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Resumo de Direito Processual Civil 2019

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 RESUMO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Este Resumo de Direito Processual Civil está dividido em várias partes para a melhor compreensão do conteúdo.
Conforme veremos, o Direito Processual Civil  é o ramo do direito que contem as regras e os princípios que tratam
da jurisdição civil, isto é, da aplicação da lei aos casos concretos, para a solução de conflitos de interesses pelo
Estado-Juiz.
ÍNDICE
OS PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL
JURISDIÇÃO
AÇÃO
PROCESSO
COMPETÊNCIA
O JUIZ
O MINISTÉRIO PÚBLICO – MP
PARTES
LITISCONSÓRCIO
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
ATOS JURÍDICOS PROCESSUAIS
ATOS DO JUIZ (PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS)
PRAZOS PROCESSUAIS
PRECLUSÃO
NULIDADES
FORMAÇÃO DO PROCESSO
SUSPENSÃO DO PROCESSO
EXTINÇÃO DO PROCESSO
TUTELA PROVISÓRIA
PETIÇÃO INICIAL
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
RESPOSTA DO RÉU
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES Get Button
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JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
TEORIA GERAL DAS PROVAS
SENTENÇA E COISA JULGADA
AÇÃO RESCISÓRIA
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
RECURSO ADESIVO
APELAÇÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
AGRAVO REGIMENTAL (INTERNO)
RECURSO ORDINÁRIO STRICTU SENSU
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS LATU SENSU
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
TEORIA GERAL DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
TEORIA GERAL DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
OS PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 1
→ Princípios informativos 
(Caráter geral e abstrato, cuja aplicação deve ser feita a qualquer regra do direito processual)
Lógico
A lógica do processo é sempre aproximar o juiz da verdade a partir de uma pequena sequencia lógica (sequência
ordenada de fatos) → Procedimentos do processo (Ex: Prova).
Jurídico
Todos o procedimentos devem estar de acordo com a lei.
Político
As regras devem estar em conformidade com o regime político vigente.
Econômico
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Obediência à obtenção máxima de rendimentos, seja em relação ao tempo, seja em relação aos gastos. Ex: Modos
de intervenção de terceiros.
→ Princípios Fundamentais
Devido Processo Legal
É uma garantia fundamental de conteúdo:
Formal: garantias processuais/obediência aos princípios e procedimentos.
Substancial: não é aquele em que se observam somente as exigências legais, mas diz respeito à elaboração e
interpretação da normas jurídicas
Contraditório
Possibilidade de que uma parte tenha ciência dos atos da outra e possa respondê-los.
Além disso, todas as questões devem ser observadas pelo juiz, e a parte não apenas participa, mas tem influência
na decisão do magistrado.
Ampla Defesa
Qualquer produção probatória deve ser considerada.
Igualdade / Paridade de Armas
Os sujeitos devem dispor das mesmas armas (igualdade material).
Publicidade
Os atos processuais são públicos, em regra.
Contexto: Estado Democrático de Direito:
Proteger as partes contra juízos arbitrários e secretos.
Possibilitar o controle da opinião pública sobre os serviços prestados pelo Judiciário.
Dimensão:
Interna: partes.
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Externa: terceiros (possibilidade de restrição).
Fundamentação / Motivação
Exposição da razões da sentença
Finalidade endoprocessual: se relaciona às partes do processo.
Finalidade extraprocessual: quando o Estado profere um decisão, ele deve dar publicidade aos seus atos para
evitar arbítrios.
Duração razoável do processo
O processo deve levar o tempo necessário para a defesa do direito pleiteado.
Efetivação
Garantia da concretização do que é levado ao Judiciário.
→ Inovações principiológicas do Novo CPC
Cooperação
Necessário e constante diálogo entre o juiz e as partes, bem como entre as partes.
Princípio da vedação das decisões surpresa
Princípio da isonomia pelo Julgamento de feitos em ordem cronológica
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.“
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício.
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JURISDIÇÃO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 2
→ Tríade da Teoria Geral do Processo: 
Jurisdição, Ação e Processo
→ Conceito de Jurisdição (Freddie Didier)
a) Função atribuída a um terceiro imparcial desinteressado (substitutividade: o Estado, e não o juiz, substitui a
vontade das partes). Técnica de solução de conflitos por heterocomposição. A ideia de imparcialidade ligada ao
princípio do juiz natural.
b) … para realizar o Direito de modo Imperativo (imperatividade)
c) … reconhecendo/efetivando/protegendo situações jurídicas
d) … concretamente deduzidas
Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir
sentença ou acórdão.“
Princípios Processuais Civil - RevisãoPrincípios Processuais Civil - Revisão
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e) … em decisão insuscetível de controle externo
f) … e com aptidão para tornar-se indiscutível (ânimo de definitividade) → coisa julgada material
→ 3 Aspectos da Jurisdição:
– Poder (estatal de interferir na esfera jurídica do jurisdicionado)
– Função (atribuída pela CF ao Judiciário)
– Atividade (atos praticados pelo Judiciário)
→ Equivalentes Jurisdicionais
São formas não jurisdicionais de solução dos conflitos:
Autotutela
Situações nas quais não há intervenção de terceiros e a própria parte protege seus direitos.
