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Unidade de Estudo 1 - Histórico da 
avaliação institucional
Apresentação
A avaliação institucional é hoje, no Brasil, uma das principais ferramentas para a gestão das 
instituições educacionais, pois fornece condições de diagnosticar processos internos, pontos fortes 
e fragilidades. Assim, os gestores podem tomar decisões e adequar recursos para a qualificação dos 
processos educacionais existentes. Pode-se perceber que a avaliação institucional e as práticas de 
gestão se complementam em busca da qualidade requerida para a educação brasileira. Elas podem 
ser realizadas de forma interna, pelas próprias escolas, ou ainda, de forma externa, pelo Ministério 
da Educação, como é o caso do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e do 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá o conceito de avaliação institucional, seus 
marcos históricos no Brasil, suas características e suas contribuições para a gestão contemporânea, 
o que inclui a elaboração de diagnósticos e a tomada de decisões sobre o futuro organizacional.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o contexto histórico de construção da avaliação institucional brasileira.•
Identificar a avaliação institucional como um instrumento de diagnóstico da realidade escolar.•
Relacionar a avaliação institucional com os processos de qualificação da aprendizagem.•
Desafio
A avaliação institucional deve ser realizada de forma global, envolvendo todos os setores e 
processos e contemplando a participação de todos os membros da comunidade escolar. Afinal, só 
assim poderá servir como uma excelente ferramenta para a realização da gestão da escola.
Suponha que você tenha assumido recentemente a direção de uma escola de Ensino Fundamental 
da rede pública. Tão logo conheceu sua equipe gestora, formada por profissionais mais antigos, 
você começou a pensar em um planejamento de gestão. Percebeu, porém, que as ideias propostas 
pela equipe eram todas baseadas em "achismos" produzidos a partir de vivências anteriores. Assim, 
entendeu que precisava mais do que isso para um diagnóstico preciso sobre o que fazer e sobre o 
nível de satisfação de todos da comunidade escolar.
Dessa forma, indique:
a) mecanismos de avaliação institucional interna que poderiam ser implementados;
b) instrumentos de avaliação institucional externa que poderiam ser utilizados.
Infográfico
A avaliação institucional no Brasil começou a ser aplicada nas instituições de ensino ao longo da 
década de 1990. À época, vários fatores de ordem econômica, política e sociocultural contribuíram 
para que sua importância se consolidasse como instrumento de diagnóstico e gestão. 
Neste Infográfico, acompanhe uma linha do tempo com alguns dos principais marcos históricos da 
avaliação institucional brasileira.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
Conteúdo do Livro
A avaliação institucional no Brasil é uma prática que se iniciou no sistema educacional brasileiro 
após a Constituição Federal de 1988 e o fenômeno da globalização na década de 1990. 
Atualmente, é amplamente aplicada e realizada de forma interna, por iniciativa das escolas, e 
externa, pelas ações do Ministério da Educação, conduzidas pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A avaliação institucional possibilita aos gestores a 
elaboração de diagnósticos contextuais e, assim, a tomada de decisões sobre as melhores práticas 
buscando aumentar a qualidade nos processos das instituições e em seus resultados finais, 
contribuindo para o alcance dos objetivos educacionais.
No capítulo Histórico da avaliação institucional, da obra Gestão da avaliação externa e conselhos 
escolares, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre os marcos históricos 
do surgimento e da consolidação das práticas de avaliação institucional no Brasil. Conhecerá 
também como ela pode ser realizada e suas contribuições para as ações diagnósticas e práticas 
voltadas à qualificação educacional.
Boa leitura.
GESTÃO DA 
AVALIAÇÃO 
EXTERNA E 
CONSELHOS 
ESCOLARES
Pablo Rodrigo Bes
Histórico da avaliação 
institucional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever o contexto histórico de construção da avaliação institucional 
brasileira.
  Identificar a avaliação institucional como um instrumento de diag-
nóstico da realidade escolar.
  Relacionar a avaliação institucional com os processos de qualificação 
da aprendizagem.
Introdução
Os procedimentos de avaliação institucional no Brasil tiveram sua emer-
gência a partir da década de 1990, acompanhando as tendências interna-
cionais que se manifestaram sobre a educação para torná-la mais eficiente 
e alinhada com os objetivos projetados dentro do sistema educacional bra-
sileiro. Esses movimentos acompanharam aspectos econômicos, políticos 
e culturais ocorridos durante o período de globalização, quando tivemos 
a ascensão do conceito de gestão em todo o universo organizacional. 
Assim, para realizar uma gestão escolar estratégica e de qualidade, 
itens importantes na racionalidade presente nos dias atuais na área da 
educação, precisamos de instrumentos avaliativos contextuais que ana-
lisem o ambiente e demais aspectos que envolvem as instituições de 
ensino, o que pode ser feito de forma interna, por inciativa das próprias 
escolas, ou externa, por agências privadas ou sistemas de avaliação do 
Ministério da Educação. A avaliação institucional produz diagnósticos 
essenciais para o processo decisório dos gestores e propicia ações em 
busca da melhoria contínua no que se faz nas escolas, contribuindo 
diretamente para a qualificação da educação.
Neste capítulo, você vai conhecer o contexto histórico de emergência 
da avaliação institucional no Brasil, relacionando-a com a elaboração de 
diagnósticos e com a promoção da qualidade na educação.
