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Bianca Perina

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Questões resolvidas

(ENADE 2014) “A escassez de testemunhos sobre o comportamento e atitudes das classes subalternas do passado é com certeza o primeiro – mas não o único – obstáculo contra o qual as pesquisas históricas do gênero se chocam. Porém, é uma regra que admite exceções. Esse livro conta a história de um moleiro friuliano, Domenico Scandella, conhecido por Menochio – queimado por ordem do Santo Ofício, depois de uma vida transcorrida em total anonimato.
I – Apesar das diferenças entre a cultura popular e a cultura de elite, havia entre elas uma relação de interações e de influências recíprocas, isto é, havia uma “circularidade”.
II – A falta de evidências sobre a cultura popular impediu que se realizassem pesquisas, por exemplo, sobre a vida dos camponeses que, por serem iletrados, não participavam do que os historiadores consideram como esfera “produtora de cultura”.
III – Entre a cultura das classes populares e os setores aristocráticos da sociedade europeia da Idade Moderna havia uma fronteira bem definida, que refletia o abismo econômico e de status social entre ambos e, nesse sentido, o caso do moleiro Menochio deve ser interpretado como curiosidade e exceção.
IV – Baseada na exploração exaustiva das fontes e na descrição etnográfica, a micro-história adota uma perspectiva de observação dos fenômenos em escala reduzida, diferentemente das propostas da história serial e quantitativa.
I e II.
X I e IV.
I, III e IV.
II, III e IV.
II e III.

A historiografia passou por consideráveis modificações metodológicas que permitiram maior conhecimento do cotidiano do passado, por meio da incorporação de novos tipos de fontes de pesquisa. Uma delas foi a criação da revista intitulada Annales d’Histoire Économique et Sociale, cujos fundadores foram Lucien Febvre e Marc Bloch, na primeira metade do século XX. Ao longo da década de 1930, essa revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica.
Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta o nome dado a esse movimento historiográfico e a proposta inicial do referido periódico.
Materialismo Histórico. Pretendia evidenciar a luta de classes como o verdadeiro fundamento de uma História em movimento. O “acontecimento” e “as ações individuais” seriam consequências naturais do estágio do modo de produção em curso.
Escola Positivista. Pretendia fortalecer a historiografia tradicional, apresentando todos os aspectos possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas.
X Escola dos Annales. Pretendia substituir as visões breves anteriores, pautadas no Positivismo, por análises de processos de longa duração. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em História estivessem abertas às problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar de interdisciplinaridade.
Historicismo. Pretendia dedicar grande atenção à subjetividade e à interpretação, aproveitando-se muito do método positivo. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em História, estivessem abertas às problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar de interdisciplinaridade.
Pós-Estruturalismo. Pretendia um estudo do poder e as suas formas de distribuição pela sociedade, apresentando as relações de poder entre os corpos como objeto de estudo, ao invés das formações sociais e do homem em sociedade, preconizadas por marxistas.

Leia as informações e responda à questão: Em Salvador, 1858, houve uma forte revolta, com parte da população da cidade tomando as ruas e ecoando o grito de “carne sem osso e farinha sem caroço”. O episódio, que ficou conhecido como Revolta da Farinha, ocorreu em 28 de fevereiro de 1858. A intensa seca, que atingiu a produção da farinha de mandioca, em conjunto com epidemias como a de cólera-morbo, que chegou a matar cerca de dez mil pessoas entre os anos de 1855 e 1856. Além disso, o alto preço e a baixa qualidade da carne oferecida a população provocaram indignação.
Na perspectiva da História Social, cujo um dos expoentes é o historiador britânico E. P. Thompson. Avalie as afirmacoes a seguir, acerca da revolta ocorrida em Salvador em 1858.
I. Por meio do conceito de economia moral, elaborado por E. P. Thompson, explicam-se as motivações dos motins não só pela razão óbvia da fome, mas também pela noção de defesa de direitos consagrados socialmente.
II. A atitude de membros da Câmara de Vereadores de Salvador, a fim de garantir a oferta dos produtos e a manutenção do controle dos preços, é uma demonstração das alianças sociais que ocorrem entre alguns poderes e setores populares.
III. Com base nos estudos de E. P. Thompson, conclui-se que, nos momentos de grande escassez, comprovam-se os fundamentos da livre concorrência elaborados por Adam Smith, visto que as mercadorias tendem a ser deslocadas para os locais com maior demanda e preços mais elevados, o que garante o equilíbrio entre oferta e demanda.
X I e II, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I, II e III.
I e III, apenas.

