Buscar

processo civil 1 bimestre

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Conceitos:
Liminar: medida ou provimento dado pelo Juiz antes do contraditório do réu.
Cognição: juízo de valor formado pelo Juiz a partir das alegações e provas, tendo dois aspectos: profundidade e amplitude.
Cognição sumária: é aquela em que, em termos de profundidade (plano vertical), o Juiz trabalha com a verossimilhança (não há certeza, mas sim aparência de certeza do direito material da parte). Decisões pautadas nesse tipo de cognição não faz coisa julgada. 
Cognição exauriente: é aquela em que, em termos de profundidade (plano vertical), o Juiz trabalha com a certeza e não com a probabilidade. Esse tipo de decisão há a formação da coisa julgada. 
Cognição plena: é aquela que, em termos de amplitude (plano horizontal), não há limitações da matéria a ser discutida.
Cognição parcial: é aquela que, em termos de amplitude (plano horizontal), há limitações da matéria a ser discutida. Essa limitação pode ser dada pela lei.
Classificação da tutela: sendo cível, ela pode ser do tipo: cognitiva, executiva ou cautelar.
Tutela subjetiva cível cognitiva: aqui o Juiz tem que reconhecer o direito material da parte, sendo que a decisão que reconhece esse direito pode ser do tipo: declaratória, constitutiva, condenatória, mandamental ou executiva “lato sensu”. 
Tutela subjetiva cível cognitiva DECLARATÓRIA: reconhece a existência ou inexistência de relação jurídica entre as partes.
Tutela subjetiva cível cognitiva CONSTITUTIVA: cria, reconhece ou extingue relações jurídicas.
Tutela subjetiva cível cognitiva CONDENATÓRIA: quando cria uma obrigação pecuniária.
Tutela subjetiva cível cognitiva MANDAMENTAL: quando o Juízo manda cumprir a obrigação que advém de uma ilicitude.
Tutela subjetiva cível cognitiva EXECUTIVA “LATO SENSU”: O juiz, reconhecendo a ilicitude, pratica algum ato de execução para sanar esta ilicitude.
Tutela subjetiva cível executiva “stricto sensu”: aqui já há o prévio reconhecimento do direito pelo Juízo/lei.
Tutela subjetiva cível cautelar: assegura que o direito futuro seja cumprido.
Duração da tutela: 
Definitiva: cognição exauriente.
Não definitiva: cognição sumária. Podendo ser: provisória: vai ser substituída por uma de mesma natureza, para perpetuar seus efeitos. Temporária: os efeitos não se perpetuam no tempo.
Antecipado: antes do momento oportuno.
Tutela satisfativa: é aquela que é antecipada. É espécie do gênero tutela de urgência.
Tutela cautelar: é aquela que garante direito futuro. É espécie do gênero tutela de urgência.
PROCEDIMENTO COMUM
Petição inicial: apta, manda citar. Na petição inicial tem que dizer se há, expressamente, interesse em audiência de conciliação. Caso não tenha esse pedido, ou não esteja expresso, o juiz vai mandar emendar a inicial. 
Citação: a regra será via email. Caso não tenha será por carta (mas terá que justificar).
Emenda à inicial: prazo de 15 dias (artigo 321, NCPC). O juiz não pode dar decisão contrária à parte sem abrir contraditório. Indeferimento da inicial não pode ser pronto. Quando o juiz mandar emendar a inicial, deverá apontar os pontos específicos que deverão ser emendados. O artigo 330, NCPC, fala das hipóteses de indeferimento da inicial. Indeferimento é só sem resolução do mérito. 
Indeferimento da inicial: é por meio de sentença. Cabe recurso de apelação. Nesse caso, o juiz pode reformar a sua decisão (juízo de retratação) e mandar citar o réu. Artigo 331, NCPC. Não havendo o juízo de retratação e havendo interposição de recurso de apelação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso (art. 331, §1º, NCPC). Caso não haja interposição do recurso de apelação, o juiz mandará intimar o réu acerca do transito em julgado da sentença (art. 331, §3º, NCPC).
