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EAD-Enfermagem a Distância-Material do Curso-[Conceitos e Técnicas de Vacinas em Criancas e Adolescentes]

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IMUNIZAÇÃO – CONCEITOS E TÉCNICAS DE 
VACINAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
As vacinas são consideradas como um dos mais 
importantes avanços da Medicina, pois 
reduziram a incidência de doenças infecciosas 
poupando milhões de vidas. 
 
Antes de aprendermos sobre cada vacina, seus 
componentes e funções, devemos conhecer o 
PNI. 
 
Mas afinal, o que é o PNI? 
 
1. PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO 
(PNI) 
 
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) 
surgiu em 1973, por determinação do Ministério 
da Saúde, como parte de um conjunto de 
medidas que se destinavam a fiscalizar e 
redirecionar a atuação governamental do setor. 
Entre elas, coordenar ações que se 
desenvolviam com descontinuidade, pelo 
caráter episódico e pela reduzida área de 
cobertura. 
 
Essas ações conduzidas dentro de programas 
especiais (erradicação da varíola, controle da 
tuberculose) e como atividades desenvolvidas 
por iniciativa de governos estaduais, 
necessitavam de uma coordenação central que 
lhes proporcionassem sincronia e racionalização. 
 
Criado através da Lei 6.259 de 30/10/75 e 
Decreto 78.231 de 30/12/76, o PNI visa 
estimular e expandir a utilização de agentes 
imunizantes no país. 
 
O PNI transformou-se ao longo dos seus 40 anos 
de existência em uma das mais bem sucedidas 
intervenções de saúde pública do mundo. O 
episódio emblemático do ano de 1904 (descrito 
no item 3 desse mesmo material), ilustra a 
grande importância que esse programa tem até 
os dias atuais. 
 
O PNI coordena as atividades de imunização 
desenvolvidas rotineiramente na rede de 
serviços de saúde. 
 
As ações de vacinação constituem-se nos 
procedimentos de melhor relação custo e 
efetividade no setor saúde, uma vez que os 
índices de morbimortalidade por doenças 
imunopreveníveis nas décadas recentes, em 
nosso país e no mundo, reduzem cada vez mais. 
 
O avançado declínio nos indicadores é 
decorrente do grande avanço tecnológico na 
produção de vacinas, associadas a um sistema 
de conservação desses imunobiológicos e o 
cumprimento de amplas coberturas vacinais. 
 
A meta operacional básica é a vacinação de 
100% das crianças menores de um ano, com 
todas as vacinas indicadas no Esquema de 
Vacinação. 
 
Acompanhando as transformações demográficas 
e epidemiológicas, o PNI incorpora mais um 
desafio: ampliar as ações de vacinação para a 
população de 60 anos e mais e 100% das 
populações indígenas brasileiras, com objetivo 
de conscientizar esta população da importância 
da vacinação, utilizando as vacinas preconizadas 
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para 
esta faixa etária: dT (difteria e tétano), contra 
influenza (contra gripe) e pneumococo. 
 
O PNI tem como objetivo contribuir para o 
controle, eliminação e/ou erradicação das 
doenças imunopreveníveis, utilizando 
estratégias básicas de vacinação de rotina e 
campanhas anuais, desenvolvidas de forma 
hierarquizada e descentralizada, conforme 
Instrução Normativa nº 1 de 19/08/04. 
 
 
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Agora que entendemos do que se trata o PNI e 
para que ele foi criado, vamos entender alguns 
termos muito utilizados na administração de 
vacinas. São eles: 
 
ADJUVANTES: Ingrediente secundário numa 
preparação farmacêutica. São essenciais na 
composição de vacinas inativadas, pois irão 
dificultar o processamento do antígeno pelas 
células apresentadoras de antígeno. Assim, 
aumentam o período em que o antígeno estará 
em contato com o sistema imune aumentando 
assim a resposta imunológica. 
 
ANTÍGENO: Também chamado de imunógeno, é 
toda espécie molecular de origem biologia 
isolada ou constituída por uma célula, vírus, 
liquido biológicos ou sintética que quando 
introduzida no hospedeiro ou receptor, é capaz 
de produzir uma reação imune (ou Tolerância). 
 
CONSERVANTES, ESTABILIZADORES E 
ANTIBIÓTICOS: pequenas quantidades de 
substâncias antibióticas ou germicidas são 
incluídas na composição de vacinas para evitar o 
crescimento de contaminantes (bactérias e 
fungos); estabilizadores (nutrientes) são 
adicionados a vacinas constituídas por agentes 
infecciosos vivos atenuados. Reações alérgicas 
podem ocorrer se a pessoa vacinada for sensível 
a algum desses componentes; 
 
HOSPEDEIRO: é um organismo que abriga outro 
em seu interior ou o carrega. 
 
IMUNIZAÇÃO: conjunto de métodos 
terapêuticos destinados a conferir ao organismo 
um estado de resistência, de imunidade, contra 
determinadas enfermidades infecciosas. 
 
IMUNOBIOLÓGICOS: Produtos capazes de 
estimular a imunidade. 
 
IMUNOGLOBULINA: Produtos constituídos de 
anticorpos obtidos a partir do plasma de 
humanos previamente imunizados. 
 
IMUNOSSUPRESSÃO: Ato de reduzir a atividade 
ou eficiência do sistema imunológico, 
geralmente com a utilização de medicamentos, 
para que o corpo não rejeite, por exemplo, um 
novo órgão, através do seu sistema imune. Com 
o sistema imunológico praticamente desativado, 
o indivíduo imunossuprimido é vulnerável a 
infecções oportunistas. 
 
