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Profª MSc: Claudia Scoton A. Marques Programação e Histórico Programação Aula 01 - Apresentação; Visão geral do curso de Projeto Geométrico; avaliações. História dos Transportes; Aula 02 – Estudos de traçado – Fases para implantação de um trecho. Estaqueamento. Classificação das Rodovias Aula 03 – Elementos Geométricos; Caraterísticas Técnicas - velocidades (de projeto de percurso), distâncias visibilidade Aula 04 – Curvas Horizontais Circulares Aula 05 – Curvas Horizontais de Transição. Aula 06 – Curvas Horizontais de Transição; 1ª AVALIAÇÃO - 13/04 Entrega 1ª Parte do Projeto Prático – 13/04 Programação Aula 08 - Superelevação Aula 09 - Superlargura Aula 10 - Curvas Verticais Aula 11 - Curvas Verticais Aula 12 - Noções de Terraplenagem Aula 13 - Diagrama de Massas Aula 14 - Diagrama de Massa 2ª AVALIAÇÃO – 15/06 Exame – Recuperação – Entrega Projeto Final – 22/06 Avaliações História dos transportes Na Pré-história, caminho: Homem(2.000.000 AC); A civilização Egípcia: primeira civilização com registros históricos (6.000 AC); “Estradas primitivas” (trilhas de pedestres, cargas nos ombros ou na cabeça do homem); Primeiras estradas datam de 2500 AC, (faraó Keops) Construiu uma estrada pavimentada com grandes lajes de pedra com a face superior trabalhada (pista lisa). História dos transportes História dos transportes O Império Romano: sua influência A técnica usada na pavimentação de estradas pelo romanos prevaleceu por 19 séculos, sendo superada apenas no início do século XIX pelos trabalhos de Telford e Macadam. As estradas eram entendidas pelo império romano como fundamentais e sem as quais não seria possível governar e manter a unidade de tão vasto império. Esse perfeito sistema de transporte permitia que as famosas legiões Romanas se deslocassem com grande rapidez para qualquer ponto onde sua presença se fizesse necessária. História dos transportes O Império Romano: sua influência Para obter um traçado mais retilíneo se fazia grandes obras de arte especiais e com qualidade; Disposta em camadas de pedras de tal forma que camadas imediatamente superiores, de menores dimensões enchessem os vazios das inferiores, finalmente eram cobertas com lajes de pedra de calçamento (pavimentum). História dos transportes O Império Romano: A estrutura possuía uma parte alta com drenagem dos dois lados, ampla o suficiente para a passagem de duas carruagens ao mesmo tempo. As estradas eram muito fortes e muitas sobrevivem ATÉ HOJE... As ruas inglesas Britain’s Fosse Way, Watling Street e a Ermine Street eram antigas estradas romanas. A engenharia atual tem um legado deixado pelos Romanos. História dos transportes A Idade Média As estradas perderam a importância, mesmo deterioradas e sem uso a solidez das estradas romanas fez com que algumas sobrevivessem até nossos dias (Via Ápia no sul da Itália, construída a 2300 anos). História dos transportes Tempos Modernos: Com aparecimento de reinados mais abrangentes (França, Inglaterra, Espanha, Portugal, etc) as estradas voltaram a ter vital importância; Na Inglaterra dois engenheiros de origem escocesa: Thomas Telford e John MacAdam criaram processos revolucionários para pavimentação que ainda são usados até hoje; História dos transportes Tempos Modernos: As estradas continuavam a ser transitadas exclusivamente por tração animal; No final do século XVIII, James Watt (eng. Escocês) inventou a máquina a vapor; Alguns anos depois (1801), Richard Trevithick adaptou a máquina a vapor a um veículo rodoviário; História dos transportes Em 1835 Georges Stephenson construiu a primeira estrada de ferro na Inglaterra, depois espalharam-se rapidamente pelo mundo inteiro. Tempos Modernos: História dos transportes Enquanto precisava-se de uma força de 2 Kgf para tracionar uma tonelada sobre trilhos, precisava-se de uma força no mínimo dez vezes maior para o mesmo fim numa pista rodoviária; Tempos Modernos: História dos transportes Nos anos 20 - produção do automóvel em escala industrial Tempos Modernos: Transportes