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SISTEMA DE ENSINO
REALIDADE ÉTNICA, 
SOCIAL, HISTÓRICA, 
GEOGRÁFICA, 
CULTURAL, POLÍTICA 
E ECONÔMICA DO 
ESTADO DE GOIÁS
Aspectos da História Social e Econômica 
do Goiás
Livro Eletrônico
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Aspectos da História Social e Econômica do Goiás
REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA 
E ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS
Cleber Monteiro
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Aspectos da História Social e Econômica do Goiás .....................................................................................4
Introdução ............................................................................................................................................................................4
Primeiras Bandeiras no Território Goiano .........................................................................................................5
Economia Goiana após a Decadência da Mineração ...................................................................................11
A Agropecuária nos Séculos XIX e XX ...............................................................................................................15
Transformações Econômicas com a Construção de Goiânia e Brasília ..........................................18
Modernização da Agricultura e Urbanização do Território Goiano. .................................................23
Resumo ...............................................................................................................................................................................29
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................30
Gabarito ..............................................................................................................................................................................48
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................49
Referências ....................................................................................................................................................................... 74
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Cleber Monteiro
ApresentAção
Olá, futuro concursado!
Como você está? Firme e forte nos estudos? Sou o professor Cleber Monteiro, graduado 
em Geografia e pós-graduado em coordenação pedagógica e supervisão escolar. Aprovado 
nos concursos da Polícia Militar do estado de São Paulo (PMSP) e Polícia Militar do estado 
de Santa Catarina (PMSC). Atualmente sou professor do Colégio Militar Dom Pedro II em Bra-
sília e ministro aulas em vários cursinhos preparatórios para carreiras militares e concursos 
públicos nas disciplinas de geopolítica, RIDE-DF, atualidades, história e geografia dos estados 
e municípios. E agora estamos juntos, na Comunidade do Professor Rafael Vale, para que você 
possa conseguir a sua tão sonhada aprovação no serviço público.
Como em todas as outras disciplinas, iremos usar estratégia para que você poupe seu 
tempo e consiga assimilar o maior número de conhecimento necessário para a sua prova. 
Ao longo desse material você encontrará dicas e lembretes que ajudarão na compreensão do 
conteúdo. Lembrem-se querido(a) candidato(a), só faz uma boa prova quem pratica constan-
temente, portanto faça o maior número de questões possíveis!
Eu e todo equipe estamos aqui para oferecer tudo o que for necessário para sua aprovação. 
Em caso de dúvidas, entre em contato pelo fórum que terei um enorme prazer em te atender. 
Espero que você goste do nosso material e faça um excelente uso dele.
Cleber Monteiro - @Profclebermonteiro
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ASPECTOS DA HISTÓRIA SOCIAL E ECONÔMICA DO 
GOIÁS
Introdução
A colonização portuguesa ocorreu como uma forma de domínio territorial, dispondo con-
tornos continentais com os processos de ocupação da terra. Os artifícios para o triunfo das 
empreitadas de expansão podem ser explicados por diversas maneiras, uma vez que Portugal 
foi um império oceânico estruturado a partir das experiências acumuladas, da diversidade de 
povos e terras em sua organicidade, e também muito pelos dispositivos de controle e sujeição 
desses povos.
A propensão inicial do império lusitano foi por criar um regime colonial litorâneo, com a 
concentração de centros povoadores nas costas do território; a coroa portuguesa depois con-
verteu essa lógica de ordenação colonial, objetivando a ampliação para o interior do território. 
Os núcleos costeiros do povoamento da colônia de Portugal detinham um aparelho econômico 
voltado para as atividades extrativistas e a pecuária, mas o protagonismo era, essencialmente, 
das práticas canavieiras.
Desse modo, a economia colonial baseava-se, principalmente, na demanda vinda de um 
mercado externo, que era abastecido por um sistema monocultor de cana-de-açúcar, pelo ex-
trativismo e, mais tarde, pelo café. A composição sistemática da economia dos primeiros sé-
culos da colônia lusitana acabava por desatender as necessidades do mercado interno e do 
abastecimento dos centros populacionais, que acolhiam as demandas da exportação.
Os traçados das campanhas de interiorização e a agropecuária voltada para o abasteci-
mento familiar, local e regional, incentivaram o processo migratório e, consequentemente, a 
ocupação e a fixação de colonos nas regiões mais interioranas, incorporando novas áreas e 
ampliando as fronteiras do território brasileiro. Foi assim que a extensão do território das terras 
portuguesas se principia, fundamentalmente, pelo esquema de bandeiras.
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FONTE: PETRONE, Pasquale. Povoamento e Colonização. In: AZEVEDO, Aroldo de (Org.). Brasil: a terra e o 
homem. A vida humana, v.II. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1970.
prImeIrAs BAndeIrAs no terrItórIo GoIAno
O início da história de Goiás ocorreu com o avanço dos bandeirantes, oriundos de São Pau-
lo, na procura por ouro, no final do século XVII e início do século XVIII. O encontro entre nativos 
indígenas, negros e os bandeirantes foi importante para a formação cultural do Estado, deixan-
do como herança diversas cidades históricas, como Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Goiás, 
antigaé licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FUNCAB/SEMARH/2010) A descoberta do ouro, no Brasil, no século XVII, ativou a cobi-
ça das autoridades que identificavam a riqueza com a posse dos metais preciosos. Por ordem 
real, na época, todos os braços disponíveis deveriam ser empregados na extração do ouro, o 
que explica:
a) os baixos impostos cobrados para a produção de produtos agrícolas.
b) os inúmeros tipos de jazidas que foram exploradas em consequência da abundância do ouro.
c) o grande número de entradas e bandeiras vindas de todo o país para Goiás.
d) a grande riqueza da cidade de Goiás ocasionada pela grande produção de ouro.
e) o pouco desenvolvimento da lavoura e da pecuária em Goiás.
002. (IBEG/SANEAGO/2013) “Vindas de São Paulo, as Bandeiras tinham como objetivo a cap-
tura de índios para o uso como mão de obra escrava na agricultura e minas. Outras expedições 
saíam do Pará, nas chamadas descidas com vistas à catequese e ao aldeamento dos índios da 
região. Ambas passavam pelo território, mas não criavam vilas permanentes, nem mantinham 
uma população em número estável na região. A ocupação, propriamente dita, só se tornou 
mais efetiva com a descoberta de ouro nessas regiões. Na época, havia sido achado ouro em 
Minas Gerais, próximo a atual cidade de Ouro Preto (1698), e em Mato Grosso, próximo a Cuia-
bá (1718). Como havia uma crença, vinda do período renascentista, que o ouro era mais abun-
dante quanto mais próximo ao Equador e no sentido leste-oeste, a busca de ouro no ‘território 
dos Goyazes’, passou a ser foco de expedições pela região.”
Disponível em: . Acesso em: 14 dez. 2013.
O trecho acima se refere ao período colonial goiano. Esta fase da história de Goiás é marcada:
a) Pela ausência de contato entre os portugueses e os indígenas.
b) Pelo hibridismo cultural, decorrente da ausência de interação entre as culturas africanas, 
europeias e indígenas.
c) Pela utilização generalizada do trabalho assalariado dos indígenas e dos africanos.
d) Pela ação dos bandeirantes que chegaram à região no período citado no texto.
e) Pela homogeneização étnica das populações que habitavam a área, assim como das que 
migraram para a região.
003. (SEPLAN/SEAP/2016) As bandeiras constituem expedições importantes no contexto do 
povoamento do nosso estado. Conforme Souza e Carneiro, 1996, “O interesse pelo metal [ouro] 
aparece nas últimas décadas do século XVII, mas, em meados do século XVI, há registros de 
bandeiras de apresamento de índios em Goiás”. Assinale a alternativa que corresponde res-
pectivamente ao nome do tipo de bandeira que visa encontrar ouro e a bandeira responsável 
por encontrá-lo na Serra dos Pirineus em Vila Boa de Goiás:
a) Bandeira de apresamento, Expedição do Anhanguera.
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b) Bandeira de Prospecção, Bandeira de apresamento.
c) Bandeira de Apresamento, Bandeira Sertanismo de Contrato.
d) Bandeira Sertanismo de Contrato, Expedição do Anhanguera.
e) Bandeira de Prospecção, Expedição do Anhanguera.
004. (CS-UFG/AL-GO/2015) Muitos núcleos urbanos goianos têm origem relacionada à ga-
rimpagem do ouro. Ao longo do século XVIII, surgiram, por exemplo, o “Arraial de Sant’Anna” e 
“Meia Ponte”. Atualmente, esses são os municípios de:
a) Corumbá e Crixás.
b) Niquelândia e Catalão.
c) Goiás e Pirenópolis.
d) Pilar de Goiás e Itapaci.
005. (FUNDAÇÃOSOUSÂNDRADE/AGEHAB/2010) O século XVII representou a etapa de in-
vestigação das possibilidades econômicas das regiões goianas, durante a qual o seu território 
tornou-se conhecido. No século seguinte, em função da expansão da marcha do ouro, ele foi 
devassado em todos os sentidos, estabelecendo-se a sua efetiva ocupação através da mi-
neração. Nesse sentido, pode-se afirmar que a economia goiana no final do século XVIII se 
caracteriza:
a) Pelo aumento da arrecadação fiscal e da imigração para a região.
b) Como um período de desenvolvimento através do processo de industrialização urbana.
c) Pelo declínio da mineração e empobrecimento da capitania que se volta para as atividades 
agropecuárias.
d) Como o período áureo, grande circulação de riqueza, intenso povoamento, apogeu da 
mineração.
e) Pelo crescimento comercial e desenvolvimento urbano.
006. (UEG/PC-GO/2013) Os 120 alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 ti-
nham crescido em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.
PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 2001, p. 89.
O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na Capitania de Goiás. O 
motivo para a elevação do número de escravos alforriados decorreu da:
a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema escravista, uma vez que os 
capitães do mato e os feitores eram escravos libertos.
b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que permitiu que alguns fos-
sem alforriados por ato de bravura.
c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a tradição religiosa não 
permitia um cristão escravizar outro cristão.
d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de alguns escravos para 
acumular recursos e comprar a sua liberdade.
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007. (FGV/TJ-GO/2014) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase exclusiva-
mente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros bens que poderiam 
ser importados das demais capitanias.”
CHAIM, M. M. Sociedade Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987
O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás durante o 
século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífera em Goiás durante 
o período colonial, podemos destacar:
a) o desenvolvimento interno de Goiás que acabou gerando a modernização da região, através 
da criação de manufaturas visando o abastecimento das outras regiões do Brasil colonial;
b) o aumento da população da região, principalmente após a decadência da atividade minera-
dora, a partir da segunda metade do século XVIII;
c) a dificuldade no desenvolvimento da economia da região, em razão de o ouro extraído ter 
sido exportado para a Europa, sem promover o crescimento interno de Goiás;
d) o desenvolvimento de novas atividades, complementares à mineradora, em Goiás, como 
a produção de cana-de-açúcar em pequenas e médias propriedades, baseadas no traba-
lho escravo;
e) a longevidade da produção aurífera da região deGoiás, permitindo consolidação do comér-
cio interno da província, sobretudo, com a intensa comercialização da mão de obra escrava.
008. (UEG/PC-GO/2013) “Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo portu-
guês, que antes procurava canalizar toda a mão de obra da capitania para as minas, passou, 
através das autoridades, a incentivar e promover a agricultura em Goiás.”
PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 1994. p. 41.
No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX, 
adotou algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas me-
didas foi a:
a) construção da estrada de ferro, ligando Goiás a Minas Gerais, para viabilizar a exportação 
de produtos agrícolas.
b) isenção da cobrança do dízimo por dez anos aos agricultores que se estabelecessem às 
margens dos rios Tocantins e Araguaia.
c) permissão aos particulares para utilização de mão de obra compulsória dos indígenas na 
produção agrícola.
d) proibição da navegação nos rios Araguaia e Tocantins para evitar a concorrência dos produ-
tos agrícolas vindos do Pará.
009. (FUNIVERSA/SECTEC/2010) Todos nós sabemos que Goiás nasceu com a descoberta 
do ouro pelos bandeirantes, mas cresceu e desenvolveu-se com a pecuária e a agricultura. 
Dizem mesmo que a pecuária teria precedido à mineração. É bem possível, porque um dos 
nossos primeiros historiadores, o Padre Luiz Antônio da Silva e Souza, autor de O Descobrimento da 
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Capitania de Goyaz, dá notícia de que bandeirantes desgarrados teriam deparado com cabeças 
de gado bravio que já pastavam naturalmente na região do Vão do Paraná.
Antônio Teixeira Neto. In: Revista Eletrônica, n.º 20, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando os aspectos físicos e históricos do esta-
do de Goiás, assinale a alternativa correta.
a) A atividade agropastoril surgiu, primeiramente, para abastecer as minas; posteriormente, 
ainda como atividade intermitente e nômade, proporcionou o desenvolvimento de poderoso 
mercado interno.
b) Nos primeiros tempos da ocupação do espaço goiano, a mineração era a principal atividade 
econômica; sua decadência, na segunda metade do século XVIII permitiu o desenvolvimento 
da agropecuária como alternativa de sustento e renda para a população local.
c) O estado de Goiás insere-se totalmente na unidade de relevo comumente denominada Planal-
to Central Brasileiro, cuja denominação técnica mais atual é Planaltos e Serras de Goiás-Minas.
d) O último período do texto dá a entender que os solos do cerrado, sem que se faça a devida 
correção dos níveis de calcário, técnica conhecida como calagem, não se prestam à pecuária 
extensiva.
e) Serra Dourada é o nome de uma formação de relevo planáltico, de formação antiga, intensa-
mente desgastada pelo processo de erosão, situada na porção leste de Goiás, constituindo-se 
parte da divisa desse estado com a Bahia.
010. (FCC/SEFAZ/2018) Considere os aspectos da história social do estado de Goiás:
I – Foi a partir do denominado Ciclo do Ouro, fruto da expansão do movimento das Bandeiras, 
que Goiás começou efetivamente a ser povoado, sendo a região do rio Paranaíba, no leste do 
estado, a primeira a ser ocupada nesse contexto.
II – A região pertenceu à capitania de São Paulo até meados do século XVIII e a designação 
Goiás teve origem nos povos indígenas que habitavam a região antes da colonização.
III – No sudoeste do estado há áreas demarcadas e delimitadas para comunidades quilombo-
las ou comunidades afrodescendentes, como o Kalunga, por exemplo, que vivem sobretudo da 
agricultura familiar e do artesanato.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) II e III.
c) I e III.
d) II.
e) I e II.
011. (UEG/PC-GO/2012) O povoamento branco de Goiás, no século XVIII, foi caracterizado 
pela prodigalidade na construção de igrejas. Só em Vila Boa, capital da capitania, foram cons-
truídas, no espaço de 50 anos, oito igrejas. Esse grande número de igrejas, no início do povoa-
mento branco de Goiás, explica-se pelo fato de os templos servirem:
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a) aos propósitos fiscais do Estado português, sendo que os clérigos, encarregados de reco-
lher os dízimos e o quinto real, reservavam partes substanciais desses rendimentos para a 
construção e o embelezamento das igrejas.
b) de principal instrumento da política indigenista pombalina, sendo que elas visavam impres-
sionar os silvícolas, estimulando-os a abandonarem suas práticas religiosas e suas aldeias e 
virem trabalhar e congregar em Vila Boa.
c) de locais de culto e de sepultamento de membros da população que estivessem integra-
dos nas inúmeras irmandades existentes na época, sendo que os escravos não-cristianizados 
eram sepultados num cemitério rudimentar.
d) no contexto histórico da Contrarreforma, de símbolos da supremacia da fé católica sobre a 
fé dos protestantes, sobretudo dos ingleses anglicanos, que trabalhavam na exploração das 
minas de ouro em Goiás.
012. (UEG/TJ-GO/2006) Sobre o povoamento do território goiano no século XX, é INCORRE-
TO afirmar:
a) O processo de ocupação do Mato Grosso Goiano foi estimulado pela descoberta de veios 
auríferos na cidade de Bela Vista de Goiás.
b) A estrada de ferro exerceu significativa influência nas primeiras décadas do século XX, es-
pecialmente no sul de Goiás.
c) A edificação de Brasília, durante a década de 1950, provocou um intenso fluxo migratório 
para as regiões que circundavam a Capital Federal.
d) A construção da Belém–Brasília favoreceu o surgimento de inúmeras cidades no nor-
te de Goiás.
013. (CEBRASPE/PC-GO/2016) A respeito do povoamento do estado de Goiás, assinale a op-
ção correta.
a) O arraial de Catalão foi fundado na primeira metade do século XIX, pelo interesse de um 
particular em atrair povoadores para as suas terras.
b) Anápolis integra o grupo de cidades goianas cujas origens estão nos arraiais da minera-
ção do ouro.
c) A famosa bandeira do Anhanguera ao sertão dos Goyazes — século XVIII — tinha por objetivo 
o apresamento de quilombolas para empregá-los como mão de obra nas fazendas paulistas.
d) A atual cidade de Goiás teve suas origens no arraial de Santana, um assentamento de portu-
gueses que chegaram ao rio Vermelho em busca de ouro, no final do século XVI.
e) O assentamento populacional em Jaraguá decorreu da expansão dos engenhos de açúcar 
da região de Pirenópolis.
014. (IADES/AL-GO/2019) Com uma população de quase 7 milhões de habitantes, o estado 
de Goiás é o mais populoso da região Centro-Oeste e, como princípio do seu povoamento, 
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consta a chegada de bandeirantes e de migrantes que vieram de diversas partes da América 
portuguesa. Alguns traços do povoamento inicial desse estado permaneceram e outros se 
desenvolveram com o passar do tempo.
Considerando essas informações no que se refere ao processo de ocupação e desenvolvimen-
to do território goiano, assinale a alternativa correta.
a) Na primeira metade do século 18, a prospecção mineral que havia animado a ocupação 
das Minas Gerais e gerado conflitos entre paulistas e reinóis expandiu-se para o Centro-Oeste, 
promovendo a rápida expulsão de índios do território goiano, que foi ocupado pelo colonizador 
português.
b) Juntamente com a economia mineradora, a pecuária, em escala menor, promoveu a ocupa-
ção do território goiano, seguindo os grandes rios e as proximidades das zonas de mineração. 