MEMÓRIA IMUNOLÓGICA: Estado alterado da 
responsividade imunológica, resultante do 
contato inicial com o antígeno, que habilita o 
organismo a produzir mais anticorpos e mais 
rapidamente, em resposta a um estímulo 
antigênico secundário. 
 
PROFILAXIA: Conjunto de medidas que têm por 
finalidade prevenir ou atenuar as doenças, suas 
complicações e consequências. 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO: É responsável pela 
prevenção e tratamento de infecções às quais 
estamos expostos no dia a dia. 
 
SORO: produto farmacêutico constituído de 
anticorpos obtidos a partir de animais 
hiperimunizados. 
 
TOLERÂNCIA: Também chamada de Reação 
Imune, acontece quando o sistema imunológico 
não ataca o antígeno. 
 
VACINA: Substância de origem em 
microorganismos (mortos ou de virulência 
branda) que se introduz no organismo a fim de 
produzir anticorpos que o defendam contra 
determinada doença. 
 
VACINA ASSOCIADA: Misturam-se as vacinas no 
momento da aplicação. Ex: DTP + Hib 
 
 
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VACINA COMBINADA: Dois ou mais agentes são 
administrados numa mesma preparação. Ex: 
Tríplice Bacteriana e Viral. 
 
VACINAÇÃO SIMULTÂNEA: Duas ou mais 
vacinas são administradas em diferentes locais 
ou por diferentes vias num mesmo 
atendimento. Ex: a vacina tríplice DTP por via 
IM, a vacina contra o sarampo por via SC, o BCG 
por via ID e a vacina contra a poliomielite por 
VO. 
 
Mas de que forma conseguimos essa 
imunidade? O nosso corpo é capaz de nos 
proteger sozinho. 
 
A imunização é uma das estratégias de 
prevenção mais significativas, uma vez que é 
definida como a aquisição de proteção contra 
uma doença infecciosa, que tem o objetivo 
aumentar a resistência de um indivíduo contra 
infecções específicas. 
 
Entretanto, nem sempre o nosso corpo trabalha 
sozinho. Algumas vezes necessitamos “receber” 
uma imunidade para que ela trabalhe em 
conjunto com o nosso organismo. 
 
Essa imunidade pode ser administrada por meio 
de vacina, imunoglobulina ou por soro de 
anticorpos. 
 
2. TIPOS DE IMUNIDADE 
 
A imunidade ou imunização pode ser classificada 
em dois tipos: a imunização ativa e a imunização 
passiva. (FARHAT, et, 2007). 
 
A imunização ativa (quando há gasto de energiapelo organismo) é a produção de anticorpos 
pelo indivíduo que recebeu antígenos. Essa 
imunização pode ser natural e artificial. 
 
 Imunização ativa natural acontece 
quando o antígeno penetra de forma 
natural no organismo. Ex: casos 
infecciosos provocados por vírus e 
bactérias (sarampo) 
 
 A imunização ativa artificial é quando 
ocorre a inoculação proposital de 
antígenos no organismo. Ex.: A vacina é 
composta por agente infeccioso 
enfraquecido ou por toxinas por ele 
produzidas contendo antígenos 
específicos, sendo, portanto um 
processo que visa à profilaxia. 
 
Quando um microorganismo penetra em 
pessoas vacinadas, já encontra anticorpos 
específicos que inativam os antígenos por ele 
produzidos. 
 
A imunização passiva (sem gasto de energia do 
organismo) é quando ocorre a inoculação de 
anticorpos no organismo, produzidos por outro 
organismo contra o correspondente agente 
infeccioso. Constitui um processo de soros 
terapêuticos. 
 
A soroterapia é utilizada durante a fase aguda 
de uma infecção. Protege apenas por um tempo 
relativamente curto, sendo logo destruído e 
eliminado. 
 
A imunização é muito importante, pois evita a 
disseminação de doenças e contribui para o 
controle de determinadas patologias, evitando 
possíveis epidemias e/ou pandemias. 
 
Abaixo, relacionamos os tipos de imunidade de 
acordo com sua classificação: 
 
 
IMUNIDAE 
ESPECÍFIA 
 
ATIVAMETE 
ADQUIRIDA 
 
PASSIVAMEN-
TE ADQUIRIDA 
 
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NATURAL 
INFECÇÕES 
CLÍNICAS; 
INFECÇÕES 
INAPARENTES 
CONGÊNITA; 
COLOSTRO; 
LEITE 
MATERNO 
 
ARTIFICIAL 
 
VACINAS 
SOROS; 
IMUNOGLOBU 
LINAS 
 
3. ORIGEM DAS VACINAS 
 
Atualmente as vacinas são conhecidas por todos 
nós. Fazem parte da nossa rotina preventiva. 
Mas você sabe como surgiu a vacina? 
 
Em estudos, o primeiro indício de vacina surgiu 
no início do século XVIII, quando a Varíola era 
uma doença que causava a morte de muitos e, 
por causa dela, muitas crianças nem chegavam a 
atingir a fase adulta. 
 
Foi nessa época que um médico inglês, Edward 
Jenner, percebeu que pessoas que conviviam 
com vacas, inclusive as adoecidas pela varíola, 
apresentavam ferimentos tais como esses 
animais, porém não eram contagiados. Apartir 
dessa observação injetou o pus dessas vacas em 
uma criança saudável e, tempos depois, apesar 
das reações adversas, foi inoculado com a 
varíola humana, não apresentando sinais de 
contaminação. 
 