Ex: Legítima Defesa
Autocomposição
Consentimento espontâneo de uma das partes a sacrificar seu direito em benefício da outra (transação, renúncia e
submissão).
Mediação e Conciliação
Realizadas por terceiro devidamente preparado para propor às partes a melhor maneira de solucionar os conflitos.
Julgamento de con�itos pelos tribunais administrativos
A jurisdição pode ser entendida como a atuação estatal visando a aplicação do Direito ao caso
concreto, resolvendo-se com definitividade uma situação de crise jurídica e gerando com tal
solução a pacificação social – Daniel Assumpção
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Tribunal de Contas, Tribunal Marítimo, etc.
Arbitragem (Lei 9307/96)
Existem conflitos doutrinários: uns acreditam que é equivalente jurisdicional, outros consideram jurisdição
propriamente dita.
Características
Convenção de Arbitragem (art. 3°):
Cláusula Compromissória:estabelecida antes do surgimento do conflito, podendo ser cheia (contém requisitos
mínimos) ou vazia/em branco (não contém requisitos mínimos)
Compromisso Arbitral: ato formal e escrito que dá início ao processo de arbitragem, independente de cláusula
compromissória.
Escolha da norma de Direito Material a ser aplicada.
Existência de um árbitro.
Desnecessidade de homologação judicial da sentença arbitral.
É Titulo Executivo Extrajudicial.
Possibilidade de invalidação da sentença arbitral pelo poder judiciário (prazo de 90 dias a partir da invalidação
da sentença arbitral).
→ Princípios inerentes à função jurisdicional
Inércia
O judiciário só atua mediante provocação das partes.
Investidura
O exercício da função jurisdicional deverá ser feito por alguém que esteja regularmente investido no cargo.
Territorialidade (aderência ao território)
Súmula 485, STJ: a Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham cláusula arbitral, ainda
que celebrados antes da sua edição.“
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Os magistrados somente têm autoridade nos limites territoriais do Estado (admite mitigações).
Indelegabilidade
É vedado ao juiz, que exerce atividade pública, delegar suas funções a outra pessoa ou outro poder estatal.
Inevitabilidade
Sujeição das partes à decisão do juiz.
Inafastabilidade / Indeclinabilidade
Nenhuma lesão ou ameaça ao direito será afastada da apreciação pelo Judiciário.
Juiz Natural e Promotor Natural
1. Não poderá haver tribunal de exceção, ninguém será processado ou julgado senão por autoridade competente.
2. Visa acabar com a figura dos acusadores públicos por encomenda (designação “ad hoc”, discricionária).
→ Jurisdição Voluntária
– Diferente de jurisdição contenciosa.
– Não traz lide, nem partes, mas interessados.
– É a administração pública de interesses provados.
– Não produz coisa julgada.
– Exemplos: Separação Consensual e Curatela dos Interditos.
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JurisdiçãoJurisdição
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AÇÃO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 3
→ Teorias:
Imanentista / Civilista
O direito de ação é considerado o próprio direito material em movimento.
Não há direito de ação sem direito material.
Não se reconhece o direito de ação como um direito autônomo, mas um direito imanente.
Teoria Concreta da Ação
Se contrapõe à teoria imanentista, pois o direito de ação é considerado um direito do indivíduo contra o Estado
com o objetivo de uma SENTENÇA FAVORÁVEL e, ao mesmo tempo, um direito contra o adversário.
Há uma certa autonomia entre o direito material e o direito processual.
Teoria Abstrata
Desvincula o direito de ação de qualquer direito anterior.
O direito de ação e o direito material não se confundem.
Exerce o direito de ação não só quem obtém sentença favorável.
Teoria Eclética
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O direito de ação é o direito ao julgamento do mérito da causa, observando as condições da ação (Legítimo
interesse e Legitimação para agir).
