Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALUNO FABIO FERREIRA FIGUEIRA PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL 2º SEMESTRE TEMA: FUNDAMENTOS EM CONTABILIDADE Nova Friburgo - RJ 2014 FABIO FERREIRA FIGUEIRA TEMA: FUNDAMENTOS EM CONTABILIDADE Trabalho de Bacharelado em Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média na atividade interdisciplinar individual. Nova Friburgo – RJ 2014 Para administrar o país e garantir o bom funcionamento da economia, o governo deve atuar considerando as funções que deve desempenhar e as metas ou objetivos que visa atingir. São três as funções econômicas do governo: Alocativa, Distributiva e Estabilizadora. Na função Alocativa, o governo vai atuar através de leis, normas e decretos, direcionando uma parte dos recursos (capital, recursos humanos, recursos naturais e outros) para ofertar bens e serviços públicos, como: segurança pública, educação, saúde, saneamento, habitação, enfim serviços que o mercado não oferece ou a população não consegue pagar por eles. Na função Distributiva, o governo atua redistribuindo parte da renda, retirando dos segmentos mais ricos da sociedade e transferindo para os segmentos mais pobres. No Brasil, isto ocorre via implementação das políticas de subsídios, transferências, programas sociais, etc. Na função Estabilizadora, a intervenção do governo é direcionada para o controle do comportamento do nível de preços e emprego. Assim, ele utiliza os instrumentos de política macroeconômica (política fiscal, monetária, cambial, comercial, de rendas, etc.). Toda normatização contábil resulta de uma discussão ampla sobre a necessidade de regulação e intervenção do governo no mercado. Normalmente esta intervenção visa promover um ajuste nos preços, nos tributos, nos salários, nas regras do mercado, entre outros. As alterações promovidas na normatização e legislação têm impactos sobre os agentes econômicos, sejam eles consumidores, empresas ou o próprio governo, e também de imediato impactam sobre a atividade do profissional de contabilidade. Com certeza, a garantia de que as alterações foram entendidas e estão sendo corretamente implantadas e seguidas pelos agentes, aparecem nos mais diversos documentos e registros contábeis, os quais os agentes devem manter atualizados. A política macroeconômica refere-se ao conjunto de medidas adotadas pelo governo visando afetar agregados econômicos, como crescimento da economia, taxa de desemprego, inflação, balanço de pagamentos e distribuição de renda. Para a formulação e tomada de decisões de politiza econômica, é fundamental a avaliação oportuna e consistente da evolução da economia e de diferentes estratégicas e alternativas políticas. O domínio do conhecimento acerca do macroambiente econômico é de suma importância para empresários, homens de negócio, tomadores de decisão e para todas as pessoas de forma generalizada, a dona de casa, o estudante, o político, o profissional, pois os acontecimentos que ocorrem na esfera macroeconômica afetam a vida de todos. Assim pode-se dizer que as medidas adotadas no âmbito da política econômica (abordagem macroeconômica) afetam de maneira intensiva a vida do cidadão comum. Uma decisão de elevação do depósito compulsório pode interferir diretamente na renda, no emprego, nas vendas, e consequentemente nas vidas dos agentes econômicos. Um dos principais desafios do governo está em implementar medidas e reformas que melhorem a segurança, previsibilidade e eficiência do arcabouço jurídico-institucional, permitindo que o mercado de crédito no Brasil passe a cumprir de forma mais eficiente sua função de canal de transmissão da poupança para os investimentos produtivos, aumentando a taxa de crescimento potencial da nossa economia, melhorar o ambiente de negócios, redução da burocracia para abrir ou fechar empresas, pagar impostos, exportar, etc. A melhoria do ambiente de negócios através das medidas microeconômicas, permite o surgimento de novas empresas e empregos, facilita o fechamento de indústrias com fraco desempenho, quem está no setor informal é estimulado a transitar para o formal, no qual os direitos são respeitados, há proteção social e acesso ao crédito. A melhoria do ambiente de negócios ajuda a combater a pobreza. Outro fator importante é a melhoria da tributação no Brasil, merecendo destaque as mudanças tributárias para incentivar a formação de poupança de longo prazo. As medidas também têm por objetivo promover uma maior inclusão social e reduzir a desigualdade de renda. O Brasil situa-se na 119ª posição, em uma lista de 155 países, nas condições oferecidas para o desenvolvimento de negócios. Em cada um dos dez quesitos avaliados, o Brasil obteve a seguinte classificação: - Abrir uma empresa : 98ª Posição - Lidar com