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TCC - Pós-Graduação em Gestão Escolar_Orientação e Supervisão - Gestão Escolar Democrática_Desafios e Possibilidades

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6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
	Rio de Janeiro
2025
 
 
 
 
 
 
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso Pós-Graduação em Gestão Escolar: Orientação e Supervisão da Uniphavile, como requisito parcial para a Obtenção do grau de Pós-Graduada em Gestão Escolar.
 
 
 
 
 
 
 
 
	Rio de Janeiro
2025
 
	Dedico este trabalho aos meus pais e amigos que sempre me incentivaram.
Resumo
Neste estudo, os desafios da gestão escolar democrática de incluir crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social foram explorados. O objetivo geral é discutir de que maneira as escolas podem incorporar práticas inclusivas e democráticas para satisfazer as necessidades de seus alunos com perspectivas de uma educação de qualidade e equitativa. A metodologia selecionada para tal propósito é a revisão científica da literatura. Assim, os autores compilam pesquisa de bases de dados, livros, capítulos e artigos acadêmicos que consideram a gestão escolar democrática com inclusão e vulnerabilidade social, observado especificamente as práticas pedagógicas e políticas públicas. Assim os achados apontaram para: a) a gestão escolar democrática, ao ter a comunidade escolar como co-decisora e ao favorecer estratégias políticas inclusivas, custearia um ambiente mais acolhedor e participativo; e b) a formação continuada e a utilização de tecnologias, como citado acima, surgem como eficazes para o trato das consequências da vulnerabilidade social, instrumentalizando-se para dela evitar os impasses. A discussão buscou ressaltar a necessidade de políticas públicas com recursos para fomentar a inclusão e a importância da avaliação inclusiva no ciclo educacional. A gestão democrática em ambiente escolar soa como um dos princípios que permitem assegurar os a priori à todos os aprendizes, principalmente àqueles socialmente vulneráveis, para com isso, possam ambicionar a igualdade de oportunidades de aprendizagem, fornecendo, dessa maneira, um compromisso perante a comunidade no combate da desigualdade educacional.
 
Palavras-chave: Gestão Escolar Democrática. Inclusão Educacional. Vulnerabilidade Social. Educação de Qualidade.
Abstract
In this study, the challenges of democratic school management in including children and young people in situations of social vulnerability were explored. The general objective is to discuss how schools can incorporate inclusive and democratic practices to meet the needs of their students with the prospect of a quality and equitable education. The methodology selected for this purpose is a scientific literature review. Thus, the authors compile research from databases, books, chapters and academic articles that consider democratic school management with inclusion and social vulnerability, specifically observing pedagogical practices and public policies. Thus, the findings pointed to: a) democratic school management, by having the school community as co-decision maker and by favoring inclusive political strategies, would fund a more welcoming and participatory environment; and b) continued education and the use of technologies, as mentioned above, appear to be effective in dealing with the consequences of social vulnerability, providing tools to alleviate impasses. The discussion sought to highlight the need for public policies with resources to foster inclusion and the importance of inclusive assessment in the educational cycle. Democratic management in the school environment sounds like one of the principles that allow ensuring the a priori to all learners, especially those who are socially vulnerable, so that they can aspire to equal learning opportunities, thus providing a commitment to the community in combating educational inequality.
 
Keywords: Democratic School Management. Educational Inclusion. Social Vulnerability. Quality Education.
Sumário
1	INTRODUÇÃO	6
1.1	OBJETIVOS	7
1.1.1	Objetivo Geral	7
1.1.2	Objetivos Específicos	7
1.2	JUSTIFICATIVA	8
1.3	PROBLEMA DE PESQUISA	9
1.4	METODOLOGIA	9
2	REFERENCIAL TEÓRICO	11
2.1	DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS	11
2.2	COMUNIDADE PARTICIPANTE DO PROCESSO DECISÓRIO	13
2.3	O PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA	15
2.4	O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) E SUA RELAÇÃO COM A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA	18
2.5	A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E OS DESAFIOS DA INCLUSÃO	20
3	RESULTADOS E DISCUSSÃO	23
4	CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
REFERÊNCIAS	27
1 INTRODUÇÃO
Um dos fundamentos da eficácia na escola em nutrido a educação é o que diz respeito ao pilar de gestão escolar, isto é, à organização, coordenação e controle da organização das atividades pedagógicas e administração. Apesar da maneira de gestão, muita diferença pode existir entre um modelo e outro, isso poderá ter impacto no clima escolar e no desenvolvimento dos alunos. A gestão democrática, por sua vez, é uma filosofia educacional que envolve um modelo de educação apresentado pela abordagem na qual todos os membros da comunidade escolar constroem a vida processos escolares porque cria um ambiente de escolarização mais colaborativo e inclusivo.
Considerando que a educação é um processo de modificação social, ela jamais poderia se realizar em completo isolamento e obviamente, a ser exclusivo dessa prática do agente que realiza o processo. Nesta marcha, mesmo a própria gestão democrática sendo entendida, também, como necessária no contexto devemos pressupor de proposta que visa a encorajamento a parte interessada de tudo o que compõem a comunidade escolar na tomada de decisão. Junto com as decisões, porque tomadas juntas elas podem ser ditas como mais efetivas e eficazes, uma vez correspondendo as reais necessidades e expectativas. 
As barreiras de resistência à mudança, a formação continuada precária, falta de tradição das escolas e instituições etc são algumas possíveis barreiras para o novo modelo de gestão a escola. Várias variáveis contribuem com este contexto, outras limitam, como o contexto social e político que são grandes fatores limitantes para práticas democráticas.