Enquanto, no sudoeste goiano, a mineração e a pecuária desenvolveram-se a partir de Vila Boa 
de Goiás, no Norte, esse processo seguiu as proximidades das nascentes e do curso alto do 
rio Tocantins.
c) Os caminhos que se desenvolveram no território goiano surgiram como percursos deixados 
pelas comunidades indígenas. Mais tarde, alargadas para o carro de boi, no século 19, e diver-
sificadas com as ferrovias que surgiram ao sul, em princípios do século 20, a população goiana 
teve o crescimento incrementado pelas migrações dos estados vizinhos.
d) A construção da nova capital, Goiânia, na década de 1930, representou uma nova perspecti-
va econômica e social para o estado de Goiás, contribuindo para o incremento das atividades 
agrícolas, comerciais e industriais, bem como avançando positivamente na integração de regi-
ões distantes, no norte do estado.
e) A construção de Goiânia trouxe uma nova dinâmica econômica e social para o estado de 
Goiás entre os anos de 1930 e 1950. Esse impulso foi incrementado a partir dos anos de 1960, 
com a decisão dos governos estaduais quanto à abertura de novas estradas que ligavam ao 
norte e ao sul importantes rotas para o desenvolvimento da agropecuária, o que conduziu a 
economia goiana à autossuficiência.
015. (CS-UFG/DEMAE-GO/2017) No século XVIII, além da descoberta das águas termais, ou-
tro fator que contribuiu para o povoamento da região onde hoje se situa Caldas Novas foi a 
observação da:
a) presença de ouro.
b) fertilidade da terra.
c) abundância de animais de caça.
e) existência de grande área de pastagem.
016. (CS-UFG/CELG/2014) O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especial-
mente na faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores respon-
sáveis por essas mudanças, pode-se destacar a:
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a) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e criação de municípios.
b) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e o babaçu, o que resultou 
na retração da migração.
c) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente no vale do rio Tocantins.
d) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos barramentos para produção de 
energia elétrica.
e) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a vertente Oeste do rio 
Tocantins.
017. (CS-UFG/AL-GO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII é distinto da-
quele registrado no século XIX e XX, especialmente em relação à rede de cidades e à integra-
ção econômica. A principal atividade econômica, no período citado, era:
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz
d) a exploração do ouro.
018. (UEG/AGSEP/2012) Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros 
foram exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio. Ao mineiro sempre apressado e in-
quieto, faltavam o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma política pacífica. À 
invasão de seus territórios e às perseguições dos “capitães-do-mato” respondiam os índios 
com contínuas represálias.
PALACÍN, L; MORAES, M. A. S. História de Goiás. Goiânia: Ed. da UCG, 1994. p. 39 – 40.
A partir da leitura desse comentário acerca das relações étnicas em Goiás, conclui-se que:
a) os mineiros priorizavam o combate às populações indígenas em vez de estabelecer rela-
ções sociais com as tribos.
b) os “capitães-do-mato” tinham como principal missão capturar indígenas para serem levados 
na condição de escravos para o Litoral.
c) as populações indígenas costumavam receber pacificamente os mineiros, que os presente-
avam com espelhos e panelas de metal.
d) as bandeiras, como a liderada por Anhanguera, representavam os ideais pombalinos de in-
tegração dos indígenas à sociedade portuguesa.
019. (CS-UFG/DEMAE/2017) Leia o fragmento.
Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes ofe-
rece e impedir com armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe 
fará guerra, matando-os e cativando-os.
Regimento de Anhanguera. História de Goiás em documentos. V.1. Goiânia: Editora da UFG, 2001, p. 25.
O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás, no início do século 
XVIII, foi marcada:
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a) pela selvageria dos indígenas, que não aceitavam conviver com os homens civilizados.
b) pela civilidade dos desbravadores, que eram mais pacíficos que as tribos que enfrentavam.
c) pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores aos indígenas.
d) pelo espírito conciliador do homem branco, que buscava estabelecer acordo com os nativos.
020. (PREFEITURA DE MAURILÂNDIA/2015) A Abolição da escravidão em 1888, não alterou 
as condições de trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população 
de Goiás era constituída por:
a) índios e negros.
b) índios e pardos.
c) apenas negros.
d) apenas brancos.
e) maioria negra e uma minoria branca.
021. (CS-UFG/PREFEITURA DE CALDAS NOVAS/2016) Leia o texto a seguir para responder 
à questão.
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, 
desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230 
mil hectares de Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se 
estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
Disponível em: . Acesso em: 21 
set. 2015.
A comunidade quilombola do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga é formada principal-
mente por descendentes de:
a) índios que buscaram se proteger das perseguições dos bandeirantes.
b) povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras pelos colonizadores.
c) sertanejos que se isolaram diante do aumento da migração para a região.
d) escravos africanos que fugiram do trabalho forçado nas minas de ouro e nas fazendas.022. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século 
XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou: “Os negros e crioulos me diziam que preferiam 
recolher no córrego de Santa Luzia um único vintém de ouro por dia, do que se porem ao servi-
ço dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais 
lhes é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que ficam meses in-
teiros sem poder salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a confissão 
pascal, sucede que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com 
o mesmo vestido”.
Saint-Hilaire. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. Apud PALACÍN, L.; MORAES, 
Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG, 1989. p. 47. (Adaptado).
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Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência 
das atividades:
a) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para 
extração do metal.
b) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela aboli-
ção da escravidão africana.
c) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estra-
das que ligavam o sertão ao litoral.
d) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para 
a comercialização com outras regiões.
023. (CEBRASPE/PC-GO/2016) Durante a Idade Moderna, prevaleceram na Europa as prá-
ticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortalecimento dos Estados nacionais e o 
enriquecimento de seus empreendedores. Em larga medida, o entesouramento de metais pre-
ciosos era o objetivo mais evidente, o que explica o grande interesse na descoberta e na explo-
ração desses metais nas colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação 
das áreas interioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-
tudo, a partir do século XVII. A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos 
relacionados a esse desbravamento, assinale a opção correta.
a) A Guerra dos Emboabas, ocorrida nas Minas Gerais, interrompeu a marcha dos desbrava-
dores paulistas em direção ao Centro-Oeste, retardando em muito a ocupação e a exploração 
econômica das terras goianas.
b) O declínio da extração aurífera em Goiás ocorreu na primeira metade do século passado, 
quando a multiplicação de indústrias alterou radicalmente o panorama econômico de toda a 
região central do país.
c) Fundada por Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro Anhanguera, a sede inicial da capitania 
goiana recebeu desse bandeirante o nome de Goiás, homenagem aos habitantes de extensa 
região que margeava o rio Tietê.
d) O desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos bandeirantes que, a partir de São Paulo, 
embrenharam-se pelos denominados sertões em busca de, além de ouro e pedras preciosas, 
índios para serem escravizados.
e) A ação dos desbravadores foi severamente punida pela metrópole portuguesa, receosa de 
que as riquezas eventualmente encontradas no interior da colônia fossem contrabandeadas e 
escapassem ao fisco lusitano.
024. (SEGPLAN-GO/2016) Leia os textos a seguir:
1.“Excelente escravo. Vende-se um crioulo de 22 anos, sem vício e muito fiel: bom e asseado 
cozinheiro, copeiro. Faz todo o serviço de arranjo da casa com presteza, e é melhor trabalha-
dor de roça que se pode desejar; humilde, obediente e bonita figura. Para tratar na ladeira de S. 
Francisco n. 4”.
Província de São Paulo, S. P. 19 fev. 1878. Apud NEVES, M. de F.R. das. Documentos sobre a escravidão no Brasil. 
São Paulo: Contexto, 1996. (Textos e documentos; v.6).
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2.“Identificavam, naturalmente, trabalho com escravidão e liberdade com ódio. [...]. Em Goiás a 
situação era a mesma. [..]. A primeira distinção fundamental na sociedade era a cor”.
PALACIN, L. e MORAES, Maria A. de Santanna. História de Goiás (1722 – 1972). 6ª Ed. Goiânia: Editora da 
UCG, 1994.
Após ler os textos e com base nos seus conhecimentos pode-se afirmar que a vida dos escra-
vos no Brasil e em Goiás possuía as seguintes características, EXCETO:
a) Trabalho árduo e pouca alimentação.
b) Graves doenças (reumatismo, verminoses...).
c) Força de trabalho voltada principalmente para a pecuária.
d) Falta de liberdade (arbitrariedades e castigos).
e) Atividade mineradora como principal ocupação.
025. (UEG/PC-GO/2013) Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extin-
guindo oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás:
a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma vez que a economia 
agropecuária não era dependente do trabalho escravo.
b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se posicionar ao lado dos 
proprietários de terras contra o fim da escravidão.
c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se valeu dos ideais cristãos 
para criticar a escravidão.
d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava nos serviços públicos, 
como o calçamento das ruas.
026. (FUNIVERSA/SECTEC-GO/2010)
“Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas ter-
ras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos”.
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, Constituição Federal de 1988.
Acerca da participação dos negros na formação econômica e social de Goiás e de temas cor-
relatos, assinale a alternativa correta.
a) Em Goiás, foi importante a contribuição dos negros para a formação de sua população. 
Conforme dados do último censo demográfico, o estado é, entre todas as unidades federadas, 
aquele que possui maior percentual de afrodescendentes.
b) Apesar do grande contingente de goianos de origem africana, ao longo da história, o estado, 
contrariamente às demais unidades da Federação, não utilizou mão de obra escrava em seus 
processos produtivos.
c) A exemplo de outras instituições públicas, a Universidade Federal de Goiás, por meio do 
Programa UFGInclui, adota o sistema de cotas raciais para o acesso ao ensino superior. São 
disponibilizados 10% de suas vagas para estudantes negros e 10% para negros quilombolas, 
independentemente da renda ou da origem escolar (escolas públicas ou privadas).
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d) Apesar das políticasgovernamentais criadas com o intuito de valorizar a cultura dos escra-
vos e seus descendentes e de reconhecer a posse destes sobre as áreas ocupadas por antigos 
quilombos, não há terras de quilombolas reconhecidas no estado de Goiás.
e) Por terras de quilombolas entendem-se áreas ocupadas por descendentes de antigos es-
cravos revoltados, que passaram a viver em quilombos, com o objetivo de fugir da situação de 
escravidão em que se encontravam.
027. (IADES/SEAP/2019) Nas últimas décadas, o bioma cerrado, presente no território goia-
no, transformou-se em uma nova e importante fronteira agrícola brasileira. Essa transforma-
ção modificou os aspectos socioeconômicos regionais e impulsionou a produtividade agro-
pecuária, tornando o Brasil um dos principais produtores mundiais de commodities agrícolas.
No que tange às transformações socioeconômicas e ao aumento da produtividade no cerrado, 
assinale a alternativa correta.
a) O bom desempenho do agronegócio goiano se deve à pesquisa e à tecnologia implementa-
das no cerrado pela agricultura moderna.
b) A agricultura tradicional, praticada no estado de Goiás, é a responsável pelo crescimento 
das exportações de commodities agrícolas.
c) O aumento da produtividade de commodities agrícolas em Goiás só foi possível com a im-
plantação do modelo de agricultura familiar.
d) A alta produtividade do cerrado está relacionada com a boa qualidade do solo, que dispensa 
correção e adubos.
e) O clima predominantemente ameno na região do cerrado, com chuvas distribuídas ao longo 
de todos os meses do ano, constitui fator importante para o aumento da produtividade agrícola.
028. (UEG/PCGO/2013) “Nas últimas décadas do século XVIII e princípio do século XIX, a situ-
ação econômica da capitania era crítica. A palavra decadência é a que mais se encontra entre 
os vários apelos e lamentos daqueles que a habitam, sejam provenientes das autoridades go-
vernamentais, sejam de elementos do povo”.
FUNES, E. A. Goiás 1800 – 1850: um período de transição da mineração à agropecuária. Goiânia: Editora da UFG, 
1986. p. 32.
O texto citado aborda a crise da produção aurífera em Goiás. A consequência dessa crise foi o:
a) incremento da arrecadação tributária como consequência de o controle do contrabando ser 
mais eficaz na atividade agropecuária.
b) aumento da ruralização pelo fato de parte da população abandonar as vilas e arraiais e mu-
dar-se para o campo.
c) crescimento da importação de escravos para viabilizar a exploração de minas auríferas de 
maior profundidade.
d) acréscimo da atividade comercial em virtude do aproveitamento de capitais antes emprega-
dos na mineração.
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029. (FUNIVERSA/UEG/2015) A tecnologia da irrigação é uma grande aliada dos agricultores. 
Alternativas bem-sucedidas de irrigação tecnológica de baixo custo vêm atendendo a anseios 
econômicos dos produtores e a metas ambientais da sociedade. Números do IBGE mostram 
que o Brasil possui 4,4 milhões de hectares irrigados, mas seu potencial é de 30 milhões.
Em relação à temática abordada nesse fragmento de texto, assinale a alternativa correta.
a) Um dos grandes problemas ambientais da irrigação no estado de Goiás deve-se ao fato de 
a água ser sempre retirada de mananciais.
b) O consumo de água pela agropecuária brasileira, em comparação com outros ramos da 
economia, é significativamente baixo.
c) O Centro-Oeste, em razão de seu relevo, é uma das regiões com maiores dificuldades para a 
implantação da lavoura irrigada.
d) O município de Cristalina é um dos principais polos de lavoura irrigada do Brasil.
e) Apenas grãos, principalmente soja e milho, são produzidos em sistemas de irrigação.
030. (IADES/AL-GO/2019) Conforme o Decreto Presidencial n. 75.320/1975, que dispõe 
quanto à criação do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (POLOCENTRO), o objetivo 
do referido programa foi o de:
a) regularizar a ocupação do cerrado por meio do recadastramento dos imóveis rurais, da iden-
tificação de áreas devolutas e do desenvolvimento de ações de proteção do bioma cerrado.
b) ampliar a participação do Estado na proteção das fronteiras nacionais localizadas no cerra-
do, como medida de controle do território e maior rigor na fiscalização das atividades econô-
micas ilegais e (ou) ilícitas.
c) promover o desenvolvimento e a modernização das atividades agropecuárias no Centro-O-
este e no oeste do estado de Minas Gerais, mediante a ocupação racional de áreas seleciona-
das, com características de cerrado.
d) promover o desenvolvimento econômico e social das áreas do cerrado por meio de investi-
mentos na área da educação, do aumento do número de escolas, da instalação de universida-
des e escolas técnicas e de ações de combate à pobreza.
e) propor ações de desenvolvimento econômico voltadas para o fortalecimento das indústrias 
localizadas no cerrado, em especial aquelas voltadas para a produção de produtos com maior 
valor agregado e bens de capital.
031. (IADES/AL-GO/2019) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante 
para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana, 
assinale a alternativa correta.
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a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante 
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de 
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital 
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo 
em vista a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triân-
gulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.
032. (FCC/SEFAZ-GO/2018) As ações da Companhia Estrada de Ferro de Goiás estabelece-
ram, no início do século XX, uma ferrovia que:
a) permaneceu, até meados da segunda metade do século XX, como principal modal de esco-
amento dos sistemas produtivos regionais, sendo responsável por 50% da carga transportada.
b) surgiu pela demanda de vias flexíveis para a circulação de mercadorias com vistas ao mer-
cado interno e de políticas governamentais orientadas por interesses de grandes grupos inter-
nacionais em importar produtos agrícolas.
c) foi instalada seguindo uma lógica externa – interesse do capital em se expandir e ocupar o 
território brasileiro, mas também por articulações políticas de grupos locais interessadosna 
efetivação desse projeto.
d) adequou-se ao modelo de substituição de importações instaurado no Brasil nas primeiras 
décadas do século XX, tornando-se a via de integração entre os novos polos de modernização 
do Sudeste e do Nordeste.
e) contribuiu para acentuar o caráter arquipélago da economia brasileira uma vez que, ao prio-
rizar o escoamento da produção econômica regional para o Sul e Sudeste, intensificou o isola-
mento da Amazônia e a região Nordeste.
033. (QUADRIX/PROCON/2017) Na segunda metade do século XIX, como resultado do ritmo 
de transformação da estrutura econômica produtiva do Centro-Sul do País a partir do alarga-
mento da fronteira agrícola, ocorreu uma expansão das estradas de ferro, com o prolongamen-
to das ferrovias paulistas para além dos limites do estado de São Paulo. Os trilhos seguiram 
em direção a outros estados, como no caso de Goiás, com a construção da Estrada de Ferro 
Goiás, ligando-se à Estrada de Ferro Mogiana, localizada em solo mineiro.
Internet: (com adaptações).
A justificativa da construção da ferrovia goiana estava ancorada no(na):
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a) posição assumida pelo estado de Goiás como região produtora e fornecedora de produtos 
agrícolas básicos para os mercados da região Sudeste.
b) pensamento, predominante naquele momento, de que a construção da nova capital do esta-
do demandaria ligações ferroviárias com o restante do País.
c) significativa produção de café no sul goiano, que seria majoritariamente encaminhada ao 
porto de Santos, em São Paulo, por via férrea.
d) necessidade de escoar a vasta produção de minerais, como níquel e fosfato, produzidos no 
norte goiano.
e) possibilidade de que funcionasse como vetor de transferência maciça dos imigrantes que 
chegavam de Minas Gerais.
034. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA/2019) A porção do Sudeste Goiano denomi-
nada “região da Estrada de Ferro”, após ter passado por um período de crescimento econômico 
no início do século XX, a partir de 1930, enfrentou a estagnação, vindo a recuperar sua primazia 
apenas a partir dos anos de 1970.
Patrícia Francisca de Matos. Estrada de Ferro: o anúncio das metamorfoses de modernização do território no 
Sudeste Goiano. In: Revista eletrônica Ateliê Geográfico, UFG‐IESA, p. 14.
Com relação à formação econômica de Goiás e às suas transformações ao longo do século 
XX, assinale a alternativa correta.
a) A estagnação ocorrida a partir de 1930 tem, entre seus motivos, a expansão da ferrovia até 
Anápolis, o que viria a consolidar o domínio comercial por outras regiões do estado.
b) A construção de Goiânia não impactou na decadência da região da Estrada de Ferro, visto 
que sua influência econômica se deu apenas no campo político.
c) Liderados por Mauro Borges, grupos que se opunham aos coronéis da região da Estrada de 
Ferro investiram na modernização de outras áreas e contribuíram, nos anos 1930, para a deca-
dência dessa região.
d) Apesar da estagnação econômica referida, o Sudeste Goiano viveu, entre 1930 e 1970, um 
forte incremento na dinâmica populacional, tornando‐se a região mais populosa do estado.
e) Mesmo com menor fluxo de capitais em relação às décadas anteriores a 1930, a região da 
Estrada de Ferro continuou sendo, até 1970, grande exportadora de produtos da agropecuária.
035. (CS-UFG/AL-GO/2015) Leia o texto.
