Aula 1 - História da Educação em Saúde

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Educação em saúde e seus aspectos 
histórico-conceituais 
Prática de 
saúde aliada 
ao processo de 
promoção da 
saúde 
Idade Média 
Melhoria das 
condições de 
saúde das 
pessoas 
Regime alimentar 
correto, adequadas 
práticas de higiene e 
horas prolongadas de 
sono 
Vida mais 
prolongada 
Brasil (final 
séc. XIX e 
início do 
sec. XX) 
Práticas de 
saúde às 
classes 
populares 
Controle de 
doenças 
infecciosas 
(varíola, 
peste, 
febre 
amarela) 
Transtornos 
à indústria 
cafeeira 
Garantir a 
produção e 
o 
crescimento 
econômico 
nacional 
Visão do Estado 
População 
(“vítimas/incapazes”) 
Discurso de caráter 
higienista e moralista 
(civilizar e moralizar a 
população) 
Imposição de 
normas e medidas 
de saneamento 
Educação 
Sanitária 
(prevenir e 
tratar doenças) 
Educação para 
Saúde (caráter 
informativo e não 
participativo) 
Pessoa não saudável 
 desinformação 
 transferência de 
informação 
(Modelo Tradicional 
Educação em 
Saúde (diálogo 
e respeito ao 
conhecimento 
popular) 
Modelo Radical 
Educação em 
Saúde 
 
“O educador é fundamentalmente aquele que cria condições para 
desenvolver a consciência crítica do outro, uma consciência voltada 
para a análise de problemas”. (Paulo Freire) 
 
 
 
 
“Educação em saúde pressupõe uma combinação de oportunidades 
que favoreçam a manutenção da saúde e sua promoção, não 
entendida somente como transmissão de conteúdos, mas também 
com a adoção de práticas educativas que busquem a autonomia dos 
sujeitos na condução de sua vida. Educação em saúde nada mais é 
que o pleno exercício da construção da cidadania”. 
Um breve histórico da educação em 
saúde tradicional no Brasil 
Educação em Saúde tradicional 
(Educação Sanitária) 
Controle de epidemias de 
doenças infecto-contagiosas 
Modelo de Intervenção 
Campanhista 
- Vacina obrigatória; 
- Vistoria em Casas; 
- Internações forçadas; 
- Interdição; 
- Despejos; 
- Informações sobre Higiene; 
- Formas de contágio. 
Despotismo Sanitário 
Sem respeito aos valores de ordem moral da população 
(lares invadidos) 
1904 – Revolta da Vacina 
Obrigatoriedade da vacina para varíola 
Falta de diálogo e entendimento no discurso da 
educação em saúde das autoridades para com o povo 
1964 – Governo 
Militar: queda da 
saúde brasileira, 
repressão 
Década de 70 – 
Movimento Popular em 
Saúde ou Educação 
Popular em Saúde 
1930 – Getúlio 
Vargas – Criação 
dos Centros de 
Saúde: noções de 
higiene e prevenção 
de doenças infecto-
parasitárias 
O objetivo da educação em saúde não é formar sujeitos polidos, 
que bebam água fervida, mas ajudar as classes mais humildes na 
conquista de sua autonomia e de seus direitos. 
 
 
Diálogo 
Troca de 
saberes 
Valorização 
do saber 
popular 
Mobilização 
social 
Educação Informal 
Fora do âmbito escolar; 
educação do dia-a-dia 
Educação Popular 
Meio de busca para melhoria 
das condições de vida 
Educação em Saúde e seus enfoques 
Cuidados 
pessoais que 
objetivam 
evitar 
doenças 
Mudança de 
algumas 
características 
individuais 
Educação em 
Saúde (antes) 
Responsabilida
de dos 
profissionais 
de saúde 
Influência das 
ações médicas 
(focalizadas no 
doente) 
Ciências 
Sociais 
Ciências da 
Saúde 
Educação em 
Saúde (depois) 
Pleno 
exercício 
da 
cidadania 
Trabalho 
interdisciplinar, 
complementar 
e cooerativo 
Autonomia dos 
sujeitos na 
condução da sua 
vida 
Modelo 
Tradicional Modelo 
Radical 
Modelo Tradicional Modelo Radical 
- Modelo preventivo - Tentativa de entender as “complexidades 
da nova saúde pública” 
- Centrado na mudança individual - Promove a conscientização crítica sobre 
os aspectos da realidade pessoal e 
coletiva 
- Embasado nos princípios de ideologia do 
individualismo e behaviorismo 
- Transforma a realidade 
- O educador detém todo o conhecimento 
que está “depositado” nos educandos 
- Embasada na Teoria do Construtivismo (o 
conhecimento se desenvolve pela interação 
do sujeito com o meio social) 
- Culpabilização da vítima - Pessoas são estimuladas a desenvolver 
uma consciência crítica e exercício da 
autonomia 
Aspectos socioculturais não são 
determinantes e condicionantes na escolha 
individual 
- Educador como facilitador e estimulador 
Modelo educativo onde as pessoas são estimuladas a desenvolver 
uma consciência crítica, pelo processo de análise coletiva de 
problemas na busca de soluções e estratégias conjuntas para a 
mudança da realidade. Essa pedagogia evidencia a formação 
de um indivíduo mais crítico e questionador. (Paulo Freire) 
 
 
Modelo 
Tradicional 
Modelo 
Radical 
Carta de Otawa (1986) 
 
Promoção da Saúde é fornecer as populações condições para 
que estas sejam capazes de melhorar sua saúde e ativamente 
exercer controle sobre a mesma. 
 
É o envolvimento entre os diversos setores da sociedade, os quais 
devem realizar parcerias objetivando a busca de soluções para 
os problemas de saúde da comunidade, otimizando uma 
combinação de estratégias que incluem as ações do Estado, da 
comunidade, dos indivíduos e dos sistemas de saúde. 
 
 
 
Práticas de ensino-aprendizagem desenvolvidas junto à 
população com a finalidade de debater e promover a tomada 
de decisão em relação a atitudes e práticas de saúde, num 
processo reflexivo e crítico de ambos os atores, docentes e 
discentes.