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Locação_de_Obras_CONCEITOS

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LOCAÇÃO DE OBRAS 
 
1. INTRODUÇÃO: 
Marcar ou locar a obra consiste exatamente em medir e assinalar no terreno 
a posição das fundações, paredes, colunas e outros detalhes fornecidos pelo projeto de 
arquitetura, materializando os principais pontos através de piquetes. A locação ou 
marcação da obra faz-se tomando como base os dados fornecidos pelas plantas de 
situação, de fundações e baixa do pavimento térreo (do subsolo em certos casos). 
Quanto mais importante o prédio a construir, mais precisa deverá ser a 
marcação. Para uma pequena residência necessita-se apenas de uma trena ou metro de 
pedreiro, um nível, um prumo e um fio de aço. 
Para locar prédio de vários pavimentos ou outro tipo importante de obra civil 
podese necessitar de teodolito ou outros instrumentos de topografia. 
O terreno onde será construído o prédio deve ser identificado, localizado e 
delimitado com precisão, conferindo-se seus limites com a escritura pública de compra 
e venda, devidamente registrada no Registro Geral de Imóveis, a fim de evitar um 
possível equívoco. 
Certas vezes o terreno faz parte de um Projeto Aprovado (P A) da Prefeitura 
Municipal, podendo ser obtida uma cópia do P A e conferidos os limites do terreno. 
Caso não existam mais os piquetes de demarcação, pode-se requerer a nova 
demarcação junto à Prefeitura. 
Nos casos em que os limites do terreno são evidentes por já terem os 
vizinhos construíndo cercas ou muros ou mesmo construído em seus terrenos, é 
conveniente conferir a posição das cercas, muros ou paredes e verificar se estão na 
posição certa ou avançaram sobre o nosso imóvel. 
Veremos a seguir como segue o procedimento de Locação de Obras. 
2 
 
 
 2. DESENVOLVIMENTO: 
2.1 INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS NECESSÁRIOS: 
Para locar uma obra é necessário sabermos como materializar no terreno, 
com suficiente precisão: 
a) Um plano horizontal (plano em nível); 
b) Uma reta vertical (prumo ou direção da gravidade); 
c) Um ângulo reto (em esquadro ou ângulo de 90°); 
d) Um comprimento na horizontal (medida em nível); 
e) Um determinado ângulo (com teodolito). 
2.2 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: 
 Pontalete 3" x 3"; 
 Tábua 1" x 12"; 
 Sarrafo 1" x 6"; 
 Cimento; 
 Areia; 
 Brita 1 ou 2; 
 Água; 
 Arame recozido n° 18; 
 Pregos 18 x 27 e 15 x 15; 
 Tinta esmalte sintético nas cores branca e vermelha; 
 Teodolito; 
 Aparelho de nível a laser; 
 Pá; 
 Enxada; 
 Cavadeira; 
3 
 
 
 Carrinho de mão; 
 Serrote; 
 Nível de bolha; 
 Prumo de centro; 
 Trena metálica de 30 m de comprimento com precisão de 1mm; 
 Linha de náilon; 
 Rolo de espuma para pintura; 
 Pincel; 
 Lápis de carpinteiro; 
 Martelo; 
 Gabarito de letras e números; 
 EPIs: capacete, bota de couro, luvas de rapa e de borracha. 
É recomendado o uso de serviços topográficos especializados para o 
acompanhamento da locação da obra. 
Alguns instrumentos e ferramentas usados na locação de uma obra podem 
ser vistos na figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumentos e ferramentas usados normalmente na locação de obras. 
 
4 
 
 
2.3 PROCESSOS DE LOCAÇÃO DE OBRA: 
Para facilitar e meto diz ar marcação dos pontos importantes da construção, 
costuma-se usar um dos seguintes processos: 
 
 Piquetagem direta 
Processos de Marcação ou Locação Cavaletes 
 Tabeira ou Tapume / Gabarito 
 
A piquetagem direta consiste em, com o auxílio de um teodolito e estadia 
(régua graduada especial para topografia) ou trena, régua, nível de tubo e prumo, ir 
medindo e marcando com um piquete cada ponto importante, ou seja, em eixos de 
pilares, paredes, fundações etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Piquete usado para a marcação de pontos importantes no terreno, vendo-se a tacha em seu 
topo que marca com maior precisão o ponto. 
 
 
 
5 
 
 
Os cavaletes permitem marcar melhor uma linha e são melhores do que a 
piquetagem direta, porém o processo melhor e mais usado, em obras de porte médio, é 
o processo da tabeira, que consiste em cercar todo o local da construção a demarcar 
com um cavalete contínuo de tábuas ou sarrafos nivelados e em esquadros, fixados ao 
solo por barrotes enterrados é que são marcadas as distâncias indicadas pelos desenho 
abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho do terreno vendo-se a tabeira em tomo do local da construção. 
 