1 Avaliação institucional no Brasil: 
contexto histórico
Avaliar faz parte de nossas vidas cotidianas, principalmente quando necessitamos 
tomar alguma decisão sobre as coisas. Assim, procuramos ampliar nossa visão, 
entendendo os contextos que envolvem o objeto avaliado, como ele nos impacta 
e as consequências de realizarmos uma ação específi ca em detrimento de muitas 
outras possíveis. Dentro das escolas brasileiras, os processos avaliativos também 
se fazem presentes desde o seu início, porém, mais voltados para as práticas 
pedagógicas, em um primeiro momento, para, somente depois do impulso da 
Constituição de 1988, direcionarem seu foco para os aspectos contextuais e para 
os processos de gestão em seu funcionamento. Assim, podemos compreender 
as práticas avaliativas como um importante instrumento de gestão que tanto 
pode ser do(a) diretor(a) da escola e de sua equipe de trabalho quanto como 
instrumento que permite aos dirigentes educacionais o acompanhamento, o 
monitoramento e a proposição de políticas públicas que objetivem conduzir as 
escolas do sistema educacional brasileiro aos seus objetivos. 
Nesse contexto, podemos questionar: como saber se as escolas estão de 
fato conseguindo desenvolver plenamente seus alunos, preparando-os para o 
exercício da cidadania e para o mundo do trabalho? Tem a escola conseguido 
colocar em prática em suas ações cotidianas aquilo sobre o qual a comunidade 
escolar deliberou e definiu em seu projeto político-pedagógico? Ainda, como 
saber se uma política pública educacional específica tem atingido os objetivos 
que a demandaram? Enfim, esses questionamentos podem ser respondidos a 
partir do conceito de avaliação institucional, foco da presente reflexão. 
É preciso demarcar, neste momento inicial, que a avaliação institucional e a 
avaliação educacional são processos diferentes, com especificidades distintas, 
conforme definiu Belloni (2000):
  avaliação educacional:seus objetos de estudo são situações de apren-
dizagem, desempenho de indivíduos ou grupos em situação de apren-
dizagem ou profissional e currículos ou programas de ensino de um 
curso, de um nível ou modalidade de ensino, ou ainda de atividades de 
qualificação profissional;
Histórico da avaliação institucional2
  avaliação institucional: seus objetos de estudo são instituições, sistemas 
e projetos, ou políticas públicas.
Dessa forma, veremos que os esforços de avaliação institucional acabam 
contribuindo efetivamente para que a aprendizagem melhore, ou seja, terão 
impacto nas avaliações educacionais futuras. Também é importante esclarecer 
que a avaliação institucional pode ser realizada tanto internamente, por ini-
ciativa da própria equipe gestora da escola, quanto externamente, por órgãos 
responsáveis pela educação das redes de ensino existentes.
Para que tenhamos maior clareza sobre o histórico da avaliação institucional 
no Brasil, vamos acompanhar alguns aspectos históricos, demonstrados na 
Figura 1.
Figura 1. Marcos históricos da avaliação institucional no Brasil.
A Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) surtiu vários efeitos no cená-
rio educacional brasileiro, consolidando o direito social à educação e reforçando 
seus objetivos e os segmentos da sociedade que se encontram interrelacionados 
para o seu alcance. Da mesma forma, apresenta em seu texto várias menções 
à busca da qualidade nos serviços públicos, que deve ser medida a partir de 
avaliações. Perceba, por exemplo, o que diz a Constituição em seu artigo 209: 
“[...] o ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - autorização e 
avaliação de qualidade pelo Poder Público” (BRASIL, 1988, documento on-
-line). Assim, caberia ao poder público ter mecanismos capazes de avaliar essa 
qualidade e, para isso, nada mais eficiente do que instituir políticas públicas 
para a avaliação das instituições do sistema educacional brasileiro.
3Histórico da avaliação institucional
Podemos definir que a avaliação institucional no Brasil seguiu as tendências 
mundiais do período de globalização da economia, na década de 1990, quando 
tivemos vários efeitos combinados, entre eles, a emergência do conceito de gestão, 
necessário para que os líderes pudessem conduzir suas organizações frente ao 
novo cenário dinâmico e competitivo que se instaurava, em que a velocidade das 
mudanças e o acesso à informação e às comunicações digitais se reconfigurava 
no contexto econômico, político e cultural. Assim, uma economia que dá margem 
para que as ideias neoliberais se instalem, promovendo a busca pela privatização 
de áreas antes estatais e pela aplicação do modelo de empresa a todas as organi-
zações, impulsiona os conceitos de empreendedorismo e de qualidade para todas 
as organizações, incluindo as escolas e seus sistemas de ensino. 
Essas mudanças acabaram modificando as rotinas organizacionais e a 
vida em sociedade como um todo, dando margem ao surgimento do deno-
minado Estado-avaliador. Segundo Brandalise (2010, documento on-line), 
esse Estado-avaliador “[...] tem o papel de controlar, monitorar, credenciar e 
oferecer indicadores de desempenho para as escolas e os sistemas de ensino 
dos países”. Logo, para cumprir com essas finalidades, são necessários me-
canismos avaliativos externos e aplicados em larga escala. 
A utilização do conceito de qualidade remonta ao surgimento da denominada “qua-
lidade total”, que se desenvolveu durante a Segunda Guerra Mundial nas indústrias 
bélicas com o objetivo de aperfeiçoar os processos produtivos, otimizando a produção 
e diminuindo o desperdício e o percentual de defeitos apresentados nas fábricas 
de armamento. Com o passar das décadas e principalmente após a globalização, 
expandiu-se para todas as organizações, sendo implementada como um sistema de 
gestão capaz de produzir melhores resultados organizacionais.
As primeiras iniciativas de avaliação institucional no Brasil foram realizadas 
a partir do piloto realizado de forma amostral pelo Sistema de Avaliação da 
Educação Básica (SAEB) em 1990. Conforme define o INEP (BRASIL, 2019, 
documento on-line), o SAEB:
[...] é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep 
realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem 
interferir no desempenho do estudante. Por meio de testes e questionários, 
Histórico da avaliação institucional4
aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, 
o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes 
avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações 
contextuais. O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estadu-
ais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O 
resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e 
oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de 
políticas educacionais com base em evidências.