Em seguida, Jenner continuou esse 
procedimento em várias pessoas, retirando o 
pus dos adoecidos e transferindo para as 
pessoas, como forma de prevenção. Após alguns 
anos, inoculou na mesma criança que participou 
de seu primeiro experimento e em mais duas 
pessoas, que continuaram imunes. A partir 
desses resultados, publicou um estudo de nome 
“vacina”. O sucesso da descoberta de Jenner, 
em 1805, impulsionou Napoleão Bonaparte a 
obrigar que todos os seus soldados fossem 
vacinados, gerando assim, alguns conflitos. 
 
No Brasil, 1904, ocorreu um episódio parecido, 
quando o então presidente Rodrigues Alves, 
com intuito de combater as pestes que 
prejudicavam o turismo e o comércio nacional, 
juntou-se a Oswaldo Cruz para executar uma 
grande empreitada sanitária, retirando as 
pessoas das ruas, lançando guerra a mosquitos, 
ratos e outros animais “pestilentos” e obrigando 
toda a população a vacinar-se contra a varíola. 
Mesmo aliado à Lei da Vacina Obrigatória, a 
população demonstrou grande resistência, com 
pedradas, protestos, incêndios, iniciando, assim, 
a Revolta da Vacina. 
 
Aos dias atuais, consideramos a varíola, doença 
erradicada. 
 
Assim como a Varíola, também existem outros 
tipos de doenças que já sumiram das estatísticas 
de mortalidade mundial. Desde a descoberta de 
Edward Jenner, diversas vacinas foram criadas e 
adaptadas para atender a necessidade do 
indivíduo. 
 
4. FABRICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS 
VACINAS 
 
As vacinas são fabricadas por laboratórios, a 
partir de cepas e meios de cultura inicialmente 
padronizados e provenientes de instituições de 
referência da Organização Mundial de Saúde 
(OMS). 
 
O Programa de Auto-Suficiência Nacional em 
Imunobiológicos foi lançado em 1984 para 
atender à demanda do nosso país por esses 
produtos e tentar eliminar a necessidade de 
importação. Com esse programa e auxílio do 
Ministério da Saúde, foram realizados 
investimentos em instalações e equipamentos 
para os laboratórios. 
 
No Brasil, temos dois grandes laboratórios, 
Manguinhos e Butantã. 
 
 
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No Instituto Butantan, além do investimento na 
produção, percebeu-se a importância do 
investimento em pesquisas e foi criado o Centro 
de Biotecnologia, para o desenvolvimento de 
novas tecnologias para a produção de soros e 
vacinas e de novos produtos. Atualmente, o 
Instituto Butantan produz cerca de 80% dos 
soros e vacinas utilizados no País. Toda essa 
produção de imunobiológicos é enviada ao 
Ministério da Saúde, e por ele redistribuída às 
secretarias de Saúde dos Estados. 
 
O laboratório Bio-Manguinhos, possui vínculo 
federal, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz. 
Está responsável por mais de 50% dos 
imunizantes. 
O processo de criação, produção e teste de uma 
vacina, pode levar anos, por tratar-se de um 
processo altamente complexo. Antes que os 
cientistas iniciem a formulação de uma vacina, 
os pesquisadores estudam o vírus ou bactérias 
em particular. 
 
Esses microorganismos têm que ser isolados 
para que seja descoberto à forma como ele 
provoca a doença. Apartir de então, 
desenvolvem a vacina como atenuada ou 
inativada. Em seguida, os pesquisadores 
estudam a melhor maneira de proteção, 
calculando a melhor dosagem, a quantidade de 
aplicações e o tempo de duração de cada uma 
delas. 
 
A maioria das pesquisas recentes são realizadas 
em laboratórios em ambiente acadêmico e são 
pagas por uma fundação ou pelo governo. 
 
O processo de teste é realizado em quatro 
etapas, que podem durar anos. Essa fase é 
patrocinada por empresas farmacêuticas e tem 
um custo muito alto. (RIBEIRO, 2006). 
 
1ª Fase: As vacinas são testadas em centenas de 
adultos saudáveis com baixo risco de 
complicações. Se essa fase não tiver sucesso, a 
vacina volta para fase de desenvolvimento ou é 
abandonada. 
 
2ª Fase: Realizada após o sucesso da primeira 
fase. Nessa etapa, a vacina é testada no grupo 
alvo que deverá receber a vacina pronta. Ex: a 
vacina de catapora foi testada em crianças. É 
testada em centenas de indivíduos, por garantia 
de segurança. 
 
3ª Fase: A fase mais longa. Testes são realizados 
em vários locais com milhares e até dezenas de 
milhares de pessoas com estilos de vida variados 
e de diferentes localidades geográficas. Nessa 
etapa, é buscada a certeza de que a vacina 
funciona em pessoas de diferentes tipos e vários 
ambientes. 
 
4ª Fase: Mesmo após a sua distribuição, é 
necessário mais algum tempo de estudo para 
assegurar que nenhum efeito colateral não 
previsto possa ocorrer. 
 
O controle de qualidade deve seguir critérios do 
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em 
Saúde (INCQS). 
 
Após lançadas, os imunobiológicos (vacinas, 
imunoglobulinas e soros) devem ser 
conservados em geladeiras específicas, fora do 
congelador, em uma temperatura entre +2 e 
+80C. O diluente deve estar na mesma 
temperatura da vacina. Esfriar o diluente colocá-lo no refrigerador, pelo menos, seis horas antes 
da reconstituição. Lembrando sempre que, as 
vacinas não podem ser congeladas. 
 
