Buscar

Fontes do Direito, Jurisprudencia e Doutrina


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DE UBERABA
MAYKON EDUARDO MENDES
FONTES DO DIREITO
JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA
 UBERLÂNDIA
 2015
MAYKON EDUARDO MENDES – RA: 5135086
FONTES DO DIREITO
JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA
Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba, como parte das exigências da disciplina de Teoria do Direito do 1° semestre do Curso de Direito. 
Professor: Adelino Carvalho.
 UBERLÂNDIA
 2015
Resumo
O presente trabalho visa analisar o tema “Fontes do Direito” no que concerne às fontes jurisprudência e doutrina. Sendo assim, tem-se como objetivo primordial o entendimento de tais termos jurídicos, realizando assim um estudo teórico acerca dos mesmos, e analisando um caso concreto. A problemática deste trabalho consiste em compreender as diversas acepções acerca de Jurisprudência e Doutrina com a finalidade de estudar o caso de Jurisprudência apresentado realizando assim, um comparativo e definindo de forma mais clara e objetiva as características de cada fonte do Direito. 
Palavra-chave: Fontes do direito, Jurisprudência, Acordãos, Súmulas. 
 INTRODUÇÃO
O surgimento da jurisprudência se deu no Direito Inglês conhecido por “Common Law”, neste o seu papel é muito fundamental, tendo em vista que em tal sistema jurídico a mesma é Fonte primária.
A Jurisprudência é uma fonte do direito que é realizado usando o direito comparado a partir de diferentes perspectivas: “common law” (direito costumeiro) e “civil law” (direito legislado).
Se analisarmos o sistema de direito aplicado no Brasil teremos uma visão diferenciada, fazendo uma paráfrase sobre o que leciona Montoro (2010) que a Jurisprudência não se confunde com sentença, pois essa é uma decisão individualizada, aplicável a um caso concreto. Enquanto a jurisprudência, como fonte do direito, constitui uma norma geral, aplicável a todos os casos idênticos.
Já quando falamos em doutrina que é o segundo tema abordado nesse trabalho, lembramos que a doutrina jurídica teve início na Roma antiga quando os jurisconsultos clássicos foram libertados e que respondeu algumas questões as quais os juízes da época não respondiam com exatidão. Então foi resolvido que as sentenças dos jurisconsultos teriam força de lei caso fossem uniformes, assim se transformando em uma grande fonte do direito.
Nos dias de hoje, grande parte dos autores não aprecia como fonte direta do direito vigente, mas consideram que a doutrina atua de uma forma alternativa ajudando na composição do direito, seja na acepção do Direito ou ajudando a orientar e reformular no âmbito legislativo.
2. JURISPRUDÊNCIA
Entende-se que Jurisprudência é o entendimento, interpretação e aplicação de uma decisão a um determinado assunto que não consta na legislação, em algumas vezes por influência de casos semelhantes. Não são decisões individuais de casos heterogêneos, a mesma não se confunde com costume, pois costume é a criação do senso-comum em uma sociedade, já a jurisprudência é originada apenas de juízes e tribunais. A jurisprudência se assemelha a leis ao que diz respeito a definir normas de conduta visando a organização social, mas ao contrário da lei que é geral e abstrata, a jurisprudência é especifica e flexível a cada caso concreto. Com relação a sua importância, Montoro afirma que (2009, p.405) “(...) aos julgados uniformes dos Tribunais, é incontestável que de fato eles atuam como norma aplicável aos demais casos, enquanto não houver nova lei ou modificação na jurisprudência. ”
No que concerne ao termo jurisprudência, este pode ser compreendido por duas acepções distintas: em sentido estrito, como Ciência do Direito e; em sentido amplo ela pode ser entendida, de acordo com Machado (2004, p.76) o “entendimento ou diretiva resultante de decisões reiteradas dos tribunais sobre um determinado assunto. ” Nesse caso, a jurisprudência que será tratada neste trabalho será considerada pelo sentido amplo, em outras palavras considerar-se-á a jurisprudência como fonte do direito, tendo em vista que os precedentes desta “são sempre uma orientação para os tribunais que neles se fundamentam para decidir os casos idênticos. ” (MACHADO, 2004, p.76 e 77) 
De acordo com Sílvio de Salvo Venosa (2010), jurisprudência pode ser entendida também como um conjunto de diversas decisões, sendo que estas devem ser uniformes, ou seja, tais decisões devem ser as mesmas para um determinado caso.
A jurisprudência exerce um papel fundamental no sistema de Common Law, tendo em vista que nesse sistema, a citada fonte do direito é fonte primária. Já no Brasil, o sistema aplicado é o Romano Germânico, tendo assim, a jurisprudência apenas como fonte secundária.
Se analisarmos o sistema de direito aplicado no Brasil teremos uma visão diferenciada.