Incidentes decorrentes da petição inicial: Artigo 337, NCPC. As impugnações que derivam da petição inicial não serão mais realizadas em apartado, por exemplo: impugnação ao valor da causa, assistência judiciária gratuita, reconvenção todas essas modalidades serão preliminar de contestação e não peça em apartado.
Sentença de improcedência liminar do pedido: artigo 332, NCPC. O juiz antes de julgar a improcedência do pedido inicial, deverá abrir contraditório (ao autor). Recurso cabível é apelação. Não havendo a interposição do recurso de apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença (art. 332, §2º, NCPC). Havendo interposição do recurso de apelação, o juiz poderá ser retratar no prazo de 5 dias (art. 332, §3º, NCPC). Caso o juiz se retrate, mandará citar o réu, e caso não se retrate e haja interposição do recurso de apelação, mandará citar o réu para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias (art. 332, §4º, NCPC).
Petição inicial apta: artigo 334, NCPC. Autor tem que falar se tem interesse na audiência de conciliação. Se for uma causa que não comporta autocomposição, o juiz mandará citar o réu e não marcará audiência (334, §4º, II, NCPC). Quando o juiz não marcará a audiência de conciliação? Não basta só o autor falar que não quer a audiência de conciliação, o réu também tem que falar que não quer (334, §4º, I, NCPC). Caso o réu queira a audiência de conciliação e o autor não queira, nesse caso, a audiência será marcada. Caso tenha litisconsórcio passivo e só um réu queira a audiência, ela será marcada. Caso só o autor queira a audiência, ela será marcada.
Contestação: artigos 335 a 342, NCPC. Prazos: 
Quando tem audiência: primeiro dia útil subsequente. Prazo de 15 dias úteis.
Quando não tem audiência: artigo 335, NCPC. O prazo para contestar (15 dias úteis), será contado a partir do protocolo da petição que alega falta de interesse na audiência. Ocorrendo litisconsórcio, o termo inicial do prazo é individual (335, § 1º, NCPC).
Revelia: artigos 345 a 346, NCPC. LER.
Saneamento: será nesse momento que o juiz poderá indeferir a produção de provas, mas deverá ser de modo justificado. O saneamento será feito em colaboração com as partes. Saneamento organizacional: artigo 357, NCPC. O ônus da prova é dinâmico e não mais estático. 
Saneamento por escrito: quando a matéria não for complexa. As partes poderão se manifestar, no prazo de 5 dias, pedindo esclarecimentos sobre o saneamento. Caso não o faça, a decisão saneadora se torna estável (imutável), segundo o artigo 357, § 1º, NCPC.
Matéria complexa: o saneamento deverá ser feito em audiência (357, §3º, NCPC), ou, de modo consensual, aqui temos a aplicação do Princípio da cooperação (357, §2º, NCPC).
Prova pericial: as partes têm 15 dias (úteis) para se manifestarem quanto aos quesitos, assistentes e depois disso que o perito vai ser intimado para apresentar proposta de honorários (a partir dos quesitos apresentados pelas partes). Artigo 95, NCPC, fala como será pago o perito. Artigo 156 a 158, NCPC -> disposições sobre o perito. 
As partes têm 15 dias (úteis) para se manifestarem sobre o laudo pericial.
Prova oral: artigos 385 a 388, NCPC. Depoimento pessoal, artigo 385, NCPC. Agora a parte é inquirida diretamente pelo advogado, o juiz tem papel de “mediador”. Artigo 443, apresentação de rol: se o saneamento for escrito, aplica o artigo 357, § 4º, NCPC.
Se o saneamento ocorrer em audiência: rol será apresentado na audiência, artigo 357, §5, NCPC. 
Artigo 455, §1º, NCPC.
COGNIÇÃO E TUTELA DOS DIREITOS
Tutela dos direitos: a tutela pode ser do legislativo, executivo e judiciário. A tutela que nos interessa é a do poder judiciário.
