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TALUDES E MUROS DE ARRIMO 
1. TALUDES 
 
Sob o nome genérico de taludes, compreende-se quaisquer superfícies inclinadas 
que limitam um maciço de terra, de rocha ou de terra e rocha. Podem ser naturais, caso das 
encostas, ou artificiais, como os taludes de cortes e aterros. 
Embora a Mecânica dos Solos tenha surgido para analisar e explicar fenômenos de 
instabilidade de taludes - vulgarmente denominados "quedas de barreiras" - e apesar de 
todo o inconteste avanço ainda hoje esses fenômenos constituem um dos maiores 
problemas da Mecânica dos Solos no que se refere aos aspectos teóricos da previsão do seu 
mecanismo de evolução com o tempo, correta quantificação dos parâmetros dos materiais e 
exata análise dos esforços solicitantes e resistentes. 
1.1 Classificação dos movimentos 
Conquanto as formas de instabilidade de maciços terrosos ou rochosos, nem sempre 
se apresentam bem caracterizadas e definidas, pode-se classificar os principais tipos de 
movimentos em três grandes grupos: 
 
 
 
 
a) Desprendimento de terra ou rocha 
 
É uma porção de um maciço terroso ou de fragmentos de rocha que se destaca do resto 
do maciço, caindo livre a rapidamente, acumulando-se onde estaciona. 
 Trata-se de fenômeno localizado. É evitável pelos processos comuns de prevenção e, 
quando necessário, utilizando-se os recursos de estabilização. 
 
 
 
 
b) Escorregamento 
 
É o deslocamento rápido de uma massa de solo ou de rocha que, rompendo-se do 
maciço, desliza para baixo e para o lado, ao longo de uma superfície de deslizamento. Se a 
superfície de deslizamento passar acima ou pelo pé do talude, será um escorregamento 
superficial ou ruptura de talude, e se por um ponto afastado do pé do talude, 
escorregamento profundo, ruptura de base. 
 
c) Rastejo 
 
É o deslocamento lento e contínuo de camadas superficiais sobre camadas mais 
profundas, com ou sem limite definido entre a massa de terreno que se desloca e a que 
permanece estacionária. 
A velocidade de rastejo é, geralmente, muito pequena. A curvatura dos troncos de 
árvores, inclinação de postes e fendas no solo são alguns dos índices da ocorrência do 
rastejo. 
 
1.2 Causas do movimento 
 
Geralmente constituem causas de um escorregamento o "aumento" de peso do 
talude (incluindo as cargas aplicadas) e a "diminuição" da resistência ao cisalhamento do 
material. As primeiras classificam-se como externas e as segundas, como internas. 
A concomitância desses fatores nas estações chuvosas ou pouco depois onde a 
saturação aumenta o peso do material e o excesso de umidade reduz a resistência ao 
cisalhamento pelo aumento da pressão neutra - explica a ocorrência da maioria dos 
escorregamentos nesses períodos de grande precipitação pluviométrica. 
Causa muito comum de escorregamento é a escavação próxima ao pé do talude, para 
implantação de uma obra. 
 
 
 
 
 
Há que distinguir essas causas - por isso mesmo chamadas causas reais do 
escorregamento, da causa imediata, que pode ser, por exemplo, um forte aguaceiro. 
 
1.3 Análise da estabilidade 
 
Do ponto de vista teórico, um talude se apresenta como uma massa de solo 
submetida a três campos de forças: as devidas ao peso, ao escoamento da água e à 
resistência ao cisalhamento. 
 
1.4 Taludes em solos não coesivos 
 
Neste caso, o ângulo do talude deverá ser reduzido, como é mostrado ao analisar a 
situação em que o nível d'água encontra-se na superfície do talude (de extensão ilimitada). 
 