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Questões resolvidas

(ENADE 2014) “A escassez de testemunhos sobre o comportamento e atitudes das classes subalternas do passado é com certeza o primeiro – mas não o único – obstáculo contra o qual as pesquisas históricas do gênero se chocam. Porém, é uma regra que admite exceções. Esse livro conta a história de um moleiro friuliano, Domenico Scandella, conhecido por Menochio – queimado por ordem do Santo Ofício, depois de uma vida transcorrida em total anonimato.
I – Apesar das diferenças entre a cultura popular e a cultura de elite, havia entre elas uma relação de interações e de influências recíprocas, isto é, havia uma “circularidade”.
II – A falta de evidências sobre a cultura popular impediu que se realizassem pesquisas, por exemplo, sobre a vida dos camponeses que, por serem iletrados, não participavam do que os historiadores consideram como esfera “produtora de cultura”.
III – Entre a cultura das classes populares e os setores aristocráticos da sociedade europeia da Idade Moderna havia uma fronteira bem definida, que refletia o abismo econômico e de status social entre ambos e, nesse sentido, o caso do moleiro Menochio deve ser interpretado como curiosidade e exceção.
IV – Baseada na exploração exaustiva das fontes e na descrição etnográfica, a micro-história adota uma perspectiva de observação dos fenômenos em escala reduzida, diferentemente das propostas da história serial e quantitativa.
I e II.
X I e IV.
I, III e IV.
II, III e IV.
II e III.

A historiografia passou por consideráveis modificações metodológicas que permitiram maior conhecimento do cotidiano do passado, por meio da incorporação de novos tipos de fontes de pesquisa. Uma delas foi a criação da revista intitulada Annales d’Histoire Économique et Sociale, cujos fundadores foram Lucien Febvre e Marc Bloch, na primeira metade do século XX. Ao longo da década de 1930, essa revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica.
Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta o nome dado a esse movimento historiográfico e a proposta inicial do referido periódico.
Materialismo Histórico. Pretendia evidenciar a luta de classes como o verdadeiro fundamento de uma História em movimento. O “acontecimento” e “as ações individuais” seriam consequências naturais do estágio do modo de produção em curso.
Escola Positivista. Pretendia fortalecer a historiografia tradicional, apresentando todos os aspectos possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas.
X Escola dos Annales. Pretendia substituir as visões breves anteriores, pautadas no Positivismo, por análises de processos de longa duração. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em História estivessem abertas às problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar de interdisciplinaridade.
Historicismo. Pretendia dedicar grande atenção à subjetividade e à interpretação, aproveitando-se muito do método positivo. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em História, estivessem abertas às problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar de interdisciplinaridade.
Pós-Estruturalismo. Pretendia um estudo do poder e as suas formas de distribuição pela sociedade, apresentando as relações de poder entre os corpos como objeto de estudo, ao invés das formações sociais e do homem em sociedade, preconizadas por marxistas.

Leia as informações e responda à questão: Em Salvador, 1858, houve uma forte revolta, com parte da população da cidade tomando as ruas e ecoando o grito de “carne sem osso e farinha sem caroço”. O episódio, que ficou conhecido como Revolta da Farinha, ocorreu em 28 de fevereiro de 1858. A intensa seca, que atingiu a produção da farinha de mandioca, em conjunto com epidemias como a de cólera-morbo, que chegou a matar cerca de dez mil pessoas entre os anos de 1855 e 1856. Além disso, o alto preço e a baixa qualidade da carne oferecida a população provocaram indignação.
Na perspectiva da História Social, cujo um dos expoentes é o historiador britânico E. P. Thompson. Avalie as afirmacoes a seguir, acerca da revolta ocorrida em Salvador em 1858.
I. Por meio do conceito de economia moral, elaborado por E. P. Thompson, explicam-se as motivações dos motins não só pela razão óbvia da fome, mas também pela noção de defesa de direitos consagrados socialmente.
II. A atitude de membros da Câmara de Vereadores de Salvador, a fim de garantir a oferta dos produtos e a manutenção do controle dos preços, é uma demonstração das alianças sociais que ocorrem entre alguns poderes e setores populares.
III. Com base nos estudos de E. P. Thompson, conclui-se que, nos momentos de grande escassez, comprovam-se os fundamentos da livre concorrência elaborados por Adam Smith, visto que as mercadorias tendem a ser deslocadas para os locais com maior demanda e preços mais elevados, o que garante o equilíbrio entre oferta e demanda.
X I e II, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I, II e III.
I e III, apenas.