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Desenho mostrando como se marcam na tabeira eixos de paredes, fundações e posição nivelada da 
mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maneira de materializar um ponto pelo processo da tabeira, um eixo de pilar, por exemplo. 
 
 
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Um cavalete com os pregos de marcação. 
 
O nivelamento (colocação na horizontal) da tabeira ou a travessa do cavalete 
é feito com nível de pedreiro ou nível de tubo, que dá maior precisão e 
esquadrejamento (colocação dos cantos em esquadro ou ângulo reto), com esquadro de 
pedreiro ou pelo processo do triângulo 3-4-5, sendo que este dá uma maior precisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como nivelar a tabeira ou a travessa de um cavalete com nível de pedreiro ou com nível de tubo. 
 
 
 
 
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Esquadrejamento das mestras da tabeira através do processo de triângulo 3-4-5. 
 
As mestras, tábuas ou sarrafos das tabeiras, devem ficar cerca de meio metro 
acima do solo e bem niveladas e esquadrejadas, formando um retângulo com a face 
superior das mestras horizontais e esquadrejadas. 
Tal retângulo servirá de eixos para as marcações. Sua posição deve ficar 
perfeitamente referida aos limites do terreno, ou melhor, referida a um ponto tomado 
como referência para as marcações de distâncias e de níveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabeira esquadrejada, nivelada e referida ao ponto A do terreno tomado como referência 
de distâncias e de nível. 
 
 
 
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Materialização no terreno de um ângulo reto do processo do triângulo 3-4-5. 
2.4 OBJETIVO: 
Padronizar os procedimentos de locação de um edifício em um terreno 
qualquer. 
2.5 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA: 
 Projeto da prefeitura; 
 Levantamento planialtimétrico; 
 Projeto de locação; 
 Projeto de fundação; 
 NR 18 - "Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção" 
(normas regulamentadora do Ministério do Trabalho). 
2.6 MÉTODO EXECUTIVO: 
 
10 
 
 
 2.6.1 Condições para o início da execução do serviço: 
O terreno deve estar limpo e arrasado até as cotas definidas para a execução 
das fundações. 
2.6.2 Execução da locação: 
Definir a referência de nível (RN) da obra e a referência pela qual será feita a 
locação da obra, que poderá ser uma lateral alinhada do terreno ou um ponto locado 
por topografia. Para a tomada de decisão, é aconselhável confrontar sempre o 
levantamento planialtimétrico com o projeto de locação e as divisas do terreno, de 
modo a escolher a melhor referência. 
Solicitar ao topográfico a conferência de eixos e divisas da obra. Após esta 
conferência, verificar as distâncias entre os eixos e as divisas. 
Definida a referência para locação e realizada as conferências no terreno, 
executar o gabarito que consiste em um polígono de lados ortogonais que circunscreve 
a edificação a ser locada. Além da garantia do esquadro, seuslados devem ser 
alinhados e nivelados. Quando o terreno apresentar um caimento elevado, o gabarito 
deve ser feito em degraus, acompanhando a configuração em planta, mas sempre em 
prefeito nível, esquadro e alinhamento. 
A partir da referência escolhida no terreno, deve-se marcar uma das faces do 
gabarito com uma trena metálica e uma linha de náilon, obedecendo a uma distância 
de pelo menos 1,5 m da face da edificação. As demais faces do gabarito podem ser 
marcadas a partir desta face e do projeto de locação. O gabarito deve ser materializado 
com a fixação de pontaletes aprumados e concretados no solo, faceando sempre o 
mesmo lado da linha de náilon, e espaçados, no máximo, 2m um do outro. 
Após o endurecimento do concreto (pelo menos 24 horas), os pontaletes 
devem ser cortados de maneira que seus topos formem uma linha horizontal 
perfeitamente nivelada, a uma altura média do solo de cerca de 1 m a 1,2 m. Na face 
11 
 