5. TIPOS DE VACINAS 
 
Existem dois tipos principais de vacinas: vacinas 
de vírus vivos atenuados e vacinas de vírus 
inativados. 
 
Vacinas de Vírus Vivos Atenuados: a vacina é 
feita com vírus vivos, mas que causam uma 
 
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forma muito fraca da doença. Esses vírus se 
reproduzem cerca de 20 vezes dentro do 
corpo. Ao ser fabricada, os vírus ou bactérias são 
atenuados em laboratório até o ponto em 
que continuam vivos e capazes de se 
reproduzirem, mas que não possam causar 
doenças graves. Sua presença é suficiente para 
fazer com que o sistema imunológico produza 
anticorpos para combater a doença no futuro. 
 
Vacinas de Vírus Inativados: quando as vacinas 
inativadas são criadas, os vírus ou bactérias são 
completamente mortos por processos químicos. 
Partes mortas (inativadas) desses 
microorganismos causadores de doença 
(geralmente bactérias) são colocadas nas 
vacinas. Como os antígenos estão mortos, a 
força dessas vacinas tende a se desgastar com o 
tempo, resultando em imunidade com menor 
duração. Por essa razão, várias doses de vacinas 
inativadas são geralmente necessárias para 
oferecer uma melhor proteção. Reações 
alérgicas são menos prováveis. 
 
6. VACINAS DISPONÍVEIS NO CALENDÁRIO 
BÁSICO 
 
O Brasil oferece gratuitamente 14 vacinas de 
rotina, garantindo todas as vacinas 
recomendadas pela Organização Mundial de 
Saúde (OMS). São elas: 
 
BCG – Indicada contra as formas graves da 
tuberculose, devendo ser administrada 
preferencialmente após o nascimento. Também 
indicada para profissionais de saúde e 
comunicantes de casos de hanseníase. 
 
DTP - Vacina contra DIFTERIA, TÉTANO E 
COQUELUCHE. Também conhecida como Tríplice 
Bacteriana. É indicada a partir dos 2 meses de 
vida. 
 
DT e dT - Vacina contra DIFTERIA e TÉTANO. 
Encontra-se em dois tipos: a vacina dupla 
infantil (DT) e a vacina dupla adulto (dT). Essa 
última contém uma menor quantidade de 
toxóide diftérico. A dT é indicada a partir dos 7 
anos de idade. 
 
FEBRE AMARELA (FA): Indicada para prevenir a 
febre amarela. Faz parte do calendário vacinal 
apenas em áreas endêmicas e regiões limítrofes 
dessas áreas. Pessoas que se deslocam para 
essas áreas também devem receber a vacina 
contra a febre amarela. A finalidade da 
vacinação é imunizar determinado número de 
pessoas, de forma a constituir uma barreira de 
proteção que se oponha à propagação 
geográfica da doença. 
 
Hib - O Haemophylus influenzae B é uma 
bactéria que acomete principalmente crianças 
até 5 anos de idade e pode causar 3 infecções 
graves: Meningite, Pneumonia e Epiglotite. É 
indicada a partir dos dois meses de vida. 
 
MENINGOCÓCICA C (CONJUGADA) - Vacina 
contra a Neisseria meningitidis tipo C 
(Meningococo C), principal bactéria causadora 
de meningite. Introduzida no Calendário Básico 
de Vacinas em 2010. É indicada para crianças 
menores de 2 anos, a partir dos 3 meses de vida. 
 
PENTAVALENTE – Também chamada de Penta 
Brasil, foi introduzida no Calendário Básico em 
2012. Contém a DTP, HB e Hib e é indicada para 
imunização das crianças menores de 1 ano de 
idade. É segura e bem tolerada, com elevada 
imunogenicidade contra os antígenos 
componentes. É usada na vacinação primária de 
lactentes que já receberam a primeira dose de 
hepatite B ao nascimento. 
 
PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE. Essa vacina 
passou a integrar o calendário básico de 
vacinação para crianças menores de 2 anos. A 
inclusão visa proteger esse público contra 
infecções respiratórias e otite média aguda 
 
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causadas por Streptococcus pneumoniae 
sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. 
 
ROTAVIRUS – Vacina Oral contra o Rotavírus, 
que é o vírus responsável pelos quadros mais 
graves de diarreia, vômitos e desidratação, e 
que está associado aos quadros que necessitam 
de internação por desidratação grave, podendo 
levar a óbito. Introduzida no Calendário Básico 
desde 2006. A vacina está indicada para crianças 
de 6 semanas a 5 meses e meio de idade. 
 
TETRA VIRAL – (SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA 
E VARICELA). Introduzida no calendário básico 
em 2013 para substituir a vacina TRÍPLICE VIRAL. 
É composta pela tríplice e a vacina de varicela. 
Está disponível, exclusivamente, para as crianças 
de 15 meses de idade, que tenham recebido a 1ª 
dose da vacina tríplice viral. 
 
TRÍPLICE VIRAL (SARAMPO, CAXUMBA E 
RUBÉOLA): Introduzida no Calendário Básico 
desde 2002. É composta por três vírus vivos 
atenuados: o vírus do sarampo, caxumba e da 
rubéola. A vacina tríplice viral, quando 
administrada em mulheres em idade fértil (12 a 
49 anos), tem se mostrado bastante eficaz no 
controle destas doenças, e também na 
prevenção da Síndrome de Rubéola Congênita. 
É indicada a partir dos 12 meses de vida. 
 
