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Direito Administrativo I 2013 - 3. Organização jurídico-administrativa - primeiro setor

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Direito Administrativo – UNISO 1 
Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br 
http://direitoeticaedignidade.webnode.com.br 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO I - 6º período 
Prof. Danilo Vieira Vilela 
 
Organização jurídico-administrativa: primeiro setor 
Sumário 
Organização jurídico-administrativa: primeiro setor ........................................................ 1 
Administração direta e indireta .................................................................................... 1 
Desconcentração e descentralização ............................................................................. 2 
Teorias sobre as relações entre a Administração Pública e seus agentes ..................... 2 
Primeiro setor ............................................................................................................... 2 
Administração Direta .................................................................................................... 3 
Órgãos Públicos ........................................................................................................ 3 
Administração Indireta ................................................................................................. 4 
Autarquias ................................................................................................................. 5 
Autarquia comum ..................................................................................................... 6 
Fundações Públicas .................................................................................................. 6 
Agências Executivas ................................................................................................. 7 
Agências reguladoras ................................................................................................ 8 
Associações Públicas ................................................................................................ 9 
Empresas Estatais ..................................................................................................... 9 
Empresas subsidiárias ............................................................................................. 11 
Segundo Setor ............................................................................................................. 12 
Exercícios de revisão .................................................................................................. 12 
 
Administração direta e indireta 
 Administração Direta ou Centralizada: União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal, através de seus vários órgãos e agentes públicos. 
 Administração Indireta ou Descentralizada: entidades administrativas autônomas 
(autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas) 
Decreto-lei 200/67. 
 
Direito Administrativo – UNISO 2 
Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br 
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Desconcentração e descentralização 
Desconcentração 
 Processo administrativo que cria órgão público (art. 48, XI da CR/88) 
 Na mesma pessoa jurídica; 
 Hierarquia ou subordinação. 
 
Descentralização 
 O deslocamento ocorre de uma para outra pessoa jurídica. 
 Há controle e fiscalização (nos limites da lei), mas não há relação de subordinação. 
 
Teorias sobre as relações entre a Administração Pública e seus agentes 
 Teoria do mandato: afirmava que o agente público era o mandatário da pessoa 
jurídica. Mas quem iria outorgar o mandato se o Estado não tem vontade própria? 
 Teoria da representação: defendia que o agente público era legalmente o 
representante da pessoa jurídica estatal. Foi superada, pois considerava a pessoa 
jurídica estatal como um incapaz, à semelhança dos tutelados e curatelados, que 
precisam de representação legal. 
 Teoria do órgão/da imputação: adotada no Brasil. O órgão, como mero centro 
despersonalizado de competências, é uma parte da pessoa jurídica estatal. O órgão 
não é pessoa, não é sujeito de direitos nem de obrigações. Ele é, na verdade, um 
círculo de poderes e atribuições. Esta teoria substitui a idéia de representação pela 
imputação. É o órgão que realiza a ligação entre a pessoa jurídica estatal e o agente 
público. Por essa teoria, a pessoa jurídica expressa a sua vontade por meio dos seus 
órgãos, de sorte que quando os agentes que os compõem manifestam essa vontade, 
é como se a própria pessoa o fizesse. (DI PIETRO) 
 
Primeiro setor 
 Pessoas jurídicas de direito público: Administração direta (ente federativo/órgão 
público) e indireta (autarquia e fundação pública de direito público). 
 Pessoas jurídicas de direito privado: Empresa estatal (Empresa pública, Sociedade 
de Economia Mista, Subsidiárias e Controladas) e fundação pública de direito 
privado. Fazem parte da Administração indireta (CR/88 art. 37, XIX e XX). 
Direito Administrativo – UNISO 3 
Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br 
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Estrutura de contratação de pessoal do primeiro setor: 
a) Pessoas jurídicas de direito privado: 
Empresas estatais: regime celetista/trabalhista (Art. 173, §1º, II da CR/88) e 
concurso público (art. 37, II da CR/88). 
Demissão: segundo a doutrina de Direito Administrativo, não deve ser imotivada 
já que houve concurso. Ou seja, também deve haver impessoalidade no caso da 
demissão. Exigir a motivação não significa atribuir-lhe estabilidade. 
OJ SDI247. SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. 
EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE (alterada – Res. 
nº 143/2007) - DJ 13.11.2007 
I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos 
por concurso público, independe de ato motivado para sua validade; 
II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 
(ECT) está condicionada à motivação, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado à Fazenda 
Pública em relação à imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas de foro, 
prazos e custas processuais. 
 
 
b) Pessoas jurídicas de direito público 
União: Art. 39 da CR estabelece o regime único e a lei 8.112/90 fixa o regime do 
cargo público (vulgarmente chamado de estatutário). 
 