Tutela satisfativa: permite a realização concreta do direito material.
Tutela cautelar: assegura o direito da parte. Aqui, não tenho a satisfação do direito material, mas sim o acautelamento do direito futuro.
Cognição: técnica que o Juiz forma o juízo de valor/fundamentação. É a partir das alegações e das provas que o juízo de valor é formado. A cognição pode ser vista sob dois aspectos:
Profundidade (plano vertical): dentro da profundidade ela pode ser sumária (não aprofundada) ou exauriente (aprofundada). 
Cognição exauriente: é um juízo de certeza, com base na verdade formal. A decisão com essa profundidade de cognição está apta
a formar a coisa julgada, sendo isso, uma característica de sentença.
Cognição sumária: tem juízo de valor com base na probabilidade (verossimilhança). Essa decisão não faz coisa julgada. Não tem formado o contraditório, ou se tem, ainda não tem provas para formar seu convencimento.
Amplitude (plano horizontal): pode ser plena ou parcial.
Cognição plena: quando na decisão o juiz conhece de todas as matérias impugnadas.
Cognição parcial: quando a lei limita a matéria a ser discutida, por exemplo: impugnação ao cumprimento de sentença, embargos do executado, ação possessória, ação de desapropriação. O juiz não pode conhecer daquilo que a lei limita.
CLASSIFICAÇÃO DA TUTELA
Quanto ao direito subjetivo: pode ser cível, trabalhista ou penal. Aqui trataremos em relação à tutela cível. 
Tutela cível leva em consideração a atividade do Juízo, podendo ser cognitiva ou executiva.
Cognitiva: aqui eu tenho que reconhecer o direito material da parte primeiro, sendo que a decisão que reconhece o direito da parte pode ser do tipo:
Declaratória: reconhece a existência ou inexistência da relação jurídica entre as partes. Há sentenças cujo efeito não é senão o de declarar a certeza da existência ou inexistência de relação jurídica, ou da autenticidade ou falsidade de documento. A declaração de certeza esgota a prestação jurisdicional. Se o vencedor quiser fazer valer o seu crédito contra o vencido, exigindo o respectivo pagamento, “terá que propor outra ação contra o devedor, esta de natureza condenatória”.
Constitutiva: cria, reconhece ou extingue relações jurídicas. Sem se limitar à mera declaração do direito da parte e sem estatuir a condenação do vencido ao cumprimento de qualquer prestação, a sentença constitutiva “cria, modifica ou extingue um estado ou relação jurídica”. O seu efeito opera instantaneamente, dentro do próprio processo de cognição, de modo a não comportar ulterior execução da sentença. A simples existência da sentença constitutiva gera a “modificação do estado jurídico existente”. Enquanto na sentença declaratória o juiz atesta a preexistência de relações jurídicas, na sentença constitutiva sua função é essencialmente “criadora de situações novas”. São exemplos de sentenças constitutivas: a que decreta a separação dos cônjuges; a que anula o ato jurídico por incapacidade relativa do agente, ou por vício resultante de erro, dolo, coação, simulação ou fraude; as de rescisão de contrato; as de anulação de casamento etc.
Condenatória: quando cria uma obrigação pecuniária. A sentença condenatória, em regra, atribui ao vencedor “um título executivo”, possibilitando-lhe recorrer ao processo de execução, caso o vencido não cumpra a prestação a que foi condenado. Uma vez, porém, que existem condenações relacionadas a obrigações não suscetíveis de execução forçada (v.g., as relativas às obrigações de declaração de vontade, à obrigação de cumprir compromisso de contratar, às obrigações de fazer infungíveis etc.), melhor é definir a sentença condenatória como aquela que ao acertar (ou certificar) uma situação jurídica, prescreve um certo comportamento para o obrigado, consistente no cumprimento de uma prestação.