Prévia do material em texto

Pincel Atômico - 03/07/2024 09:04:18 1/9
BIANCA PERINA
MASSARO
Avaliação Online (Curso Online - Automático)
Atividade finalizada em 01/07/2024 10:46:32 (1657093 / 1)
LEGENDA
Resposta correta na questão
# Resposta correta - Questão Anulada
X Resposta selecionada pelo Aluno
Disciplina:
HISTORIOGRAFIA [1036749] - Avaliação com 20 questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - Todos]
Turma:
Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-JANEIRO/2024 - SGegu0A020224 [114140]
Aluno(a):
91568168 - BIANCA PERINA MASSARO - Respondeu 19 questões corretas, obtendo um total de 47,50 pontos como nota
[358652_114774
]
Questão
001
Leia a seguinte afirmação:
“A história é ciência dos homens no tempo” (BLOCH, Marc. Apologia da História ou O ofício de
Historiador. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2001.)
Com sua famosa afirmação, o historiador francês Marc Bloch relaciona três categorias essenciais
para a Historiografia. Assinale a opção correta.
Ciência, tempo e religião.
Religião, tempo e cultura.
Tempo, sociedade e cultura.
X Ciência, tempo e sociedade.
Cultura, ciência e sociedade.
[358652_122187
]
Questão
002
(ENADE 2014) A escassez de testemunhos sobre o comportamento e atitudes das classes
subalternas do passado é com certeza o primeiro – mas não o único – obstáculo contra o qual as
pesquisas históricas do gênero se chocam. Porém, é uma regra que admite exceções. Esse livro
conta a história de um moleiro friuliano, Domenico Scandella, conhecido por Menochio – queimado
por ordem do Santo Ofício, depois de uma vida transcorrida em total anonimato. A documentação
dos dois processos abertos contra ele, nos dá um quadro de suas ideias e sentimentos, fantasias e
aspirações. Outros documentos nos fornecem indicações sobre suas atividades econômicas, sobre
a vida de seus filhos. Temos também algumas páginas escritas por ele mesmo e uma lista parcial de
suas leituras (sabia ler e escrever_. Gostaríamos, é claro, de saber muitas coisas sobre Menochio.
Mas o que temos em mãos já nos permite reconstruir um fragmento do que se costuma denominar
“cultura das classes subalternas”, ou ainda “cultura popular”.
GINZBURG, C. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987, p. 16 (adaptado)
O autor dessa passagem, Carlo Giznburg, é considerado um dos mais influentes autores da
chamada micro-história e da cultura popular na Idade Moderna. Com base nas concepções desse
autor e da micro-história, avalie as afirmações a seguir:
I. Apesar das diferenças entre a cultura popular e a cultura de elite, havia entre elas uma relação de
interações e de influências recíprocas, isto é, havia uma “circularidade”.
II. A falta de evidências sobre a cultura popular impediu que se realizassem pesquisas, por exemplo,
sobre a vida dos camponeses que, por serem iletrados, não participavam do que os historiadores
consideram como esfera “produtora de cultura”.
III. Entre a cultura das classes populares e os setores aristocráticos da sociedade europeia da Idade
Moderna havia uma fronteira bem definida, que refletia o abismo econômico e de status social entre
ambos e, nesse sentido, o caso do moleiro Menochio deve ser interpretado como curiosidade e
exceção.
IV. Baseada na exploração exaustiva das fontes e na descrição etnográfica, a micro-história adota
uma perspectiva de observação dos fenômenos em escala reduzida, diferentemente das propostas
da história serial e quantitativa.
É correto apenas o que se afirma em:
I e II.
II e III.
II, III, e IV.
I, III e IV.
X I e IV.
Pincel Atômico - 03/07/2024 09:04:18 2/9
[358652_122188
]
Questão
003
(MONTE HOREBE 2019) “O documento é monumento. Resulta do esforço das sociedades
históricas para impor ao futuro – voluntária ou involuntariamente – determinada imagem de si
próprias. No limite, não existe um documento-verdade. Todo o documento é mentira. Cabe ao
historiador não fazer o papel de ingênuo. Os medievalistas, que tanto trabalharam para construir
uma crítica – sempre útil, decerto – do falso, devem superar esta problemática porque qualquer
documento é, ao mesmo tempo, verdadeiro – incluindo, e talvez sobretudo, os falsos – e falso,
porque um monumento é em primeiro lugar uma roupagem, uma aparência enganadora, uma
montagem. É preciso começar por desmontar, demolir esta montagem, desestruturar esta
construção e analisar as condições de produção dos documentos-monumentos”(LE GOFF, 2005).
A partir da citação acima, depreendem-se as seguintes afirmações sobre o conceito de documento
como monumento:
I. Os monumentos são documentos, porque também indicam as pistas para se construir o passado
histórico e as suas verdades.
II. Todo documento é produzido de maneira inocente e não busca induzir a construção de versões
pré-determinadas do passado.