 Administração Direta 
 
“Administração direta” é sinônimo de “ente da federação”, expressão utilizada 
pelo Direito Constitucional. 
 
Órgãos Públicos 
O órgão público não é uma pessoa jurídica, mas está em uma pessoa jurídica 
(ente federativo). Deste modo, nada mais é que um núcleo especializado de competência 
desprovido de personalidade jurídica (não possui aptidão para ser sujeito de direitos ou 
contrair obrigações). Ex. ministérios, secretarias, presidência, governadoria, gabinete do 
prefeito, Ministério Público (órgão não vinculado a nenhum dos poderes), tribunais (art. 
92 da CR/88). 
- criado por lei 
Direito Administrativo – UNISO 4 
Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br 
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- hierarquizados - para que possam se manter com maior liberdade de atuação, ganha 
espaço o contrato de gestão entre órgãos (art. 37, §8º da CR). 
Art. 37, §8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração 
direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o 
poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo 
à lei dispor sobre: [...]Alguns órgãos, tais como as Câmaras de Vereadores, o Senado ou a Câmara dos 
Deputados, possuem personalidade judiciária, de forma que podem atuar em juízo 
diretamente para defender seus direitos e competências outorgados pela Constituição. 
 
Administração Indireta 
 
 Os entes da Administração Indireta têm sua criação através de lei. 
 Específica para autarquias → não se exige o registro. 
 Autorizativas para as demais → não é suficiente para a instituição surgir, exigindo-
se que se criem estatutos e se leve ao registro competente. 
Ligação entre a Administração direta e a indireta: não se trata de hierarquia, mas 
sim de “tutela administrativa”. Na União também pode ser chamada de “supervisão 
ministerial” (DL 200/67). 
 A maioria das entidades da Administração indireta hoje conta com contratos de 
gestão. 
 
 
Direito Público Direito privado 
Autarquias Empresas Públicas 
Fundação Pública (autarquia fundacional) Sociedades de economia mista 
Agências Reguladoras (autarquia especial) Fundações Governamentais 
Associações Públicas 
 
Características comuns: 
 Personalidade jurídica própria 
 Patrimônio próprio 
Direito Administrativo – UNISO 5 
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 Capacidade de autoadministração e receita própria (autonomia administrativa, 
técnica e financeira) 
 Previsão legal (art. 37, XIX, CR/88) - lei ordinária específica para criar ou 
extinguir autarquias ou autorizar a criação ou extinção das demais (registro no 
cartório de registro das pessoas jurídicas ou junta comercial) 
 Não possuem fins lucrativos ainda que tenham lucro 
 Princípio da especialidade 
 Sujeitas a controle interno e externo (Tribunais de Contas , Poder Judiciário, 
Administração Direta ou cidadãos) 
 
Autarquias 
- Pessoa jurídica de Direito Público (DL 200/67, art. 5º). 
- “Entidades autárquicas” (art. 109 da CR/88) ou “regime autárquico” (art. 8º, lei 
9.472/97 - ANATEL). 
- Variações encontradas dentro das entidades autárquicas: 
 Autarquias propriamente ditas; 
 Fundação pública de direito público; 
 Agência executiva; 
 Agência reguladora; 
 Conselhos que controlam profissões regulamentadas (CREA, Ordem dos 
Músicos...), salvo a OAB (associação sui generis - ADI 3026/06 considerou a 
OAB entidade ímpar); 
 Autarquia associativa (interfederativa, plurifederativa ou multifederativa) - 
decorre da lei 11.107/05 que estabelece o Consórcio Público; 
OBS: o Consórcio Público pode criar pessoa jurídica de direito público (autarquia) 
ou de direito privado. Ex. APO (autoridade pública olímpica - União, Estado do RJ 
e cidade do RJ - lei 12.396/11). 
 IFES: Instituições Federais de Ensino Superior. São especiais já que o reitor é 
escolhido mediante lista tríplice escolhida pelos membros da comunidade 
acadêmica. 
- Pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Pública 
Indireta, criadas por lei específica para o exercício de atividades típicas da 
Direito Administrativo – UNISO 6 
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Administração. Exemplos: INSS, Banco Central, IBAMA, INCRA, Universidades 
Públicas, CRM, CRO. 
 
