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Direito Administrativo – UNISO 1 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO I - 6º período Prof. Danilo Vieira Vilela Organização jurídico-administrativa: primeiro setor Sumário Organização jurídico-administrativa: primeiro setor ........................................................ 1 Administração direta e indireta .................................................................................... 1 Desconcentração e descentralização ............................................................................. 2 Teorias sobre as relações entre a Administração Pública e seus agentes ..................... 2 Primeiro setor ............................................................................................................... 2 Administração Direta .................................................................................................... 3 Órgãos Públicos ........................................................................................................ 3 Administração Indireta ................................................................................................. 4 Autarquias ................................................................................................................. 5 Autarquia comum ..................................................................................................... 6 Fundações Públicas .................................................................................................. 6 Agências Executivas ................................................................................................. 7 Agências reguladoras ................................................................................................ 8 Associações Públicas ................................................................................................ 9 Empresas Estatais ..................................................................................................... 9 Empresas subsidiárias ............................................................................................. 11 Segundo Setor ............................................................................................................. 12 Exercícios de revisão .................................................................................................. 12 Administração direta e indireta Administração Direta ou Centralizada: União, Estados, Municípios e Distrito Federal, através de seus vários órgãos e agentes públicos. Administração Indireta ou Descentralizada: entidades administrativas autônomas (autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas) Decreto-lei 200/67. Direito Administrativo – UNISO 2 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Desconcentração e descentralização Desconcentração Processo administrativo que cria órgão público (art. 48, XI da CR/88) Na mesma pessoa jurídica; Hierarquia ou subordinação. Descentralização O deslocamento ocorre de uma para outra pessoa jurídica. Há controle e fiscalização (nos limites da lei), mas não há relação de subordinação. Teorias sobre as relações entre a Administração Pública e seus agentes Teoria do mandato: afirmava que o agente público era o mandatário da pessoa jurídica. Mas quem iria outorgar o mandato se o Estado não tem vontade própria? Teoria da representação: defendia que o agente público era legalmente o representante da pessoa jurídica estatal. Foi superada, pois considerava a pessoa jurídica estatal como um incapaz, à semelhança dos tutelados e curatelados, que precisam de representação legal. Teoria do órgão/da imputação: adotada no Brasil. O órgão, como mero centro despersonalizado de competências, é uma parte da pessoa jurídica estatal. O órgão não é pessoa, não é sujeito de direitos nem de obrigações. Ele é, na verdade, um círculo de poderes e atribuições. Esta teoria substitui a idéia de representação pela imputação. É o órgão que realiza a ligação entre a pessoa jurídica estatal e o agente público. Por essa teoria, a pessoa jurídica expressa a sua vontade por meio dos seus órgãos, de sorte que quando os agentes que os compõem manifestam essa vontade, é como se a própria pessoa o fizesse. (DI PIETRO) Primeiro setor Pessoas jurídicas de direito público: Administração direta (ente federativo/órgão público) e indireta (autarquia e fundação pública de direito público). Pessoas jurídicas de direito privado: Empresa estatal (Empresa pública, Sociedade de Economia Mista, Subsidiárias e Controladas) e fundação pública de direito privado. Fazem parte da Administração indireta (CR/88 art. 37, XIX e XX). Direito Administrativo – UNISO 3 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Estrutura de contratação de pessoal do primeiro setor: a) Pessoas jurídicas de direito privado: Empresas estatais: regime celetista/trabalhista (Art. 173, §1º, II da CR/88) e concurso público (art. 37, II da CR/88). Demissão: segundo a doutrina de Direito Administrativo, não deve ser imotivada já que houve concurso. Ou seja, também deve haver impessoalidade