Em primeiro lugar, diante do exposto, é fundamental refletir sobre as oportunidades que a gestão escolar democrática proporciona e, em especial, sobre as maneiras de superar as dificuldades que a impedem de ser viável no contexto concreto. Assim sendo, é fundamental abordar os modelos de administração, as práticas promovendo o envolvimento ativo da comunidade educacional e as consequências delas para a aprendizagem.
Além disso, cabe destacar que a gestão democrática não é somente um modelo de administração, mas um compromisso ético e político com a construção de uma educação democratizada que reconheça as diferenças e garanta as mesmas oportunidades a todos. A construção de uma escola democrática, portanto, demanda a participação de gestão e demais sujeitos do processo educacional e engajamento, é um processo permanentemente em transformação.
Resumidamente, poderão ser vistos durante este trabalho os desafios e perspectivas do modelo de gestão democrática numa escola, de forma a concluir como as escolas conseguirão ser mais abertas e inclusivas entre si e respeitando a especificidade de cada uma, com uma nota comum, a educação, e que o seja de qualidade.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Investigar a maneira eficiente de implementação de gestão escolar democrática nas escolas, abordando os obstáculos encontrados pelos gestores e a contribuição da comunidade escolar nas decisões por meio, para a criação de um ambiente integrativo, que favoreça a colaboração entre todos. 
1.1.2 Objetivos Específicos
I. Rever o papel da gestão escolar democrática no estabelecimento do ambiente inclusivo e participativo, que celebrou a colaboração entre os membros da comunidade escolar em termos de artigos políticos educacionais. 
II. Localizar os principais desafios enfrentados pelos gestores escolares no processo de introdução depráticas democráticas, tomando em consideração meios insuficientes, resistência da cultura e concentração burocrática do sistema educacional. 
III. Investigar a percepção dos alunos, alunos, pais e professores relativamente à gestão escolar a partir de uma abordagem democrática, para tentar fazer-nos perceber como a participação destes atores pode contribuir, então, para a melhoria deste processo educacional e a criação de uma escola mais democrática. 
IV. Explorar soluções e estratégias para encontrar alternativas de acordo com a superação do desafio de implementação da gestão democrática, apresentando alternativas capazes de aumentar a inclusão, igualdade de direitos e participação efetiva em todos os sujeitos envolvidos na educação. 
1.2 JUSTIFICATIVA
A razão para a escolha de estudar gestão escolar democrática reside na urgência para se aperfeiçoar os processos decisórios por escolas, em que todos os grupos da comunidade escolar estejam presentes fazendo parte da verdadeira cena. A participação dos alunos, dos pais, professores e funcionários é primordial para uma maior construção de um lugar onde se transmita o princípio de inclusão, respeito às diferenças e compromisso com a oferta de uma educação de qualidade. A negativa ao seu papel resulta muitas vezes em uma gestão centralizada que não suprime em sua totalidade a necessidade do público da escola.
Os desafios da educação brasileira envolvem uma grande exclusão em relação à sociedade, igualdade e infraestrutura em escolas. Portanto, é neste cenário que a gestão democrática da escola representa um caminho para diminuir estas desigualdades e promover uma educação mais justa e equitativa. Isso ocorre porque ao impulsionar a ativa participação de todos, ela pode incentivar a aquisição de soluções mais eficientes para a crise da resiliência das instituições educacionais e criar uma atmosfera mais compartilhada. 
A importância de uma gestão democrática está, ainda, na forma como a dinâmica do educador e do corpo docente e da comunidade escolar são transformadas. Por participar direta e ativamente desde tomadas de decisão, todos acabam tornando-se responsáveis por condições de ensino existente. Neste sentido, a gestão democrática não é apenas outro aspecto administrativo, mas um princípio que viabiliza a criação de cidadãos críticos, informados e comprometidos com os processos sociais e educacionais, para enfrentar os problemas da vida social. 
A justificativa apresentada para a realização deste estudo presidirá em suas contribuições para a compreensão dos processos de gestão escolar em escolas brasileiras, abordando a problematização de políticas públicas que apoiam e promovem práticas democráticas. Neste sentido, o estudo visa analisar a pertinência da gestão participativa como alternativa de melhoria sucessiva do espaço escolar para uma educação mais comunitária e transformadora.
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA
Como a implantação da gestão escolar democrática pode ser uma opção para a construção de um ambiente educativo mais inclusivo e participativo, lidando com os obstáculos e garantindo a participação efetiva da comunidade escolar na tomada de decisão?
1.4 METODOLOGIA
Neste sentido, a pesquisa proposta apresentará a metodologia de revisão da literatura na tentativa de adentrar no estudo sobre gestão escolar democrática e seus reflexos diretos para a educação. Portanto, disserta-se que artigos, livros, teses, dissertações, ensaios e estudos de caso que tratem a gestão escolar democrática, a participação dos cidadãos na escola e os problemas da implementação desse enfoque nas escolas vão ser e selecionadas. A revisão será conduzida a fim de identificar conceitos, teorias e práticas que serão relevantes e possam ser úteis para a análise do tema.
Será selecionado os materiais por seu conjunto relevante para a área de estudo, com uma abordagem que prioriza fontes acadêmicas mais atuais, orientadas para uma visão crítica e especializada da gestão escolar democrática. Será pesquisa em grandes detalhes principalmente em publicações da prática da participação dos alunos, pais, professores e funcionários nas tomadas de decisão e das dificuldades que chegam a governadores escolares em democratizar suas instituições. 