Mandamental: quando o Juízo manda cumprir a obrigação que advém de uma ilicitude. Não há obrigatoriedade de ter uma sanção, mas tem um dever, por exemplo: sentença da ação de depósito. Se a sentença condenatória difere dá declaratória por abrir oportunidade à execução forçada, a sentença mandamental delas se distancia por tutelar o direito do autor forçando o réu a adimplir a ordem do juiz. Na sentença mandamental há ordem, ou seja, imperium, e existe também coerção da vontade do réu. Tais elementos não estão presentes no conceito de sentença condenatória, compreendida como sentença que abre oportunidade para a execução por expropriação, ainda que mediante simples requerimento do credor. A sentença mandamental é caracterizada por dirigir uma ordem para coagir o réu. Seu escopo é convencer o réu a observar o direito por ela declarado. Portanto, não é mandamental a sentença que exige que seja expedido mandado para que um terceiro a registre. Se o oficial do registro civil é obrigado a registrar uma sentença que desconstituiu relação jurídica existente entre as partes, tal sentença' é desconstitutiva, e não mandamental. Quando a sentença ordena, visando compelir o réu a cumpri-la, a execução dita “indireta”, já que o direito declarado pela sentença só vai ser efetivamente realizado se a sentença convencer ó réu á observá-la.
Executiva “lato sensu”: reconhece que há uma ilicitude, mas o próprio Estado irá corrigi-la. Seu conteúdo principal é realizado pelo Estado e não pela parte, por exemplo: despejo, quem irá corrigir a ilicitude pode ser o Estado com força policial. 
O juiz, reconhecendo a ilicitude, pratica algum ato de execução para sanar esta ilicitude.
Executiva “stricto sensu”: aqui já há o prévio reconhecimento do direito pelo Juízo/lei. O direito material já está amparado, seja por sentença, ou pela lei (-quando a lei atribui, por exemplo, eficácia executiva a um contrato, por exemplo: título executivo extrajudicial). 
Cautelar: assegura que o direito futuro seja cumprido.
Quanto a cognição: pode ser sumária ou exauriente, quando falamos da profundidade; pode ser plena ou parcial, quando falamos da sua amplitude.
Em relação ao fator tempo: 
Anterioridade em relação ao dano (gera prejuízo) / ilicitude (contrário ao direito), podendo ser: 
Preventiva: anterior ao ato ilícito/dano = futuro.
Repressiva/Reintegratória: ilícito já aconteceu = passado.
Reparatória: dano já ocorreu.
Ressarcitória: dano já ocorreu.
Momento da concessão: antecipada.
Duração: 
Definitiva: cognição exauriente;
Não definitiva: provisória: vai ser substituída por uma de mesma natureza, para perpetuar seus efeitos. Temporária: os efeitos não se perpetuam no tempo.
TUTELAS DE URGÊNCIA 
Noções gerais: é aquela que não pode aguardar. Que pode causar perigo na demora (periculum in mora). Pode ser satisfativa ou cautelar. Tutela de urgência é gênero, sendo que a satisfativa e a cautelar são espécies desse gênero.
TUTELA DE URGÊNCIA – gênero
Satisfativa 			Cautelar 
(antecipa os efeitos da tutela)	(acautela direito futuro; garante o direito futuro da parte adversa.)
Tutela satisfativa (antecipada): satisfaz o direito. É realizar no plano concreto, dar solução (ou parte dela) para a parte. Ela dá eficácia executiva para uma decisão interlocutória de mérito. A tutela satisfativa pode ser antecedente ou no curso do processo. 
Classificação, em relação à cognição desse tipo de decisão: sumária (plano vertical), provisória (pelo fato da sua cognição ser sumária, então essa decisão ainda será substituída por outra que tenha a mesma natureza) e em relação ao momento, é antecipada.
No CPC/73: o artigo 273. Não poderia ser dada de ofício. 
		prova inequívoca +
		juízo de verossimilhança
Art. 273, I:			E
		fundado receio de dano
Verossimilhança: é a aparência de verdade. É formada a partir da prova inequívoca.