A região é caracterizada, especialmente no início do século XX, pela ocupação estimulada 
pelos trilhos da Estrada de Ferro. Atualmente, apresenta uma rede urbana pouco densa, com 
predomínio de cidades abaixo de 10.000 habitantes. Além da forte agricultura, sua economia 
se destaca pela produção mineral e pela presença de indústrias do setor automotivo.
O texto faz referência a região goiana conhecida como:
a) Sudeste Goiano.
b) Nordeste Goiano.
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c) Sudoeste Goiano.
d) Região Metropolitana
036. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração, 
é bastante heterogênea. Contudo, é possível estabelecer um perfil regional da migração, uma 
vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul.
b) Norte.
c) Nordeste.
d) Sudeste.
037. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Os fluxos migratórios para o território goiano, durante o sé-
culo XX, seguiram padrões regionais influenciados pela dinâmica econômica e projetos de 
integração nacional. Ao observar o perfil demográfico do Sudoeste Goiano e do Entorno do 
Distrito Federal, percebe-se que esse padrão foi determinado, respectivamente, pela:
a) edificação de Goiânia e pela modernização agrícola.
b) construção da ferrovia e pela implantação de projetos de irrigação.
c) criação de projetos de colonização e por programas de transferência de renda.
d) modernização da agricultura e pela edificação de Brasília
038. (CEBRASPE/PCGO/2016) Relativamente à modernização da agricultura, à urbanização 
e à demografia do território goiano, e ao atual panorama econômico do estado de Goiás, assi-
nale a opção correta.
a) O alto nível de desenvolvimento econômico da região norte de Goiás foi decisivo para o des-
membramento que deu origem ao estado do Tocantins.
b) Graças à crescente importância do agronegócio na economia do estado de Goiás, a popula-
ção goiana é majoritariamente rural.
c) Com o declínio da mineração, a economia goiana voltou-se para a agricultura de exportação, 
com produção destinada ao mercado exterior.
d) A partir das últimas décadas do século passado, a economia goiana viu o agronegócio ex-
pandir-se e ampliou seu parque industrial.
e) Atualmente, o setor de serviços desempenha reduzido papel na composição do produto 
interno bruto de Goiás.
039. (IADES/AL-GO/2018) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante 
para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana, 
assinale a alternativa correta.
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a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante 
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de 
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital 
produtivo local para construçãode infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo 
em vista a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triân-
gulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.
040. (IBEG/SANEAGO/2013) A região Centro-Oeste deve ser considerada como um grande 
espetáculo do crescimento econômico brasileiro ao longo das últimas décadas. Comparando-
-se as taxas de crescimento do PIB da região com as do Brasil, verificamos a elevada perfor-
mance apresentada pelo Centro-Oeste, que nos últimos 40 anos cresceu aproximadamente 9% 
ao ano. Conforme constata estudo elaborado pelo IPEA, desde o início dos anos 60, o cresci-
mento observado na sua economia, além de muito alto foi também bastante estável, inclusive 
em períodos de crises verificadas na economia brasileira. Nesse contexto de crescimento, o 
estado de Goiás se insere de forma significativa. Isto pode ser confirmado com a constatação 
de que importantes transformações estruturais de sua economia aconteceram nas últimas 
décadas, com o aprofundamento de sua relação de complementaridade com o centro dinâ-
mico do país, permitindo a consolidação de bases para o crescimento econômico do estado. 
Deve ser destacado, assim como para todo o Centro-Oeste, a participação fundamental dos 
setores públicos federal, estaduais e municipais para o desenvolvimento regional. Ao verificar 
o desenvolvimento do Estado de Goiás ao longo das décadas iremos nos deparar com a busca 
pelo crescimento econômico, via modernização dos setores agropecuários e agroindustriais, 
fortemente amparada em políticas públicas como crédito rural, planos regionais de desenvol-
vimento, política de preços mínimos.
http://www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj1/02.htm
Com relação ao tema suscitado no texto e suas ramificações, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o texto pode-se afirmar que o arrefecimento dos setores agropecuários e 
agroindustriais do estado de Goiás tiveram o apoio dos setores públicos federal, estadual e 
municipais.
b) Infere-se do texto que as políticas de incentivos estatais foram importantes para o desenvol-
vimento econômico dos estados de Goiás e Tocantins.
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c) A chegada das empresas automobilísticas (montadoras) Mitsubishi, Audi e Hyundai no es-
tado de Goiás, são exemplos da modernização dos setores agropecuários e agroindustriais.
d) As políticas de incentivos fiscais adotadas pelo estado de Goiás corroboraram para o cres-
cimento e modernização dos setores agropecuários e agroindustriais nas últimas décadas.
e) A modernização dos setores agropecuários e agroindustriais contribuiu para a geração de 
novos postos de trabalho no campo, concluindo definitivamente o processo de êxodo rural no 
estado de Goiás.
041. (IBEG/SANEAGO/2013) Julgue os itens abaixo em Verdadeiro ou Falso:
I – A população indígena em Goiás ultrapassa 10 (dez) mil habitantes, sendo certo que 39.781 
hectares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado, três 
das quais se encontram demarcadas pela FUNAI. Tais áreas localizam-se nos Municípios de 
Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minuaçu, Nova América e Rubiata.
II – A colonização de Goiás deve-se também à migração de pecuaristas que partiram de São 
Paulo no século XVI, em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva 
vocação do estado para a pecuária.
III – Já no primeiro século da colonização do Brasil, diversas expedições, percorreram parte 
do território do atual Estado de Goiás. Estas expedições, organizadas principalmente no Rio 
de Janeiro, centro então da colonização, eram umas de caráter oficial destinadas a explorar 
o interior e buscar riquezas minerais, e outras empresas comerciais de particulares organiza-
das para a captura de índios. De São Paulo saíam ainda bandeiras buscando índios, cada vez 
mais escassos.
IV – A partir do século XX a sociedade goiana estava em transição, haja visto que a minera-
ção deixava de ter destaque na economia, passando-se ao desenvolvimento das atividades 
agropecuárias.
V – Para Goiânia, a construção de Brasília foi um grande aditivo em termos populacionais, re-
presentando uma alteração econômica positiva para toda Região Centro-Oeste, movimentan-
do as relações no ambiente agrário, com a modernização da agricultura, embora, no entanto, 
não tenha alterado a estrutura de poder no campo, ainda baseada no latifúndio.
Considerando-se as assertivas acima, podemos afirmar que:
a) F,V,F,F,V.
b) V,F,F,V,V.
c) V,V,V,F,F.
d) V,V,F,F,V.
e) F,F,V,V,F.
042. (FGV/TJGO/2014) A redução do número total de pessoas ocupadas em estabelecimen-
tos agropecuários em Goiás a partir da década de 1980 está associada à:
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a) a decadência da atividade agrícola no período, em função da crise econômica que assolou 
todo o país na década de 1990;
b) expansão das atividades rurais baseada principalmente no turismo, que emprega pequena 
quantidade de mão de obra;
c) expansão da fronteira agrícola na região amazônica, que atraiu muitos migrantes oriun-
dos de Goiás;
d) expansão do processo de modernização agrícola, que emprega menor quantidade de 
mão de obra;
e) substituição gradual das relações de trabalho baseadas no arrendamento pela utilização do 
sistema de parceria.
043. (PREFEITURA DE ARAÇU/2020) A princípio, o atual estado de Goiás fez parte de qual 
unidade federativa?
a) Capitania do Rio de Janeiro.
b) Capitania de São Paulo.
c) Capitania de Salvador.
d) Capitania das Minas Gerais.
044. (MS CONCURSOS/IPAS/2010) O descobridor de Goiás foi Anhanguera. Isto não significa 
que ele fosse o primeiro a chegar a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro a vir para Goiás com 
a intenção de se fixar aqui no período de 1690 a 1718. Anhanguera foi o apelido dado a quem?
a) João Leite da Silva Ortiz.
b) João de Abreu.
c) Francisco Pires Ribeirão.
d) Bartolomeu Bueno da Silva.
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GABARITO
1. e
2. d
3. e
4. c
5. c
6. d
7. c
8. b
9. b
10. d
11. c
12. a
13. a
14. b
15. a
16. a
17. d
18. a
19. c
20. e
21. d
22. a
23. d
24. c
25. a
26. e
27. a
28. b
29. d
30. c
31.a
32. c
33. a
34. a
35. a
36. c
37. d
38. d
39. a
40. d
41. b
42. d
43. b
44. d
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GABARITO COMENTADO
001. (FUNCAB/SEMARH/2010) A descoberta do ouro, no Brasil, no século XVII, ativou a cobi-
ça das autoridades que identificavam a riqueza com a posse dos metais preciosos. Por ordem 
real, na época, todos os braços disponíveis deveriam ser empregados na extração do ouro, o 
que explica:
a) os baixos impostos cobrados para a produção de produtos agrícolas.
b) os inúmeros tipos de jazidas que foram exploradas em consequência da abundância do ouro.
c) o grande número de entradas e bandeiras vindas de todo o país para Goiás.
d) a grande riqueza da cidade de Goiás ocasionada pela grande produção de ouro.
e) o pouco desenvolvimento da lavoura e da pecuária em Goiás.
Durante o ciclo do Ouro, a coroa portuguesa focou na sua extração, gerando, consequente-
mente, um fraco desenvolvimento na agropecuária do século XVII. Somente com o declínio da 
mineração em Goiás, que ocorreu um crescimento na produção pecuária.
Letra e.
002. (IBEG/SANEAGO/2013) “Vindas de São Paulo, as Bandeiras tinham como objetivo a cap-
tura de índios para o uso como mão de obra escrava na agricultura e minas. Outras expedições 
saíam do Pará, nas chamadas descidas com vistas à catequese e ao aldeamento dos índios da 
região. Ambas passavam pelo território, mas não criavam vilas permanentes, nem mantinham 
uma população em número estável na região. A ocupação, propriamente dita, só se tornou 
mais efetiva com a descoberta de ouro nessas regiões. Na época, havia sido achado ouro em 
Minas Gerais, próximo a atual cidade de Ouro Preto (1698), e em Mato Grosso, próximo a Cuia-
bá (1718). Como havia uma crença, vinda do período renascentista, que o ouro era mais abun-
dante quanto mais próximo ao Equador e no sentido leste-oeste, a busca de ouro no ‘território 
dos Goyazes’, passou a ser foco de expedições pela região.”
Disponível em: . Acesso em: 14 dez. 2013.
O trecho acima se refere ao período colonial goiano. Esta fase da história de Goiás é marcada:
a) Pela ausência de contato entre os portugueses e os indígenas.
b) Pelo hibridismo cultural, decorrente da ausência de interação entre as culturas africanas, 
europeias e indígenas.
c) Pela utilização generalizada do trabalho assalariado dos indígenas e dos africanos.
d) Pela ação dos bandeirantes que chegaram à região no período citado no texto.
e) Pela homogeneização étnica das populações que habitavam a área, assim como das que 
migraram para a região.
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O texto nos auxilia de forma importante quando expressa que “vindas de São Paulo, as Ban-
deiras tinham como objetivo a captura de índios para o uso como mão de obra escrava na 
agricultura e minas. Outras expedições saíam do Pará, nas chamadas descidas com vistas à 
catequese e ao aldeamento dos índios da região[...]”. Portanto, alguns itens não se encaixam 
nessa situação, por exemplo, a alternativa “a” afirma que existe uma AUSÊNCIA de contato, 
sendo que isso não ocorreu. Na Alternativa “b” é o mesmo contexto, ao dizer que ocorreu uma 
AUSÊNCIA de interação. A alternativa “c” está errada pelo fato de dizer que houve uma utiliza-
ção generalizada de mão de obra assalariada indígena e africana. E a alterativa “e” está incor-
reta por dizer que tem uma homogeneização étnica na região, sendo que havia diversas etnias.
Letra d.
003. (SEPLAN/SEAP/2016) As bandeiras constituem expedições importantes no contexto do 
povoamento do nosso estado. Conforme Souza e Carneiro, 1996, “O interesse pelo metal [ouro] 
aparece nas últimas décadas do século XVII, mas, em meados do século XVI, há registros de 
bandeiras de apresamento de índios em Goiás”. Assinale a alternativa que corresponde res-
pectivamente ao nome do tipo de bandeira que visa encontrar ouro e a bandeira responsável 
por encontrá-lo na Serra dos Pirineus em Vila Boa de Goiás:
a) Bandeira de apresamento, Expedição do Anhanguera.
b) Bandeira de Prospecção, Bandeira de apresamento.
c) Bandeira de Apresamento, Bandeira Sertanismo de Contrato.
d) Bandeira Sertanismo de Contrato, Expedição do Anhanguera.
e) Bandeira de Prospecção, Expedição do Anhanguera.
Lembre-se dos conceitos apresentados na questão:
Bandeiras de “apresamento”: tinham como objetivo a captura de índios para serem usados 
como mão de obra escrava;
Bandeiras de prospecção: destinadas a encontrar recursos minerais rentáveis, sobretudo mi-
nas de ouro, prata, cobre ou pedras preciosas;
Bandeiras de contrato (sertanismo de contrato): destinadas a destruir quilombos e recapturar 
escravos fugidos.
Como a questão pede a bandeira destinada a encontrar “ouro”, temos a bandeira de “prospec-
ção” na letra “e”, que também traz um dos maiores nomes dos bandeirantes, o “Anhanguera”.
Letra e.
004. (CS-UFG/AL-GO/2015) Muitos núcleos urbanos goianos têm origem relacionada à ga-
rimpagem do ouro. Ao longo do século XVIII, surgiram, por exemplo, o “Arraial de Sant’Anna” e 
“Meia Ponte”. Atualmente, esses são os municípios de:
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a) Corumbá e Crixás.
b) Niquelândia e Catalão.
c) Goiás e Pirenópolis.
d) Pilar de Goiás e Itapaci.
Vários municípios surgiram em função do ouro, entre elas a Cidade de Goiás, Sant’Anna, Vila 
boa, Silvania, Bonfim, Pirenópolis, Meia Ponte, Santa Cruz, Crixás, Jaraguá, Santa Luzia, Luziâ-
nia e Corumbá de Goiás.
Letra c.
005. (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/AGEHAB/2010) O século XVII representou a etapa de in-
vestigação das possibilidades econômicas das regiões goianas, durante a qual o seu território 
tornou-se conhecido. No século seguinte, em função da expansão da marcha do ouro, ele foi 
devassado em todos os sentidos, estabelecendo-se a sua efetiva ocupação através da mi-
neração. Nesse sentido, pode-se afirmar que a economia goiana no final do século XVIII se 
caracteriza:
a) Pelo aumento da arrecadação fiscal e da imigração para a região.
b) Como um período de desenvolvimento através do processo de industrialização urbana.
c) Pelo declínio da mineração e empobrecimento da capitania que se volta para as atividades 
agropecuárias.
d) Como o período áureo, grande circulação de riqueza, intenso povoamento, apogeu da 
mineração.
e) Pelo crescimento comercial e desenvolvimento urbano.
Atenção aluno(a)! O grande segredo da questão está no trecho do enunciado que diz “pode-
-se afirmar que a economia goiana no final do século XVIII se caracteriza”. A palavrafinal nos 
conduz em qual marco temporal ele se refere. E como já estudamos, o final do século XVIII é 
marcado pelo declínio da mineração e o desenvolvimento da atividade agropecuária na região.
Letra c.
006. (UEG/PC-GO/2013) Os 120 alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 ti-
nham crescido em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.
PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 2001, p. 89.
O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na Capitania de Goiás. O 
motivo para a elevação do número de escravos alforriados decorreu da:
a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema escravista, uma vez que os 
capitães do mato e os feitores eram escravos libertos.
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b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que permitiu que alguns fos-
sem alforriados por ato de bravura.
c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a tradição religiosa não 
permitia um cristão escravizar outro cristão.
d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de alguns escravos para 
acumular recursos e comprar a sua liberdade.
Alternativa coerente é a letra “d”. Alguns escravos poderiam juntar recursos com trabalho extra 
e conquistar sua liberdade.
Letra d.
007. (FGV/TJ-GO/2014) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase exclusiva-
mente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros bens que poderiam 
ser importados das demais capitanias.”
CHAIM, M. M. Sociedade Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987
O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás durante o 
século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífera em Goiás durante 
o período colonial, podemos destacar:
a) o desenvolvimento interno de Goiás que acabou gerando a modernização da região, através 
da criação de manufaturas visando o abastecimento das outras regiões do Brasil colonial;
b) o aumento da população da região, principalmente após a decadência da atividade minera-
dora, a partir da segunda metade do século XVIII;
c) a dificuldade no desenvolvimento da economia da região, em razão de o ouro extraído ter 
sido exportado para a Europa, sem promover o crescimento interno de Goiás;
d) o desenvolvimento de novas atividades, complementares à mineradora, em Goiás, como 
a produção de cana-de-açúcar em pequenas e médias propriedades, baseadas no traba-
lho escravo;
e) a longevidade da produção aurífera da região de Goiás, permitindo consolidação do comér-
cio interno da província, sobretudo, com a intensa comercialização da mão de obra escrava.
Por mais que região se destacasse na produção de Ouro, a riqueza extraída da região não era 
revertida em obras de infraestrutura, por exemplo. Tanto que quando começa a decadência da 
produção mineradora, temos um intenso fluxo emigratório na região.
Letra c.
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008. (UEG/PC-GO/2013) “Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo portu-
guês, que antes procurava canalizar toda a mão de obra da capitania para as minas, passou, 
através das autoridades, a incentivar e promover a agricultura em Goiás.”
PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 1994. p. 41.
No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX, 
adotou algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas me-
didas foi a:
a) construção da estrada de ferro, ligando Goiás a Minas Gerais, para viabilizar a exportação 
de produtos agrícolas.
b) isenção da cobrança do dízimo por dez anos aos agricultores que se estabelecessem às 
margens dos rios Tocantins e Araguaia.
c) permissão aos particulares para utilização de mão de obra compulsória dos indígenas na 
produção agrícola.
d) proibição da navegação nos rios Araguaia e Tocantins para evitar a concorrência dos produ-
tos agrícolas vindos do Pará.
Medidas de D. João para incentivar a agricultura, pecuária, o comércio e a navegação:
1) isenção do dízimo por 10 anos aos lavradores das margens do Tocantins, Araguaia 
e Maranhão;
2) catequização e civilização do gentio incentivando seu uso na agricultura;
3) construção de presídios nas margens dos rios: proteger o comercio, auxiliar a navegação etc.;
4) incentivo à navegação do Araguaia e Tocantins (algodão, açúcar, fumo, couros e sola 
até o Pará);
5) incentivo à navegação dos rios do sul, Paranaíba e seus afluentes, a fim de facilitar a comu-
nicação com o litoral;
6) revogação do alvará que proibia as manufaturas.
