Prévia do material em texto
O destinatário é o MP Discricionariedade do ministro da justiça. Vincula o MP? Mesmo raciocínio da representação, o MP verifica se há justa causa Eficácia objetiva – direciona-se aos crimes que foram praticadas Cabe retratação? 2 correntes: uma diz que sim, outra que não, esse ponto é doutrinário. Art. 145, § único Código penal e Art. 7°, § 3° Código penal. Ação penal de iniciativa privada Legitimação ativa – ofendido ou seu representante legal. Mesmas regras da ação penal pública condicionada a representação. Atenção! aqui há a necessidade de advogado Art. 32 Com poderes especiais Art. 44. Peça inicial – queixa crime Partes – querelante(ofendido) e querelado (autor do fato) Cabimento – no código penal estará escrito (somente se procede mediante queixa) Princípios – Oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade Ação penal privada: ● Exclusivamente privada ou propriamente dita (aquela do Código penal) ● Personalíssima (a morte do ofendido, leva à extinção da punibilidade do agente ● Subsidiária da pública (inércia do MP) Exclusivamente privada ou propriamente dita – é a regra geral. Ofendido, representante legal, sucessores, curador. Personalíssima – privativa do ofendido. A queixa só pode ser oferecida pelo próprio ofendido, n é possível a sucessão processual. A morte da vítima extingue a punibilidade – único exemplo: Art. 236 do código penal. Privada subsidiária da pública – somente é cabível diante da inércia do MP Art. 29 CPP Art. 5°, LIX CF de 88 Continuação da ação penal privada subsidiária da pública Faculdade do ofendido – o MP é obrigado Queixa crime substitutiva É cabível em todo e qualquer delito? Em alguns casos a vítima é a sociedade, então não é possível em todos os casos Art. 80; 82, III e IV do CDC entes que podem iniciar uma ação privada subsidiária da pública. O prazo é de 6 meses contado da inércia do MP Decadência imprópria (legitimidade concorrente) (a vítima n pode mais agir depois do prazo de 6 meses, mas o MP pode agir até a prescrição) Poderes do MP na ação penal privada subsidiária da pública, ele estará em litisconsórcio com a vítima e ele pode 1) Oficiar pela rejeição da peça acusatória 2) Repudiar a queixa – fica obrigado a oferecer denúncia substitutiva. 3) Aditar a queixa, tanto em seus aspectos formais quanto materiais. Tanto para incluir coautores ou outros fatos delituosos como para incluir circunstâncias de tempo ou de lugar: 4) Intervir em todos os termos do processo – pode interpor recurso, oferecer meios de prova etc. Pode agir como se parte principal fosse. Ação penal indireta? Em caso de inércia da vítima o MP retoma a titularidade da ação penal (ação penal indireta). Causas extintivas da punibilidade relativas à ação penal exclusivamente privada e privada personalíssima Não há na subsidiária da pública, pq o MP ta ali com a vítima Decadência = Perda do direito de agir pelo decurso do tempo previsto em lei Prazo: 6 meses a contar do conhecimento da autoria – exercício com o oferecimento da queixa (não demanda o recebimento) Oferecimento da queixa crime perante juízo incompetente interrompe a decadência. Pedido de instauração do inquérito/demora na investigação – não interrompe nem suspende o prazo decadencial. Situações peculiares quanto ao início do prazo Parágrafo único do Art. 236 – A ação penal depende de queixa do contraente e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento anule o casamento. 2 – ART. 529 do cpp. Resp. 336.553/SP Nos crimes contra a propriedade imaterial a vítima tem 30 dias após a homologação do laudo pericial para oferecer a queixa, porém isso poderia deixa o início do prazo decadencial nas mãos da vítima, e para que isso n acontece a jurisprudência defende que se não precisa de laudo – a regra é de 6 meses, precisando de laudo deve ser feito dentro do prazo decadencial de 6 meses. STF: diz que o prazo não é o da homologação do laudo, mas da ciência da homologação do laudo. Contagem do prazo em caso de sucessão processual. Sucessores tem direito ao prazo restante. Contado de quando? Se já tinham conhecimento da autoria = se o ofendido sabia do crime e, contou aos sucessores e por exemplo, morreu dois meses após o conhecimento da autoria, eles têm o prazo restante de quatro meses para oferecer a queixa. Se ainda não tinham conhecimento da autoria = Corre os 6 meses a partir de quando os sucessores tomarem conhecimento da autoria, Prazo uno em relação aos sucessores, se o cônjuge sabia, passados os 6 meses o ascendente propor a ação, vai se operar a decadência Renúncia É um ato unilateral e voluntário Desdobramento do princípio da oportunidade ou conveniência Antes do início da ação penal Só se aplica às ações exclusivamente privada e privada personalíssima Em razão do princípio da indivisibilidade a renúncia concedida a um dos coautores estende-se aos demais A renúncia não admite retratação. Pode ser expressa (art. 50) ou tácita (art. 104) O recebimento de indenização, em regra não significa renúncia tácita, exceto pelo Art. 74 da lei 9099 Perdão do ofendido, ocorre no curso da ação penal, ato voluntário, e é bilateral. Judicial ou extrajudicial, expresso ou tácito (art. 106 CPP). Só se aplica às ações exclusivamente privada e privada personalíssima Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveita a todos, sem que produza efeitos em relação ao que recusar. II – Se concedido por um dos ofendidos, n prejudica o direito dos outros. Art. 55 CPP aceitação do perdão por procurador com poderes especiais Art. 58 CPP o silêncio do querelado significa aceitação. Até qual momento se pode perdoar o querelado? Até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Perempção – se dá no curso da ação penal – inércia do querelante na prática de ato processual – perda do direito de prosseguir no exercício da ação penal exclusivamente privada ou personalíssima, em virtude da desídia do querelante. CUIDADO PARA N CONFUNDIR COM DECADÊNCIA – inércia antes do início da ação Art. 60, I – Quando iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; Precisa intimar o querelante pessoalmente? Precisa intimar pessoalmente sim. Prazo contínuo Art. 60, II – falecido o querelante, n aparecer nenhum dos sucessores em 60 dias, e aqui n precisa intimar pessoalmente. Art. 60, III – querelante deixa de comparecer sem motivo justificado a qlqr ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais A qlqr ato do processo que deva estar presente – juiz intimou e querelante n foi sem motivo justificado. Se for de conciliação, significa que ele não quer conciliar.