no caso da demissão. Exigir a motivação não significa atribuir-lhe estabilidade. OJ SDI247. SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE (alterada – Res. nº 143/2007) - DJ 13.11.2007 I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para sua validade; II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está condicionada à motivação, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais. b) Pessoas jurídicas de direito público União: Art. 39 da CR estabelece o regime único e a lei 8.112/90 fixa o regime do cargo público (vulgarmente chamado de estatutário). Administração Direta “Administração direta” é sinônimo de “ente da federação”, expressão utilizada pelo Direito Constitucional. Órgãos Públicos O órgão público não é uma pessoa jurídica, mas está em uma pessoa jurídica (ente federativo). Deste modo, nada mais é que um núcleo especializado de competência desprovido de personalidade jurídica (não possui aptidão para ser sujeito de direitos ou contrair obrigações). Ex. ministérios, secretarias, presidência, governadoria, gabinete do prefeito, Ministério Público (órgão não vinculado a nenhum dos poderes), tribunais (art. 92 da CR/88). - criado por lei Direito Administrativo – UNISO 4 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br - hierarquizados - para que possam se manter com maior liberdade de atuação, ganha espaço o contrato de gestão entre órgãos (art. 37, §8º da CR). Art. 37, §8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: [...]Alguns órgãos, tais como as Câmaras de Vereadores, o Senado ou a Câmara dos Deputados, possuem personalidade judiciária, de forma que podem atuar em juízo diretamente para defender seus direitos e competências outorgados pela Constituição. Administração Indireta Os entes da Administração Indireta têm sua criação através de lei. Específica para autarquias → não se exige o registro. Autorizativas para as demais → não é suficiente para a instituição surgir, exigindo- se que se criem estatutos e se leve ao registro competente. Ligação entre a Administração direta e a indireta: não se trata de hierarquia, mas sim de “tutela administrativa”. Na União também pode ser chamada de “supervisão ministerial” (DL 200/67). A maioria das entidades da Administração indireta hoje conta com contratos de gestão. Direito Público Direito privado Autarquias Empresas Públicas Fundação Pública (autarquia fundacional) Sociedades de economia mista Agências Reguladoras (autarquia especial) Fundações Governamentais Associações Públicas Características comuns: Personalidade jurídica própria Patrimônio próprio Direito Administrativo – UNISO 5 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Capacidade de autoadministração e receita própria (autonomia administrativa, técnica e financeira) Previsão legal (art. 37, XIX, CR/88) - lei ordinária específica para criar ou extinguir autarquias ou autorizar a criação ou extinção das demais (registro no cartório de registro das pessoas jurídicas ou junta comercial) Não possuem fins lucrativos ainda que tenham lucro Princípio da especialidade Sujeitas a controle interno e externo (Tribunais de Contas , Poder Judiciário, Administração Direta ou cidadãos) Autarquias - Pessoa jurídica de Direito Público (DL 200/67, art. 5º). - “Entidades autárquicas” (art. 109 da CR/88) ou “regime autárquico” (art. 8º, lei 9.472/97 - ANATEL). - Variações encontradas dentro das entidades autárquicas: Autarquias propriamente ditas; Fundação pública de direito público; Agência executiva; Agência reguladora; Conselhos que controlam profissões regulamentadas (CREA, Ordem dos Músicos...), salvo a OAB (associação sui generis - ADI 3026/06 considerou a OAB entidade ímpar); Autarquia associativa (interfederativa, plurifederativa ou multifederativa) - decorre da lei 11.107/05 que estabelece o Consórcio Público; OBS: o Consórcio Público pode criar pessoa jurídica de direito público (autarquia) ou de direito privado. Ex. APO (autoridade pública olímpica - União, Estado do RJ e cidade do RJ - lei 12.396/11). IFES: Instituições Federais de Ensino Superior. São especiais já que o reitor é escolhido mediante lista tríplice escolhida pelos membros da comunidade acadêmica. - Pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Pública Indireta, criadas por lei específica para o exercício de atividades típicas da Direito Administrativo – UNISO 6 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Administração. Exemplos: INSS, Banco Central, IBAMA, INCRA, Universidades Públicas, CRM, CRO. Autarquia comum DL 200/67, art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Pessoa jurídica de direito público. Regime único do cargo público (estatutário). Na União lei 8.112/90. Forma de acesso: concurso público (art. 37, II da CR/88). Finalidade: execução de atividades típicas da Administração Pública (função de polícia, serviço público, intervenção na orem social, intervenção na ordem econômica, fomento público. A autarquia é criada para fugir do rigor hierárquico. A maioria delas cresceu como órgão público. Mesmos privilégios fiscais do poder público (art. 150, §2º - imunidade tributária) Art. 150, § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Prerrogativas processuais: a autarquia está abrangida na expressão “fazenda pública” (Todas as pessoas de direito público: direta, autárquica e fundacional). Ex. sistema constitucional dos precatórios (art. 100 da CR/88), art. 188 do CPC (prazos), art. 475 do CPC (duplo grau de jurisdição). Natureza jurídica dos bens: públicos (art. 98 do CC), podendo ser de uso especial ou dominicais. Obrigatoriedade da realização de licitações (art. 37, XXI e art. 1º, p.