Terrestres no Brasil Período Imperial: Algumas estradas foram construídas no Centro-Sul; A primeira estrada de ferro foi construída; O desenvolvimento rodoviário começou praticamente na década de 40, sendo alavancado realmente a partir de 1945 (lei Joppert) que criou o fundo rodoviário Nacional e os DERs, com um surto extraordinário da malha rodoviária; É lamentável que o sistema ferroviário não tivesse se beneficiado de nenhum mecanismo que o alavancasse. Em países desenvolvidos, as ferrovias tem papel fundamental nos transportes terrestres, sendo a espinha dorsal do transporte de cargas. Porque isso não ocorreu no Brasil???Porque isso não ocorreu no Brasil??? CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS Profª Claudia Scoton A. Marques NOMENCLATURA • Uma das atribuições que o Plano Nacional de Viação reservou ao DNER (atual DNIT) foi a de fixar critérios para a nomenclatura das rodovias federais, com o objetivo de sistematizar procedimentos para a designação técnica das rodovias. • As rodovias federais são designadas por uma sigla, constituída pelo símbolo “BR” , seguido de um traço separador, e de um número de três algarismos CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS • Quanto à posição geográfica - o primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, e os dois remanescentes indicam a posição da rodovia em relação aos limites geográficos do país e em relação a Brasília, a capital federal. BR - XYY Símbolo representativo de rodovia federal brasileira Traço separador Número indicativo da posição da rodovia Número indicativo da categoria da rodovia Para fins de nomenclatura das rodovias federais foram consideradas 5 categorias de rodovias, de acordo com as disposições gerais dos traçados: §Rodovias Radiais – Partem de Brasília, para ponto importante do país (capitais). (variando de 010 a 080 sentido horário); Ex: BR – 010: Brasília – Belém; Radiais §Rodovias Longitudinais, compreendendo as rodovias cujos traçados se desenvolvem segundo a direção geral Norte – Sul; (variando de 100 a 199 da direita para a esquerda) EX: BR – 116: Fortaleza – Jaguarão § Rodovias Transversais, compreendendo as rodovias cujos traçados se desenvolvem segundo a direção geral Leste – Oeste; (Variando de 200 norte, 250 Brasília a 299 no sul) EX: BR – 230: Transamazônica Transversais §Rodovias Diagonais, envolvendo as rodovias cujos traçados se desenvolvem segundo as direções: • Rodovias Diagonais Pares – Direção geral Noroeste – Sudeste (Variando de 300 no NE a 350 Brasília e a 398 no Sudeste); Ex. : BR – 316: Belém – Maceió • Rodovias Diagonais Impares - Nordeste – Sudoeste (chamadas de Rodovias Diagonais Ímpares); Ex.: BR – 319: Manaus – Porto Velho § Rodovias de Ligação, categoria que incorpora as rodovias que não se enquadram nas categorias anteriores. Variando de 400 a 450 para o norte de Brasília e de 451 a 499 se para o sul de Brasília. EX: BR – 408: Campina Grande – Recife Em suma: o primeiro algarismo da sigla de uma rodovia federal, conforme já citado, indica a categoria a que pertence a rodovia, de acordo com o seguinte critério: 1º algarismo = 0 (zero) para as Rodovias Radiais; 1º algarismo = 1 para as Rodovias Longitudinais; 1º algarismo = 2 para as Rodovias Transversais; 1º algarismo = 3 para as Rodovias Diagonais; 1º algarismo = 4 para as Rodovias de Ligação. Longitudinais, quando se irradiam da capital para o interior codificadas com numeração par, de 3 dígitos, indicando o azimute aproximado do traçado; Ex.: SP + Az. Médio (SP – 330) Transversais, quandocircundam a capital, com numeração ímpar, de 3 dígitos, indicando a distância média em km do traçado da rodovia à capital (interior/interior) . Ex.: SP + dist. média à capital aprox. para o valor impar (SP – 255) O Estado de São Paulo constituiu uma exceção: SP _ _ _ Quanto à Função - Arteriais - alto nível de mobilidade; grande volume de tráfego atender o tráfego de longa distância. - Coletoras - mobilidade dentro de uma área específica; tráfego menor Núcleos populacionais ou centros geradores de tráfego - Locais – Tráfego intramunicipal de áreas rurais e pequenas localidades. Quanto à Jurisdição - FEDERAIS – quando que por sua natureza interessam a todo o país. São construídas e mantidas pelo governo federal, ou sob concessão proporcionada pelo mesmo. (arterial); - ESTADUAIS – São as que ligam entre si as cidades e a capital de um estado. São construídas e mantidas pelo governo estadual, ou sob concessão proporcionada pelo mesmo. (arterial / coletora); - MUNICIPAIS – São construídas pelo governo municipal. São de interesse de um município ou de municípios vizinhos. - VICINAIS – São as destinadas à ligação de fazendas ou sítios vizinhos. Podem pertencer ao poder municipal ou particular. Padrão modesto, pavimentadas ou não Quanto às Condições Técnicas As características se relacionam com as condições de trafego (velocidade, rampas, raios, larguras de pistas, acostamentos, visibilidade, etc.) Como critério para classificação técnica de rodovias, recomenda-se o volume que deverá utilizar a rodovia no 10. ano após sua abertura. Tabela 1. Classes de Projeto (áreas rurais) CLASSES DE PROJETO CARACTERÍSTICAS CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA(1) 0 Via Expressa Controle total de acesso Decisão administrativa I A Pista dupla Controle Parcial de acesso Quando os volumes de tráfego previstos ocasionarem níveis de serviço em rodovia de pista simples inferiores aos níveis C e D B Pista simples Controle Parcial de acesso Volume horário de projeto > 200 ou Volume médio diário (VDM) > 1400 II Pista Simples VDM entre 700 e 1400 III Pista Simples VDM entre 300 e 700 IV A Pista Simples VDM1 entre 50 e 200 B Pista Simples VDM1 < 50 (1) Os volumes de tráfego bidirecionais referem-se a veículos mistos e são aqueles previstos no 10º ano após a abertura da rodovia ao tráfego. Fonte: (DNER, apud PONTES FILHO, 1998, p. 26) Níveis de Serviços Função da velocidade desenvolvida na via e da relação entre volume de tráfego e capacidade da via. HCM considera que, em rodovias de pista simples, dois parâmetros refletem adequadamente a satisfação dos motoristas em relação à qualidade da operação: • A velocidade média de operação (v), ou seja, a razão entre a distância de um segmento de rodovia e o tempo médio de percurso dos veículos nesse trecho; e • A porcentagem de tempo em pelotão (PTP), ou seja, o percentual de tempo em que os veículos trafegam em pelotões numa rodovia, aguardando por uma oportunidade de realizar manobras de ultrapassagem sobre os veículos mais lentos. Níveis de Serviços Uma via pode operar em diferentes níveis de serviço, dependendo do instante considerado. Segundo o Highway Capacity Manual são: NÍVEL A - Condição de escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas velocidades. A densidade do tráfego é baixa, com velocidade controlada pelo motorista dentro dos limites de velocidade e condições físicas da via. Não há restrições devido a presença de outros veículos. Níveis de Serviços NÍVEL B - Fluxo estável, com velocidades de operação a serem restringidas pelas condições de tráfego. Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm condições de ultrapassagem. Níveis de Serviços NÍVEL C - Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são controladas pelo alto volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher faixa e velocidade Níveis de Serviços NÍVEL D - Próximo à zona de fluxo instável, com velocidades de operação toleráveis, mas consideravelmente afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume e as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. Níveis de Serviços NÍVEL E - É denominado também de Nível de Capacidade. A via trabalha a plena carga e o fluxo é instável, sem condições de ultrapassagem Níveis de Serviços NÍVEL F - Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes acima da capacidade da via. Formam-se extensas filas que impossibilitam a manobra. Em situações extremas, velocidade e fluxo podem reduzir-se a zero. Fonte: Demarchi, UEM Fonte: Demarchi, UEM
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