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MODELO DE PETIÇÃO - NORMAS ABNT

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE FAMÍLIA, SUCESSÕES, ÓRFÃOS E INTERDITOS DA COMARCA ______. 
NICOLAS GABRIEL BATISTA REIS, brasileiro, menor impúbere, nascido em 03/02/2015, neste ato devidamente representado por sua genitora ANDRESA BATISTA REIS, brasileira, solteira, desempregada, portadora da cédula de identidade R.G. nº ___ e inscrita no CPF nº __, ambos residentes e domiciliados na Rua ___, nº ___, bairro ____, na cidade de _______, por seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM ALIMENTOS
Em face de KAURI CARVALHO DOS SANTOS, brasileiro, solteiro, padeiro e mototaxista, residente e domiciliado na Fazenda Esperança, Ribeirão dos Coquinhos, Município de Floresta Azul-BA, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
PRELIMINARMENE
Requer o autor, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro no disposto da Lei 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
A representante legal do menor, manteve um relacionamento com o réu durante 5 anos. Apesar de esporádico, o relacionamento era público e notório, uma vez que frequentavam lugares em que podiam ser vistos juntos por toda a sociedade.
Desse relacionamento, resultou o nascimento do autor, no mês de fevereiro de 2015 (certidão de nascimento em anexo). Ocorre que ao tomar conhecimento da gravidez, o réu rompeu o relacionamento com a mãe de Nicolas Gabriel e durante a gravidez se recusou a dialogar com Andresa acerca de qualquer assunto. Após o nascimento, o réu não mais procurou a genitora, não demonstrando o menor interesse pelo filho ou o seu reconhecimento. Andresa procurou o réu e este sequer a recebeu.
Andresa abandonou a sua antiga profissão para se dedicar aos cuidados do seu filho. Atualmente, a genitora e o requerente, vivem e sobrevivem com a ajuda do pai dela que é autônomo e de sua mãe que é dona de casa.
A criação do requerente não deve recair somente sobre a responsabilidade de sua genitora, que são muitas e notórias, como por exemplo: alimentação, vestuário, moradia, assistência médica e odontológica, educação, dentre outras, conforme faz prova a documentação em anexo.
A situação financeira do requerido é estável e privilegiada, uma vez que exerce a função de padeiro e mototaxista, tendo condições de colaborar para o sustento de seu filho, todavia, quando procurado pela representante legal do requerente, este se negou a prestar auxílio, não restando alternativa senão propositura da presente ação.
DO DIREITO 
Da investigação de paternidade
De acordo com o disposto no artigo 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.
Ora Excelência, o requerente, observado o princípio da dignidade da pessoa humana, tem o direito ao reconhecimento de sua paternidade. Quanto ao tema, a doutrina é unânime:
Quando o indivíduo é privado de sua verdadeira identidade genética, porque ninguém o assumiu voluntariamente, poderá investigar judicialmente, ingressando com Ação de Investigação de Paternidade imputada ao seu genitor biológico. Esse direito de saber sua verdadeira identidade, tem relação com os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988, como o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e o direito à cidadania. (BEZERRA, 2009)
É evidente que a genitora tem certeza absoluta de que o réu é o pai do requerente, visto que durante todo o relacionamento foi fiel, ao contrário do mesmo que mantinha relações extraconjugais. A investigação de paternidade também está prevista na lei 8.560 de 1992, que dispõe em seu artigo 2º-A, "caput" e parágrafo único:
Art. 2ºA. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos.
Parágrafo único.  A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.
A recusa de submeter-se ao teste de DNA foi, inclusive, tema da súmula 301 do Superior Tribunal de Justiça: “em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade”.
É necessário o reconhecimento da paternidade para que a criança possa requerer plenamente todos os seus direitos, necessários a seu saudável desenvolvimento físico e mental.
Dos alimentos
O requerente tem a possibilidade jurídica de solicitar alimentos ao réu devido ao disposto nos artigos 1.694, “caput” a 1.696, ambos do Código Civil:
“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação”.
"Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento."
“Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros”.