Os estudos que compõem essa revisão tratarão, nessa ordem, dos aspectos teóricos e práticos de gestão democrática; nos quais o foco estará em modelos de gestão com foco na cooperação dos membros da comunidade escolar. Dessa maneira, esses estudos serão fundamentais para o reconhecimento dos principais entraves encontrados pelas escolas no Brasil e as maneiras possíveis de solucionar tais problemas a fim de construir um território onde seja possível promover uma educação mais inclusiva e participativa. 
Para explorar as possíveis soluções sobre a melhoria da gestão escolar democrática, a revisão da literatura será utilizada levando em conta as especificidades da escola brasileira e a realidade dos públicos-alvo, além disso, pretende-se que a pesquisa prove uma compreensão mais abrangente dos prós e contras dessa abordagem na prática educativa.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS
A gestão escolar democrática, em sua implementação nas escolas brasileiras, depara-se com vários desafios que impedem a concretização efetiva do modelo. Entre esses desafios estão em resistência cultural, limitações das instâncias consideradas de ensino, falta de treinamento dos gestores e condição econômica da comunidade. Nesse sentido, o tópico propõe-se a ver os principais desafios encontrados pelas escolas em seus esforços de escolha de gestão democrática a partir de uma visão crítica e possível reflexão de algumas das soluções para superar as inúmeras dificuldades. 
Resistência cultural à gestão escolar democrática é um dos maiores obstáculos encontrados pelo seu verdadeiro processo de implementação. Profissionais da educação, como gestores e professores, estão acostumados a um modelo de gestão que vem sendo comandada centralização de decisões de cima pra baixo. Como Facó et al. (2021) explica, o fato de a cultura escolar historicamente ter sido centrada em uma hierarquia e no controle dificulta a transição de modelo para um mais democrático. Para além disso, a transformação de gestão Democrática no campo de atuação pessoal necessita, concomitantemente ao construtivo, de um processo real de mudança mental, cujo trajeto atualiza a destruição ou revisitação dos velhos paradigmas envolvidos e a construção de uma cultura organizacional.
Outro obstáculo sério é a má formação dos gestores escolares. A gestão democrática deve ser abordada individualmente, e a necessidade de treinamento para ajudar nos processos de tomada de decisão conjunta; negociação, mediação e conciliação e criação de um ambiente educacional inclusivo. Segundo Medeiros e Medeiros (2022), a formação dos gestores deve ser desenvolvida por meio do ensino adequado das competências que encorajem a disponibilidade de todos os membros da comunidade educacional a participar ativamente. Outro desafio claramente é a infraestrutura deficiente das escolas. Capacidade limitada das escolas para fornecer um ambiente adequado à gestão democrática, assim, a capacidade de sua infraestrutura material, tecnológica e financeira. Deste modo, as escolas entraram em dificuldades relacionadas a falta de espaços físicos para reuniões e suporte tecnológico em geral impedindo a comunicação eficaz entre os demais membros. diversos problemas como afirmam Nascimento e Silva (2022).
A gestão democrática exige a integração ativa de todos os setores da comunidade escolar, independentemente dos componentes escolares são, a saber: alunos, pais e responsáveis pelas famílias, professores e funcionários. No entanto, a falta de interesse, apatia dos membros da comunidade escolar torna esse modelo insuficiente à implementação. Conforme Santos e Cervi (2022), a desmotivação e a indiferença em relação à gestão escolar constituem fenômenos corriqueiros, fundamentada na faltade conscientização do certo caráter atrativo do papel na escola. Criar um ambiente de participação requer esforços contínuos em sensibilização e mobilização, o que na prática muitas vezes ocorre inadequada. 
Não obstante, o contexto político e social das escolas brasileiras é um sério obstáculo para a efetivação da gestão democrática da escola. A gestão democrática não pode ser considerada fora de todo o contexto dentro do qual a escola opera. Dessa maneira, as desigualdades socioeconômicas, segundo a opinião de Guedes, Rosa e Anjos (2021), asseguram que as condições em que a implementação da gestão democrática se realiza torna-se, portanto, ainda mais complexo, uma vez que a equidade não é garantida por meio de políticas públicas inadequadas. Em várias partes do Brasil, as escolas enfrentam ênfases financeiras, o que limita todas as suas oportunidades em termos de prática de atendimento e participação de escola. 
A burocracia e os processos administrativos sejam, por sua vez, outra dificuldade à implementação da gestão democrática nas escolas é aspecto a ser considerado. A burocracia, acarreta homogeneização, reduzem a possibilidade de a gestão escolar ser mais flexível em sua atuação. Para Silva (2021), as normas e regulamentações atuais dos sistemas educacionais limitam a autonomia das escolas de implementarem práticas de gestão democrática.
Por outro lado, as desigualdades regionais e socioeconômicas comprometem o exercício da gestão escolar democrática nas instituições públicas. De acordo com Miki e Maciel (2021), quando as escolas se situam em regiões empobrecidas, ela terá muitas dificuldades para movimentar a comunidade escolar participar do processo decisório. Isso ocorre porque a falta de investimentos específicos e infraestrutura adequada como salas de aula, tecnologia e acessibilidade à escola, diminui possível participação de pais e alunos nas instituições, prejudicando a gestão. Outro ponto a ser destacado quando se trata de implementar a gestão democrática são os professores. Isso ocorre porque eles estão diretamente relacionados à prática educativa e, portanto, a todos os processos concernentes à escola referem-se a eles. Sendo assim, a falta de formação e a própria resistência de profissionais da educação já são um impedimento. De acordo com Fernandes e Kerbauy (2022) muitos professores ainda desenvolvem práticas pedagógicas que de forma plena não respeitam a juvenilização dos estudantes. 