Fundado receio de dano: receio justificado, caso a tutela não seja deferida vai causar um prejuízo à parte que não poderá ser reparado depois. 
NCPC: artigo 300: no novo CPC, a prova inequívoca foi mitigada. Agora é:
		elementos que evidenciam a probabilidade
Art. 300:			+
		perigo de dano
Temos que entender como perigo da demora: o perigo de causar dano e o perigo do ilícito.
Tutela cautelar: serve para assegurar o objeto enquanto o processo se desenvolve. Garantia da efetividade do direito futuro da parte.
CPC/73: no cpc de 73 há o processo cautelar, com a citação do réu para contestar a ação cautelar, sendo que a parte (autor da cautelar) tinha 30 dias para propor a ação principal (onde será analisado o mérito).
		fumus boni juris
CPC/73			+
		periculum in mor
Tutela: é proteção do Estado e as medidas cautelares são as maneiras como irá acontecer essa tutela.
Liminar: medida dada antes de formar o contraditório.
NCPC: não tem processo cautelar. Artigo
300, 301.
Arresto: garantir futura execução de quantia certa;
Sequestro: garantir a execução de determinado bem;
Arrolamento: bens da universalidade;
Protesto contra alienação de bens: finalidade de dar conhecimento a terceiros de que o bem pode se tornar litigioso. 
DISPOSIÇÕES GERAIS DAS TUTELAS DE URGÊNCIA
Requerimento da parte: CPC/73 -> algumas medidas poderiam ser de ofício, por exemplo, 797, CPC, na cautelar. NA antecipação de tutela era a requerimento da parte.
NCPC -> não prevê medidas de urgência de ofício.
Fundamentação da decisão: a decisão que antecipa a tutela ou uma cautelar é de cognição sumária, podendo o próprio juiz que concedeu revogar.
A decisão que concede, revoga ou alterar a antecipação da tutela ou cautelar tem que estar fundamentada, conforme dispõe os artigo 298 e 489, §1º, NCPC.
Recurso cabível contra essa decisão: Agravo de instrumento, artigo 1.015, NCPC.
Verificar que o Relator que receberá o Agravo de instrumento pode antecipar a tutela, conforme o artigo 1.019, I, NCPC.
Quando na sentença são antecipados os efeitos da tutela:
Pelo CPC/73 o pedido do efeito suspensivo era feito no Recurso de Apelação e da decisão que deferiria, ou não, a suspensão da eficácia dos efeitos da antecipação da tutela caberia Agravo de instrumento. O procedimento era esse porque no CPC/73, o exame de admissibilidade dos recursos é feito de modo bifásico, ou seja, é feito tanto no Juízo a quo, quanto no Juízo ad quem. 
Pelo NCPC: no NCPC, o Juízo de admissibilidade dos recursos deixa de ser bifásico, cabendo ao Juízo ad quem essa prerrogativa. Quando na sentença são antecipados os efeitos da tutela, aplica-se o artigo 1.012, §1º, V, §3º e §4º.
Artigo 1.012,§3º, I: por meio de petição. Nesse caso, o recurso de apelação ainda não foi distribuído ao tribunal, ou ainda não foi remetido ao tribunal. O relator que analisar o pedido de suspensão dos efeitos da antecipação da tutela será prevento para julgar o recurso de apelação.
Interinalidade: as tutelas no NCPC são constituídas dentro do próprio processo.
	
	Tutela de urgência
	CPC/73
	NCPC
	ANTECEDENTE
	Cautelar
	Externo – tem ação cautelar
	Inicial limitada ao pedido de urgência (depois tem que complementar).
	
	Satisfativa
	X
	Inicial limitada ao pedido de urgência (depois tem que complementar).
	
	INCIDENTAL
	Cautelar
	Externo – ação cautelar. Petição.
	Petição nos próprios autos. No processo que já está em andamento.
	
	Satisfativa
	Na petição inicial ou por Petição avulsa
	Petição nos próprios autos. No processo que já está em andamento.
