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Enfermagem na 
Saúde da Mulher
Assistência pré-natal
Prof. Ms. Danieli Garbuio
• Unidade de Ensino: 2
• Competência da Unidade: Compreender sobre a assistência
pré-natal.
• Resumo: Aborda sobre os cuidados no pré-natal, as
intercorrências e patologias obstétricas.
• Palavras-chave: Pré-natal, cuidados nos pré-natal,
intercorrências gestacionais, patologias obstétricas.
• Título da Teleaula: Assistência pré-natal
• Teleaula nº: 2
Convite ao estudo Cuidados no pré-natal
Intercorrências no pré-
natal
Patologias obstétricas
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/pregnant-woman-walking-active-well-fitted-1438542533. 
Acesso em: 24 set. 2021.
Gravidez
Momento de grandes transformações 
para a mulher, para seu (sua) parceiro (a) 
e para toda a família. Durante o período 
da gestação, o corpo vai se modificar 
lentamente, preparando-se para o parto 
e para a maternidade.
Pré-natal
O objetivo é assegurar o 
desenvolvimento saudável da gestação, 
permitindo um parto com menores 
riscos para a mãe e para o bebê. 
Aspectos psicossociais são também 
avaliados e as atividades educativas e 
preventivas devem ser realizadas pelos 
profissionais do serviço.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/sperm-egg-cell-fertilization-illustration-on-1385193920. 
Acesso em 24 set. 2021.
Contextualização
Cuidados no pré-natal
Sintomas comuns da gravidez
Presunção
• Atraso menstrual
• Aumento das 
mamas
• Náuseas e vômitos
• Sialorreia
• Hiperpigmentação
da aréola e dos 
mamilos
• Polaciúria
• Fadiga
Probabilidade
• Amolecimento 
da cérvice 
uterina
• Positividade do 
BHCG a partir do 
8º ou 9º dia 
após fertilização
Certeza
• Presença dos 
batimentos 
cardíacos fetais 
(BCF),
• Percepção dos 
movimentos 
fetais 
• Ultrassonografia 
confirmatória
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https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/sperm-egg-cell-fertilization-illustration-on-1385193920
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Diagnóstico de gravidez
Teste rápido
Teste 
Imunológico de 
Gravidez (TIG) + 
15 dias de atraso 
menstrual
Plasma
Detecção da 
gonadotrofina 
coriônica (HCG)
Ultrassonográfico
Visualização do 
saco gestacional 
por volta das 
seis semanas
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/hand-holding-pregnancy-test-pack-2-1664550184. 
Acesso em: 05 out 2021.
Primeira consulta de pré-natal 
✓ Realizar entrevista e exame físico geral e obstétrico
✓ Avaliação do risco gestacional 
✓ Preencher cartão da gestante
✓ Cadastro no Sisprenatal
✓ Encaminhar para odontologia
✓ Observar cartão vacinal da gestante
✓ Solicitar exames do primeiro trimestre
✓ Realizar orientações e sanar dúvidas
A primeira consulta deve ser realizada 
precocemente.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pregnant-502415008. Acesso em: 05 out. 2021.
Calendário de consultas no pré-natal
Até 28ª 
semana: 
mensalmente
Da 28ª até a 36ª 
semana: 
quinzenalmente
Da 36ª até a 41ª 
semana: 
semanalmente
Mínimo de 6 consultas 
intercaladas entre médico e enfermeiro.