 
 
 
1.5 Taludes de extensão limitada 
 
Para taludes de extensão limitada são consideradas superfícies de ruptura planas ou 
curvas. Estas são superfícies cilíndricas tendo por diretriz arcos de circunferência de 
círculo, espiral logarítmica, cilóide, ou outras curvas. 
Quanto à natureza do material do talude, pode-se ter escorregamentos em solos 
puramente coesivos, não coesivos e solos com coesão e ângulo de atrito interno. 
 Pode-se também considerar taludes em solos homogêneos e solos não homogêneos 
(solos estratificados, taludes parcialmente submersos, ou outras condições). 
No que se refere à geometria dos taludes eles poderão ser tratados a três dimensões 
ou a duas dimensões. 
Em Mecânica dos Solos é usual a análise bidimensional, reduzindo assim o estudo 
das forças atuantes a um problemas de estática plana. 
Em Mecânica das Rochas, no caso de deslizamento de blocos de rocha, é 
conveniente o tratamento tridimensional. 
Quanto ao modo de ruptura, como já foi referido, pode-se ter: 
 
a) "Ruptura de talude", com a superfície assando acima ou pelo pé do talude; 
 
b) "Ruptura de base", em que a superfície passa abaixo do pé do talude. 
 
 
 
1.6 Superfície plana de ruptura 
 
A superfície plana de ruptura pode de desenvolver ao longo de um plano de contato 
predeterminado, de origem natural ou artificial, sendo ainda aceitável em taludes 
homogêneos e muito íngremes, com inclinação próxima de 90°. 
 
1.7 Superfície curva de ruptura 
 
Os métodos que admitem a superfície curva de ruptura são geralmente 
grafoanalíticos. 
 
1.8 Fendas de tração 
 
Constate-se, na prática, que antes de ocorrer um deslizamento de terras, no topo do 
talude o solo rompe-se por tração, daí resultando a formação de fendas. 
 
Nesses casos, a superfície de ruptura termina na extremidade da fenda, 
aconselhando-se, porém, levar em conta o peso do solo correspondente à área hachurada, 
para compensar o possível efeito da pressão d'água de enchimento da fenda. 
Taludes de terra compactados, construídos sobre camadas de fraca resistência, 
rompem-se por tração, ao invés de seguirem uma possível superfície de deslizamento 
teórica. 
 
 
 
 1.9 Taludes Submersos 
 
Com vistas à estabilidade dos taludes de montante dos aterro-barragens, está 
esquematizado, teoricamente, as condições de equilíbrio doa taludes submersos. 
 
 
 
No caso do "reservatório cheio", como se verifica pelo polígono de forças, Psub é 
equilibrado por C e R, enquanto que Pa é equilibrado por U e F. 
Após um "esvaziamento rápido" a força F desaparecerá e, para que o equilíbrio 
continue, será necessária que seja mobilizada uma força coesiva de valor C+C'. 
Do exposto se conclui que os dois casos conduzem a duas condições diferentes de 
equilíbrio, sendo que a do "esvaziamento rápido" corresponde à hipótese mais desfavorável 
e, portanto, a uma fase perigosa na vida do aterrobarragem. 
1.10 Rupturas por translação 
 
Se a massa de terra que forma o talude é sobrejacente a uma camada de fraca 
resistência (Fig. 8) ocorre a "ruptura por translação" ao longo de uma superfície de 
deslizamento composta de uma parte retilínea e dois arcos de circunferência. 
 
 
 
1.11 Estabilização de taludes 
 
São vários os métodos utilizados para a estabilização de taludes: 
Diminuição da inclinação do talude - De uma maneira geral o método mais simples 
de reduzir o peso é a suavização do seu ângulo de inclinação ou, então, através da execução 
de um ou mais patamares. 
 