VACINA CONTRA INFLUENZA (GRIPE) - A gripe é 
considerada pela Organização Mundial da 
Saúde, a mais importante doença de 
transmissão respiratória depois da tuberculose. 
A vacina protege todos os indivíduos, 
principalmente os idosos e os com baixa 
resistência e previne as complicações 
respiratórias. É indicada a partir dos 6 meses de 
vida. 
 
VACINA CONTRA A HEPATITE A - Vacina contra 
a Hepatite causada pelo vírus A. As hepatites 
virais são infecções que acometem o fígado e o 
paciente leva de 15 a 20 dias para se recuperar. 
É indicada a partir dos 12 meses de vida. É a 
mais nova vacina do Calendário Básico, 
introduzida na data de 28 de julho de 2014, dia 
em que se comemora mundialmente a luta 
contra hepatites virais. 
 
VACINA CONTRA A HEPATITE B - Vacina contra 
a Hepatite causada pelo vírus B, produzida 
através de engenharia genética. É indicada a 
aplicação de preferência logo após o 
nascimento, nas primeiras 12 horas de vida. 
Caso não seja possível, iniciar o mais 
precocemente possível. 
 
VIP – VACINA INATIVADA CONTRA A 
POLIOMIELITE. Introduzida no Calendário Básico 
desde junho de 2012. As crianças que nunca 
foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão 
tomar a 1ª dose aos 2 meses e a 2ª aos 4 meses, 
com a vacina poliomielite inativada, de forma 
injetável. Já a 3ª (aos 6 meses), e o reforço (aos 
15 meses) continuam com a VOP, ou seja, as 2 
gotinhas. 
 
VOP - VACINA ORAL CONTRA POLIOMIELITE. 
Indicada para a proteção contra a doença 
poliomielite, também conhecida como paralisia 
infantil. A vacina protege contra os três tipos de 
poliovírus (I II e III). 
 
VACINA QUADRIVALENTE CONTRA O 
PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) - O Ministério 
da Saúde, por meio do PNI, em 2014, amplia o 
Calendário Nacional de Vacinação com a 
introdução da vacina quadrivalente contra o 
papilomavírus humano (HPV) no Sistema Único 
de Saúde (SUS). A vacinação do Adolescente 
como uma estratégia de saúde pública, com o 
objetivo de reforçar as atuais ações de 
prevenção do câncer do colo do útero. 
 
 
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7. CONTRAINDICAÇÕES GERAIS 
 
As vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados 
não devem ser administradas a princípio, a 
pessoas: 
 Com imunodeficiência congênita ou 
adquirida; 
 Acometidas por neoplasia maligna; 
 Em tratamento com corticosteróidesem 
esquemas imunodepressores 
(2mg/kg/dia por mais de uma semana 
em crianças, ou 20mg/dia ou mais em 
adultos); 
 Submetidas a outras terapêuticas 
imunodepressoras (quimioterapia 
antineoplásica, radioterapia), transfusão 
de sangue ou plasma; 
 Gravidez de risco teórico de danos ao 
feto, salvo em situações de alto risco de 
exposição a algumas doenças virais 
imunopreveníveis, como a febre 
amarela; 
 Doenças agudas febris graves. 
 
Durante a evolução de doenças agudas e febris, 
as pessoas não devem ser vacinadas devendo ser 
aguardado o final do processo infeccioso, 
principalmente para que seus sinais e sintomas 
não sejam atribuídos ou confundidos com 
possíveis efeitos adversos relacionados à 
vacinação. 
 
O adiamento da vacinação é recomendado em 
situações muito específicas. Ex: tratamento com 
imunodepressores ou com corticóides em dose 
imunossupressora. Neste caso agendar a 
vacinação para três meses depois do final do 
tratamento. 
 
Essa recomendação justifica: 
 
 Para as vacinas de vírus vivos há um 
possível risco de disseminação do vírus 
vacinal; 
 Para as vacinas de componentes mortos 
ou inativados há a possibilidade de não 
ocorrer resposta imunogênica. Nesse 
caso, quando de qualquer forma, a 
vacina for administrada agendar a 
revacinação; 
 
7.1. Mitos (Falsas Contraindicações) 
 
 Doenças benignas comuns: afecções 
recorrentes infecciosas ou alérgicas das 
vias respiratórias superiores (tosse/ou 
coriza); 
 Diarréia leve ou moderada; 
 Doenças da pele (impetigo, escabiose, 
etc.); 
 Desnutrição; 
 Doença neurológica estável (síndrome 
convulsiva controlada) ou pregressa, 
com sequela presente; 
 Antecedente familiar de convulsão; 
 Tratamento sistêmico com 
corticosteróide durante curto período 
(inferior a duas semanas), ou 
tratamento prolongado diário ou em 
dias alternados com doses baixas ou 
moderadas; 
 Alergias, exceto as reações alérgicas 
sistêmicas e graves, relacionadas a 
componentes de determinadas vacinas; 
 Prematuridade ou baixo peso no 
nascimento (exceto a BCG, que deve ser 
aplicado somente em crianças com > 2 
kg). 
 Internação hospitalar (crianças 
hospitalizadas podem ser vacinadas 
antes da alta e, em alguns casos, 
imediatamente depois da admissão, 
particularmente para prevenir a 
infecção pelo vírus do sarampo ou da 
varicela durante o período de 
permanência no hospital). 
 História ou diagnóstico clínico pregresso 
de Coqueluche, Difteria, Poliomielite, 
 
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Sarampo, Tétano e Tuberculose não 
constituem contra-indicação ao uso das 
respectivas vacinas. 
 
7.2. Principais Riscos 
 
Apesar da eficácia e segurança que as vacinas 
oferecem a imunização não está isenta de riscos. 
 