Cuidados de
enfermagem no pré-
natal
Cuidados de enfermagem no pré-natal
Identificar e tratar ou controlar doenças
Prevenção de complicações
Promover o bom desenvolvimento fetal
Reduzir índices de morbimortalidade materna e
fetal
Consultas de pré-natal subsequentes 
Entrevista
Exame 
físico/ 
obstétrico
Orientações
Controle da gestação de risco habitual
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https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/hand-holding-pregnancy-test-pack-2-1664550184
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Exames 
laboratoriais no 
pré-natal
Exame Solicitação 
Hemoglobina e hematócrito 1º e 3º trimestres
Eletroforese de hemoglobina 1º trimestre
Tipo sanguíneo e fator Rh 1º trimestre
Coombs indireto A partir de 24 semanas
Glicemia em jejum 1º e 3º trimestres
TTGO 24ª-28ª semanas
Urina tipo I, 1º e 3º trimestres
Urocultura e antibiograma 1º e 3º trimestres
MS, 2016
Exames 
laboratoriais no 
pré-natal
Exame Solicitação
Teste rápido de proteinúria Indicado para mulheres com 
hipertensão na gravidez
Teste rápido para sífilis ou VDRL 1º e 3º trimestres
Teste rápido para HIV ou sorologia 
(antiHIV I e II)
1º e 3º trimestres
Sorologia hepatite B (HBsAg) 1º e 3º trimestres
Toxoplasmose IgG e IgM 1º e 3º trimestres
Parasitológico de fezes Quando anemia presente ou 
outras manifestações sugestivas
MS, 2016
Imunização da 
gestante
✓ Hepatite B (completar 3 doses, se estiver incompleto) 
✓ Influenza (dose anual)
✓dT/dTpa: 
1 dose de dT administrada previamente: fazer uma dose de dT
após o primeiro trimestre de gestação e uma dose de dTpa após a
20ª semana;
2 doses de dT administradas previamente: fazer uma dose de
dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Gestante com esquema vacinal completo com dT (três doses):
fazer somente a vacina dTpa a partir da 20ª semana, independente
se a gestação anterior ocorreu em um período maior ou menor
que cinco anos.
Queixas e riscos 
gestacionais
Principais queixas gestacionais
Náusea 
matinal
Pirose Lombalgia Varizes
Hemorroidas Polaciúria Constipação Flatulência
Corrimentos Cãibras
Náusea matinal
Não se restringe apenas ao período da manhã e deve ser
controlado, preferencialmente, sem o uso de medicamentos
Pode ser causado por: aborrecimentos, alterações hormonais e
diminuição do peristaltismo.
Conduta: evitar alimentos de difícil digestão, fazer alimentação
fracionada (pelo menos seis vezes ao dia) e ao acordar permanecer
na cama por mais ou menos meia hora antes de se levantar.
Algumas medicações também podem ser usadas, indicadas e
prescritas pelo médico.
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Polaciúria: trata-se da urina em pequena quantidade e
várias vezes ao dia devido ao crescimento do útero e
consequente pressão sobre a bexiga.
Constipação: pode ser causada pela diminuição do
peristaltismo e pressão do útero sobre os intestinos. A
conduta é ingerir alimentos ricos em fibra, ingerir bastante
água, estabelecer horários para evacuação, evitar
medicamentos e praticar exercícios como caminhadas.
Flatulência: é causada por ação de bactérias produtoras de
gás no intestino. A conduta deve ser evitar ingestão de
alimentos que produzem gases e mastigar bem os
alimentos.
Lombalgia
• Causada por adaptações da postura e enfraquecimento dos
ligamentos das articulações sacroilíacas. Conduta: corrigir a
postura, evitar a fadiga, usar roupas adequadas e usar sapatos
baixos e confortáveis, além de aplicação de calor no local.
Varizes
• Podem afetar os membros inferiores, a vulva e a pelve. As
principais causas são: hereditariedade, roupas apertadas,
compressão dos grandes vasos devido ao útero estar aumentado
e permanecer longos períodos em pé ou sentada. Conduta: usar
meias elásticas quando recomendado, repousar com frequência,
evitar roupas apertadas, elevar pernas e quadril com almofadas
ou elevar os pés da cama cerca de 15 cm.
Fatores de risco gestacional
Antecedentes obstétricos
Presença de doenças
Doenças obstétricas na gravidez atual
Os fatores de risco gestacional podem ser prontamente identificados no
decorrer da assistência pré-natal desde que os profissionais de saúde estejam
atentos a todas as etapas da anamnese, exame físico geral e exame gineco-
obstétrico. Fatores de risco 
gestacional
Os alunos da professora Glória conheceram Ana, que está
internada há cinco dias com ameaça de aborto,
apresentando sangramento, dor e com histórico de
aborto na gravidez anterior. Portanto eles se
perguntaram: quais são os fatores de maior risco que
ocorrem na gestação?
Antecedentes obstétricos
• Infertilidade e esterilidade, 
• malformação fetal, 
• crescimento intrauterino restrito (CIUR), 
• síndrome hemorrágica,
• síndrome hipertensiva, 
• cirurgia de útero anterior.
• Multiparidade, 
• parto difícil, 
• parto prematuro, 
• intervalo entre gestações de menos de 2 anos ou mais de 5 anos, 
• óbitos perinatais, 
• aborto, 
• recém-nascido com peso menor que 2.500 gramas oumaior que 4.000 
gramas, 
• Rh negativo
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-family-pregnancy-
motherhood-new-life-1916780477. Acesso em: 05 out. 2021.