 
 
No projeto das obras de drenagem tem grande significado o coeficiente de deflúvio 
superficial "run-off', definido como a razão entre a chuva que se escoa e a que cai. 
Revestimento do talude - A plantação do talude com espécies vegetais adequadas ao 
clima local é uma proteção eficaz, do talude, sobretudo contra a erosão superficial. 
A hidrosemeadura é um sistema de plantio que se dá por via líquida. 
Emprego de materiais estabilizantes - Visa melhorar as características de resistência 
dos solos, misturando-os com alguns produtos químicos. 
 As injeções de cimento são particularmente recomendadas em casos de maciçosrochosos fissurados. 
Muros de arrimo e ancoragens - A execução de muros de arrimos convencionais ou 
a introdução de tirantes de aço, protendidos ou não, no interior do maciço, ancorando-os 
fora da zona de escorregamento, constituem soluções para muitos casos que ocorrem na 
prática. 
Utilização de bermas - Consiste em colocar no pé do talude bermas, quer dizer, 
banquetas de terra, em geral do mesmo material que o próprio talude, com o fim de 
do pé do talude as tensões são elevadas. 
 
 
 
Prévia consolidação do solo de fundação - Sempre que a fundação for constituída 
por solos compressíveis, há que se cuidar da progressiva mobilização de sua resistência ao 
cisalhamento, em alguns casos até acelerando o processo de consolidação, por maio de 
drenos verticais de areia. 
 
1.12 Obras de Contenção 
 
São todas aquelas estruturas que, uma vez implantadas em um talude, oferecem 
resistência à movimentação deste ou à sua ruptura, ou ainda que reforçam uma parte do 
maciço, de modo que esta parte possa resistir aos esforços tendentes a instabilização do 
mesmo. 
2. MUROS DE ARRIMO 
 
Desde a Antiguidade, o Homem construía estruturas de arrimo para proteger as 
obras implantadas em encostas. Em muitas ruínas de obras antigas podem ser encontrados 
muros constituídos de blocos de pedra ou tijolos rejuntados com argamassa, realmente 
exercendo funções de reação aos empuxos do solo. Trata-se sempre de muros tipo 
"gravidade", isto é, aqueles nos quais a reação do empuxo do solo é proporcionada pelo 
peso do muro e pelo atrito em sua fundação, função direta deste peso. 
Com o passar dos tempo, os muros de arrimo clássicos evoluíram, procurando-se 
otimizar o projeto estrutural dos mesmos. Com o advento do concreto, passou-se a utilizar 
muros de arrimo confeccionados com este material, mas inicialmente ainda eram muros 
tipo "gravidade". 
Atualmente, muros deste tipo ainda são utilizados em obras viárias. Mesmo nas 
rodovias modernas, é comum ver-se muros de "gravidade" implantados nas encostas. 
Geralmente, utiliza-se para sua confecção o concreto ciclópico ou ainda pedras rejuntadas 
com argamassa de cimento. 
 
2.1 Muros Tipo "Gravidade" 
 
Muros constituídos de blocos de pedra ou tijolos rejuntados com argamassa de 
cimento ou cimento ciclópico, realmente exercendo funções de reação aos empuxos do 
solo. São aqueles nos quais a reação ao empuxo do solo é proporcionada pelo peso do muro 
e pelo atrito em sua fundação, função direta deste peso. 
 
Muro de Pedra Seca 
 
Consiste em pedras arrumadas manualmente, sendo que sua resistência resulta 
unicamente do embricamento dessas pedras. Esse tipo de muro necessita de blocos de 
dimensões regulares para sua estabilidade, o que acarreta diminuição do atrito entre as 
pedras. Recomenda-se seu uso para a contenção de taludes de pequena altura (até 
aproximadamente 1,5m). 
 Este tipo de muro apresenta as seguintes vantagens: facilidade de construção, pois 
não requer mão-de-obra especializada, baixo custo e capacidade autodrenante. 
 
Muro de Pedra Argamassada 
 
Obra semelhante ao muro de pedra seca, sendo que os vazios são preenchidos com 
argamassa de cimento e areia. O arranjo de pedras de dimensões variadas, bem como seu 
rejuntamento, confere maior rigidez ao muro, possibilitando seu uso na contenção de 
taludes com alturas de até 3m. Nesse tipo de muro deve ser implantada drenagem através de 
barbacãs. 
 