	Quanto ao valor da pensão, deve-se observar o binômio necessidade/possibilidade, nos termos do §1º do artigo 1.694 do Código Civil. Levando-se em conta os elementos indicadores da possibilidade financeira da alimentante e da condição econômica da genitora dela, a verba alimentícia deve ser fixada em patamar razoável. Nesse sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça dispõe que:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ACIDENTE DE TRÂNSITO COM VÍTIMA FATAL. PROPRIEDADE DO BEM DANIFICADO. COMPROVAÇÃO. DANO MORAL. RAZOABILIDADE. PROVA DOS LUCROS CESSANTES. PENSÃO DEVIDA A FILHO MENOR. LIMITE. REDUÇÃO DO PENSIONAMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. HONORÁRIOS. APRECIAÇÃO EQÜITATIVA. SÚMULA Nº 07/STJ. (...) IV - Na esteira dos julgados desta Corte, é devida a pensão aos filhos menores até o limite de 25 (vinte e cinco) anos de idade. Precedentes: REsp nº 592.671/PA, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ de 17/05/2004 e REsp nº 402.443/MG, Rel. p/ acórdão Min. CASTRO FILHO, DJ de 01/03/2004. V - Adequada a fixação do valor da pensão em 2/3 (dois terços) dos rendimentos da vítima, deduzindo que o restante seria gasto com seu sustento próprio. O tema referente à redução do pensionamento em 1/3 (um terço) não foi apreciado pelo Tribunal a quo, não tendo o recorrente oposto embargos declaratórios, buscando pronunciamento acerca da questão suscitada (Súmulas 282 e 356 do STF) (REsp. n. 603.984, rel. Min. Francisco Falcão, Julgado em: 16-11-2004).
Supondo que o pai do requerente receba o salário mensal de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), a pensão deverá ser fixada em R$ 800,00 (oitocentos reais), o que corresponde a 2/3 daquele valor.
O artigo 4º da Lei 5.478 de 1968 diz que:
Art 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. 
Com o advento da lei dos alimentos gravídicos, que requer tão somente indícios de paternidade para a fixação de pensão, é inegável a possibilidade de fixação de alimentos provisórios no caso em questão. 
O valor da causa será estabelecido com observância do artigo 259, inciso VI, do Código de Processo Civil:
Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:
IV – na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor;
Dessa feita,encontra-se fundamentado o pedido do autor, sendo legítimo e urgente, sob pena de prejuízos irreparáveis para o menor.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) A procedência do pedido, declarando ser o requerido pai biológico do menor Nicolas Gabriel Batista Reis, com a expedição de mandado ao Ofício de Registro Civil competente para averbar-se na Certidão de Nascimento do requerente o nome do pai, bem como de seus avós paternos.
b) A determinação da realização do exame de DNA para averiguação da paternidade, sendo que, caso o réu não realize o mesmo, será decretado, por presunção, pai da autora.
c) Sejam fixados alimentos provisórios, no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais), de acordo com as necessidades apresentadas, ou conforme critério de Vossa Excelência, cujos valores deverão ser depositados na conta corrente em nome da representante legal até o 10 (décimo) dia de cada mês;
d) Seja oficiado o empregador do réu para que realize desconto diretamente na folha de pagamento, referente ao valor a título de pensão alimentícia, nos termos do artigo 734 do Código de Processo Civil;
e) Seja citado o réu para comparecer à audiência e apresentar defesa, sendo que não o fazendo, sofrerá os efeitos da revelia e confissão ficta;
f) Seja ao final julgado procedente o pedido com a condenação do Requerido ao pagamento de pensão alimentícia, com a devida conversão em caráter definitivo, na mesma proporção dos alimentos provisórios;
g) Seja intimado o representante do Ministério Público para, na condição de “custus legis”, emitir seu parecer, com base no artigo 82, inciso II, do Código de Processo Civil;
h) Sejam deferidos todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente as provas documentais, o depoimento pessoal do Requerido e as testemunhas, conforme rol abaixo descrito;
i) Seja concedido o benefício da Justiça Gratuita, nos termos da Lei 1.060 de 1950, em virtude das dificuldades por que a família está passando, conforme a declaração de pobreza em anexo;
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), para todos os efeitos legais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(Cidade), 08 de setembro de 2015.
NOME DO ADVOGADO
OAB/BA

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