III. Nenhum documento é inocente. Todos são monumentos, porque sobrevivem ao passado de
maneira intencional e proposital.
É CORRETO o que se afirma em:
III apenas.
I apenas.
I e II.
X I e III.
II apenas.
[358652_115052
]
Questão
004
(SÃO JOSÉ DO CEDRO 2019) Leia o trecho a seguir e responda:
“O conceito de _____________ deve ser construído no ensino de história, visa a construção do “eu”
e do “outro”, e a construção do eu e do “nós”, que tem lugar em diferentes contextos da vida humana
e nos diferentes espaços de convívio. Esta construção se baseia no reconhecimento de
semelhanças e diferenças, mudanças e permanências.”
A alternativa que preenche corretamente a lacuna é
Classes Sociais.
X Cultura
Sociedades.
Pós-modernidade.
Identidades.
[358652_114765
]
Questão
005
(MONTE HOREBE 2019) Para a Escola Positivista, metódica, do final do século XIX, representada
por autores como Leopold Von Ranke e Fustel de Coulanges, a história deveria se tornar uma
ciência a partir de uma metodologia baseada nos seguintes princípios:
I- O conhecimento histórico deveria copiar o método objetivista das ciências naturais.
II- Os historiadores deveriam buscar sempre a neutralidade, com o objetivo de encontrar uma única
verdade para se narrar os eventos históricos.
III- O melhor dos historiadores é aquele que menos se afasta dos textos.
É CORRETO o que se afirma em
I e III.
II e III.
X I, II e III.
I apenas.
I e II.
[358652_122163
]
Questão
006
(IFPR – 2014) A historiografia passou por consideráveis modificações metodológicas que permitiram
maior conhecimento do cotidiano do passado, por meio da incorporação de novos tipos de fontes de
pesquisa. Uma delas foi a criação da revista intitulada Annales d’Histoire Économique et Sociale,
cujos fundadores foram Febvre e Bloch, na primeira metade do século XX. Ao longo da década de
1930, essa revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica. Sendo assim, assinale a
alternativa que apresenta o nome dado a esse movimento historiográfico e a proposta inicial do
referido periódico.
Pincel Atômico - 03/07/2024 09:04:18 3/9
Materialismo Histórico. Pretendia evidenciar a luta de classes como o verdadeiro fundamento de
uma História em movimento. O “acontecimento” e “as ações individuais” seriam consequências
naturais do estágio do modo de produção em curso.
Escola Positivista. Pretendia fortalecer a historiografia tradicional, apresentando todos os aspectos
possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas.
X
Escola dos Annales. Pretendia substituir as visões breves anteriores, pautadas no Positivismo, por
análises de processos de longa duração. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu
isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em História estivessem abertas às
problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar
de interdisciplinaridade.
Pós-Estruturalismo. Pretendia um estudo do poder e as suas formas de distribuição pela sociedade,
apresentando as relações de poder entre os corpos como objeto de estudo, ao invés das formações
sociais e do homem em sociedade, preconizadas por marxistas.
Historicismo. Pretendia dedicar grande atenção à subjetividade e à interpretação,aproveitando-se
muito do método positivo. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu isolamento
disciplinar, de forma que as formas de pensar em História, estivessem abertas às problemáticas e a
metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar de
interdisciplinaridade.
[358652_114779
]
Questão
007
Qual é a ideia que fundamenta o conceito de “materialismo histórico” na teoria de Karl Marx?
A noção de que nossas vidas em sociedade pouco interferem no futuro a humanidade, e que apenas
os fatores culturais determinam a realidade.
A ideia de que somos todos seres mortais e que, por isso, devemos aproveitar a materialidade
plenamente, durante a curta existência que temos.
Nossa percepção do mundo real está limitada por nossa capacidade física, que é incapaz de
entender outras formas de existência.
X
O modo de produção e a vida material condicionam a sociedade, política e instituições em geral,
submetidas à disputa entre quem detêm a materialidade e quem trabalha para estes.
A noção de que nossos corpos são apenas receptáculos temporários de um espírito em constante
evolução.
[358652_122190
]
Questão
008
(IFPI 2014) As investigações históricas sobre o acontecer humano costumeiramente deixavam de
lado os modos como as coletividades se divertiam. Mas isso mudou e um tipo específico de
manifestação humana passou a interessar os historiadores: a festa.
Segundo Mona Ozouf: “A história, por um lado, desde há muito tempo tem se preocupado
conscientemente mais com os trabalhos e os esforços dos homens do que com os seus
divertimentos ou como se queira, com as suas diversões. Se as festas tornam-se doravante, com
pleno direito, objeto da história, deve-se isso à dupla instigação do folclore e da etnologia. Por
frequentar um e outro campo, o historiador aprendeu a levar em consideração a armadura que a
ritualização dá à existência humana, mesmo que seja uma ritualização anônima, desprovida de
regulamentação explícita ou de coesão coerente. Acrescenta-se que, com a psicanálise, a história
aprendeu, ao mesmo tempo, o interesse que pode ter a colheita do aparentemente insignificante”.