Para chegar ao formato que apresenta hoje, de acordo com o INEP (BRA-
SIL, 2019), as edições das avaliações de 1993, 1995, 1997 e 1999 serviram 
para o aprimoramento do processo, para a busca de novas metodologias a 
serem utilizadas nos testes e questionários conceituais e para a formulação 
de matrizes de referência para medição das proficiências dos estudantes. 
Em 2001, o SAEB passa a ter como foco somente a matemática e a língua 
portuguesa. Em 2003, consolida-se o novo modelo posto em prática na edição 
anterior, tendo como público-alvo as 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 
a 3º série do ensino médio, abrangendo as escolas públicas e uma amostra 
das escolas privadas, valendo-se de matrizes de referência para avaliar as 
competências, definindo descritores relativos aos conteúdos curriculares e 
operações mentais a serem avaliadas nas áreas de conhecimento da mate-
mática e da língua portuguesa.
Em 2005, são introduzidas duas novas provas, a Avaliação Nacional da 
Educação Básica (Aneb) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar 
(Anresc), mais conhecida como Prova Brasil. Em 2007, é criado o Índice 
de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que, em 2019, passa a ser 
reformulado, ampliando seu escopo de abrangência e suas dimensões de 
avaliação da qualidade da aprendizagem e institucional.
O Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras 
(PAIUB) foi criado em 1993 pelo então Ministério da Educação e do Desporto 
tendo como objetivos:
[...] aprimorar a qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão e do Governo 
das Instituições de Ensino Superior e sedimentada no compromisso social da 
Universidade, a avaliação se apresenta despida dos seus velhos "fantasmas". 
Participativa, voluntária, levando em conta as diferenças regionais e a his-
tória de cada Instituição, a avaliação se coloca como um processo contínuo, 
sistemático e de construção de uma CULTURA DE AVALIAÇÃO. Trata-se 
de um projeto de avaliação interna e externa que pretende apontar para a 
Universidade Brasileira melhores rumos a serem perseguidos (BRASIL, 
1994, documento on-line).
5Histórico da avaliação institucional
Assim, abrangendo processos de avaliação contextual internos e externos, 
pretendia-se construir uma cultura de avaliação nas universidades públicas 
brasileiras, auxiliando a planejar estrategicamente seu direcionamento futuro.
O Exame Nacional de Cursos, implantado pelo governo mediante a Lei nº. 
9.131, de 24 de novembro de 1995, teve como finalidade verificar os conheci-
mentos e habilidades básicas adquiridas pelos alunos concluintes, possibilitando 
o aprimoramento dos cursos em funcionamento, a identificação e a correção 
de possíveis deficiências (BRASIL, 1995). Foi aplicado oito vezes pelo Insti-
tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 
sendo substituído a partir de 2004 pelo Exame Nacional de Desempenho de 
Estudantes (ENADE).
Instituídoem pela Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Na-
cional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) se apresenta como um 
mecanismo avaliativo mais completo para o ensino superior, uma vez que se 
constitui de três componentes principais: a avaliação das instituições, dos 
cursos e do desempenho dos estudantes (BRASIL, 2015). Para isso, envolve 
uma série de instrumentos avaliativos que operam de forma integrada, como: 
autoavaliação, avaliação externa, Enade, avaliação dos cursos de graduação 
e instrumentos de informação como o censo e o cadastro das universidades. 
Segundo o INEP (BRASIL, 2015, documento on-line), o SINAES procura 
avaliar: 
[...] o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho 
dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente e as instalações.
Os principais objetivos da avaliação envolvem melhorar o mérito e o va-
lor das instituições, áreas, cursos e programas, nas dimensões de ensino, 
pesquisa, extensão, gestão e formação; melhorar a qualidade da educação 
superior e orientar a expansão da oferta, além de promover a responsabili-
dade social das IES, respeitando a identidade institucional e a autonomia 
de cada organização.
Como podemos perceber, os esforços em torno da construção de meca-
nismos de avaliação institucional extensivos a todas as etapas da educação 
brasileira têm-se multiplicado ao longo das décadas, fazendo com que a ava-
liação transcenda seu caráter classificatório tradicional e seja vista a partir 
da construção de uma cultura avaliativa que busca fornecer condições aos 
gestores para que melhorem os resultados das instituições em que atuam; 
assim, todos se beneficiam, conforme veremos a seguir.
Histórico da avaliação institucional6
O termo diagnóstico tem sua origem na área da medicina, em que, por meio da observação 
de uma série de sintomas e da realização de exames no paciente, procura-se identificar a 
doença. Esse termo foi direcionado para a gestão organizacional com sentido semelhante, 
pois, a partir da observação do funcionamento de uma organização e da aplicação de 
testagens, provas e autoavaliações, procura-se encontrar melhores soluções para problemas 
existentes ou, ainda, para a busca de melhorias contínuas para aquela organização. Esse 
processo de diagnosticar faz com que se atinjam os objetivos de forma mais eficaz.
2 Avaliação institucional: produtora 
de diagnósticos
Podemos afi rmar que a grande contribuição da avaliação institucional, rea-
lizada de forma global, envolvendo os aspectos internos e externos de uma 
instituição de ensino, é permitir que os gestores conheçam a organização que 
dirigem minuciosamente. Esse “conhecer” ocorre a partir das possibilidades 
de diagnóstico, que podem ser realizadas quando da análise e interpretação 
dos dados e informações dos instrumentos avaliativos aplicados. Esses diag-
nósticos são essenciais para que as decisões tomadas sejam mais efi cientes e 
coadunadas com os objetivos educacionais pretendidos.