Letra b.
009. (FUNIVERSA/SECTEC/2010) Todos nós sabemos que Goiás nasceu com a descoberta 
do ouro pelos bandeirantes, mas cresceu e desenvolveu-se com a pecuária e a agricultura. Di-
zem mesmo que a pecuária teria precedido à mineração. É bem possível, porque um dos nos-
sos primeiros historiadores, o Padre Luiz Antônio da Silva e Souza, autor de O Descobrimento 
da Capitania de Goyaz, dá notícia de que bandeirantes desgarrados teriam deparado com ca-
beças de gado bravio que já pastavam naturalmente na região do Vão do Paraná.
Antônio Teixeira Neto. In: Revista Eletrônica, n.º 20, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando os aspectos físicos e históricos do esta-
do de Goiás, assinale a alternativa correta.
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a) A atividade agropastoril surgiu, primeiramente, para abastecer as minas; posteriormente, 
ainda como atividade intermitente e nômade, proporcionou o desenvolvimento de poderoso 
mercado interno.
b) Nos primeiros tempos da ocupação do espaço goiano, a mineração era a principal atividade 
econômica; sua decadência, na segunda metade do século XVIII permitiu o desenvolvimento 
da agropecuária como alternativa de sustento e renda para a população local.
c) O estado de Goiás insere-se totalmente na unidade de relevo comumente denominada Planal-
to Central Brasileiro, cuja denominação técnica mais atual é Planaltos e Serras de Goiás-Minas.
d) O último período do texto dá a entender que os solos do cerrado, sem que se faça a devida 
correção dos níveis de calcário, técnica conhecida como calagem, não se prestam à pecuária 
extensiva.
e) Serra Dourada é o nome de uma formação de relevo planáltico, de formação antiga, intensa-
mente desgastada pelo processo de erosão, situada na porção leste de Goiás, constituindo-separte da divisa desse estado com a Bahia.
Lembre-se candidato(a) que nos primeiros anos de ocupação do território goiano, a minera-
ção foi a principal atividade econômica. Mas com sua decadência, na segunda metade do 
século XVIII, desenvolve-se a agropecuária como alternativa de sustento e renda para a popu-
lação local.
Letra b.
010. (FCC/SEFAZ/2018) Considere os aspectos da história social do estado de Goiás:
I – Foi a partir do denominado Ciclo do Ouro, fruto da expansão do movimento das Bandeiras, 
que Goiás começou efetivamente a ser povoado, sendo a região do rio Paranaíba, no leste do 
estado, a primeira a ser ocupada nesse contexto.
II – A região pertenceu à capitania de São Paulo até meados do século XVIII e a designação 
Goiás teve origem nos povos indígenas que habitavam a região antes da colonização.
III – No sudoeste do estado há áreas demarcadas e delimitadas para comunidades quilombo-
las ou comunidades afrodescendentes, como o Kalunga, por exemplo, que vivem sobretudo da 
agricultura familiar e do artesanato.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) II e III.
c) I e III.
d) II.
e) I e II.
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O item I está incorreto, pois os primeiros arraias surgidos em Goiás em função da mineração 
no século XVIII foram na região do rio Vermelho e rio das Almas e não no rio Paranaíba. Já o 
item III está errado porque as comunidades quilombola Kalunga estão no Nordeste de Goiás, 
no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga.
Letra d.
011. (UEG/PC-GO/2012) O povoamento branco de Goiás, no século XVIII, foi caracterizado 
pela prodigalidade na construção de igrejas. Só em Vila Boa, capital da capitania, foram cons-
truídas, no espaço de 50 anos, oito igrejas. Esse grande número de igrejas, no início do povoa-
mento branco de Goiás, explica-se pelo fato de os templos servirem:
a) aos propósitos fiscais do Estado português, sendo que os clérigos, encarregados de reco-
lher os dízimos e o quinto real, reservavam partes substanciais desses rendimentos para a 
construção e o embelezamento das igrejas.
b) de principal instrumento da política indigenista pombalina, sendo que elas visavam impres-
sionar os silvícolas, estimulando-os a abandonarem suas práticas religiosas e suas aldeias e 
virem trabalhar e congregar em Vila Boa.
c) de locais de culto e de sepultamento de membros da população que estivessem integra-
dos nas inúmeras irmandades existentes na época, sendo que os escravos não-cristianizados 
eram sepultados num cemitério rudimentar.
d) no contexto histórico da Contrarreforma, de símbolos da supremacia da fé católica sobre a 
fé dos protestantes, sobretudo dos ingleses anglicanos, que trabalhavam na exploração das 
minas de ouro em Goiás.
Candidato(a), as Igrejas eram locais de culto, construídas com doações dos membros das 
irmandades religiosas. Porém, os escravos e indígenas mesmo sendo cristianizados, não po-
diam frequentar as Igrejas dos brancos, criando assim as irmandades de escravos. Um dos cos-
tumes coloniais era o sepultamento dos membros ricos das irmandades no interior das igrejas.
Letra c.
012. (UEG/TJ-GO/2006) Sobre o povoamento do território goiano no século XX, é INCORRE-
TO afirmar:
a) O processo de ocupação do Mato Grosso Goiano foi estimulado pela descoberta de veios 
auríferos na cidade de Bela Vista de Goiás.
b) A estrada de ferro exerceu significativa influência nas primeiras décadas do século XX, es-
pecialmente no sul de Goiás.
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c) A edificação de Brasília, durante a década de 1950, provocou um intenso fluxo migratório 
para as regiões que circundavam a Capital Federal.
d) A construção da Belém–Brasília favoreceu o surgimento de inúmeras cidades no nor-
te de Goiás.
Cuidado candidato(a)! A questão quer o item INCORRETO. O erro está no item “a”, pois a cidade 
não é Bela Vista de Goiás, e sim Vila Boa de Goiás. Futuramente, Vila Boa de Goiás se tornaria 
a Cidade de Goiás, que foi a capital do Estado por 200 anos, até a construção de Goiânia na 
década de 1930.
Letra a.
013. (CEBRASPE/PC-GO/2016) A respeito do povoamento do estado de Goiás, assinale a op-
ção correta.
a) O arraial de Catalão foi fundado na primeira metade do século XIX, pelo interesse de um 
particular em atrair povoadores para as suas terras.
b) Anápolis integra o grupo de cidades goianas cujas origens estão nos arraiais da minera-
ção do ouro.
c) A famosa bandeira do Anhanguera ao sertão dos Goyazes — século XVIII — tinha por objetivo 
o apresamento de quilombolas para empregá-los como mão de obra nas fazendas paulistas.
d) A atual cidade de Goiás teve suas origens no arraial de Santana, um assentamento de portu-
gueses que chegaram ao rio Vermelho em busca de ouro, no final do século XVI.
e) O assentamento populacional em Jaraguá decorreu da expansão dos engenhos de açúcar 
da região de Pirenópolis.
Catalão foi um dos poucos municípios goianos que a povoação começou antes de 1800 e 
que não estava ligada à existência de ouro. Em 1810, um fazendeiro chamado Antônio Manuel 
doou um lote para a construção da igreja de Nossa Senhora Mãe de Deus. Este foi movido 
não só pela devoção, mas também pelo interesse de atrair moradores para a região e valorizar 
suas terras.
Letra a.
014. (IADES/AL-GO/2019) Com uma população de quase 7 milhões de habitantes, o estado 
de Goiás é o mais populoso da região Centro-Oeste e, como princípio do seu povoamento, 
consta a chegada de bandeirantes e de migrantes que vieram de diversas partes da América 
portuguesa. Alguns traços do povoamento inicial desse estado permaneceram e outros se 
desenvolveram com o passar do tempo.
Considerando essas informações no que se refere ao processo de ocupação e desenvolvimen-
to do território goiano, assinale a alternativa correta.
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a) Na primeira metade do século 18, a prospecção mineral que havia animado a ocupação 
das Minas Gerais e gerado conflitos entre paulistas e reinóis expandiu-se para o Centro-Oeste, 
promovendo a rápida expulsão de índios do território goiano, que foi ocupado pelo colonizador 
português.
b) Juntamente com a economia mineradora, a pecuária, em escala menor, promoveu a ocupa-
ção do território goiano, seguindo os grandes rios e as proximidades das zonas de mineração. 
Enquanto, no sudoeste goiano, a mineração e a pecuária desenvolveram-se a partir de Vila Boa 
de Goiás, no Norte, esse processo seguiu as proximidades das nascentes e do curso alto do 
rio Tocantins.
c) Os caminhos que se desenvolveramVila Boa e primeira capital de Goiás. O nome do Estado tem sua origem na sociedade 
indígena “guaiás”, que é do termo tupi “gwaya”, que significa “indivíduo igual, gente semelhante, 
da mesma raça”.
As Bandeiras eram expedições financiadas pela Coroa Portuguesa, tendo como finalidades 
a expansão territorial, a extração de minérios, a captura de escravos e o acúmulo de riquezas. 
Os membros dessas expedições eram conhecidos como bandeirantes.
Bartolomeu Bueno da Silva, denominado pelos indígenas como Anhanguera, foi o primeiro 
bandeirante a ocupar o Goiás. Mas a região já era conhecida e estava presente na rota dos Ban-
deirantes durante o primeiro século de colonização. As primeiras Bandeiras tinham o objetivo 
de explorar o interior procurando riquezas minerais e, também, para a captura de índios.
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Os nativos, assustados, entregaram a localização das minas e apelidaram Bartolomeu de 
“Anhanguera”, que em tupi quer dizer “Diabo Velho”. Antes de irem embora carregando o ouro, 
levaram algumas dezenas de indígenas como escravos. Assassinaram outra centena deles.
A expedição de Bartolomeu Bueno da Silva saiu de São Paulo com a meta de conseguir 
novas riquezas pelo interior do Brasil, até chegar em terras desconhecidas, onde atualmente é 
o estado de Goiás. Bartolomeu ficou surpreso com os adereços feitos com ouro que cobriam 
os índios. O bandeirante perguntou a uma indígena a origem do ouro, mas os nativos não for-
neceram a informação desejada. Indignado, ele encheu um recipiente com álcool e ateou fogo 
nele, dizendo aos índios que aquilo que queimava era a sua água e que, se não falassem onde 
estava o ouro, ele iria colocar fogo em toda água da aldeia. Os nativos ficaram assustados e 
entregaram a localização das minas.
Os bandeirantes voltaram à São Paulo, divulgando a descoberta de córregos auríferos, e 
afirmando que as minas eram tão ricas quanto as de Cuiabá, com ótimo clima e fácil comuni-
cação. Anos depois, os bandeirantes organizaram uma nova expedição para explorar o terri-
tório, sendo Bartolomeu um superintendente das minas, e João Leite da Silva Ortiz o guarda-
-mor. A primeira região ocupada foi a do Rio Vermelho, onde os bandeirantes criaram o arraial 
de Sant’Ana, posteriormente chamado de Vila Boa e, mais tarde, de Cidade de Goiás.
Candidato(a), é importante lembrar que a descoberta de ouro em Goiás não foi algo casual. 
Foram anos penetrando o interior do sertão, caçando índios e procurando ouro, prata e pedras 
preciosas.
Desenvolveu-se um fluxo populacional de mineradores que sustentavam uma sociedade 
escravocrata, ou seja, com mão de obra escrava resultante do extermínio dos indígenas daque-
la região e de povos africanos, cujos aspectos fundamentam a sociedade goiana até hoje. As 
dificuldades sofridas pelos novos habitantes foram várias, entre elas podemos citar a escas-
sez de gêneros de primeira necessidade, pois ninguém queria realizar outra atividade a não ser 
a extrativa.
Por ter pouco entendimento sobre a configuração social dos povos indígenas daquela re-
gião, compreendeu-se as áreas entre o Sudeste e o Centro-Oeste como o sertão dos Goyazes, 
uma delimitação superficial para se referir aos povos indígenas das terras que viviam próximos 
do Rio Vermelho. Mas aqui, para entendimento mais aprofundado da ocupação daquela terra, 
identificaremos os povos que sofreram ataques brutais durante a consolidação da região au-
rífera que se tornaria a capitania de Goiás. Desde a presença do primeiro minerador na terra, 
houve conflitos com os indígenas, principalmente com os Kayapó, ao sul, e os Akroâ e os Xa-
criabá, ao norte.
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Até a fundação da Capitania de Goiás, no ano de 1748, a região foi marcada por conflitos 
entre colonizadores e os povos indígenas. A política da Coroa Portuguesa relativa aos nativos 
recomendava às autoridades coloniais todo o empenho nos trabalhos de conversão e catequi-
zação dos índios. A escravização do nativo, em tese, só era admitida como exceção, na hipóte-
se de resistência do índio à colonização, o que se chamava à época de “guerra justa”.
Disponível em: . Acesso em: 10 de 
out. 2021.
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É importante lembrar que a resistência indígena é um fenômeno recorrente na história da 
ocupação portuguesa. Porém, além do genocídio físico e cultural indígena durante o processo 
de conquista de terra para a mineração, temos o intenso aporte de vítimas do tráfico humano 
para a região, com a escravidão da mão de obra africana. Entende-se aqui o corpo africano não 
somente como mão de obra, mas como “produto”; as minas demonstram o mais impiedoso e 
brutal histórico das práticas de escravidão na colônia portuguesa. Assis afirma que:
A escravidão das minas apresentava-se como mais opressiva que nas regiões agrícolas. A fisca-
lização mais intensa por parte do senhor e a insalubridade do ambiente das minas comprovam a 
intensificação da exploração dos escravos. O grande número de quilombos surgidos em Goiás, às 
margens dos caminhos que ligavam os vários arraiais, demonstra a campanha intensa do negro 
contra o sistema escravista, difundindo a insegurança em meio à sociedade mineradora e deter-
minando a vigilância constante por parte das autoridades e suas milícias. (FONTE: ASSIS, Wilson 
Rocha Fernandes. Estudos de História de Goiás. Goiania: Palavrear Livros, 2018.)
A partir de 1725 o território goiano começou a sua produção aurífera. Vários arraiais foram 
se formando onde ocorriam as novas descobertas, sendo o ouro extraído fundido na Capitania 
de São Paulo. Os primeiros arraiais são criados próximo ao rio vermelho, Anta, Barra, Ferreiro, 
Ouro Fino e Santa Rita, contribuindo para a atração da população. À medida que vão surgindo 
novos descobrimentos os arraiais vão se multiplicando por todo o território. Veja a seguir al-
guns arraiais criados por conta da produção aurífera.
Foi uma época intensa, apesar de breve, tendo em vista que as técnicas de extração au-
rífera se davam através do processo de aluvião, sempre às margens ou leitos dos rios. Isso 
exigia uma exorbitante quantidade de mão de obra escrava, cerca de 20 mil escravos, trazidos 
de Pernambuco, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, o que gerava grandes gastos na compra 
e transporte, fazendo comno território goiano surgiram como percursos deixados 
pelas comunidades indígenas. Mais tarde, alargadas para o carro de boi, no século 19, e diver-
sificadas com as ferrovias que surgiram ao sul, em princípios do século 20, a população goiana 
teve o crescimento incrementado pelas migrações dos estados vizinhos.
d) A construção da nova capital, Goiânia, na década de 1930, representou uma nova perspecti-
va econômica e social para o estado de Goiás, contribuindo para o incremento das atividades 
agrícolas, comerciais e industriais, bem como avançando positivamente na integração de regi-
ões distantes, no norte do estado.
e) A construção de Goiânia trouxe uma nova dinâmica econômica e social para o estado de 
Goiás entre os anos de 1930 e 1950. Esse impulso foi incrementado a partir dos anos de 1960, 
com a decisão dos governos estaduais quanto à abertura de novas estradas que ligavam ao 
norte e ao sul importantes rotas para o desenvolvimento da agropecuária, o que conduziu a 
economia goiana à autossuficiência.
A ocupação de Goiás ocorreu por meio de suas atividades econômicas ao longo de vários 
anos. Inicialmente, ocorreu com as bandeiras na busca pelo ouro, que se efetivou em 1725, sur-
gindo no entorno das minas vários vilarejos. Como atividade subsidiária da mineração, surgi-
ram a pecuária e a agricultura realizadas, principalmente, às margens dos seus principais rios.
Letra b.
015. (CS-UFG/DEMAE-GO/2017) No século XVIII, além da descoberta das águas termais, ou-
tro fator que contribuiu para o povoamento da região onde hoje se situa Caldas Novas foi a 
observação da:
a) presença de ouro.
b) fertilidade da terra.
c) abundância de animais de caça.
e) existência de grande área de pastagem.
Aquela questão para você não zerar a prova! Lembre-se que no século XVIII a presença do ouro 
era um elemento crucial para a ocupação de diversos municípios goianos.
Letra a.
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016. (CS-UFG/CELG/2014) O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especial-
mente na faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores respon-
sáveis por essas mudanças, pode-se destacar a:
a) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e criação de municípios.
b) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e o babaçu, o que resultou 
na retração da migração.
c) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente no vale do rio Tocantins.
d) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos barramentos para produção de 
energia elétrica.
e) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a vertente Oeste do rio 
Tocantins.
Não apenas a construção da rodovia, mas também a construção de Brasília impactou na mi-
gração para a região.
Letra a.
017. (CS-UFG/AL-GO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII é distinto da-
quele registrado no século XIX e XX, especialmente em relação à rede de cidades e à integra-
ção econômica. A principal atividade econômica, no período citado, era:
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz
d) a exploração do ouro.
Lembre-se candidato(a), durante o século XVIII estacou-se a produção de Ouro na re-
gião de Goiás.
Letra d.
018. (UEG/AGSEP/2012) Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros 
foram exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio. Ao mineiro sempre apressado e in-
quieto, faltavam o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma política pacífica. À 
invasão de seus territórios e às perseguições dos “capitães-do-mato” respondiam os índios 
com contínuas represálias.
PALACÍN, L; MORAES, M. A. S. História de Goiás. Goiânia: Ed. da UCG, 1994. p. 39 – 40.
A partir da leitura desse comentário acerca das relações étnicas em Goiás, conclui-se que:
a) os mineiros priorizavam o combate às populações indígenas em vez de estabelecer rela-
ções sociais com as tribos.
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b) os “capitães-do-mato” tinham como principal missão capturar indígenas para serem levados 
na condição de escravos para o Litoral.
c) as populações indígenas costumavam receber pacificamente os mineiros, que os presente-
avam com espelhos e panelas de metal.
d) as bandeiras, como a liderada por Anhanguera, representavam os ideais pombalinos de in-
tegração dos indígenas à sociedade portuguesa.