Muro de Concreto Ciclópico 
 
Tipo de estrutura constituída de concreto e agregados de grandes dimensões; sua 
execução consiste no preenchimento de uma fôrma com concreto e blocos de rochas de 
dimensões variadas. Pode ser usado para contenção de taludes com alturas superiores a 3m. 
Esse tipo de muro necessita de um sistema de drenagem, e os melhores para ele são o dreno 
de areia e o barbacãs. 
 
Crib-walls 
 
Trata-se de um sistema de peças de concreto armado, que são encaixadas entre si, 
formando uma espécie de "gaiola", cujo interior é preenchido com material terroso ou, de 
preferência, com blocos de rocha, seixos de maiores dimensões, ou ainda entulho. Este 
material fornece o peso desta estrutura de gravidade, enquanto que as peças de concreto 
armado respondem pela resistência da estrutura e manutenção de sua forma geométrica. 
Os crib-walls necessitam para sua execução, do aterro interno e de um reaterro na 
região a montante, sendo por isto utilizados, nas obras viárias, para a construção de aterros 
em encostas. Devido à sua forma construtiva, trata-se de estruturas naturalmente bem 
drenadas e pouco sensíveis à movimentação e recalques, razões pelas quais se adaptaram 
muito bem à execução de estradas pioneiras em regiões serranas. 
Em obras definitivas, é necessário o uso de filtro de interface entre o crib-wall e o 
aterro, por exemplo, com uso de mantas geotêxteis. 
 
Gabiões 
 
Trata-se de caixas de arame galvanizado, preenchidos com pedra brita ou seixos, 
que são colocadas justapostas e costuradas umas às outras por arame, formando muros de 
diversos formatos. São bastante utilizados como proteção superficial de encostas, proteção 
de margens de rios e como muro de contenção. 
São estruturas drenadas e relativamente deformáveis, o que permite o seu uso no 
caso de fundações que apresentam deformações maiores, inaceitáveis para estruturas mais 
rígidas. Devido à sua simplicidade construtiva e custo relativamente baixo, os muros de 
gabiões vêm sendo muito utilizados como contenção de aterros e de encostas de maneira 
provisória e de menor responsabilidade. 
O terreno deve ser regularizado e nivelado, antes da colocação da primeira camada 
de gabiões-caixas. As pedras devem ser arrumadas dentro dos gabiões, de modo a se obter 
um arranjo bastante denso. Deve-se utilizar geotêxtil ou areia grossa como elemento de 
transição entre os gabiões e o material de corte ou aterro. 
 
Muros de Arrimo de Solo-Cimento Ensacado 
 
O solo cimento pode ser utilizado para proteger superficialmente o talude, ou para 
construir muros de arrimo de gravidade. Muitas vezes, quando utilizado "ensacado", 
funciona com a dupla função de proteção superficial e contenção, como, por exemplo, na 
obturação de pequenas rupturas em taludes de grande extensão. 
Outra alternativa de uso do solo-cimento na contenção de taludes é a sua execução 
compactado em camadas, de modo a se produzir uma faixa externa ao talude com este 
material que, após a reação do cimento, se torna mais resistente e menos erodível, de modo 
a dar sustentação ao restante do talude. 
 
Muros de Concreto Armado 
 
Várias modalidades de muros de arrimo que utilizam este material para sua 
confecção, economizando volumes de concreto e permitindo uma ocupação mais completa 
das áreas a montante e a jusante. Geralmente, os muros de arrimo de concreto armado estão 
associados à execução de aterros e reaterros, uma vez que, para sua estabilidade precisam 
contar além do peso próprio, o peso de uma porção de solo adjacente, que funciona como 
parte integrante da estrutura de arrimo. 
 