Podemos analisar a avaliação institucional a partir de dois formatos es-
pecíficos: avaliação institucional interna e avaliação institucional externa.
A avaliação institucional interna se refere ao funcionamento de cada 
escola, também denominada autoavaliação. Aqui, cabe considerar que cada 
escola deve ser vista como uma organização única, com suas particularidades, 
o que é, normalmente, retratado em seu projeto político-pedagógico (PPP). 
Esse projeto, quando elaborado de forma democrática e participativa, revela os 
entendimentos da comunidade escolar (alunos, professores, responsáveis pelos 
estudantes, gestores escolares, funcionários da escola, organizações sociais e 
comerciais do entorno e comunidade em geral) sobre a educação que se propõe 
— o que envolve o tipo de formação que seus estudantes terão, quais práticas 
pedagógicas serão adotadas, entre diversos outros aspectos. Por essa razão, 
entende-se que o PPP define a identidade da escola. Dessa forma, implantar 
um sistema que seja capaz de avaliar a instituição escolar como um todo, de 
7Histórico da avaliação institucional
forma global, somente funcionará se considerar as particularidades de cada 
instituição de ensino, seus múltiplos processos e as relações que ali ocorrem. 
Ao analisar as contribuições das práticas de avaliação institucional, Bran-
dalise (2010, documento on-line) reforça que “[...] a avaliação institucional tem 
um caráter formativo, está voltada para a compreensão e promoção da auto-
consciência da instituição escolar”. Nesse caso, a avaliação institucional deve 
ser vista e praticada envolvendo todos os profissionais da educação e demais 
membros da comunidade escolar, todos os setores que a estrutura apresenta, 
bem como todos os seus processos internos e ao longo de todo o ano letivo.
Belloni e Belloni (2003, p. 17) compreendem a avaliação institucional como 
“[...] um processo sistemático de análise de uma atividade ou instituição que per-
mite compreender, de forma contextualizada, todas as dimensões e implicações, 
com vistas a estimular seu aperfeiçoamento”. Assim, a avaliação institucional 
também contribui para que a escola possa atingir com maior qualidade seus 
objetivos, pois, por meio da percepção das fragilidades apontadas em seus 
processos, poderão ser direcionadas ações por parte de seus gestores. Para que 
a avaliação institucional da escola possa ocorrer eficientemente, promovendo 
as ações de diagnóstico esperadas, deve envolver algumas dimensões, como 
(ALAIZ; GÓIS; GONÇALVES, 2003):
  contexto externo;
  contexto interno;
  organização e gestão;
  ensino e aprendizagem;
  cultura da escola;
  resultados educacionais.
O contexto externo, nesse caso, considera todos os campos que não são 
diretamente afetados pelas ações desenvolvidas na escola, o que envolve os 
aspectos socioeconômicos e culturais das famílias dos estudantes e da comu-
nidade, as expectativas que esses têm em relação ao trabalho da escola, as 
pressões que a escola recebe sobre si em relação ao seu padrão de qualidade, 
que podem vir tanto da esfera pública quanto da esfera privada, entre outros. 
O contexto interno, por sua vez, envolve os aspectos históricos da criação 
da escola, como ela se encontra estruturada física e curricularmente, como 
seu corpo de professores e demais profissionais é composto, quem são seus 
alunos (perfil) e quais processos administrativos possui em funcionamento. 
Os aspectos da organização e da gestão da escola também são relevantes 
no diagnóstico da avaliação institucional da escola, pois os estilos de liderança 
Histórico da avaliação institucional8
acabam impactando o clima de trabalho e a motivação das pessoas. Da mesma 
forma, a equipe gestora da escola deve preocupar-se com a organização peda-
gógica da escola, sua execução e avaliação, sendo importante, nessa dimensão, 
a consideração sobre o projeto político-pedagógico existente. 
O ensino e a aprendizagem são igualmente importantes para a avaliação 
institucional, pois demonstram como as ações em sala de aula têm convergido 
junto a todas as demais dimensões para o alcance dos objetivos da escola. 
Já a cultura da escola, por sua vez, envolve a identidade que tal escola 
assume para si e as formas de agir que legitima como corretas em seus vários 
aspectos. A cultura organizacional da escola costuma envolver os seguintes 
aspectos: como se realiza a sua gestão; como realiza seus procedimentos 
didáticos; participação ou colaboração da comunidade; motivação da equipe; 
formação continuada; disciplina existente; interações e relacionamentos in-
terpessoais, entre outros. 
Os resultados educacionais traduzem as medidas de desempenho adotadas 
pela escola, que informa se foi bem-sucedida em relação ao que previa no 
seu projeto pedagógico, costumando ser associada com a existência de maior 
ou menor qualidade no processo de ensino-aprendizagem das instituições de 
ensino. É a dimensão que se vale das práticas avaliativas educacionais internas 
e externas(de larga escala e propostas pelo Ministério da Educação) e seus 
indicadores para ajustes que sejam necessários.
A avaliação institucional de uma escola deve contemplar seus processos internos, as 
diversas relações existentes, sua cultura organizacional, seu projeto político-pedagógico 
e os resultados das avaliações externas e em larga escala aplicadas sobre ela.
Cabe esclarecer que, quando mencionamos a avaliação institucional 
externa, devemos lembrar que ela pode tanto ser realizada por agências pú-
blicas quanto por instituições privadas. Normalmente, no campo educacional 
brasileiro, a avaliação institucional tem sido uma ferramenta de gestão do 
sistema educacional como um todo, que se materializa a partir das políticas 
públicas educacionais avaliativas do Ministério da Educação, o qual, dentro 
da lógica do Estado-avaliador, procura estabelecer instrumentos de medição 
e controle dos resultados de suas ações na área educacional.