Lembre-se que durante o período da mineração, as relações entre índios e mineiros foram ex-
clusivamente guerreiras e de mútuo extermínio.
Letra a.
019. (CS-UFG/DEMAE/2017) Leia o fragmento.
Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes ofe-
rece e impedir com armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe 
fará guerra, matando-os e cativando-os.
Regimento de Anhanguera. História de Goiás em documentos. V.1. Goiânia: Editora da UFG, 2001, p. 25.
O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás, no início do século 
XVIII, foi marcada:
a) pela selvageria dos indígenas, que não aceitavam conviver com os homens civilizados.
b) pela civilidade dos desbravadores, que eram mais pacíficos que as tribos que enfrentavam.
c) pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores aos indígenas.
d) pelo espírito conciliador do homem branco, que buscava estabelecer acordo com os nativos.
Uma questão de interpretação. O próprio fragmento declara a violência aplicada pelos bandei-
rantes caso os índios não aceitassem a paz que lhes fosse concedida.
Letra c.
020. (PREFEITURA DE MAURILÂNDIA/2015) A Abolição da escravidão em 1888, não alterou 
as condições de trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população 
de Goiás era constituída por:
a) índios e negros.
b) índios e pardos.
c) apenas negros.
d) apenas brancos.
e) maioria negra e uma minoria branca.
Com a decadência da mineração, a maior parte da população que se manteve no Goiás era 
majoritariamente negra e uma minoria branca.
Letra e.
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021. (CS-UFG/PREFEITURA DE CALDAS NOVAS/2016) Leia o texto a seguir para responder 
à questão.
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, 
desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230 
mil hectares de Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se 
estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
Disponível em: .Acesso em: 21 
set. 2015.
A comunidade quilombola do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga é formada principal-
mente por descendentes de:
a) índios que buscaram se proteger das perseguições dos bandeirantes.
b) povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras pelos colonizadores.
c) sertanejos que se isolaram diante do aumento da migração para a região.
d) escravos africanos que fugiram do trabalho forçado nas minas de ouro e nas fazendas.
O povo Kalunga é uma comunidade de negros, formada por descendentes dos primeiros qui-
lombolas, ou seja, de escravos que fugiram do cativeiro e organizaram quilombos, passando a 
viver em relativo isolamento, construindo para si uma identidade e uma cultura próprias, com 
os elementos africanos de sua origem adicionados aos europeus dos colonizadores, marca-
dos pela forte presença do catolicismo tradicional do meio rural.
Letra d.
022. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século 
XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou: “Os negros e crioulos me diziam que preferiam 
recolher no córrego de Santa Luzia um único vintém de ouro por dia, do que se porem ao servi-
ço dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais 
lhes é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que ficam meses in-
teiros sem poder salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a confissão 
pascal, sucede que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com 
o mesmo vestido”.
Saint-Hilaire. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. Apud PALACÍN, L.; MORAES, 
Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG, 1989. p. 47. (Adaptado).
Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência 
das atividades:
a) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para 
extração do metal.
b) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela aboli-
ção da escravidão africana.
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c) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estra-
das que ligavam o sertão ao litoral.
d) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para 
a comercialização com outras regiões.
Na segunda metade do século XVIII ocorreu declínio da mineração, resultando na transição 
para a pecuária em Goiás.
Letra a.
023. (CEBRASPE/PC-GO/2016) Durante a Idade Moderna, prevaleceram na Europa as prá-
ticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortalecimento dos Estados nacionais e o 
enriquecimento de seus empreendedores. Em larga medida, o entesouramento de metais pre-
ciosos era o objetivo mais evidente, o que explica o grande interesse na descoberta e na explo-
ração desses metais nas colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação 
das áreas interioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-
tudo, a partir do século XVII. A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos 
relacionados a esse desbravamento, assinale a opção correta.
a) A Guerra dos Emboabas, ocorrida nas Minas Gerais, interrompeu a marcha dos desbrava-
dores paulistas em direção ao Centro-Oeste, retardando em muito a ocupação e a exploração 
econômica das terras goianas.
b) O declínio da extração aurífera em Goiás ocorreu na primeira metade do século passado, 
quando a multiplicação de indústrias alterou radicalmente o panorama econômico de toda a 
região central do país.
c) Fundada por Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro Anhanguera, a sede inicial da capitania 
goiana recebeu desse bandeirante o nome de Goiás, homenagem aos habitantes de extensa 
região que margeava o rio Tietê.
d) O desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos bandeirantes que, a partir de São Paulo, 
embrenharam-se pelos denominados sertões em busca de, além de ouro e pedras preciosas, 
índios para serem escravizados.
e) A ação dos desbravadores foi severamente punida pela metrópole portuguesa, receosa de 
que as riquezas eventualmente encontradas no interior da colônia fossem contrabandeadas e 
escapassem ao fisco lusitano.
A interiorização do território goiano deu-se no contexto das bandeiras. Com as Bandeiras au-
mentando no século XVIII, a região do interior do Brasil, mais conhecido como Sertão, passou a 
ser ocupada pelos bandeirantes. As Bandeiras (movimentos particulares de expansão e busca 
por riquezas) tinham como principais objetivos tanto a procura de povos indígenas para escra-
vizar quanto a busca por metais preciosos (ouro, prata).
Letra d.
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024. (SEGPLAN-GO/2016) Leia os textos a seguir:
1.“Excelente escravo. Vende-se um crioulo de 22 anos, sem vício e muito fiel: bom e asseado 
cozinheiro, copeiro. Faz todo o serviço de arranjo da casa com presteza, e é melhor trabalha-
dor de roça que se pode desejar; humilde, obediente e bonita figura. Para tratar na ladeira de S. 
Francisco n. 4”.
Província de São Paulo, S. P. 19 fev. 1878. Apud NEVES, M. de F.R. das. Documentos sobre a escravidão no Brasil. 
São Paulo: Contexto, 1996. (Textos e documentos; v.6).
2.“Identificavam, naturalmente, trabalho com escravidão e liberdade com ódio. [...]. Em Goiás a 
situação era a mesma. [..]. A primeira distinção fundamental na sociedade era a cor”.
PALACIN, L. e MORAES, Maria A. de Santanna. História de Goiás (1722 – 1972). 6ª Ed. Goiânia: Editora da 
UCG, 1994.
Após ler os textos e com base nos seus conhecimentos pode-se afirmar que a vida dos escra-
vos no Brasil e em Goiás possuía as seguintes características, EXCETO:
a) Trabalho árduo e pouca alimentação.
b) Graves doenças (reumatismo, verminoses...).
c) Força de trabalho voltada principalmente para a pecuária.
d) Falta de liberdade (arbitrariedades e castigos).
e) Atividade mineradora como principal ocupação.
Lembre-se candidato(a), que a mão de obra escrava no Brasil não era empregada em grande 
quantidade nas atividades pecuárias.
Letra c.
025. (UEG/PC-GO/2013) Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extin-
guindo oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás:
a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma vez que a economia 
agropecuária não era dependente do trabalho escravo.
b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se posicionar ao lado dos 
proprietários de terras contra o fim da escravidão.
c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se valeu dos ideais cristãos 
para criticar a escravidão.
d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava nos serviços públicos, 
como o calçamento das ruas.
Quando foi assinada a lei de abolição da escravatura no Brasil, a província de Goiás não de-
pendia mais da mão de obra escrava. No século XIX o número de escravos era pequeno e a 
pecuária jáhavia se fundado. Sendo que a Lei Áurea não encontrou nenhum negro cativo na 
cidade de Goiás.
Letra a.
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026. (FUNIVERSA/SECTEC-GO/2010)
“Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas ter-
ras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos”.
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, Constituição Federal de 1988.
Acerca da participação dos negros na formação econômica e social de Goiás e de temas cor-
relatos, assinale a alternativa correta.
a) Em Goiás, foi importante a contribuição dos negros para a formação de sua população. 
Conforme dados do último censo demográfico, o estado é, entre todas as unidades federadas, 
aquele que possui maior percentual de afrodescendentes.
b) Apesar do grande contingente de goianos de origem africana, ao longo da história, o estado, 
contrariamente às demais unidades da Federação, não utilizou mão de obra escrava em seus 
processos produtivos.
c) A exemplo de outras instituições públicas, a Universidade Federal de Goiás, por meio do 
Programa UFGInclui, adota o sistema de cotas raciais para o acesso ao ensino superior. São 
disponibilizados 10% de suas vagas para estudantes negros e 10% para negros quilombolas, 
independentemente da renda ou da origem escolar (escolas públicas ou privadas).
d) Apesar das políticas governamentais criadas com o intuito de valorizar a cultura dos escra-
vos e seus descendentes e de reconhecer a posse destes sobre as áreas ocupadas por antigos 
quilombos, não há terras de quilombolas reconhecidas no estado de Goiás.
e) Por terras de quilombolas entendem-se áreas ocupadas por descendentes de antigos es-
cravos revoltados, que passaram a viver em quilombos, com o objetivo de fugir da situação de 
escravidão em que se encontravam.
Quilombo é a nomenclatura dada aos locais de refúgio dos escravos que fugiam de engenhos 
e fazendas durante o período colonial e imperial. Nesses ambientes, os escravos passavam a 
viver em liberdade, criando relações sociais. Centenas de quilombos existem até os dias atais, 
formando as comunidades quilombolas.
Letra e.
027. (IADES/SEAP/2019) Nas últimas décadas, o bioma cerrado, presente no território goia-
no, transformou-se em uma nova e importante fronteira agrícola brasileira. Essa transforma-
ção modificou os aspectos socioeconômicos regionais e impulsionou a produtividade agro-
pecuária, tornando o Brasil um dos principais produtores mundiais de commodities agrícolas.
No que tange às transformações socioeconômicas e ao aumento da produtividade no cerrado, 
assinale a alternativa correta.
a) O bom desempenho do agronegócio goiano se deve à pesquisa e à tecnologia implementa-
das no cerrado pela agricultura moderna.
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b) A agricultura tradicional, praticada no estado de Goiás, é a responsável pelo crescimento 
das exportações de commodities agrícolas.
c) O aumento da produtividade de commodities agrícolas em Goiás só foi possível com a im-
plantação do modelo de agricultura familiar.
d) A alta produtividade do cerrado está relacionada com a boa qualidade do solo, que dispensa 
correção e adubos.
e) O clima predominantemente ameno na região do cerrado, com chuvas distribuídas ao longo 
de todos os meses do ano, constitui fator importante para o aumento da produtividade agrícola.
A região do Cerrado teve uma expressiva expansão no final do século XX pelo agronegócio e 
suas técnicas modernas de cultivo.
Letra a.
028. (UEG/PCGO/2013) “Nas últimas décadas do século XVIII e princípio do século XIX, a situ-
ação econômica da capitania era crítica. A palavra decadência é a que mais se encontra entre 
os vários apelos e lamentos daqueles que a habitam, sejam provenientes das autoridades go-
vernamentais, sejam de elementos do povo”.
FUNES, E. A. Goiás 1800 – 1850: um período de transição da mineração à agropecuária. Goiânia: Editora da UFG, 
1986. p. 32.
O texto citado aborda a crise da produção aurífera em Goiás. A consequência dessa crise foi o:
a) incremento da arrecadação tributária como consequência de o controle do contrabando ser 
mais eficaz na atividade agropecuária.
b) aumento da ruralização pelo fato de parte da população abandonar as vilas e arraiais e mu-
dar-se para o campo.
c) crescimento da importação de escravos para viabilizar a exploração de minas auríferas de 
maior profundidade.
d) acréscimo da atividade comercial em virtude do aproveitamento de capitais antes emprega-
dos na mineração.
Candidato(a), a questão é bem clara sobre seu objetivo: a consequência da crise. Dessa forma, 
lembre-se que ocorreu de maneira intensa o êxodo urbano com a decadência da mineração. 
Um dos motivos, era a justificativa que o campo oferecia as condições mínimas para a produ-
ção de alimentos.
Letra b.
029. (FUNIVERSA/UEG/2015) A tecnologia da irrigação é uma grande aliada dos agricultores. 
Alternativas bem-sucedidas de irrigação tecnológica de baixo custo vêm atendendo a anseios 
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econômicos dos produtores e a metas ambientais da sociedade. Números do IBGE mostram 
que o Brasil possui 4,4 milhões de hectares irrigados, mas seu potencial é de 30 milhões.
Em relação à temática abordada nesse fragmento de texto, assinale a alternativa correta.
a) Um dos grandes problemas ambientais da irrigação no estado de Goiás deve-se ao fato de 
a água ser sempre retirada de mananciais.
b) O consumo de água pela agropecuária brasileira, em comparação com outros ramos da 
economia, é significativamente baixo.
c) O Centro-Oeste, em razão de seu relevo, é uma das regiões com maiores dificuldades para a 
implantação da lavoura irrigada.
d) O município de Cristalina é um dos principais polos de lavoura irrigada do Brasil.
e) Apenas grãos, principalmente soja e milho, são produzidos em sistemas de irrigação.
Cristalina é um dos principais polos de irrigação do Brasil. Há produção frutas, trigo e ou-
tros cultivos.
Letra d.
030. (IADES/AL-GO/2019) Conforme o Decreto Presidencial n. 75.320/1975, que dispõe 
quanto à criação do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (POLOCENTRO), o objetivo 
do referido programa foi o de:
a) regularizar a ocupação do cerrado por meio do recadastramento dos imóveis rurais, da iden-
tificação de áreas devolutas e do desenvolvimento de ações de proteção do bioma cerrado.
b) ampliar a participação do Estado na proteção das fronteiras nacionais localizadas no cerra-
do, como medida de controle do territórioe maior rigor na fiscalização das atividades econô-
micas ilegais e (ou) ilícitas.
c) promover o desenvolvimento e a modernização das atividades agropecuárias no Centro-O-
este e no oeste do estado de Minas Gerais, mediante a ocupação racional de áreas seleciona-
das, com características de cerrado.
d) promover o desenvolvimento econômico e social das áreas do cerrado por meio de investi-
mentos na área da educação, do aumento do número de escolas, da instalação de universida-
des e escolas técnicas e de ações de combate à pobreza.
e) propor ações de desenvolvimento econômico voltadas para o fortalecimento das indústrias 
localizadas no cerrado, em especial aquelas voltadas para a produção de produtos com maior 
valor agregado e bens de capital.
O POLOCENTRO teve um grande impacto sobre o crescimento e a produção agropecuária no 
Centro Oeste, incentivando uma maior produção de alimentos.
Letra c.
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031. (IADES/AL-GO/2019) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante 
para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana, 
assinale a alternativa correta.
a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante 
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de 
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital 
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo 
em vista a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triân-
gulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.
Os primeiros trilhos em Goiás foram estabelecidos em 1911 e teve sua inauguração em 1913 
na cidade de Ipameri/GO. Foi uma solução para os produtores, comerciantes e políticos goia-
nos, que precisavam atender às necessidades da economia da região.
Letra a.
032. (FCC/SEFAZ-GO/2018) As ações da Companhia Estrada de Ferro de Goiás estabelece-
ram, no início do século XX, uma ferrovia que:
a) permaneceu, até meados da segunda metade do século XX, como principal modal de esco-
amento dos sistemas produtivos regionais, sendo responsável por 50% da carga transportada.
b) surgiu pela demanda de vias flexíveis para a circulação de mercadorias com vistas ao mer-
cado interno e de políticas governamentais orientadas por interesses de grandes grupos inter-
nacionais em importar produtos agrícolas.
c) foi instalada seguindo uma lógica externa – interesse do capital em se expandir e ocupar o 
território brasileiro, mas também por articulações políticas de grupos locais interessados na 
efetivação desse projeto.
d) adequou-se ao modelo de substituição de importações instaurado no Brasil nas primeiras 
décadas do século XX, tornando-se a via de integração entre os novos polos de modernização 
do Sudeste e do Nordeste.
e) contribuiu para acentuar o caráter arquipélago da economia brasileira uma vez que, ao prio-
rizar o escoamento da produção econômica regional para o Sul e Sudeste, intensificou o isola-
mento da Amazônia e a região Nordeste.
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Para o estado de Goiás, a Estrada de Ferro é um resultado de um esforço feito por alguns re-
presentantes da classe política e intelectual da região. Porém, é importante destacar que a fer-
rovia cortava o cerrado goiano em função dos interesses do sistema capitalista de produção, 
ou seja, ela nasceu de fora para dentro do estado.
Letra c.
033. (QUADRIX/PROCON/2017) Na segunda metade do século XIX, como resultado do ritmo 
de transformação da estrutura econômica produtiva do Centro-Sul do País a partir do alarga-
mento da fronteira agrícola, ocorreu uma expansão das estradas de ferro, com o prolongamen-
to das ferrovias paulistas para além dos limites do estado de São Paulo. Os trilhos seguiram 
em direção a outros estados, como no caso de Goiás, com a construção da Estrada de Ferro 
Goiás, ligando-se à Estrada de Ferro Mogiana, localizada em solo mineiro.
Internet: (com adaptações).
A justificativa da construção da ferrovia goiana estava ancorada no(na):
a) posição assumida pelo estado de Goiás como região produtora e fornecedora de produtos 
agrícolas básicos para os mercados da região Sudeste.
b) pensamento, predominante naquele momento, de que a construção da nova capital do esta-
do demandaria ligações ferroviárias com o restante do País.
c) significativa produção de café no sul goiano, que seria majoritariamente encaminhada ao 
porto de Santos, em São Paulo, por via férrea.
d) necessidade de escoar a vasta produção de minerais, como níquel e fosfato, produzidos no 
norte goiano.
e) possibilidade de que funcionasse como vetor de transferência maciça dos imigrantes que 
chegavam de Minas Gerais.
A estrada de ferro surge como uma maneira de integrar a economia goiana e facilitar o escoa-
mento da sua crescente produção agropecuária.
Letra a.
034. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA/2019) A porção do Sudeste Goiano denomi-
nada “região da Estrada de Ferro”, após ter passado por um período de crescimento econômico 
no início do século XX, a partir de 1930, enfrentou a estagnação, vindo a recuperar sua primazia 
apenas a partir dos anos de 1970.
Patrícia Francisca de Matos. Estrada de Ferro: o anúncio das metamorfoses de modernização do território no 
Sudeste Goiano. In: Revista eletrônica Ateliê Geográfico, UFG‐IESA, p. 14.
