença que determina a 
outorga de cessão de direitos hereditários e não 
a de escritura definitiva de compra e venda, 
conforme pedido na inicial se, sendo válido o 
negócio realizado pelas partes, até o 
proferimento da decisão não houver se 
encerrado o inventário, por ser a cessão um 
minus em relação ao pedido da autora. 2.- 
Considera-se eficaz o pagamento realizado 
àquele que se apresenta com aparência 
consistente de ser mandatário do credor se as 
circunstância do caso assim indicarem. 
A atuação da corretora e do recorrente 
indicaram à recorrida, compradora do bem, que 
aquela tinha legitimidade para as tratativas e 
fechamento do negócio de compra e venda. 
3.- O prequestionamento, entendido como a 
necessidade de o tema objeto do recurso haver 
sido examinado pela decisão atacada, constitui 
exigência inafastável da própria previsão 
constitucional, ao tratar do recurso especial, 
impondo-secomo um dos principais requisitos 
ao seu conhecimento. 
Não examinada a matéria objeto do especial 
pela instância a quo, incidem os enunciados 282 
e 356 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. 
4.- Recurso Especial improvido. (REsp 
823.724/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 18/05/2010, 
DJe 07/06/2010) 
7. CREDOR INCAPAZ? ART.310,CC. 
ATENÇÃO! ARTS 166, 171, 172, 180, AMBOS 
DO CC/02. ATENÇÃO! VENIRE CONTRA 
FACTUM PROPRIUM. 
8. ART.312, CC- PENHORA PRÉVIA E 
OPOSIÇÃO. 
TÍTULO III
Do Adimplemento e Extinção das 
Obrigações 
CAPÍTULO I
Do Pagamento 
Seção I
De Quem Deve Pagar 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da 
dívida pode pagá-la, usando, se o credor se 
opuser, dos meios conducentes à exoneração 
do devedor. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro 
não interessado, se o fizer em nome e à conta 
do devedor, salvo oposição deste. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a 
dívida em seu próprio nome, tem direito a 
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-
roga nos direitos do credor. 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a 
dívida, só terá direito ao reembolso no 
vencimento. 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com 
desconhecimento ou oposição do devedor, não 
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o 
devedor tinha meios para ilidir a ação. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que 
importar transmissão da propriedade, quando 
feito por quem possa alienar o objeto em que ele 
consistiu. 
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa 
fungível, não se poderá mais reclamar do credor 
que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda 
que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
12 
Seção II
Daqueles a Quem se Deve Pagar 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor 
ou a quem de direito o represente, sob pena de 
só valer depois de por ele ratificado, ou tanto 
quanto reverter em seu proveito. 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor 
putativo é válido, ainda provado depois que não 
era credor. 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente 
feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor 
não provar que em benefício dele efetivamente 
reverteu. 
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o 
pagamento o portador da quitação, salvo se as 
circunstâncias contrariarem a presunção daí 
resultante. 
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar 
de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou 
da impugnação a ele oposta por terceiros, o 
pagamento não valerá contra estes, que 
poderão constranger o devedor a pagar de 
novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra 
o credor. 
ELEMENTOS DO PAGAMENTO 
DOS ELEMENTOS OBJETIVOS 
1. ART 313, CC- PRINCÍPIO DA 
EXATIDÃO 
2. ART.314,CC – PRINCÍPIO DA 
IDENTIDADE FÍSICA DA PRESTAÇÃO 
3. ART.315,CC- PRINCÍPIO DO 
NOMINALISMO. Atenção o DL 857/69 e 
Lei 8880/94 
4. ART. 316,CC- CLÁUSULA DE ESCALA 
MÓVEL OU ESCALONAMENTO DO PREÇO- 
PRINCÍPIO DO AUMENTO PROGRESSIVO. 
ATENÇÃO! É POSSÍVEL EM PROVAS SER 
ALEGADO O PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA 
MATERIAL. (ETICIDADE E FUNÇÃO SOCIAL 
DOS CONTRATOS). 