9Histórico da avaliação institucional
Aqui podemos citar a grande importância do SAEB, que, por meio de seus 
instrumentos de medida de desempenho dos estudantes e de apontamento das 
questões contextuais e das dimensões da qualidade com que avalia as escolas, 
fornece importantes elementos de diagnóstico do sistema educacional brasileiro 
como um todo. A partir desses dados e de indicadores como o IDEB, os órgãos 
públicos educacionais dos sistemas de ensino das esferas administrativas 
brasileiras podem monitorar os resultados das políticas públicas existentes e 
implementar novas ações sempre que necessário.
Isso ocorre também na gestão das escolas, pois uma das tarefas inerentes 
ao gestor da escola e a sua equipe é a tomada de decisões, que, no entanto, 
precisam de embasamento na realidade existente na escola, que pode ser apu-
rada de forma muito mais eficiente a partir do momento que existe um plano 
de avaliação institucional na escola, com uma comissão própria de avaliação 
composta por representantes da comunidade escolar. Por meio do trabalho dessa 
comissão na aplicação da avaliação institucional e posterior análise e crítica 
de seus dados, ficam mais claros os pontos fortes e as fragilidades existentes 
na instituição de ensino, favorecendo as ações dos gestores da escola. 
Ao referir-se a esse processo, Sanches e Raphael (2006, documento on-line) 
comentam que “[...] a tomada de decisão é a ação resultante de um processo de 
reflexões que proporcionou conhecer os pontos positivos e frágeis da instituição 
e, por isso, embasará seus passos futuros, em especial no sentido de solucionar as 
necessidades identificadas e buscar o fortalecimento de sua qualidade acadêmica”. 
Assim, a avaliação institucional amplia as condições de gestão das instituições, 
facilitando sua análise estratégica e contextual e fornecendo subsídios valiosos para 
a tomada de decisões eficientes e assertivas, proporcionando maior qualificação 
dos processos e pessoas que fazem parte dessa escola, conforme veremos a seguir.
3 A melhoria da qualidade na educação 
e a avaliação institucional
Vimos que a avaliação institucional se constitui, na atualidade, como uma 
importante ferramenta de gestão, pois propicia, por meio das informações e dos 
indicadores resultantes de seus processos avaliativos, que os gestores possam 
realizar seus diagnósticos e tomar as melhores decisões para o incremento da 
qualidade dos processos escolares. 
Os movimentos em torno da qualidade nas escolas começaram no Brasil na 
década de 1990, quando as instituições de ensino começaram a operar seguindo 
os padrões de gestão empresariais impostos pelo novo ambiente econômico, 
Histórico da avaliação institucional10
político e cultural da globalização. Porém, cabe-nos entender que a qualidade é 
um processo subjetivo, que representa a percepção que cada um possui sobre algo, 
ou seja, diante do mesmo produto ou serviço, poderemos ter diferentes compre-
ensões de qualidade, pois muito se associa com a forma como, individualmente, 
atribuímos valor ao que estamos julgando. Por esse motivo, quando queremos 
estabelecer uma gestão relacionada à qualidade, precisamos, obrigatoriamente, 
de indicadores, de objetivos estabelecidos que definam e norteiem os processos 
organizacionais. Muitos desses objetivos e indicadores acabam constituindo os 
mecanismos de avaliação institucional que viemos estudando. Demo (2012, p. 11) 
nos traz o seguinte exemplo de qualidade: “Um diamante pode ser de qualidade 
se, comparado a outros, for mais puro, perfeito, limpo. Um clima, por ser mais 
completo e equilibrado, apresentaria qualidade superior a outro marcado por 
características de excessiva instabilidade, por exemplo. Nesse caso, qualidade 
significa a perfeição de algo diante da expectativa das pessoas”.
A partir da citação do autor, percebemos que, para que haja qualidade nas 
instituições de ensino, precisamos de formas de conhecimento das expectativas 
das pessoas envolvidas com a organização, bem como de critérios que nos 
permitam mensurar, comparar, refletir e analisar os parâmetros que estamos 
atingindo. Veja, no exemplo a seguir, algumas formas práticas de como a 
qualidade se manifesta no ambiente escolar.
Um casal de pais está buscando conhecer as escolas de educação infantil do seu município 
para escolher uma para matricular seu filho no próximo ano letivo. Ao chegar à primeira 
escola, são recepcionados de forma hospitaleira, ciceroneados para conhecer as estruturas 
existentes, fazem entrevista com a coordenadora pedagógica e podem observar os alunos 
realizando algumas atividades no pátio e nas salas de aula. Na segunda escola visitada 
pelos pais, a recepção é fria: eles aguardam em uma antessala em frente à secretaria; a 
secretária fornece informações e avisa que precisarão realizar um agendamento prévio 
para conhecer a escola, repassando o telefone de contato e informando a disponibilidade 
de horários e dias fixos para realizar essa visita. Ao voltarem para casa, o pai e a mãe 
conversam sobre as impressões que tiveram com a experiência e entendem que a 
primeira escola tem “mais qualidade” que a segunda. Embora possa ser uma constatação 
até mesmo equivocada, pois não conheceram a realidade da segunda escola, os pais 
sentem que a experiência vivida na primeira escola foi melhor, pois o atendimento foi 
mais eficiente e atendeu suas expectativas iniciais. Por motivos como esses, percebemos 
que a qualidade envolve todos os processos internos e as pessoas que se encontram 
em uma escola, independentemente do cargo que ocupem.