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Com relação à formação econômica de Goiás e às suas transformações ao longo do século 
XX, assinale a alternativa correta.
a) A estagnação ocorrida a partir de 1930 tem, entre seus motivos, a expansão da ferrovia até 
Anápolis, o que viria a consolidar o domínio comercial por outras regiões do estado.
b) A construção de Goiânia não impactou na decadência da região da Estrada de Ferro, visto 
que sua influência econômica se deu apenas no campo político.c) Liderados por Mauro Borges, grupos que se opunham aos coronéis da região da Estrada de 
Ferro investiram na modernização de outras áreas e contribuíram, nos anos 1930, para a deca-
dência dessa região.
d) Apesar da estagnação econômica referida, o Sudeste Goiano viveu, entre 1930 e 1970, um 
forte incremento na dinâmica populacional, tornando‐se a região mais populosa do estado.
e) Mesmo com menor fluxo de capitais em relação às décadas anteriores a 1930, a região da 
Estrada de Ferro continuou sendo, até 1970, grande exportadora de produtos da agropecuária.
Um dos fatores que contribuíram para a estagnação econômica e demográfica dos municípios 
do Sudeste Goiano está a expansão dos meios de circulação, que possibilitaram a inserção 
de outras regiões do estado na produção comercial, como, por exemplo: o prolongamento da 
estrada de ferro até Anápolis, em 1935, que consolidou o controle comercial da área central e 
do norte de Goiás, a construção de Goiânia e os programas de colonização.
Letra a.
035. (CS-UFG/AL-GO/2015) Leia o texto.
A região é caracterizada, especialmente no início do século XX, pela ocupação estimulada 
pelos trilhos da Estrada de Ferro. Atualmente, apresenta uma rede urbana pouco densa, com 
predomínio de cidades abaixo de 10.000 habitantes. Além da forte agricultura, sua economia 
se destaca pela produção mineral e pela presença de indústrias do setor automotivo.
O texto faz referência a região goiana conhecida como:
a) Sudeste Goiano.
b) Nordeste Goiano.
c) Sudoeste Goiano.
d) Região Metropolitana
A Ferrovia percorre com seus trilhos a região SUDESTE do Estado.
Letra a.
036. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração, 
é bastante heterogênea. Contudo, é possível estabelecer um perfil regional da migração, uma 
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vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul.
b) Norte.
c) Nordeste.
d) Sudeste.
Uma vez que a maior parte da mão de obra de que se valeu o Governo Federal na construção 
de Brasília, foi composta de nordestinos.
Letra c.
037. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Os fluxos migratórios para o território goiano, durante o sé-
culo XX, seguiram padrões regionais influenciados pela dinâmica econômica e projetos de 
integração nacional. Ao observar o perfil demográfico do Sudoeste Goiano e do Entorno do 
Distrito Federal, percebe-se que esse padrão foi determinado, respectivamente, pela:
a) edificação de Goiânia e pela modernização agrícola.
b) construção da ferrovia e pela implantação de projetos de irrigação.
c) criação de projetos de colonização e por programas de transferência de renda.
d) modernização da agricultura e pela edificação de Brasília
Lembre-se querido(a) aluno(a), a modernização da agricultura e a construção de Brasília foram 
fatores determinantes para a ocupação do Sudoeste Goiano.
Letra d.
038. (CEBRASPE/PCGO/2016) Relativamente à modernização da agricultura, à urbanização 
e à demografia do território goiano, e ao atual panorama econômico do estado de Goiás, assi-
nale a opção correta.
a) O alto nível de desenvolvimento econômico da região norte de Goiás foi decisivo para o des-
membramento que deu origem ao estado do Tocantins.
b) Graças à crescente importância do agronegócio na economia do estado de Goiás, a popula-
ção goiana é majoritariamente rural.
c) Com o declínio da mineração, a economia goiana voltou-se para a agricultura de exportação, 
com produção destinada ao mercado exterior.
d) A partir das últimas décadas do século passado, a economia goiana viu o agronegócio ex-
pandir-se e ampliou seu parque industrial.
e) Atualmente, o setor de serviços desempenha reduzido papel na composição do produto 
interno bruto de Goiás.
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Os investimentos na agropecuária goiana aumentaram de forma significativa nos últimos 
anos. Mesmo sendo um estado de população urbana, a produção agropecuária desenvolvida 
tem uma grande participação na produção nacional. Com isso, vários setores agroindústrias 
foram sendo atraídos para região. Em outros casos específicos, a criação de polos industriais, 
como o de Anápolis, começam a surgir e aquecer a economia do estado.
Letra d.
039. (IADES/AL-GO/2018) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante 
para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações comerciais com o su-
deste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da economia goiana, 
assinale a alternativa correta.
a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante 
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de 
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital 
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo 
em vista a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triân-
gulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.
A estrada de ferro começou no final do século XIX e nas três primeiras décadas do século XX 
visando integrar Goiás ao resto do país, sendo o primeiro passo para urbanização e expansão 
do capitalismo.
Letra a.
040. (IBEG/SANEAGO/2013) A região Centro-Oeste deve ser considerada como um grande 
espetáculo do crescimento econômico brasileiro ao longo das últimas décadas. Comparando-
-se as taxas de crescimento do PIB da região com as do Brasil, verificamos a elevada perfor-
mance apresentada pelo Centro-Oeste, que nos últimos 40 anos cresceu aproximadamente 9% 
ao ano. Conforme constata estudo elaborado pelo IPEA, desde o início dos anos 60, o cresci-
mento observado na sua economia, além de muito alto foi também bastante estável, inclusive 
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em períodos de crises verificadas na economia brasileira. Nesse contexto de crescimento, o 
estado de Goiás se insere deforma significativa. Isto pode ser confirmado com a constatação 
de que importantes transformações estruturais de sua economia aconteceram nas últimas 
décadas, com o aprofundamento de sua relação de complementaridade com o centro dinâ-
mico do país, permitindo a consolidação de bases para o crescimento econômico do estado. 
Deve ser destacado, assim como para todo o Centro-Oeste, a participação fundamental dos 
setores públicos federal, estaduais e municipais para o desenvolvimento regional. Ao verificar 
o desenvolvimento do Estado de Goiás ao longo das décadas iremos nos deparar com a busca 
pelo crescimento econômico, via modernização dos setores agropecuários e agroindustriais, 
fortemente amparada em políticas públicas como crédito rural, planos regionais de desenvol-
vimento, política de preços mínimos.
http://www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj1/02.htm
Com relação ao tema suscitado no texto e suas ramificações, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o texto pode-se afirmar que o arrefecimento dos setores agropecuários e 
agroindustriais do estado de Goiás tiveram o apoio dos setores públicos federal, estadual e 
municipais.
b) Infere-se do texto que as políticas de incentivos estatais foram importantes para o desenvol-
vimento econômico dos estados de Goiás e Tocantins.
c) A chegada das empresas automobilísticas (montadoras) Mitsubishi, Audi e Hyundai no es-
tado de Goiás, são exemplos da modernização dos setores agropecuários e agroindustriais.
d) As políticas de incentivos fiscais adotadas pelo estado de Goiás corroboraram para o cres-
cimento e modernização dos setores agropecuários e agroindustriais nas últimas décadas.
e) A modernização dos setores agropecuários e agroindustriais contribuiu para a geração de 
novos postos de trabalho no campo, concluindo definitivamente o processo de êxodo rural no 
estado de Goiás.
Baseado no texto, a alternativa “d” se encaixa perfeitamente na resposta.
Letra d.
041. (IBEG/SANEAGO/2013) Julgue os itens abaixo em Verdadeiro ou Falso:
I – A população indígena em Goiás ultrapassa 10 (dez) mil habitantes, sendo certo que 39.781 
hectares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado, três 
das quais se encontram demarcadas pela FUNAI. Tais áreas localizam-se nos Municípios de 
Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minuaçu, Nova América e Rubiata.
II – A colonização de Goiás deve-se também à migração de pecuaristas que partiram de São 
Paulo no século XVI, em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva 
vocação do estado para a pecuária.
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III – Já no primeiro século da colonização do Brasil, diversas expedições, percorreram parte 
do território do atual Estado de Goiás. Estas expedições, organizadas principalmente no Rio 
de Janeiro, centro então da colonização, eram umas de caráter oficial destinadas a explorar 
o interior e buscar riquezas minerais, e outras empresas comerciais de particulares organiza-
das para a captura de índios. De São Paulo saíam ainda bandeiras buscando índios, cada vez 
mais escassos.
IV – A partir do século XX a sociedade goiana estava em transição, haja visto que a minera-
ção deixava de ter destaque na economia, passando-se ao desenvolvimento das atividades 
agropecuárias.
V – Para Goiânia, a construção de Brasília foi um grande aditivo em termos populacionais, re-
presentando uma alteração econômica positiva para toda Região Centro-Oeste, movimentan-
do as relações no ambiente agrário, com a modernização da agricultura, embora, no entanto, 
não tenha alterado a estrutura de poder no campo, ainda baseada no latifúndio.
Considerando-se as assertivas acima, podemos afirmar que:
a) F,V,F,F,V.
b) V,F,F,V,V.
c) V,V,V,F,F.
d) V,V,F,F,V.
e) F,F,V,V,F.
O Item II está errado, pois não ocorreu essa migração de pecuaristas para a região no século 
XVI. E o item III está errado, pois não foi no primeiro século de colonização que ocorreram ex-
pedições no atual estado de Goiás.
Letra b.
042. (FGV/TJGO/2014) A redução do número total de pessoas ocupadas em estabelecimen-
tos agropecuários em Goiás a partir da década de 1980 está associada à:
a) a decadência da atividade agrícola no período, em função da crise econômica que assolou 
todo o país na década de 1990;
b) expansão das atividades rurais baseada principalmente no turismo, que emprega pequena 
quantidade de mão de obra;
c) expansão da fronteira agrícola na região amazônica, que atraiu muitos migrantes oriun-
dos de Goiás;
d) expansão do processo de modernização agrícola, que emprega menor quantidade de 
mão de obra;
e) substituição gradual das relações de trabalho baseadas no arrendamento pela utilização do 
sistema de parceria.
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A partir de 1980, Goiás começa ter uma grande modernização tecnológica no campo. Quanto 
mais máquinas, mais qualificada precisa ser a mão de obra. Portanto, o patrão comprando a 
máquina, poderá reduzir o custo, aumentando o fenômeno do êxodo rural, fazendo com que 
Goiás se torne cada vez mais urbano.
Letra d.
043. (PREFEITURA DE ARAÇU/2020) A princípio, o atual estado de Goiás fez parte de qual 
unidade federativa?
a) Capitania do Rio de Janeiro.
b) Capitania de São Paulo.
c) Capitania de Salvador.
d) Capitania das Minas Gerais.
Candidato(a), esse tipo de questão você não pode errar! Pertencia a capitania de São Paulo
Letra b.
044. (MS CONCURSOS/IPAS/2010) O descobridor de Goiás foi Anhanguera. Isto não significa 
que ele fosse o primeiro a chegar a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro a vir para Goiás com 
a intenção de se fixar aqui no período de 1690 a 1718. Anhanguera foi o apelido dado a quem?
a) João Leite da Silva Ortiz.
b) João de Abreu.
c) Francisco Pires Ribeirão.
d) Bartolomeu Bueno da Silva.
O famoso Anhanguera era o Bartolomeu Bueno da Silva.
Letra d.
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REFERÊNCIAS
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mundo indígenas em Goiás (1721-1832). 2017. 340 f. Tese (Doutorado em História) - Universi-
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Goiás. Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento. Goiás em Dados 2007. Edição bilíngue. 
Goiânia: Seplan, 2007.
INSTITUTO Mauro Borges. GOIÁS em dados (2016). Secretaria de Estado de Gestão e Pla-
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MELO, Nágela Aparecida; SOARES, Beatriz Ribeiro. Modernização no campo e urbanização: re-
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Disponível em: .
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VESENTINI, José Willian. A capital da geopolítica. São Paulo: Ática, 1986.
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Pós-graduado em Coordenação e Orientação Pedagógica. Professor do Colégio Militar Dom Pedro II (CM-
DPII) e de cursinhos preparatórios para PAS, Enem e concursos públicos (sistema EaD e presencial).
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	Apresentação
	Aspectos da História Social e Econômico do Goiás
	Introdução
	Primeiras Bandeiras no Território Goiano
	Economia Goiana após a Decadência da Mineração
	A Agropecuária nos Séculos XIX e XX
	Transformações Econômicas com a Construção de Goiânia e Brasília
	Modernização da Agricultura e Urbanização do Território Goiano.
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referências
	AVALIAR 5: 
	Página 76:que o número de exploradores detentores das maiores produções 
fosse reduzido, sobrando para aqueles audazes com pouca mão de obra apenas a garimpa-
gem de baixo proveito.
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in
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de
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Maranhão (1730)
Água Quente (1732)
Natividade (1734) 
Traíras (1735) 
São José (1736) 
São Félix (1736) 
Ontal e Porto Real (1738) 
Arraias e Cavalcante (1740)
Pilar (1741)
Carmo (1746)
Santa Luzia (1746)
Cocal (1749) 
Mesmo com todo o empenho que era destinado para a impedir o contrabando, como, por 
exemplo, a criação das casas de fundição, isolamento de minas, proibição de caminhos não 
oficiais, rigorosas revistas e aplicação de castigos severos aos que fossem pegos praticando; 
o contrabando era algo presente devido, basicamente, a dois motivos: primeiro à insatisfação 
do povo em relação a parte do seu trabalho, que era voltada ao governo, e, em segundo lugar, 
em razão da incapacidade de controle efetivo de uma região enorme. Assim, o ouro tornou-se 
objeto de contrabando, atividade que se manteve no território goiano.
Dados disponíveis sobre a produção aurífera na época são imprecisos por não serem resul-
tado de trabalho estatístico, o que favorece para uma discrepância de informações obtidas em 
obras distintas, mesmo assim, os dados retratam uma produção menor quando comparada com 
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a de Minas Gerais. Segundo pesquisa, a produção do ouro em Goiás, de 1730 a 1734, atingiu 
1.000 kg, sendo o auge da produção entre 1750 e 1754, totalizando 5.880 kg. Existem relatos 
de que o ano com maior produção foi o de 1753. Veja a tabela a seguir.
Disponível em: . Acesso em 10 de Out. 2021.
A partir da década de 1760, ocorreu uma acentuada redução na produção de ouro, o que 
acarretou políticas agressivas por parte dos governadores para expandir a área em busca de 
novos descobertos, ocasionando guerras ofensivas e o aldeamento milhares de indígenas. 
Com a expansão colonial, outras populações foram afetadas, como Karajá, Javaés e Xavante.
A queda na produtividade foi um problema significativo para a manutenção da estabilidade 
das receitas provenientes das minas. A baixa produtividade foi resultado do esgotamento do 
sistema que tinha como base a exploração de veios auríferos superficiais, a escassez de quali-
ficação de mão de obra e equipamentos apropriados que reduzissem o desperdício, a falta de 
novas técnicas e a cobrança injusta de impostos, taxas e contribuições, que desanimavam os 
mineradores.
Portanto, a redução da produção do ouro no Goiás teve como principais fatores os tributos 
abusivos cobrados pela Coroa Portuguesa, que ocorriam de três formas: através da cobrança 
do quinto, ou seja, 20% sobre a produção; ou a cobrança por número de escravos na produção; 
ou a derrama, pagamento mínimo obrigatório de 1.500 kg/ano. Além disso, houve o esgota-
mento dos veios auríferos superficiais, escassez de mão de obra e de equipamentos adequa-
dos, desmotivando os mineradores goianos e incentivando os contrabandos.
Sabendo do esgotamento do sistema econômico minerador na região de Goiás, a partir da 
segunda metade do século XVIII, o governo português criou medidas para conseguir fortalecer 
a economia no território, entre elas estava o incentivo à agricultura, à manufatura, e à nave-
gação dos rios Araguaia, Tocantins e Paranaíba. Dessa forma, ocorreu a falência do sistema 
minerador e o surgimento de uma economia de subsistência, com intensa ruralização da popu-
lação e o seu empobrecimento cultural.
Em suma, o ciclo do ouro significou para o Goiás a expansão, ocupação e principal ativi-
dade territorial durante cinquenta anos. O ouro serviu de moeda de troca, gerando renda para 
investimentos, gastos e importação de diversos produtos manufaturados, melhorando a co-
municação e estabelecendo a rede comercial.
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economIA GoIAnA Após A decAdêncIA dA mInerAção
No início do século XIX, era triste a realidade do estado da capitania de Goiás. Com a re-
gressão econômica, a população reduziu e se dispersou pelos sertões, os arraiais sumiram ou 
se arruinaram e a produção agropecuária estava condicionada a uma atividade de subsistên-
cia. Como meio de recuperação, o príncipe regente D. João VI, quando chegou ao Brasil, em 
1808, começou a motivar a agricultura, a pecuária, o comércio e a navegação dos rios. Várias 
medidas foram proclamadas, mas muitas não saíram do papel.
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Isenção de impostos pelo período de 10 anos 
aos lavradores que, nas margens dos rios 
Tocantins, Araguaia e Maranhão, fundassem 
estabelecimentos agrícolas.
Ênfase à catequese do índio para aculturá-lo 
e aproveitá-lo como mão de obra na 
agricultura.
Criação de presídios às margens dos rios, 
com os seguintes objetivos: proteger o 
comércio, auxiliar a navegação e aproveitar o 
trabalho dos nativos para o cultivo da terra.
Sul, compreendendo os julgados de Goiás 
(cabeça ou sede), de Meia Ponte, de Santa 
Cruz, de Santa Luzia, de Pilar, de Crixás e de 
Desemboque
Norte ou Comarca de São João das Duas 
Barras, compreendendo os julgados de Vila 
de São João da Palma (cabeça ou sede), de 
Conceição, de Natividade, de Porto Imperial, 
de São Félix, de Cavalcante e de Traíras.
O PULO DO GATO
A divisão do Goiás em duas comarcas foi a semente que originou o atual estado do Tocantins. 
Foi determinado que a divisa entre as duas áreas fosse aproximadamente na altura do para-
lelo 13º, onde fica, atualmente, a fronteira entre os dois estados. Outro elemento crucial foi a 
nomeação de Joaquim Teotônio Segurado como Ouvidor da Comarca do Norte, que liderou o 
primeiro movimento separatista na região.
No final do século XIX, o Goiás teria aproximadamente cinquenta mil habitantes, sendo 
que vinte mil eram escravos. A Capitania estava dividida em duas comarcas, sendo uma delas 
a do Sul, que concentrava 61% da população total, tendo no Sudoeste um vazio total. Na co-
marca do norte, onde a sede era a vila de São João da Palma, a população estava concentrada 
à nordeste.
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Na segunda metade do século XVIII, a queda na produção aurífera e a falta de alternativas 
econômicas causaram uma dispersão da população da região. Para manter a sobrevivência 
dos habitantes remanescentes, desenvolveu-se uma insólita economia açucareira, um aumen-
to na produção de cereais e ativou o interesse pela navegação dos rios que conduziam ao Pará.