Autarquia comum 
 
DL 200/67, art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: 
 I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. 
 
 Pessoa jurídica de direito público. 
 Regime único do cargo público (estatutário). Na União lei 8.112/90. 
 Forma de acesso: concurso público (art. 37, II da CR/88). 
 Finalidade: execução de atividades típicas da Administração Pública (função de 
polícia, serviço público, intervenção na orem social, intervenção na ordem 
econômica, fomento público. 
 A autarquia é criada para fugir do rigor hierárquico. A maioria delas cresceu como 
órgão público. 
 Mesmos privilégios fiscais do poder público (art. 150, §2º - imunidade tributária) 
Art. 150, § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
 
 Prerrogativas processuais: a autarquia está abrangida na expressão “fazenda 
pública” (Todas as pessoas de direito público: direta, autárquica e fundacional). Ex. 
sistema constitucional dos precatórios (art. 100 da CR/88), art. 188 do CPC 
(prazos), art. 475 do CPC (duplo grau de jurisdição). 
 Natureza jurídica dos bens: públicos (art. 98 do CC), podendo ser de uso especial 
ou dominicais. 
 Obrigatoriedade da realização de licitações (art. 37, XXI e art. 1º, p.único da lei 
8.666). 
 Responsabilidade objetiva como regra (art. 37, §6º). 
 
Fundações Públicas 
Espécies de autarquias 
Direito Administrativo – UNISO 7 
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 DL 200/67, art. 5º IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de 
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia 
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado 
por recursos da União e de outras fontes. 
 
 BANDEIRA DE MELLO e HELY LOPES MEIRELLES: entenderam que, em 
relação à fundação pública de direito privado, o DL 200/67 não teria sido recepcionado 
pela CR/88. Tendo as fundações de direito privado se transformado em pessoas de 
direito público, seus empregados passaram a ser tratados como estatutários (lei 3.808/02 
FAETEC/RJ). 
 Em 2012 a lei 12.618, ao instituir a Previdência complementar, opta pelo modelo 
de fundação pública de direito privado (art. 4º, §1º) - FUNPRESP. 
§ 1
o
 A Funpresp-Exe, a Funpresp-Leg e a Funpresp-Jud serão estruturadas na forma de fundação, de 
natureza pública, com personalidade jurídica de direito privado, gozarão de autonomia administrativa, 
financeira e gerencial e terão sede e foro no Distrito Federal. 
 
 
 Fundação pública de direito 
privado 
Fundação pública de direito 
público 
Natureza 
jurídica 
PJ de direito privado, espécie do 
gênero paraestatal 
PJ de direito público, espécie do 
gênero autarquia 
Lei criadora Lei autorizativa Lei específica 
Regime de 
contratação 
de pessoal 
Concurso público 
Regime trabalhista (CLT) - art. 7º, 
lei 12.618/12 
Concurso público 
Regime estatutário (cargo público) 
Natureza 
jurídica dos 
bens 
Bens particulares (art. 98 do CC) Bens públicos (art. 98 do CC) 
Prerrogativas 
processuais 
Não tem prerrogativas processuais 
por não se inserir no conceito de 
Fazenda Pública 
Fazenda Pública 
Exemplos FUNPRESP Funai, Funarte, Fundação 
Biblioteca Nacional 
 
Agências Executivas 
Direito Administrativo – UNISO 8 
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Art. 37, § 8º, CR/88 
Lei 9.649/98, Art. 51.
 
O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou 
fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: 
I - ter um plano estratégicode reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; 
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. 
§ 1
o 
A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. 
§ 2
o
 O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências 
Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos 
orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão. 
 