Mona Ozouf. A festa: sob a Revolução Francesa. In: Jacques Le Goff; Pierre Nora. História: Novos
Objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. p.216-232.
Em relação à festa como objeto da História é correto afirmar que
os estudos produzidos ficaram muito restritos à produção francesa e com escassa repercussão no
brasil em virtude da pequena quantidade de celebrações em nosso calendário anual.
a aceitação imediata de trabalhos referentes à festa pelos estudiosos do tema conciliou os
historiadores que passaram a adotar uma postura homogênea no campo teórico-metodológico.
X
os historiadores especializados tiveram de lidar criticamente com as implicações decorrentes do
vínculo particular da festa com o tempo, isto é, da dupla abertura do presente da festa para o
passado e para o futuro.
os trabalhos produzidos servem de entretenimento para os estudantes e o púbico leitor tornando,
assim, o ensino de história menos monótono e anacrônico.
os estudos sobre a celebração de festas promoveram a aproximação interdisciplinar entre história e
psicanálise, convertendo os historiadores em cientistas psicanalisados.
Pincel Atômico - 03/07/2024 09:04:18 4/9
[358652_115041
]
Questão
009
(SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2018) Leia a pergunta feita à historiadora Natalie Zemon Davis.
Seu livro O retorno de Martin Guerre, de 1983, gerou muitos debates, e ao lado de Montaillou, de Le
Roy Ladurie, e O queijo e os vermes, de C. Ginzburg, tem sido elogiado como pertencente à tradição
pós-modernista em historiografia.
(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, As muitas faces da história – Nove entrevistas, 2000)
As obras citadas fazem parte da chamada
história quantitativa.
ego-história.
história das estruturas.
história dos eventos.
X micro-história.
[358652_122219
]
Questão
010
(MPE-PA 2019) A passagem da modernidade para a pós-modernidade vem sendo intensamente
estudada; muitos autores se destacam nesses estudos como Zygmunt Bauman, David Harvey,
Castells, dentre outros. Com base nos conhecimentos sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:
I. Ordem, progresso, verdade, razão, objetividade, emancipação universal e sistemas únicos de
leitura da realidade são características da modernidade.
II. Teorias universalistas, fundamentos definitivos de explicação, fronteiras, barreiras, longo prazo,
hierarquia, instituições sólidas, poder central, claras distinções entre público e privado são
características da pós-modernidade.
III. Globalização, comunicações eletrônicas, mobilidade, flexibilidade, fluidez, relativização,
pequenos relatos, fragmentação, rupturas de fronteiras e barreiras, fusões e curto prazo são
características da pós-modernidade. IV. Imediatismo, descentralização e extraterritorialidade do
poder, imprevisibilidade e consumo são características da modernidade.
Estão corretas as afirmativas
I e IV apenas.
X I e III, apenas
I, II e III, apenas.
 
 
I, II, III e IV
II e III, apenas
[358653_114768
]
Questão
011
(IFRN 2012) A análise criteriosa do discurso historiográfico é uma das habilidades exigidas do
professor de História. Considerando essa habilidade, analise os dois documentos a seguir:
I – “Em seus escritos, os pensadores iluministas insistiam: somente a partir do uso da razão os
homens atingiriam o progresso, em todos os sentidos. A razão permitiria instaurar no mundo uma
nova ordem, caracterizada pela felicidade ao alcance de todos”.
(MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio.x São
Paulo: Moderna, 2002, p. 250).
II – “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, se
lembrou de dizer: Isto é meu; e encontrou pessoas, suficientemente simples, que acreditaram nele.
Quantos crimes, guerras, homicídios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele
que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado aos seus semelhantes: não deveis
escutar este impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos pertencem a todos e que a
terra não é de ninguém”.
(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os
homens. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1977, p. 86) (Grifo do autor).
A partir desses documentos e do conhecimento sobre o pensamento iluminista, pode-se afirmar
corretamente que as reflexões de Rousseau se diferenciam das ideias de outros autores iluministas
na medida em que
aproxima razão e posse de terras. A ideia de razão e de propriedade são dependentes.
X
relativiza a importância da razão como elemento decisivo para o progresso e sugere outros aspectos
que precisam ser considerados para a conquista da felicidade dos homens.
aponta a Monarquia Esclarecida como única alternativa para conter a propriedade privada,
considerada por ele o principal entrave para a felicidade humana.
questiona a bondade natural dos homens com base na ideia de que a razão individualista dificulta a
construção de projetos sociais coletivos.