5. ART. 317- TEORIA DA IMPREVIÃO. 
ATENÇÃO! ENUNCIADOS 17 I CJF E 176 III 
CJF.. NO CDC (ART. 6º V) NÃO SE ADOTA 
TAL TEORIA E SIM A DO ROMPIMENTO DA 
BASE OBJETIVA DO NEGÓCIO JURÍDICO 
6. ART. 418- CLÁUSULA OURO 
7. ART. 319,CC- IMPORTÂNCIA DO RECIBO. 
DIREITO DE RETENÇÃO. EUNCIADO 18 I 
CJF. 
8. REQUISITOS DA QUITAÇÃO: VALOR DA 
QUANTIA A SER PAGA; IDENTIFICAÇÃO DA 
DÍVIDA; INDICAÇÃO DO SOLVENS; TEMPO E 
LOCAL DO PAGAMENTO; ASSINATURA DO 
ACCIPIENS. 
9. ART.320,CC- UMA FACULDADE. 
10. ART. 320, PAR ÚNICO- TEORIA DA 
RELATIVIZAÇÃO DO RECIBO. 
11. ART. 324, CC- PRAZO DECADENCIAL. 
AÇÃO DE ANULAÇÃO, ART 907, CPC. 
12. ART. 322, CC- MITIGAÇÃO PELA 
AUTONOMIA PRIVADA. VIDE RESP. 70.170-
SP. 
13. ART. 323, CC- PRINCÍPIO DA 
GRAVITAÇÃO JURÍDICA. 
LOCAL DO PAGAMENTO 
1. DOMICÍLIO DO DEVEDOR. ART. 327, 
CC- OBRIGAÇÃO 
QUERÁBLE/QUESÍVEL. 
2. DOMICÍLIO DO CREDOR- 
OBRIGAÇÃO PORTÁBLE/PORTÁVEL. 
3. ART. 328, CC- LOCAL DO IMÓVEL 
4. ART.329,CC- MITIGAÇÃO DA PACTA 
SUNT SERVANDA. 
5. ART. 330, CC- SUPRESSIO/SURRECTIO. 
FIGURAS PARCELARES DA BOA-FÉ 
OBJETIVA. COTIDIANO FORENSE- 
CLÁUSULA DA PERMISSÃO OU 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
13 
TOLERÂNCIA- CONDUTA CONTRÁRIA NÃO 
GERA RENÚNCIA TÁCITA? 
TEMPO DO PAGAMENTO 
1. ART. 331, CC- PRINCÍPIO DA 
IMEDIATIVIDADE. 
2. ART. 332, CC- OBRIGAÇÕES 
SUBMETIDAS À CONDIÇÃO 
3. ART. 33, CC- VENCIMENTO 
ANTECIPADO 
FORMAS ESPECIAIS OU INDIRETAS DE 
PAGAMENTO 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (ARTS 
334/345,CC): INFUNDADA NEGATIVA DO 
CREDOR DE RECEBER O VALOR OU 
QUALQUER OUTRO FATO OBSTATIVO. 
AFASTAMENTO DA MORA E TRANSFERE OS 
RISCOS PARA O CREDOR (ART.400,CC). 
TRATA-SE DE UM INSTITUTO HÍBRIDO, POIS 
REFERE-SE AO DIREITO MATERIAL E 
PROCESSUAL. O OBJETO DA CONSINAÇÃO 
É A OBRIGAÇÃO DE DAR. 
DUAS SITUAÇÕES JURISPRUDENCIAIS 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO. RECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO. DEPÓSITOS INSUFICIENTES. 
QUITAÇÃO PARCIAL DA OBRIGAÇÃO. ÔNUS 
SUCUMBENCIAIS. - Na ação de consignação 
em pagamento, a insuficiência do depósito não 
conduz à improcedência do pedido, mas sim à 
extinção parcial da obrigação, até o montante da 
importância consignada. - Na hipótese de 
procedência parcial dos pedidos, 
os ônus de sucumbência devem ser suportados 
por ambas as partes.- Agravo não provido. 
