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PROFESSOR: LEONARDO NEVES 2º ANO ___ ALUNO (A): _____________________________________________ DATA: ___/___/2024 COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA – Apostilado 02 A idade do ouro na América portuguesa Os portugueses procuravam ouro em sua Colônia da Amé- rica desde o começo do século XVI. Para isso, criaram as en- tradas e bandeiras, expedições que penetravam no interior do território à procura de metais preciosos ou de indígenas para aprisionar e escravizar. Em 1693, um bandeirante paulista en- controu ouro na região do atual estado de Minas Gerais. Milha- res de pessoas dirigiram-se então para lá, à procura de enrique- cimento rápido. Após um período caótico, o governo de Portugal passou a controlar a região mineradora, distribuindo lavras, abrindo estradas, cobrando impostos e fundando vilas (Mariana, Vila Rica, Sabará e outras). Nascia, assim, uma sociedade mais urbana, diversificada e dinâmica do que a do Nordeste açuca- reiro. Na base dessa sociedade estavam os africanos escraviza- dos, obrigados a trabalhar em condições precárias nos rios (ouro de aluvião) e nas minas. Descontentes, muitos deles se revoltavam e fugiam para formar quilombos. Homens livres e pobres também faziam parte dessa sociedade. Havia ainda nas vilas e cidades uma camada média, formada por artesãos, co- merciantes, pequenos mineradores, intelectuais, militares, sa- cerdotes, etc. O grupo dominante era constituído por grandes mineradores, fazendeiros, grandes comerciantes, altos funcio- nários da administração, etc. Ouro e integração As necessidades de abastecimento da região mineradora le- varam, pela primeira vez na Colônia, à formação de uma rede de ligação entre o Nordeste e o Sul. O Rio de Janeiro fornecia africanos escravizados e produtos europeus; o Rio Grande do Sul, cavalos, mulas e gado; do Nordeste chegavam açúcar, ra- padura e cachaça. Para controlar a circulação de mercadorias e fiscalizar o pagamento do quinto (imposto de 20% sobre o ouro extraído), o governo português ordenou a abertura de uma rota entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro e instituiu registros, lo- cais de cobrança de impostos sobre os produtos transportados. O Barroco mineiro Iniciado em meados do século XVI na península Itálica, o Barroco foi um estilo artístico caracterizado pelas formas cur- vas e exuberantes, pela abundância de adornos e pela expres- são dos sentimentos. No Brasil, adotou características próprias e atingiu o auge na região das Minas Gerais. Seus maiores ex- poentes foram Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, arqui- teto, escultor e entalhador, que projetou a igreja de São Fran- cisco em Vila Rica (atual Ouro Preto), e Manuel da Costa Ata- íde, autor da pintura do forro dessa igreja. No campo da litera- tura, destacaram-se os poetas Cláudio Manuel da Costa, To- más Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto, que, em 1789, se envolveriam na conspiração pela independência conhecida como Inconfidência Mineira. O poder se desloca para o sul A exploração do ouro em Minas Gerais deslocou o eixo da economia colonial do Nordeste para o Centro-Sul. Ao mesmo tempo, a descoberta de diamantes no Distrito Diamantino, em 1720, levou a um rígido controle da região. Em 1771, a explora- ção dessas pedras preciosas ficou a cargo da Coroa portu- guesa. Como resultado do deslocamento do eixo econômico, em 1763 a capital da Colônia passou a ser o Rio de Janeiro, que substituiu Salvador nessa função. A essa altura, o porto do Rio de Janeiro já era o maior da Colônia, recebendo africanos escravi- zados e produtos europeus e exportando ouro e diamantes. A Conjuração Mineira Na segunda metade do século XVIII, uma crise econômica tomou conta da Colônia. O ouro das minas tornava‑se escasso, e a extração diminuía ano após ano; além disso, o preço do açúcar caía, devido à concorrência dos holandeses nas Anti- lhas. Contudo, a metrópole portuguesa não admitia o esgota- mento do ouro das minas nem o descumprimento do paga- mento das cem arrobas anuais de impostos. Ameaçava com a derrama, ou seja, o confisco de bens e objetos de ouro dos co- lonos, até que se completassem as cem arrobas. O desconten- tamento por parte da elite mineira, com dívidas por liquidar e cada vez mais afastada de cargos na administração colonial, fez surgir a ideia de ruptura com a Metrópole. Na Europa, os fi- lhos da elite mineradora entraram em contato com