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@CASA LMEDR E SUMOS
OBSTETRÍCIA
A B O R D A G E M S I N D R Ô M I C A
2025
@CASALMEDRESUMOS@CASALMEDRESUMOS
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S
U
M
Á
R
IO
SANGRAMENTOS NA GRAVIDEZ - 1ª METADE
SANGRAMENTOS NA GRAVIDEZ - 2ª METADE
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ
VITALIDADE FETAL E PUERPÉRIO
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO
PARTO
5
O B S T E T R Í C I A - A B O R D A G E M S I N D R Ô M I C A
Abortamento 5
Doença Trofoblástica Gestacional 6
Gravidez Ectópica 7
DHPN 9
Descolamento Prematuro de Placenta 10
Placenta Prévia 11
Roturas 12
Distúrbios Hipertensivos 13
Diabetes Gestacional 15
Gemelaridade 16
Outras Doenças 18
Doenças Infecciosas: ITU, COVID-19 e HIV 20
Sofrimento Fetal Agudo 22
Sofrimento Fetal Crônico 24
Fórcipe 26
Puerpério 27
Diagnóstico da Gravidez 31
Modificações do Organismo Materno 32
Assistência Pré-Natal 33
10
13
22
31
37
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 1ª METADE DA GRAVIDEZ E DHPN 
1. SANGRAMENTOS DA 1ª METADE DA GESTAÇÃO 
 
ABORTAMENTO 
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL 
GRAVIDEZ ECTÓPICA 
 
Abortamento 
 
Conceitos: 
- INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO ANTES DA VIABILIDADE 
▪ 3 consecutivos 
 
Quadro Clínico: 
• Ameaça, inevitável, incompleto, completo, infectado, retido 
 
AMEAÇA Colo fechado, BCE + 
COMPLETO Colo fechado, útero vazio (endométrio 15mm) 
INFECTADO Colo aberto, restos, febre 
 
 
 
 
 
Conduta: 
 
 
 
AMEAÇA 
COMPLETO 
SINTOMÁTICOS 
ACOMPANHAMENTO 
(se completo: avaliar estabilidade hemodinâmica, 
fazer tipagem sanguínea, solicitar sorologias para HIV, 
sífilis e hepatites, avaliar administração de 
IMUNOGLOBULINA ANTI-D se pai Rh positivo e mãe 
Rh negativo) 
 
Obs: não é para fazer progesterona! 
 
 
INEVITÁVEL 
INCOMPLETO 
RETIDO 
INFECTADO 
 
ESVAZIAMENTO UTERINO 
(se retido: é possível a conduta expectante e aguardar 
a eliminação em até 28 dias. Ver mais detalhes 
adiante) 
 
Obs: se infectado = + ATBTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
Enxergando de outra forma... 
SEMPRE AVALIAR: COLO UTERINO E ULTRASSONOGRAFIA! 
 
Qual o 1º exame diante da hemorragia? Especular! 
• SE COLO ABERTO: INCOMPLETO, INEVITÁVEL OU INFECTADO 
• SE COLO FECHADO: COMPLETO, AMEAÇA OU RETIDO 
 
COM COLO ABERTO... 
ABORTAMENTO INCOMPLETO 
• Sangramento variável (depende da quantidade/tempo), cólicas 
• Beta-HCG pode estar negativo ou em queda 
• Útero menor que o esperado (c/restos ovulares) + colo aberto. 
 * Em situações excepcionais, o colo pode estar fechado, mas seria obrigatório 
o USG evidenciando imagem heterogênea/espessamento > 15mm. 
• Conduta: esvaziamento 
 
ABORTAMENTO INEVITÁVEL 
• Sangramento intenso, cólicas 
• Útero compatível com IG (embrião) + colo aberto 
• Conduta: esvaziamento. 
 * Se IG 6•8 semanas é possível conduta expectante e aguardar (+/• 1•2 
semanas) para que o organismo da gestante “elimine o feto” sem nenhuma conduta ativa, 
mas, em geral, a conduta mais preconizada é o esvaziamento. 
 
ABORTAMENTO INFECTADO 
• Manipulação indevida + sinais de infecção + colo aberto 
• Útero amolecido, doloroso, c/restos ovulares 
• Conduta: antibiótico (clindamicina + gentamicina 48h)/esvaziamento 
 
 
COM COLO FECHADO... 
ABORTAMENTO COMPLETO 
• Sangramento completo, dor ausente 
• Beta-HCG pode estar negativo ou em queda 
• Útero vazio e menor que o esperado + colo fechado 
• Conduta: orientação + seriar beta•HCG (se não houver material para anatomopatológico 
→ conduta importante para descartar mola) 
 
AMEAÇA DE ABORTAMENTO 
• Sangramento e dor discretos 
• Útero compatível com IG + feto vivo + colo fechado 
• Conduta: repouso relativo/sintomáticos/antiespasmódico 
 
ABORTAMENTO RETIDO 
• Sangramento e dor ausentes 
• Beta•HCG pode estar negativo ou em queda 
• Útero menor para IG + colo fechado 
• USG com embrião > 7mm, sem BCF (feto morto) 
• Conduta: esvaziamento 
 * Se o embrião for 7mm, o diagnóstico está consumado! 
 * OVO ANEMBRIONADO: é um “subtipo” do abortamento retido, 
caracterizado por AUSÊNCIA DE EMBRIÃO EM SACO GETACIONAL ÍNTEGRO. É 
OBRIGATÓRIO a ultrassonografia evidenciar SG > 25mm. Se > 
7mm 
Esvaziamento Infectado 
 
Restos 
Esvazia 
ATB 
 
 
Obs: em QUALQUER SANGRAMENTO GESTACIONAL, sempre AVALIAR FATOR RH 
PARA FAZER IMUNOGLOBULINA! 
 
Como esvaziar? 
 12 semanas: 
• Com feto: MISOPROSTOL ± CURETAGEM 
• Sem feto: CURETAGEM 
 
Perceba: a CONDUTA EXPECTANTE pode ser tentada nos casos de IDADE GESTACIONAL 
ENTRE 6•8 SEMANAS, mas apenas em casos de estabilidade hemodinâmica, sangramento 
discreto, certeza de acompanhamento clínico, recusa do esvaziamento pela gestante, etc. 
Em prova, não é o comum de ser cobrada! 
SANGRAMENTOS DA 1ª METADE SANGRAMENTOS DA 2ª METADE 
Quando? 20 SEMANAS DE 
GESTAÇÃO 
Possíveis diagnósticos... 
• ABORTAMENTO 
• DOENÇA TROFOBLÁSTICA 
GESTACIONAL 
• GRAVIDEZ ECTÓPICA 
Possíveis diagnósticos... 
• DESCOLAMENTO PREMATURO DE 
PLACENTA 
• PLACENTA PRÉVIA 
• ROTURAS 
ATENÇÃO! Conceito de OVO/GESTAÇÃO ANEMBRIONADA 
• Ausência de embrião + Diâmetro médio do SG > 25mm 
ESVAZIAMENTO UTERINO... Como fazer? 
(1) CIRÚRGICO: AMIU: escolha até 12 semanas | CURETAGEM: alternativa 
à AMIU; ou (2) CLÍNICO: Misoprostol: expulsão de fetos > 12 semanas 
Ocitocina NÃO é uma boa opção 
p/esvaziamento nesse contexto! 
5
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 1ª METADE DA GRAVIDEZ E DHPN 
Detalhando as causas...nervo vago → bradicardia 
- Simpático: noradrenalina → aumento da frequência cardíaca 
 
Sequência de eventos: 
- Hipóxia → perda do estímulo simpático → perda das acelerações → perda da 
variabilidade → bradicardia e desacelerações tardias → perda dos movimentos, 
respiração e tônus fetal 
 
E como avaliar a frequência cardíaca fetal? 
 
1. Ausculta Fetal Intermitente 
 
- Durante a contração e pelo menos 30 segundos após. 
 
GESTAÇÃO DE BAIXO RISCO: 
- A cada 30 minutos na fase ativa 
- A cada 5-15 minutos no período expulsivo 
 
GESTAÇÃO DE ALTO RISCO: 
- A cada 15 minutos na fase ativa 
- A cada 5 minutos no período expulsivo 
 
 
 
 
 
2. Cardiotocografia 
 
✓ Avalia BCF x contração uterina x movimentação fetal 
✓ Não é rotina no baixo risco (!) 
✓ Reduz risco de convulsão neonatal 
✓ Aumenta taxa de cesariana, por conta de resultados falso positivos 
 
 
Linha de base: BCF médio em 10 minutos 
- Normal: entre 110-160bpm 
- Taquicardia: > 160bpm 
- Bradicardia: 25 
- Mínima: 32 SEMANAS 
 
CIUR MISTO (OU TIPO 3) 
✓ Raro (associação de ambos) 
✓ É o “assimétrico precoce” 
✓ INÍCIO NA HIPERPLASIA E SE MANTÉM NA HIPERTROFIA CELULAR 
✓ Causas: fármacos, tabagismo, alcoolismo 
 
Oligodramnia 
 
Causas: 
- AMNIORREXE PREMATURA 
- INSUFICIÊNCIA PLACENTÁRIA 
- MALFORMAÇÕES URINÁRIAS 
- ANOMALIAS CROMOSSOMIAIS 
- PÓS-DATISMO 
- SD. DE TRANSFUSÃO GEMELO-GEMELAR 
- IECA, INDOMETACINA 
 
Diagnóstico: 
 
- FU menor que o esperado para IG = SUSPEITA 
- USG: CONFIRMA! 
 
✓ Entre 8 e 18 = ILA normal 
✓ Entre 5 e 7 = ILA diminuído/reduzido 
✓ ILAPLACENTÁRIA 
- Normal: baixa resistência e alto fluxo ( 26 semanas: indica alta resistência e baixo fluxo (S/D > 2,6) 
→ RISCO de CIUR e pré-eclâmpsia (não confirma) 
- Tem alto valor preditivo negativo! 
 
 
 
Como e quando realizar os exames para gestantes de alto risco de 
sofrimento fetal crônico? 
 
• USG SERIADA (CIUR, ILA) 
• DOPPLER DE ARTÉRIA UMBILICAL E ACM a partir de 28 semanas 
• CARDIOTOCOGRAFIA semanal a partir de 30-32 semanas 
• PERFIL BIOFÍSICO FETAL a partir de 26-28 semanas 
 
Observação: não há consenso na literatura! 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO U/C 1 
PRESENÇA DE 
CENTRALIZAÇÃO 
RI umbilical (U)/RI ACM (C) 
= 
0,69/0,84 
U/C = 0,82 
RI umbilical (U)/RI ACM (C) 
= 
0,84/0,62 
U/C = 1,35 
Normal 
Onda A negativa 
Imagens: researchgate.net e drpixel.fcm.unicamp.br 
Com Incisura Normal 
INCISURA 
25
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
VITALIDADE FETAL E PUERPÉRIO 
2. FÓRCIPE 
 
Tipos: 
 
Simpson 
 
✓ Mais utilizado 
✓ Qualquer variedade (exceto transversa) 
✓ Rotações de até 45º 
 
 
 
Kielland 
 
✓ Variedade transversa 
✓ Corrige assinclitismo 
✓ Permite grandes rotações 
 
Piper 
 
✓ Cabeça derradeira (“piper do pélvico”) 
 
Indicações: 
 
FETAIS 
- Sofrimento fetal agudo 
- DPP 
- Distócia de rotação 
MATERNAS 
- Exaustão materna 
- Período expulsivo prolongado 
PROFILÁTICAS 
- Cardiopatias 
- Pneumopatias 
 
Pega ideal: BIPARIETOMALOMENTONIANA 
 
 
Classificação: 
 
DESPRENDIMENTO OU DE ALÍVIO 
- Couro cabeludo visível 
- Crânio fetal atingiu o assoalho pélvico 
- Sutura sagital no diâmetro anteroposterior do estreito inferior 
- Rotação que 45º 
MÉDIO 
- Acima de +2 de De Lee, mas com cabeça insinuada (0 de DeLee) 
- Pode até ser usado, mas vale mais a pena a cesariana 
ALTO → NÃO MAIS UTILIZADO 
- Cabeça não insinuada 
- Proscrito! É melhor fazer cesariana! 
 
Condições para Aplicar: 
 
MATERNAS 
- Dilatação total → fórcipe é instrumento para PERÍODO EXPULSIVO! Tem que ter 
dilatação total! 
- Proporcionalidade da bacia 
- Canal do parto sem obstáculos (ex: condiloma obstruindo canal de parto é 
contraindicação) 
- Reto e bexiga vazios 
FETAIS 
- Feto vivo ou morte recente 
- Cabeça insinuada 
- Membranas rotas (se for usar e não rompeu espontaneamente, o próprio 
obstetra rompe. Não é um fator impeditivo!) 
OPERADOR 
- Operador habilitado 
- Obediência técnica 
- Diagnóstico de certeza da variedade de posição 
 
Mnemônico 
 
A = ausência de colo (dilatação total) 
P = pelve proporcional 
L = livre canal de parto 
I = insinuação 
C = conhecer a variedade 
A = amniotomia 
R = reto e bexiga vazios 
 
 
Vacuoestrator 
 
- Indicações similares ao fórcipe 
- CONTRAINDICADO COM suporte familiar) 
- Raramente é necessário medicação 
 
Puerpério Patológico 
 
✓ Hemorragia pós-parto 
✓ Infecções puerperais 
✓ Alterações nas mamas 
 
Hemorragias Puerperais 
 
Conceito: 
- Sangramento > 0,5 LITROS NO PARTO VAGINAL ou > 1 LITRO NA CESARIANA, que torna 
a paciente SINTOMÁTICA/COM SINAIS DE HIPOVOLEMIA 
- Principal causade morte materna no mundo! 
 
Classificação: 
- Primária ou Precoce ou Imediata: nas primeiras 24h após o parto 
- Secundária ou Tardia: após as primeiras 24h e até 12 semanas 
 
Causas: 
Hipotonia/Atonia uterina 
Laceração de trajeto 
Retenção placentária 
Distúrbios de coagulação 
Placentação anormal 
Rotura uterina 
Inversão uterina 
 
TÔNUS → ATONIA UTERINA 
 
Conceitos: 
- Falha na manutenção da contração miometrial 
- Principal causa de hemorragia puerperal 
 
 
Fatores de Risco: 
- HIPOTENSÃO, ÚTERO DE COUVALAIRE 
- ANESTESIA GERAL: relaxamento da musculatura uterina... 
- SOBREDISTENSÃO UTERINA (polidramnia, gemelaridade...) 
- TRABALHO DE PARTO PROLONGADO OU RÁPIDO 
- ATONIA PRÉVIA, INFECÇÃO, CORIOAMNIONITE 
 
Quadro Clínico: 
- SANGRAMENTO VAGINAL EXCESSIVO E PRECOCE 
- ÚTERO SUBINVOLUÍDO, FLÁCIDO E DEPRESSÍVEL 
 
 
Conduta: 
 
- Medidas gerais: acesso venoso, cateter vesical de demora, reserva de sangue, 
MASSAGEM UTERINA BIMANUAL/MANOBRA DE HAMILTON 
 
 
- Tratamento farmacológico: OCITOCINA IV (1ª linha), METILERGONOVINA (2ª 
linha/proscrita em pacientes hipertensas → não usar, se pré-eclâmpsia), MISOPROSTOL 
(2ª linha) + ÁCIDO TRANEXÂMICO 
 
- Técnicas de tamponamento: BALÃO DE BAKRI, SONDA DE FOLEY 
 
- Tratamento cirúrgico: se falha das anteriores = RAFIA DE B-LYNCH, LIGADURA 
DAS ARTÉRIAS UTERINAS/HIPOGÁSTRICAS, EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS 
UTERINAS, HISTERECTOMIA. 
 
 
REGRA DOS 4 T’S 
 
TÔNUS: atonia uterina 
TRAUMA: laceração de trajeto 
TECIDO: restos placentários 
TROMBO: coagulopatias 
Imagem: br.pinterest.pt | Vanessa Masa 
27
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
VITALIDADE FETAL E PUERPÉRIO 
Mnemônico 
 
Massagem > 
Ocitocina (> misoprostol/metilergonovina) > 
Rafia de B-Lynch > 
Rafia vascular (ligadura de A. uterina/hipogástrica) > 
Embolização de A. uterina > 
Último: histerectomia 
 
Prevenção: 
- 10U DE OCITOCINA APÓS EXPULSÃO FETAL 
 
OBS: BALÃO DE BAKRI = útil nos casos refratários à massagem e ocitocina. Serve 
para atonia uterina e para acretismo, mas é um tratamento temporário (no 
máximo 24 horas). 
 
 
 
 
 
Complicações: 
- Anemia, choque, CIVD, IRA, insuficiência hepática, respiratória, síndrome de 
Sheehan 
 
TRAUMA → LACERAÇÃO DE TRAJETO 
 
Conceitos: 
- Segunda maior causa de hemorragia precoce 
 
Quadro Clínico: 
- SANGRAMENTO PERSISTENTE 
- ÚTERO CONTRAÍDO 
 
Causas: 
- Episiotomia extensa 
- Feto macrossômico 
- Manobra de Kristeller 
- Parto operatório/fórcipe 
 
Conduta: 
- REVISÃO DO CANAL DO PARTO + SUTURA DA LACERAÇÃO 
 
TECIDO → RESTOS PLACENTÁRIOS 
 
Conceitos: 
- Dificulta a contração miometrial 
 
Quadro Clínico: 
- ÚTERO AUMENTADO 
- COLO UTERINO ABERTO > 7-10 DIAS APÓS O PARTO 
 
Diagnóstico: 
- OUTRAS CAUSAS EXCLUÍDAS: sangramento, laceração... 
- ULTRASSONOGRAFIA 
 
Conduta: 
- INFUSÃO DE OCITÓCITOS + REMOÇÃO DA PLACENTA* 
▪ (*) EXTRAÇÃO MANUAL > curetagem > balão de Bakri > histerectomia 
▪ Outras manobras: Credé e Harvey 
▪ Evitar tração excessiva → risco de inversão uterina aguda! 
 
 
TROMBO → COAGULOPATIA 
 
- Associação com DPP/consumo de fatores de coagulação 
 
 
 
Infecções Puerperais 
 
Conceitos: 
- TODO PROCESSO INFECCIOSO APÓS O PARTO! 
 
✓ TAX > 38ºC por mais de 48h do 2º ao 10º dia pós-parto. 
✓ Nas primeiras 24h pode haver febre por REMIT, por isso tem que considerar 
somente após o 2º dia! 
 
Causas: 
- INFECÇÕES DE ÚTERO E ANEXOS 
- INFECÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA 
- INFECÇÕES DA MAMA 
- INFECÇÕES EM OUTROS SÍTIOS: ITU, BCP... 
 