NCPC: antecedente não é um processo antecedente, mas o pedido urgente. Depois tem que complementar a petição inicial. Agora é tudo na mesma ação.
 
Antecipação: antecipado é o momento. Pode ser na liminar (antes de formar o contraditório), na sentença ou no recurso. 
Artigo 300, NCPC: §2º -> justificação prévia: é uma audiência que tem o objetivo de demonstrar ao juiz os motivos do pedido antecipado. A audiência é para o autor provar que precisa dessa antecipação/liminar. Essa audiência pode ser feita antes do contraditório também, de forma liminar.
O juiz pode convocar o réu para essa audiência, caso ache necessário. O réu é citado para acompanhar a audiência, sem levar testemunhas.
No CPC/73: essa audiência de justificação prévia era somente para cautelar, não tinha na antecipada (satisfativa), pois na antecipada, conforme o artigo 273, já previa a exigência de prova inequívoca (ou seja, prova pré-constituída nos autos).
Competência: 
CPC/73: pelo artigo 800, § único, interposto o recurso, mesmo que os autos ainda não foram remetidos ao Juízo ad quem, mas já houver a interposição do recurso a competência é do Juízo ad quem.
NCPC: artigos 299; 1.019; 64, §4º; 932.
Artigo 299: competente para analisar é aquele para analisar o mérito.
Artigo 64, §4º: as decisões do Juízo incompetente serão conservadas até que seja prolatada outra, se for o caso. Pode o juízo competente manter a decisão prolatada pelo Juízo incompetente, somente dando uma decisão confirmando o que foi decidido por aquele que era incompetente.
Eficácia: o próprio juiz que concedeu a tutela de urgência pode revogar a sua decisão. Isso acontece pq essa decisão que foi prolatada tem cognição sumária. A decisão que revoga ou modifica a decisão que antecipa a tutela ou acautela, é passível de recurso.
Suspensão do processo: artigo 296, NCPC. A tutela perde a sua eficácia se o juiz fundamentar em decisão para que isso ocorra. Caso contrário, ou seja, se o juiz foi omisso a suspensão do processo não atinge a antecipação da tutela. 
Reversibilidade: a irreversibilidade está prevista no artigo 300, §3º, NCPC. Aqui vai ser nos casos de tutela satisfativa (quando há a antecipação do direito material da parte). Esse requisito não é absoluto e pode ser relativizado, por exemplo: casos de antecipação e tutela em pedido de alimentos. Nesses casos, o Juiz deve julgar com base na proporcionalidade/ponderação, pq há o conflito de direitos (direito a vida, dignidade de quem pede alimentos X a irreversibilidade da tutela).
A reversibilidade seria a regra, mas pode ocorrer a irreversibilidade. A previsão da reversibilidade ocorre pq o perigo passa da pessoa do autor para o réu, no momento que o réu deve cumprir a ordem judicial da tutela de urgência.
Irreversibilidade aparente: aplica-se o artigo 300, §1º, NCPC. Exigência de caução real ou fidejussória, porém essa exigência pode ser dispensada em caso de hipossuficiência. A caução não resolve o problema de irreversibilidade recíproca e nem ausenta o juiz de analisar os pressupostos das tutelas de urgência.
Artigo 302, NCPC: a parte tem que ressarcir pelo prejuízo que a tutela de urgência causar a outra parte. Aqui, a responsabilidade é objetiva, mas esse prejuízo tem que ser demonstrado o nexo de causalidade.
Fungibilidade: se for ao curso do processo tanto faz na petição pedir uma cautelar ou uma antecipação de tutela satisfativa, pois o juiz ao analisar o pedido vai conceder o que for adequado, aqui a fungibilidade é aplicada de imediato. Se for antecedente (pedido antecedente é aquele que é formulado na petição inicial, mas depois o juiz intima para a parte complementar a petição inicial), o tratamento vai ser diferente par a cautelar ou satisfativa, pois se for satisfativa antecedente -> 303 e 304, NCPC; se for cautelar antecedente -> 305 a 310, NCPC.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando