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Guyton - Resumo Cap. 45

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RESUMO FISIOLOGIA -GUYTON 
 Cap. 45 
 
 
1 
 
Organização do Sistema Nervoso Central 
 
Característica especial da maioria das sinapses é que o sinal normalmente se propaga apenas na direção 
anterógrada, do axônio de um neurônio precedente para os dendritos. 
 
I- Plano Geral do Sistema Nervoso: 
 
1) Divisão Sensorial: 
 Muitas atividades do sistema nervoso se iniciam pelas experiências sensoriais que excitam os receptores 
sensoriais. Tal experiência pode provocar uma reação cerebral imediata ou ser armazenada, sob a forma 
de memória, por minutos, semanas, ou anos, determinando reações do organismo em uma data futura. 
 A porção somática do sistema sensorial transmite informação sensorial vinda de receptores localizados 
em toda a superfície do corpo e de algumas estruturas de localização profunda. Essa informação chega ao 
sistema nervoso central através dos nervos periféricos e é conduzida imediatamente para áreas sensoriais 
múltiplas localizadas (1) em todos os níveis da medula espinhal; (2) na formação reticular da medula 
oblonga, ponte e mesencéfalo; (3) no cerebelo; (4) no tálamo; e (5) em áreas do córtex cerebral. 
 
2) Divisão Motora: 
 O papel final mais importante é de controlar as diversas atividades do corpo. Esta função é realizada 
através do controle (1) da contração dos músculos esqueléticos apropriados, por todo o corpo; (2) da 
contração da musculatura lisa dos órgãos internos; e (3) da secreção de substâncias químicas pelas 
glândulas exócrinas e endócrinas, que agem em diversas partes do corpo. Essas atividades são 
coletivamente chamadas funções motoras do sistema nervoso, e os músculos e glândulas são 
denominados efetores, pois são as estruturas que executam as funções ditadas pelos sinais nervosos. 
 
*FUNÇÃO MOTORA – realizada por músculos e glândulas 
 
Músc. esqueléticos podem ser controlados por diferentes níveis do SNC, incluindo (1) a medula espinhal, 
(2) a formação da substância reticular bulbar, pontina e mesencefálica, (3) gânglios da base, (4) cerebelo e 
(5) córtex motor. Cada uma dessas áreas executa sua própria função, as regiões inferiores são responsáveis 
principalmente pelas respostas musculares automáticas. 
 
3) Processamento de Informações: 
 Quando uma importante informação sensorial excita nossa mente, esta é imediatamente canalizada 
para regiões integrativas e motoras apropriadas do cérebro com o intuito de provocar as respostas 
desejadas. Tanto a canalização quanto o processamento da informação são chamados de funções 
integrativas do sistema nervoso. Assim, se um indivíduo encostar a mão em um fogão quente, a resposta 
instantânea adequada é a de afastar a mão. Seguem-se outras respostas associadas, como mover o corpo 
inteiro para longe do fogão, e, talvez, até gritar de dor. 
“FUNÇÃO INTEGRATIVA = CANALIZAÇÃO + PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES” 
 
 RESUMO FISIOLOGIA -GUYTON 
 Cap. 45 
 
 
2 
 
O papel das sinapses  Exercem AÇÃO SELETIVA, por vezes bloqueando sinais fracos, enquanto permitem 
que sinais fortes passem. E, em outros momentos, selecionando e amplificando determinados sinais 
fracos, e com frequência transmitindo tais sinais em muitas direções ao invés de restringi-los à direção 
única. 
 
4) Armazenamento da Informação: 
 A maior parte das informações sensoriais é armazenada para futuro controle das atividades motoras e 
para uso nos processos cognitivos. Grande parte deste armazenamento ocorre no córtex cerebral, e 
mesmo as regiões subcorticais do encéfalo e a medula espinhal podem armazenar pequenas quantidades 
de informação. 
 O armazenamento de informações é o processo chamado memória, e é, também, uma função 
executada pelas sinapses. Ou seja, cada vez que determinados tipos de sinais sensoriais passam através de 
sequências de sinapses, estas tornam-se mais capazes de transmitir o mesmo tipo de sinal em outras 
oportunidades. Este processo é chamado de facilitação. Depois de os sinais sensoriais passarem 
numerosas vezes através das sinapses, estas se tornam tão facilitadas que os sinais gerados pelo próprio 
sistema nervoso central podem também induzir a transmissão de impulsos através das mesmas 
sequências de sinapses, mesmo na ausência da eferência sensorial. 
 