Jurisprudência não se confunde com sentença, pois essa é uma decisão individualizada, aplicável a um caso concreto. Enquanto a jurisprudência, como fonte do direito, constitui uma norma geral, aplicável a todos os casos idênticos. (MONTORO, 2010, p.402)
 
A lei com o passar do tempo envelhece, fica desatualizada, então cabe à “ciência do Direito” e aos tribunais acharem novas formas de se aplicar a legislação. Nesse sentido, Venosa (2010, p. 128) preceitua que “é papel da jurisprudência atualizar o entendimento da lei, abrir horizontes, dando-lhe uma interpretação atual que atenda às necessidades do momento dos fatos. ”
Súmula e Acórdão
O sistema judiciário brasileiro é responsável pela aplicação das normas, sendo assim, este não é responsável pela elaboração, portanto, cabe aos tribunais federais a elaboração de súmulas que são verbetes editados depois de reiteradas decisões dos tribunais, assim podemos dizer que é a unificação de decisões reiteradas de casos semelhantes. Em outra vertente o acórdão é a decisão dada em recurso ou processo, por um colegiado de juízes, ministros ou desembargadores, em tribunais superiores ou de segunda instância.
Súmula Vinculante
É um tipo especial de súmula que também vincula tribunais inferiores, no Judiciário e órgãos da Administração Pública, os quais ficam restritos a decidirem de modo diverso ao que constam na súmula vinculante, sendo assim devendo seguir o sumulado.
Maria Helena Diniz (2006), afirma que súmula vinculante é aquela proferida por um Tribunal Superior depois de repetidas decisões homogêneas a respeito de um mesmo assunto, assim torna imprescindível o seu cumprimento em todos os outros órgãos do poder judiciário.
Caso de Jurisprudência 
O caso apresentado nesse trabalho é o de delação premiada que está em foco nos últimos meses devido à operação lava-jato. Ainda não se trata de uma jurisprudência formal, mas caminha para que se sumule e talvez até seja vinculante. 
A delação premiada já é prevista desde 1990, sendo esse recurso utilizado com frequência pelo STJ. Pois já se tem 2 entendimentos, que não pode ser beneficiado com dois benefícios ao mesmo tempo, seria o da delação premiada e o da confissão espontânea. É claro que a cada dia aumenta o numero de denuncias e denunciados, todos interessados em fazer um acordo e também contar com o beneficio que poder reduzir suas penas e deixa-las mais brandas. Esse exemplo contempla três acórdãos retirados de uma matéria publicada no site do STJ.
Mecanismo de investigação e obtenção de prova, a delação premiada foi introduzida no ordenamento jurídico brasileiro por meio da Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), em seu artigo 8º, parágrafo único. Posteriormente, sua aplicação também passou a ser prevista em outras normas, a exemplo da Lei 11.343/06, da Lei 12.529/11 e até mesmo do Código Penal, artigo 159, parágrafo 4º.
Somente em 2013, entretanto, com a edição da Lei 12.850, que prevê medidas de combate às organizações criminosas,foi que a delação premiada passou a ser regulada de forma mais completa, agora sob o título de colaboração premiada.
A aplicação funciona da seguinte forma, não basta só deletar e confessar sua participação, o investigado só fara uso do beneficio se suas informações forem uteis para a solução do crime.
“O instituto da delação premiada consiste em ato do acusado que, admitindo a participação no delito, fornece às autoridades informações eficazes, capazes de contribuir para a resolução do crime.” (O conceito é da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), aplicado no julgamento do HC 90.962)
O entendimento desse caso segundo o colegiado é de que não houve nenhuma informação que contribuísse eficazmente para a resolução do caso, adotando assim somente o beneficio da confissão espontânea. 
Já no caso  HC 84.609 o pronunciamento do colegiado foi de que deveria ser respeitado o emprego conjunto das vantagens da confissão espontânea e da delação premiada.
A relatora ministra Laurita Vaz, ordenou o um novo julgamento da apelação para que não fosse aplicado os dois benefícios simultaneamente.
“Ante a impossibilidade de valorar os elementos colhidos durante a fase policial, bem como aqueles obtidos durante a instrução processual, na estreita via do habeas corpus, é o caso de se determinar seja procedida nova análise do pleito pelo Tribunal de Justiça”, concluiu a ministra.
Sobre aquele julgamento o STSP entende que o deferimento dos benefícios da delação não é direito liquido e certo, mas uma decisão livre de condições do órgão julgador. O Acordão da quinta turma também reestruturou esse entendimento. Segundo o colegiado, “preenchidos os requisitos da delação premiada, sua incidência é obrigatória”.
Já no julgamento do caso HC 26.325, as instancias inferiores reconheceram uteis as informações prestadas pelo paciente indicando o local do cativeiro e denunciando os outros integrantes. Isso possibilitou a policia encontrar as vitimas libertando-as.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo, contudo, concedeu o benefício apenas a um dos réus. Como apenas este reclamou na apelação o direito aos benefícios da delação premiada, o acórdão estadual deixou de analisar a possibilidade de estender os efeitos ao outro réu colaborador.
No STJ, a decisão foi anulada em parte, a fim de que fosse proferido novo acórdão com a observância da incidência da delação premiada.
Os prêmios vão de acordo com a eficiência da delação, podendo assim ser a diminuição da pena ou a extinção da mesma e perdão total.