O primeiro dos instrumentos a mencionar um dos mais importantes é o Projeto Político Pedagógico. Como afirma de Araujo (2021), o PPP deve ser construído de forma coletiva por todos que estão integram a comunidade escolar. No entanto, na prática, em muitas escolas, a criação do PPP é uma questão de formalidade e de nenhuma forma inclui os professores, os funcionários, os alunos e os pais. 
2.2 COMUNIDADE PARTICIPANTE DO PROCESSO DECISÓRIO
O conselho da comunidade escolar envolvente é um dos pilares para a gestão democrática e inclusiva das escolas, por isso, sempre que todos os membros participam das decisões acerca do que for proposto, seja de políticas educacionais ou práticas pedagógicas, a direção se torna não só diversa, mas inova e inclusiva, considerando os requisitos e demandas de todos envolvidos. Com isso Nascimento e Silva (2022) opinam que se pode dizer que o processo gera um ambiente de aprendizado mais colaborativo, em que todas as perspectivas são vistas com prioridade e cria-se um clima escolar mais pacífico e envolvente.
A comunidade escolar se somar em gestão daquela alegando sua participação em decisões, é uma ideia de que torno viável, uma vez que lhe traz a certeza de que as diretrizes educacionais e práticas pedagógicas são atendidas e discutidas por meio da sua natureza social. Como Facó et al. (2021) afirma, defender uma concepção de gestão democrática de uma escola pressupõe pensar a participação por todos os segmentos escolares em consideração ao alocamento decisório. Assim, os formos enriquecem-se de legitimação para implementação de deliberações, pois compartilha a identidade de suas necessidades específicas, quando os alunos, pais, professores e servidores são ouvidos os gestores escolares podem implementar estratégias atuais e que, embora atenderem objetivos educacionais, um ambiente do conhecimento inclusivo e respeitoso, promovendo a cidadania da escola.
Como observam acertadamente Medeiros e de Medeiros (2022), por meio de fichas rabiscadas em casa percebemos que a escola é isso a coisa o que vemos, mas, revestida de significados distintos dependendo de quem olha. Por fim, a vantagem mais significativa de uma gestão democrática pode ser a construção de uma cultura escolar colaborativa. Uma vez que todos os membros da escola participam da tomada de decisões, todos têm um interesse financeiro em alcançar os objetivos. Como tal, uma atmosfera de cooperação e trabalho em equipe é desenvolvida. Segundo Silva Oliveira (2021), os atores entendem que são co-construtores do processo de gestão e as ordens de acatamento passam a ser acordos de trabalho e não de obediência. Nota-se que a colaboração não se limita à política e à lei; ela afeta positivamente a atmosfera do estabelecimento de ensino.
Para viabilizar tais práticas democráticas, então, torna-se necessária a participação dos pais na gestão escolar. Conforme ressaltam Santos e Cervi (2022), são os pais os primeiros a perceber a necessidade ou problema que os seus filhos passam na escola e envolvê-los em um processo decisório leva a melhorias também no espaço físico e pedagógico do contexto escolar. Os pais são também os principais mediadores entre escola e comunidade sobre a importância da gestão democrática. Os alunos, por serem os maiores destinatários do processo de ensino, são partes cruciais no processo de tomada de decisão na escola. Conforme Costa et al. (2023), os alunos se envolvem na definição das práticas pedagógicas, melhor prendem a motivação e o entusiasmo para a educação. Por outro lado, quando crianças se intrometem nas decisões sobre as questões escolares do cotidiano, elas são ensinadas a uma cidadania mais atenta, onde as responsabilidades e os direitos são conceitualmente expostos.
Apesar de vital para a democracia de gestão, reunir todos os segmentos escolares para decidir também não é algo simples. Guedes et al. (2021), para o processo deliberativo convergirem-se os fatores ausência de tempo, desconhecimento sobre os mecanismos administrativos e desinteresse do corpo discente, docente e responsável são obstáculos a serem sanados. Outro fator que também impacta diretamente na qualidade do ensino é a participação ativa de todos os membros da comunidade escolar. Souza (2022), afirma que quando as decisões são compartilhadas, acontece maior grau de adequação do programa curricular e das metodologias do ensino, pois é permitido ao professor compartilhar experiências e propostas, juntamente com a comunidade escolar e, assim, são identificadas melhorias no processo ensino-aprendizagem que podem ser mais bem aplicadas.
A gestão de natureza democrática, favorece o empoderamento da escola, que passa a tomar decisões mais condizentes a sua realidade. Na concepção de Nascimento e Silva (2022), a utilização de vários segmentos para deliberação fortalece o poder de auto perpetuação da escola e a capacidade de resolver problemas na estrutura organizacional sem depender excessivamente das direções superiores. No entanto, para garantir que a participação da comunidade escolar seja realmente efetiva, é preciso que a escola crie um ambiente agradável e democrático. Conforme destacado por Miki e Maciel (2021), fatores levantados no nível cultural, como valorização de interações, onde pais, alunos, professores e demais funcionários tenham a feeling psicológica de serem respeitados, priorizados e seguros impulsionam o maior engajamento no espaço da escola. Portanto, é essencial que sejam criadas condições para que as atividades promovidas não sejam apenas um mero símbolo, mas realmente tenham um impacto positivo.2.3 O PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
A implementação das novas tecnologias no âmbito educacional emergiu uma forma completamente nova de funcionamento da escola, desde a gestão democrática da escola até outras esferas. De acordo com isso, as plataformas digitais poderiam criar espaço mais inclusivo e colaborativo para a comunidade escolar, estudantes, pais, funcionalistas e educadores, com facilitação de comunicação entre a iniciativa e custo acessível. Segundo Graça et al. (2023), houve que as tecnologias podem aumentar os canais de participação de modo que a escola seja um processo de governança mais transparência aos interesses escolares, fundamentando-se em julgar as decisões com base no parecer.