Fatores de Risco: 
- CESARIANA (PRINCIPAL!) 
- Outros: RPMO, corioamnionite, doenças maternas, baixo nível 
socioeconômico, trabalho de parto prolongado, retenção placentária, trauma 
no canal de parto, toques frequentes, etc. 
 
ENDOMETRITE (forma mais frequente/início do processo) 
 
Fatores de Risco: 
- CESARIANA (!) 
- ANEMIA 
- DESNUTRIÇÃO 
- RPMO 
 
Quadro Clínico: 
- ÚTERO SUBINVOLUÍDO, DOLOROSO, AMOLECIDO 
- COLO ABERTO COM LÓQUIOS PURULENTOS 
- FEBRE ALTA 
 
Etiologia: 
- POLIMICROBIANA 
- Se > 10º dia: pensar em clamídia 
 
Profilaxia: 
- ATB NA CESARIANA (indução anestésica ou após clampeamento), BOLSA ÍNTEGRA, 
EVITAR MÚLTIPLOS TOQUES, ASSEPSIA 
 
Complicações: 
- Parametrite, salpingite, peritonite, abscesso pélvico, tromboflebite pélvica 
séptica 
 
Tratamento: 
- CLINDAMICINA (900mg IV 8/8h) + GENTAMICINA IV (1,5mg/kg IV 8/8h) ATÉ 72H 
AFEBRIL E MELHORA DO QUADRO CLÍNICO (+ ampicilina, metronidazol = 
opcionais) 
 
- Se até 72h afebril e assintomático: libera para casa 
 
- Se febre persistente apesar de ATB e massa pélvica: ABSCESSO 
 
✓ Tratamento: DRENAGEM + ATB 
 
- Se febre persistente e USG que não mostra massa pélvica: TROMBOFLEBITE 
PÉLVICA SÉPTICA 
 
✓ Diagnóstico de exclusão 
 
✓ Formação de coágulos nos vasos pélvicos relacionada a infecções 
 
✓ Tratamento: ATB + HEPARINA 
 
✓ Obs: se for para pedir algum exame para o diagnóstico, pedir 
doppler de artéria ovariana. 
 
Imagem: bvs.br | Felipe Lage Starling 
28
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
VITALIDADE FETAL E PUERPÉRIO 
Alterações Mamárias 
 
INGURGITAMENTO MAMÁRIO 
 
- Estase láctea repentina 
- Hipertermia local e sistêmica + desconforto mamário 
- Associado a pega inadequada, sucção ineficiente 
- Conduta: ORIENTAÇÕES/ESVAZIAMENTO ADEQUADO DAS MAMAS 
 
 
 
FISSURA MAMÁRIA 
 
- Erosões em torno dos mamilos 
- Associada a pega inadequada, 
sucção ineficiente 
- Predispõe a mastite (porta de 
entrada) 
- Conduta: ORIENTAÇÃO da 
amamentação/pega, lubrificação das 
mamas com leite, evitar uso de 
pomadas 
 
MASTITE PUERPERAL 
 
- Principal agente: S. AUREUS 
 
- Fatores de risco: ingurgitamento 
mamário, estase láctea, fissura 
mamilar, primiparidade, episódio 
anterior de mastite 
 
- Quadro Clínico: MASTALGIA + 
SINAIS FLOGÍSTICOS + FEBRE + 
TURGÊNCIA MAMÁRIA 
 
- Tratamento: AINES/ANALGÉSICOS, 
ESVAZIAMENTO DAS MAMAS/ORDENHA (MANTER AMAMENTAÇÃO) E ATB 
(cefalosporina de 1ª geração/cefalexina). 
 
ABSCESSO MAMÁRIO 
 
- Pode amamentar (exceto: pús ou incisão próximo à papila) 
- Tratamento: DRENAGEM, ordenha e ATB (cefalosporina 1ª) 
 
ABSCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE 
 
- Relacionado ao FUMO! 
- Tratamento: RESSECAR (não é drenar) e interromper o tabagismo. 
 
Inversão Uterina Aguda 
 
Conduta? MANOBRA DE TAXE (com a mão espalmada colocamos o fundo do útero na 
palma da mão e empurramos o útero para cima) > CIRURGIA DE HUNTINGTON 
(laparotomia, pinça do FU com a pinça de Allis e puxa o útero para cima) 
 
 
 
 
 
 
Distúrbios do Humor 
Acontecem principalmente no puerpério! 
 
DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
 
Conceitos: 
- Episódio de DEPRESSÃO maior, que pode acontecer, na verdade, em qualquer 
momento da gestação, mas geralmente NAS PRIMEIRAS 4 SEMANAS DE 
PUERPÉRIO. 
 
Quadro Clínico: 
- Humor depressivo, falta de interesse/prazer, distúrbios do sono, fadiga, 
disfunção cognitiva, sentimento de incapacidade ou culpa 
 
Fatores de Risco: 
- Adolescentes, história prévia de depressão/ansiedade, eventos traumáticos 
na gravidez, RN em UTI neonatal, eventos adversos obstétricos graves, pouco 
suporte social 
 
Diagnóstico Diferencial: 
- O principal é o “BLUES PUERPERAL” 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICA BLUES PUERPERAL DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
HUMOR Flutuante Depressivo 
IRRITABILIDADE Sim Sim 
ANSIEDADE Sim Sim/Não 
CUIDADOS COM O BEBÊ Sim Não 
CUIDADOS PESSOAIS Sim Não 
PRECISA MEDICAMENTO Não Sim 
IDEAÇÃO SUICIDA Não Casos graves 
 
PSICOSE PUERPERAL 
 
Conceitos: 
- Ocorre nas PRIMEIRAS 4 SEMANAS PÓS-PARTO (metade na 1ª semana) 
- Risco maior em pacientes com história de BIPOLARIDADE prévia 
 
Quadro Clínico: 
- Humor depressivo ou exaltado, agitação, irritabilidade, confusão mental, 
desorientação, delírios, alucinações auditivas, RISCO DE INFANTICÍDIO E 
SUICÍDIO 
 
Tratamento: 
- Não permitir que a mãe fique sozinha com o RN 
- ANTIPSICÓTICOSTAXE HUNTINGTON 
Imagem: brunagrazi.com 
Imagens: slideplayer | Zugaib, Obstetrícia 
29
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
VITALIDADE FETAL E PUERPÉRIO 
Tromboembolismo Venoso (TEV) 
 
Conceitos: 
- Gravidez e puerpério são fatores de risco (↑5-20x) 
- Causa importante de morte materna 
 
Fisiopatologia: 
- A gestação contempla os 3 componentes da tríade de Virchow: ESTASE VENOSA, 
HIPERCOAGUBILIDADE e LESÃO ENDOTELIAL 
 
Fatores de Risco: 
- HISTÓRIA PRÉVIA DE TVP (principal) 
- CESARIANA (4-5x maior o risco em relação ao parto vaginal) 
- Gestação múltipla 
- Hemorragia 
- Trombofilias (ex: SAF) 
 
Quadro Clínico: 
- Dor, edema, eritema, calor 
- Sinal de Homans 
- Em gestantes, A TVP COSTUMA SER MAIS PROXIMAL (ex: ilíaca), podendo 
tornar as manifestações clínicas mais “pobres” 
- Pode haver TEP em 25% dos casos 
 
Diagnóstico (Particularidades): 
- Como a incidência de trombose em veia ilíaca, por exemplo, é maior, a 
ANGIORNM (ou TC) DE VASOS ILÍACOS se faz importante no manejo da paciente 
com suspeita de TVP. 
- D-DÍMERO AUMENTA FISIOLOGICAMENTE NA GRAVIDEZ → NÃO É USADO 
COMO SCREENING! 
 
Tratamento: 
- ANTICOAGULAÇÃO PLENA IMEDIATA! 
▪ ESCOLHA: ENOXAPARINA 1mg/kg/12h 
▪ MANTIDA por TODA A GESTAÇÃO E 6 SEMANAS PÓS-PARTO (se a 
causa for a gravidez ou situação reversível) 
▪ WARFARINA: apenas na amamentação 
▪ DOACS: contraindicados na gravidez e na amamentação 
 
Via de Parto: 
- Preferência por VAGINAL 
- Se for utilizar anestesia de neuroeixo, não esquecer de SUSPENDER A HBPM 
(12h: profilática | 24h: terapêutica/plena) 
 
Profilaxia: 
- Pacientes com HISTÓRICO DE TVP PRÉVIA (PRINCIPALMENTE SE RELACIONADO A ACO 
OU GESTAÇÃO) devem receber PROFILAXIA COM ENOXAPARINA 0,5MG/KG/DIA 
→ MANTER POR TODA A GESTAÇÃO ATÉ 6 SEMANAS PÓS-PARTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
 
SOFRIMENTO FETAL AGUDO 
Momento que ocorre Trabalho de parto 
Forma mais frequente de avaliação Ausculta/CTG 
FCF normal 110-160bpm 
Variabilidade normal 6-25bpm 
DIP fisiológico DIP I ou cefálico 
DIP sempre patológico DIP II ou placentário 
SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO 
Método diagnóstico Ultrassonografia 
Tipo de CIUR mais comum Assimétrico (tipo II) 
Medidas do líquido amniótico ILA, MBV 
Valor normal do PBF 10 (5 parâmetros) 
Centralização no doppler Relação U/C > 1 
FÓRCIPE 
Mais utilizado Simpson 
Aplicação em transversa Kielland 
Parto pélvico Piper 
Aplicação proscrita Fórcipe alto 
Pegada ideal Biparietomalomentoniana 
PUERPÉRIO 
Causa mais comum de hemorragia 
puerperal 
Atonia uterina 
Tratamento farmacológico de 1ª 
linha 
Ocitocina 
Causa mais comum de infecção 
puerperal 
Endometrite 
Tratamento Clinda + Genta 
Principal agente da mastite S. aureus 
 
 
 
30
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO 
1. DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 
Lembrando alguns conceitos... 
Após a fecundação: 
✓ Fecundação ocorre na AMPOLA TUBÁRIA 
✓ 3º dia: MÓRULA 
✓ 4º dia: BLASTOCISTO 
✓ 6º dia: NIDAÇÃO (pelo blastocisto) → marca o início da gestação 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL → HCG 
 
- Glicoproteína produzida pelo trofoblasto 
- Subunidade alfa: semelhante a outros hormônios (ex: TSH/FSH/LH) 
- SUBUNIDADE BETA É ESPECIFICA 
▪ Detectada 8-11 dias após a concepção (antes do atraso menstrual) 
▪ DUPLICA A CADA 48-72H 
▪ Marcador da atividade trofoblástica 
▪ Pico do HCG: 8-10/12-14 semanas 
 
TESTES IMUNOLÓGICOS 
 
✓ TIG: anticorpos contra hCG humano na urina. 
✓ Dosagem qualitativa 
 
TESTES RADIOIMUNOLÓGICOS 
 
✓ Competição do hormônio com traçador 
✓ Dosagem quantitativa 
 
SOROLÓGICO-ELISA 
 
✓ Hormônio ligado a enzima, produto colorido 
✓ Dosagem quantitativa (especificamente a fração beta) 
✓ Beta-HCG > 1.000: confirma gestação em 95% dos casos 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
 
SINTOMAS INICIAIS 
Náuseas e vômitos (**atenção para hiperêmese gravídica) 
Sensibilidade mamária 
Polaciúria 
Constipação intestinal 
Tontura/Sonolência/Fadiga 
SINAIS DE GESTAÇÃO → PRESUNÇÃO 
“percebido pela mãe/mama/sistêmico” 
Atraso menstrual (10-14 dias) 
Alterações cutâneas (estrias, cloasma gravídico) 
Alterações mamárias 
▪ TUBÉRCULOS DE MONTGOMERY: hipertrofia de glândulas sebáceas 
▪ REDE DE HALLER: rede venosa mais evidente 
▪ SINAL DE HUNTER: aréola secundária 
Aumento do volume abdominal e percepção MATERNA de movimentos 
fetais 
Aumento do volume uterino: 
▪ 12 semanas: púbis 
▪ 16 semanas: entre púbis e umbigo 
▪ 20 semanas: umbigo 
▪ 40 semanas: apêndice xifoide 
▪ IG e FU: concordam entre 18-30 semanas 
 
(*) HIPERÊMESE GRAVÍDICA 
 
Quadro Clínico: 
- VÔMITOS INCOERCÍVEIS 
- PERDA DE PESO (> 5%) 
- DESIDRATAÇÃO 
 
Laboratório: 
- HIPOCALEMIA + ALCALOSE METABÓLICA HIPOCLORÊMICA 
- CETOSE/CETONÚRIA 
 
Conduta nos casos graves: 
- HIDRATAÇÃO VENOSA + REPOSIÇÃO DE TIAMINA 
- PROGRESSÃO DE DIETA 
- ANTIEMÉTICOS PARENTERAIS 
- CORREÇÃO DE DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS 
 
Complicações: 
- ENCEFALOPATIA DE WERNICKE-KORSAKOFF 
- SÍNDROME DE MALLORY-WEISS 
 
SINAIS DA GESTAÇÃO → PROBABILIDADE 
“útero/vagina/vulva” 
SINAL DE HEGAR: amolecimento de útero-istmo 
SINAL DE HARTMANN: sangramento na implantação 
SINAL DE OSIANDER: pulso da artéria vaginal 
SINAL DE HOZAPFEL: peritônio rugoso 
SINAL DE PISKACEK: assimetria uterina 
SINAL DE NOBILE-BUDIN: útero globoso preenchendo o fundo de saco vaginal 
REGRA DE GOODEL: amolecimento do colo uterino 
SINAL DE JACQUEMIER (CHADWICK): coloração violácea da vulva 
SINAL DE KLUGE: coloração violácea da mucosa vaginal 
SINAIS DE GESTAÇÃO → CERTEZA 
“sentir ou ouvir a gestação” 
Ausculta dos batimentos fetais 
▪ Sonard (> 10-12 semanas) 
▪ Pinard (> 18-20 semanas) 
Percepção dos movimentos fetais (pelo MÉDICO) após 18 semanas 
SINAL DE PUZOS: sinal do rechaço fetal (a partir de 14 semanas) 
 
 
 
Imagens: slideplayer.com.br 
Imagem: brasil.babycenter.com 
31
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO 
Organizando cronologicamente... 
4 semanas Atraso menstrual 
 
5 semanas 
Náuseas 
Congestão 
Mastalgia 
 
 
6 semanas 
Polaciúria 
Sinal de Hegar 
Sinal de Piskacek 
Sinal de Nobile Budin 
Alterações cervicais 
Alterações na vulva e vagina 
8 semanas Tubérculos de Montgomery 
10 semanas Ausculta de BCF com Sonar 
12 semanas Aumento do volume uterino 
14 semanas Sinal de Puzos 
 
16 semanas 
Percepção materna dos movimentos fetais 
Rede de Haller 
 
18 semanas 
Percepção dos movimentos fetais pelo médico 
Palpação de partes fetais 
Ausculta de BCF com Pinard 
20 semanas Sinal de Hunter 
 
 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO 
 
4 semanas: SACO GESTACIONAL 
5 semanas: VESÍCULA VITELÍNICA 
6/7 semanas: EMBRIÃO E BCF+ 
SG > 25mm = EMBRIÃO 
CCN > 7cmm = EMBRIÇÃO E BCF+ 
 
Obs: se USG abdominal = 1 semana 
depois! 
 
Medida mais fiel para cálculo da IG: USG 
6-12 SEMANAS pelo COMPRIMENTO 
CABEÇA-NÁDEGA 
 
Correlação com o Beta-HCG: 
 
 
Beta-HCG USGTV 
1.000mUI/ml Saco gestacional 
7.200 Mui/ML Vesícula vitelínica 
10.800Mui/ML Embrião, BCE 
 
ATENÇÃO! 
LIMITE DISCRIMINATÓRIO DE GESTAÇÃO: BETA-HCG > 1.500Mui/ml 
A partir desse valor, é garantida a VISUALIZAÇÃO DO SACO GESTACIONAL! Abaixo disso, não 
é garantido. Se o Beta-HCG está maior que 1.500 e o saco gestacional não está no útero, 
tem que procurar: pode ser gestação ectópica. 
 
COMO CALCULAR A DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP)? 
 
REGRA DE NAGELE 
A partir da DUM... 
 → Somar 7 ao número de dias 
 → Diminuir 3 (meses posteriores a março) OU 
 → Somar 9 ao número do mês 
 
Exemplo: DUM 09/10 
Dia: 9 + 7 = 16 | Mês: 10 – 3 = 7 | DPP: 16/07 
 
Exemplo: DUM 28/10 
Dia: 28 + 7 = 4 | Mês: 11 – 3 = 8 | DPP: 04/08 
 
 
2. MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO 
 
→ Osteoarticulares: 
- Lordose acentuada 
- Dores lombares e cervicais 
- Alarga a base (marcha anserina) 
- Frouxidão das articulações (principalmentepelve) 
 
→ Metabólicas: “estado diabetogênico” 
- Hipoglicemia de jejum, hiperglicemia pós-prandial e hiperinsulinemia 
- 2ª metade da gestação: ↑lactogênio placentário 
- ↑Lipólise + uso de ácidos graxos e corpos cetônicos como fonte de energia 
- Edema: justificado por hiperaldosteronismo secundário, redução da pressão 
oncótica e compressão da veia cava pelo útero. 
 
→ Gastrointestinais: 
- Relaxamento do esfíncter esofagiano (refluxo) 
- Aumento do tempo de esvaziamento gástrico (broncoaspiração) 
 
Observação: em casos de refluxo na gravidez, é melhor utilizar um pró-cinético em 
detrimento de um anti-ácido. 
 
- Relaxamento da vesícula (aumento do risco de cálculo) 
 
Observação: pode ser realizado cirurgia videolaparoscópica na gestação, de 
preferência no 2º trimestre. É a segunda cirurgia não obstétrica mais realizada (só 
perde para apendicectomia). 
 
- Diminuição da peristalse (constipação), varizes hemorroidárias 
- Redução da secreção ácida (diminui risco de perfuração por úlcera) 
 
AUMENTO REDUÇÃO 
 
Pirose Esvaziamento gástrico 
Peristaltismo 
Hiperemia/sangramento gengival Contração da vesícula biliar 
Fosfatase alcalina Tônus do esfíncter gastroesofágico 
Saturação de colesterol - 
 
→ Cardiovasculares: 
- Sopro sistólico (se diastólico: investigar cardiopatia) 
- Diminuição da RVP (“placenta funciona como uma fístula”) 
- Aumento do débito cardíaco (principalmente por volta de 24 semanas) 
- Redução da PA (principalmente no 2º trimestre, momento em que a diminuição da RVP 
é mais significativa que o aumento do DC) 
- Síndrome hipercinética, síndrome da hipotensão suponha 
- Risco de congestão pulmonar 
 
AUMENTO REDUÇÃO 
 
FC (10-15bpm) Resistência vascular periférica 
 
Débito cardíaco (40-50%) 
PAS 3-4mmHg 
PAD 10-15mmHg 
Pressão venosa Retorno venoso 
 Pressão capilar oncótica 
 
→ Hematológicas: 
- Aumento do volume plasmático (50%) e eritrócitos (30%) 
- Anemia dilucional fisiológica 
- Melhora de algumas doenças autoimunes (ex: artrite reumatoide) 
- Leucocitose sem aumento de bastões 
- Tendência pró-coagulante 
✓ Tríade de Virchow: hipercoagubilidade (pela tendência pró-coagulante) + 
estase venosa (pela compressão do útero na cava principalmente no 2º 
trimestre) + lesão endotelial (principalmente no PUERPÉRIO). 
✓ Profilaxia de trombose no puerpério: DEAMBULAÇÃO PRECOCE. 
 
AUMENTO REDUÇÃO 
 
Volume plasmático (40-50%) Viscosidade sanguínea 
Volume eritrocitário (20-30%) Hematócrito 
Leucocitose Quimiotaxia 
Fibrinogênio Sistema fibrinolítico 
Fator VII, VIII, IX e vW - 
Imagens: brasil.babycenter.com 
32
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO 
 
 
→ Renais/Urinárias: 
- Aumento da volemia em 50% 
- Aumento da TFG (“filtra por dois”) em 50% 
- Redução de ureia e creatinina e aumento do clearance 
- Glicosúria fisiológica 
- Compressão ureteral a direita (gerando dilatação pielocalicial) 
- Incontinência e aumento da frequência urinária 
 
AUMENTO REDUÇÃO 
 
TFG (50%) Ureia e creatinina 
Diâmetro do ureter e da pelve Reabsorção tubular de glicose 
Reabsorção de sódio Tônus vesical 
 
→ Respiratórias: 
- “Dispneia fisiológica” 
- Hiperventilação (“respira por dois”) 
- Aumento da expansão do tórax 
- Aumento do tempo de expiração 
- Alcalose respiratória compensada 
 
AUMENTO REDUÇÃO 
 
Volume corrente/ventilação/min Capacidade residual funcional 
pO2 arterial pCO2 arterial 
Consumo de O2 Bicarbonato sérico 
 
→ Cutâneas: 
- Estrias gravídicas 
- Cloasma gravídico 
- Eritema palmar, telangiectasias, linha nigrans 
 
→ Corpo uterino: 
- 12 semanas: púbis 
- 16 semanas: entre púbis e umbigo 
- 20 semanas: umbigo 
- 40 semanas: apêndice xifoide 
- IG e FU: concordam entre 18-30 semanas 
 
Perceba... 
PROGESTERONA 
“Deixa tudo lento” 
▪ Broncodilatação 
▪ Relaxamento da junção esofagogástrica 
▪ Retardo de esvaziamento gástrico 
▪ Diminuição da peristalse 
▪ Dilatação pielocalicial 
▪ Vasodilatação 
3. ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL 
 
Rotina de CONSULTAS (MS) 
 
- Iniciar o MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! 
 
- MÍNIMO DE 6 CONSULTAS 
✓ 1 no primeiro trimestre 
✓ 2 no segundo trimestre 
✓ 3 no terceiro trimestre 
 
- Idealmente: 
✓ Mensalmente até 28 semanas 
✓ Quinzenalmente de 28-36 semanas 
✓ Semanalmente de 36-41 semanas 
 
- NÃO EXISTE “ALTA” DO PRÉ-NATAL! 
 
Rotina de EXAMES 
 
- Tipagem sanguínea (TS) e RH, hemograma, glicemia de jejum, EAS, urocultura, 
VDRL (ou teste rápido), anti-HIV (ou teste rápido), HTLV, HBsAg (ou teste 
rápido), toxoplasmose. 
 
 
EXAME 
 
 
QUANDO FAZER 
Hemograma 1ª consulta, 3º trimestre 
TS, fator RH 1ª consulta 
Coombs indireto 
Se RH negativo + parceiro RH positivo 
1ª consulta, 28, 32, 36 e 40 semanas 
Glicemia de jejum 1ª consulta, 3º trimestre 
TOTG 75g Entre 24-28 semanas 
Urocultura, EAS 1ª consulta, 3º trimestre 
HbsAg (ou teste rápido) 1ª consulta, 3º trimestre 
Toxoplasmose 1ª consulta, 2-3 meses 
VDRL (ou teste rápido) 1ª consulta, 3º trimestre 
Anti-HIV (ou teste rápido) 1ª consulta, 3º trimestre 
 
Testes rápidos HIV e sífilis: apenas 1ª consulta 
 
OUTROS EXAMES 
 
 
- EPF: se suspeita clínica de parasitose... 
- Preventivo: aproveitar a janela de oportunidade... 
- Rastreio de colonização pelo GBS: se disponível 
- Ultrassonografia: não é obrigatório! Se disponível: fazer 1 no primeiro e 1 no 
segundo. Se só puder fazer um: fazer no segundo trimestre! 
- Ecocardiograma: se disponível, é recomendado desde 2023. 
- Sorologia para rubéola: NÃO é rotina! 
- Sorologia para citomegalovírus: NÃO é rotina! 
- Sorologia para hepatite C, clamídia e gonococo: pelo manual de infecções 
sexualmente transmissíveis, é indicado na 1ª rotina! Pelo manual do MS (2012), não! 
Confuso... 
- 2024: inclusão do rastreio de HTLV na rotina! 
 
 
Mnemônico: 
 
T: tipagem e RH (+ CI se RH negativo) + HTLV 
E: EAS e urocultura 
S: sexuais (HIV, HBsAg, anti-HCV* e VDRL) 
T: toxoplasmose 
A: anemia (hemograma) e açúcar (glicemia de jejum) 
R: repetir com 30 semanas (ou 3º trimestre) = hemograma, VDRL, HIV e 
HbSAg, glicemia de jejum, EAS e urocultura 
 
(*) ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA: alguns documentos do MS recomendam 
como parte da rotina! Fique atento em prova! Não é costume, mas pode cair! 
 
Imagens: edisciplinas.usp.br 
Imagem: quizlet.com 
33
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO 
(*) COMO FUNCIONA O RASTREIO DE TOXOPLASMOSE? 
▪ Pouca repercussão materna 
▪ Possível repercussão grave fetal 
▪ Formas de transmissão: manipulação de jardins ou caixa de areia com 
fezes de gatos, consumo de comida ou água contaminada, consumo 
de carnes cruas 
▪ Risco de transmissão e gravidade são inversamente proporcionais de 
acordo com a IG gestacional: quanto mais cedo, menor a chance de 
transmissão e maior a gravidade; e vice-versa. 
 
IGG NEGATIVO + IGM NEGATIVO → SEM IMUNIDADE/SUSCETÍVEL 
 
▪ Pedir sorologia de 2-3 meses 
▪ Medidas de prevenção: evitar contato com gatos, evitar comer carne 
crua, leite não pasteurizado, evitar contato com terra, não comer 
vegetais com casca. 
 
IGG POSITIVO + IGM NEGATIVO → COM IMUNIDADE 
 
▪ Seguir normalmente com o pré-natal 
▪ Nenhuma medida específica para toxoplasmose 
 
IGG NEGATIVO + IGM POSITIVO → INFECÇÃO AGUDA OU FALSO POSITIVO 
 
▪ Iniciar tratamento com espiramicina (+ investigar o feto) e repetir 
sorologia em 3 semanas 
❖ Se IgG positivo: nova infecção 
❖ Se IgG negativo: falso-positivo OU 
▪ Solicitar IgA (outro marcador de infecção aguda) 
 
IGG POSITIVO + IGM POSITIVO → INFECÇÃO AGUDA OU CRÔNICA 
 
▪ Se > 16 semanas: tratar a gestante e investigar o feto! 
▪ Se 60% (alta): > 4 meses (crônica) 
✓ Secom 16-18 semanas 
- ULTRASSONOGRAFIA MENSAL evidenciando alterações características 
(hidrocefalia, calcificações, etc) 
 
(2) Tratamento: 
 
SEM INFECÇÃO FETAL 
 
 
ESPIRAMICINA 1G 8/8H 
 
COM INFECÇÃO FETAL OU 
NÃO É POSSÍVEL DESCARTAR 
 
 
SULFADIAZINA 1,5g 12/12H 
PIRIMETAMINA 25MG 12/12H 
ÁCIDO FOLÍNICO 10MG 1X/D 
 
Então... 
ATÉ 16 SEMANAS = ESPIRAMICINA (trata a mãe) 
APÓS 16 SEMANAS = ESQUEMA TRÍPLICE (trata a mãe e a criança) 
▪ Se confirmada a infecção fetal: mantém esquema tríplice 
▪ Se descartada a infecção fetal: fazer espiramicina 
 
(*) COMO FUNCIONA O RASTREIO PARA GBS? 
 
- Utilizado para PREVENÇÃO DE SEPSE NEONATAL PELO S. AGALACTIAE 
- Recomendado pelo CDC 
- Não é recomendado de rotina pelo MS 
 
Rastreamento: 
 
- SWAB VAGINAL E RETAL ENTRE 35-37 SEMANAS 
 
▪ Válido por 5 semanas 
 
▪ Dispensável se: 
 
✓ Sepse neonatal por GBS em gestação anterior 
✓ Bacteriúria por GBS na gestação atual 
 
 
 
 
 
Conduta: 
 
 
SWAB POSITIVO 
+ trabalho de parto ou amniorrexe 
 
 
 
 
 
- PENICILINA CRISTALINA 500.000 
de ataque ou 25.000 4/4h de 
manutenção ou 
 
- AMPICILINA IV 2g (ataque) e 1g 
4/4h (manutenção) 
 
 
SEPSE NEONATAL PELO GBS EM 
GESTAÇÃO ANTERIOR 
 
BACTERIÚRIA ATUAL PELO GBS 
 
 
Sem Swab, mas COM FATOR DE 
RISCO: 
▪ Trabalho de parto prematuro 
▪ Febre intraparto (> 38º) 
▪ Amniorrexe > 18 horas 
 
 
SWAB NEGATIVO 11 
▪ PROFILÁTICO COM 40MG DE FERRO ELEMENTAR (200mg de sulfato 
ferroso) DA 20ª SEMANA ATÉ 3 MESES APÓS O PARTO SE 
HEMOGLOBINA > 11 
Hemoglobina entre 8-11 
▪ TERAPÊUTICO COM 120-240MG DE FERRO ELEMENTAR 
▪ NOVA DOSAGEM EM 30-60 DIAS 
Hemoglobina 30 5,0 a 9,1 0,2 
 
 
34
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO 
Rotina de VACINAS 
 
 
RECOMENDADAS 
 
Tétano (dT) 
 
- Completar esquema 
- Dose adicional de reforço após 5 anos 
 
Coqueluche (dTpa) 
 
- dT completo, duas doses ou reforço: 
 
▪ Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana 
 
- Uma dose de dT: 
 
▪ Uma dose de dT + uma dose de dTpa a partir da 20ª semana 
 
- Não vacinada para dT 
 
▪ 2 doses de dT + 1 dose dTpa a partir da 20ª semana 
 
Obs: se a gestante perdeu a oportunidade de vacinar na gestação, pode fazer no 
puerpério, o mais precocemente possível. 
 
Influenza/H1N1 
 
- Campanha anual 
Hepatite B 
 
- Para todas as gestantes não vacinadas 
COVID 
 
- Realizar Coronavac ou Pfizer 
- Não é recomendado Jansen ou Astrazeneca 
 
RAIVA/MENINGOCOCO 
 
- Permitida em situações de risco/exposição 
 
HEPATITE A 
 
- Permitida em situações de risco 
 
CONTRAINDICADAS 
- Rubéola, sarampo e caxumba 
- Varicela 
- Sabin 
- BCG 
- HPV 
- Febre amarela (*exceto em situações de exposição) 
 
Em ABRIL DE 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou 
o registro de vacina contra o VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR) PARA 
GESTANTES, tratando-se da vacina Abrysvo® (Pfizer), que já está disponível em 
CLÍNICAS PRIVADAS no Brasil. A vacina visa PREVENIR INFECÇÕES GRAVES DO 
TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR EM RECÉM-NASCIDOS E LACTENTES JOVENS 
por meio da transferência de anticorpos maternos pela placenta. É uma vacina 
recombinante, bivalente (subgrupos A e B), e está LICENCIADA PARA GESTANTES 
ENTRE 24 E 36 SEMANAS, mas a RECOMENDAÇÃO PREFERENCIAL É ENTRE 32 E 
36 SEMANAS, devido à maior eficácia nesta faixa e menor risco de 
prematuridade. Membros da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da 
Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) reforçam sua 
recomendação para gestantes como a preferência por vacinação entre 32 e 36 
semanas e POSSIBILIDADE DE VACINAÇÃO A PARTIR DE 24 SEMANAS, CASO 
HAJA RISCO GESTACIONAL, com a NECESSIDADE DE PELO MENOS 14 DIAS para 
que os anticorpos sejam produzidos e transferidos ao feto. Ressalta-se o intervalo 
de 2 semanas recomendado entre a vacina contra VSR e a vacina dTpa, enquanto 
a coadministração com a vacina contra gripe sazonal é permitida. 
 
 
 
 
ROTINA USG 
Não é obrigatória sua realização pelo MS! 
 
USG OBSTÉTRICO TRANSVAGINAL 
▪ Até 10 semanas 
▪ Determinação correta da IG e identificação de possíveis gestações 
múltiplas 
 
MORFOLÓGICO DO 1º TRIMESTRE 
▪ 11 semanas até 13 semanas e 6 dias 
▪ Medida da transluscência nucal (TN), identificação da onda A e do 
osso nasal 
▪ Marcador de risco de anomalias cromossômicas 
 
MORFOLÓGICO DO 2º TRIMESTRE 
▪ 20-24 semanas 
▪ Avalia morfologia e identifica malformações 
 
USG OBSTÉTRICO 
▪ 3º trimestre (ideal > 34 semanas) 
▪ Avalia crescimento fetal 
 
4. ACONSELHAMENTO GENÉTICO PRÉ-NATAL 
 
Conceitos: 
- RASTREAR/IDENTIFICAR ANOMALIAS CONGÊNITAS 
- Importante para prova: diferenciar exames de rastreamento e exames 
diagnósticos 
- Não é recomendado de rotina pelo MS, mas a gestante deve ser orientada 
- Fatores de risco para anomalias: filho anterior acometido, história familiar 
positiva, perdas gestacionais de repetição, consanguinidade, idade materna 
avançada 
 
EXAMES DE RASTREAMENTO 
 
→ Exames não-invasivos: 
- Método de RASTREIO que deve ser oferecido para TODAS as gestantes 
 
MÉTODOS BIOFÍSICOS (entre 11-14 semanas) 
 
USG 
✓ TRANSLUCÊNCIA NUCAL normal:na família, perdas de repetição, consanguinidade) 
 
BIÓPSIA DE VILO 
✓ Entre 10-13 semanas 
✓ Única confirmatória do 1º trimestre 
✓ Mais invasiva e arriscada 
✓ Taxa de perda: 1-2% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMNIOCENTESE 
✓ Após 14-16 semanas 
✓ Mais segura 
✓ Taxa de perda 90 graus 
 
Tipos de Bacia 
 
 
 
 
Ginecoide 
- Mais comum e mais favorável para o parto e forma ARREDONDADA 
✓ Estreito superior arredondado 
✓ Espinhas ciáticas não proeminentes 
✓ Porção posterior espaçosa e paredes pélvicas paralelas 
✓ Melhor prognóstico 
 
Androide 
- Mais relacionada à distócias e formato TRIANGULAR (“de coração”) 
✓ Estreito superior triangular 
✓ Paredes pélvicas convergentes 
✓ Espinhas ciáticas proeminentes 
✓ Ângulo subpúbico estreito 
✓ Pior prognóstico 
 
Antropoide 
- O maior diâmetro é o anteroposterior 
✓ Estreito superior elíptico 
✓ Diâmetro transverso diminuído 
✓ Espinhas ciáticas não proeminentes 
✓ Aumento de posteriores e diretas 
 
Platipeloide 
- Mais rara e diâmetro transverso MUITO maior que o anteroposterior 
✓ Estreito superior ovalado 
✓ Diâmetro transverso amplo 
✓ Estreito inferior semelhante a ginecoide 
✓ Insinuação em transversa 
 
2. ESTÁTICA FETAL 
“Relações do feto com a bacia e com o útero” 
 
 
(1) APRESENTAÇÃO 
- Primeiro pólo que desce na pelve 
- Mais comum: cefálica 
- Parto prematuro aumenta a chance de parto pélvico 
- Se córmica mantida: indicação de cesariana 
 
 
1. Vera Anatômica 
2. Conjugata Obstétrica 
3. Conjugata Diagonal 
4. Diâmetro AP do 
Estreito Médio 
5. Conjugata Exitus 
Imagem: prenabe.com.br 
Imagem: fetalmed.net 
Imagem: researchgate.net 
Imagem: academiamedica.com.br 
Imagem: medpri.me 
37
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
PARTO 
(2) SITUAÇÃO 
- Relação do maior eixo fetal com o maior eixo uterino 
- Mais comum: longitudinal 
- Se transversa mantida: indicação de cesariana 
- Se oblíqua: situação transitória 
 
(3) ATITUDE 
- Atitude: relação das partes fetais entre si 
- Se apresentação cefálica: 
▪ Eixo Anteroposterior: FLEXÃO OU DEFLEXÃO 
▪ Eixo Laterolateral: SINCLITISMO E ASSINCLITISMO 
- Mais comum: flexão generalizada (ovoide fetal) 
- Se apresentação pélvica: 
▪ Pelvipodálica ou pélvica completa: NÁDEGAS, PÉ, COXA 
▪ Pélvica simples ou incompleta: SOMENTE NÁDEGAS 
 
Apresentação Cefálica 
EIXO ANTEROPOSTERIOR → FLEXÃO OU DEFLEXÃO 
 
 
 
FLETIDA OU OCCIPITAL 
✓ Referência: lambda 
✓ É a mais comum 
✓ É a que apresenta menor diâmetro: suboccipitobregmático 
✓ Diâmetro: 9,5cm 
 
DEFLETIDA DE 1º GRAU OU BREGMA 
✓ Referência: bregma 
✓ Se tiver lambda e bregma: considerar lambda (fletida) 
✓ Diâmetro occipito-frontal: 12cm 
 
DEFLETIDA DE 2º GRAU OU FRONTE 
✓ Referência: glabela 
✓ É indicação absoluta de cesariana 
✓ Diâmetro occipitomentoniano: 13,5cm 
 
DEFLETIDA DE 3º GRAU OU FACE 
✓ Referência: mento 
✓ Se mento posterior: indicação de cesariana 
✓ Diâmetro submentobregmático: 9,5cm 
 
Apresentação Cefálica 
EIXO LATEROLATERAL → SINCLITISMO E ASSINCLITISMO 
 
 
 Sinclitismo Assinclitismo Posterior Assinclitismo Anterior 
 
SINCLITISMO 
✓ Não há inclinação lateral 
✓ Sutura sagital equidistante de pube e sacro 
 
ASSINCLITISMO 
✓ Posterior (ou Litzmann): sutura sagital próxima ao pube 
✓ Anterior (ou Nagele): sutura sagital próxima ao sacro 
✓ Pode ser corrigida pelo fórcipe de Kielland 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem: medpri.me 
Imagem: blog.casadadoula.com.br 
Imagem: pt.slideshare.net 
Imagem: medpri.me 
Imagem: upenet.com.br 
38
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
PARTO 
Altura da Apresentação 
 
PLANOS DE DELLE 
A altura da apresentação 
é definida em 
centímetros positivos 
quando seu ponto mais 
baixo está abaixo do 
plano 0 de Delle e em 
centímetros negativos 
quando acima do 
mesmo. 
 