(AgRg nos EDcl no REsp 1223520/MS, Rel. 
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 09/10/2012, DJe 
15/10/2012). 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO IMPROCEDENTE. VALOR 
DEPOSITADO INSUFICIENTE. PAGAMENTO 
DE DÍVIDA COMO TERCEIRO 
INTERESSADO. NECESSIDADE DE 
DEPÓSITO INTEGRAL COMPREENDENDO 
PRESTAÇÃO DEVIDA, JUROS, CORREÇÃO E 
EVENTUAIS DESPESAS. 1. "A teor da 
jurisprudência desta Corte, aliás, fundamentada 
no caráter propter rem das quotas condominiais, 
uma vez transferido o imóvel, 
a ação de cobrança dos encargos a ele 
correspondentes pode ser proposta tanto contra 
o proprietário como contra o promissário 
comprador, pois o interesse prevalente é o da 
coletividade de receber os recurso para 
pagamento de despesas indispensáveis e 
inadiáveis, podendo o credor escolher, entre 
aqueles que tenham uma relação jurídica 
vinculada ao imóvel, ou seja, a responsabilidade 
pelas quotas deve ser aferida de acordo com as 
circunstâncias do caso concreto". (REsp 
n.771.610/SP, relator Ministro JORGE 
SCARTEZZINI, 4ª Turma, unânime, 
DJ 13.3.2006) 2. "A consignação em pagamento 
visa exonerar o devedor de sua obrigação, 
mediante o depósito da quantia ou da coisa 
devida, e só poderá ter força de pagamento se 
concorrerem 'em relação às pessoas, ao objeto, 
modo e tempo, todos os requisitos sem os quais 
não é válido o pagamento' (artigo 336 do NCC)". 
(REsp 1194264 / PR, relator Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, 4ª Turma, unânime, DJe 
4.3.2011) 3. Agravo regimental a que se nega 
provimento. (AgRg no REsp 947.460/RS, Rel. 
Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA 
TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe 
10/04/2012) 
IMPORTANTE! O ROL DO ART. 335, CC É 
EXEMPLIFICATIVO. 
MODALIDADES: CONSIGNAÇÃO 
EXTRAJUDICIAL OU BANCÁRIA- LINHA DA 
DESJUDICIALIZAÇÃO. SOMENTE PODE SER 
CONSIGNADO UM VALOR PECUNIÁRIO? 
VAMOS LER O ART. 890, PAR 1º DO CPC. EMwww.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
14 
PROVAS OBJETIVAS ADOTAR A 
LITERALIDADE, MAS ADMITE-SE DEPÓSITO 
DE JÓIAS E OUTROS BENS. O BANCO TEM 
QUE SER OFICIAL? ENTENDO QUE SIM, 
MAS SE NÃO TIVER UM BANCO OFICIAL NA 
LOCALIDADE NADA IMPEDE QUE OCORRA 
A DEVIDA CONSIGNAÇÃO EM OUTRA 
INSTITUIÇÃO. CONSIGNAÇÃO JUDICIAL- 
ART. 891, CPC. REQUISITOS 
OBRIGATÓRIOS- ART. 893, CPC. MATÉRIAS 
DE DEFESA- ART. 896, CPC. PRAZO- ART. 
297, CPC. 
IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO: 
REQUISITOS- IGUALDADE DE SUJEITOS, 
LIQUIDEZ E VENCIMENTO DE DÍVIDAS DA 
MESMA NATUREZA, PAGAMENTO NÃO 
INTEGRAL DAS DÍVIDAS. EM REGRA QUE 
IMPUTA É O DEVEDOR, MAS É POSSÍVEL A 
MESMA PELO CREDOR. OBS: IMPUTAÇÃO 
LEGAL- ART. 334/335, CC. REQUISITOS: A) 
PRIORIDADE PARA OS JUROS VENCIDOS 
EM DETRIMENTO DO CAPITAL; B) 
PRIORIDADE PARA AS DÍVIDAS LIQUIDAS E 
VENCIDAS ANTERIORMENTE, EM 
DETRIMENTO DAS MAIS RECENTES; 
C) PRIORIDADE ÀS DÍVIDAS MAIS 
ONEROSAS, EM DETRIMENTO DAS MENOS 
VULTUOSAS, SE VENCIDAS E LÍQUIDAS AO 
MESMO TEMPO. 
Tema de concurso! 
Se o devedor e o credor silenciarem com 
relação a imputação do pagamento e as dívidas 
possuírem o mesmo vencimento, natureza, 
onerosidade e valor? Existe posicionamento 
doutrinário baseado no revogado Código 
Comercial no seu art. 433, o qual determinava a 
quitação de todas as dívidas de forma parcial. 
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (ARTS 
346/351,CC): SUBSTITUIR. SUJEITOS: SUB-
ROGAÇÃO PESSOAL. EXEMPLO: FIADOR 
QUE PAGA A DÍVIDA. EFEITOS: 1º 
LIBERATÓRIO (EM RELAÇÃO AO ANTIGO 
CREDOR); 2º TRANSLATIVO (EM RELAÇÃO 
AO NOVO CREDOR). ATENÇÃO! ESTAMOS 
DIANTE DE UMA SITUAÇÃO EM QUE NÃO É 
GERADO O EFEITO LIBERATÓRIO PARA O 
DEVEDOR. SUB-ROGAÇÃO REAL (ATINGE O 
OBJETO). A SUB-ROGAÇÃO LEGAL 
(ART.346,CC): ACONTECE QUANDO 
TERCEIROS INTERESSADOS PAGAM A 
DÍVIDA (ATO UNILATERAL). 
A SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL 
(ART.347, CC): OCORRE QUANDO O 
TERCEIRO NÃO INTERESSADO PAGA A 
DÍVIDA (ATO BILATERAL). 
# DA CESSÃO DE CRÉDITO, ESSA OCORRE 
ANTES DO PAGAMENTO DA DÍVIDA, JÁ NO 
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO, A 
TRANSFERÊNCIA SE DÁ APÓS A 
LIBERAÇÃO DA DÍVIDA (EXTINÇÃO) 
DAÇÃO EM PAGAMENTO (ARTS 356/359, 
CC): NESTA O CREDOR ADMITE RECEBER 
PRESTAÇÃO DIVERSA DA QUE FORA 
PACTUADA. EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA 
EXATIDÃO (ART. 313, CC). EXEMPLO: UMA 
PESSOA DEVE DINHEIRO E PAGA COM A 
EXECUÇÃO DE UM SERVIÇO. REQUISITOS: 
EXISTÊNCIA DE DÍVIDA VENCIDA, 
CONSENTIEMENTO DO CREDOR, ENTREGA 
DE COISA DIVERSA, ANIMUS SOLVENDI. 
TEMA DE PROVA! DAÇÃO EM PAGAMENTO 
E A EVICÇÃO. 
NOVAÇÃO (ARTS 360/367, CC): TRATA-SE 
ATRAVÉS DA VONTADE DA 
EXTINÇÃO/CRIAÇÃO DE UMA NOVA 
OBRIGAÇÃO. IMPOSSÍVEL OCORRER 
NOVAÇÃO LEGAL. O ATO DE NOVAÇÃO 
ACARRETA A EXTINÇÃO DA DÍVIDA 
PRIMITIVA COM TODOS OS SEUS 
ACESSÓRIOS E GARANTIAS, MAS ISSO 
PODE SER EXCEPCIONADO PELA 
VONTADE. NO NOVO VÍNCULO OCORRE 
UMA MUDANÇA DAS PESSOAS E/OU 
ATERA-SE O OBJETO. 