Por fim, outra forma de comunicação entre membros da escola que não integra um grupo de estudantes são os designs sistemas digitais. De acordo com Graça et al. (2023), as plataformas digitais: e-mails, WhatsApps e aplicativos de ensino conectores de integração devidos para a melhor comunicação dos membros escolares. Dessa forma, a rápida disseminação de informações possibilita decisões importantes compartilhadas de maneira eficaz e transparente. Portanto, outra aplicação do conceito anterior é rápida, fácil e permitir que todos acessem rapidamente todo o conhecimento de que precisam para tomar parte ativa em decisões e outras questões discutidas com o tempo real. 
A inclusão digital é na inclusão digital numa necessidade para que a gestão escolar democrática esteja ao alcance de todos. Segundo Graça et al. (2023), por meio da oferta de ferramentas digitais apropriadas, tais como plataformas de gestão e comunicação, a escola pode tornar os pais e alunos partes mais ativas do processo decisório, muito mais abrangente em tempos de limite da presença física em reuniões. A tecnologia é o instrumento para a superação das barreiras, geográficas e temporais, para que todos os atores da comunidade escolar estejam tomando parte na decisão, seja ele quem for.
Uma das muitas vantagens das tecnologias em prol da gestão democrática é a transparência. Usando plataformas digitais, escolas devem ser capazes de publicar de maneira aberta e fácil informações sobre as conferências escolhidas, decisões pedagógicas, orçamentos e análises, entre outros, disse Mota et al (2021). Conforme observado por esses autores, a transparência em relação às decisões aumenta a confiança da comunidade escolar sobre a gestão institucional autônoma. Compreender como as iniciativas são elaboradas e disponíveis para os envolvidos, permite que todos participam mais ativamente e se sintam responsáveis pelo setor educacional. 
As ferramentas digitais não só ajudam na comunicação como divulgadas anteriormente, mas criam um ambiente de colaboração. Ferramentas de colaboração online, plataformas como Google Classroom, sites especiais de gestão escolar e muito mais permite que professores, alunos e pais trabalhem juntos e comuniquem-se regularmente. Isso se alinha a uma declaração feita por Graça et al. Graça et al. (2023), tais ferramentas criam um espaço digital no qual as ideias podem ser expressas, as dúvidas eliminadas e a tomada de decisões abordada de uma maneira colaborativa. A interação é continuada e realizada em um nível mais alto do que em reuniões presenciais.
A fim de que as tecnologias desempenhem um papel efetivo na gestão escolar democrática, os educadores e gestores escolares devem ser capacitados para utilizá-las adequadamente. Conforme Fernandes e Kerbauy (2022), a formação digital dos educadores não pode limitar-se ao uso das tecnologias apenas em tarefas básicas, mas deve ensiná-los a inovar em suas práticas pedagógicas para possibilitar a inclusão, a colaboração e a participação. A capacitação dos educadores com a utilização contínua das tecnologias permite que os educadores a utilizem de forma mais estratégica e acessível.
Além disso, o uso de tecnologias digitais também afeta seriamente a participação dos alunos nas decisões escolares. De acordo com Graça et al. (2023), ao usar plataformas de discussão e colaboração on-line, os alunos estão habilitados a ajudar na preparação do currículo e na seleção de tópicos que são mais claramente conectados ao seu interesse cognitivo. Sistemas on-line permitem que os alunos expressem seus sentimentos livremente, mais facilmente que se eles precisassem fazer isso de pessoa para pessoa. 
Outro aspecto a ser observado é a inclusão de estudantes com deficiência sendo facilitada pelo uso da tecnologia para garantir uma gestão democrática da escola. O uso de softwares ou dispositivos adaptados possibilita a participação integral do estudante. Sousa et al. (2022) citam as tecnologias assistivas, como leitores de tela, aplicativos de voz e dispositivo de acesso são indispensáveis para dar condições ao estudante com tipos diversos de deficiência participar da discussão e decisão escolar. Além disso, outra importância que as tecnologias digitais vêm conseguindo é a avaliação participativa, que é uma atividade intrínseca à gestão escolar democrática. Assim, a utilização de plataformas online para obter feedback de alunos, pais e professores sobre o funcionamento da própria escola pode gerar subsídios valiosos para o aprimoramento das práticas pedagógicas e administrativas. Batista (2022), o acesso a uma abordagem avaliação também proporcionar uma imagem mais fiel e ampla do que ocorre cotidianamente junto à comunidade escolar, contribuindo para que as decisões tomadas sejam, cada vez mais, lastreadas por dados.
Outra vantagem das tecnologias na condução de um processo de gestão escolar democrática é a oportunidade de eliminar as barreiras do tempo e do espaço. Por exemplo, se for mantida uma videoconferência ou fórum ou um grupo do WhatsApp, a reunião ou discussão pode ser realizada sem que todos os participantes estejam presentes juntos. Isso simplifica a capacidade de login de todos os interessados, inclusive pais que trabalham em dois empregos ou que não conseguem ir pessoalmente à escola, conforme mencionado por Silva Oliveira (2021). Assim, as tecnologias digitais têm o potencial de transformar a cultura da escola e torná-la mais democrática e participativa. O uso de ferramentas digitais estimula a descentralização do poder na escola uma vez que possibilita a participação de todos os membros da comunidade escolar nas discussões e decisões sem diferenciação: conforme definido por Costa et al. (2023).