Instituída através de Decreto. Ex. INMETRO (Dec. s/nº de 29 de outubro de 
1999). 
- Autarquias, fundações públicas ou órgãos - contrato de gestão (autonomia, metas de 
desempenho, plano estratégico e redução de custos). 
- Princípio da eficiência. 
- Praticamente não há diferença entre a autarquia comum e a agência executiva (art. 24 
da lei 8.666 que cuida dos valores para a dispensa de licitação) 
 
Agências reguladoras 
- Anos 90 (neoliberalismo/privatizações) PND (Programa Nacional de Privatizações) - 
Investimentos privados em setores públicos com fiscalização das Agências 
Reguladoras. 
- Entidade autárquica. 
- Lei específica para cada Agência (Não há lei geral) 
- Regulamentação, controle e fiscalização dos serviços públicos → direito da regulação 
(deslegalização/ discricionariedade técnica → DIOGO DE FIGUEIREDO). 
 Regime de pessoal: estatutário, concurso, 40 hrs. 
 Sujeição às licitações 
- Dirigentes estáveis 
Investidura: ato complexo (Presidente + Senado) 
Maior independência 
Diretorias colegiadas 
Perda do Cargo: Fim do mandato 
 Renúncia 
 Sentença transitada em julgado ou PAD 
Direito Administrativo – UNISO 9 
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Mandato fixo (em regra 3 a 5 anos): garante independência e, consequentemente, 
segurança jurídica. 
Quarentena: Quatro a doze meses após o fim do mandato - ex-dirigente fica impedido 
para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado. Durante 
a quarentena há remuneração compensatória. 
Classificação das Agências Reguladoras quanto ao momento de sua criação: 
 Primeira Geração: (1996-1999) processo de privatização. Ex. Aneel (9.427/96), 
Anatel (9.472/97), ANP (9.478/97). 
 Segunda Geração (2000 - 2004) diversificação dos setores de atuação - poder de 
polícia/fomento. Ex. ANS (Saúde Suplementar), ANA (Política Nacional de 
Recursos Hídricos), Anvisa, ANTT, ANTAQ (transporte aquaviário/portos), 
Ancine. 
 Terceira Geração (2005/2007) agências reguladoras pluripotenciárias. Ex. ANAC 
OBS: NÃO são agências reguladoras: Abin (despersonalizada) e AEB (autarquia 
comum). 
 
Associações Públicas 
Art. 241, CR/88 
Lei 11.107/05 - Consórcios Públicos e Convênios de cooperação 
Associações integram a Administração Indireta de todos os entes consorciados 
Entidade transfederativa 
Art. 41, Código Civil 
 
Empresas Estatais (Pessoas jurídicas de direito privado) 
Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Subsidiária e Controlada. 
Todas são criadas por leis autorizativas. 
 
 Empresa Pública Sociedade de Economia Mista 
Personalidade 
jurídica 
Direito Privado (DL 200/67, art. 
5º, II) 
Direito Privado (DL 200/67, art. 5º, 
III) 
Regime de CLT (art. 173, §1º, II CR/88) CLT (art. 173, §1º, II CR/88) 
Direito Administrativo – UNISO 10 
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pessoal 
Finalidade Exploração de atividade 
econômica e desenvolvimento 
de serviços públicos 
Exploração de atividade econômica 
e desenvolvimento de serviços 
públicos 
Forma Qualquer forma admitida em 
direito 
Sociedade Anônima 
Formação do 
capital 
Apenas dinheiro público (não 
se exige que seja apenas do 
ente que a criou - DL 900/69, 
art. 5º) 
Dinheiro público e particular 
Privilégios 
processuais 
Em regra não tem privilégios. 
Em âmbito federal o art. 109 da 
CR estabelece competência 
federal. 
Em regra não tem privilégios 
SEM federal - justiça comum 
estadual de sua sede. 
Prerrogativas 
fiscais 
Não têm, exceto se extensíveis 
ao setor privado 
OBS: O STF entende que a ECT 
é entidade autárquica, 
conferindo-lhe imunidade 
tributária (RE 407.099/04). O 
mesmo se aplica à INFRAERO 
(RE 363.412/07 - Info 475) 
Não têm, exceto se extensíveis ao 
setor privado 
Exemplos BNDES, CEF, Embrapa, 
Infraero, Casa da Moeda 
Petrobras, BB, Furnas, 
ELETROBRAS, Banco do 
Nordeste e Bancos estaduais (em 
regra) 
 