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-family-pregnancy-motherhood-new-life-1916780477
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Presença de doenças
• Renal, 
• cardiovascular, 
• pneumopatia,
• hemopatias, 
• epilepsia, 
• doença autoimune, 
• ginecopatia, 
• diabetes,
• anemia, 
• doenças mentais e 
• infectocontagiosas.
Doenças obstétricas na gravidez atual
• HAS, 
• AU superior ou inferior à esperada, 
• suspeita de gravidez ectópica, 
• toxemia, 
• hemorragia vaginal, 
• ameaça de parto prematuro,
• gravidez prolongada,
• múltipla gravidez,
• oligodrâmnio ou polidrâmnio,
• óbito fetal, 
• rotura das membranas por mais de 12 horas sem presença de trabalho de 
parto,
• desnutrição e/ou ganho ponderal inadequado, 
• diabetes gestacional e
• doenças infectocontagiosas.
Interação Intercorrências e 
patologias I
Cardiopatias e gestação
A integração entre embrião e útero materno provoca no organismo um
intrínseco estímulo hormonal que induz a transformações na fisiologia do
sistema cardiovascular, as quais são fundamentais para o adequado
desenvolvimento da gravidez. Essas mudanças determinam uma sobrecarga
hemodinâmica que pode revelar doenças cardíacas previamente não
reconhecidas ou agravar o estado funcional de cardiopatias subjacentes.
No pré-
natal
No 
trabalho 
de parto
No pós-
parto
Condutas:
Cardiopatias: conduta no pré-natal
Observar comprometimento pulmonar: tosse, hemoptise, estertores,
dispneia em repouso, sopro diastólico, taquicardia que aumenta com atividade.
Hospitalização para avaliar e prevenir sinais e
sintomas de descompensação cardíaca
Exame físico e anamnese
Observar congestão venosa
Tratar infecções e deficiências nutricionais
Limitar atividade física
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Anemia
Níveis de hemoglobina estão abaixo do normal devido à carência de nutrientes
essenciais, principalmente por deficiência de ferro, zinco, vitamina B12 e
proteínas. A principal e mais comum - anemia ferropriva (carência de ferro).
Consequências para a mãe
diminui a capacidade de
cicatrização, diminui a resistência
contra infecções, há aumento do
índice de complicações
hemodinâmicas, aumento do
índice de partos operatórios e
aumento do número de aborto,
parto prematuro e toxemia
gravídica
Consequência fetal
o bebê pode nascer pequeno
para a idade gestacional
(PIG), pode haver aumento
do índice de sofrimento
fetal, lesão neurológica e
mortalidade perinatal.
Anemia
Condutas
Sulfato ferroso
Alimentação rica 
em ferro 
(nutricionista)
Orientar o 
tratamento de 
parasitoses
Controle de 
hemograma 
(Hb/Ht) a cada 
30 dias
Exames para avaliação da anemia 
(hemoglobina e hematócrito):
✓ Hemoglobina > 11g/dl – normal. 
✓ Hemoglobina entre 8 e 11 g/dl –
anemia leve a moderada. 
✓ Hemoglobina 140mmhg ou diastólica >90mmhg) e proteinúria (300mg ou mais de proteína
em urina de 24h), após 20 semanas de gestação, em gestante previamente
normotensa. O edema já foi considerado um dos critérios para a definição, mas
hoje já não é mais imprescindível para o diagnóstico de pré-eclampsia.
Principal causa de morte materna no Brasil e o prognóstico
para o feto é grave
A redução de mortes pode ser feita por meio de uma boa
assistência no pré-natal, seguida de diagnóstico e tratamento
precoces
C
la
ss
if
ic
aç
ão
 d
a 
D
H
EG
Hipertensão induzida pela gravidez (em
primíparas)
Pré-eclâmpsia: desenvolvimento da
hipertensão depois da 20ª semana de
gestação complicada por envolvimento renal,
levando à proteinúria
Eclâmpsia: pré-eclâmpsia complicada por
envolvimento do sistema nervoso central
(SNC) levando à convulsão
Intercorrências e 
patologias II
Infecção do trato urinário na gestação
Escherichia coli 
80%
Pielonefrite
Fatores 
hormonais
✓ As gestantes com ITU não complicada, as cistites: devem ser
tratadas com antibióticos ambulatorialmente.