único da lei 8.666). Responsabilidade objetiva como regra (art. 37, §6º). Fundações Públicas Espécies de autarquias Direito Administrativo – UNISO 7 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br DL 200/67, art. 5º IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. BANDEIRA DE MELLO e HELY LOPES MEIRELLES: entenderam que, em relação à fundação pública de direito privado, o DL 200/67 não teria sido recepcionado pela CR/88. Tendo as fundações de direito privado se transformado em pessoas de direito público, seus empregados passaram a ser tratados como estatutários (lei 3.808/02 FAETEC/RJ). Em 2012 a lei 12.618, ao instituir a Previdência complementar, opta pelo modelo de fundação pública de direito privado (art. 4º, §1º) - FUNPRESP. § 1 o A Funpresp-Exe, a Funpresp-Leg e a Funpresp-Jud serão estruturadas na forma de fundação, de natureza pública, com personalidade jurídica de direito privado, gozarão de autonomia administrativa, financeira e gerencial e terão sede e foro no Distrito Federal. Fundação pública de direito privado Fundação pública de direito público Natureza jurídica PJ de direito privado, espécie do gênero paraestatal PJ de direito público, espécie do gênero autarquia Lei criadora Lei autorizativa Lei específica Regime de contratação de pessoal Concurso público Regime trabalhista (CLT) - art. 7º, lei 12.618/12 Concurso público Regime estatutário (cargo público) Natureza jurídica dos bens Bens particulares (art. 98 do CC) Bens públicos (art. 98 do CC) Prerrogativas processuais Não tem prerrogativas processuais por não se inserir no conceito de Fazenda Pública Fazenda Pública Exemplos FUNPRESP Funai, Funarte, Fundação Biblioteca Nacional Agências Executivas Direito Administrativo – UNISO 8 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Art. 37, § 8º, CR/88 Lei 9.649/98, Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: I - ter um plano estratégicode reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. § 1 o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. § 2 o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão. Instituída através de Decreto. Ex. INMETRO (Dec. s/nº de 29 de outubro de 1999). - Autarquias, fundações públicas ou órgãos - contrato de gestão (autonomia, metas de desempenho, plano estratégico e redução de custos). - Princípio da eficiência. - Praticamente não há diferença entre a autarquia comum e a agência executiva (art. 24 da lei 8.666 que cuida dos valores para a dispensa de licitação) Agências reguladoras - Anos 90 (neoliberalismo/privatizações) PND (Programa Nacional de Privatizações) - Investimentos privados em setores públicos com fiscalização das Agências Reguladoras. - Entidade autárquica. - Lei específica para cada Agência (Não há lei geral) - Regulamentação, controle e fiscalização dos serviços públicos → direito da regulação (deslegalização/ discricionariedade técnica → DIOGO DE FIGUEIREDO). Regime de pessoal: estatutário, concurso, 40 hrs. Sujeição às licitações - Dirigentes estáveis Investidura: ato complexo (Presidente + Senado) Maior independência Diretorias colegiadas Perda do Cargo: Fim do mandato Renúncia Sentença transitada em julgado ou PAD Direito Administrativo – UNISO 9 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Mandato fixo (em regra 3 a 5 anos): garante independência e, consequentemente, segurança jurídica. Quarentena: Quatro a doze meses após o fim do mandato - ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado. Durante a quarentena há remuneração compensatória. Classificação das Agências Reguladoras quanto ao momento de sua criação: Primeira Geração: (1996-1999) processo de privatização. Ex. Aneel (9.427/96), Anatel (9.472/97), ANP (9.478/97). Segunda Geração (2000 - 2004) diversificação dos setores de atuação - poder de polícia/fomento. Ex. ANS (Saúde Suplementar), ANA (Política Nacional de Recursos Hídricos), Anvisa, ANTT, ANTAQ (transporte aquaviário/portos), Ancine. Terceira Geração (2005/2007) agências reguladoras pluripotenciárias. Ex. ANAC OBS: NÃO são agências reguladoras: Abin (despersonalizada) e AEB (autarquia comum). Associações Públicas Art. 241, CR/88 Lei 11.107/05 - Consórcios Públicos e Convênios de cooperação Associações integram a Administração Indireta de todos os entes consorciados Entidade transfederativa Art. 41, Código Civil Empresas Estatais (Pessoas jurídicas de direito privado) Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Subsidiária e Controlada. Todas são criadas por leis autorizativas. Empresa Pública Sociedade de Economia Mista Personalidade jurídica