TEMA DE PROVA! OBRIGAÇÕES NATURAIS 
PODEM SER OBJETO DE NOVAÇÃO? 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
15 
ESPÉCIES: 
1. NOVAÇÃO OBJETIVA OU REAL: ART. 360, 
I, CC. EXEMPLO: OBRIGAÇÃO DE DAR PARA 
A OBRIGAÇÃO DE FAZER. 
2. NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA: ART. 360, 
II, CC. SAI O ANTIGO DEVEDOR E ENTRA O 
NOVO DEVEDOR. PODE SER POR 
EXPROMISSÃO OU POR DELEGAÇÃO. 
EXPROMISSÃO- INDEPENDE DA VONTADE 
DO DEVEDOR. DELEGAÇÃO- EXISTE A 
PARTICIPAÇÃO DO DEVEDOR. 
3. NOVAÇÃO SUBJETIVA ATIVA: AQUI COMO 
É EXTINTO O VÍNCULO PRIMITIVO, O 
DEVEDOR FICA QUITE COM O CREDOR 
PRIMITIVO PASSANDO A DEVER A OUTRO 
CREDOR. EXEMPLO: A É CREDOR DE B E 
DEVEDOR DE C. FAZ-SE A NOVAÇÃO NA 
QUAL C PASSA A SER CREDOR DE B. 
4. NOVAÇÃO MISTA. MISTURA DOS 
INSTITUTOS. 
COMPENSAÇÃO (ARTS 368/380, CC): AQUI 
OS TITULARES SÃO CREDORES E 
DEVEDORES RECIPROCAMENTE. PODE 
SER ELA TOTAL OU MESMO PARCIAL. 
QUESTÃO! SE A É DEVEDOR DE B (SEU TIO) 
NO VALOR DE 15 MIL REAIS E B VEM A 
FALECER. SE A FOR O SEU ÚNICO 
HERDEIRO ESTAREMOS DIANTE DE 
COMPENSAÇÃO? CONFUSÃO. 
ESPÉCIES: A) LEGAL; B) CONVENCIONAL; C) 
JUDICIAL 
REQUISITOS DA LEGAL E A 
CONVENCIONAL: A) RECIPROCIDADE DAS 
OBRIGAÇÕES; B) LIQUIDEZ DAS DÍVIDAS; C) 
EXIGIBILIDADE ATUAL DAS PRESTAÇÕES; 
D) FUNGIBILIDADE OU HOMOGENEIDADE 
DOS DÉBITOS. 
CONFUSÃO: VEJAMOS O ART. 381, CC. 
EXTINÇÃO SEM O PAGAMENTO. PODE A 
MESMA ACARRETRA A EXTINÇÃO TOTAL 
OU PARCIAL DA DÍVIDA (ART. 382, CC). 
PODE SE DAR POR MORTIS CAUSA OU POR 
ATO INTER VIVOS. JÁ VIMOS UM EXEMPLO 
DE MORTIS CAUSA. COMO EXEMPLO DE 
ATO INTER VIVOS CITO UMA PESSOA EMITE 
UM CHEQUE E EM RAZÃO DA SUA 
CIRCULAÇÃO SE TORNA CREDOR DE SI 
MESMO. 
REMISSÃO: PERDÃO DA DÍVIDA. VEJAMOS 
O ART.385, CC. SOMENTE ACARRETA 
EFEITOS ENTRE AS PARTES. SÃO SEUS 
REQUISITOS: A) O INEQUÍVOCO ÂNIMO DE 
PERDOAR; B) A ACEITAÇÃO DO PERDÃO 
PELO DEVEDOR. 
1. Transmissão das Obrigações 
Cessão de Crédito 
Partes: Cedente, Cessionário e Cedido. 
Necessidade de consentimento do devedor? 
Necessidade de notificação do devedor? 