Os principais riscos são: 
 
 Infecção no local da inoculação; 
 Transmissão de doenças por meio do 
produto injetado e contaminação do 
material empregado na administração; 
 Complicação devido a outros compostos 
dos produtos imunizantes; 
 Encefalite pós-vacinal, quando da 
utilização de antígenos vivos; 
 Agravamentos de enfermidades crônicas 
cardíacas, renais, do sistema nervoso 
central, entre outras; 
 Reações locais gerais: nódulos, edemas, 
dor ou mal-estar, lipotimia, entre 
outras; 
 Reações de hipersensibilidade; 
 Complicações específicas secundárias à 
natureza e tipos de antígenos ou 
substâncias fontes de anticorpos. 
 
7.3. Principais Eventos Adversos 
 
Como já sabemos, as vacinas são constituídas 
por agentes infecciosos. Sejam eles atenuados 
ou inativados, por algum de seus produtos ou 
componentes que apesar da modernização de 
processos utilizados na produção e purificação, 
podendo induzir a reações indesejáveis. 
 
Algumas dessas reações, também chamadas de 
eventos adversos, são observadas com uma 
frequência relativamente alta. Entretanto, as 
manifestações que surgem, são geralmente 
benignas e transitórias, tais como febre e dor 
local, que eventualmente surgem na 
administração da DTP, uma possível 
contaminação, qualidade inadequada de 
determinados componentes, ou de falhas na 
técnica de aplicação. 
 
Complicações podem ocorrer em pacientes com 
deficiência imunológica primária, ou seja, com 
deficiências congênitas da imunidade, que são 
doenças raras, ou secundárias, decorrentes de 
doenças ou tratamentos que comprometem a 
imunidade. Ex: Leucemia, linfoma, etc. 
 
O risco de complicações se manifesta nas 
vacinas vivas, como a anti-sarampo, caxumba e 
rubéola, antipoliomielite oral, BCG, etc. 
No caso das vacinas mortas, como a tríplice 
bacteriana, contra difteria, tétano e coqueluche, 
o risco é da resposta imunitária não se processar 
adequadamente, continuando o receptor da 
vacina suscetível às doenças contra as quais se 
vacinou. 
 
Os aventos adversos específicos de cada vacina 
serão revisados junto as seus respectivos 
imunobiológicos. 
 
8. QUAIS AS RECOMENDAÇÕES 
NECESSÁRIAS A SEREM DADAS AO 
CLIENTE QUE RECEBERÁ A VACINA? 
 
1. Converse com o cliente sobre os 
benefícios da vacina a ser administrada 
2. Compartilhe a segurança de que não 
existe nenhuma contra-indicação para a 
vacinação naquele momento. 
3. Informe sobre os eventos adversos mais 
comuns ou esperados das vacinas a 
serem aplicadas. 
4. Oriente o cliente ou responsável para 
retornar à unidade de saúde, caso 
observe que os eventos adversos 
comuns ou esperados se apresentem 
com maior intensidade, demorem muito 
a passar e se, além destes, surgirem 
outros sinais e sintomas. 
 
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5. Explique que vacinas de bactérias e vírus 
vivos atenuados injetáveis podem ser 
aplicadas no mesmo dia. Caso não seja 
possível, deve ser dado um intervalo de 
30 dias, no mínimo 15 dias, entre a 
aplicação de vacinas que tenham esta 
composição, tais como BCG, tríplice 
viral, entre outras. 
6. Considere as doses já recebidas de cada 
vacina, para completar o respectivo 
esquema vacinal. 
7. Oriente para que não se coloquem 
pomadas no local de aplicação das 
vacinas. 
8. Registre no cartão do cliente e no cartão 
espelho, a vacina administrada com seu 
respectivo lote. Na vacina contra a febre 
amarela, o registro é uma 
recomendação internacional. 
 
9. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 
 
As vacinas devem ser administradas de acordo 
com as normas recomendadas pelos fabricantes. 
Antes de aprendermos quais as vias de 
administração mais indicada para cada vacina, 
vamos revisar as principais vias de 
administração. 
 
 O que é uma via de administração? 
 
Via de Administração é o caminho que a 
droga percorre para entrar em contato com o 
organismo. Ela transporta a substância à parte 
do corpo onde deseja-se que ocorra sua ação. 
As vias de administração de fármacos podem ser 
a grosso modo divididas em 3: Tópica, Enteral e 
Parenteral. 
 
A Via Tópica tem efeito local. Nessa técnica, a 
substância é aplicada diretamente onde se 
deseja sua ação. 
 
Classifica-se em: 
 
 Epidérmica: aplicação sobre a pele 
(testes de alergia, anestesia local 
tópica). 
 Inalável através das vias aéreas. 
 Enema administrados através do reto. 
 Colírios: sobre a conjuntiva; 
 Gotas otológicas: na via auricular 
(antibióticos e corticóides para 
otite externa); 
 Intranasal (spray descongestionante 
nasal). 
 
A Via Enteral tem efeito sistêmico. Por essa via, 
a substância tem comoporta, o trato digestivo. 
Pode entrar através de: 
 
 Via Oral (Boca). A maioria em forma de 
tabletes, cápsulas ou gotas. 
 Tubo gástrico, tubo de alimentação 
duodenal ou gastrostomia; 
 Via Retal. (Supositórios ou enemas). 
 
A Via Parenteral é a mais utilizada na 
administração de vacinas. Essa via tem efeito 
sistêmico. Recebe-se a substância por outra 
forma que não pelo trato digestivo. 
 