Direito Privado (DL 200/67, art. 5º, II) Direito Privado (DL 200/67, art. 5º, III) Regime de CLT (art. 173, §1º, II CR/88) CLT (art. 173, §1º, II CR/88) Direito Administrativo – UNISO 10 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br pessoal Finalidade Exploração de atividade econômica e desenvolvimento de serviços públicos Exploração de atividade econômica e desenvolvimento de serviços públicos Forma Qualquer forma admitida em direito Sociedade Anônima Formação do capital Apenas dinheiro público (não se exige que seja apenas do ente que a criou - DL 900/69, art. 5º) Dinheiro público e particular Privilégios processuais Em regra não tem privilégios. Em âmbito federal o art. 109 da CR estabelece competência federal. Em regra não tem privilégios SEM federal - justiça comum estadual de sua sede. Prerrogativas fiscais Não têm, exceto se extensíveis ao setor privado OBS: O STF entende que a ECT é entidade autárquica, conferindo-lhe imunidade tributária (RE 407.099/04). O mesmo se aplica à INFRAERO (RE 363.412/07 - Info 475) Não têm, exceto se extensíveis ao setor privado Exemplos BNDES, CEF, Embrapa, Infraero, Casa da Moeda Petrobras, BB, Furnas, ELETROBRAS, Banco do Nordeste e Bancos estaduais (em regra) OBS: a estatal que presta serviço público tem um tratamento de autarquia: - imunidade tributária (exceto se houver repasse da carga tributária ao usuário) - responsabilidade civil objetiva (art. 37, § 6º) - sujeitos a Mandado de Segurança - dispensa motivada Direito Administrativo – UNISO 11 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Características Comuns: Controle pelos Tribunais de Contas, Poder Legislativo e Judiciário Licitação, exceto para atividades fins (prejuízo ao interesse público) Impossibilidade de falência Bens em regra privados (exceto aqueles diretamente ligados à prestação de serviços públicos - princípio da continuidade) Regime de pessoal: -Funcionários regidos pela CLT -Não exigência de aprovação legislativa para a nomeação de dirigente -Concurso público -Proibição da acumulação de cargos -Sujeição ao teto (salvo se não houver repasse) -Considerados funcionários públicos para fins penais -Sujeitos à improbidade administrativa -Submissão aos remédios constitucionais (em regra) Empresa de Correios e Telégrafos - ADPF 46 Empresa pública Serviço postal - exclusividade (art. 21, X, CR) Tratamento de Fazenda Pública (imunidade tributária recíproca, bens públicos, precatórios) Dispensa motivada. Obs: TODOS os seus bens são públicos, independentemente de estarem relacionados ao serviço público. Empresas subsidiárias Controladas por Empresa Pública ou Sociedade de economia Mista Depende de autorização legislativa Não integram a Administração Pública Direito Administrativo – UNISO 12 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br Segundo Setor O estado não é mais executor, mas gerente (estado gerencial). Surge a figura dos parceiros → iniciativa privada com fins lucrativos. Três grandes modelos de contratação no Brasil 8.666/93: risco da Administração e pagamento através de dotação orçamentária. 8.987/95: risco da execução do concessionário ou permissionário e pagamento feito pelo usuário (tarifa pública). 11.079/04 (PPP): risco compartilhado entre a Administração Pública e o concessionário e o pagamento é parte em tarifa, parte em dotação orçamentária. OBS: o Segundo setor é abordado em Direito Administrativo II, nos tópicos relacionados à contratos administrativos. Exercícios de revisão 01. (Analista Judiciário TRT/PB) As organizações sociais têm como característica, entre outras: a) Atuar também nas áreas de ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico b) O vínculo jurídico com o Poder Público por meio do contrato de parceria c) Criação por decreto do Chefe do Executivo d) A desnecessidadede habilitar-se perante a Administração Pública e) Ser pessoa jurídica de direito privado, podendo ter fins lucrativos 02. (Analista Judiciário TRT/PE) Com relação às entidades da administração pública indireta é correto afirmar que: a) A OAB, criada por lei específica, pode ser enquadrada como sociedade de economia mista. b) As autarquias são criadas por lei e, apesar de possuírem personalidade jurídica de direito privado, não têm capacidade de auto-organização c) As sociedades de economia mista, em regra, poderão ser estruturadas sob qualquer forma admitida em direito, podendo ser civil ou comercial d) As sociedades de economia mista são constituídas com capital exclusivamente público, mas administradas e, conjunto pela Administração e pelo Administrado e) As empresas públicas são criadas e extintas por lei, possuindo personalidade jurídica de direito privado, estando sujeitas ao controle estatal. 03. Sobre órgãos públicos é correto afirmar que: a) São considerados centro de competência, instituídos para o desempenho de funções estatais b) Todos possuem capacidade processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais c) Todos possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira d) São unidades de atuação dotadas de personalidade jurídica própria. Direito Administrativo – UNISO 13 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br 04. (MP BA/2001) Caracteriza a empresa pública: a) Ser dotada de personalidade jurídica de direito privado e estruturada sob a forma de sociedade anônima b) Possuir patrimônio destinado à realização de certos fins que ultrapassam o âmbito da própria entidade e ser dotada de personalidade jurídica de direito público, indo beneficiar terceiros estranhos a ela c) Constituir serviço estatal descentralizado, com personalidade de direito público, explícita ou implicitamente reconhecida por lei d) Ser dotada de personalidade jurídica de direito privado, podendo ser estruturada na forma de sociedade civil ou de sociedade comercial já disciplinada pelo direito comercial, ou ainda, na forma inédita prevista na lei singular que a instituiu e) Possuir ações com direito a voto, pertencentes, em sua maioria, à União ou a entidade da administração indireta 05. (Anal. Jud. TRE/MS 2007) Forma de descentralização da Administração Pública, criada por lei específica para prestar serviços públicos, co autonomia, personalidade de direito público e constituída com capital exclusivamente público refere-se ao conceito de: a) Entidade paraestatal b) Empresa pública c) Empresa concessionária d) Sociedade de economia mista e) Autarquia 06. (Procurador/BA 2002) Integram a Administração Pública indireta: a) Os partidos políticos b) As concessionárias de serviço público em geral c) As fundações instituídas pelo Poder Público, com natureza jurídica de direito público d) As organizações sociais e) Os serviços sociais autônomos 07. (Procurador/BA 2002) O órgão administrativo possui as características a seguir, EXCETO: a) Possui funções, cargos e agentes b) Constitui centro de competência administrativa c) Pode ser, quanto a estrutura, simples ou composto d) Constitui pessoa jurídica de direito público interno e) Decorre do fenômeno da desconcentração 08. (Juiz Federal 1ª região 2004) Empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas constituem: a) Administração autárquica b) Órgãos relativamente autônomos c) Administração indireta d) Administração delegada 09. (Analista MPU 2007) Entre outros aspectos, a administração pública brasileira está organizada sob de forma que: a) As pessoas físicas ou jurídicas que integram a administração indireta da união são criadas por decreto, possuem personalidade jurídica vinculada ao órgão tutelar e patrimônio compartilhado, com responsabilidade solidária b) A administração pública indireta é a constituída dos serviços atribuídos a pessoas jurídicas diversas da União, pública (autarquias) ou privadas (empresas públicas ou sociedades de Direito Administrativo – UNISO 14 Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br economia mista), vinculadas a um Ministério, mas administrativa e financeiramente autônomas. c) A descentralização administrativa significa repartição de funções entre vários órgãos de uma mesma administração, sem quebra de hierarquia, sendo direta e imediata a execução das suas atividades ou a prestação de seus serviços. d) A delegação de competência de funções e atividades administrativas no âmbito da desconcentração dos poderes públicos, por apresentar caráter obrigatório e definitivo, independe de norma que expressamente a autorize, bastando a vontade do superior. e) A execução indireta de serviços públicos por pessoa administrativa física ou jurídica somente pode ser realizada mediante regime de concessão ou permissão, vedada a celebração de convênios e consórcios. 10. (Advogado Petrobras 2010) O governador de um Estado-membro da Federação pretende criar uma agência reguladora para o exercício do poder regulatório, acompanhamento, controle e fiscalização das concessões e permissões de serviços públicos de transporte nos quais o Estado figure, por disposição legal ou pactual, como Poder Concedente ou Permitente. Indagada a esse respeito, a Assessoria Jurídica do governador do Estado responde corretamente que, em âmbito estadual, as agências reguladoras são criadas por: a) Decreto regulamentar do governador do Estado, observada a necessária autonomia administrativa e financeira que lhes confere independência frente ao Poder Executivo respectivo b) Decreto executivo, após autorização legislativa, devendo revestir-se de personalidade jurídica de direito público e exercer poder normativo para a emissão de normas genéricas e abstratas a serem observadas no âmbito do segmento objeto da regulação c) Lei complementar, observada a necessária personalidade jurídica de direito privado que lhes confere independência frente ao Poder executivo respectivo d) Lei específica de iniciativa do governador do Estado, devendo revestir-se de personalidade jurídica de direito público e ostentar regime jurídico idêntico àquele aplicável às fundações autárquicas e) Lei ordinária específica, observada a personalidade jurídica de direito público e o regime especial que lhes garanta independência administrativa e autonomia econômico-financeira. GABARITO 1.A 6.C 2.E 7.D 3.A 8.C 4.D 9.B 5.E 10.E
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