# Novação Subjetiva Ativa 
A cessão pode ser: a) parcial ou pro solvendo, 
quando a obrigação não se extingue 
imediatamente; b) total ou pro soluto, quando se 
dá extinção imediata da obrigação primitiva; c) 
gratuita, quando não possui contraprestação; d) 
onerosa, quando ocorre contraprestação; e) 
convencional, quando decorre de livre 
declaração de vontade; f) legal, quando resulta 
da lei, como na cessão dos acessórios de uma 
obrigação (cláusula penal, juros, garantias); g) 
judicial, quando prolatada por sentença, como 
no caso de adjudicação do herdeiro único. 
Princípio da Gravitação Jurídica- art. 287, CC. 
Pode se dar por instrumento público ou 
particular 
Cessão de Débito 
Diz-se do negócio jurídico bilateral pelo qual um 
terceiro, estranho à relação obrigacional, 
assume a posição de devedor (com 
consentimento expresso do credor), 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
16 
responsabilizando-se pela dívida, sem extinção 
da obrigação, que subsiste com os seus 
acessórios. 
Ver Enunciado 16 I CJF 
Importante! 
Art. 300. Salvo expressa concordância dos 
terceiros, as garantias por eles prestadas se 
extinguem com a assunção de dívida; já as 
garantias prestadas pelo devedor primitivo 
somente são mantidas no caso em que este 
concorde com a assunção. 
Art. 300. (Fica mantido o teor do Enunciado n. 
352) A expressão “garantias especiais” 
constante do art. 300 do CC/2002 refere-se a 
todas as garantias, quaisquer delas, reais ou 
fidejussórias, que tenham sido prestadas 
voluntária e originariamente pelo devedor 
primitivo ou por terceiro, vale dizer, aquelas que 
dependeram da vontade do garantidor, devedor 
ou terceiro para se constituírem. (ENUNCIADO 
422 DA V CJF) 
Art. 301 e o Enunciado da V Jornada 
423 – Art. 301. O art. 301 do CC deve ser 
interpretado de forma a também abranger os 
negócios jurídicos nulos e a significar a 
continuidade da relação obrigacional originária 
em vez de “restauração”, porque, envolvendo 
hipótese de transmissão, aquela relação nunca 
deixou de existir. 
Art. 303 e o Enunciado 424 V CJF 
Difere da novação subjetiva passiva, uma vez 
que a relação obrigacional é a mesma. 
Formas de assunção: 
a) por delegação: vislumbra-se uma relação 
triangular: o devedor cedente (delegante); o 
terceiro cessionário (delegado); e o credor 
(delegatário). Essa ainda poderá ser primitiva, 
quando o devedor originário(delegante) não 
assume qualquer responsabilidade, e 
cumulativa, 
quando o mesmo assume a responsabilidade 
pelo débito em caso de inadimplemento do novo 
devedor. 
b) por expromissão: nesse caso, o delegado 
assume a obrigação independentemente do 
consentimento do devedor primitivo. Pode esta 
modalidade ser: a) liberatória, isto é, aquela que 
desvincula o devedor originário; b) cumulativa, 
ou seja, o devedor originário permanece na 
relação jurídica junto ao que vem integrar a 
mesma. (retirado do livro Direito Civil 
Sistematizado) 
Da cessão de contrato 
 
Tal cessão em bloco não foi abraçada pelo 
Código Civil, sendo instituto adotado pela 
doutrina. Aqui o que ocorre é a transferência da 
própria posição contratual como um todo a uma 
terceira pessoa (todos os direitos e deveres). 
Cito como exemplo o mútuo quando transferido 
por endosso documentado em título de crédito. 
Seus requisitos constituem a celebração entre o 
cedente e o cessionário, a cessão global (crédito 
e débito) e a anuência expressa do cedido. 
Exemplificando: 
• contratos de empreitada; 
• contratos de mandato; 
• contratos de locação 
Inadimplemento das obrigações 
Trata-se do descumprimento da obrigação, 
podendo ser culposo ou fortuito. Menciona 
assim a Lei: 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o 
devedor por perdas e danos, mais juros e 
atualização monetária segundo índices oficiais 
regularmente estabelecidos e honorários de 
advogado. 