PLANOS DE HODGE (em desuso) 
 
 
Primeiro plano: borda superior do pube e 
promontório 
Segundo plano: borda inferior do pube ao meio 
da segunda vértebra sacra 
Terceiro plano: delimina-se nas espinhas ciáticas 
→ CORRESPONDE AO PLANO ZERO DE DE LEE 
Quarto plano: é traçada pela ponta do cóccix 
 
 
(4) POSIÇÃO 
- Relação do dorso fetal com abdome da mãe 
- A ausculta fetal é feita onde está o dorso (mais ou menos 
em região escapular) 
ATENÇÃO → conceitos usados em questões: 
 
Atenção para termos utilizados em prova... 
“POLO FETAL VOLUMOSO, DE SUPERFÍCIE IRREGULAR e REDUTÍVEL” = PELVE. 
 
“POLO FETAL MENOR, LISO e CONSISTENTE” = CABEÇA. 
 
“PEQUENA PARTE FETAL” = DORSO DO LADO CONTRÁRIO. 
 
Variedade de Posição 
Pontos de referência entre apresentação fetal e pelve da gestante 
 
Pontos de Referência na GESTANTE 
 
 
PERCEBA! 
- Se ponto de referência do feto próximo da pube: ANTERIOR 
- Se ponto de referência do feto próximo do sacro: POSTERIOR 
- Se ponto de referência do feto equidistante entre pube e sacro: TRANSVERSO 
- Levar em consideração o LADO DA GESTANTE para definir entre ESQUERDA X DIREITA 
 
Legenda: 
 
1. PÚBIS 
2. EMINÊNCIA ILEOPECTÍNEA (variedades direita anterior e esquerda anterior) 
3. EXTREMIDADE DO DIÂMETRO TRANSVERSO (variedades direita transversa e 
esquerda transversa) 
4. ARTICULAÇÃO SACROILÍACA (variedades direita posterior e esquerda posterior) 
5. SACRO 
 
Pontos de Referência no FETO 
 
ATITUDE/APRESENTAÇÃO 
(Referência) 
 
SÍMBOLO LINHA DE 
ORIENTAÇÃO 
Fletida (ref: Lambda) O Sagital 
D. 1º Grau (ref: Bregma) B Sagito-metópica 
D. 2º Grau (ref: Fronte) N Metópica 
D. 3º Grau (ref: Mento) MNasal 
Pélvica (ref: Sacro) S Sulco interglúteo 
Córmica (ref: Acrômio) A Dorso 
 
IMPORTANTE! 
Se na imagem ver LAMBA E BREGMA → CONSIDERAR LAMBDA! 
 
 
Treinamento: 
 
QUANTOS GRAUS RODAR? 
Se a prova perguntar isso, querem saber quantos graus faltam para chegar em 
OP (occipito-púbico), o ideal para o nascimento. 
 
Nos casos de ODA, por exemplo, faltam 45 graus em sentido horário. 
Nos casos de OEA, por exemplo, faltam 45 graus em sentido anti-horário. 
Nos casos de ODP, 135 graus em sentido horário. 
E assim por diante... 
 
(A) Rotação interna das variedades de posição posterior; (B) transversa); (C) anterior; 
(D) para a variedade occipitopúbica. 
 
Sacro 
Pube 
Direita 
Anterior 
Esquerda 
Anterior 
Direita 
Posterior 
Esquerda 
Posterior 
Direita 
Transversa 
Esquerda 
Transversa 
Imagem: medpri.me 
Imagem: MedCel 
Imagem: bibliomed.com.br 
39
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
PARTO 
Manobra de Leopold 
 
 
- 1º tempo: situação 
- 2º tempo: posição (importante para ausculta de BCF) 
- 3º tempo: apresentação 
- 4º tempo: altura da apresentação/insinuação 
Pausa antes de continuar... 
 
INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE CESARIANA 
✓ DCP absoluta 
✓ placenta prévia total 
✓ herpes genital ATIVO 
✓ apresentação córmica 
✓ apresentação defletida de 2º grau 
✓ condiloma obstruindo canal de parto (risco de papilomatose laríngea do 
RN) 
✓ cesariana clássica (corporal/era utilizada antigamente). 
▪ Obs: uma cesárea segmentar não contraindica um próximo parto 
vaginal, mas uma cesárea corporal, sim! Uma vez cesárea corporal, 
sempre cesárea corporal. 
▪ Obs: cesárea “a pedido” da paciente só com > 39 semanas 
 
3. MOTOR 
 
 
 
TRÍPLICE GRADIENTE DESCENDENTE 
Sentido da propagação, intensidade e da duração da contração uterina. As 
metrossístoles começam e são mais intensas no fundo uterino e se propagam em 
direção ao colo. 
 
Trabalho de Parto 
 
Dilatação: 
✓ 2 a 3 contrações/10 minutos 
✓ Duração de 30-40 segundos 
✓ Intensidade de 30-40mmHg 
Período Expulsivo: 
✓ 5 contrações/10 minutos 
✓ Duração de 60-80 segundos 
✓ Intensidade de 50-60mmHg 
 
 
Indução do Parto 
 
Indicações: 
✓ GRAVIDEZ PROLONGADA (> 41 semanas) 
✓ RPMO 
✓ ÓBITO FETAL 
 
Contraindicações: 
✓ GESTAÇÃO MÚLTIPLA 
✓ DESPROPORÇÃO CEFALOPÉLVICA 
✓ APRESENTAÇÃO FETAL ANÔMALA 
✓ HISTERECTOMIA CORPORAL PRÉVIA 
✓ PLACENTA PRÉVIA 
✓ SOFRIMENTO FETAL 
 
Métodos: 
✓ PROSTAGLANDINAS (misoprostol, dinoprostone) 
▪ Ideal para BISHOP desfavorável ( 6 (colo apagado, amolecido, anterior, aberto, 
abaixo de 0) 
✓ DESCOLAMENTO DIGITAL DAS MEMBRANAS: estimula a secreção de 
prostaglandinas 
✓ MÉTODO DE KRAUSE: insuflar balão de Folley por dentro do orifício do 
colo para descolar as membranas e estimular a secreção de prostaglandinas. 
Geralmente a gestante expele em 24h. Não utilizar na bolsa rota! 
✓ DESCOLAMENTO DIGITAL DE MEMBRANAS: estimula a contratilidade 
uterina 
 
 
 
 
Qual método escolher? 
 
 
COLO DESFAVORÁVEL 
colo fechado, posterior, grosso, sem dilatação 
 
BISHOP 6 (ideal: > 8) 
 
 
 
OCITOCINA 
 
BISHOP 7-8 
 
 
Avaliar 
individualmente 
 
Quais os parâmetros do BISHOP? 
 
(1) ALTURA DA APRESENTAÇÃO + 4 características do colo 
(2) DILATAÇÃO 
(3) APAGAMENTO 
(4) CONSISTÊNCIA 
(5) POSIÇÃO 
Método de Krause 
Imagem: enfermagempiaui.com.br 
Imagem: jakobi.com.br 
Imagem: Rezende, Obstetrícia 
Imagem: meuparto.com 
40
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
PARTO 
 
 
Discinecia Quantitativa 
 
HIPOATIVIDADE 
✓ Intensidade inferior a 25mmHg 
 
HIPOSSISTOLIA 
✓ Frequência inferior a 2 contrações/10 minutos 
 
HIPERATIVIDADE 
✓ Intensidade superior a 50mmHg 
 
TAQUISSISTOLIA 
✓ Frequência superior a 5 contrações/10 minutos 
 
HIPERTONIA 
✓ Por taquissistolia 
✓ Por incoordenação 
✓ Por sobredistensão (ex: gemelar, polidramnia) 
✓ Autêntica (ex: DPP) 
 
Discinesia Qualitativa 
 
INVERSÃO DO TRÍPLICE GRADIENTE 
✓ Predominância nas partes baixas 
 
INCOORDENAÇÃO UTERINA 
Lembre-se que existem 2 marca-passos próximos do corno uterino, que funcinoam 
normalmente de forma coordenada! 
 
✓ 1º GRAU: ação alternada dos dois marca-passos 
✓ 2º GRAU: marca-passos ectópicos (fibrilação) 
 
Tratamento 
 
HIPOATIVIDADE 
✓ Ocitocina (!) 
✓ Prostaglandina: + usada na indução 
✓ Descolamento de membranas 
 
HIPERTONIA E HIPERATIVIDADE 
✓ Parar uterotônico 
✓ Decúbito lateral esquerdo 
✓ Analgesia 
✓ Tocolítico 
 
QUALITATIVAS 
✓ Decúbito lateral esquerdo 
✓ Ocitocina 
✓ Analgesia 
✓ Amniotomia 
 
 
 
 
 
 
 
4. ASSISTÊNCIA CLÍNICA AO PARTO 
 
Período Premonitório 
 
- CONTRAÇÕES IRREGULARES/PERCEPÇÃO DE CONTRAÇÕES 
✓ Não confunda com as contrações de Brachton-Hicks, que ocorrem no 3º 
trimestre 
- ↑DAS SECREÇÕES CERVICAIS/PERDA DO TAMPÃO MUCOSO 
- FASE LATENTE DO TRABALHO DE PARTO 
✓ 14h em multíparas e 20h em nulíparas 
 
1º Período Clínico → DILATAÇÃO 
 
- INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO ATÉ DILATAÇÃO TOTAL 
 
▪ Início do trabalho de parto: 2-3 contrações regulares, rítmicas, em 10 
minutos + dilatação de 4-5cm 
 
- SÓ SAÍDA DE TAMPÃO MUCOSO NÃO FAZ DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE 
PARTO 
 
- Duração (MS): 
✓ Primíparas: 10-12h 
✓ Multíparas: 6-8h 
 
- Dieta: BRANDA 
- Deambulação LIVRE 
- PRESENÇA DE acompanhante É DIREITO 
 
- Número de toques: A CADA 2-4 HORAS 
 
- Ausculta BCF: 
✓ 30-30 MINUTOS se baixo risco 
✓ 15-15 MINUTOS se alto risco 
✓ Sempre antes, durante e após a contração 
 
- Cardiotocografia: NÃO É ROTINA EM BAIXO RISCO 
 
EVITAR: 
▪ Enteróclise 
▪ Tricotomia. Se fizer, só no momento da incisão 
▪ Toques vaginais desnecessários 
▪ Amniotomia: não fazer de rotina 
 
2º Período Clínico → EXPULSIVO 
 
DILATAÇÃO TOTAL ATÉ EXPULSÃO 
 
▪ Contrações 5-10 minutos a cada 50-60 segundos 
 
- Duração (MS): 
✓ Primíparas: até 3h (4h com analgesia) 
✓ Multíparas: até 2h (3h com analgesia) 
 
- Posição ideal: DECISÃO MÉDICO-PACIENTE 
- Ausculta BCF: 
✓ 15-15 MINUTOS se baixo risco 
✓ 5-5 MINUTOS se alto risco 
✓ Algumas literaturas relatam 5-5min para todos. Não há consenso. 
- Prestar AUXÍLIO NO DESPRENDIMENTO DOS OMBROS 
 
- MANOBRA DE RITGEN MODIFICADA para proteção do períneo 
- EPISIOTOMIA SELETIVA: se feto grande, parto a fórcipe 
- NÃO FAZER: episiotomia de rotina, manobra de Kristeller 
 
Mediana (ou Perineotomia) Médio-Lateral 
Lesa menos músculos 
 
Menor sangramento e dor 
 
Reparo cirúrgico mais fácil 
 
Ruim para distância reto-vaginal 
curta (risco: lesão de esfíncter anal) 
 
 
 
Escolha para distância reto-vaginal 
curta, mas maior risco de rotura de 
3º e 4º grau 
 
41
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
PARTO 
 
 
 
 
3º Período Clínico → SECUNDAMENTO 
 
DESCOLAMENTO E EXPULSÃO DA PLACENTA 
 
✓ Entre 10-20 minutos após expulsão fetal 
✓ Prolongado se > 30 minutos 
 
Medidas rotineiras: 
✓ OCITOCINA 10U IM pós-expulsão fetal 
✓ TRAÇÃO CONTROLADA DO CORDÃO 
✓ MASSAGEM UTERINA APÓS SECUNDAMENTO 
✓ REVISÃO DO CANAL DE PARTO 
✓ EPISIORRAFIA/SUTURA DE LACERAÇÕES 
 
EVITAR 
✓ Tração INTEMPESTIVA DO CORDÃO 
 
Formas de secundamento: 
 
- SCHULTZE (“shining”) 
▪ Face fetal/brilhosa/membranosa (mais comum) 
▪ “Sai a placenta e depois vem a hemorragia” 
 
- DUNCAN (“dirty”) 
▪ Face materna/cotilédones/cruenta 
▪ “Sai placenta e sangue ao mesmo tempo” 
 
 
 
 
Manobras comuns no secundamento: 
- FABRE: colocar a mão no fundo e realizar leve tração no cordão. Se não houver 
propagação da pressão do fundo, provavelmente já descolou. 
- HARVEY: compressão leve na região do segmento uterino inferior após diagnosticado 
o descolamentoplacentário. 
- CREDÉ: expressão uterina visando auxiliar o descolamento placentário → deve ser 
evitada pelo risco de inversão uterina. 
- JACOB-DUBLIN: torção axial da placenta para diminuir o risco de retenção de 
membranas. 
 
4º Período Clínico → PERÍODO DE GREENBERG 
 
- Definição: PRIMEIRA HORA APÓS O SECUNDAMENTO 
- Hemostasia do sítio de inserção placentário: 
▪ MIOTAMPONAGEM (ligaduras vivas → útero contraído → “ligadura viva de 
Pinard”) 
▪ TROMBOTAMPONAGEM 
▪ INDIFERENÇA MIOUTERINA 
▪ CONTRAÇÃO UTERINA FIXA: “globo de segurança” 
- Risco de hemorragia (4T): atonia uterina (principal causa), laceração de canal de 
parto, restos placentários, coagulopatia 
 
 
5. MECANISMO 
 
Tempos Principais Tempos Acessórios 
Insinuação Flexão 
Descida Rotação Interna 
Desprendimento Deflexão 
Restituição (rotação externa) Desprendimento dos ombros 
 
 
 
Se pélvico... 
 
Cintura pélvica 
- Insinuação: diâmetro bitrocanteriano em oblíquo 
- Descida e rotação interna: assinclitismo da crista ilíaca e rotação 
- Desprendimento: SET ou SDT 
 
Cintura escapular 
- Insinuação: diâmetro biacromial oblíquo 
- Descida e rotação interna: rotação 45 graus 
- Desprendimento: espádua anterior, seguida da posterior 
 
Cabeça derradeira 
- Insinuação: diâmetro suboccipitofrontal em oblíquo 
- Descida e rotação interna: rotação 45 graus 
- Desprendimento: mento, boca, nariz, occipital 
 
E a CESARIANA? 
- PROCEDIMENTO: retirada do feto através de LAPAROTOMIA E 
HISTEROTOMIA. 
- INCISÃO MAIS UTILIZADA: PFANNENSTIEL 
- INDICAÇÕES MAIS COMUNS: FALHA DE PROGRESSÃO DURANTE O TRABALHO DE 
PARTO, HISTEROTOMIA PRÉVIA, APRESENTAÇÃO FETAL ANÔMALA, SOFRIMENTO FETAL. 
- INDICAÇÕES ABSOLUTAS: DESPROPORÇÃO CEFALOPÉLVICA, PLACENTA PRÉVIA TOTAL, 
HERPES GENITAL ATIVO, CONDILOMATOSE EXTENSA, PROLAPSO DE CORDÃO, MORTE 
MATERNA (FETO VIVO) 
- INDICAÇÕES RELATIVAS: GESTANTE HIV POSITIVO, APRESENTAÇÃO PÉLVICA, GEMELAR, 
CESARIANAS ANTERIORES, PRÉ-ECLÂMPSIA 
E a cesariana a pedido? Deve ser orientado as vantagens do parto vaginal, riscos 
do procedimento, etc. Deve ser realizada com IDADE GESTACIONAL DE 39 SEMANAS 
e ASSINADO TCLE. 
 
Ritgen E. Mediana E. Mediolateral 
Shultze Duncan 
Imagem: camilavieira.med.br 
42
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
PARTO 
6. PARTOGRAMA 
 
✓ REGISTRO GRÁFICO DA FASE ATIVA DO TRABALHO DE PARTO 
✓ LINHA DE AÇÃO 4H DEPOIS DA LINHA DE ALERTA 
✓ LINHA DE ALERTA MARCA DEPOIS DO PRIMEIRO QUADRADINHO 
 
 
Na fase de dilatação... 
 
Fase ativa prolongada 
 
Parada secundária da dilatação 
No período expulsivo... 
 
Período pélvico prolongado 
 
Parada secundária da descida 
 
FASE ATIVA PROLONGADA 
 
- Dilatação cervical 2 em 10 min) 34 semanas: 
✓ PARTO + PROFILAXIA PARA GBS 
 
O USO DE CORTICOIDE ENTRE 34-36 SEMANAS É OPÇÃO DISCUTÍVEL NA LITERATURA PARA 
CASOS EM QUE NÃO HÁ INDICAÇÃO ABSOLUTA DE NASCIMENTO NESSE MOMENTO, DE 
ACORDO COM AS INDICAÇÕES FETAIS. NÃO É REGRA! 
 