licenças: 98ª Posição - Contratar e demitir: 144ª Posição - Registrar propriedades: 105ª Posição - Conseguir crédito:80ª Posição - Proteção à sócios minoritários: 53ª Posição - Pagar impostos: 140ª Posição - Negociar com o exterior: 107ª Posição - Garantir os contratos: 70ª Posição - Fechar empresas: 141ª Posição As empresas brasileiras gastam 2.600 horas por ano para pagar a carga tributária, contra uma média de 529 horas na América Latina e no Caribe. São obstáculos sérios para os negócios, de acordo com as empresas instaladas no Brasil ( Pesquisa “ Investment Climate” da “International Finance Corporation – IFC, dados de 2003) sendo: - Carga tributária (para 84,5 % das empresas) - Custo dos financiamentos (83,2%) - Incerteza sobre as leis e o futuro da economia (75,9%) - Instabilidade macroeconômica (74,9%) - Corrupção (67,2%) - Custo da administração (66,1%) - Acesso e financiamento (60,5%) - Regras do mercado de trabalho (56,9%) - Práticas anticompetitivas (56,4%) - Crime, desordem e roubos (52,2%) O objetivo da política econômica do governo é criar medidas que visam um ambiente de estabilidade econômica, condições favoráveis ao aumento da eficiência econômica do setor produtivo, à melhoria do acesso ao crédito e ao aumento da taxa de investimento na economia brasileira , para superar os entraves à retomada do crescimento sustentável da renda “per capita”. A contabilidade, campo de conhecimento essencial para a formação dos agentes decisórios dos mais variados níveis, é fruto concebido da relação entre o desenrolar dos fatos econômico-financeiros e sua captação e processamento segundo os paradigmas de uma metodologia própria e potencializada pela racionalidade científica. Logo, a pedra fundamental que apóia e sustenta o edifício contábil pode ser definida como “ A contabilidade seguindo, relatando e respeitando a essência dos eventos econômicos que captura e mede”. As mudanças na contabilidade aparecem com a evolução da economia, edições de leis, decretos e medidas provisórias, medidas em âmbito macro e microeconômicas. Diante das mudanças significativas, a contabilidade passou a ser vista como um sistema de informações sofisticado. Cerca de 42% das falências de empresas são causadas pela falta de planejamento e informações do mercado. O problema é acompanhado pela complexibilidade tributária e burocracias de um negócio (16,51%), dificuldade no acesso financeiro e a investimentos (14,43%), tecnologias de gestão complexas e de alto custo (11,76%), brigas familiares ou de sócios (6,65%) e falência, responsável pelo fim de (4,27%) das empresas do país. O índice de mortalidade têm maior probabilidade (15,41%) de pôr fim ao negócio no primeiro ano de vida de funcionamento de uma empresa, outros estudos revelam que, entre um à cinco anos de vida de empresas de todos os portes (41,86%) dos empreendimentos desaparecem e até 14 anos de vida mais de (75%) das empresas encerram suas atividades. Analisando somente as micro e pequenas empresas este índice de desaparecimentoé maior. No primeiro ano de vida (16,32%) das empresas encerram as suas atividades, entre um à cinco anos de vida (44,95%) dos empreendimentos desaparecem e até 20 anos de existência mais de (87%) das empresas encerram suas atividades. A principal causa do não crescimento das micro e pequenas empresas é o sistema tributário brasileiro. Estudos constataram que a maioria de MPEs preferem permanecer espontaneamente no simples nacional, regime tributário simplificado para pequenas m médias empresas, para continuarem usufruindo do sistema, mesmo que isso signifique estagnação. Daquelas que saem do sistema (62,03%) tornam-se inadimplentes nos dois anos seguintes ao desenquadramento. Assim, há um completo desestímulo para que as micro e pequenas empresas cresçam e migrem para um outro regime tributário, em virtude da brutal elevação do custo tributário. Atualmente, as empresas de micro e pequeno porte representam 85% do total de empresas brasileiras. As empresas de médio egrande porte representam somente 15% do total. REFERÊNCIAS MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: Fundamentos e Aplicações. 2 ED. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009 ALESINA, A. Et Alli (2002). “ Regulation and Investment”. Boston College Working Papers in Economics ACEMOGLU, D., S.Johnson e J.Robinson (2004). “Institutions as The Fundamental Cause of Long-Run Growth” “Reformas Microeconômicas e Crescimento de Longo Prazo” Brasília: Ministério da Fazenda, DEZ. 2004, P.17 WWW.Newton.Freitas.nom.br WWW.Infomoney.com.br WWW.Cosif.com.br ROSSETTI, José P. Introdução à economia.18. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. DORNBUSCH, RUDIGER; FISCHER, STANLEY. Macroeconômia. 5. Ed. São Paulo: Makon, Mc Graw Hill, 1991
Compartilhar