Para a capitania de Goiás, o século XIX transportou as sequelas da crise econômica da 
mineração, que dava sinais de declínio já no final do século XVIII; o vertiginoso desenvolvimen-
to da capitania durante os ápices econômicos da mineração começara a desaparecer e no-
vas alternativas de mercado foram, aos poucos, sendo introduzidas ao complexo econômico 
da região.
Mas o território extenso tinha suas divergências quanto a essas alternativas político-eco-
nômicas, assim, a concentração das maiores tendências pecuárias e agrícolas – com ligações 
estreitas com o litoral administrativo brasileiro – se centralizaram na parte mais Sul da capi-
tania, e, com isso, a parte Norte da região de Goiás se deslocou do poder central da capitania. 
Vieira afirma sobre esse afastamento nortenho na província:
As dificuldades econômicas enfrentadas pelos nortistas e a pouca atenção que recebiam da capital 
da província, devido à distância e a baixa representatividade política, geraram um gradativo ressen-
timento em relação à repartição sul.
Nesse contexto, a pecuária surge como uma solução econômica, pois tinha um baixo custo 
de produção e por ser auto transportável. A vagarosa afirmação da economia agrária diminuiu 
gradativamente a presença dos núcleos urbanos, aumentando a decadência que surgiu com 
o declínio da mineração. Vários arraiais sumiram e aqueles que permaneceram sobreviveram 
debilitados e com poucas pessoas. Com exceção do arraial que deu origem à cidade de Goiás, 
muitos se transformaram em entrepostos e centros das periódicas manifestações coletivas de 
religiosidade.
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O isolamento provocado pela falta de 
estradas e da precária navegação 
impediam o desenvolvimento de uma 
agricultura comercial.
O gado não necessita de estradas, pois 
autolocomove-se por trilhas e campos 
até o local de comercialização e/ou 
abate.
Existência de pastagem natural 
abundante.
O investimento era pequeno e o 
rebanho se se multiplica naturalmente.
Não necessita de uso de mão de obra 
intensiva, como na mineração.
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A partir do final do século XVIII, surgem povoamentos, principalmente, no Sul da capitania, 
onde grandes campos de pastagens naturais foram usados para o estabelecimento de centros 
de criatório. A necessidade de ocupar as terras sob seu domínio, que diminuía a marcha do 
povoamento rumo ao norte, propiciou também a expansão da ocupação neste período.
Dessa forma, esse processo de ruralização resultou em uma redução dos padrões de vida, 
outrora proporcionados pelo ouro, causando o isolamento físico da região, decorrente da arcai-
ca estrutura agrária, o enfraquecimento das articulações sociopolíticas e a estagnação tecno-
lógica e dos níveis de aspiração da população livre.
No momento da Independência, o acesso ao conhecimento e a compreensão dos fatos 
que ocorriam nas outras províncias estavam limitados a um número pequeno de latifundiários 
e ao estamento burocrático, concentrado na capital.
Extensas áreas do território goiano passaram a ser ocupadas como consequência da pe-
cuária, resultando na expansão do povoamento e na criação de cidades como Itaberaí, que 
inicialmente era uma fazenda de criação, e Anápolis. Mas esse povoamento gerou alguns pro-
blemas, pois não ocorreu de forma uniforme. Ele foi marcado pela má distribuição e por um 
crescimento desigual: o Sul da capitânia prosperou mais, devido à sua proximidade com o 
mercado consumidor do Sudeste e do litoral.
Em 1820, ocorreu um movimento revolucionário liberal em Portugal, que ficou conhecido 
como revolução do Porto. Ele ganhou muita força no país e derrubou o governo local, que era 
liderado pelo comandante militar inglês, Lord Beresford. Os rebeldes do Porto concordaram 
em convocar as Cortes, Assembleia responsável por elaborar uma Constituição para Portugal 
e colocar um fim ao regime absolutista. Os revoltosos fizeram várias exigências, entre as quais 
constava a volta imediata de D. João VI para Portugal, a aceitação prévia da Constituição e que 
a sede das Cortes (Assembleia Legislativa) fosse realizada em Lisboa.
Com medo de perder o trono de Portugal, D. João VI aceitou as determinações. Ele voltou 
para Lisboa em abril de 1821, deixando no trono o seu filho, D. Pedro, como príncipe regente do 
Brasil. O retorno de D. João VI para Portugal animou um movimento de independência do Brasil 
e gerou manifestações políticas em várias capitanias do país, inclusive em Goiás, onde ocorreu 
o movimento separatista do Norte.
A Corte de Lisboa tinha como meta manter um governo liberal e constitucional em Portu-
gal, associado às antigas práticas do Mercantilismo. Eles queriam recolonizar o Brasil e cance-
lar o Estatuto de Reino Unido, tornando o Brasil, novamente, uma colônia de exploração. Des-
sa maneira, eles solucionariam suas dificuldades econômicas, mas essas eram medidas que, 
claramente, seriam questionadas e combatidas pelas elites econômicas e políticas brasileiras.
Nesse contexto, vieram ordens de Portugal que causaram a transferência de várias repar-
tições governamentais e solicitavam, de imediato, o retorno de D. Pedro a Portugal para com-
pletar sua formação cultural. Os brasileiros notaram quais eram as intenções das Cortes de 
Lisboa e passaram a apoiar o rompimento com Portugal. Diversas camadas sociais urbanas 
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e rurais tentaram envolver D. Pedro, para que ele comprasse a ideia de realizar a emancipação 
definitiva com Portugal, mas sem conflitos armados que envolvessem a participação das ca-
madas populares.
Em janeiro de 1822, levaram a D. Pedro um abaixo assinado com 8.000 assinaturas de 
aristocratas e representantes do comércio. A pauta das assinaturas era a solicitação de sua 
permanência no Brasil e o documento lhe oferecia a possibilidade de reinar sobre um império 
na América. Essa cena passou à história com o nome de “Dia do Fico”, pois D. Pedro teria afir-
mado que “Como é para o bom de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo 
que eu fico”.
A decisão de D. Pedro contrariou os objetivos e as decisões das Cortes, que organizaram 
uma reação das tropas portuguesas comandadas pelo tenente coronel Jorge de Avilez. A par-
ticipação do povo contra as tropas de Avilez destaca-se com o Clube de Resistência, criado no 
Rio de Janeiro. Jorge de Avilez e suas tropas foram expulsos doBrasil em fevereiro de 1822. 
Além disso, os ministros portugueses no Brasil se demitiram, obrigando D. Pedro a formar um 
novo ministério, no qual se destacou José Bonifácio pela sua ação em prol da independência.
De
ci
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es
 d
o 
no
vo
 
m
in
is
té
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Decretaram que nenhuma lei 
vinda de Portugal seria aceita 
sem o cumpra-se de D. Pedro.
Convocação da Assembleia 
Constituinte.
Assinaram um decreto que 
consideravam inimigas todas as 
tropas portuguesas.
Com todos esses acontecimentos, esperava-se apenas a oficialização da emancipação 
definitiva, que veio a acontecer no dia 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro recebeu cartas 
das Cortes persistindo para que voltasse para Portugal e ameaçando o Brasil com o envio de 
tropas. Ao ler as cartas, o príncipe optou pelo rompimento definitivo. Estava oficialmente de-
clarada a independência política do Brasil.
O Estado brasileiro surge sobre a velha estrutura conservadora, agroexportadora, escravis-
ta e dependente dos mercados e do capital internacionais. Era um império com trabalho escra-
vo, bem ao gosto da elite aristocrata. Mas você, querido(a) aluno(a), deve está questionando 
como isso refletiu no estado de Goiás.
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No Goiás, a realidade social, aliada ao contexto político-econômico local, permitiu o desen-
volvimento de dois movimentos significativos: um na capital, Vila Boa, e o outro no norte da 
Capitania. Em Vila Boa, centro político-administrativo da Capitania, um grupo importante ligado 
ao clero e às forças militares buscou a derrubada do governador, capitão-general Manuel Ig-
nácio de Sampaio. O grupo era liderado pelo Padre Luís Bartolomeu Marques, José Rodrigues 
Jardim e pelo Capitão Felipe Antônio Cardoso.
O golpe estava previsto para ocorrer em 14 de agosto de 1821, mas foi um verdadeiro 
fracasso, pois ocorreu a prisão dos seus principais líderes. O movimento tinha seis membros, 
sendo três militares e três religiosos, que foram todos expulsos da capital. A ação repressora 
do governo conseguiu desarticular o movimento, porém ocorreu a difusão das ideias liberais 
na capitania e a tentativa de alguns membros da elite local de controlar a região, afastando o 
domínio português.
Durante o governo do capitão Sampaio, ocorreu a convocação das eleições no Goiás, de-
vido os acontecimentos políticos no Rio de Janeiro e na metrópole. A votação queria eleger 
os representantes goianos nas Cortes de Lisboa, sendo eleitos o Ouvidor Joaquim Teotônio 
Segurado, pela Comarca do Norte, e o Padre Silva e Sousa, pela Comarca do Sul. Em novembro 
de 1821, novas eleições ocorreram para escolher a junta de governo provisório para Goiás, 
liderada pelo próprio Capitão Sampaio e composta por membros de uma oposição moderada, 
que tinha como liderança José Rodrigues Jardim e o Padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury.
Organizado politicamente e com o apoio dos grandes proprietários de Vila Boa e Meia 
Ponte, o grupo moderado conseguiu a derrubada do governador Sampaio e a eleição da nova 
junta provisória, em 8 de abril de 1822. Inicia-se, nesse momento, um processo duradouro de 
consolidação da elite no poder local em Goiás, sendo que o resultado será a formação das oli-
garquias que exercerão o mando político com a instalação da República Federativa, em 1989, 
e o advento do coronelismo.
A palavra oligarquia tem origem grega cujo significado é “governo de poucos”. Essa palavra 
era usada pelos gregos como uma forma de criticar determinado governo em que um pequeno 
grupo pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico, 
controlasse todas as ações do regime. Além disso, uma das características desse tipo de go-
verno era de exercer seu poder em busca de interesses próprios. (https://www.politize.com.br/
oligarquia-o-que-e/)
A AGropecuárIA nos séculos XIX e XX
A partir de 1785, os faiscadores (garimpeiros) tiveram que buscar outros sítios de explora-
ção e a maior parte dos escravos foi para outras capitanias. Dessa maneira, surge a transição 
da economia extrativa mineral para a agropecuária, fato que gerou uma intensa preocupação 
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aos governantes, já que surgiu a necessidade de novas atividades que mantivessem a po-
pulação no estado de Goiás, realizando assim, uma ocupação permanente. Iniciaram-se as 
atividades de criação de gado bovino e as lavouras de alimentos, caracterizando-as como de 
subsistência, sem grandes comercializações.
Dom João VI concedeu vários incentivos, entre eles a isenção aos lavradores do rio To-
cantins, Araguaia e Maranhão do dízimo sobre o transporte de mercadorias, o estímulo para a 
navegação no rio Araguaia e Tocantins, a construção de presídios para dar segurança ao co-
mércio dos rios, e a revogação do alvará que proibia a implantação de manufaturas no Brasil.
Apesar de todos esses incentivos, a atividade que realmente evoluiu (e perdura até hoje) 
foi a pecuária. Isso ocorreu devido aos investidores com capital, por consequência do ciclo 
do ouro, às terras favoráveis à pecuária, à necessidade de pouca mão de obra, à navegação 
fluvial, que ajudaria no transporte do gado, e também devido à comercialização do animal ou 
do charque.
Com a nova atividade econômica recém-criada, surgiu a imagem do vaqueiro, que com 
cinco anos de serviço tinha direito a 25% sobre o rebanho, sendo que a agropecuária extensiva 
garantiu a permutação do trabalho escravo pelo livre.
O goiano Joaquim Alves de Oliveira investiu na produção agrícola de Meia Ponte (Pirenó-
polis), construiu um dos maiores engenhos de açúcar do Brasil, o Engenho São Joaquim, onde 
plantava mandioca para produzir farinha e algodão em grande escala. Através do comércio 
vigoroso que mantinha com as províncias, Meia Ponte tornou-se o centro comercial do Estado 
de Goiás. O Engenho foi o maior complexo agroindustrial por mais de cem anos, servindo de 
inspiração para outros empreendimentos da época.
Apesar dos problemas enfrentados, a agropecuária, durante quase 200 anos, foi a única ati-
vidade socioeconômica que assegurou o desenvolvimento de Goiás. As oligarquias exerceram 
durante muito tempo o poder nas terras goianas e o Coronel se tornou a figura mais importante 
na cidade. Não é possível ignorar o coronelismo e a influência que possuía nas relações so-
ciais e políticas.
A Lei das Sesmarias dificultou aos camponeses o acesso às propriedades de terra. Outras 
leis, como a Lei de Terras de 1850, tornou as distribuições de terras ainda mais desiguais, pois 
aguçaram todos os problemas de acesso às propriedades, sendo apenas mais um reflexo de 
uma estrutura oligárquica.
A economia camponesa (mercado onde comercializa os produtos advindos da roça) só 
chegou ao Goiás nas primeiras décadas do século XX, com a chegada das famílias de imi-
grantes de Minas Gerais e das aberturas das zonas pioneiras. Só se pode falar desse tipo de 
economia nessa época, pois a agricultura representava mais da metade da produção total e 
grande parte da populaçãovivia engajada nessas tarefas.
Até 1910, o gado bovino era considerado uma das principais fontes de renda, com a expor-
tação do fumo no sul de Goiás. À proporção que havia a melhoria dos meios de transporte, se 
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diversificava e aumentava a produção. Até a década de 1920, a ferrovia abrangia um pequeno 
trecho, cerca de 176km do território goiano, do Rio Parnaíba ao Rio Corumbá.
Em 1921, retomaram a construção da Estrada de Ferro Goiás. A estrada de ferro foi uma al-
ternativa encontrada para romper o estreitamento da economia de Goiás quanto à procura por 
um transporte que atendesse as necessidades de distribuição da produção. Em 28/03/1906, 
a estrada recebeu o nome de Estrada de Ferro Goiás - devido a um Decreto Federal (n. 5.949). 
Antes ela era chamada de Estrada de Ferro Alto Tocantins. Essa estrada tinha como objetivo 
ligar a capital de Goiás a Cubatão e essas cidades à Rede Ferroviária do país.
A Companhia Estrada de Ferro Goiás, por meio de um decreto alcançado para explorar 
serviços ferroviários no Triângulo Mineiro e no Goiás, formando a Linha Araguari – Roncador, 
formou a nova Estrada de Ferro Goiás. Até 1952, Goiás percorria com seus trilhos 480km, che-
gando a Goiânia. Ao todo, havia 30 estações, dentre as quais destacavam-se como principais: 
Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira, Ipameri, Roncar, Pires do Rio, Engenhei-
ro Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões, Anápolis e Goiânia. A respeito das alterações 
no comércio regional, provocadas pelo acesso e utilização dos trilhos da estrada em território 
goiano, fica evidente a importância do papel econômico.
Disponível em: . Acesso em: 10 de 
out. 2021.
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Nos tempos atuais, o território goiano é provido por 685km de trilhos, pertencente à Ferro-
via Centro-Atlântica (FCA), subsidiária da VALE e sucessora da antiga Estrada de Ferro Goiás e 
Rede Ferroviária Federal. Os principais produtos transportados pela FCA são álcool, derivados 
de petróleo, calcário, produtos siderúrgicos, soja, concreto, produtos petroquímicos etc. A FCA 
tornou-se uma concessionária do transporte ferroviário de cargas em setembro de 1996, a 
partir da desestatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA).
Por ser um meio de transporte com um custo inferior ao rodoviário, a ferrovia possibilita 
um ganho para os produtos de Goiás, criando maior competição no mercado interno e externo. 
Nesse meio período, entre idas e paralisações, passaram-se mais de 16 anos. As incertezas 
provocaram um prejuízo ao processo de desenvolvimento das regiões envolvidas, pois a facili-
dade de escoamento de produções, principalmente do agronegócio, com um custo menor, re-
sulta em significativa competitividade, tornando os produtos atraentes ao mercado doméstico 
e internacional.
Agora, passaram-se quase 100 anos desde o começo da construção dos trilhos no Goi-
ás. A Ferrovia Centro-Atlântica continua sendo uma alternativa viável de transporte de baixo 
custo. Entretanto, à proporção que colaboram para a competitividade do agronegócio local, 
as ferrovias são imprescindíveis às melhorias nas relações comerciais, internas e externas, e 
à solidificação da economia goiana. Cabe aos goianos, através dos representantes políticos, 
lutarem para fortalecer esse transporte e, dessa forma, desenvolver ainda mais a economia da 
região do planalto.
trAnsformAções econômIcAs com A construção de GoIânIA e BrAsílIA
Com a Proclamação da República em 1889, passou-se a discutir a transferência da capital 
goiana da cidade de Goiás, criada no século XVIII. A Constituição de 1891 manteve a capital 
na antiga região aurífera, mas com o fim do período do ouro, a velha Goiás, antiga Vila Boa, 
desandou e perdeu a hegemonia econômica, enquanto cidades envolvidas com a criação de 
gado e agricultura, localizadas mais ao Sul do Estado, passaram a ter mais importância do que 
a capital. A revolução de 1930, liderada pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do 
Sul, fez com que Getúlio Vargas se tornasse chefe do Governo Provisório, revogasse a Consti-
tuição de 1891 e passasse a governar por decretos.
Getúlio nomeou interventores para todos os estados, sendo em Goiás nomeado o médico 
Pedro Ludovico Teixeira, que havia participado nos movimentos da revolução de 1930. Pedro 
Ludovico opôs-se à oligarquia política da época, decidindo que era hora de mudar a capital de 
Goiás. Para Pedro, era necessário impulsionar a ocupação do Estado, direcionando os exce-
dentes populacionais para espaços demográficos vazios, na tentativa de aumentar a produção 
econômica.
Na visão do interventor goiano, a mudança da capital era uma das alternativas que permi-
tiria a ligação do Centro-Oeste ao sul do país. Assim, em 1932, Pedro Ludovico instituiu uma 
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comissão, presidida por D. Emanuel Gomes de Oliveira, que deveria discutir e escolher o melhor 
local para a construção da nova capital. A resistência de oposição a Pedro Ludovico conside-
rava dispendiosa e desnecessária a mudança da capital, porém o interventor e a cúpula dos 
revolucionários de 1930, consideravam a construção de uma nova cidade como uma forma de 
investimento e não de gastos desnecessários.