Teoria da Asserção
As condições da ação devem ser analisadas a partir dos fatos narrados na inicial, ou seja, no momento em que se
verifica sua admissibilidade. (Adotada pelo STJ)
→ Direito de Ação x Ação
1. Direito Fundamental, amplo acesso à Justiça.
2. Ato Jurídico, exercício do Direito de Ação.
→ Condições da Ação
– Interesse de Agir: utilidade da prestação jurisdicional (necessidade + adequação).
– Legitimidade Ad Causam (pertinência subjetiva da ação): ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito
alheio, salvo exceções.
Legitimidade Ordinária: aquele que defende, em juízo, direito próprio.
Legitimidade Extraordinária: aquele que defende, em nome próprio, interesse alheio (Ex: MP). Pode ser
autônoma ou subordinada (neste último caso, a presença do titular da situação jurídica controvertida é
essencial).
→ Elementos da Ação (PPC)
(Elementos identificadores da ação, requisitos estruturais da petição inicial)
– Partes → Legitimidade
– Pedido → Possibilidade jurídica do pedido (que não é mais uma condição da ação)
– Causa de Pedir → Interesse de Agir
O que importa é a afirmação do autor, e não a correspondência entre afirmação e realidade, que já
seria problema de mérito.“
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→ Partes:
– Sentido Formal: autor e réu.
– Sentido Material: sujeitos da relação interpessoal que a sentença irá regular diretamente.
– Formas de aquisição da qualidade de parte:
Pelo ingresso da demanda (autor)
Pela Citação (réu)
De maneira voluntária (assistente)
Sucessão Processual
→ Pedido:
– Imediato: procedência da ação.
– Mediato: bem da vida (aquilo que se pretende).
– Deve ser certo E determinado.
– Possibilidades:
Pedidos Implícitos (juros, correção monetária, ônus de sucumbência).
Pedido Alternativo: um ou outro.
Pedido Sucessivo.
Pedido de prestações periódicas.
Cumulação de pedidos.
→ Causa de Pedir:
– Fatos (causa de pedir próxima) e Fundamentos jurídicos (causa de pedir remota).
– Teoria da substanciação: fatos jurídicos narrados pelo autor.
Processo Civil - Ação e Condições da Ação - Parte 1Processo Civil - Ação e Condições da Ação - Parte 1
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PROCESSO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 4
→ Conceito:
Processo é um instrumento colocado à disposição do cidadão para a solução dos conflitos (não se confunde com
procedimento, que consiste nos atos processuais produzidos de forma lógica).
→ Teorias que tentam explicar a natureza jurídica do processo:
– Processo como um procedimento (Teoria Imanentista).
– Processo como um contrato (seara privada: ausência da força do Estado).
– Processo como um “quase contrato”.
– Processo como relação jurídica: retira o processo do âmbito privado e o coloca no âmbito público (nítida
distinção entre processo e direito material). Reconhece os pressupostos processuais (Oscar Von Bullow) →
Prevalece!
– Processo como situação jurídica: o processo se reduz em possibilidades de ganhar ou perder, sendo que, em
qualquer caso, deve-se agir de boa-fé.
– Processo como Instituição: característica voltada para a sociologia e não para o direito.
– Processo como procedimento em contraditório.
→ Características da Relação Jurídica:
– Autonomia: separação entre direito processual e direito material.
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– Complexidade: é decorrente de inúmeras situações jurídicas (ônus, faculdades, direitos, deveres…).
– Dinâmica: desenvolve-se durante o tempo (continuidade), não é instantâneo.
– Unidade: os atos praticados pelos sujeitos estão interligados de forma lógica.
– Natureza Pública: participação do Estado (Juiz como representante do Estado).
→ Processo x Procedimento
1. Instrumento para a operação da Jurisdição.
2. Essência Formal (ordem legal do processo).
→ Pressupostos Processuais
(Requisitos de existência e validade – Oscar Von Bullow)
– Existência:
Capacidade de ser parte
Jurisdição
Petição Inicial
– Validade
Capacidade Postulatória
Citação Válida
Imparcialidade do Juiz
Competência
Respeito ao formalismo processual
Requisitos de validade negativos (perempção,litispendência, coisa julgada, convenção de arbitragem…)
OBS.: Os pressupostos processuais são matérias de ordem pública.
COMPETÊNCIA
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 5
→ Conceito:
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Investidura ⇒ Jurisdição (capacidade genérica sobre todo o território nacional) ⇒ Competência (capacidade
concreta e específica de dizer o direito de forma definitiva)
Perpetuação: a competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição (e não mais
no momento do despacho da inicial ou da distribuição), salvo alteração da competência absoluta.
→ Previsão Legal:
– CF, art. 102 (competência dos Tribunais).
– Constituições Estaduais.