Pincel Atômico - 03/07/2024 09:04:18 5/9
defende a construção de uma nova ordem gerida por um Contrato Social, segundo a qual o
progresso humano viria com a superação do estado natural.
[358653_114782
]
Questão
012
(IFSC 2015) A adoção de teorias para produção de conhecimento histórico é uma prerrogativa
essencial para a cientificidade da História e pressupõe os balizamentos necessários na relação do
professor pesquisador com o seu objeto de pesquisa. Associe as teorias expostas na coluna da
esquerda, com as devidas características expostas na coluna da direita.
(1) Escola Metódica
(2) Positivismo
(3) Materialismo Histórico
(4) Escola dos Annales
( ) A História é compreendida na perspectiva teórico filosófica como uma ciência pautada na razão e
que tem como objetivo estudar os fatos a partir da ideia da universalidade e das leis que regem o
desenvolvimento humano.
( ) Pressupõe uma visão objetiva do passado em que ohistoriador deve se manter “fiel” ao fato. O
método está baseado em uma análise crítica documental, pautada em critérios metodológicos
rigorosos, a fim de encontrar a verdade histórica objetiva.
( ) Busca a compreensão da História a partir de múltiplas dimensões amparada na concepção
interdisciplinar do fazer historiográfico. A produção do conhecimento visa a uma concepção mais
global da História em detrimento da fragmentação.
( ) Teoria social que percebe a História a partir de um conjunto de ações dos homens em que se faz
presente forças geradoras de transformações estruturais na sociedade.
Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de associação, de cima para baixo.
X 2, 1, 4, 3.
3, 4, 2, 1.
2, 4, 1, 3.
1, 3, 4, 2.
1, 4, 2, 3.
[358653_115048
]
Questão
013
(FLORIANÓPOLIS 2019) Analise as afirmativas abaixo acerca das características do modo pós-
modernista de fazer história, que Ciro Flamarion Cardoso denomina paradigma pós-moderno.
1. Desvalorização da presença em favor da representação.
2. Rejeição da unidade em favor da pluralidade.
3. Conhecimento das coisas em si mesmas ou das essências.
4. Análise centrada na alteridade constitutiva.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
 
São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
É correta apenas a afirmativa 2.
X São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
[358653_115059
]
Questão
014
Segundo o entendimento de Koselleck, como pode ser entendida a relação entre passado, presente
e futuro na escrita histórica?
X
No processo de escrita, o historiador precisa ter a consciência de que essas três temporalidades –
passado, presente e futuro – se faziam presentes também entre aqueles que ele está estudando.
Os três tempos são interdependentes, mas sem relação alguma com a escrita histórica.
O tema não é explorado por Koselleck.
O passado, presente e futuro se relacionam na divisão das épocas e nas projeções históricas.
Os três tempos são independentes, mas sem relação alguma com a escrita histórica.
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Questão
015
(SÃO LUIZ 2017) O aprendizado histórico deve ser organizado de modo que as suas diferentes
formas sejam abordadas, praticadas e articuladas em uma relação consistente e dinâmica de
desenvolvimento. Nesse processo, têm importância não apenas os fatores cognitivos, mas nele
também devem ser considerados os componentes estéticos e políticos da consciência da história e
da cultura histórica como pré-requisitos, condições e determinações essenciais dos objetivos do
aprendizado histórico.
Jörn Rüsen. Aprendizado histórico. In: Jörn Rüsen e o ensino de história. Maria Auxiliadora Schmidt
et al. (Orgs.). Curitiba: Ed. UFPR, 48 (com adaptações).
Com referência ao texto precedente, é correto afirmar que, no que concerne à teoria do ensino e da
aprendizagem de história, Jörn Rüsen
defende uma posição antinarrativista nos âmbitos da teoria e da didática da história.
X
confere caráter pluralista ao aprendizado histórico, ao considerar suas múltiplas formas e diferentes
componentes.
desarticula o aprendizado de história da pesquisa histórica, orientada por componentes cognitivos
ausentes nesse aprendizado.
pressupõe a incomunicabilidade entre teoria da historiografia e teoria da aprendizagem histórica.
orienta o ensino e a aprendizagem de história por metas políticas, tais como a disseminação dos
valores da cidadania.
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Questão
016
(SEAP-DF 2013) Um dos nomes mais importantes da Escola dos Annales foi o historiador
medievalista francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper com o paradigma
positivista em que a ciência histórica estava apoiada no início do século XX, problematizando a
própria noção de história, que naquele momento definia o passado como um dado rígido, inalterável.