- Entre 24-34 semanas 
✓ Tocólise 
✓ Corticoterapia 
✓ Neuroproteção 
✓ Profilaxia para GBS 
 
TOCÓLISE 
Tentativa de atrasar o parto. Critérios básicos: (1) trabalho de parto 
prematuro; (2) idade gestacional 24-34 semanas; (3) membranas íntegras; (4) 
até 4-5cm de dilatação 
 
 Contraindicações: 
▪ SFA 
▪ INFECÇÃO/CORIOAMNIONITE 
▪ DOENÇA MATERNA DE DIFÍCIL CONTROLE (HAS grave, DPP). 
▪ RPMO (relativa) 
 
Opções medicamentosas: 
 
BETAMIMÉTICOS (salbutamol, terbutalina) 
- Taquicardia, tremores, náuseas... 
- Pouco utilizado atualmente! 
 
INDOMETACINA 
- Risco de fechamento do ducto arterioso. 
- Não usar se > 32 semanas. 
 
NIFEDIPINA 
- 1ª escolha por alguns autores. 
- É barato, VO e efetivo. 
 
ANTAGONISTA DA OCITOCINA (ATOSIBAN) 
- Caro. 
- Poucos efeitos colaterais. 
 
Imagens: slideplayer.com.br| TEGO, 2003 
Imagem: fetalmed.net 
45
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
PARTO 
ATENÇÃO → SITUAÇÕES DE PROVA! 
- EVITAR BETAMIMÉTICO se EAP, DM 
- NÃO USAR INDOMETACINA se > 32 SEMANAS (fecha ducto arterioso) 
- EVITAR NIFEDIPINA se HIPOTENSÃO, ICC 
- ATOSIBAN: POUCO EFEITO COLATERAL 
 
CORTICOIDE 
 
- ACELERA A MATURAÇÃO PULMONAR FETAL ENTRE 24-34/36 SEMANAS 
- BETAMETASONA OU DEXAMETASONA IM POR 2 DIAS: outros corticoides, como 
prednisona, não funcionam! 
 
Outros benefícios da corticoterapia: ↓Doença da membrana hialina, 
↓Hemorragia intraventricular, ↓Enterocolite necrotizante e ↓Mortalidade 
neonatal 
 
NEUROPROTEÇÃO 
- SULFATO DE MAGNÉSIO SE 24-32 SEMANAS (Zuspan). Também possui efeito 
tocolítico, mas fraco. 
 
PROFILAXIA GBS 
 
- Indicada em toda paciente com TRABALHO DE PARTO PREMATURO E CULTURA 
DESCONHECIDA. Escolha: penicilina cristalina. Alternativa: ampicilina. Vimos os 
detalhes em resumos anteriores! 
 
RPMO 
 
Conceito: 
- ROTURA ESPONTÂNEA DAS MEMBRANAS APÓS 20 
SEMANAS 
 
Antes desse período, consideramos abortamento. 
Diagnóstico: 
AMANNESE + EXAME FÍSICO 
 
- Padrão-ouro: EXAME ESPECULAR 
 
- Métodos auxiliares: 
 
▪ TESTE DA NITRAZINA (↑pH vaginal: > 6-6,5). Interferem na avaliação = 
sangue, sabão, sêmen, secreção, cervicite, vaginose, urina alcalina, etc. 
 
▪ TESTE DE CRISTALIZAÇÃO POSITIVO 
 
▪ TESTE AMNISURE: ↑S e E, pesquisa a alfa microglobulina placentária, 
que está elevada no líquido amniótico 
 
▪ USG: oligodramnia 
 
▪ DOSAGEM DE ALFAFETOPROTEÍNA: enzima produzida pelo fígado fetal 
que está presente em altas concentrações no líquido amniótico, mas não 
na vagina de mulheres grávidas. 
 
▪ PRESENÇA DE ELEMENTOS FETAIS EM SECREÇÃO VAGINAL: lanugem e 
células da epiderme fetal/orangiófilas) 
 
▪ TESTE ACTIMPROM: detecta a proteína de ligação ao fator de 
crecimento insulina-like-1 [IGFBP] 
 
▪ TESTE DO FENOL VERMELHO: tampão 
vaginal + gotas do reagente = alteração da 
coloração de laranja para vermelho 
 
Conduta: 
REALIZAR CULTURA PARA GBS + HEMOGRAMA + PCR 
 
- Corioamnionite (febre + 2 dos seguintes: leucocitose, taquicardia materna [> 
100] ou fetal [> 160], útero doloroso, líquido fétido)? PARTO (independente 
da IG) de preferência pela via VAGINAL. 
- Sofrimento fetal agudo (fazer CTG e PBF)? PARTO! 
- Sem infecção e sem SFA? 
 
▪ 24-34 semanas: CORTICOIDE (ex: 12mg beameasona IM 2 doses) + 
COLHER SWAB GBS + ANTIBIÓTICO (ampicilina 2g IV 6/6h + azitromicina 
1g VO para aumentar a latência e reduzir chance de infecção) 
▪ > 34 semanas: PARTO + PROFILAXIA GBS 
 
Não é pra fazer tocólise! 
 
IG > 34* semanas 
 
Com infecção/corioamnionite 
 
▪ Febre > 37,8 + 2 dos seguintes: 
 
✓ Leucocitose 
✓ Taquicardia materna (> 100) 
✓ Taquicardia fetal (> 160) 
✓ Sensibilidade uterina 
✓ Secreção purulenta 
PARTO 
Preferencialmente VAGINAL 
IG 24-34* semanas 
 
Sem infecção/corioamnionite 
 
**OBS: ZUGAIB e USP(SP) usam 
como ponto de corte 36 semanas. 
CONDUTA CONSERVADORA 
▪ Corticoterapia 
▪ ATBterapia 
▪ Parto com 34 semanas 
 
(*) Lembre: RPMO é contraindicação 
(relativa) à tocólise! 
 
 
FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
 
TRAJETO E MOTOR 
Tamanho da conjugata diagonalis 12cm 
Local mais estreito da pelve Biespinha ciática 
Pelve mais favorável para o parto Ginecoide 
Método para indução se Bishop 9? 
 
Ocitocina 
ESTÁTICA E MECANISMO 
Tipos de apresentação Cefálica, pélvica e córmica 
Ponto de referência e linha na 
cefálica defletida de 2º grau 
Glabela 
Sutura metópica 
Tempos principais do parto cefálico Insinuação 
Descida 
Desprendimento 
Principal manobra no parto pélvico 
 
Bracht 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 
Fases Clínicas 
Dilatação 
Expulsão 
Secundamento 
4º período 
 
 
O que não fazer na dilatação 
Enteróclise 
Tricotomia. só no momento da 
incisão 
Toques vaginais desnecessários 
Amniotomia de rotina 
 
O que fazer no 3º período 
Ocitocina 
Tração controlada 
Massagem 
Diagnósticos do partograma no 2º 
período 
Parto pélvico prolongado 
Parada secundária da descida 
PREMATURIDADE E RPMO 
Predição do parto prematuro USG do colo 
Fibronectina 
Prevenção do parto prematuro Progesterona 
Objetivo da tocólise Corticoterapia 
Principal diagnóstico na RPMO Anamnese + exame especular 
Parto na RPMO > 34 semanas 
Infecção 
 
46
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	197f082c776cc55864c6765a4471326b4e7a3ce01953ccc95f408abd03de86bd.pdf
	CONTRACAPA - AVISO JURÍDICO
	21b4436805018366b49b537d698ef63fb4aa825b47a0d3a31e16f7c4070343a3.pdf
	21b4436805018366b49b537d698ef63fb4aa825b47a0d3a31e16f7c4070343a3.pdfEsporádico: 
- TRISSOMIAS: principal causa (especialmente trissomia do 16) 
- INFECÇÃO 
 
Habitual/Recorrente (3 ou mais perdas) → TEM QUE INVESTIGAR! 
- ANOMALIAS GENÉTICAS: principal causa (atenção para TRANSLOCAÇÃO 
ROBERTSONIANA MATERNA – questão UERJ 2024) 
- INCOMPETÊNCIA ISTMO•CERVICAL 
- SAF 
- INSUFICIÊNCIA DE CORPO LÚTEO (polêmico) 
 
INCOMPETÊNCIA ISTMO•CERVICAL (IIC) 
Conceitos: 
• Orifício interno incompetente para manter a gestação 
• Perdas gestacionais INDOLORES + amniorrexe precoce podem ocorrer 
Diagnóstico: 
• História de dilatação cervical indolor no 2º trimestre 
• USG: dilatação cervical + encurtamento do colo (atual) 
• Histeroscopia (fora da gravidez) 
Quando pensar em IIC? 
✓ Aborto tardio 
✓ Colo fica curto 
✓ Dilatação INDOLOR 
✓ Feto vivo e morfologicamente normal 
Causas: 
• Conização, curetagens, dilatação do colo, amputações cervicais, fatores 
congênitos, partos laboriosos 
Tratamento: 
• CERCLAGEM (principalmente pela técnica de McDonald). 
Idealmente em... 
✓ 12•16 semanas 
✓ Dilatação 40 anos, mola anterior, inseminação artificial, 
tabagismo, abortamentos prévios 
 
Quando suspeitar? 
• SANGRAMENTO INTERMITENTE/ASPECTO SUCO DE AMEIXA 
• ÚTERO AMOLECIDO E MAIOR QUE O ESPERADO (SANFONA) 
• HIPERÊMESE 
• USG: “TEMPESTADE DE NEVE” 
• SAÍDA DE VESÍCULAS (“CACHOS DE UVA”) 
 
QUANDO A GESTAÇÃO É CONSIDERADA INVIÁVEL? 
(1) Saco gestacional ≥ 25 mm, mas com ausência de embrião ou vesícula vitelínica 
no seu interior (ovo anembrionado). 
(2) Embrião ≥ 7 mm (medida CCN) e ausência de BCF (abortamento retido) 
Atenção para as seguintes situações... 
NORMAL: Saco gestacional = 4 sem | V. Vitelínica = 5 sem | Embrião = 6 sem 
(3) Saco gestacional sem vesícula vitelínica: repetir o exame em 14 dias → se não 
surgir embrião = gestação inviável. 
(4) Saco gestacional com vesícula vitelínica: repetir o exame em 11 dias → se não 
surgir embrião = gestação inviável. 
FATORES DE MAU PROGNÓSTICO: O QUE NÃO 
ESPERAR EM UMA GESTAÇÃO NORMAL? 
(1) Saco gestacional irregular 
(2) BCF 25% (seta) 
 
INTERRUPÇÃO LEGAL DA GRAVIDEZ 
No Brasil, em apenas 3 situações... 
 
(1) RISCO DE MORTE PARA GESTANTE 
• Abortamento terapêutico 
• Atestado por 2 médicos 
• Notificação da Comissão de Ética do Hospital 
OBS: interrupções após as 20•22 semanas são chamadas de “antecipação 
terapêutica do parto”, e não de “abortamento”) 
 
(2) VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL 
• Permitida após solicitação da paciente na Unidade de Saúde 
• Não precisa de BO ou autorização judicial! 
• IG deve ser compatível com a data do agravo 
• Médico pode se recusar a fazer o procedimento (objeção de consciência) 
• Até 20•22 semanas (vale em prova, mas é questionado na prática) 
 
(3) ANENCEFALIA 
• Descriminalização pelo STF em 2012 
• Interrupção em QUALQUER IDADE GESTACIONAL (se desejar) 
• Diagnóstico ultrassonográfico a partir de 12 semanas 
• Duas fotografias (sagital e transversal) 
• Laudo assinado por 2 médicos 
6
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 1ª METADE DA GRAVIDEZ E DHPN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- CISTOS TECALUTEÍNICOS BILATERAIS: representam uma resposta ao hiperestímulo 
ovariano por altas doses de hCG com efeito LHlike. Não são exclusivos da doença trofoblástica 
gestacional. Regridem espontaneamente. O procedimento cirúrgico somente está indicado nos 
casos de abdome agudo associado. 
- PRÉ-ECLÂMPSIA PRECOCE 
- HIPERTIREOIDISMO 
- ↑↑↑HCG MUITO ELEVADO 
 
Tipos de Mola: 
 
CARACTERÍSTICAS COMPLETA INCOMPLETA 
 
CARIÓTIPO 
 
46XX/XY 
 
69XXY/XXX/XYY 
 
FETO Não Sim/Não 
BETA•HCG Muito elevado Pouco elevado 
CISTOS 
TECALUTEÍNICOS 
 
Comum 
 
Raro 
 
USG 
 
Ecos amorfos 
Ecos dispersos + 
Feto 
NTG (malignização) 10•30% 5•10% 
 
Diagnóstico: 
- Quadro clínico + USG com TEMPESTADE DE NEVE + HISTOPATOLÓGICO! 
- Beta-HCG SUPERIOR A 200.000mUI/ml não é critério, mas ajuda no 
diagnóstico. 
 
 
Tratamento: 
- ESVAZIAMENTO UTERINO (via VACUOASPIRAÇÃO) + enviar para 
HISTOPATOLÓGICO 
▪ Alternativas se não tiver vacuoaspiração: AMIU, curetagem 
 
- HISTERECTOMIA PROFILÁTICA SE prole definida, > 40 anos e fator de risco de 
progressão (manter o acompanhamento mesmo após HTA!) 
- NÃO TIRA ANEXO! CISTO TECALUTEÍNICO = NÃO TIRAR! 
É fruto e estímulo hormonal. Vai regredir sozinho! 
 
 
Acompanhamento/Controle de Cura: 
- Marcador: beta-HCG seriado 
▪ Dosagem semanal até zerar 
▪ 1 dosagem quinzenal (opcional) 
▪ Mensalmente até 6 meses do 1º resultado negativo 
- Acompanhamento clínico e ultrassonográfico 
- Raio-X de tórax (especialmente se altura uterina > 16cm, pelo risco de embolização) 
- Orientar quanto anticoncepção (DIU é contraindicado) → ACOH é o ideal! Gravidez 
somente se 6 meses de beta•HCG negativo! 
 
 
 
Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG) 
 
Quando desconfiar? 
BETA-HCG 
▪ Elevação por 2 semanas (> 10% dias 1•7•14) 
▪ Estabilização dos níveis por 3 semanas (+/• 10% dias 1•7•14•21) 
▪ Ausência de negativação em 6 meses (questionável na literatura) 
 
- SURGIMENTO DE METÁSTASES (vagina > pulmão) 
 
- USG COM IMAGEM INTRAMIOMETRIAL 
 
- RI (índice de resistência) e PI (índice de pulsatilidade) DAS ARTÉRIAS UTERINAS 
BAIXO 
 
Tipos de NTG? 
- MOLA INVASORA 
▪ Mais comum (70•90%), sequela da mola hidatiforme 
 
- CORIOCARCINOMA 
▪ 10-30%. Após qualquer tipo de gestação (mola, aborto, gestação 
termo ou ectópica) 
▪ Grande número de metástases (pulmão, vagina), mas com alto grau 
de cura → ressonância magnética de SNC e abdome são fundamentais. 
- TUMOR TROFOBLÁSTICO DO SÍTIO PLACENTÁRIO 
▪ Trofoblasto intermediário. Raro. 
▪ ↑↑hPL (não é o beta-HCG o marcador principal!) 
 
 
Tratamento: 
- Baixo risco e não metastática: MONOQT com MTX (+ histerectomia se prole 
definida) 
- Alto risco: POLIQT +/• RT 
 
OBS: não biopsiar metástase vaginal → risco de sangramento volumoso 
• Considerar HTA no tumor trofoblástico de sítio placentário 
• Cuidados pós•tratamento: gestação somente após 12 meses de beta•HCG 
negativo. 
• Medicações utilizadas na QT: metotrexato ou actinomicina D. 
 
Gravidez Ectópica 
 
Conceito: 
- IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO FORA DA CAVIDADE UTERINA 
▪ Mais comum: região AMPULAR da trompa (80•95%). 
▪ Segundo: istmo 
 
Imagens: Febrasgo 
7
 
 
Resumos- Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 1ª METADE DA GRAVIDEZ E DHPN 
Fatores de Risco: 
- DIP 
- Aderências 
- Cirurgia tubária ou ectópica prévia 
- Endometriose 
- Tabagismo 
- DIU (relativo) 
- Contracepção de emergência 
- Reprodução assistida 
 
Clínica: 
- ATRASO MENSTRUAL + 
- DOR ABDOMINAL IMPORTANTE (!) 
- SANGRAMENTO VAGINAL DISCRETO (50%) 
▪ Reação de Arias-Stella (sangramento de pequena monta). A única 
ectópica que pode dar hemorragia vaginal intensa é a CERVICAL. 
- Pode haver MASSA ANEXIAL PALPÁVEL 
 
 
Em casos de GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA → ABDOME AGUDO: 
Corresponde a 30% dos casos (região ístimica) 
• SANGRAMENTO IMPORTANTE/INSTABILIDADE HEMODINÂMICA 
• DEFESA ABDOMINAL/IRRITAÇÃO PERITONEAL 
• GRITO DE DOUGLAS (SINAL DE PROUST) 
• SINAIS DE LAFFON, BLUMBERG E CULLEN 
 
 
 
O QUE ESPERAR NO US DE UMA GESTAÇÃO ECTÓPICA? 
Sinais sugestivos ao ultrassom de gestação ectópica: 
 
• ANEL TUBÁRIO, “SINAL DO BAGEL” → imagem paraovariana semelhante ao 
saco gestacional; 
• IMAGEM HETEROGÊNEA OU COMPLEXA, TAMBÉM CHAMADA DE “BLOB”. 
 
 
USG com imagem de saco anecogênico rodeado por anel hiperecogênico (seta) 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
CLÍNICA + BETA-HCG + USG 
 
- BETA-HCG: > 1.500. 
 
 
“Limite discriminatório”. 
Se estiver 1500, tem que achar o saco gestacional! 
 
 
- USG: saco gestacional em anexo, anel tubário (“anel de fogo”), pseudossaco 
gestacional, dopplerfluxometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
Levar em conta as variáveis: estabilidade hemodinâmica, integridade da trompa, 
desejo de nova gravidez, características do SG e acesso a diferentes terapias. 
 