– Legislação Federal (Código de Processo Civil).
– Leis de Organização Judiciária.
→ Divisão
→ Competência internacional (jurisdição seria o termo mais adequado)
Princípios / Critérios do Direito Internacional:
Efetividade (capacidade de fazer cumprir a decisão).
Interesse em julgar.
Submissão (Código de Bustamante): a vontade das partes deve ser considerada. Há previsão específica no novo
CPC (arts. 22,III c/c 25), sendo que a submissão não é absoluta, mas subordinada aos outros 2 critérios.
Possibilidades:
Jurisdição Exclusiva: só o Brasil julga, não admite jurisdição internacional (art. 23, NCPC):
a) Imóveis situados no Brasil.
b) Matéria de sucessão de bens no Brasil (inventário, partilha e outros), ainda que o titular seja estrangeiro ou tenha
domicílio no exterior.
c) Em caso de separação, divórcio e reconhecimento de dissolução de União Estável, a partilha de bens situados no
Brasil é competência da jurisdição nacional.
Jurisdição Concorrente: o Brasil julga, mas admite jurisdição internacional (art. 21, NCPC):
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a) Réu domiciliado no Brasil.
b) Quando o Brasil for o local de cumprimento da obrigação.
c) Quando o ato ou fato que derem origem à ação tiverem ocorrido no Brasil.
d) Ação de Alimentos quando o credor tiver domicílio no Brasil ou se o réu mantiver vínculos no Brasil no
recebimento de rendas.
e) Em relações de consumo quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil.
f) Quando as partes expressa ou tacitamente se submeterem à jurisdição nacional.
Prevalência  das sentenças estrangeiras na competência concorrente: vale a que transitar em julgado primeiro,
lembrando que a estrangeira só transita em julgado no Brasil quando homologada pelo STJ.
→ Competência Nacional / Interna
Critérios (segue a ordem):
 1. Hierárquico Funcional (Ratione Personae) – Em razão das partes:
a) Foros Privilegiados: Gerará a competência originária. Em razão da função ou hierarquia move-se a causa no
tribunal, por exemplo.
b) Relação de acessoriedade ou dependência: quando a lei obriga um juiz de demanda pretérita a julgar ação
posterior.
Não sendo caso de competência funcional, conclui-se que a ação é em primeira instância.
2. Material (Ramo da Justiça)
a) Justiça Eleitoral (art. 121, CF + Código Eleitoral) – Leva-se em consideração a causa de pedir e o pedido.
b) Justiça do Trabalho (art. 114, CF) – Leva-se em consideração a causa de pedir.
Inclui:
Indenização por assédio moral ou sexual decorrentes de relação trabalhista.
Indenização por acidente de trabalho contra PATRÃO.
OBS.: Cargo estatutário e em comissão é relação administrativa e não trabalhista.
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c) Justiça Federal (art. 109, CF):
– Partes: União, autarquia federal, empresa pública federal…
– Causa de pedir relacionada a questões de âmbito federal.
d) Justiça Estadual (Residual):
– Tudo o que não for das outras, é da Justiça Estadual.
– Competência Material Delegada:
Não havendo vara trabalhista na comarca, a competência é da Justiça Estadual, desde que o processo vá para o
Tribunal.
Benefícios Previdenciários + Hipóteses que podem ser definidas em lei: Podem ser ajuizadas na Justiça
Estadual, desde que vá para o Tribunal.
3. Critério Valorativo (valor da causa):
– Juizado Especial Federal e Juizado da Fazenda Pública: até 60 salários mínimos (absoluta).
– Juizado Especial Cível: até 40 salários mínimos (relativa).
4. Critério Territorial: Circunscrição Geográ�ca (arts 42 a 63 do NCPC).
Regras Gerais:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou
assistente.
Em situações de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável,
o foro competente é:
O do guardião do incapaz (filho/s);
O último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
O domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
O domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos.
→ Regime Jurídico de competência (aspectos práticos)
Absoluta (critérios 1 e 2): interesse Público. O juiz pode declarar a incompetência de ofício e a qualquer tempo.
Alegada em preliminar de contestação. A violação gera nulidade absoluta das decisões, remetendo o processo à
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competência correta. A decisão proferida pelo juiz absolutamente incompetente conserva seus efeitos até outra
decisão do juiz competente.  Cabe ação rescisória para anular a sentença no prazo de 2 anos.
OBS.: Há casos de incompetência absoluta em que os critérios são valorativos e territoriais.