Em Apologia da História, publicado em 1949 por Lucien Febvre ou O Ofício do Historiador (2002),
último texto escrito por Bloch, inacabado por causa da sentença de fuzilado imposta pela Gestapo
em 1944, na cidade francesa de Saint Didier de Formans, por ter participado da Resistência em Lion
contra o nazismo alemão, o referido livro traz grandes contribuições metodológicas para as ciências
humanas, tendo influenciado muitos historiadores como Braudel, Duby, Le Goff, Ferro, Lepetit, entre
outros. Dentre as contribuições conceituais desenvolvidas pela Escola dos Annales, também
chamada posteriormente de História Nova, destacamos algumas noções desenvolvidas por essa
corrente teórica:
I. História de longa duração;
II. História das mentalidades;
III. História das multidões e das massas.
Indique a opção que representa os conceitos desenvolvidos por tal escola teórica
X I e II apenas.
I, II e III.
II e III apenas.
I e III apenas.
II apenas.
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Questão
017
Os historiadores Eric J. Hobsbawm, Edward Palmer Thompson, Christopher Hill são identificados
com a vertente historiográfica conhecida como New left, surgida na Inglaterra e muito difundida a
partir da década de 1960. Dentre diversos temas abordados, ficaram conhecidos por contribuírem
com uma contundente crítica teórica ao modelo marxista de intepretação das sociedades. Marque a
alternativa condizente com o que defendiam
Hill afirmava que a historiografia precisava se aproximar do socialismo real da URSS. A melhor
forma apontada pelo grupo foi o combate da heterodoxia teórica.
a partir de Hobsbawm e suas reflexões, os historiadores passaram a considerar a cultura como o
fator determinante para o funcionamento das sociedades. A ideia era considerar não mais a base
econômica como motor da história, mas sim a formação cultural das sociedades.
X
uma das grandes contribuições para a historiografia de Thompson se deu a partir da redefinição do
conceito de classe social. A interpretação rígida do conceito, que posiciona os indivíduos a partir do
seu lugar no sistema produtivo, seria incompleta e ignoraria a formação histórica das classes sociais
em si, reduzidas ao reflexo direto de uma regra.
como fator determinante para a compreensão das sociedades, a base econômica necessita de uma
ênfase maior. Thompson observou que os pensadores marxistas de seu tempo estavam desviando o
sentido da teoria.
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a crítica promovida pelos três historiadores se refere a aproximação do debate marxista com ideias
liberais.
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Questão
018
(IFPR – 2014) A historiografia passou por consideráveis modificações metodológicas que permitiram
maior conhecimento do cotidiano do passado, por meio da incorporação de novos tipos de fontes de
pesquisa. Uma delas foi a criação da revista intitulada Annales d’Histoire Économique et Sociale,
cujos fundadores foram Lucien Febvre e Marc Bloch, na primeira metade do século XX. Ao longo da
década de 1930, essa revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica. Sendo
assim, assinale a alternativa que apresenta o nome dado a esse movimento historiográfico e a
proposta inicial do referido periódico.
Materialismo Histórico. Pretendia evidenciar a luta de classes como o verdadeiro fundamento de
uma História em movimento. O “acontecimento” e “as ações individuais” seriam consequências
naturais do estágio do modo de produção em curso.
Escola Positivista. Pretendia fortalecer a historiografia tradicional, apresentando todos os aspectos
possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas.
X
Escola dos Annales. Pretendia substituir as visões breves anteriores, pautadas no Positivismo, por
análises de processos de longa duração. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu
isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em História estivessem abertas às
problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar
de interdisciplinaridade.
Historicismo. Pretendia dedicar grande atenção à subjetividade e à interpretação, aproveitando-se
muito do métodopositivo. Além disso, preocupava-se em tirar a história de seu isolamento
disciplinar, de forma que as formas de pensar em História, estivessem abertas às problemáticas e a
metodologias existentes em outras ciências sociais, no que se costuma denominar de
interdisciplinaridade.
Pós-Estruturalismo. Pretendia um estudo do poder e as suas formas de distribuição pela sociedade,
apresentando as relações de poder entre os corpos como objeto de estudo, ao invés das formações
sociais e do homem em sociedade, preconizadas por marxistas.
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Questão
019
Leia as informações e responda à questão:
Em Salvador, 1858, houve uma forte revolta, com parte da população da cidade tomando as ruas e
ecoando o grito de “carne sem osso e farinha sem caroço”. O episódio, que ficou conhecido como
Revolta da Farinha, ocorreu em 28 de fevereiro de 1858. A intensa seca, que atingiu a produção da
farinha de mandioca, em conjunto com epidemias como a de cólera-morbo, que chegou a matar
cerca de dez mil pessoas entre os anos de 1855 e 1856. Além disso, o alto preço e a baixa
qualidade da carne oferecida a população provocaram indignação.