11Histórico da avaliação institucional
Assim, podemos dizer que a existência de uma cultura de avaliação nas 
instituições produz efeitos diretos na qualificação educacional. Ao referir-se à 
importância do estabelecimento de uma cultura que se volte para a avaliação 
nesse sentido, Sanches e Raphael (2006, documento on-line) comentam que:
Cabe ressaltar a importância da criação de uma cultura de avaliação, na 
qual o processo avaliativo seja um espaço de reflexão e mudanças das ações 
institucionais, A consolidação dessa cultura se dá com a intensa participação 
de toda a comunidade acadêmica, no momento em que ela participe tanto 
da definição de procedimentos avaliativos e sua implementação, como da 
apropriação dos resultados, que devem ser traduzidos em ações direcionadas 
ao aperfeiçoamento das práticas acadêmicas e administrativas da instituição.
Os autores defendem a ideia de um processo de avaliação institucional 
abrangente e participativo, que, para ser legitimado, deveria envolver toda 
a comunidade escolar; ou seja, alunos, professores, gestores, funcionários, 
pais ou responsáveis, membros da comunidade do entorno da escola e demais 
interessados pela instituição de ensino. É interessante, ainda, o fato de que a 
avaliação institucional se relaciona aos processos cognitivos de reflexão e pos-
sibilita mudanças nas ações da instituição de ensino quando forem necessárias.
Investir na criação de uma cultura de avaliação institucional rompecom 
as ideias que associam o ato de avaliar somente com o aspecto quantitativo 
e com o sentido de fiscalização, controle e policiamento das atividades, evo-
luindo o conceito para a noção de melhoria contínua da qualidade do que se 
faz na escola. De acordo com Cotta (2001), algumas das características que 
apresentam as instituições de ensino que possuem uma cultura de avaliação 
institucional consolidada são:
  apoio à avaliação por parte de atores que ocupam posições-chave no 
governo ou em outras esferas do sistema educacional;
  demanda regular pelas informações de avaliação em todos os níveis 
do sistema;
  registro de experiências bem-sucedidas de utilização das informações 
de avaliação para subsidiar o processo decisório;
  profissionalização das atividades de avaliação nas esferas pública e 
privada;
  consolidação da avaliação educacional como campo de investigação 
acadêmica.
Histórico da avaliação institucional12
Assim, uma instituição de ensino que entenda que a avaliação institucio-
nal representa um papel determinante de seus resultados educacionais, seja 
ela pública ou privada, procurará acompanhar os resultados das avaliações 
externas realizadas pelo Ministério da Educação, pois entende que seus 
indicadores podem contribuir para que seus processos internos possam ser 
aprimorados. Da mesma forma, as práticas pedagógicas ou iniciativas de 
outras ordens, administrativas e das áreas de apoio da escola, serão regis-
tradas, reconhecidas e publicizadas para que sirvam de referência para os 
demais membros da comunidade escolar. Com esses pensamentos e atitu-
des, avaliar se torna uma questão profissional e um campo de investigação 
contínua dentro da escola.
Quando destacamos que a avaliação institucional, interna e externa, pode 
contribuir diretamente para a qualificação educacional, referimo-nos aos 
vários aspectos nos quais se requer monitoramento e melhoria da qualidade, 
como em relação aos seguintes itens:
  ação docente;
  práticas pedagógicas;
  gestão escolar;
  estrutura existente;
  participação da comunidade.
Ao produzir, por meio de suas pesquisas e instrumentos avaliativos, as 
informações sobre o grau de satisfação dos estudantes, de seus pais e da 
comunidade escolar em relação a aprendizagens, metodologias e recursos 
pedagógicos disponíveis na escola, aliados aos indicadores de resultados das 
avaliações externas, os gestores escolares podem realizar investimentos nas 
fragilidades que a instituição de ensino apresenta. Assim, podem capacitar 
mais adequadamente seu corpo de professores, investir na aprendizagem de 
novas estratégias pedagógicas e, ainda, revitalizar estruturas importantes de 
apoio para a aprendizagem, como laboratórios e bibliotecas. Da mesma forma, 
podem promover ações que contribuam para o aumento da participação da 
comunidade em seu meio.
Ao analisar como os instrumentos componentes da avaliação institucional 
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná contribuíram para a melhoria da 
gestão realizada em seu âmbito, em suas múltiplas dimensões e complexidade 
de atuação, Carvalho, Oliveira e Lima (2016, documento on-line) destacam que:
13Histórico da avaliação institucional
Os processos centrados na avaliação do servidor, na avaliação do docente pelo 
discente, na avaliação do desempenho coletivo de setores e na pesquisa de clima 
organizacional podem ser percebidos a partir dos progressos experimentados 
pela IES, em torno da avaliação institucional, o que contribuem significati-
vamente na melhoria da gestão universitária, oportunizando o exercício de 
democratização ao estimular a participação coletiva no processo de pensar 
os rumos da universidade e na reorientação de suas práticas.
Assim, por meio da implementação de processos de avaliação institucional 
internos, próprios da universidade, conforme citam os autores, junto aos 
resultados que a instituição de ensino superior recebe do Sistema Nacional 
de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), a gestão tem condições de tomar 
decisões mais assertivas, coordenando as ações mais urgentes, as áreas a 
serem focalizadas e, assim, melhorando de forma contínua aquilo que já vem 
realizando com bons resultados na região em que atua.
Da mesma forma, esses mecanismos avaliativos institucionais podem ser 
criados nas escolas da educação básica, verificando como se encontra o am-
biente organizacional, ou seja, diagnosticando os níveis de qualidade existentes 
e promovendo ajustes e melhorias. Também devem compor essa busca pela 
qualificação da educação básica os resultados provenientes das avaliações 
do SAEB e do IDEB da escola, pois retratam se a escola tem atingido ou não 
os objetivos educacionais estabelecidos pelo sistema educacional brasileiro. 
Assim, avaliação institucional, diagnóstico e qualidade são fatores que atuam 
de forma sistêmica e se complementam.