II- Principais Níveis Funcionais do Sistema Nervoso Central: 
 
1) Nível da Medula Espinhal: 
 Os circuitos neurais intrínsecos da medula podem ser responsáveis por: (1) movimentos de marcha, (2) 
reflexos que afastam partes do corpo de objetos que causam dor, (3) reflexos que enrijecem as pernas 
para que sustentem o corpo contra a gravidade, e (4) reflexos que controlam os vasos sanguíneos locais, 
movimentos gastrointestinais ou excreção urinária. De fato, os níveis supra-espinhais do sistema nervoso 
geralmente operam, não através do envio de sinais diretamente para a perifieria do corpo, mas sim 
enviando sinais aos centros de controle da medula espinhal, ou seja, simplesmente “comandando” estes 
centros para que realizem suas funções. 
 
2) Nível Cerebral Inferior ou Subcortical: 
 Muitas do que chamamos de atividades subconscientes do corpo são controladas por regiões 
encefálicas subcorticais – na medula oblonga, ponte, mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, cerebelo e 
gânglios da base. Por exemplo, o controle subconsciente da pressão arterial e da respiração é executado, 
principalmente, pela medula oblonga e pela ponte. O controle do equilíbrio é uma função combinada de 
porções do cerebelo, juntamente com a formação reticular bulbar, pontina e mesencefálica. Os reflexos 
alimentares, como a salivação e a ação de lamber os lábios em resposta ao sabor da comida, são 
controlados por áreas localizadas na medula oblonga, ponte, mesencéfalo, amígdala e no hipotálamo. 
Além disso, muitos padrões emocionais como raiva, excitação, resposta sexual, reação à dor e reação ao 
prazer, podem continuar a ocorrer mesmo após a destruição de grande parte do córtex cerebral. 
 
3) Nível Cerebral Superior ou Cortical: 
 RESUMO FISIOLOGIA -GUYTON 
 Cap. 45 
 
 
3 
 
 O córtex cerebral é uma região extremamente grande de armazenamento de memórias, nunca 
funcionando sozinho, e sim sempre em associação com as estruturas subcorticais do sistema nervoso 
central. 
 É essencial para a maior parte dos processos do pensamento, porém não pode funcionar sozinho. De 
fato, são as estruturas subcorticais, e não o córtex, que iniciam o estado de vigília no córtex cerebral, deste 
modo promovendo a abertura do banco de memórias para ser acessado pela maquinaria do pensamento, 
presente no encéfalo. Sendo assim, cada porção do sistema nervoso executa funções específicas. No 
entanto, é o córtex que abre um mundo de informações armazenadas para que seja explorado pela mente. 
 
 
-Funções sinápticas de neurônios: Cada impulso pode ser (1) bloqueado na transmissão, (2) transformado 
em impulso único ou impulso repetitivo, (3) pode ser integrado a impulsos vindos de outros neurônios. 
 
Tipos de sinapses: QUÍMICAS (mais comuns) e ELÉTRICAS: 
I. Sinapses químicas 
Ocorrem através de neurotransmissores (NTs), que atuarão em proteínas receptoras, para 
promover excitação, inibição ou modificar a sensibilidade da célula. 
 
II. Sinapseselétricas 
São caracterizadas por sinais que conduzem eletricidade de uma célula para a próxima, 
geralmente através de pequenas estruturas tubulares proteicas chamadas de junções 
comunicantes (gaps), que permitem o livre movimento de íons de uma célula para a outra. 
 
Observação importante!!! As sinapses químicas são sempre UNIDIRECIONAIS, ou seja, o sinal é 
transmitido do neurônio pré-sináptico para o neurônio pós-sináptico. Isso permite que os sinais 
sejam direcionados para alvos específicos. 
 
 
 
Terminal pré-sináptico: O terminal pré-sináptico é separado do corpo celular do neurônio pós-sináptico 
através da fenda sináptica. Apresenta vesículas transmissoras (contém substância excitatória ou inibitória) 
e mitocôndrias (geram energia). Quando o potencial de ação chega ao terminal, a despolarização de 
 RESUMO FISIOLOGIA -GUYTON 
 Cap. 45 
 
 
4 
 
membrana faz com que NTs sejam liberados na fenda, o que provoca alterações na permeabilidade da 
membrana. 
 