2.4 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) E SUA RELAÇÃO COM A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
O Projeto Político Pedagógico é um dos elementos consolidados como instrumento decisório imprescindível em uma gestão escolar democrática. O PPP, ao pautar diretrizes e metas para a ação pedagógica, coletivamente direciona os processos educativos, justamente porque traduz as necessidades e interesses da referida comunidade. Conforme abordado por De Araujo (2021), dessa forma, sua formulação deve ser realmente participativa, envolvendo todos os segmentos da escola enquanto estes têm a responsabilidade de assegurar que a educação que é oferecida aos estudantes é de qualidade e atende de fato às necessidades reais de cada comunidade educativa. Portanto, o PPP não é um mero documento, mas representa o compromisso da escola com a formação cidadã e o desenvolvimento integral dos alunos.
Essa construção coletiva do PPP é parte da democratização da gestão escolar. Como afirmam Nascimento e Silva (2022), esse planejamento necessita ser construído a partir do processo de audição e participação de toda a comunidade escolar. Deste modo, ao integrar pais, alunos, professores e demais funcionários e discutir entre eles os objetivos e métodos pedagógicos, a gestão também se prepara para ser mais democrática e atenta à realidade e necessidades de todos.
Por fim, o PPP é ativo na promoção da educação inclusiva, conceituando que todas as decisões políticas no domínio da educação sejam desenvolvidas para apoiar as necessidades dos alunos em função de suas diferentes realidades, presença física,condição adversa e característica social. Como informado por Costa et al. (2023), somam-se a isso, um PPP bem construído e devidamente submetido para entender a inclusão ele deveria se desdobrar sob a lógica da inclusão, promovendo a igualdade de oportunidades para todos.
O PPP é, ainda, uma das formas de aproximar a escola da comunidade em que ela faz parte. No estudo de Fernandes e Kerbauy (2022), o PPP precisa se pautar pelas demandas locais, ou seja, conhecendo as fragilidades e possibilidades da comunidade. Dessa maneira, a escola, ao entender a realidade social e cultural a seu redor, pode trabalhar de forma mais eficiente pedagogicamente a fim de atender às expectativas dos alunos, pais e demais membros da comunidade.
Outra importância do PPP, é que além de ser uma forma de construir as metas e os objetivos pedagógicos de forma coletiva, se torna também um dos principais meios para se planejar e avaliar a gestão democrática. Para Silva Oliveira (2021), uma gestão escolar democrática não existe sem que haja avaliação e realização de com as práticas pedagógicas e a gestão administrativa. Assim, com o projeto pedagógico, a escola também pode definir padrões de avaliação viáveis para medir os resultados de suas ações e identificar os pontos fortes e lacunas.
O PPP não pode ser apenas um conjunto de leis e procedimentos administrativos, em vez disso, é o retrato filosófico da escola, que inclui uma visão sobre os princípios da educação democrática, inclusiva e cidadã. Guedes et al. (2021), afirmam que o PPP é a forma de comprometimento da escola com a educação integral do aluno, e isso significa os elementos acadêmicos e valores humanos, éticos e sociais. Conectando as perspectivas da comunidade escolar, o PPP consolida um projeto pedagógico escolhido ao formular a comunidade escolar. Como destacado na obra de Mota et al. (2021), o PPP promove uma visão comum entre todos os membros envolvidos em relação aos valores e metas, promovendo uma genuína sensação de segregação e desejo de ver a escola progredir. 
Entre as características do PPP está a flexibilidade do programa. Pode ser ajustado continuamente em função do ambiente escolar e das necessidades da escola. Como afirma De Araujo (2021), convém ressaltar que o projeto pedagógico escolar não é um documento definitivo e estático acerca do qual exista proibição de modificação. Ao contrário, trata-se de um projeto passível de alterações devido às variadas situações reais mudar o contexto e os problemas educacionais.
Um outro ponto a ser considerado é a forma como o PPP pode proporcionar reconhecimento à profissionalização dos educadores, visto que estão sendo traçados parâmetros para o contínuo desenvolvimento da equipe pedagógica. De acordo com Batista (2022), o Plano de Vivência de Profissionalismo do qual se fala com muitas expectativas também se refere a ter atividade de formação continuada pelo menos para os professores quando as coisas mudam no domínio educativo e os professores devem adotar práticas de ensino que são potencialmente eficazes em suas redes. Por fim, por meio do desenvolvimento do PPP, a gestão escolar democrática pode ser utilizada como um instrumento de combate às desigualdades educacionais, no qual esse aspecto se encaixe em práticas pedagógicas que atendem as peculiaridades dos estudantes em situação vulnerável. Para Graça et al. (2023), o PPP deve oportunizar a efetivação de políticas e ações que propiciem a inclusão de todos os estudantes, sem distinção social, econômica, cultural, dentre outras.
2.5 A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E OS DESAFIOS DA INCLUSÃO
Gestão escolar democrática com a inclusão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em um cenário é discutir um largo de desafio. Com base em Medeiros e de Medeiros (2022), a educação de estudantes vulneráveis exige novas abordagens abordando a diferença socioeconômica e cultural e educacional. 