OBS: a estatal que presta serviço público tem um tratamento de autarquia: 
- imunidade tributária (exceto se houver repasse da carga tributária ao usuário) 
- responsabilidade civil objetiva (art. 37, § 6º) 
- sujeitos a Mandado de Segurança 
- dispensa motivada 
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Características Comuns: 
 Controle pelos Tribunais de Contas, Poder Legislativo e Judiciário 
 Licitação, exceto para atividades fins (prejuízo ao interesse público) 
 Impossibilidade de falência 
 Bens em regra privados (exceto aqueles diretamente ligados à prestação de 
serviços públicos - princípio da continuidade) 
 Regime de pessoal: 
-Funcionários regidos pela CLT 
-Não exigência de aprovação legislativa para a nomeação de dirigente 
-Concurso público 
-Proibição da acumulação de cargos 
-Sujeição ao teto (salvo se não houver repasse) 
-Considerados funcionários públicos para fins penais 
-Sujeitos à improbidade administrativa 
-Submissão aos remédios constitucionais (em regra) 
 
Empresa de Correios e Telégrafos - ADPF 46 
 Empresa pública 
 Serviço postal - exclusividade (art. 21, X, CR) 
 Tratamento de Fazenda Pública (imunidade tributária recíproca, bens públicos, 
precatórios) 
 Dispensa motivada. 
Obs: TODOS os seus bens são públicos, independentemente de estarem relacionados ao 
serviço público. 
 
Empresas subsidiárias 
 Controladas por Empresa Pública ou Sociedade de economia Mista 
 Depende de autorização legislativa 
 Não integram a Administração Pública 
 
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Segundo Setor 
 
O estado não é mais executor, mas gerente (estado gerencial). Surge a figura dos 
parceiros → iniciativa privada com fins lucrativos. 
Três grandes modelos de contratação no Brasil 
 8.666/93: risco da Administração e pagamento através de dotação orçamentária. 
 8.987/95: risco da execução do concessionário ou permissionário e pagamento 
feito pelo usuário (tarifa pública). 
 11.079/04 (PPP): risco compartilhado entre a Administração Pública e o 
concessionário e o pagamento é parte em tarifa, parte em dotação orçamentária. 
 
OBS: o Segundo setor é abordado em Direito Administrativo II, nos tópicos 
relacionados à contratos administrativos. 
 
Exercícios de revisão 
 
01. (Analista Judiciário TRT/PB) As organizações sociais têm como característica, entre outras: 
a) Atuar também nas áreas de ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico 
b) O vínculo jurídico com o Poder Público por meio do contrato de parceria 
c) Criação por decreto do Chefe do Executivo 
d) A desnecessidadede habilitar-se perante a Administração Pública 
e) Ser pessoa jurídica de direito privado, podendo ter fins lucrativos 
 
02. (Analista Judiciário TRT/PE) Com relação às entidades da administração pública indireta é 
correto afirmar que: 
a) A OAB, criada por lei específica, pode ser enquadrada como sociedade de economia mista. 
b) As autarquias são criadas por lei e, apesar de possuírem personalidade jurídica de direito 
privado, não têm capacidade de auto-organização 
c) As sociedades de economia mista, em regra, poderão ser estruturadas sob qualquer forma 
admitida em direito, podendo ser civil ou comercial 
d) As sociedades de economia mista são constituídas com capital exclusivamente público, 
mas administradas e, conjunto pela Administração e pelo Administrado 
e) As empresas públicas são criadas e extintas por lei, possuindo personalidade jurídica de 
direito privado, estando sujeitas ao controle estatal. 
 
03. Sobre órgãos públicos é correto afirmar que: 
a) São considerados centro de competência, instituídos para o desempenho de funções estatais 
b) Todos possuem capacidade processual para defesa em juízo de suas prerrogativas 
funcionais 
c) Todos possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira 
d) São unidades de atuação dotadas de personalidade jurídica própria. 
 
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04. (MP BA/2001) Caracteriza a empresa pública: 
a) Ser dotada de personalidade jurídica de direito privado e estruturada sob a forma de 
sociedade anônima 
b) Possuir patrimônio destinado à realização de certos fins que ultrapassam o âmbito da 
própria entidade e ser dotada de personalidade jurídica de direito público, indo beneficiar 
terceiros estranhos a ela 
c) Constituir serviço estatal descentralizado, com personalidade de direito público, explícita 
ou implicitamente reconhecida por lei 
d) Ser dotada de personalidade jurídica de direito privado, podendo ser estruturada na forma 
de sociedade civil ou de sociedade comercial já disciplinada pelo direito comercial, ou 
ainda, na forma inédita prevista na lei singular que a instituiu 
e) Possuir ações com direito a voto, pertencentes, em sua maioria, à União ou a entidade da 
administração indireta 
 