as ideias ilu- ministas, motivadoras da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa. No final de 1788, a elite mineira articulou uma revolta, que seria desencadeada quando o governador das Minas Gerais de- cretasse a derrama, esperada para o início de 1789. Organi- zado em Vila Rica, o movimento propunha a proclamação da in- dependência da Capitania de Minas Gerais, sob um regime re- publicano e aos moldes da Constituição estadunidense. Dese- java criar indústrias, uma universidade em Vila Rica e rever a cobrança de impostos, além de instituir o perdão das dívidas com a Fazenda Real. Entretanto, o governador ficou sabendo da conspiração por Joaquim Silvério dos Reis, que havia partici- pado das reuniões dos conjurados. Antes que a revolta aconte- cesse, o governador mandou prender todos os envolvidos, e uma devassa (inquérito) foi aberta no Rio de Janeiro. O julga- mento dos conjurados, acusados de crime de inconfidência (traição à Coroa), estendeu-se por três anos. Muitos dos envol- vidos foram presos e banidos. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, porém, foi condenado à morte em 1792. Depois de enforcado, teve o corpo esquartejado e a cabeça exposta em Vila Rica: era um aviso aos que se opusessem à Coroa portu- guesa. Conjuração Baiana Em 1798, a capitania da Bahia, que passava por sérias crises econômicas e sociais, foi palco de uma nova revolta contra a GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E.E.E.M. PROFº RAIMUNDO LAUREANO DA SILVA SOUZA INEP: 15212602 CONTEÚDO: DO PERÍODO DO OURO AO PRIMEIRO REINADO Metrópole. A alta nos preços dos alimentos e a cobrança de im- postos geraram uma grande insatisfação popular, e as notícias sobre as rebeliões dos escravizados no Haiti motivaram a popu- lação a se rebelar. Em 12 de agosto de 1798, vários panfletos foram espalhados pelas ruas de Salvador, incitando o povo à luta. Propunham a formação de uma República, o fim do mono- pólio comercial português, a abolição da escravidão, o aumento dos soldos dos militares e a diminuição dos impostos. A reação das autoridades portuguesas foi imediata: no dia 25 de agosto, os conjurados foram surpreendidos e presos, e as quatro lide- ranças foram condenadas à forca: os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino e os soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Lu- cas Dantas. Essa rebelião foi chamada também de Conjuração dos Alfaiates. A vinda da Corte para o Brasil No início do século XIX, a expansão napoleônica e o Blo- queio Continental tornaram‑se uma ameaça para Portugal. Os franceses proibiram o comércio com a Inglaterra, porém Portu- gal não podia aceitar o bloqueio, pois assinara muitos tratados com os ingleses, com quem tinha boas relações. Em 1807, as tropas napoleônicas decidiram atacar Portugal. Em 26 de novembro de 1807, o Conselho de Estado optou pela transmigração da Corte e, no mesmo dia, começou o embarque de emergência. Cerca de 15 mil pessoas desembarcaram em Salvador, na Bahia, em 22 de janeiro de 1808; além da família real e da nobreza portuguesa, foram trazidos os arquivos do go- verno, bibliotecas, uma prensa tipográfica e todo o tesouro real. O Brasil joanino O Brasil Colônia se tornara a sede da Coroa portuguesa. A primeira medida tomada por dom João foi a abertura dos por- tos brasileiros às nações amigas, a fim de permitir que a In- glaterra, principal aliada de Portugal, pudesse vender e comprar produtos nos portos do Brasil. Além disso, os impostos sobre a circulação de mercadorias, de 16% paraos produtos portugue- ses e 24% para os produtos de outros países, caíram par a15% para os produtos ingleses, a partir do Tratado de Navegação e Comércio, assinado em 1810. Ainda em 1810, os portugueses assinaram o Tratado de Aliança e Amizade, em que a Inglaterra exigia o fim do tráfico de escravizados, pois via na abolição uma possibilidade futura de aumentar o mercado para os produtos ingleses. Porém, o acordo não foi cumprido e passou a ser alvo de desavenças en- tre Brasil e Inglaterra. O Rio de Janeiro passou a agregar as funções administrati- vas, fiscais, jurídicas e políticas. Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, deixando de ser colônia. Com a morte de dona Maria I, em 1816, dom João foi coroado rei, tornando‑se oficialmente dom João VI. Em 1817, eclode no Recife a Revolução Pernambucana. As causas da revolta foram: o aumento dos impostos para o sustento da Corte e da vasta burocracia, os gastos com a Guerra da Cisplatina (Uruguai), as baixas do preço do algodão e do açúcar no mercado internacional, tudo isso somado à seca que devastou algumas regiões do Nordeste. Os insurgentes (membros da elite pernambucana e de setores médios da popu- lação) prenderam o governador da capitania e decretaram a in- dependência de Pernambuco. Influenciado pelos ideais liberais e republicanos, o governo provisório estabelecido convocou uma Assembleia Constituinte na qual defendi aa separação dos três poderes, a liberdade de imprensa e de culto e a igualdade de direitos aos cidadãos. Como o movimento foi ganhando apoio nas capitanias vizinhas, dom João VI articulou a repres- são. Enviando tropas e esquadras para combater os insurretos, os batalhões portugueses entraram no Recife e derrotaram os rebeldes, que foram presos e tiveram suas lideranças executa- das. Portugal luta pela volta da Corte Com o fim do domínio francês sobre Portugal, a Inglaterra passou a exercer papel importante nas questões políticas e mili- tares do país, sob a liderança de William Beresford no Conselho de Regência e no controle do exército lusitano. Porém, devido à ausência do rei e da Corte e com a permanência inglesa, uma revolução estourou na cidade do Porto, fruto da insatisfação da sociedade lusa. A Revolução Liberal do Porto, de 1820, destituiu Beresford do comando, estabeleceu uma Junta de Governo e convocou as Cortes para a elaboração de uma Constituição. A Revolução do Porto questionava o absolutismo, defendia a liberdade de im- prensa, exigia o fim da Inquisição, propunha novas leis civis e criminais. Os revolucionários exigiam ainda o retorno imediato do rei e o restabelecimento do monopólio comercial com o Bra- sil (recolonização). No Brasil, dois grupos se formaram: uma facção brasileira, que se havia beneficiado da presença da Corte no Brasil (pro- prietários do Centro‑Sul, burocratas brasileiros e portugueses que enriqueceram no Rio de Janeiro) e era contrária ao retorno do rei; e uma facção portuguesa, formada por defensores da Revolução do Porto e que fora prejudicada com os altos impos- tos e o fim do monopólio, desde a chegada da Corte ao Rio de Janeiro. Uma recolonização impossível Em 1821, dom João VI, cedendo aos revolucionários do Porto, retornou a Portugal e jurou fidelidade à Constituição. En- tretanto, a intenção de restaurar a antiga condição do Brasil como Colônia parecia não se poder cumprir, devido à perma- nência do filho do rei, dom Pedro, como príncipe‑regente no Rio de Janeiro. A facção brasileira via na presença de dom Pedro uma pos- sibilidade de evitar a recolonização e de conseguir mais autono- mia. Dividia‑se entre conservadores, que defendiam, a princí- pio, a criação de uma monarquia constitucional sem ruptura com Lisboa, e radicais, que defendiam uma monarquia consti- tucional independente ou mesmo a República. Como Reino Unido a Portugal e Algarves, o Brasil participou das Cortes, enviando cerca de 70 deputados a Lisboa entre 1821 e 1822. Mas, antes que os representantes brasileiros che- gassem, as Cortes decidiram extinguir a Regência, exigindo o retorno de dom Pedro a Portugal. Dom Pedro lidera o processo O regresso de dom Pedro significaria o fim da autonomia ad- ministrativa e política conseguida com dom João VI e a possibi- lidade de um movimento de independência, republicano e trans- formador da ordem social vigente. Diante disso, a facção brasi- leira resolveu articular a permanência de dom Pedro e a manu- tenção da estrutura social e política. Presidente da junta provisória de São Paulo, José Bonifá- cio de Andrada e Silva enviou um manifesto pedindo a dom Pedro que ficasse no Brasil; outros líderes também se alinha- ram ao lado do príncipe‑regente. Em 9 de janeiro de 1822, dom Pedro anunciou que ficaria no Brasil (Dia do Fico). Estava fir- mada a aliança com a elite brasileira. Dom Pedro, precavendo‑se da oposição das Cortes portu- guesas, formou um novo ministério e um Conselho de Estado, composto de representantes das províncias como José Bonifá- cio. As ordens de Lisboa só seriam acatadas no Brasil depois de aprovadas por dom Pedro (“Cumpra‑se”); em junho de 1822, o príncipe‑regente convocou uma Assembleia Consti- tuinte, recebendo o apoio da ala mais radical da facção brasi- leira. A independência do Brasil A ruptura com Portugal tornava‑se iminente. Em agosto de 1822, dom Pedro declarou que as tropas portuguesas que de- sembarcassem no Brasil seriam consideradas inimigas, en- quanto José