Os processos referidos fizeram com que o preço dos gêneros alimentícios subisse
consideravelmente. Havia ainda outro problema que era o controle exercido na venda dos produtos
por alguns comerciantes portugueses, que acabavam exercendo uma espécie de monopólio na
distribuição, ao exercerem a função de atravessadores entre os produtores e os comerciantes
varejistas.
Anteriormente, a Câmara municipal havia tentado o controle dos preços pelo Estado, como forma de
amenizar os conflitos. Assim o presidente da Província da Bahia, Sinimbu, em conjunto com as
forças policiais e em defesa do livre mercado, impediram à força a atitude. Ao fim, a soma dos
eventos deu um caráter político à Revolta, superando a questão do aumento do preço. Em junho,
Sinimbu saiu da presidência da Província. O novo presidente aprovou a postura da Câmara e o
controle estatal sobre a venda do produto, mas não resolveu o problema de carestia.
Fonte:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/salvador-e-a-revolta-da-farinha-1858.htm
Acesso em 12/12/2020
(ENADE 2017) Na perspectiva da História Social, cujo um dos expoentes é o historiador britânico E.
P. Thompson. Avalie as afirmações a seguir, acerca da revolta ocorrida em Salvador em 1858.
I. Por meio do conceito de economia moral, elaborado por E. P. Thompson, explicam-se as
motivações dos motins não só pela razão óbvia da fome, mas também pela noção de defesa de
direitos consagrados socialmente.
II. A atitude de membros da Câmara de Vereadores de Salvador, a fim de garantir a oferta dos
produtos e a manutenção do controle dos preços, é uma demonstração das alianças sociais que
ocorrem entre alguns poderes e setores populares.
III. Com base nos estudos de E. P. Thompson, conclui-se que, nos momentos de grande escassez,
comprovam-se os fundamentos da livre concorrência elaborados por Adam Smith, visto que as
mercadorias tendem a ser deslocadas para os locais com maior demanda e preços mais elevados, o
que garante o equilíbrio entre oferta e demanda.
É correto o que se afirma em
X I e II, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I, II e III.
I e III, apenas.
Pincel Atômico - 03/07/2024 09:04:18 9/9
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Questão
020
(ENADE 2014) “A escassez de testemunhos sobre o comportamento e atitudes das classes
subalternas do passado é com certeza o primeiro – mas não o único – obstáculo contra o qual as
pesquisas históricas do gênero se chocam. Porém, é uma regra que admite exceções. Esse livro
conta a história de um moleiro friuliano, Domenico Scandella, conhecido por Menochio – queimado
por ordem do Santo Ofício, depois de uma vida transcorrida em total anonimato. A documentação
dos dois processos abertos contra ele, nos dá um quadro de suas ideias e sentimentos, fantasias e
aspirações. Outros documentos nos fornecem indicações sobre suas atividades econômicas, sobre
a vida de seus filhos. Temos também algumas páginas escritas por ele mesmo e uma lista parcial de
suas leituras (sabia ler e escrever_. Gostaríamos, é claro, de saber muitas coisas sobre Menochio.
Mas o que temos em mãos já nos permite reconstruir um fragmento do que se costuma denominar
“cultura das classes subalternas”, ou ainda “cultura popular”.”
GINZBURG, C. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987, p. 16 (adaptado)
O autor dessa passagem, Carlo Giznburg, é considerado um dos mais influentes autores da
chamada micro-história e da cultura popular na Idade Moderna. Com base nas concepções desse
autor e da micro-história, avalie as afirmações a seguir:
I – Apesar das diferenças entre a cultura popular e a cultura de elite, havia entre elas uma relação de
interações e de influências recíprocas, isto é, havia uma “circularidade”.
II – A falta de evidências sobre a cultura popular impediu que se realizassem pesquisas, por
exemplo, sobre a vida dos camponeses que, por serem iletrados, não participavam do que os
historiadores consideram como esfera “produtora de cultura”.
III – Entre a cultura das classes populares e os setores aristocráticos da sociedade europeia da
Idade Moderna havia uma fronteira bem definida, que refletia o abismo econômico e de status social
entre ambos e, nesse sentido, o caso do moleiro Menochio deve ser interpretado como curiosidade e
exceção.
IV – Baseada na exploração exaustiva das fontes e na descrição etnográfica, a micro-história adota
uma perspectiva de observação dos fenômenos em escala reduzida, diferentemente das propostas
da história serial e quantitativa.
É correto apenas o que se afirma em
I e II.
X I e IV.
I, III e IV.
II, III e IV.
II e III.

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