 
(1) EXPECTANTE 
- Se estabilidade hemodinâmica + 
- Beta-HCG baixo e declinante ( 25ng/ml 
 
8
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 1ª METADE DA GRAVIDEZ E DHPN 
2. DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL 
 
Conceito: 
HEMÓLISE FETAL CAUSADA POR ANTICORPOS MATERNOS 
 
Incompatibilidade ABO: 
• + Comum (25•30%) 
• Anti•A ou anti•b 
• Formação de anticorpos não exige exposição prévia 
• Hemólise branda/não tem profilaxia/protege o feto contra incompatibilidade RH 
Incompatibilidade RH: 
• + Grave 
• Antígenos D, C e E 
• Formação de anticorpos exige exposição prévia/tem profilaxia 
Variante DU: 
• Expressão fraca do antígeno D 
• RH negativo que funciona como RH positivo (ex: paciente é O negativo e tem variante 
DU positivo = vai se comportar como O positivo) 
Antígenos atípicos: 
• Não RH ou ABO 
• 2% dos casos/mais associada a hemotransfusão 
• Maioria não produz doença grave 
• É a mãe que tem coombs indireto positivo, mas não é por incompatibilidade ABO e 
nem RH 
 
 
 
É PROGRESSIVAMENTE + GRAVE: pior prognóstico a cada gestação sucessiva 
 
 
Fisiopatologia: 
PRIMEIRA GESTAÇÃO = SENSIBILIZAÇÃO! 
- GESTANTE RH NEGATIVO/VARIANTE DU NEGATIVO 
- PAI RH POSITIVO 
- FETO RH POSITIVO 
- Hemorragia fetomaterna 
- Formação de anticorpos IgM 
 
Obs: não esqueça que se variante DU positivo, a mulher se comporta como RH positivo 
(mesmo se RH negativo)! 
 
 
SEGUNDA GESTAÇÃO = DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL! 
- Passagem de anticorpos IgG pela placenta 
- Hemólise fetal 
 
 
Quadro Clínico/Complicações Fetais: 
- Hemólise, eritropoiese extramedular com hepatoesplenomegalia, anemia, 
redução da viscosidade sanguínea, hipercinesia, hidropsia, óbito fetal 
 
 
Diagnóstico/Acompanhamento: 
COOMBS INDIRETO para gestantes RH negativo e marido RH positivo 
 
- CI NEGATIVO: repetir com 28, 32, 36, 40 semanas e pós•parto 
- CI POSITIVO: depende do valor... 
▪ 1:16 (ou > 1:8) = investigação fetal* 
 
(*) INVESTIGAÇÃO FETAL: 
DOPPLERVELOCIMETRIA DE ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
- Método não invasivo de escolha para o rastreamento 
- Avalia o estado hipercinético fetal 
- Se Vmáx do pico sistólico > 1.5 MoM = suspeita de anemia fetal → 
encaminhar para cordocentese ou considerar parto 
 
 
Tratamento: 
CORDOCENTESE 
- Método invasivo, permite dosagem de hemoglobina 
- Padrão-ouro: diagnóstico e tratamento 
- Indicações: HIDROPSIA FETAL, DOPPLER DA ACM COM VMÁX > 1,5 
- Risco de 1•3% de óbito fetal 
- Avalia a hematimetria no feto e permite a TRANSFUSÃO INTRAUTERINA 
se houver indicação (HEMATÓCRITO 34 semanas: PARTO + FOTOTERAPIA + EXSANGUINEOTRANSFUSÃO 
 
 
Prevenção: 
IMUNOGLOBULINA ANTI•D 
- Destruição das hemácias fetais na circulação materna, evitando a produção de 
anticorpos 
- APENAS PARA NÃO SENSIBILIZADAS E COM COOMBS INDIRETO NEGATIVO. 
Se já sensibilizou, não tem indicação... 
- Dose: 300MCG INTRAMUSCULAR 
 
 
Indicações: 
- APÓS O PARTO (idealmente até 72h) 
- HEMORRAGIA na gestação 
- PROCEDIMENTO INVASIVO (amniocentese, biópsia de vilo, cordocentese, etc) 
- 28 SEMANAS (alguns serviços fazem de rotina) 
 
Como avaliar a imunoprofilaxia? 
- COOMBS INDIRETO: FICA POSITIVO (temporariamente → fica negativo com 3 
meses pós-parto). Se não positivou: faz mais imunoglobulina! 
- TESTE DE KLEIHAUER: FICA NEGATIVO. 
 
FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
ABORTAMENTO 
Principal causa Aneuploidias 
Colo fechado Ameaça/Completo/Retido 
Colo aberto Inevitável/Incompleto/Infectado 
Método de escolha 
Para esvaziamento 
AMIU (12 semanas) 
Curetagem 
 
Tratamento IIC Cerclagem entre 12•16 semanas 
(Técnica de McDonalds) 
Tratamento SAF AAS + heparina 
GESTAÇÃO ECTÓPICA 
Locais mais frequentes Ampola, istmo 
 
Sintomas mais frequentes 
Amenorreia 
Sangramento vaginal 
Dor abdominal 
Limite discriminatório B•HCG 1.500 mUI/ml 
 
Condições ideais para MTX 
SG 1:8 
Exame de escolha Doppler ACM 
 
Tratamento nas formas graves 
Cordocentese: 34 semanas 
 
Profilaxia 
Após o parto 
Hemorragias 
Procedimento invasivo 
28 semanas 
 
9
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 2ª METADE DA GRAVIDEZ1. SANGRAMENTOS DA 2ª METADE DA GESTAÇÃO 
 
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA (DPP) 
PLACENTA PRÉVIA 
ROTURAS 
 
Descolamento Prematuro de Placenta (DPP) 
 
Conceitos: 
- SEPARAÇÃO DA PLACENTA NORMOINSERIDA 
APÓS 20 SEMANAS E ANTES DA EXPULSÃO 
FETAL 
• Ocorre em 1-2% das gestações 
• Grande incidência de complicações maternas 
e fetais 
 
 
 
Classificação: 
- Grau 0: assintomático (diagnóstico retrospectivo/histopatológico) 
- Grau I: leve → sangramento discreto, sem hipertonia 
- Grau II: intermediário → sangramento moderado, com hipertonia 
- Grau III: grave → sangramento intenso, com óbito fetal 
▪ IIIa: sem coagulopatia 
▪ IIIb: com coagulopatia 
 
Fatores de Risco: 
- HAS (principal) 
- Trauma abdominal 
- Retração uterina súbita/intensa (gemelar, polidramnia) 
- RPMO/corioamnionite 
- Tabagismo/Cocaína 
- Idade > 35 anos 
 
Fisiopatologia: 
- Placenta descola → hemorragia decidual + hematoma/coágulo retroplacentário + 
consumo de fatores de coagulação → sangue irrita o miométrio → HIPERTONIA 
UTERINA/CONTRAÇÕES → HIPOTONIA UTERINA PÓS-PARTO → consumo de 
fatores de coagulação/entrada de tromboplastina → CIVD 
 
Quadro Clínico: 
- SANGRAMENTO VERMELHO 
ESCURO, SÚBITO (oculto em 20% dos 
casos) 
- DOR ABDOMINAL 
- HIPERTONIA UTERINA (!) (útero 
“lenhoso”, “bolsa tensa”) 
- HIPERTENSÃO ARTERIAL 
- SOFRIMENTO/ÓBITO FETAL 
AGUDO 
 
 
Pode haver ainda... 
- Hemoâmnio/Hemorragia oculta/CIVD 
- Pulso paradoxal de Boero (FC normal em vigência de sangramento) 
- Parto “em alude” (excessivamente rápido) 
 
Diagnóstico: 
- CLÍNICO! 
- USG? NÃO (atrasa a conduta) → apenas se houver dúvida diagnóstica com 
placenta prévia! 
 
Exames Complementares: 
- SERVEM PARA AVALIAR A GRAVIDADE DO QUADRO! Não servem para 
diagnóstico! 
▪ Hemograma 
▪ Tipagem sanguínea 
▪ Coagulograma 
▪ Exames de rotina para doença hipertensiva 
 
 
Conduta: 
SEMPRE PARTO! 
A via depende do feto... 
Vivo: via mais rápida (maioria das vezes cesariana) 
• Se parto iminente: vaginal 
Morto (DPP grave): via vaginal 
• Se parto não iminente/demora (colo fechado): cesariana 
 
 
 
MUITO IMPORTANTE NÃO ESQUECER DE... 
REALIZAR AMNIOTOMIA ANTES! 
▪ Reduz a compressão da cava inferior 
▪ Dificulta ampliação do descolamento 
▪ Melhora hipertonia, coordena contrações 
▪ Identifica hemoâmnio 
▪ Diminui a pressão intrauterina 
▪ Diminui risco de coagulopatias 
▪ Induz ou acelera o trabalho de parto 
▪ Também pode ser feita antes da cesariana! 
 
Complicações: 
- Choque hipovolêmico 
- Insuficiência renal aguda 
- SÍNDROME DE SHEEHAN 
✓ Necrose hipofisária pós-parto com amenorreia 
- CIVD 
✓ Passagem de tromboplastina para a mãe = por isso é importante a amniotomia! 
- ÚTERO DE COUVELAIRE/ATONIA UTERINA 
✓ Conduta é “MORREU” 
▪ Massagem + 
▪ Ocitócito (ocitocina > 
misoprostol) > 
▪ Rafia de B•Lynch > 
▪ Rafia de hipogástrica ou uterina 
> 
▪ Último: histerectomia 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Diferencial: 
- PLACENTA PRÉVIA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dr. Emerson Batista 
Imagem: saudefacil.wordpress.com 
Imagem: Útero de Couvelaire: Um Relato de Caso | Ana Clara Hajjar 
Imagem: MSD Manuals 
10
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 2ª METADE DA GRAVIDEZ 
Placenta Prévia 
Conceito: 
- IMPLANTAÇÃO DA PLACENTA NO SEGMENTO INFERIOR DO ÚTERO 
CONFIRMADA APÓS 28 SEMANAS (fenômeno de migração placentária). 
Classificação: 
- MARGINAL: na margem do orifício do colo 
- PARCIAL: fecha parcialmente o orifício do colo 
- TOTAL: fecha totalmente o orifício do colo 
- “INSERÇÃO BAIXA”: próximo, porém sem alcançar (até 2cm) o orifício interno 
 
 
 
OBS: atualmente, o termo “placenta prévia” vale para as classificações “parcial + 
total”. Portanto, as classificações atuais são: “placenta prévia” ou “placenta de 
inserção baixa”. A denominação “marginal” não está mais sendo utilizada. 
 
Fatores de Risco: 
- CESARIANA ANTERIOR 
- CIRURGIAS UTERINAS 
- MULTIPARIDADE 
- IDADE > 35 ANOS 
- ENDOMETRITE/CURETAGEM 
- GRANDE VOLUME PLACENTÁRIO (tabagismo, gemelar) 
 
OBS: as pacientes com diagnóstico de placenta prévia demonstram alto risco de 
hemorragia ante, intra e pós-parto. 
 
Quadro Clínico: 
• SANGRAMENTO VERMELHO VIVO, AUTOLIMITADO, INDOLOR 
• INÍCIO ESPONTÂNEO + PARADA ESPONTÂNEA 
• RECORRENTE 
• SEM SOFRIMENTO FETAL OU HIPOVOLEMIA 
• TÔNUS UTERINO NORMAL 
 
 
Sangramento PROGRESSIVO, de REPETIÇÃO, ESPONTÂNEO, VERMELHO VIVO, 
INDOLOR e com AUSÊNCIA DE HIPERTONIA E SFA “PRÉVIA” 
 
Diagnóstico: 
CLÍNICO! 
▪ Toque? NÃO! CONTRAINDICADO! 
▪ FAZER EXAME ESPECULAR! Se não for DPP... USG! TEM QUE 
CONFIRMAR COM USG TRANSVAGINAL! 
 
Conduta: 
A PRESENÇA DE SANGRAMENTO É INDICAÇÃO PARA INTERNAÇÃO! 
 
 
1. Hemorragia importante: parto 
 
2. Se gestante estável... 
- Termo: parto 
- Prematuro: depende do sangramento 
▪ INTenso: INTerrupção 
▪ EScasso: Expectante (internação + estabilização hemodinâmica + 
corticoide) 
 
E a via de parto? 
- Total/parcial: cesariana 
- Marginal/inserção baixa: avaliar parto vaginal + amniotomia 
 
 
NÃO ESQUEÇA NUNCA! Na presença de sangramento, caso 
a mãe seja Rh negativo e o pai seja Rh positivo = administrar 
IMUNOGLOBULINA ANTI-D. 
Complicações: 
- PARTO PREMATURO 
- ATONIA PÓS-PARTO 
- APRESENTAÇÕES ANÔMALAS (maior incidência de apresentação córmica ou pélvica) 
- DISTÓCIA DE PARTO 
- PUERPÉRIO ANORMAL (hemorragia, infecção) 
- PENETRAÇÃO ANORMAL (acretismo placentário*) 
 
Acretismo Placentário 
Conceito: 
- ADERÊNCIA ANORMALMENTE FIRME AO ÚTERO 
✓ Dificuldade de extração da placenta 
✓ Invasão de estruturas adjacentes 
 
Classificação: 
- ACRETA: até camada esponjosa do endométrio 
- INCRETA: até miométrio 
- PERCRETA: perfura a serosa 
 
Fatores de Risco: 
- PLACENTA PRÉVIA 
- CESARIANA ANTERIOR (risco acima de 40%) 
- CURETAGEM UTERINA/MIOMECTOMIA 
- VIDEOHISTERECTOMIA/MULTIPARIDADE 
 
 
Quadro Clínico: 
- DIFICULDADE NO DESCOLAMENTO PLACENTÁRIO 
- HEMORRAGIA na tentativa do secundamento 
- HEMATÚRIA em casos de placenta percreta pode ocorrer 
- ROTURA UTERINA é uma possibilidade em casos graves 
 
 
Diagnóstico: 
- Pré-natal: USG/DOPPERFLUXOMETRIA/RNM 
A RNM é excelente, mas é reservada para os casos duvidosos, especialmente nos casos de 
placenta posterior, pela dificuldade de realização do USG! 
- Após parto: DIFICULDADE NA EXTRAÇÃO 
 
Conduta: 
• Preparo pré-operatório: 
✓ Orientação/Cesariana eletiva/Reserva de sangue 
• Acreta: TENTAR EXTRAÇÃO MANUAL DA PLACENTA > se não funcionar, 
histerectomia total 
• Increta/Percreta: HISTERECTOMIA TOTAL 
Vínculo Cerebral: 
Parâmetro DPP Placenta prévia 
Início Súbito Insidioso 
Hemorragia Única, oculta em 20% 
dos casos 
De repetição e visível 
Dor Sim Não 
Sangue Escuro, SÚBITO Vivo (rutilante), recorrente 
Sofrim. Fetal Precoce Ausente 
Hipertonia Típica Ausente 
Hipertensão Típica Rara 
Estado materno Anemia 
desproporcional 
Anemia 
proporcional 
Complicação Hipovolemia, CIVD Pouca repercussão 
Amniotomia ↓CIVD ↓Hemorragia 
Metrossístole Diminui sangramento Aumenta sangramento 
USG Dispensável Diagnóstico 
 
Rezende, Obstetrícia 
11
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
SANGRAMENTOS NA 2ª METADE DA GRAVIDEZ 
Rotura Uterina 
 
Classificação: 
PARCIAL OU INCOMPLETA 
• Preserva a serosa uterina 
• Associada à deiscência da cicatriz uterina 
TOTAL OU COMPLETA 
• Inclui a serosa 
• Pode ser espontânea ou traumática 
 
Fatores de Risco: 
- CIRURGIA UTERINA PRÉVIA 
- TRAUMA ABDOMINAL 
- PARTO OBSTRUÍDO 
- OCITOCINA/PROSTAGLANDINA 
- MANOBRA DE KRISTELLER 
- MALFORMAÇÃO CONGÊNITA 
- MALFORMAÇÃO UTERINA 
(ex: mulleriana). 
 
 
Quadro Clínico: 
DURANTE A GRAVIDEZ: 
- DOR AGUDA E INTENSA/IRRITAÇÃO PERITONEAL (abdome agudo) 
- SANGRAMENTO ABDOMINAL/VAGINAL 
Essas manifestações geralmente estão associadas a situações TRAUMÁTICAS! O mais 
clássico é romper durante o trabalho de parto! 
DURANTEO PARTO (IMINÊNCIA DE ROTURA): síndrome de Bandl•Frommel 
- Anel separa o corpo do segmento: SINAL OU ANEL DE BANDL 
- Ligamentos redondos distendidos: SINAL DE FROMMEL 
 
DURANTE O PARTO (ROTURA CONSUMADA): 
- DOR SÚBITA E LANCINANTE (pode ser seguida por melhora súbita) 
- PARADA SÚBITA DA CONTRATILIDADE E TRABALHO DE PARTO 
- FÁCIL PERCEPÇÃO DAS PARTES FETAIS 
- Subida da apresentação (SINAL DE REASENS) 
- SINAL DE CLARK (crepitação) 
- SINAL DE LAFFONT: dor escapular por irritação do nervo frênico 
- SINAL DE CULLEN: hematoma periumbilical 
- CHOQUE MATERNO 
- BRADICARDIA/ÓBITO FETAL 
 
 
 
Conduta: 
- Iminência: cesariana 
imediata/uterolíticos 
- Rotura consumada: rafia 
uterina/histerectomia 
 
 
 
 
Rotura de Vasa Prévia 
 
Conceito: 
- TRAUMA/RUPTURA DE 
VASOS PRÉVIOS 
DESPROTEGIDOS ENTRE A 
APRESENTAÇÃO E O COLO 
(geralmente, estão inseridos 
na placenta de forma 
anômala) 
 
 
Fatores de Risco: 
- Placentas BILOBADAS, SUSCENTURIADAS, INSERÇÃO VELAMENTOSA DE 
CORDÃO (principal) 
 
Quadro Clínico: 
- SANGRAMENTO VAGINAL PÓS•AMNIORREXE 
- SOFRIMENTO FETAL 
 
Diagnóstico: 
- USG (quando possível) 
 
Conduta: 
- CESARIANA (eletiva, se possível; ou urgência, caso o diagnóstico seja dado durante o 
trabalho de parto, com sofrimento fetal → a via vaginal não é ideal nessas situações) 
 
 
Rotura de Seio Marginal 
 
Conceito: 
- TRAUMA DA PERIFERIA DO ESPAÇO INTERVILOSO 
 
Quadro Clínico: 
- “PRÉVIA” + placenta NORMOINSERIDA no USG + geralmente PERIPARTO 
✓ Sangramento indolor, vermelho vivo 
✓ Batimento cardíaco normal 
✓ Tônus normal 
✓ Placenta normoinserida 
 
Diagnóstico: 
- É de PRESUNÇÃO! O definitivo é com HISTOPATOLÓGICO (pós•parto). 
 
Conduta: 
- Monitorização fetal 
- Acompanhamento do trabalho de parto 
- Bom prognóstico (sangramento geralmente discreto). PARTO VAGINAL! 
 
FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
 
CARACTERÍSTICAS DPP PLACENTA PRÉVIA 
Sangramento Escuro, súbito Vivo, recorrente 
 
Dor 
 
Sim 
 
Não 
 
Sofrimento/Óbito 
fetal 
 
Comum 
 
Raro 
 
Hipertonia 
 
Comum 
 
Ausente 
 
Hipertensão 
 
Comum 
 
Rara 
Gestante Hipovolemia, 
CIVD 
Pouca repercussão 
 
FR para Rotura Uterina Cirurgia prévia/Parto obstruído 
Trauma abdominal 
Sinais de Iminência de Rotura Bandl, Frommel 
 
Achados na Rotura Consumada 
Dor/Hemorragia/Bradicardia 
Óbito fetal 
Reasens 
Conduta Rafia 
Histerectomia 
FR para Rotura de Vasa Prévia Inserção velamentosa do cordão 
Quadro Clínico de Rotura de Vasa 
Prévia 
Sangue vivo após amniorrexe 
Conduta Cesariana 
Quadro Clínico Rotura de Seio 
Marginal 
Sangramento indolor 
Sem sofrimento fetal 
Placenta normoinserida 
 
Imagem: RMMG | A. Z. Miranda 
Imagens: The Open University | Google Imagens 
Imagem: researchgate.net 
O prognóstico é MELHOR 
quando o vaso acometido é a 
ARTÉRIA UMBILICAL! 
12
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ E GEMELARIDADE 
* AAS 60-150mg/dia 
(entre 12-16 semanas → 
máximo antes de 20 
semanas) até 36 semanas 
 
CÁLCIO 1,5-2g/dia (se 
baixa ingesta) → 1º 
trimestre até fim da 
gestação 
PA > 140 x 90 + (repetir a medição idealmente após 4h) 
Proteinúria > 300mg/dia OU 
Relação proteinúria/creatinúria > 0,3 OU 
> 1 ou 2+ na fita (polêmico na literatura) 
1. DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS 
 
✓ Pré-eclâmpsia → HAS + proteinúria > 20 semanas 
✓ Eclâmpsia → pré-eclâmpsia + convulsões 
✓ HAS crônica → HAS 20 semanas 
 
Pré-Eclâmpsia 
 
Conceito: 
- Surgimento de HIPERTENSÃO + PROTEINÚRIA APÓS 20 SEMANAS 
 
 
Fisiopatologia: 
Por que após 20 semanas? 
Normal: ocorrem ondas de invasão trofoblástica diminuindo a PA 
✓ 1ª onda: 6-12 semanas 
✓ 2ª onda: 16-22 semanas 
NA PRÉ-ECLÂMPSIA OCORRE A AUSÊNCIA DA 2ª ONDA → isquemia placentária → 
lesão endotelial → ↑ação de vasopressores, ↑tromboxano A2, ↓prostaciclina, 
↓óxido nítrico → vasoconstrição → espasmo arteriolar e aumento de permeabilidade 
vascular com edema. 
Outras teorias... 
 
- MÁ PLACENTAÇÃO: resposta imune deficiente aos antígenos paternos 
- ESTRESSE OXIDATIVO: produção de radicais livres por hipóxia 
- SUSCETILIDADE GENÉTICA: polimorfismos genéticos 
 
Fatores de Risco: 
“EXPOSIÇÃO PELA 1ª VEZ (nulípara) ou EXCESSIVA ÀS VILOSIDADES” (gemelar, mola) 
 
- Risco ALTO: história pregressa de pré-eclâmpsia, obesidade, HAS crônica, DM1 e 2, 
doença renal, doenças autoimunes (LES, SAAF), tratamento de reprodução assistida, 
gestação múltipla 
- Risco MODERADO: gravidez prévia com eventos adversos (DPP, prematuridade e 
baixo peso ao nascer > 37 semanas), história familiar de pré-eclâmpsia (mãe e irmã), 
nuliparidade, idade materna > 35 anos, intervalo interpartal 300MG/24H 
✓ ELEVAÇÃO DE ÁCIDO ÚRICO (!) 
 
FÍGADO 
✓ Necrose periportal hemorrágica + lesões isquêmicas 
✓ ELEVAÇÃO DE TRANSMINASES + TROMBOCITOPENIA + HEMÓLISE 
✓ SÍNDROME HELLP (↑transaminases + hemólise + ↓plaquetas) 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR/HEMATOLÓGICO 
✓ ↑Permeabilidade vascular e EDEMA 
✓ ↓Volume plasmático e hemoconcentração 
✓ Vasoconstrição 
✓ Trombocitopenia e hemólise microangiopática (HELLP) 
 
 
 
ENDÓCRINAS 
✓ ↓Secreção de renina 
✓ ↑Resposta vascular aos agentes vasopressores (pequenas doses são 
suficientes) 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
✓ Formação de trombos plaquetários + vasoespasmo 
✓ Hemorragia ou edema cerebral 
✓ CEFALEIA/TURVAÇÃO VISUAL/ESCOTOMAS 
✓ CONVULSÃO → “fim da linha” = eclâmpsia 
 
UTEROPLACENTÁRIAS 
✓ Resistência vascular no leito placentário 
✓ Infartos placentários 
✓ CIUR/↑mortalidade perinatal 
 
 
Classificação: 
- PRECOCE: 34 semanas 
 
Prevenção: 
- Apenas em pacientes de ALTO RISCO! 
✓ PE em gestação anterior 
✓ Lúpus, SAF, nefropatias 
✓ DM1 ou DM2 
✓ HAS 
✓ Gestação múltipla 
(*) Suspender AAS se desenvolver a pré-eclâmpsia 
Diagnóstico: 
 
 
 
 
 
 
 
Pode ser pré-eclâmpsia sem proteinúria? 
APENAS SE: 
- PA > 140 x 90 após 20 semanas + 1 
✓ Plaquetopenia ( 600 
✓ CIVD 
✓ TGO ou TGP ↑2x 
✓ Cr > 1,1 
✓ Edema agudo de pulmão 
✓ Sintomas cerebrais ou visuais 
 
ATENÇÃO! Pré-eclâmpsia com menos de 20 semanas = PENSAR EM MOLA! 
 
ATENÇÃO! Se HAS > 20 semanas SEM proteinúria e SEM as alterações citadas 
acima: HAS gestacional! 
 
Eclâmpsia 
 
- Pré-eclâmpsia + CRISE CONVULSIVA 
 
Pré-eclâmpsia Sobreposta 
 
- Pré-eclâmpsia + HIPERTENSÃO CRÔNICA 
- Consiste em uma piora da hipertensão + piora e/ou surgimento de proteinúria. 
Não há ponto de corte específico! 
 
Hipertensão Gestacional 
 
- PA > 140 x 90 SEM PROTEINÚRIA > 300mg/dia > 20 SEMANAS 
- NORMALIZA ATÉ 12 SEMANAS APÓS PARTO 
 
HAS Crônica 
 
- PA > 140 x 90 SEM PROTEINÚRIA > 300mg/dia 160 OU PAD > 110 
(2) EAP, cianose, dor torácica 
(3) Oligúria ( 1,2mg/dl 
OBS: proteinúria e CIUR não são critérios de gravidade! 
 
(4) HELLP (pode ocorrer mesmo sem pré-eclâmpsia) 
✓ HEMÓLISE: LDH > 600, ESQUIZÓCITO NO ESFREGAÇO (“células em 
capacete”), BT > 1,2, HAPTOGLOBINA 70 
✓ TROMBOCITOPENIA: PLAQUETASESCOTOMAS, TURVAÇÃO 
VISUAL, DIPLOPIA, EPIGASTRALGIA OU DOR EM BARRA EM HD, 
HIPERREFLEXIA 
 
 
Biomarcadores no Diagnóstico: 
- PLGF ISOLADO e RAZÃO S-FLT1/PLGF 
▪ Ajudam no diagnóstico em casos SUSPEITOS 
▪ Alteram-se antes dos exames clássicos 
▪ Não devem ser feitos para confirmar o diagnóstico de PE se outros exames já 
estiverem alterados 
▪ Não definem conduta obstétrica 
▪ Não precisam ser usados em gestantes sem suspeita clínica de PE 
✓ Razão 85 ( 110 (> 34 sem): fortemente suspeito de PE 
✓ PLGF isolado > 110: diagnóstico de PE 
 
 
Conduta: 
 
PRÉ-ECLÂMPSIA SEM SINAIS DE GRAVIDADE (“LEVE”) E HIPERTENSÃO 
GESTACIONAL 
 
- TERMO = PARTO 
- PRÉ-TERMO = EXPECTANTE ATÉ O TERMO, conforme condições maternas e fetais → 
pesquisar sinais de gravidade e avaliar o bem-estar fetal (CTG/PBF/Doppler...); 
 
NÃO FAZER ANTI-HIPERTENSIVO OU SULFATO DE MAGNÉSIO PARA PRÉ-
ECLÂMPSIA SEM SINAIS DE GRAVIDADE! 
 
PRÉ-ECLÂMPSIA COM SINAIS DE GRAVIDADE (“GRAVE”) 
 
 
(1) ANTI-HIPERTENSIVOS 
 
- EVITAR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL! 
- Não precisa: se PA 34 semanas, deterioração clínica materna ou fetal, lesão de órgão alvo, 
eclâmpsia, HELLP*: PARTO APÓS ESTABILIZAÇÃO CLÍNICA 
 
 
(*) Na síndrome HELLP, a corticoterapia pode ser tentada para maturação pulmonar 
antes do parto; o uso de corticoide em altas doses é controverso. 
 
E a via de parto? PREFERENCIALMENTE VAGINAL! Avaliar sempre as condições 
maternas (gravidade, BISHOP) e fetais (SFA) = nesses casos, CONSIDERAR CESARIANA! 
 
 
Prevenção de Eclampsia e Tratamento das Convulsões: 
 
 
FAZER EM TODA PE COM SINAIS DE: 
GRAVIDADE/IMINÊNCIA/ECLAMPSIA/HELLP E HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL 
CONTROLE, MESMO ASSINTOMÁTICA! 
 
 
- Droga de escolha: SULFATO DE MAGNÉSIO (ataque + manutenção) 
É SUPERIOR a qualquer benzodiazepínico nesse contexto! 
 
Pritchard 
- A: 4g IV + 10g IM 
- M: 5g IM 4/4h 
 
Zuspan 
- A: 4g IV 
- M: 1-2g/h IV BI 
 
Sibai 
- A: 6g IV 
- M: 2-3g/h IV BI 
 
Parâmetros Avaliados → RISCO DE INTOXICAÇÃO POR SULFATO DE 
MAGNÉSIO: 3 R’s! 
 
✓ REFLEXOS PROFUNDOS AUSENTE → tem que suspender 
✓ RESPIRAÇÃO (FR 35 anos 
- Multigesta 
- HAS em qualquer semana 
- Proteinúria ( 100mg/24h 
- Ácido úrico aumentado 
- PA persiste alta mesmo após o 
parto 
- Fundoscopia: lesões crônicas 
- 35 anos 
- Primigesta 
- HAS após 20 semanas 
- Proteinúria (> 300mg/24h) após 20 
semanas 
- Calciúria 35 ANOS 
- IMC > 25 
- HISTÓRIA DE DMG 
- HISTÓRIA FAMILIAR DE DM 
- MACROSSOMIA, POLIDRAMNIA 
- HAS, SOP 
 
 
Classificação de Priscila White: 
Relação com o PROGNÓSTICO GESTACIONAL 
 
GESTACIONAL 
A1 DM gestacional que não usou insulina 
A2 DM gestacional que usou insulina 
PRÉ-GESTACIONAL 
B 20 anos ou retinopatia ou HAS 
F Nefropatia 
R Retinopatia maligna 
H Coronariopatia 
T Transplante renal 
 
 
Complicações: 
- GESTACIONAIS: abortamento, morte fetal tardia, polidramnia, pré-eclâmpsia 
- FETAIS: anomalias congênitas, macrossomia, distocia de espáduas, CIUR, sofrimento fetal, 
prematuridade 
- NEONATAIS: síndrome da angústia respiratória, hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia, 
hiperbilirrubinemia 
 
 
- Abortamento 
- Malformações 
▪ Regressão caudal = mais específica 
▪ Malformação cardíaca = mais comum 
 
 
SÓ DM PRÉVIO! 
 
- Macrossomia 
- Polidramnia 
- Pré-eclâmpsia 
- Prematuridade 
- Morte súbita 
 
 
 
TODOS OS DM! 
 
- MACROSSOMIA (efeito GH símile da insulina no feto), DISTÓCIA DE ESPÁDUAS*, 
SFA, POLIDRAMNIA (por diurese osmótica devido ao excesso de glicose) e 
MALFORMAÇÃO FETAL são as principais! 
 
Obs: a SÍNDROME DA REGRESSÃO 
CAUDAL é a malformação mais específica 
(mas não é a mais sensível) → mais comum 
de ocorrer em gestantes com DM PRÉVIO! 
 
NÃO ESQUEÇA! DM gestacional não faz 
malformação (já passou do momento da 
morfogênese) 
 
 
(*) DISTÓCIA DE ESPÁDUAS 
- 1ª conduta: CHAMAR AJUDA! 
 
- Manobras: MCROBERTS + PRESSÃO SUPRAPÚBICA/RUBIN I (foto abaixo). 
Segunda linha: WOODS/RUBIN II, JACQUEMIER, GASKIN, ZAVANELLI 
 
- Não fazer: KRISTELLER, TRAÇÃO CERVICAL 
 
Diagnóstico: 
→ IADPSG/ADA/OMS/MS 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
- OMS e MS NÃO CONSIDERAM HB GLICADA 
 
DETALHE DO PROTOCOLO DO MS 
 
- GJ > 126 EM QUALQUER MOMENTO DA GESTAÇÃO: DM PRÉVIO 
 
- TOTG > 200 EM QUALQUER MOMENTO DA GESTAÇÃO: DM PRÉVIO 
 
- SE PRÉ-NATAL COMEÇAR ENTRE 20-28 SEMANAS: INICIAR O PROTOCOLO 
COM TOTG75G ENTRE 24-28 SEMANAS 
 
- SE PRÉ-NATAL COMEÇAR APÓS 28 SEMANAS: TOTG IMEDIATAMENTE 
 
- Se não houver disponibilidade técnica ou financeira para TOTG: GJ entre 24-
28 semanas 
 
Glicemia de Jejum 
(1ª consulta de pré•natal) 
Entre 92•125 
(confirmada) 
Menor que 
92 
> 126 ou 
HbA1C > 6,5% ou 
TOTG > 200 ou 
Randômica > 200 
DG 
(menos ADA) 
TOTG 24•28 
semanas 
DM 
pré•gestacio
nal 
GJ > 92 ou G1h > 180 ou G2h > 153 = DG 
Imagem: Advanced Practice Strategies 
15
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ E GEMELARIDADE 
Se faz uso de MEDICAÇÃO VIA 
ORAL ANTIDIABÉTICA, acrescentar 
pré-almoço e pré-jantar 
 
PARTICULARIDADES EXAMES X PROTOCOLOS 
 
GLICEMIA DE JEJUM (IADPSG/OMS/MS): 
✓ Diagnóstico de DG (92-125mg/dl) 
✓ Diagnóstico de DM prévio (> 126mg/dl) 
 
HEMOGLOBINA GLICADA (IADPSG/ADA): 
✓ Diagnóstico de DM prévio (> 6,5%) 
 
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL A GLICOSE 50G 
✓ Rastreamento de DG (ADA 2006, ACOG) 
 
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL AGLICOSE 75G 
✓ Diagnóstico de DG e DM prévio (IADPSG/ADA/OMS/MS) (!) 
 
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL A GLICOSE 100G 
✓ Diagnóstico de DG (ADA 2006, ACOG) 
 
 
Controle Glicêmico PRÉ-CONCEPCIONAL 
- Reduz o risco de abortamento e malformações 
- Manter hemoglobina glicada 30) 
 
 
Até 60% das gestantes conseguem o controle glicêmico somente com MEV! 
Manter por pelo menos 2 semanas e depois avaliar a resposta com perfil 
glicêmico! 
 
 
- Perfil glicêmico: JEJUM, PÓS-CAFÉ, PÓS-ALMOÇO, PÓS-JANTAR. Alvos: 
✓ Jejum: 100U) ou quando o a paciente não 
tolera a insulinoterapia. 
 
 
 
→ DM Prévio: 
- Antidiabéticos orais: SÓ METFORMINA E EXCEPCIONALMENTE! 
 
- Se já usava insulina: 
✓ 1º trimestre/pós-parto: geralmente se DIMINUI A DOSE (paciente não 
come, tem náuseas, vômitos) 
✓ 2º/3º trimestre: geralmente se AUMENTA A DOSE (aumento da produção 
de lactogênio placentário na 2ª metade) 
✓ 
 
ATENÇÃO! Se começar a fazer hipoglicemia no 3º trimestre: pensar em 
INSUFICIÊNCIA PLACENTÁRIA! 
 
 
E o parto? 
- A VIA É OBSTÉTRICA! Se peso 4-4,5kg: considerar CESARIANA 
▪ Se tratamento com dieta: aguardar até 39-40 semanas 
▪ Se tratamento com insulina: antecipação com 38-39 semanas 
 
 
 
 
 
E o pós-parto? 
- DM1 
✓ RETORNAR À DOSE DE ANTES DA GESTAÇÃO OU ½ DA DOSE DO FIM 
DA GRAVIDEZ 
- DM2: 
✓ INSULINA METADE DA DOSE DO FINAL DA GRAVIDEZ OU 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
 
- DM GESTACIONAL: 
✓ SUSPENDER INSULINA E DIETA NORMAL 
 
3. GEMELARIDADE 
 
Classificação: 
 
 
Número de ovos fertilizados/Zigotia 
 
- MONOZIGÓTICA: um óvulo fecundado (gêmeos idênticos). 
- DIZIGÓTICA: dois óvulos fecundados 
 
Número de placentas/Corionicidade 
 
- MONOCORIÔNICA: uma placenta (> risco). 
- DICORIÔNICA: placentas diferentes 
 
Obs: se a banca citar “dois sacos gestacionais” ou “sexo diferente”, trata-se de 
gestação gemelar dicoriônica! 
 
Número de cavidades amnióticas/Amniocidade 
 
- MONOAMNIÓTICA: uma cavidade. 
- DIAMNIÓTICA: cavidades diferentes 
 
 
 
 
Imagem: fetalmed.net 
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Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ E GEMELARIDADE 
 
Fatores de Risco: 
- HISTÓRIA FAMILIAR, RAÇA NEGRA, IDADE (ATÉ 37 ANOS), MULTIPARIDADE → 
gêmeos DIZIGÓTICOS 
 
- TÉCNICAS DE FERTILIZAÇÃO, INDUÇÃO DA OVULAÇÃO, REPRODUÇÃO 
ASSISTIDA → gêmeos MONO e DIZIGÓTICOS 
 
 
Diagnóstico: 
 
- USG = identifica CORIONICIDADE e AMNIOCIDADE! 
 