Bonifácio preparava um documento às “nações amigas”, assinado pelo regente, anunciando a independência do Brasil sob uma Monarquia constitucional. As Cortes portu- guesas reagiram, cancelando os decretos assinados por dom Pedro e exigindo seu retorno imediato a Portugal. Quando dom Pedro recebeu as ordens de Lisboa, encontrava‑se em São Paulo (às margens do riacho Ipiranga): era 7 de setembro de 1822. Decidiu não cumpri‑las e proclamou a independência do Brasil (Grito do Ipiranga). Em dezembro de 1822, dom Pedro foi coroado imperador do Brasil com o título de dom Pedro I. Porém, ocorreram conflitos em oposição à independência: na Bahia, nas províncias do norte e do extremo sul, tropas portuguesas e brasileiras se en- frentaram, estas com a ajuda decisiva dos ingleses. Somente em 1825, Portugal reconheceu a independência do Brasil. A adoção da monarquia foi uma exceção no contexto das inde- pendências dos países da América, que, ressalvado o caso do México, seguiram o regime republicano. Ao longo do período monárquico, os grupos que defendiam uma ruptura mais radi- cal, republicana e com mudanças sociais questionaram por vá- rios momentos o modelo político adotado. O Primeiro Reinado Em fevereiro de 1822, alguns meses antes do Grito do Ipi- ranga, tropas portuguesas se amotinaram na Bahia e ocuparam Salvador em protesto contra a decisão de dom Pedro de perma- necer no Brasil. Após o 7 de Setembro, forças favoráveis a Por- tugal nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Cisplatina e Bahia assumiram posição contrária à emancipação do Brasil. Era o início das guerras da Independência, que seriam vencidas uma a uma pelas tropas leais a dom Pedro I até fins de 1823. Para isso, o governo brasileiro contou com a ajuda de tropas e oficiais estrangeiros, sobretudo ingleses, como Alexander Co- chrane. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer, em 1824, a Independência do Brasil. Com o reconhecimento da In- glaterra, em 1825, o governo brasileiro obteve de bancos ingle- ses um empréstimo de 2 milhões de libras esterlinas, com os quais “comprou” o reconhecimento de Portugal. Uma Constituição outorgada Convocada em junho de 1822, a Assembleia Constituinte deu início a seus trabalhos em maio de 1823. O projeto de Constituição estabelecia que o imperador não poderia se sobre- por às decisões do Parlamento. Insatisfeito, dom Pedro dissol- veu a Assembleia e encarregou o Conselho de Estado de redi- gir outro projeto. Feitoisso, em março de 1824 o imperador outorgou a pri- meira Constituição brasileira. Estruturava-se, assim, o Estado Nacional brasileiro sob o signo do autoritarismo, pois a Carta constitucional criava um poder acima dos outros, a ser exercido pelo imperador além do Executivo. Era o Poder Moderador. A Confederação do Equador A dissolução da Constituinte e a outorga da Constituição por dom Pedro I provocaram reações imediatas. No Recife, em ju- lho de 1824 os líderes do movimento liberal Frei Caneca e Ma- nuel Pais de Andrade se rebelaram e proclamaram a Confede- ração do Equador, república formada por Pernambuco, Para- íba, Ceará e Rio Grande do Norte. O governo sufocou a rebe- lião em novembro de 1824. Frei Caneca e outros líderes foram presos e executados. A abdicação de dom Pedro I As atitudes autoritárias de dom Pedro I o tornaram extrema- mente impopular. A guerra na Província Cisplatina, que levou à independência do Uruguai em 1828, também colaborou para isso. Ao mesmo tempo, após a morte de dom João VI em 1828, dom Pedro I envolveu-se em disputas pela sucessão do trono de Portugal. A insatisfação da população atingiu seu ápice em novembro de 1830, com o assassinato em São Paulo do jorna- lista Líbero Badaró, crítico implacável do imperador. Em março de 1831, portugueses e brasileiros se enfrentaram no Rio de Ja- neiro na Noite das Garrafadas. Em abril, o imperador abdicou do trono em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, com cinco anos de idade. Exercício 01. (Unesp) Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro, podemos citar: a) a organização de quilombos, nos quais, sob supervisão de autoridades brancas, os negros podiam viver livremente. b) as sabotagens realizadas nas plantações de café, com a in- trodução de pragas oriundas da África. c) a preservação de crenças e rituais religiosos de origem afri- cana, que eram condenados pela Igreja Católica. d) as revoltas e fugas em massa dos engenhos, seguidas de embarques clandestinos em navios que rumavam para a África. e) a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcionava imediata alforria concedida pela Igreja. 