Para ampliar seu entendimento sobre o conceito de qualidade na educação e sobre 
a importância da construção de uma avaliação institucional que contemple os seus 
múltiplos aspectos, assista ao vídeo do Instituto Airton Senna no link a seguir. 
https://qrgo.page.link/n7wXk
Histórico da avaliação institucional14
ALAIZ, V.; GÓIS, E.; GONÇALVEZ, C. Auto-avaliação de escolas: pensar e praticar. Porto: 
Asa, 2003.
BELLONI, I. A função social da avaliação institucional. In: SOBRINHO, J. D.; RISTOFF, D. 
(org.). Universidade desconstruída: avaliação institucional e resistência. Florianópolis: 
Editora Insular, 2000.
BELLONI, I.; BELLONI, J. A. Questões e propostas para uma avaliação institucional for-
mativa. In: FREITAS, L. C. Avaliação de escolas e universidades. Campinas: Komedi, 2003.
BRANDALISE, M. Â. T. Avaliação institucional da escola: conceitos, contextos e práticas. 
Olhar de Professor, v. 12, n. 2, p. 315-330, 2010. Disponível em: https://www.redalyc.org/
pdf/684/68420656008.pdf. Acesso em: 19 fev. 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti-
tuicao.htm. Acesso em: 19 fev. 2020.
BRASIL. Lei no. 9.131, de 24 de novembro de 1995. Altera dispositivos da Lei nº. 4.024, 
de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 25 nov. 
1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9131.htm. Acesso 
em: 19 fev. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Superior. Pro-
grama de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB). Brasília: SESu, 1994. 
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002072.pdf. 
Acesso em: 19 fev. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
Anísio Teixeira (INEP). Sinaes. 2015. Disponível em: http://inep.gov.br/sinaes. Acesso 
em: 19 fev. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacio-
nais Anísio Teixeira. SAEB. 2019. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/
educacao-basica/saeb. Acesso em: 19 fev. 2020.
CARVALHO, H. A.; OLIVEIRA, O. S.; LIMA, I. A. Contribuições da avaliação institucional na 
qualificação da gestão do ensino superior: o caso da Universidade Tecnológica Federal 
do Paraná. In: CONGRESSO NACIONAL DE MESTRADOS PROFISSIONAIS EM ADMINIS-
TRAÇÃO PÚBLICA, 1., 2016, Curitiba. Anais [...]. Paraná, 2016. Disponível em: http://profiap.
org.br/profiap/eventos/2016/i-congresso-nacional-de-mestrados-profissionais-em-
-administracao-publica/anais-do-congresso/41164.pdf. Acesso em: 19 fev. 2020.
15Histórico da avaliação institucional
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidasem tais links.
COTTA, T. C. Avaliação educacional e políticas públicas: a experiência do Sistema 
Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Revista do Serviço Público, v. 52, n. 
4, p. 89-111, 2001. Disponível em: https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/
view/316/322. Acesso em: 19 fev. 2020.
DEMO, P. Educação e qualidade. 12. ed. Campinas: Papirus Editora, 2012.
SANCHES, R. C. F.; RAPHAEL, H. S. Projeto pedagógico e avaliação institucional: articu-
lação e importância. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 11, n. 1, 
p. 103-113, 2006. Disponível em: http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php/avaliacao/
article/view/923. Acesso em: 19 fev. 2020.
Histórico da avaliação institucional16
Dica do Professor
Existe uma relação de reforço e complementaridade entre o processo de avaliação institucional 
aplicado em uma escola e os seus resultados educacionais apresentados. Valer-se da capacidade de 
realizar diagnósticos mais precisos, a partir da aplicação dos instrumentos de pesquisa que 
constituem essa avaliação, faz com que os gestores maximizem seu percentual de acerto nas 
decisões a serem tomadas e, assim, atinjam de fato os aspectos mais importantes como foco de 
suas ações. O resultado disso é o aumento na qualidade de tudo o que a escola faz.
Nesta Dica do Professor, saiba mais sobre o caráter diagnóstico da avaliação institucional e 
sua contribuição para a melhoria na qualidade das instituições de ensino.
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Exercícios (TEA 1)
1) “Um processo sistemático de análise de uma atividade ou instituição que permite 
compreender, de forma contextualizada, todas as dimensões e implicações, com vistas a 
estimular seu aperfeiçoamento.” (BELONI; BELONI, 2003, p.17)
Partindo do conceito de avaliação institucional citado pelos autores, pode-se afirmar:
A) O processo de avaliação institucional é sinônimo de avaliação educacional, pois opera a partir 
da aplicação de provas e testes.
B) Quando se fala em avaliação institucional, o foco são as instituições de ensino privadas, que 
objetivam o lucro.
C) A avaliação institucional produz resultados diretos na gestão das instituições de ensino, 
contribuindo para sua melhoria.
D) Quando a avaliação insitucional se realiza contemplando todas as dimensões da escola, ela se 
afasta da possibilidade de contextualização.
E) O objetivo maior da avaliação institucional é a produção de informações essenciais em 
detrimento do aperfeiçoamento da organização.
Nas últimas três décadas, a avaliação institucional passou por inúmeras reconfigurações, 
estendendo-se a todas as etapas da educação e abrangendo o sistema educacional brasileiro 
como um todo. Analise os aspectos de cada um desses componentes históricos da avaliação 
institucional no Brasil e associe a primeira e a segunda colunas, de forma a estabelecer a 
correta relação entre elas.
I. CF 88
II. Globalização
III. SAEB
IV. Exame Nacional de Cursos
V. SINAES
( ) Define uma série de acontecimentos que ocorreram no mundo e que afetaram os 
aspectos econômicos, políticos e culturais das nações.