De acordo com a Lei 12.850 instrui que o juiz deve avaliar melhor “a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração”.
Independente da decisão do Magistrado, a mesma devera ser fundamentada.
Se o delator se arrepender, isso é um direito que lhe cabe, mas também ira perder todos os benefícios, pois o Juiz não poderá valer dessas informações para fundamentar e dar uma sentença.
Segundo o artigo 7º da Lei 12.850, “o acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso assim que recebida a denúncia”. Ou seja, o contraditório e a ampla defesa só serão exercidos depois de concluídas as diligências decorrentes das informações obtidas com a colaboração premiada.
A Lei 12.850 também estabelece de forma expressa que “nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador”. Ou seja, as informações procedentes da colaboração premiada precisam ser confirmadas por outros elementos de prova – a chamada prova de corroboração.
Doutrina
De acordo com Anderson Rosa Vaz (2008), doutrina nada mais é do que o resultado da atividade dos juristas. Nesse sentido, o referido autor defende que:
a doutrina decorre da atividade científico-jurídica, isto é, dos estudos científicos realizados pelos juristas, na análise e sistematização das normas jurídicas, na elaboração das definições dos conceitos jurídicos, na interpretação das leis, facilitando e orientando a tarefa de aplicar o direito, e na apreciação da justiça ou conveniência dos dispositivos legais, adequando-os aos fins que o direito deve perseguir, emitindo juízos de valor sobre o conteúdo da ordem jurídica, apontando as necessidades e oportunidades das reformas jurídicas. 
Nesse contexto, alguns estudiosos acerca do assunto, não consideram a prática doutrinária como uma fonte do direito, tendo em vista que essa seria apenas um instrumento de convencimento, não tendo, portanto, nenhuma força vinculante das autoridades que decidem, ou seja, a doutrina não faz com que as decisões judiciais do poder judiciário brasileiro fiquem vinculadas à mesma. (MACHADO, 2004). Desse modo, entende-se que a prática doutrinária ajuda a compreender o direito, entretanto, não o modifica.
Maria Helena Diniz (2006) defende que a doutrina não é fonte formal do direito, mas sim, material e nesse sentido, complementa sua tese argumentando a importância da prática doutrinária na atuação dos juízes e legisladores, “Nela vislumbram uma fonte material, quer para o juiz, quando procura aplicar corretamente o direito, quer para o legislador, quando se inspira no trabalho dos juristas ao elaborar as leis.” (DINIZ, 2006, p.320)
Anderson Rosa Vaz (2008) pontua que a prática doutrinária possui uma função criptonormativa, que em suma, é “a função de orientar a conduta dos indivíduos em sociedade” (VAZ, 2008, p.252). Dessa maneira, a doutrina colabora na tarefa do judiciário no que concerne à aplicação do direito à medida que as ideias contidas na mesma têm o poder de gerar opiniões e por isso, infere-se que a doutrina contribui para a orientação de condutas dos atores sociais. (VAZ, 2008)
No que se refere à ideia de ordenamento jurídico, Vaz (2008, p.252) argumenta que:
Ademais, o art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil prevê como fonte supletiva para a pacificação do conflito social que reclame a aplicação do direito, o recurso aos princípios gerais do direito. Ora, não se pode negar que esses princípios gerais somente podem ser conhecidos graças à atividade dos doutrinadores. Aliás, somente se concebe a ideia de ordenamento jurídico por conta da sobrelinguagem utilizada pela doutrina para depurar as contradições dos textos normativos.
Segundo Venosa (2004), vê-se que a influência da doutrina está presente nos bancos da universidade à medida que esta contribui para a formação dos profissionais, dentre esses, julgadores e legisladores:
todo esse trabalho doutrinário forma uma base sólida de conhecimento para o iniciante e o versado nas letras jurídicas. A doutrina se mescla à jurisprudência para oferecer um quadro histórico e social e aponta os caminhos aos tribunais. Não se concebe profissionais do Direito no universo romanista, em qualquer campo, que não tenha sólida formação por meio de leitura dos juristas clássicos e modernos. A doutrina humaniza e suaviza os problemas sociais e jurídicos porque faz com que os compreendamos. Compreender é o primeiro passo para solucionar. (VENOSA, 2004, p.158)
	Assim, conclui-se então que a doutrina é de suma importância para a compreensão e interpretação do direito. Dessa forma, diversos acadêmicos da área jurídica defendem que a doutrina é uma fonte do direito, visto que a mesma contribui para a formação da realidade social de um Estado, disciplinando assim as relações existentes nesse.
	
REFERÊNCIAS 
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.
MACHADO, Hugo de Brito. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Editora Atlas, 2004.
MONTORO, André Franco. Introdução a ciência do Direito. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009.
VAZ, Anderson Rosa. Introdução ao Direito. Curitiba: Editora Juruá, 2008.
VENOSA, Silvio de Salvo. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
Caso de Jurisprudência. Exemplos retirados do site do STJ. Disponível em: http://www.stj.jus.br. Acesso em: 11 maio 2015.