Conforme Medeiros e de Medeiros (2022), muitos alunos em vulnerabilidade social vivem condições de vida desumana, desde fome, má condição dos materiais didáticos a disposição, dormir em escolas onde a violência doméstica circunda quando a família procura socorro, a escola é abandonada; tal situação não é possível que esses alunos alcancem o ensino de forma ativa e focada nas disciplinas. Portanto, a gestão escolar democrática deve oferecer estratégias de inclusão caso contrário sua trajetória escolar fique marcada por oportunidades desnecessárias de aprendizado e desenvolvimento. 
Aos educadores, é preciso garantir a continuidade do treinamento, visando que a gestão democrática seja capaz de lidar com a diversidade e vulnerabilidade social dos alunos. Como ensina Silva Oliveira (2021), é necessário preparar os docentes de modo a entender os desafios dos alunos em situação de vulnerabilidade social e adotar práticas pedagógicas inclusivas que maximizem os aprendizados de todos. 
Segundo Graça et al. (2023), a gestão democrática gera um molde de escola, que tenta tornar a escola um lugar mais acolhedor para os alunos, seja de que condição social e econômica for De modo que a gestão escolar proporcionar que a escola só tome decisões que beneficia os alunos censo de vulnerabilidade se sitiem suas práticas pedagógicas inclusivas e políticas que favorece a equidade escolar.
A efetiva integração escolar de crianças e jovens em situação de disparidade social não pode apenas ser conseguida por iniciativa da escola, mas exige políticas municipais que lhes promovam acessibilidade e qualidade de educação. De acordo com Souza (2022), o governo, por exemplo, terá de alocar recursos adequados para tornar o fato possível, isto é, de modo que escolas e institutos comecem a fornecer serviços psicossociais aos alunos em situações desafiadoras, como derivação ou autismo, permitindo-lhes acessar materiais pedagógicos adaptativos e insinuações contra discriminação e preconceito. A prática escolar democrática e respeitosa exige políticas públicas que ofereçam as condições de implementação de suas práticas inclusivas a fim de garantir a igualdade de oportunidades no processo educativo. 
É fundamental ter a comunidade escolar participante, incluindo pais e responsáveis no atendimento às necessidades dos alunos em vulnerabilidade. De acordo com Santos e Cervi (2022), a cooperação entre escola e família possibilita ao setor uma melhor compreensão das dificuldades de maior proximidade dos alunos e mais soluções eficazes para superá-las. 
Crianças e adolescentes em vulnerabilidade precisam de combater psicossociais que impedem facilmente o encaixamento do aluno comum à escola, ao que seja de sua competência foram as mínimas participações educativas. Assim apropria-se que Medeiros e de Medeiros (2022) afirmam os alunos em questão podem vir carregar transtorno emocional ou comportamental que são uma desafetação para o processo de aprendizagem. Portanto, a gestão escolar democrática deve adotar várias ações a partir desses fatores, como a ação de psicologia e a criação de um local seguro para que o aluno possa discorrer e lidar com suas desafetações.
A tecnologia, portanto, pode ter um grande papel como um potente agente de inclusão de alunado em situação de vulnerabilidade. De acordo com Graça et al. (2023), recursos tecnológicos do tipo plataformas do ensino online, softwares educativos e ferramentas de acessibilidade podem neutralizar as barreiras físico-sociais das quais os alunos se encontram cercados. Por sua vez, a gestão escolar democrática deve utilizar o seu potencial como recurso para tornar os alunos conhecedores igualmente dos seus recursos educativos permitindo assim o princípio igualdade de oportunidades de aprendizagem. Ademais, as tecnologias também facilitar informações para integrar melhor os contínua da comunidade escolar, realizar a comunicação dos pais e tutores. 
A inclusividade na avaliação deve ser uma ferramenta que permita que todos os alunos, desde que desconheçam a sua condição social, possam ser avaliados para mostrar o que aprenderam. Por sua verossimilhança,em Batista (2022) é possível que na gestão escolar democrática há a prática de avaliação a partir de diferentes formas de se avaliar o aprendizado dos alunos, de forma que não os excluam os alunos em situação de vulnerabilidade. Sendo assim, avaliações diversificadas, que possibilitam aos alunos a expressão do conhecimento de maneira flexível, de acordo com as limitações e potencialidades, devem fazer parte do cotidiano do ambiente escolar.
Para Silva Oliveira (2021) e Mota et al. (2021) nenhuma criança deve sentir vulnerabilidade em sua escola, isto é, os estudantes devem ser todos respeitados protegidos e dignificados, independente da origem ou condição socioeconômica. Esse entendimento democrático na gestão escolar os define um local onde não se tolera a discriminação e a base do preconceito e o incentiva a conviver de maneira harmoniosa respeitando as diferenças. Para que os alunos vulneráveis possam se sentir seguros é necessário o que ajude a eles a se engajem integralmente no seu ensino.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Perante a vulnerabilidade social acima descrita, a presente análise dos desafios enfrentados pela gestão escolar democrática contextualiza uma interdependência complexa com as práticas educacionais e as condições socioeconômicas dos estudantes. Como apontado por Medeiros e de Medeiros (2022), temos como vulnerável todo aquele que tem dificuldade de acesso e de condições de obtenção dos direitos. Dentre o público-alvo desse conceito, os estudantes apresentam dificuldades como a privação de saúde e a imensa carência de condições humanas básicas. 
Segundo Silva Oliveira (2021), com a presença de intervalos de pais, alunos e professores na tomada de decisões, torna-se possível mediar a inclusão de alunos ligeiramente de vulnerabilidade, pois, ao passo que todos os partícipes da comunidade escolar pressionem suas necessidades quanto à maneira de gerenciar pedagógico e administrativamente as escolas, esta torna-se mais sensitiva a elas.