 
interna dos pontaletes, pregar tábuas também niveladas, formando a chamada 
"tabeira". 
Pregar sarrafos de 1" x 6" no topo dos pontaletes. Em seguida, verificar o 
esquadro de todos os cantos por triangulação, com medidas de 3 m, 4 m e 5 m ou seus 
múltiplos maiores possíveis. Travar o gabarito com mãos-francesas e, caso a tabeira 
fique acima de 1,5 m de altura, prever contraventamento em alguns vãos em pontos 
estratégicos, a fim de assegurar a perfeita imobilidade do conjunto. Recomenda-se 
pintar o gabarito com esmalte e sintético na cor branca. 
Marcar os eixos X e Y no gabarito, por topografia, utilizando um ponto de 
referência fixo e claramente identificado no terreno. Essa marcação deve ser feita com 
base na planta de locação fornecida pelo projetista. O risco é feito com lápis de 
carpinteiro sobre a pintura branca, sendo identificado com tinta esmalte sintético na 
cor vermelha e gabarito de letras e números, evitando-se o seu remonte. Abaixo dos 
eixos principais (X e Y) locados no gabarito, deve-se cravar um testemunho em 
concreto com um prego protegido, o que permitirá checagens constantes caso ocorra 
algum deslocamento do gabarito. 
Elaborar uma tabela de marcação com as coordenadas dos pilares em relação 
à origem do sistema de eixos XY. A tabela deve ser organizada em ordem crescente de 
uma das coordenadas. Marcar o gabarito de acordo com a tabela, a partir dos eixos X e 
Y, utilizando trena metálica, esquadro e lápis de carpinteiro. O risco deve ser feito 
sobre o sarrafo e sobre a tabeira. Nos pontos marcados, fixar dois pregos 15 x 
15espaçados em cerca de 1mm, um de cada lado do risco feito com lápis de 
carpinteiro. No alinhamento do risco, porém, na região posterior do sarrafo de topo, 
fixar um prego 18 x 27. 
Conferir o esquadro, o alinhamento e o nível do gabarito, bem como a 
marcação de todos os pilares e das estacas. Sugere-se que essa conferência também 
seja realizada por um engenheiro e / ou mestre de obra da empresa, de maneira a evitar 
a ocorrência de erros. Após a consolidação da marcação, cravar os pregos deixando-os 
12 
 
 
1 cm para fora da madeira. 
 Pintar o nome dos pilares sobre a tabeira, ao lado dos riscos 
correspondentes, utilizando tinta esmalte sintético na cor vermelha e gabarito de letras 
e números. 
Esticar um arame pelos eixos do elemento estrutural a ser locado (pilar, 
sapata, tubulão, estaca etc.), utilizando um prego 18 x 27 para fixação. O cruzamento 
dos arames de cada eixo definirá a posição do elemento estrutural no terreno. Para 
elementos com seção não - circular triangulares, retangulares ou poligonais em geral -, 
descer um prumo em cada lateral para definição da posição das faces. Cravar um 
piquete nos pontos definidos pelo prumo e locar as formas e os gastalhos. 
Deve-se impedir que pessoas permaneçam sentadas, coloquem pesos ou 
cruzem o gabarito pisando sobre sua superfície. Caso necessário, executar proteções 
ou prever passagem para pessoas e equipamentos. 
A configuração final do gabarito está ilustrada na figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.7 LOCAÇÃO DE OBRAS LOCAIS OU LOCALIZADAS: 
Entende-se por obras locais ou localizadas os prédios residenciais, casas de 
bombas, estações de tratamento e reservatórios de água, etc. 
Um dos métodos utilizados para essa locação é o da tábua corrida – processo 
mais usual, devido ao grau de precisão bastante satisfatório. 
O método da tábua corrida consiste na cravação de pontaletes de pinho 3" x 
3", distanciados entre si de 1,50 m, afastados das futuras paredes 1,20 m e com 0,40 m 
acima do terreno. 
Nos pontaletes serão pregadas ripas, sarrafos ou tábuas, formando uma cinta 
em volta da área a ser construí da. 
Os sarrafos, ripas ou tábuas deverão estar rigorosamente nivelados para que 
se posa obter medidas corretas. 
As medidas deverão ter sempre a mesma origem e os valores medidos serão 
acumulados. 
Para perfeito esquadro, de preferência, utilizar o teodolito. 
 
 
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2.8 LOCAÇÃO DE ESTACAS: 
Com base no desenho estrutural, as estacas serão posicionadas através do 
cruzaemnto das linhas fixadas nas respectivas coordenadas, com auxílio de "prumo" . 
Os pontos serão identificados através de piquetes de peroba de 2,5 x 2,5 em – 
h = 15 cm, pintados de cor vermelha. 
O piquete deverá ser cravado até o nível do chão, para que o bate-estacas não 
o arranque ao passar por ele. 
2.9 LOCAÇÃO DE PAREDES: 
 As paredes serão marcadas pelo eixo, a fim de serem evitadas diferenças nas 
dimensões do compartilhamento mais afastado. Com esse procedimento evitam-se as 
dúvidas quanto ao posicionamento da parede de um para outro lado do alinhamento 
marcado. 
Todos esses tipos de locação citados devem ser executados pela equipe de 
Topografia, principalmente em se tratando de obras hidráulicas, quando o sistema 
abrange várias unidades, cujo funcionamento se encontra em interdependência, 
obedecendo rigorosamente as cotas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. 
2.10 LOCAÇÃO DE OBRAS - MÉTODO DA CRUZETA E MÉTODO DO 
GABARITO: 
No assentamento de uma canalização que funciona como conduto livre, uma 
das principais exigências a serem observadas é a fidelidade ao projeto em planta e em 
perfil. 
 