A membrana pré-sináptica tem canais de cálcio dependentes de voltagem. Quando há despolarização, 
esses canais se abrem e permitem a passagem de cálcio para o terminal pré-sináptico. Há, portanto, 
liberação de NTs. 
 
A membrana pós-sináptica tem proteínas receptoras, com dois componentes importantes: (1) componente 
de ligação do NT e (2) componente ionóforo. Esse componente ionóforo, por sua vez, pode ser CANAL 
IÔNICO ou ATIVADOR DE SEGUNDO MENSAGEIRO. 
 
*Canais iônicos: podem ser catiônicos (sódio, potássio, cálcio) ou aniônicos (cloreto). 
CATIÔNICOS  EXCITAM 
ANIÔNICOS  INIBEM 
 
O Sistema de Segundo Mensageiro: Responsável pelo efeito prolongado no neurônio. Um dos tipos mais 
comuns é o da proteína G. A PTN G está ligada a porção do receptor que se projeta para o interior da 
célula. Pode provocar os seguintes efeitos: 
1. Abertura de canais iônicos específicos na membrana da cél pós-sináptica. Ex: abertura do canal de 
K+, que permanece por tempo prolongado; 
2. Ativação do AMPc ou GMPc na cél neuronal; 
3. Ativação de enzima(s) intracelulares; 
4. Ativação da transcrição gênica; 
 
A excitação pode ocorrer por abertura de canais de sódio, por condução reduzida de cloreto ou potássio e 
por alterações no metabolismo do neurônio pós. Já a inibição ocorre por abertura dos canais de íon 
cloreto, por aumento na condutância de íons potássio para o exterior do neurônio e por ativação de 
enzimas receptoras que inibem as funções metabólicas celulares. 
 
Nts de moléculas pequenas e de ação rápida: tem respostas mais agudas, como transmissão de sinais 
sensoriais para o encéfalo e de sinais motores do encéfalo para o músculo. As vesículas se reciclam depois 
da utilização da substância transmissora. 
Ex: Acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina, glutamato, NO, etc. 
 
Neuropeptídeos: São fabricados no corpo celular e apresentam resposta mais lenta. A vesícula de 
neuropeptídeos passa por autólise e não é reutilizada. Neuropeptídeos tem potência maior, causando 
ações mais prolongadas. 
Ex: Somatostatina, ACTH, prolactina, insulina, glucagon, angiotensina II, bradicinina, etc. 
 
Eventos elétricos durante a Excitação Neuronal: (1) há um potencial de repouso de -65mv (2) liberação de 
NTs (3) – o neurônio menos negativo se torna mais excitável. (4) Há aumento da permeabilidade da 
membrana ao Na+. 
 RESUMO FISIOLOGIA -GUYTON 
 Cap. 45 
 
 
5 
 
 
O aumento positivo da voltagem do potencial da membrana em repouso é chamado de Potencial Pós-
sináptico Excitatório (PPSE). Se o potencial aumentar até o limiar, chamaremos de potencial de ação. 
De fato, o potencial é deflagrado no segmento inicial do 
 
Lembrar que a concentração de íons Sódio e Cloreto é maior no meio extracelular, e de íons Potássio é 
maior no meio intracel.  Bomba sódio-potássio! Bomba de cloreto! 
 
 
SOMAÇÃO ESPACIAL: somam-se potenciais pós-sinápticos simultâneos pela ativação de múltiplos 
terminais em áreas muito espaçadas na membrana neuronal. 
SOMAÇÃO TEMPORAL: descargas sucessivas de um só terminal pré-sináptico, se ocorrerem com rapidez 
suficiente, podem ser somadas umas as outras. 
FACILITAÇÃO: Geralmente, a somação dos potenciais pós-sinápticos é excitatória, mas não se aumenta até 
o ponto de atingir o limiar para disparo do neurônio pós-sináptico. 
 
Fadiga na transmissão sináptica: quando o número de descargas no neurônio pós-excitatório é muito alto, 
a frequência de disparo começa a diminuir progressivamente. É importante quando áreas do SNC são 
superexcitadas, pois faz com que percam tal excitabilidade após algum tempo. É provavelmente o meio 
pelo qual o excesso de excitabilidade do cérebro - durante a convulsão – cessa (importância clínica). 
 
Alcalose  geralmente aumenta a excitabilidade neuronal; 
 
Acidose  deprime a atividade neuronal; 
Hipóxia  pode causar completa ausência de excitabilidade; 
 
 
Aline B. Rochembach, 4º período de medicina – Univille 
alinerochembach@gmail.com

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