✓ A ITU complicada está associada a anormalidades estruturais ou
funcionais do trato urinário e se caracterizam por envolvimento de
patógenos com maiores resistências aos antimicrobianos. Gestante
deve ser hospitalizada.
✓ São sinais de ITU complicada: febre, taquicardia, calafrios, náuseas,
vômitos, dor lombar, com sinal de Giordano positivo e dor
abdominal.
✓ A ITU na gestação está associada à rotura prematura de
membranas, ao aborto, ao trabalho de parto prematuro, à
corioamnionite, ao baixo peso ao nascer, à infecção neonatal, além
de ser uma das principais causas de septicemia na gravidez.
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Conduta na ITU em gestantes
• Instruir sobre coleta de urina
• Orientar sobre uso de antibiótico
• Aumento da ingesta hídrica
• Acesso venoso permeável para hidratação
• Controle da temperatura e dinâmica uterina
• Observar perda vaginal
• Decúbito lateral esquerdo
Condutas
Diabetes Mellitus (DM)
DM
• doença metabólica caracterizada por hiperglicemia e
associadas a complicações, disfunções e insuficiência de
vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro,
coração e vasos sanguíneos. DM tipo I e tipo II.
DMG (diabetes mellitus gestacional)
• caracteriza pela intolerância à glicose que se diagnostica no
período da gestação. Esta pode ocorrer neste período devido
aos hormônios antagônicos da insulina que são secretados
pela placenta, e se iniciam no 2º ou 3º trimestre da
gestação. Diagnóstico durante a gestação atual, sem ter
previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM.
Diagnóstico de 
DMG, segundo 
a SBD 2019-
2020
Na primeira consulta de pré-natal, recomenda-se avaliar as mulheres quanto à
presença de DM prévio, não diagnosticado e francamente manifesto. O diagnóstico
de DM será feito se um dos testes a seguir apresentar-se alterado:
• Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL;
• Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL;
• HbA1c ≥ 6,5%;
• Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL na presença de sintomas;
• Confirmação será feita pela repetição dos exames alterados, na ausência de
sintomas
Sugere-se que seja feita dosagem de glicemia de jejum em todas as mulheres na
primeira consulta de pré-natal.
Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL, devem
receber diagnóstico de DMG e ser submetida a teste de sobrecarga oral com 75 g de
glicose anidra entre 24 e 28 semanas de gestação, sendo o diagnóstico de DMG
quando um do valores a seguir encontrar-se alterado:
• Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL;
• Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180 mg/dL;
• Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153 mg/dL.
DMG
Consequência para a mãe
ITU
Polidrâmnio
Abortamento nas últimas 
semanas gestacionais
Tendência à cetose e acidose
Consequência para o feto
Crescimento acelerado, 
deposição excessiva de 
gordura e retenção hídrica
Morbidade neonatal 
(hipoglicemia)
Complicações
respiratórias
Sofrimento fetal 
durante o parto
C
o
n
d
u
ta
s 
D
M
G
Orientações alimentares 
e controle de peso
Exercícios físicos
Monitoramento da 
glicemia
Hipoglicemiantes orais 
ou insulina
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-healthy-diabetic-diabetes-sports-sport-1156968376. 
Acesso em: 05 out. 2021.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/ectopic-normal-pregnancy-fetus-uterus-womb-1063702256. Acesso 
em: 24 set. 2021.
Gravidez ectópica: fertilização do óvulo implantando fora da
cavidade uterina.
Crescimento intrauterino restrito (CIUR): recém-nascido possui
baixo peso ou é pequeno para a idade gestacional (PIG), com
peso menor ou igual a 2.500 gramas, independente da IG.
Incompetência cervical: defeito mecânico do colo do útero,que
se torna incapaz de levar a gravidez até o final, induzindo ao
trabalho de parto prematuro ou abortamento.
Mola hidatiforme: anomalia do desenvolvimento placentário que
resulta na conversão das vilosidades coriônicas a uma massa, com
aspecto de uvas, e precede um tumor maligno do trofoblasto, com
tendência à metástase rápida.