2) 
Administrador
Realce
( ) Instituído em 1990 como um projeto piloto, é considerado a primeira iniciativa de busca 
por uma avaliação institucional externa e em larga escala no sistema educacional brasileiro.
( ) Tinha como objetivo verificar como estava ocorrendo a formação dos estudantes 
universitários. Atualmente, dentro da configuração do SINAES, foi substituído pelo ENADE.
( ) Reforçou em seu texto a gestão democrática e a busca por mecanismos que medissem a 
qualidade dos serviços prestados à população, que precisavam ser avaliados.
( ) Corresponde a toda uma série de instrumentos aplicados no Ensino Superior para verificar 
as condições de qualidade multidimensionais em que as universidades têm funcionado.
Assinale a alternativa que traz a ordem correta:
A) II; III; IV; I; V.
B) I; II; III; V; IV.
C) III; IV; V; II; I.
D) V; I; II; IV, III.
E) IV; V; I; III; II.
3) Práticas de avaliação institucional têm feito parte das rotinas das instituições de ensino 
brasileiras, sendo percebidas ao longo de todas as etapas da educação, bem como nas redes 
públicas e privadas, devido aos seus efeitos para a gestão dessas organizações educacionais. 
Ao considerar a relação existente entre a avaliação institucional e a busca pela qualificação 
das instituições de ensino, analise as asserções a seguir e marque a alternativa que apresenta 
uma correta relação entre elas:
I. A existência de um processo de avaliação institucional pode impactar diretamente a 
qualificação das atividades realizadas em uma instituição de ensino, seja ela da Educação 
Básica, seja ela do Ensino Superior.
PORQUE
II. Por meio da aplicação de seus intrumentos avaliativos em todas as dimensões e áreas da 
escola, os gestores podem realizar melhores diagnósticos do contexto escolar, 
providenciando ações eficientes que busquem a melhoria da qualidade.
A) As asserções I e II são proposições falsas.
B) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira.
Administrador
Realce
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.
D) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
E) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa da 
asserção I.
 
4) Uma avaliação institucional eficiente, que impactará diretamente o alcance dos objetivos da 
instituição de ensino, deve abranger algumas dimensões importantes, como: o seu contexto 
interno e externo; a organização e gestão da escola; o ensino e a aprendizagem; a cultura da 
escola e os resultados educacionais que vem apresentando.
Analise as alternativas e marque a que apresenta uma dessas dimensões de análise da 
avaliação institucional e sua correta descrição:
A) O contexto interno refere-se aos fatores que não são afetados diretamente pela escola, 
enquanto os externos se relacionam aos docentes, às práticas pedagógicas, à estrutura física 
existente, etc.
B) Perceber como a escola se organiza e qual o estilo de liderança utilizado pelos gestores pode 
ser fundamental na avaliação institucional, pois esses fatores distanciam a escola de seu PPP.
C) O ensino e a aprendizagem têm importância fundamental na avaliação institucional, pois as 
metodologias e as estratégias pedagógicas utilizadas podem assegurar a qualidade na 
educação.
D) A cultura organizacional que a escola tem define a forma como ela se posiciona 
filosoficamente em relação ao mundo, pouco contribuindo para a avaliação institucional.
E) Os resultados educacionais são mensurados por meio de outros mecanismos avaliativos de 
cunho classificatório e quantitativo, sendo que a avaliação institucional é plenamente 
qualitativa.
5) Um dos primeiros aspectos a serem considerados ao buscar a implementação de uma 
avaliação institucional em uma escola é entender bem seu conceito para evitar confusões e 
decisões equivocadas por parte dos gestores.
Sobre o conceito de avaliação institucional, pode-se afirmar:
A) Tem como objeto de estudo as atividades que medem o desempenho dos estudantes, como 
provas e testes aplicados em sala de aula.
Administrador
Realce
Administrador
Realce
B) Tem caráter prioritariamente classificatório e vale-se de instrumentos quantitativos para sua 
realização.
C) Apresenta-se de forma processual e formativa, abrangendo múltiplas dimensões de análises e 
todos os setores e pessoas da escola.
D) É um mecanismo avaliativo que deve ser imposto pelos gestores visando ao engajamento de 
todos na sua aplicação.
E) Funciona de forma muito eficaz para as escolas das redes privadas de ensino, mas, nas escolas 
públicas, deixa a desejar.
Administrador
Realce
Na prática
A avaliaçao institucional deve ter formato multidimensional, abrangendo todos os membros da 
comunidade escolar (alunos, professores,pais, funcionários, órgãos colegiados, comunidade do 
entorno), os diversos setores de sua estrutura e os processos internos cotidianos. Assim, fornecerá 
importante ajuda para que a gestão se realize de forma eficiente, contribuindo para a melhoria dos 
resultados educacionais.
Acompanhe, Na Prática, as etapas que compõem a avaliação institucional da escola de Ensino 
Fundamental.
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Saiba mais
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Avaliação institucional e gestão democrática na Educação 
Infantil: reflexões e possibilidades
Neste artigo, é analisada a dinâmica de avaliação institucional realizada por uma escola municipal de 
Educação Infantil da rede pública de Bagé (RS) de modo a perceber que tal prática se encontra a 
serviço da instituição, como instrumento de apoio à gestão, em uma perspectiva democrática.
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Por que a avaliação institucional é importante?
Neste vídeo, produzido pela organização da sociedade civil Ação Educativa, você vai entender os 
aspectos que tornam a avaliação institucional essencial para a gestão das escolas. 
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Avaliação institucional na Educação Básica: retrospectiva e 
questionamentos
Neste artigo, você confere uma retrospectiva das experiências de uso da avaliação institucional na 
Educação Básica no Brasil desde meados dos anos de 1990.
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