As principais vias parenterais são: 
 
 Intravenosa (IV): Através da veia 
 Intramuscular (IM): Através dos 
músculos 
 Subcutânea (SC): Entre os músculos e a 
pele. 
 Intradérmica (ID): Sob a pele 
 
Em LACTENTES: administrar as de uso 
Intramuscular (IM) no músculo vastolateral da 
coxa. 
 
10. IDADE IDEAL PARA IMUNIZAÇÃO 
 
A idade em que as vacinas devem ser 
administradas varia de acordo com a faixa etária 
 
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de maior risco para a doença, idade específica 
em que o imunobiológico é capaz de estimular a 
resposta imunológica, potencial interferência de 
anticorpos adquiridos por via transplacentária e 
risco de complicações da vacina em 
determinada idade. 
 
Dessa forma, é importante lembrar que algumas 
vacinas não devem ser administradas no período 
neonatal, para evitar o fenômeno de tolerância 
imunológica, e que aquelas que contêm agentes 
vivos podem ser inativadas pelos anticorpos 
maternos da classe IgG, que cruzam livremente 
a barreira placentária. 
 
11. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS BÁSICOS 
 
 Bancada ou mesa para preparo dos 
imunobiológicos; 
 Refrigerador para conservação dos 
imunobiológicos. O refrigerador, de 
compartimento único, deve ter 
capacidade mínima para 280 litros, 
aproximadamente. 
 Quando necessário, utilizar dois 
refrigeradores: um para os 
imunobiológicos em estoque e outro 
para os produtos que serão usados no 
dia de trabalho. 
 De modo geral, utiliza-se a caixa térmica 
para conservar os imunobiológicos que 
serão usados no dia de trabalho. 
 Bandeja de aço inoxidável. 
 
12. CUIDADOS GERAIS NA 
ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS 
 
O vacinador, antes de administrar a vacina, 
deve: 
 
 Lavar as mãos e organizar todo o 
material; 
 Retirar a vacina da caixa térmica ou do 
refrigerador, verificando o nome da 
mesma, bem como o prazo de validade; 
 Vencido o prazo, desprezar o resto da 
vacina; 
 Preparar a vacina de acordo com 
recomendações específicas. 
 Ao aspirar o volume a ser administrado, 
verificar se a graduação da seringa se a 
dosagem estão corretas; 
 Quando utilizar o frasco multidoses, ao 
aspirar cada dose, perfurar a borracha 
em locais diferentes, evitando a parte 
central da tampa. 
 Antes de aspirar cada dose, limpar a 
tampa de borracha com algodão seco. 
Fazer um movimento rotativo com o 
frasco da vacina para homogeneização, 
evitando, assim, reações locais mais 
intensas. 
 Os procedimentos básicos para remoção 
e reconstituição de soluções são os 
mesmos. 
 Recolocar o frasco na caixa térmica ou 
no refrigerador até a aspiração de outra 
dose. 
 Preparar a pessoa, colocando-a em 
posição segura e confortável, fazendo a 
limpeza do local da administração, se 
necessário. 
 No caso de vacinas injetáveis, 
administrar o líquido lentamente. 
Administrar com cautela em 
indivíduos com trombocitopenia ou 
qualquer outro distúrbio de 
coagulação, uma vez que pode ocorrer 
sangramento após a administração 
intramuscular nesses pacientes. 
 Desprezar a seringa e a agulha, 
conforme orientações de Biossegurança; 
 Atentar para reações imediatas. 
 Orientar a pessoa vacinada ou seu 
acompanhante para usar compressa fria 
no caso de dor ou vermelhidão no local 
da administração. Nunca usar 
compressa quente no local da vacina. 
 
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 Após a administração, lavar as mãos; 
Registrar o nº do lote e a validade; 
 Orientar sobre o retorno, quando for o 
caso, para a complementação do 
esquema básico de vacinação. 
 
Não é mais orientada a manutenção de uma 
agulha no frasco; a borracha utilizada 
atualmente apresenta melhor resistência às 
múltiplas perfurações, em consequência do 
constante aperfeiçoamento dos materiais. 
Entretanto, a agulha utilizada para aspirar não 
deve ser a mesma para a administração da 
vacina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO 2014-2015 
 
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IMUNIZAÇÃO – CONCEITOS E TÉCNICAS DE 
VACINAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
AVALIAÇÃO 
 
1) O Programa Nacional de Imunizações 
surge por determinação do Ministério 
da Saúde, como parte de um conjunto 
de medidas que se destinavam a 
fiscalizar e redirecionar a atuação 
governamental do setor, através de que 
Lei? 
 
a) Lei 6.000 de 30/10/70 
b) Lei 78.231 de 30/12/76 
c) Lei 6.259 de 30/10/75 
d) Lei 68.239 de 30/12/76 
 
2) A imunização é muito importante, pois 
além de evitar a disseminação de 
doenças: 
 
a) Contribui para o controle de 
determinadas patologias; 
b) Mantém o usuário sempre presente na 
unidade básica de saúde; 
c) Não é tão cara para o bolso do 
brasileiro, principalmente para a 
população mais carente; 
d) Aumenta o apetite em pessoas 
desnutridas. 
 