Válido mencionar a V Jornada de Direito Civil: 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
17 
426 – Art. 389. Os honorários advocatícios 
previstos no art. 389 do Código Civil não se 
confundem com as verbas de sucumbência, 
que, por força do art. 23 da Lei n. 8.906/1994, 
pertencem ao advogado. 
Importante! 
O inadimplemento total não é necessariamente 
absoluto e o inadimplemento parcial não é 
necessariamente relativo. Assim, se José obtém 
empréstimo de Maria no valor de R$ 5.000,00, 
comprometendo-se a pagar todo o montante no 
dia 10 do mês seguinte e não paga um centavo 
sequer na data acordada, haverá 
inadimplemento total (eis que a prestação 
assumida foi integralmente descumprida) e 
relativo (tendo em vista que a prestação é ainda 
suscetível de cumprimento e útil para a 
mutuante Maria. 
Cláusula Penal 
A cláusula penal (penalidade civil) é uma 
estimativa (prefixar) das perdas e danos 
decorrentes do inadimplemento do contrato. 
Conforme o Código Civil, a cláusula penal 
aplica-se tanto ao inadimplemento absoluto 
quanto à mora ou inadimplemento relativo. São 
suas funções: a) coercitiva; b) ressarcitória. 
Cláusula Penal Compensatória 
Cláusula Penal Moratória 
Limite da Cláusula Penal 
Redução da Penalidade 
Atenção! 
Art. 413. Não podem as partes renunciar à 
possibilidade de redução da cláusula penal se 
ocorrer qualquer das hipóteses previstas no art. 
413 do Código Civil, por se tratar de preceito de 
ordem pública (Enunciado n. 355). 
Art. 413. Nas hipóteses previstas no art. 413 do 
Código Civil, o juiz deverá reduzir a cláusula 
penal de ofício (Enunciado n. 356). 
Art. 413. O caráter manifestamente excessivo 
do valor da cláusula penal não se confunde com 
a alteração de circunstâncias, a excessiva 
onerosidade e a frustração do fim do negócio 
jurídico, que podem incidir autonomamente e 
possibilitar sua revisão para mais ou para 
menos (Enunciado n. 358). 
Art. 413. A redação do art. 413 do Código Civil 
não impõe que a redução da penalidade seja 
proporcionalmente idêntica ao percentual 
adimplido (Enunciado n. 359). 
Art. 413. As multas previstas nos acordos e 
convenções coletivas de trabalho, cominadas 
para impedir o descumprimento das disposições 
normativas constantes desses instrumentos, em 
razão da negociação coletiva dos sindicatos e 
empresas, têm natureza de cláusula penal e, 
portanto, podem ser reduzidas pelo Juiz do 
Trabalho quando cumprida parcialmente a 
cláusula ajustada ou quando se tornarem 
excessivas para o fim proposto, nos termos do 
art. 413 do Código Civil. (Enunciado n. 429) 
Dispõe o art. 416 que, para exigir a pena 
convencional, não é necessário que o credor 
alegue prejuízo. Ainda que o prejuízo exceda ao 
previsto na cláusula penal, não pode o credor 
exigir indenização suplementar se assim não foi 
convencionado. Se o tiver sido, a pena vale 
como mínimo da indenização, competindo ao 
credor provar o prejuízo excedente. 
Finalizando válida é a citação da V Jornada de 
Direito Civil: 
430 – Art. 416, parágrafo único. No contrato de 
adesão, o prejuízo comprovado do aderente que 
exceder ao previsto na cláusula penal 
compensatória poderá ser exigido pelo credor 
independentemente de convenção. 
• Arras 
Confirmatórias 
Penitenciais 
Regra geral 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIV EXAME 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
18

Continue navegando