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FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM – CAMPUS IESAM
MATEMÁTICA FINANCEIRA – SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO
BELÉM - PA
SETEMBRO/ 2015
Matemática Financeira – Sistema Financeiro Brasileiro
Desenvolvimento Histórico do Sistema Financeiro Nacional
 O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de instituições, órgãos e afins que controlam, fiscalizam e fazem as medidas que dizem respeito à circulação da moeda e de crédito dentro do país. O Brasil, em sua Constituição Federal, cita qual o intuito do sistema financeiro nacional: “O Sistema Financeiro Nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram".
 O início do Sistema Financeiro Nacional remota a chegada da Família Real ao Brasil, em meados 1808, com a criação do Branco do Brasil, pelo Rei D. João VI, com 1 mil e 200 contos de réis de capital principal. O objetivo inicial do banco consistia em viabilizar a criação de indústrias manufatureiras no Brasil, e assegurar a emissão de moeda para atender as necessidades da coroa portuguesa. Em 1833 o primeiro Banco do Brasil veio a falir, devido os grandes saques para o retorno de D. João VI a Portugal. No período anterior a este, o Brasil ainda não possuía uma moeda própria, as transações comerciais eram realizadas por exclusivamente trocas diretas entre mercadorias, onde açúcar e algodão, por exemplo, serviam como valores de referência, na forma de “moedas-mercadorias”.
 Anos mais tarde, o chamando Barão e Visconde de Mauá, criou em 1851 uma nova instituição denominada Banco do Brasil. Embora, também nascida de um lançamento público, dessa vez o Banco do Brasil renascia com um capital de 10.000 contos de réis. Esse valor era considerado elevado para a época, e o mais vultoso entre os das sociedades existentes na América Latina Não obstante, em 1853, o Banco do Brasil de Mauá fundiu-se com o Banco Comercial do Rio de Janeiro, por uma determinação legislativa liderada pelo Visconde de Itaboraí, considerado o fundador do Banco de hoje.
 As primeiras linhas de Crédito Rural do Banco do Brasil datam da década de 80 do século XIX. Até a criação do Banco Central do Brasil, o Banco do Brasil era a instituição responsável pela emissão de moeda.
 O surgimento de novas instituições financeiras ao longo do tempo contribuíram para o fortalecimento do Sistema Financeiro do Brasil: a Inspetoria Geral dos Bancos (1920), a Câmara de Compensação do Rio de Janeiro (1921) e de São Paulo (1932), dentre outros bancos e instituições privadas e as Caixas Econômicas.
 Após a segunda guerra mundial, em 1945 foi criado no Brasil a autoridade monetária “Superintendência da Moeda de Crédito”, a SUMOC , que em 1964 deu origem ao atual Banco do Brasil, através da Lei de Reforma Bancária.
 Nas décadas de 50 e 60, com a criação do Branco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDE) , do Sistema Financeiro da Habitação, do Banco Nacional da Habitação e da Conselho Monetário Nacional, o país passa por um novo ciclo econômico e o Sistema Financeiro Nacional passa a ser regulamentado através do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional (CMN), que tornam-se os principais órgãos do sistema.
 O surgimento de bancos de investimento e a facilitação dada pelo CMN às empresas para obtenção de recursos exteriores possibilitou um aumento no fluxo de capitais no país. Em 1976, é criado a Comissão de Valores Mobiliários, que facilita a obtenção de recursos pelas empresas. O Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979, passou a realizar a custódia e liquidação com títulos públicos como as Letras do Tesouro Nacional e as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional.
 Anos mais tarde, com a Constituição de 1988, a Lei de Criação de Múltiplos Bancos, surge para estruturar o Sistema Financeiro Nacional, de forma a promover o desenvolvimento e o equilíbrio do país e a servir aos interesses da coletividade. A estabilidade econômica conquistada com o Plano Real (1994), que possuiu como objetivo a estabilização e reformas econômicas, elevam o Sistema Financeiro Nacional a outro nível. Mercados, como o de previdência privada, passam a ganhar maior envergadura e exigir maior atenção. Em 1996, é criado o Comitê de Política Monetária (COPOM), ligado ao BACEN, que estabelece as diretrizes da política monetária, como a Taxa SELIC, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.
Composição do Sistema Financeiro Brasileiro
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Banco Central do Brasil (BACEN);
Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista;
Demais instituições financeiras;
Bancos de câmbio;
Outros intermediários financeiras e administradores de recursos de terceiros;
Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
Bolsas de Mercadorias e Futuros;
Bolsas de Valores.
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
Superintendência de seguros privados (Susep);
IRB-Brasil Resseguros;
Sociedades seguradoras;
Sociedades de capitalização;
Entidades abertas de previdência complementar;
Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC)
Secretaria de Previdência Complementar (SPC);
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão).
Sistema Financeiro Brasileiro em Contexto Atual
 A partir do mesmo, observa-se que o Sistema Financeiro Nacional é certamente uma das vigas mestras de sustentação da nossa economia. A posição da economia brasileira, no momento considerada a sexta maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França, não seria alcançada sem um SFN com fundamentos sólidos. Embora esta posição seja ocasional, mais em função da crise que atinge no momento o continente europeu, e a China, pode-se afirmar que, mesmo que estas economias se recuperem, não perderemos nossa posição, ainda nos piores cenários entre as quinze maiores economias do planeta, apesar da atual crise que assola nosso país.
 A reestruturação do SFN, realizada das últimas décadas, tem sido a barreira de proteção da nossa economia. Os efeitos devastadores que estão ocorrendo nos países europeus foram bastante atenuados por medidas de estímulo ao consumo no mercado interno. 
 É possível observar através dos veículos da mídia, que hoje o SFN se esforça para oferecer crédito em escala nunca experimentada no país. O consumo da “nova classe média” está mantendo a economia afastada da recessão, no entanto, por outro ângulo ocorre o endividamento progressivo da população e o desemprego atingindo maior taxa desde 2010 (8.1%).
 Apenas com estímulos maiores oriundos do governo, e novas medidas para cortes de gastos nos setores públicos e privados, aumento e estimulo do crédito, aplicações em setores específicos, é possível que lentamente nossa economia volte a se reorganizar, e o SFN cumprindo seu papel de intermediação financeira, à medida que essas mudanças vão ocorrendo.

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