E a zigotia? 
- DIZIGÓTICO: se sexo discordante e placenta dicoriônica 
- MONOZIGÓTICO: se placenta monocoriônica 
 
O que define a corionicidade e a amniocidade? 
 
- SE DIZIGÓTICA: SEMPRE DICORIÔNICA E DIAMNIÓTICA (2/3 dos casos) 
 
- SE MONOZIGÓTICA: DEPENDE do momento da divisão do zigoto! (1/3) 
 
✓ Até 72h: dicoriônica e diamniótica (30%) 
✓ Entre 4º-8º dia: monocoriônica diamniótica (70%) +complica! 
✓ Entre 8º-12º dia: monocoriônica monoamniótica ( 8 no receptor) 
Então... 
 
- Feto DOADOR: PALIDEZ, OLIGODRAMNIA, HIPOVOLEMIA, CIUR 
- Feto RECEPTOR: POLIDRAMNIA, HIPERVOLEMIA, HIDROPSIA, POLIÚRIA 
 
Achado mais importante: DISCREPÂNCIA DOS BOLSÕES AMNIÓTICOS. Ou seja, 
os critérios mais importantes para definirmos a síndrome de transfusão feto-
fetal é a OLIGODRAMNIA do doador e a POLIDRAMNIA do receptor! 
 
Tratamento: 
- AMNIOCENTESE SERIADA (casos + leves) ou 
- FOTOCOAGULAÇÃO COM LASER (casos + graves) 
 
Momento do parto: 
- Dicoriônica: 38 semanas 
- Monocoriônica diamniótica: 36 semanas 
- Monocoriônica monoamniótica: 32-34 semanas 
 
E a via de parto? DEPENDE DA APRESENTAÇÃO E DO PESO FETAL! 
 
- Cefálico/Cefálico: VAGINAL 
 
- 1º feto não cefálico: CESARIANA 
 
- 1º Cefálico/2º Não-cefálico e ≠peso 20-25%: CESARIANA 
 
 
 
Imagem: clinicafmfla.com.br 
Imagem: gestarcmf.com.br 
Imagem: fetalmed.net 
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Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ E GEMELARIDADE 
 
4. DOENÇAS DA TIREOIDE 
 
Hipotireoidismo 
 
Fisiologia: 
- QUEDA DO TSH NO INÍCIO DA GRAVIDEZ 
O TSH se comparta de forma SEMELHANTE AO HCG PLACENTÁRIO! O T4 livre, por sua 
vez, tente a se manter normal. 
- AUMENTO DE TBG, T4 E T3 TOTAIS 
Perceba que são as formas totais! As formas livres permanecem iguais! 
 
Conceitos: 
- A causa mais comum é a TIREOIDIDE DE HASHIMOTO 
- Possui algumas complicações associadas à gestação... 
▪ Abortamento 
▪ Pré-eclâmpsia 
▪ DPP 
▪ Prematuridade 
▪ DÉFICIT COGNITIVO: as primeiras semanas fetais PRECISAM do eixo 
tireoidiano da gestante normal, pois sua tireoide não está bem formada. 
Existe uma polêmica na literatura se o HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO é 
capaz de gerar déficit cognitivo. De qualquer forma, o MS e a FEBRASGO, 
pode exemplo, recomenda o tratamento. 
 
Diagnóstico: 
- CLÍNICA + LABORATÓRIO (TSH, T4 livre e anti-TPO) 
Os achados clínicos da gestação podem confundir no diagnóstico e por isso os exames 
complementares são importantes! 
 
 
Tratamento: 
- LEVOTIROXINA 
▪ ALVO: manter TSH- Qualquer uma das abaixo confere pior prognóstico a gestante! 
▪ Atividade da doença na concepção 
▪ História de nefrite 
▪ Presença de SAF 
▪ Pré-eclâmpsia 
▪ Presença de anti-RO/anti-LA 
 
Lúpus Neonatal 
- Muito relacionado ao BAV CONGÊNITO 
▪ Pode ser de qualquer grau! 
▪ Ocorre em 3% das gestantes portadoras de anti-RO 
▪ BETAMETASONA: reduz a inflamação, pode ser utilizado principalmente 
se for BAV de 2º grau, para evitar a progressão para o de 3º) 
▪ MARCA-PASSO PÓS-PARTO: é o tratamento definitivo. 
 
Lúpus Cutâneo Neonatal 
- O neonato apresenta características clínicas semelhantes à mãe! 
▪ Rash malar, fotossensibilidade... 
▪ Trombocitopenia e leucopenia... 
 
Entenda! Ninguém nasce com lúpus! Isso foi apenas o anti-RO que passou pela 
placenta e gerou essas manifestações! Aproximadamente 3 meses depois, o baço da 
criança “expulsa” o anti-RO. 
 
- Aqui, portanto, o quadro é AUTOLIMITADO! 
 
Ativação do Lúpus na Gravidez 
Quando pensar? 
▪ QUEDA DO COMPLEMENTO (C3, C4, CH50) → a gravidez tende a aumentar 
o complemento! Então, mesmo com complemento normal, não 
podemos excluir atividade/ativação de doença! 
▪ ANTI-DNA POSITIVO 
▪ HEMATÚRIA DISMÓRFICA 
▪ AUSÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL → lembre que hipertensão + 
proteinúria após 20 semanas = pré-eclâmpsia. Se a gestante tiver 
somente proteinúria, o lúpus pode ser o culpado. Tem que ficar atento! 
 
Tratamento: 
- HIDROXICLOROQUINA! 
Deve ser mantida! E, se não faz uso, tem que começar a usar! Vários trabalhos 
comprovam a redução da atividade da doença, redução da pré-eclâmpsia e redução 
do risco de CIUR na gestante! 
- CORTICOIDE (PREDNISONA) 
Pode usar “à vontade”. Prednisona e Metilprednisolona não atravessam a placenta, 
diferente de Betametasona e Dexametasona. 
- AZATIOPRINA 
É o imunossupressor escolhido para as formas graves da doença! 
 
- NÃO PODE: CICLOFOSFAMIDA, MICOFENOLATO 
 
SAF 
 
É a que mais costuma cair em prova! Já vimos no resumo de abortamento! 
 
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Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ E GEMELARIDADE 
 
6. CARDIOPATIAS 
 
Conceitos: 
- A forma mais frequente é LESÃO REUMÁTICA 
- Risco de DESCOMPENSAÇÃO é PROGRESSIVO ao longo da gravidez, por conta 
da sobrecarga de volume 
 
Fisiologia: 
- Ponta do coração fica situada no 4º EIC 
- Bulhas cardíacas que podem aparecer: 
▪ Desdobramento de B1 
▪ Acentuação de B2/B3 
▪ B4 menos audível 
- Sopro de ejeção pulmonar e sopro sistólico na ponta podem ocorrer 
Os sopros diastólicos, por sua vez, não são fisiológicos e devem ser investigados! 
 
Clínica: 
- Achados SEMELHANTES A NÃO GESTANTE: dispneia, edema MMII, etc 
 
Classificação: 
De acordo com o risco de mortalidade materna! 
 
BAIXO RISCO MÉDIO RISCO ALTO RISCO (!!) 
- Prolapso de válvula 
mitral 
- Estenose pulmonar leve 
- Arritmias 
- Tetralogia de Fallot 
corrigida 
- Defeito de septo atrial 
ou ventricular 
- Estenose aórtica 
- Estenose mitral leve 
- Prótese metálica 
- Cardiopatia congênita 
com repercussão 
- Coarctação de aorta 
- HA pulmonar 
- Síndrome de Marfan (aorta 
 1-1,2cm² 
▪ ESTENOSE AÓRTICA: considerar intervenção se área 200.000 ou 
✓ ALT > 2x limite superior da normalidade 
▪ NÃO SUSPENDER APÓS A GRAVIDEZ! Encaminhar ao especialista, pois 
há relatos de piora da doença após a suspensão! 
 
 
Manejo no Parto/Puerpério: 
- VIA DE PARTO OBSTÉTRICA + AMAMENTAÇÃO LIBERADA! 
 
Manejo no RN: 
- VACINAR ainda na SALA DE PARTO (0, 2, 4, 6 meses) 
- SE GESTANTE HBSAG: + IMUNOGLOBULINA na sala de parto 
 
 
Hepatite C 
 
Conceitos: 
- Não possui profilaxia para transmissão vertical (rara de acontecer) 
- Não é permitido utilizar tratamento habitual na gravidez! 
- Parto via indicação obstétrica, sem contraindicação à amamentação 
 
 
Esteatose Hepática Aguda da Gestação 
 
Conceitos: 
- Acúmulo de gordura no fígado materno por DEFEITO ENZIMÁTICO NO FETO 
(DEFICIÊNCIA DE LCHAD). ↑MORTALIDADE materna e fetal. 
 
Quadro Clínico: 
- NÁUSEAS, VÔMITOS, DOR NO HCD + ICTERÍCIA NO 3º TRIMESTRE 
 
Laboratório: 
- ELEVAÇÃO DE BD, TGO/TGP, LEUCOCITOSE 
- HIPOGLICEMIA GRAVE, ↑PTT 
- HIPERURICEMIA/HIPOFIBROGENEMIA 
 
Diagnósticos Diferenciais: 
- HELLP, HEPATITES VIRAIS E HIPERÊMESE GRAVÍDICA 
Obs: a principal causa de icterícia na gestação é hepatite viral! 
LABORATÓRIO HELLP EH AGUDA 
Transaminases ↑ ↑ 
Bilirrubina indireta Direta 
Hipoglicemia Não Grave 
Hemólise Sim Não 
Plaquetopenia Sim Não 
Coagulopatia Não Sim 
 
Complicações: INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA E RENAL 
 
Tratamento: 
- PARTO! Principal causa de óbito materno: ACIDOSE 
 
Colestase Gestacional 
 
- Forma REVERSÍVEL de colestase (associação com estrogênio) 
- Surge no 3º TRIMESTRE 
- Pode complicar com MORTE SÚBITA INTRAÚTERO 
- Achados: PRURIDO (tronco, palma, planta) MAIS COMUM A NOITE é o 
principal achado. ICTERÍCIA pode ocorrer em 20-30% dos casos. 
- Diagnóstico: ↑ÁC. BILIARES (+ importante), ↑discreto de BD, TGO/TGP 
- Tratamento: ÁC. URSADESOXICÓLICO (estudos recentes questionam seu benefício 
atual) + PARTO COM 38 SEMANAS. Possui alto risco de recorrência em gestações 
futuras. 
19
 
 
Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ E GEMELARIDADE 
 
8. INFECÇÃO URINÁRIA 
 
Conceitos: 
- A gestação favorece infecções urinárias por inúmeros motivos! 
▪ Estase urinária 
▪ Aumento de produção de urina 
▪ Glicosúria 
▪ Aminoacidúria 
 
- Nesse contexto, há risco maior de: 
▪ Pielonefrite 
▪ Trabalho de parto prematuro 
▪ Amniorrexe prematura 
▪ Restrição de crescimento 
 
Diagnóstico: 
Bacteriúria Assintomática 
▪ Contagem de colônias > 105 UFC/ml 
▪ Gestante assintomática 
 
Cistite 
▪ Dor pélvica, estrangúria, disúria 
 
Pielonefrite 
▪ FEBRE, calafrios, dor lombar + sintomas urinários 
 
 
Tratamento: 
- BACTERIÚRIAASSINTOMÁTICA OU CISTITE: NITROFURANTOÍNA, AMPICILINA, 
CEFALEXINA, FOSFOMICINA + urocultura de controle 
- PIELONEFRITE: INTERNAÇÃO É OBRIGATÓRIA + CEFTRIAXONE, CEFAZOLINA OU 
CEFALOTINA, GENTAMICIN + AMPICILINA 
Tratamento por pelo menos 48h parenteral e, se 72h afebril, pode complementar por 
via ambulatorial. 
- ANTIBIOTICOTERAPIA SUPRESSIVA: indicada se UM EPISÓDIO DE PIELONEFRITE OU 
DOIS EPISÓDIOS DE CISTITE, com medicações VO em dose reduzida (exemplo: 
nitrofurantoína 100mg/noite diariamente) 
 
 
9. COVID-19 
 
Conceitos: 
- A maior parte das gestantes evolui com quadros LEVES-MODERADOS 
- Necessidade suporte ventilatório e UTI estimado em 1-5% dos casos 
- Transmissão VERTICAL É INCOMUM! 
- Transmissão pelo ALEITAMENTO É DESCONHECIDA! 
 
 
Possíveis Complicações Associadas à Gestação: 
São eventos questionáveis! Estudos estão em andamento! 
- Eventos tromboembólicos 
- Parto prematuro 
- Cesariana 
- CIUR → diante do risco é necessário USG MENSAL APÓS EPISÓDIO DE COVID-19 NA 
GESTAÇÃO. Mesmo assim, ainda não temos relatos de malformação ou abortamento 
relacionados. 
 
 
Vacinação: 
- MS RECOMENDA VACINAR GESTANTES E PUÉRPERAS 
- PFIZER E SINOVAC: PERMITIDAS, EM QUALQUER TRIMESTRE 
- ASTRAZENECA/JANSEN: CONTRAINDICADAS (relatos de SÍNDROME DE 
TROMBOSE E TROMBOCITOPENIA [TSS]) 
 
Conduta: 
- Casos LEVES: suporte clínica + avaliação fetal a partir de 28 semanas 
- SRAG: depende... 
▪ 24 semanas: “interromper se houver alteração da vitalidade fetal ou 
benefício para ventilação” 
- O MS também recomenda OSELTAMIVIR NAS PRIMEIRAS 48H DE SINTOMAS, 
pela possibilidade de infecção por H1N1. 
- PÓS-PARTO: ALEITAMENTO NORMAL, MÁSCARA, DISTÂNCIA 1,5 METROS 
ENTRE O LEITO E O BERÇO, HIGIENIZAR MÃOS E MAMAS. 
 
 
 
10. HIV X GESTAÇÃO 
 
Fatores relacionados com a transmissão vertical: 
- VIRAIS (carga viral indetectável praticamente anula a chance de transmissão) 
- MATERNOS (outras IST concomitantes aumentam chance de transmissão) 
- COMPORTAMENTAIS (má adesão ao tratamento/múltiplos parceiros) 
- OBSTÉTRICOS (bolsa rota prolongada aumenta chance de transmissão e cesariana 
reduz) 
- RECÉM-NASCIDO (prematuridade) 
- ALEITAMENTO (uma das formas de transmissão) 
Rastreamento: 
- Quando realizar testagem para HIV? 
▪ PRÉ-NATAL: 1ª consulta (idealmente no 1º trimestre) e início do 3º 
trimestre (28ª semana). Se positivo: acrescentar genotipagem e 
iniciar TARV. 
▪ MATERNIDADE: momento do parto 
▪ Sempre que houver história de EXPOSIÇÃO DE RISCO/VIOLÊNCIA 
SEXUAL 
Exames Laboratoriais Específicos: 
- Quando solicitar? 
▪ CD4: 1º trimestre e 34ª semana 
▪ CARGA VIRAL: 1º trimestre e 34ª semana, 4 semanas após troca de 
TARV 
▪ GENOTIPAGEM: antes do início da TARV, em uso de TARV com CV 
detectável 
Outros Laboratoriais Importantes: 
- Anti-HAV/HCV 
- Colpocitologia oncótica (CD4 1.000 CÓPIAS/ML: CESARIANA ELETIVA (38ª 
SEMANA) + AZT IV NO PARTO (até 4cm de dilatação ainda se encaixa 
para cesariana eletiva) 
▪ SE 34 semanas 
Lesão de órgão-alvo 
Eclâmpsia 
Síndrome HELLP 
DIABETES 
Principal hormônio na fisiopatologia Lactogênio placentário 
Resultado desse hormônio Resistência insulínica 
Valores do TOTG75g 92-180-153 
Base do tratamento Dieta + exercícios 
Se não funcionar? Insulina 
Complicações só do DM prévio 
Aborto 
Malformações 
GEMELARIDADE 
Parâmetro mais importante Corionicidade 
Alguns fatores de risco 
Reprodução assistida 
História familiar 
Tipo de gestação quando dividida entre 
4º-8º dia 
Monocoriônica 
Diamniótica 
Sinal do Lambda Dicoriônica 
Principal complicação monocoriônica Síndrome de transfusão feto-fetal 
Tratamento 
Laser 
Amniodrenagem 
HIPOTIREOIDISMO/HASHIMOTO 
Achado + relevante de prova Déficit cognitivo 
TSH Manter 4, independente de anti-TPO 
TSH > 2,5 com anti-TPO positivo 
CARDIOPATIAS 
Principal Sequela Reumática 
Alto Risco Pode interromper gestação 
Lesões regurgitantes Sem complicações 
Lesões estenóticas Com complicações 
Se parto prematuro Atosiban! 
LÚPUS 
Principal complicação em prova BAV congênito 
Lúpus cutâneo (autolimitado) 
Não pode Ciclofosfamida, Micofenolato 
HEPATITE B 
Tenofovir 28-32 semanas, se: 
- HBeAg positivo ou 
- Carga viral > 200.000 ou 
- ALT > 2x limite superior da normalidade 
 
 
 
 
 
 
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Resumos - Abordagem Sindrômica (2025) 
VITALIDADE FETAL E PUERPÉRIO 
1. SOFRIMENTO FETAL 
 
✓ AGUDO 
▪ Perda súbita de oxigênio 
▪ Principalmente durante trabalho de parto 
 
✓ CRÔNICO 
▪ Perda progressiva de oxigênio 
▪ Principalmente em pré-natal de alto risco 
 
Sofrimento Fetal Agudo 
 
Fisiopatologia: 
- Associada ao TRABALHO DE PARTO! 
- Ocorre hipóxia, acidose e hipercapnia 
- Fatores relacionados: PAM materna e resistência dos vasos uterinos 
 
Causas: 
- HIPERATIVIDADE UTERINA 
- HIPOTENSÃO MATERNA 
- GESTAÇÃO DE ALTO RISCO 
- ACIDENTES COM O CORDÃO UMBILICAL 
- PARTO PROLONGADO 
- AMNIORREXE PREMATURA 
 
Diagnóstico: 
(1) MOVIMENTAÇÃO FETAL: 
- Anormal: menos de 5-10x em 1 hora 
- Influenciado por sono, drogas, hipóxia 
- Fácil, sem custo 
 
(2) MICROANÁLISE DE SANGUE FETAL: 
- pH a partir de microgota de sangue 
▪ > 7,25: normal 
▪ 7,2-7,25: repetir em 30 minutos 
▪

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