Outras 
intercorrências
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-healthy-diabetic-diabetes-sports-sport-1156968376
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/ectopic-normal-pregnancy-fetus-uterus-womb-1063702256
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Patologias obstétricas
Pós-datismo e 
gravidez 
prolongada
Pós-datismo - gestação entre 40 e 42 semanas
Gravidez prolongada - gestação atinge ou ultrapassa 42
semanas
Classificada em fisiológica (quando não há disfunção
placentária) e patológica (quando há insuficiência da
placenta que compromete o feto)
Condutas: IG e DPP corretas, verificar se existe distocia,
complicação clínica ou sofrimento fetal. Controle de
BCF até 42 semanas e orientar quanto à parada ou
diminuição dos movimentos fetais.
Trabalho de parto prematuro (TPP)
Início do trabalho de parto antes das 37 semanas de
gestação.
Diagnóstico: contrações uterinas, dilatação e
esvaecimento cervical.
Condutas: hospitalização, repouso em DLE, avaliar DU,
alterações do colo, controle BCF, cateterismo venoso e
administração de sedativos, ringer lactato, e
corticoidoterapia (entre 28 e 34 semanas)
Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/es/photos/beb%C3%A9-ni%C3%B1o-nacimiento-confianza-1681181/. Acesso em: 24 set. 2021.
Abortamento
Definição
• Término da gestação antes que se torne viável (22 semanas).
Fatores predisponentes
• Ovulares (óvulos ou espermatozoides defeituosos), insuficiência de
progesterona, infecções, traumas e incompetência cervical.
Condutas
• Hospitalização, controlar SSVV, avaliar sangramento, presença de
embrião em meio aos coágulos, administrar líquidos, sangue,
antibióticos e analgésicos, CPM
Óbito fetal intrauterino
Morte do feto ainda dentro do útero. É importante
conhecer a causa para evitar que se repita.
Causas maternas e ovulares
Condutas: Manter a bolsa amniótica íntegra o maior
tempo possível, administrar misoprostol via oral ou via
vaginal. Após a expulsão, encaminhar pedido de exame
anatomopatológico e bacteriológico da placenta e
encaminhar pedido de necropsia fetal.
Isoimunização pelo fator RH
A profilaxia se dá pela administração IM de imunoglobulina anti-
Rho (D) até 72 horas do parto ou aborto. Administra-se também
durante a gestação de mulheres Rh negativas e Coombs indireto
negativo, com marido positivo, entre 28 e 34 semanas.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/rhfactor-572959006. Acessoem: 24 set. 2021.
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https://pixabay.com/es/photos/beb%C3%A9-ni%C3%B1o-nacimiento-confianza-1681181/
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/rhfactor-572959006
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Outras 
patologias 
obstétricas
Placenta prévia: maior causa de hemorragias no
último trimestre da gestação. Placenta está
implantada no segmento uterino inferior, cobrindo
parcial ou totalmente o orifício cervical interno.
Descolamento prematuro de placenta (DPP):
ocorre na segunda metade da gestação. Placenta
se separa da parede uterina.
RPM ou amniorrexe prematura: rotura das
membranas amnióticas de maneira espontânea com
saída de líquido.
Hiperêmese gravídica
A professora Glória assumiu os cuidados da paciente Maria, que se
encontra hospitalizada devido a uma hiperêmese gravídica. Por
isso a professora indagou aos seus alunos: o que é uma
hiperêmese gravídica, quais são seus sinais e sintomas e quais os
cuidados que devemos ter com este tipo de paciente?
Definição
• Caracteriza-se por vários episódios de vômitos, os quais podem
gerar graves alterações hidroeletrolíticas e nutricionais para a
gestante.
Manifestações clínicas
• Perda de peso, alcalose metabólica (devido à perda do suco
gástrico), acidose (devido à diminuição do aporte nutricional) e
desidratação.
Condutas
• Discutir as angústias oferecendo apoio, instruir quanto à
alimentação fracionando-a, evitar alimentos ácidos, e orientar
uso de antiemético prescrito.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/young-beautiful-pregnant-woman-covering-mouth-
1070933945. Acesso em: 24 set. 2021
Interação
Recapitulando
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Recapitulando
✓ Cuidados no pré-natal: diagnóstico gestacional,
consultas, acompanhamento, queixas e riscos
gestacionais.
✓ Intercorrências e patologias: cardiopatias na gestação,
anemia, DHEG, ITU, DMG.
✓ Patologias obstétricas: pós-datismo e gravidez
prolongada, TPP, abortamento, óbito fetal intrauterino,
isoimunização pelo fator RH, hiperêmese gravídica
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