3) Existem dois tipos de imunidade. São 
elas: 
 
a) Passiva e comercial 
b) Ativa e passiva 
c) Natural e comercial 
d) Ativa e comercial 
 
4) Na data de 28 de julho de 2014, a área 
da imunização foi marcada pela 
inserção de uma nova vacina no 
calendário vacinal de rotina de crianças 
pelo PNI. De que vacina estamos 
falando? 
 
a) Tetra Viral 
b) Penta Brasil 
c) Meningocócica C 
d) Hepatite A 
 
5) Classifica-se como uma FALSA contra-
indicação para a vacinação em pessoas: 
 
a) Submetidas a outras terapêuticas 
imunodepressoras, transfusão de 
sangue ou plasma; 
b) Doenças agudas febris graves. 
c) Diarréia leve ou moderada. 
d) Em tratamento com corticosteróides em 
esquemas imunodepressores por tempo 
prolongado; 
 
6) Existem dois tipos principais de vacinas, 
as vacinas de vírus vivos atenuados e as 
de vírus inativados. 
 
a) As Vacinas de Vírus Vivos Atenuados são 
feitas com vírus vivos e que causam uma 
forma muito forte da doença, agravando 
os efeitos colaterais. 
b) As Vacinas de Vírus Inativados são feitas 
com vírus vivos, mas que causam uma 
forma muito fraca da doença. 
c) As Vacinas de Vírus Vivos Atenuados são 
feitas com vírus vivos, mas que causam 
uma forma muito fraca da doença. 
d) As Vacinas de Vírus Vivos Atenuados são 
compostas por vírus ou bactérias 
completamente mortos por processos 
químicos. 
 
7) A vacina PENTAVALENTE ou PENTA 
BRASIL foi introduzida no Calendário 
Básico a partir do segundo semestre de 
2012. A penta refere-se a: 
 
 
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www.enfermagemadistancia.com.bra) Vacina adsorvida difteria, tétano, 
pertussis, hepatite B (recombinante) e 
Haemophilus influenzae b (conjugada); 
b) Vacina difteria, sarampo, tétano, 
hepatite B e Haemophilus influenzae b; 
c) Vacina adsorvida rubéola, tétano, 
hepatite C (combinada) e Haemophilus 
influenzae b (reconjugada); 
d) Vacina adsorvida difteria, rubéola, 
hepatite A (recombinante) e 
Haemophilus influenzae b (conjugada). 
 
8) A Vacina Oral contra o Rotavírus é o 
vírus responsável pelos quadros mais 
graves de diarréia, vômitos e 
desidratação, e que está associado aos 
quadros que necessitam de internação 
por desidratação grave, podendo levar 
a óbito. Foi introduzida no Calendário 
Básico desde o ano de: 
 
a) 2000 
b) 2006 
c) 2004 
d) 2002. 
 
9) A Via Tópica tem efeito local. Nessa 
técnica, a substância é aplicada 
diretamente onde se deseja sua ação. 
São tipos de Via Tópica: 
 
a) Epidérmica - Inalável - Enema – Colírios - 
Gotas otológicas - Intranasal. 
b) Subcutânea - Intradermica - Enema – 
Intranasal. 
c) Intramuscular - Inalável – Subcutânea – 
Colírios - Gotas otológicas - Intranasal. 
d) Inalável - Enema – Intradérmica - 
Intramuscular - Intranasal. 
 
10) A Via Parenteral é a mais utilizada na 
administração de vacinas. Essa via tem 
efeito sistêmico. Recebe-se a 
substância por outra forma que não 
pelo trato digestivo. 
 
a) Intravenosa – Enema – Intramuscular – 
Intranasal; 
b) Intramuscular – Colírios – Gotas 
otológicas – Inalável; 
c) Intradérmica – Injetável – Colírios – via 
oral; 
d) Subcutânea – Intradérmica – 
Intravenosa – Intramuscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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Consequências Sociais das Reformas 
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2010. 
 
2- BAHIA. Secretaria da Saúde. 
Superintendência de Vigilância e 
Proteção da Saúde. Diretoria de 
Vigilância Epidemiológica. Coordenação 
do Programa Estadual de Imunizações. 
Manual de procedimento para 
vacinação/ Diretoria de Vigilância 
Epidemiológica - Salvador: DIVEP, 2011. 
 
3- BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação 
Nacional de Saúde. Manual do Normas 
de Vacinação. 3 ed Brasília - DF, 2001. 
 
4- BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 
MS nº 1602, de 17 de julho de 2006. 
Institui em todo território nacional os 
calendários de vacinação da criança, 
adolescente, adulto e idoso. Diário 
Oficial da República Federativa do 
Brasil, Brasília – DF, 18 jul. 2006. 
 
5- BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do 
Centros de Referência para 
Imunológicos Especiais. 3 ed Brasília - 
DF, 2006. 
 
6- BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de 
Rede de Frios. 4 ed Brasília - DF, 2007. 
 
7- Brasil, Campanha para Atualização da 
Caderneta de Vacinação. Brasília - 
agosto de 2012. 
 
8- FARHAT, CK; WECKX, L; CARVALHO, 
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Fundamentos e Prática - 5ª ed. São 
Paulo - SP: Atheneu, 2007 
9- GADELHA, C; AZEVEDO, N. Inovação em 
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e constrangimentos estruturais. Hist. 
Cienc. Saúde – Manguinhos vol.10 suppl. 
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10- GUSHIKEN, C.T. & CHAGAS, L.G.C.P. 
Imunização In: CURSINO, M.R. et 
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11- RIBEIRO, MCS. Programa de 
Imunizações. In: AGUIAR, ZN; RIBEIRO, 
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12- SCHMITZ, E.M.R. et al Imunização Básica 
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13- SCLIAR, M. Oswaldo Cruz: entre 
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14- SEVCENKO, N. A Revolta da Vacina: 
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15- SUCUPIRA, ACSL; BRICKS, LF; KOBINGER, 
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www.saude.gov.br

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