05. (Anal. Jud. TRE/MS 2007) Forma de descentralização da Administração Pública, criada por 
lei específica para prestar serviços públicos, co autonomia, personalidade de direito público e 
constituída com capital exclusivamente público refere-se ao conceito de: 
a) Entidade paraestatal 
b) Empresa pública 
c) Empresa concessionária 
d) Sociedade de economia mista 
e) Autarquia 
 
06. (Procurador/BA 2002) Integram a Administração Pública indireta: 
a) Os partidos políticos 
b) As concessionárias de serviço público em geral 
c) As fundações instituídas pelo Poder Público, com natureza jurídica de direito público 
d) As organizações sociais 
e) Os serviços sociais autônomos 
 
07. (Procurador/BA 2002) O órgão administrativo possui as características a seguir, EXCETO: 
a) Possui funções, cargos e agentes 
b) Constitui centro de competência administrativa 
c) Pode ser, quanto a estrutura, simples ou composto 
d) Constitui pessoa jurídica de direito público interno 
e) Decorre do fenômeno da desconcentração 
 
08. (Juiz Federal 1ª região 2004) Empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações 
públicas constituem: 
a) Administração autárquica 
b) Órgãos relativamente autônomos 
c) Administração indireta 
d) Administração delegada 
 
09. (Analista MPU 2007) Entre outros aspectos, a administração pública brasileira está 
organizada sob de forma que: 
a) As pessoas físicas ou jurídicas que integram a administração indireta da união são criadas 
por decreto, possuem personalidade jurídica vinculada ao órgão tutelar e patrimônio 
compartilhado, com responsabilidade solidária 
b) A administração pública indireta é a constituída dos serviços atribuídos a pessoas jurídicas 
diversas da União, pública (autarquias) ou privadas (empresas públicas ou sociedades de 
Direito Administrativo – UNISO 14 
Prof. Danilo V. Vilela danilo.vilela@prof.uniso.br 
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economia mista), vinculadas a um Ministério, mas administrativa e financeiramente 
autônomas. 
c) A descentralização administrativa significa repartição de funções entre vários órgãos de 
uma mesma administração, sem quebra de hierarquia, sendo direta e imediata a execução 
das suas atividades ou a prestação de seus serviços. 
d) A delegação de competência de funções e atividades administrativas no âmbito da 
desconcentração dos poderes públicos, por apresentar caráter obrigatório e definitivo, 
independe de norma que expressamente a autorize, bastando a vontade do superior. 
e) A execução indireta de serviços públicos por pessoa administrativa física ou jurídica 
somente pode ser realizada mediante regime de concessão ou permissão, vedada a 
celebração de convênios e consórcios. 
 
10. (Advogado Petrobras 2010) O governador de um Estado-membro da Federação pretende 
criar uma agência reguladora para o exercício do poder regulatório, acompanhamento, controle 
e fiscalização das concessões e permissões de serviços públicos de transporte nos quais o 
Estado figure, por disposição legal ou pactual, como Poder Concedente ou Permitente. 
Indagada a esse respeito, a Assessoria Jurídica do governador do Estado responde corretamente 
que, em âmbito estadual, as agências reguladoras são criadas por: 
a) Decreto regulamentar do governador do Estado, observada a necessária autonomia 
administrativa e financeira que lhes confere independência frente ao Poder Executivo 
respectivo 
b) Decreto executivo, após autorização legislativa, devendo revestir-se de personalidade 
jurídica de direito público e exercer poder normativo para a emissão de normas genéricas e 
abstratas a serem observadas no âmbito do segmento objeto da regulação 
c) Lei complementar, observada a necessária personalidade jurídica de direito privado que 
lhes confere independência frente ao Poder executivo respectivo 
d) Lei específica de iniciativa do governador do Estado, devendo revestir-se de personalidade 
jurídica de direito público e ostentar regime jurídico idêntico àquele aplicável às fundações 
autárquicas 
e) Lei ordinária específica, observada a personalidade jurídica de direito público e o regime 
especial que lhes garanta independência administrativa e autonomia econômico-financeira. 
 
GABARITO 
1.A 6.C 
2.E 7.D 
3.A 8.C 
4.D 9.B 
5.E 10.E

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