Adicionalmente, a gestão escolar democrática, com a inclusão dos vários segmentos da escola, possibilita a elaboração de um projeto pedagógico com base na realidade dos educandos. Deste modo, Graça et al. (2023), mediante a participação e contribuição de pais, alunos e professores, atestam que o PPP (Projeto Político Pedagógico) passa a diluir uma faceta inclusiva. Isto é, o PPP deve ser o resultado das demandas da comunidade escolar, assegurando que as políticas no âmbito educacional da escola encontrem resposta em necessidades presentes.
O último elemento que seria formação de educadores seria de grande importância para o sucesso desse método, principalmente em relação aos alunos vulneráveis. Para Medeiros e de Medeiros (2022), os professores devem ser capacitados na perspectiva de promover uma equiparação da atenção às questões socioemocionais decorrentes da vulnerabilidade dos estudantes. O conhecimento e as práticas acima mencionados devem ser obtidos exatamente no processo de formação. Além disso, é extremamente importante incluir práticas pedagógicas relacionadas à inclusão e abordagens respeitosas, reconhecendo a diferença entre os alunos. Isso ocorre porque os dados demonstram que uma escola que se dedica à formação contínua da equipe pode fornecer educação inclusiva adaptada a cada aluno.
A comunidade também é um fator importante para a inclusão escolar. Santos e Cervi (2022) afirmam que a comunidade tem que colaborar com a escola para entender melhor o que os alunos necessitam e, a partir disso, construir estratégias eficazes de atendimento. Nesse caso, os resultados apontam que as escolas que possibilitam esse acesso de pais e responsáveis até suas dependências e atividades geram inclusive crianças menos vulneráveis.
Os dados mostram que também a implementação da abordagem de educação integral ajuda na inclusão do grupo desfavorecido. Costa et al. (2023) dizem que a educação integral, que oferece atividades extracurriculares, como esportes, arte e cultura, desenvolve o aluno em seu todo, prestando atenção às necessidades do aluno não apenas cognitivas, mas também sociais e emocionais. Igualmente, os desafios psicossociais em tais estudantes vulneráveis precisavam de uma abordagem sensível e calorosa se a gestão democrática da escola fosse se esforçar para apoiar os aprendizes. Baseado em Medeiros e de Medeiros (2022), vários estudantes vulneráveis experimentam o convívio com doença psíquica e trauma comportamental que compromete o desempenho intelectual. Assim, a gestão democrática da escola foi necessária para se integrar os serviços de aconselhamento psicossocial no ambiente da escola para fornecer um ambiente de segurança e proteção emocional que faz com que os aprendizes se sintam apreciados.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É dentro dessa perspectiva que a gestão escolar democrática e inclusiva ganha centralidade para possibilitar a concretude de uma educação de qualidade para a criança e para o adolescente em situação de risco social. E, refletir sobre os desafios, as barreiras e as limitações inerentes à efetivação de tal modelo se colocam, portanto, como o foco desta reflexão. A partir disso, é possível compreender que, independentemente da existência de fatores e obstáculos acentuados, tais como falta de recursos, despreparo dos profissionais formados, as escolas’ está fortemente engajada em uma abordagem democrática.
Os resultados da pesquisa indicam que a adoção de políticas públicas efetivas e investimento em recursos tecnológicos são medidas importantes que ajudam a dotar dos alunos vulneráveis. O treinamento contínuo dos docentes, composto por uma formação especializada na prática de ensino com base em educação integrada e orientada para as condições econômicas do povo e realidade dos alunos, são um passo composto no direcionamento da educação que vai alongar às outras diferenças e está adaptado para o desenvolvimento dos estudantes. 
A avaliação inclusiva e a promoção de um clima escolar seguro e acolhedor também são necessárias para o sucesso de uma escola democrática gerida de forma eficaz. A promoção de formas variadas de aprendizagem e a atenção à situação particular dos alunos vulneráveis permitirão que as escolas criem uma avaliação mais equitativa e representativa do aprendizado dos alunos. O clima escolar deve ser um local em que cada aluno se sinta seguro e importante, independentemente de onde ele venha e quanto dinheiro seus pais ganham para que ele possa desempenhar seu papel no processo de aprendizado. Em muitos aspectos desafiadores, a administração escolar democrática é útil para melhorar a inclusão de crianças vulneráveis.
Assim, por sua vez, quando uma escola participa da condução do seu entorno na tomada de decisão e ações pedagógicas que promova os interesses dos estudantes, ela se transforma em um cenário mais equitativo e com todos os elementos necessários para possibilitar que todos os alunos sejam instruídos com qualidade. Entretanto, questões de que a governança democrática seja de fato empregada em todas as instituições da educação sistematizada é crucial apropriações de políticas públicas desse setor que assegure a necessária disponibilidade e fomento.
Para que a precisão da gestão escolar democrática seja verdadeira para todos os alunos, sobretudo para os alunos em situação de vulnerabilidade, é necessário um compromisso coletivo de todos os sujeitos atores de educação. A manutenção das ações inclusivas continuadas adultos da educação e investimento em políticas orientadas a garantir a equidade são responsáveis para ultrapassar os desafios em direção a uma educação mais democrática e transformadora. A gestão democrática, sem dúvidas, é uma forma de garantir que todos os alunos em quaisquer determinadas origens ou condições tenham a mesma oportunidade de desenvolvimento.
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