Relatos históricos demonstram que o nome sugerido para a nova capital de Goiás teria 
sido “Petrônia”, em homenagem a Pedro Ludovico, seu fundador. Mas o jornal “O Social” ha-
via realizado um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade, em que 
dois nomes concorreram: Petrônia e Goiânia. O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, 
enquanto Goiânia obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, no entanto, por razões que ele 
nunca revelou a ninguém, preferiu Goiânia e, em decreto de 2 de agosto de 1935, formalizou o 
nome da nova capital.
Disponível em: . Acesso em: 10 
de out. 2021.
Inicialmente, Goiânia foi projetada para 50 mil habitantes, experimentando assim um cres-
cimento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da 
estrada de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951 
a 1954, a inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 
1960, apresentou um crescimento demográfico acelerado, havendo cerca de 150 mil pessoas 
na nova capital, em 1965.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Querido(a) candidato(a), tanto a ideia quanto as primeiras iniciativas vinculadas à mudan-
ça da capital goiana antecederam a Marcha para o Oeste e corroboraram com a busca pela 
produção de um novo arranjo político-territorial em Goiás: a nova cidade-capital proporcionaria 
um distanciamento físico entre a sede do poder estadual e os municípios “eivados de vícios” 
desenvolvidos no interior de relações político-oligárquicas regionalizadas. Mas, como mencio-
nado anteriormente, uma ação mais expressiva com vistas à integração do território nacional 
pôde ser percebida quando Juscelino Kubitschek assumiu a presidência da república, em 1956 
(VESENTINI, 1986). Durante seu governo, diversas questões que até então tinham apenas fica-
do no discurso ou registradas em documentos começaram a se concretizar, como por exem-
plo, a construção de Brasília.
Essa junta foi forjada a partir de argumentos oriundos da ideia de modernidade, que tor-
nava clara a necessidade de uma intervenção racional em âmbito nacional, a fim de que todo 
o atraso cultivado no interior do Brasil, pela falta de objetividade e excesso de especulações, 
fosse superado. Juscelino Kubitschek ressaltou as demandas por um Estado racional, capaz 
de superar os infortúnios que, durante séculos, teimavam em perseguir o Brasil. JK, em seus 
discursos, condenou o atraso e a desarticulação do território brasileiro ao extremo, por meio 
de um planejamento pautado em uma racionalidade instrumental, produtora de um novo país.
Esse novo país que tinha por meta atingir em cinco anos um desenvolvimento que o mo-
delo tradicional demandaria cinquenta anos para alcançar. O slogan “50 anos em 5”, repetido 
constantemente, anunciava a chegada de um novo modelo de gestão, que garantiria o estabe-
lecimento do tão esperado progresso.
Brasília acabou se tornando o ponto no qual as distâncias se tornariam menos desiguais, o 
território nacional seria emancipado, garantindo a implementação da infraestrutura necessária 
a uma existência mais técnica, sendo, portanto, uma divisora de águas.
Disponível em: . Acesso em: 10 de out. 2021.
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Levando em consideração esse trecho da história, no decorrer de alguns anos, duas cida-
des-capitais foram construídas muito próximas uma da outra no Planalto Central brasileiro, 
com a finalidade de possibilitar a constituição de novas relações produtivas. A primeira, num 
momento marcado por discursos nacionalistas na composição das propostas de integração 
territorial e, a segunda, por sua vez, fez parte de um projeto com o objetivo de abertura do país 
rumo a uma internacionalização da economia. As duas novas capitais redefiniram a dinâmica 
da rede urbana do Estado de Goiás, da Região Centro-Oeste e do Brasil. Goiânia e Brasília se 
tornaram parte de um processo de integração que exigiu uma certa continuidade.
A economia espacial, a teoria geral dos sistemas e suas redes hierarquizadas ocuparam, 
então, um lugar de destaque na mente dos planejadores. Assim, foram criados modelos para o 
controle e a gestão das atividades relacionadas aos fenômenos intraurbanos, interurbanos, de 
transporte, regionais, dentre outros. Dessa forma, o conhecimento adquiriu uma dimensão que 
transcendeu os limites do presente e do passado, se relacionando diretamente com o futuro 
(GOMES, 1996).
Nessa perspectiva, a ideia de planejamento é assentada em um lugar especial e passa a 
estar presente de forma concisa no Estado. Nessa época, a neutralidade e a objetividade das 
matrizes quantitativas entram em cena para viabilizar o desenvolvimento das variadas regiões 
do país, onde as singularidades manifestadas regionalmente não eram vistas como historica-
mente reproduzidas pelo processo de apropriação diferencial do território, mas como natural-
mente criadas a partir das características intrínsecas de cada região.
Como vimos, no Brasil, esse modelo de gestão remonta à metade da década de 1950, com 
a implementação do Plano de Metas no governo de Juscelino Kubitschek (VESENTINI, 1986). 
A partir de então, inicia-se o processo de reprodução das condições materiais e imateriais, 
indispensáveis à integração do território nacional.
Essa continuidade indica que, naquele período, o projeto integrador-modernizador foi as-
sumido pelo Estado, não ficando mais restrito a um governo. Os chefes do Estado propuseram 
ações que foram caracterizadas pela linearidade comum às visões de mundo em que as rela-
ções de causa e efeito não deixam margem para nenhuma circunstância não prevista.
Os planos elaborados não propunham avaliações sistemáticas que, por meio de indica-
dores, detectassem a ocorrência de distorções decorrentes de dificuldades inerentes à im-
plantação de medidas extremamente complexas. Esses mecanismos permitiriam uma reo-
rientação no curso do processo e oportunizariam o cumprimento dos objetivos definidos. As 
atenções estavam voltadas para a construção de rodovias, portos e aeroportos. Logo, modelos 
de regionalizações foram elaborados para a criação de novos sistemas de relações no territó-
rio nacional.
Dessa forma, o estado de Goiás tem uma mancha urbana acentuada entre Goiânia e Bra-
sília/DF. As duas cidades hoje são consideradas metrópoles importantes. Goiânia, capital do 
Estado de Goiás, tem atualmente, aproximadamente, 1.550.000 habitantes, sem considerar a 
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sua Região Metropolitana. Já o Distrito Federal tem uma população aproximada de 3.093.000 
habitantes.
A construção de Brasília em terras goianas gerou um surto migratório de pessoas para 
morar na nova capital, nas Regiões Administrativas ou ainda no entorno de Brasília. O processo 
de migração para as cidades do Entorno é grande e a proximidade com a capital federal é um 
grande atrativo, por isso tem o maior índice de crescimento populacional do Estado. Essa re-
gião é marcada por cidades com pouca infraestrutura e com muitos problemas urbanos, como 
violência, déficit em saúde pública, educação, oferta de emprego, alta densidade demográfica, 
entre outros.
Disponível em: . Acesso em: 10 de out. 2021.
Sendo Goiânia, a capital do Estado de Goiás, o ponto de atração de intensos fluxos imi-
gratórios, o que gera o crescimento da cidade e de sua região metropolitana. Para além do 
processo migratório,o fluxo de visitantes é muito grande, pois a cidade tem uma oferta de 
atividades terciárias em diversos ramos, com destaque para a produção têxtil. Entre Brasília e 
Goiânia, está a cidade de Anápolis/GO. Essa cidade é considerada um ponto estratégico, pois 
liga o Centro-sul ao Norte do Estado, bem como é um entreposto da região Sudeste à região 
amazônica do país. O município também foi alvo de políticas federais que dinamizaram o pro-
cesso de expansão econômica, principalmente a industrial.
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modernIzAção dA AGrIculturA e urBAnIzAção do terrItórIo GoIAno.
A partir de 1970, o estado de Goiás passou por um amplo processo de modernização pro-
dutiva e econômica. As áreas de Cerrados, principalmente na região Centro-Oeste, sofreram 
alterações importantes em sua estrutura produtiva.
As principais causas dessas mudanças foram a modernização das técnicas produtivas 
da agricultura e pecuária e a incorporação da lógica das indústrias no campo. Os produtos da 
agropecuária passaram a ser processados pela indústria e foi ampliada a utilização de merca-
dorias industrializadas no manejo produtivo. Isto é, a modernização da agricultura foi marcada 
pela grande utilização de máquinas e técnicas modernas nos cultivos, criações e abatimentos 
de animais.
Na sua prova, esse processo pode ser conceituado como Revolução Verde. O termo é uma ex-
pressão criada por William Gown, e se refere ao conjunto de mudanças técnicas na produção 
agropecuária que surgiram a partir do ano de 1930.
O uso de insumos agrícolas foi intensificado, a ciência e a tecnologia passaram a contribuir 
de forma significativa, principalmente na alteração genética das sementes para a produção de 
grãos, como é o caso da soja. As sementes transgênicas aumentaram a produtividade e “me-
lhoraram” a qualidade do produto, estimulando as exportações de produtos agrícolas para o 
mercado externo (MELO; SOARES, 2006).
Disponível em: . Acesso em 10 de out. 2021.
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Para tornar possível a industrialização da agricultura, além de subordinar a produção da 
agricultura à lógica industrial, foi necessário investir pesadamente na construção de infraes-
truturas: estradas (aumentar a mobilidade da produção e comercialização); usinas geradoras 
de energia elétrica (aumentar a oferta de energia elétrica no espaço rural, sustentar a ampla 
utilização de máquinas); fomentar ações político-administrativas, oferecer linhas de crédito, 
entre outras condições que necessitaram de altos investimentos econômicos do Governo Fe-
deral e Estadual. Com isso, as mudanças produtivas no espaço rural foram acompanhadas de 
transformações importantes nos espaços urbanos das regiões afetadas pela modernização 
agrícola no Centro-Oeste.
De acordo com Melo e Soares (2006), são notáveis alterações importantes no que se refe-
re ao processo de urbanização em Goiás: a partir da ampliação da industrialização no campo 
e da utilização de maquinários, menor quantidade de trabalhadores passou a ser necessária 
na produção.
Embora tenha-se expandido as áreas produtivas, diminuiu-se proporcionalmente a quanti-
dade de trabalhadores rurais empregados na produção agropecuária; houve a alteração do tipo 
de mão de obra empregada, em função da complexificação das técnicas produtivas. A produ-
ção agrícola passou a demandar trabalhadores com qualificações específicas, entre elas:
Operadores 
de máquinas
Engenheiros 
agrônomos
Veterinários técnicos 
agrícolas
Mas todo esse avanço agravou um problema histórico no país: elevação da concentração 
fundiária. Pequenos e médios produtores rurais venderam ou arrendam as suas propriedades 
para as grandes agroindústrias, inclusive com o aumento de operação das multinacionais. 
Consequentemente, ocorreu um aumento significativo dos fluxos migratórios, destacando ini-
cialmente o êxodo rural, ou seja, a população migrando do campo para a cidade.
Em um segundo momento, ocorreu a migração entre os espaços urbanos, ou seja, a migra-
ção urbano-urbano. Isso gerou uma grande elevação das taxas de urbanização de Goiás:
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1950 21,78% 
residentes 
urbanos.
1980 62,20% 
residentes 
urbanos.
1991 80,81% 
residentes 
urbanos.
2010 90% residentes 
urbanos.
Com o crescimento das atividades de pecuária e agricultura no sul, sudoeste e leste, a 
constituição de Goiânia provocou novo eixo de deslocamento geográfico rumo ao centro do 
estado. A nova capital incentivou o fluxo migratório para Goiás, criando oportunidades comer-
ciais, industriais e de serviços, atraindo com isso não só trabalhadores, mas também empre-
sários de outros estados.
A construção civil e sua cadeia de negócios, a indústria de alimentação e vestuário, a in-
dústria gráfica, a imprensa, o comércio de atacado, os serviços de transporte, os serviços mé-
dicos, de engenharia e educacionais, os cursos superiores, os serviços bancários, a geração 
de energia hidráulica, enfim, toda a gama de oportunidades que uma nova capital, bem situada 
geograficamente, com terras de cultura, clima e topografia favorável, poderia oferecer. Iniciava-
-se, assim, um novo ciclo de progresso da sociedade e da economia goiana. Para confirmar o 
fato, em 1942, Goiânia tinha o dobro da população da Cidade de Goiás.
A economia goiana, no início dos anos 1950, ainda absorvia os efeitos benéficos da mu-
dança de sua capital, agora em um ritmo equilibrado, quando foi sacudida pela decisão do Go-
verno Federal de construir Brasília, tomada em 1955, com início em 1956. Essa foi, sem dúvida, 
a decisão de maior impacto econômico e social que o estado sofreu ao longo do século XX.
A nova capital exigiria um notável investimento em construções de prédios públicos, co-
merciais e residenciais, infraestrutura de transportes, comunicações, saneamento, aeroportos, 
segurança, educação e saúde, dentre outras, além, é óbvio, de mão de obra básica, técnicos, 
profissionais de nível superior, professores, motoristas etc. Abria-se assim para o Brasil e, em 
especial, para Goiás, de imediato, uma oportunidade de mercado extraordinária para produtos 
elaborados, principalmente das cadeias de construção civil, alimentos, bebidas, vestuário, cal-
çados, móveis e outras, para suprir a demanda das construções, da massa operária convocada 
para as obras e das famílias.
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Foi a grande chance de expansão da indústria goiana. As rodovias federais iniciaram a in-
tegração com Brasília e, no fim dos quatro anos da construção, em 1960, o estado de Goiás es-
tava interligado a quase todas as capitais brasileiras. Iniciava-se um novo ciclo de crescimento 
da economia goiana em razão do acréscimo de um novo e poderoso mercado consumidor. 
Brasília atraiu brasileiros de todas as partes do país, e o crescimento de sua população e da 
renda por habitante atesta o tamanho de seu mercado de consumo.
Os principais motivos que levaram a sociedade goiana a acreditar em seu processo de in-
dustrialização foram: o aumento contínuo da produção agropecuária através da incorporação 
de novas terras para exploração; a implantação da Estrada de Ferro Goiás abrindo a perspec-
tiva de deslocamento da fronteira agrícola para o oeste; o crescimento da rede rodoviária/
transportes/logística; a garantia de fornecimento da energia hidroelétrica; a formação e forma-
lização, através de representação em entidades, de uma classe comercial e industrial ativa e 
reivindicadora de progresso; o incentivo fiscal, com base no Imposto de Vendas e Consignação 
(IVC), concedido pela Lei 2000, de 1958, para as indústrias pioneiras, com prazo de dez anos, 
a encerrar-se em 1968; mudança de atitude das autoridades políticas, em 1971, com relação 
à viabilidade da industrialização/nova política industrial; programas de assistência técnica e 
de crédito dirigidos ao Cerrado brasileiro, em especial ao Centro-Oeste, pela política federal; o 
ciclo moderno da mineração; o mercado consumidor; a qualificação da mão de obra industrial.
O processo de industrialização é exigente em questões de qualificação de mão de obra e 
vem se tornando mais exigente em razão da rápida transformação tecnológica nos processos 
de produção, hoje controlados eletronicamente.
É consenso na sociedade brasileira atual, em todos os níveis sociais e decisórios, que a 
educação é peça fundamental para uma economia sustentável e para o desenvolvimento do 
indivíduo. Infelizmente, o Brasil, em termos de comparações internacionais de nível de educa-
ção/ensino, encontra-se em uma posição desconfortável.
É verdade que o país avançou, e muito, em termos quantitativos, mas está a dever em 
termos qualitativos. O processo de urbanização, que se originou a partir da ampliação das 
fronteiras agrícolas em Goiás, alterou além das relações de trabalho e os movimentos migrató-
rios, sobretudo a estrutura interna dos centros urbanos goianos. Ocorreu grandes ampliações 
e investimentos na estrutura de transporte e comunicação, aumento de serviços bancários, 
comércios e serviços destinados à produção agrícola e agroindustrial.
Além disso, em razão do grande fluxo de pessoas que passaram a residir em espaços 
urbanos, foi necessário ampliar a oferta de equipamentos urbanos: saúde, educação, lazer e 
moradias (acarretando numa grande movimentação imobiliária). Além da intensificação do 
processo de urbanização (êxodo rural), ocorreu o crescimento das cidades pequenas e mé-
dias, bem como a densificação populacional da região metropolitana de Goiânia.
Os trabalhadores que antes eram considerados “rurais”, assumem a posição de trabalha-
dores agrícolas: trabalham no campo, mas residem nas cidades, realizando o movimento de 
migração pendular. O estado de Goiás precisou investir na qualificação profissional da população, 
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ou seja, com a construção de instituições de qualificação técnica e de formação de nível supe-
rior (universidades federais e estaduais e os institutos federais). Sobretudo a partir da década 
de 1990, houve a ampliação e interiorização destes serviços em Goiás, segundo o Instituto 
Mauro Borges (2016).
Veja nas imagens a seguir o desenvolvimento que Goiânia passou nos últimos anos.
Teatro Goiânia:
Disponível em: . Acesso em: 10 de out. 2021.
Avenida Anhaguera:
Disponível em: . Acesso em: 10 de out. 2021.
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Praça Cívica:
Disponível em: . Acesso em: 10 de out. 2021.
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RESUMO
• Lembre-se que a história de Goiás começou quando Anhanguera encontrou ouro às mar-
gens do Rio Vermelho e fundou o Arraial de Sant’Anna no século XVIII.
• Durante o século XVIII as bandeiras ocorriam de forma mais acentuada para a região do 
interior do Brasil. Elas tinham como principais objetivos tanto a procura de povos indíge-
nas para escravizar quanto a busca por metais preciosos.
• O Arraial de Sant’Anna, com a grande quantidade de ouro que foi extraído das minas, foi 
elevado à categoria de Vila, e em meados de 1750 foi denominado de Vila Boa de Goiás.
• Até o ano de 1749, o território de Goiás pertencia à capitania de São Paulo, somente a 
partir dessa data que surgiu a capitania de Goiás.
• A mineração em Goiás teve o seu auge em 1750, de 1751 a 1770 a extração e exploração 
do ouro foi reduzindo significativamente, do ano de 1770 adiante a mineração entrou em 
decadência, o que provocou o abandono de muitos povoados goianos.
• Com a decadência da Mineração, a economia goiana no século XVIII e XIX passou a se 
dedicar mais às atividades ligadas à pecuária e agricultura.
• No final do século XX e início do século XXI, Goiás desenvolveu a agricultura como prin-
cipal atividade econômica, com intenso uso de tecnologia.
• Getúlio Vargas, que havia instalado a Revolução de 30, nomeou o interventor Pedro Lu-
dovico Teixeira, que fazia oposição aos Caiado, ao poder do estado de Goiás.
• Pedro Ludovico executou a política de transferência da capital.
• A capital foi transferida por decreto no ano de 1937, colocando fim da Cidade de Goiás 
como capital do estado.
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