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Essa condição é satisfeita fazendo-se passar externamente à vala onde se 
assentará a tubulação, uma reta (R) paralela à futura geratriz inferior interna do tubo 
(G), também designada por soleira (fig. 03) e, posteriormente, transladando-se esta 
paralela R para a posição da geratriz (G). Vários são os processos usados para essa 
operação, sendo, os mais comuns, o da cruzeta e o do gabarito. 
A reta R é materializada por traves (visores ou réguas) sobre as quais se 
estabelece uma linha de visada (para o método da cruzeta) ou coloca-se um fio de 
náilon (para o método do gabarito, onde este já foi colocado no trabalho), neste caso, a 
distância máxima entre duas traves será, no máximo de 10 m. 
Recomenda-se que a distância entre as retas R e G seja tal que a altura h 
entre a face superior da trave e o nível do sol (fig 03), pelo menos no ponto onde se 
processará a visada, permita uma posição de trabalho adequada ao operador; uma 
altura h em tomo de 1,40 m é bastante razoável. 
Com base nos desenhos do projeto, estabelecem-se as alturas das cruzetas 
(ou gabaritos) para os diversos trechos e calculam-se as cotas de todas as traves que se 
fizerem necessárias. 
A marcação da cota das traves na obra é feita por nivelamento geométrico, 
com nível geométrico, com nível topográfico de precisão,obedecendo á seguinte 
metodologia: 
- com base numa referência de nível oficial (RN), estabelece-se, 
aleatoriamente, uma altura do instrumento (AI); 
- visa-se um ponto de referência qualquer, próximo à futura trave (poste, 
muro, etc) e marca-se aí a altura do instrumento e a cota dessa trave; 
- transfere-se a cota marcada no poste, muro, etc. à trave que se estará 
construindo, utilizando um nível de mangueira. A distância entre um 
ponto de referência e a futura trave deverá permitir o emprego desse 
nível; recomenda-se não ultrapassar 15 m (ver figo 04). 
A cruzeta é, resumidamente, uma régua T (ver figo 05) que deverá atender 
17 
 
 
às seguintes condições mínimas: 
- ser perfeitamente esquadrada; 
- não ser feita com madeira empenada; 
- ter a largura de cabeça de, no mínimo, 40 cm; 
- ter o pé chapeado como proteção; 
- ter a cabeça e, pelo menos, 50 em do corpo pintados de cor diferente das 
réguas; 
- sempre que possível, deverá ter níveis de bolha que permitam, durante a 
visada, conserva-Ia na posição vertical (se o nível não for peça integrante 
da cruzeta, será usado um nível comum de pedreiro). 
Sua utilização é feita deslocando-a sobre a geratriz superior do tudo, de 
maneira que um observador, olhando tangencialmente pelas duas réguas, tangencie 
também a cabeça da cruzeta, (fig 06). 
Somente o primeiro tubo assentado recebe nivelamento na ponta e junto à 
bolsa, pois os seguintes, aparando-se num tubo já nivelado, têm somente um ponto a 
ser conferido. 
Durante o assentamento, deveremos verificar se a altura da cruzeta 
corresponde à do trecho em execução. 
O gabarito é, resumidamente, uma régua em L ou mesmo a cruzeta em 
posição invertida (fig. 06). 
Sua utilização se faz apoiando-o na geratriz interna inferior do tubo, devendo 
a marcação que fixa sua altura coincidir com o fio de náilon, que deverá estar bem 
esticado. 
Da mesma forma que no uso da cruzeta, somente o primeiro tubo receberá 
nivelamento na ponta e junto à bolsa. 
18 
 
 
 
 
19 
 
 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 SOUZA, Roberto, e MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na Aquisição 
de Materiais e Execução de Obras. CTE - Centro de Tecnologia de 
Edificações. Pini, 1996. 
 Engº BARCHA, Flavio. Elementos de Topografia e Locação de Obras. 
PUC-PR. 
 Engº CHAVES, Roberto. Manual do Construtor, 180 edição. Ediouro, 1979.

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