02. (UFU-MG) Sobre os quilombos no Brasil colonial, é correto afirmar que: a) formaram-se quilombos em várias regiões do Brasil, havendo o convívio entre populações escravas africanas e indígenas, tendo como principal exemplo o Quilombo dos Palmares, no atual estado de Alagoas. b) os quilombolas dependiam da permissão dos senhores das propriedades próximas para transitar pelas cidades circunvizi- nhas, bem como para comercializar os produtos de suas terras. c) todos os quilombos possuíam um exército próprio, de modo a proteger suas terras contra o avanço de inimigos, assim como uma complexa organização social. d) as maiores populações quilombolas no Brasil formaram-se nas regiões de maior produção monocultora de exportação, como os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pa- raná. 03. (Unifesp) As atividades das Bandeiras, durante a coloniza- ção do Brasil, incluíam: a) impedir a escravidão negra e indígena. b) garantir o abastecimento do interior. c) perseguir escravos foragidos. d) catequizar os povos nativos. 04. (Unifesp) Em 1808, a família real portuguesa se transferiu para o Brasil. Esta transferência esta ligada a: a) tentativa portuguesa de impedir o avanço inglês na América. b) disputa entre Inglaterra e Franca pela hegemonia europeia. c) perda, por Portugal, de suas colônias na costa da África. d) descoberta recente de ouro na região das Minas Gerais. e) intenção portuguesa de proclamar a independência do Brasil. 05. (PUC‑RJ) Sobre as transformações político-sociais e econô- micas ocorridas durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil (1808‑1821), estão corretas as afirmações a seguir, A EXCECAO DE: a) A vinda da família real para o Brasil transformou a colônia no principal centro das decisões políticas e econômicas do Império português. b) A abertura dos portos favoreceu os interesses dos proprietá- rios rurais produtores de açúcar e algodão, uma vez que se vi- ram livres do monopólio comercial. c) A permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro satis- fez os interesses dos diferentes grupos sociais da colônia e trouxe benefícios para todas as regiões do Brasil. d) Durante o Período Joanino, organizaram‑se novos órgãos e instituições, como o Banco do Brasil e a Casa da Moeda. e) Dentre as medidas que mudaram o perfil político-econômico da colônia, destacaram‑se os tratados de Aliança e Amizade e de Comercio e Navegação, que deram benefícios aos ingleses. 06. (PUC‑MG) Sobre a independência do Brasil, e INCORRETO afirmar que: a) resultou de um processo político comandado pelos grandes proprietários de terras. b) girou em torno de D. Pedro I com o objetivo de garantir a uni- dade do pais. c) proporcionou mudanças radicais na estrutura de produção para beneficiar as elites. d) a produção continuou a atender as exigências do mercado in- ternacional. 07. (UPE) A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos.Em Pernambuco, a insatisfação da po- pulação levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de 1822. Liderada pelos liberais, a Confederação tinha como objetivo: a) afirmar um governo baseado numa Monarquia Constitucional, segundo os modelos do Iluminismo francês. b) definir um governo democrático, com o fim imediato da escra- vidão e do governo monárquico. c) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas normas básicas. d) criar uma república federativa, facilitando a descentralização política e o fim do autoritarismo. e) destruir o poder dos grandes latifundiários, proclamando uma constituição radicalmente liberal. 08. (Unesp) No início dos trabalhos da primeira Assembleia Constituinte da história do Brasil, o imperador afirmou “esperar da Assembleia uma constituição digna dele e do Brasil”. Na sua resposta, a Assembleia declara “que fará uma constituição digna da nação brasileira, de si e do Imperador”. Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os constituintes refle- tia: a) a oposição dos proprietários rurais do nordeste ao poder polí- tico instalado no Rio de Janeiro. b) a tendência republicana dos grandes senhores territoriais brasileiros. c) o clima político de insegurança provocado pelo retorno da fa- mília real portuguesa a Lisboa. d) uma indisposição da Assembleia para com os princípios polí- ticos liberais. e) uma disputa sobre a distribuição dos poderes políticos no novo Estado.