Cortinas Cravadas 
 
Estrutura de contenção constituída por estacas ou perfis cravados no terreno, 
trabalhando à flexão e resistindo pelo apoio da ficha (parte enterrada do perfil). Trata-se de 
obras contínuas (estacas-prancha ou estacas justapostas) ou descontínuas (nas quais estacas 
ou perfis metálicos são cravados a uma certa distância um do outro, sendo o trecho entre 
eles preenchido por pranchões de madeira ou placas de concreto armado). 
Este tipo de estrutura é muito utilizado em obras de contenção provisórias, daí a 
predominância do uso de perfis metálicos cravados e pranchões de madeira. Em obras 
definitivas, não seusa madeira e os perfis metálicos devem ser protegidos contra corrosão. 
Devido à flexão, costumam ser bastante deformáveis. 
 
2.2 Obras Especiais De Estabilização 
 
Tirantes e Chumbadores 
 
Os tirantes têm como objetivo ancorar massas de solo ou blocos de rocha, pelos 
incrementos de força gerados pela protensão destes elementos, que transmitem os esforços 
diretamente a uma zona mais resistente do maciço através de fios, barras de aço. 
Os chumbadores são barras de aço fixados com calda de cimento ou resina, com o 
objetivo de conter blocos isolados, fixar obras de concreto armado, sem o uso de protensão. 
 
Drenagem 
 
As obras de drenagem têm por finalidade a captação e o direcionamento das águas 
do escoamento superficial, assim como a retirada de parte da água de percolação interna do 
maciço. 
A execução destas obras representa um dos procedimentos mais eficientes e de mais 
larga utilização de todos os tipos de taludes, tanto nos casos em que a drenagem é utilizada 
como único recurso, quanto naqueles em que ela é um recurso adicional, utilizado 
conjuntamente com obras de contenção, retaludamento ou proteções diversas. Mesmo 
nestes últimos casos, apesar de serem comumente denominadas "obras complementares" ou 
"auxiliares", as obras de drenagem são de fundamental importância. 
É sabido que se as águas superficiais ou de infiltrações influem na estabilidade dos 
taludes. Daí a importância dos diferentes tipos de drenagem, tanto superficial, através de 
caneletas, como profundas, por meio de furos horizontais. 
 
 
 
Obras De Proteção Superficial 
 
As obras de proteção superficial desempenham um papel extremamente importante 
na estabilização de taludes de corte ou aterro, pois sua função é impedir a formação de 
processos erosivos e diminuir a infiltração de água no maciço através da superfície exposta 
do talude. 
 Os tipos de proteção superficial apresentados a seguir, foram subdivididos de 
acordo com a utilização de materiais naturais ou artificiais. 
Sempre que possível, devem ser privilegiadas as soluções que utilizam materiais 
naturais, por serem, em geral, mais econômicas, em especial as que utilizam materiais 
abundantes na própria região. 
 
2.3 Proteção Superficial Com Materiais Naturais 
 
Cobertura Vegetal de Médio a Grande Porte 
 
De maneira simplificada, a cobertura vegetal tem como funções principais: 
aumentar a resistência das camadas superficiais de solo pela presença das raízes; proteger 
estas camadas contra a erosão superficial; e reduzir a infiltração da água no solo através dos 
troncos, galhos e folhas. 
 
Cobertura Vegetal com Gramíneas 
 
O objetivo dessa técnica deve ser o de travar os solos a pequenas profundidades (10 
a 20cm), oferecendo-lhes uma cobertura a mais densa e homogênea possível, o que 
diminuirá o escoamento da água diretamente sobre o solo. Para esta finalidade, costuma-se 
lançar mão de espécies gramíneas e leguminosas de crescimento rápido. 
 
Proteção com "Pano de Pedra" 
 
 Constitui-se basicamente no revestimento do talude com blocos de rocha talhados 
em forma regular e tamanho conveniente para o transporte e colocação manual. Estes 
blocos são arrumados sobre o talude e geralmente rejuntados com argamassa, protegendo-o 
assim da erosão. 
O assentamento dos blocos deve ser executado de modo a se conseguir o maior 
travamento possível na interface pano de pedra/solo; assim, deve-se cravar a face mais 
aguda do bloco na superfície a ser protegida. 
Quando os blocos forem rejuntados com argamassa, devem ser instalados drenos 
tipo barbacã. 
 
2.4 Proteção Superficial Com Materiais Artificiais 
 
Proteção com Imprimação Asfáltica 
 
É uma das técnicas mais difundidas, utilizadas há muitas décadas, e extremamente 
eficiente para evitar erosão e a infiltração da água, quando bem aplicada sobre superfície 
firme e isenta de material solto. 
Consiste na aplicação de uma camada delgada de asfalto diluído a quente ou em 
emulsão, por rega ou aspersão. Apresenta, no entanto, dois inconvenientes graves: 
deteriora-se sob influência da insolação, exigindo reparos e manutenção periódicos, e 
apresenta péssimo aspecto visual, sendo evitada nos locais em que é desejável manter ou 
recompor uma paisagem agradável. 
 
Proteção com Argamassa 
 
É uma das técnicas mais antigas, sendo, porém pouco utilizada, devido ao seu custo 
relativamente elevado e às dificuldades operacionais de sua aplicação. 
 Consiste na aplicação manual ou mecanizada de cobertura de argamassa de cimento 
e areia. 
 
Proteção com Concreto Projetado ou "Gunita" 
 
Trata-se de uma técnica evoluída a partir do “argamassamento”, com o objetivo de 
operacionalizar sua execução, obtendo maior rendimento. A mistura de areia, cimento e 
pedrisco ("gunita") é projetada com o auxílio de bombas, contra a superfície a ser 
protegida, resultando uma espessura média de 3 a 5cm. 
É de custo bastante elevado, inclusive pela adoção, generalizada, de tela metálica 
para armação e sustentação da "casca" formada. Esta tela, com malha de 5 a 20cm e fios de 
2 a 5mm, é fixada à superfície do talude por chumbadores e pinçadores, sendo depois 
projetada a "gunita". 
 
Proteção com Tela 
 
Consiste na utilização de tela metálica fixada à superfície do talude por meio de 
chumbadores, em locais onde existe a possibilidade de queda de pequenos blocos de rocha, 
com o conseqüente descalçamento e instabilização das áreas 
sobrejacentes. 
A tela deve estar protegida contra corrosão, principalmente quando instalada em 
meio agressivo. Para tanto, é usual o emprego de telas com fios galvanizados ou, 
modernamente, também envoltos por capas plásticas. 
 
CONCLUSÃO 
 
Os muros de arrimo e os taludes são elementos de extrema importância na 
contenção de terrenos. Estes elementos evitam que a pressão dos materiais retirados do solo 
e/ou erosões ocorridas por diversos fatores danifiquem obras civis. 
 Os muros de arrimo são facilmente vistos dentro de cidades, em áreas onde o 
terreno é montanhoso, ou em estradas, para conter o desmoronamento causado por chuvas 
não previstas. Tem função de equilíbrio mecânico dos solos. 
 Os taludes são, preferencialmente, observados em estradas, servindo como 
dissipador da energia das águas e solo, e evitando que estes materiais obstruam a circulação 
de carros. São utilizados em regiões montanhosas. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 Taludes de Rodovias DER-SP, 1991, IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 
São Paulo. 
 
 Ocupação de encostas, 1991, IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo. 
 
 CARVALHO, Ronaldo de, Estudo de Estabilidade de Taludes e Drenagem BR 277 
Curitiba - Ponta Grossa, 1998, ENGEFOTO Eng. e Aerolevantamento. 
 
 http://www.orpecengenharía.com.br/geotecni.htm 
 
 http://www.orpecengenharía.com.br/fíltro.htm 
 
 http://www.prossolo.com.br/contencao.htm 
Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTOS DE MUROS DE ARRIMO

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