Relativas (critérios 3 e 4): interesse privado. É possível o estabelecimento de foro de eleição pelas partes. Alegada
em preliminar de contestação. Caso não alegada, ocorre a sua prorrogação (renúncia implícita à competência). Não
cabe ação rescisória, a sentença será plenamente válida.
O JUIZ
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 6
→ Deveres e poderes (art. 139, NCPC):
1. Assegurar às partes igualdade de tratamento.
2. Velar pela rápida duração do processo.
3. Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça e indeferir postulações meramente
protelatórias.
4. Dever de efetivação (medidas necessárias para o cumprimento da decisão judicial). Ex.: mecanismos de busca
de bens (renajud, infojud, bacenjud).
5. Preferir a autocomposição, mediação e conciliação.
6. Adaptar o procedimento a fim de que ele atenda melhor à demanda (GRANDE NOVIDADE DO NCPC). Ex.: dilatar
os prazos e alterar a ordem de produção dos meios de prova.
7. O juiz pode exercer o poder de polícia, tomando todas as medidas cabíveis.
Competência - Novo Código de processo CivilCompetência - Novo Código de processo Civil
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8. Determinar, a qualquer tempo, comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa,
hipótese em que não incidirá pena de confissão
9. Determinar o suprimento de pressupostos processuais e saneamento de outros vícios processuais.
10. Verificar a presença de processos repetidos e notificar legitimados para propor ação coletiva.
→ Indeclinabilidade (art. 140, NCPC):
Impossibilidade de o juiz se negar a proferir decisãosob a alegação de que não há lei ou prova (vedação ao non
liquet).
→ Legalidade estrita (art. 140, NCPC):
O juiz deve julgar com base na lei.
Excepcionalmente, a lei admite o julgamento por equidade (justiça no caso concreto, critérios pessoais de justiça),
somente com expressa previsão legal.
Ex.: casos de jurisdição voluntária e art. 6° da lei 9.099/95.
→ Inércia / Demanda / Congruência (art. 141, NCPC):
O processo só se inicia mediante provocação das partes.
Limites: elementos da ação (as partes, o pedido e a causa de pedir limitam a atividade do juiz).
ATENÇÃO: Art. 10, NCPC: ainda que a ausência de condição possa ser declarada de ofício, as partes devem ser
ouvidas.
→ Poderes Instrutórios (art. 367, NCPC):
Prepondera sobre as regras de ônus da prova.
O juiz pode determinar a produção de provas de ofício.
→ Livre convencimento motivado:
Ao juiz cabe a livre apreciação das provas para formar seu convencimento, o qual deve ser motivado. Alguns
doutrinadores defendem que, no novo CPC, o sistema de precedentes substituiu o instituto.
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→ Identidade física do juiz:
Não há mais este instituto no noco CPC, persistindo apenas no processo penal.
→ Imparcialidade
Alegação: no prazo de 15 dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição,
em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la
com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
Caso a parcialidade seja constatada, ocorre o afastamento do juiz (e não do juízo).
O MINISTÉRIO PÚBLICO – MP
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 7
→ Dupla atuação:
– Parte.
– Custus legis (Fiscal da Lei).
→ Parte
a) Só atua com expressa previsão legal e condicionado ao tópico “b”.
Ex.: Ausência, Desconsideração da Personalidade Jurídica, Investigação de paternidade, etc.
b) Finalidades Institucionais:
Regime Democrático
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Ordem Jurídica
Interesses Sociais
Direitos Individuais Indisponíveis
c) Prerrogativas processuais como parte:
Intimação e visita pessoal (o MP recebe os autos)
Prazo em dobro
Isenção no pagamento de despesas processuais
Isenção no pagamento de honorários advocatícios, salvo comprovada má fé
Intimação pessoal das testemunhas por si arroladas (novidade trazida pelo novo CPC)
→ Custus Legis (Fiscal da Lei ou da Ordem Jurídica)
a) Órgão opinativo
b) Hipóteses de atuação (art. 178, NCPC)
Quando houver interesse de incapaz
Interesse Público (ou social)
Conflitos coletivos pela posse de terra (rural ou urbana)
Demais hipóteses previstas em lei (Ex.: Mandado de Segurança)
c) Prerrogativas processuais como Fiscal da Ordem Jurídica:
Todas as aplicáveis ao MP como parte
Vista depois das partes (Exceção: inaudita autera pars)
Possibilidade de produção de provas e medidas processuais pertinentes
Arguição de incompetência
Direito de recorrer (reitera súmula 99 do STJ)
Nulidade pela não intimação (e não por se recusar a atuar)
PARTES
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 8
→ Um dos elementos da ação
→ Conceito de parte:
a) Restritivo (Chiovenda): quem pede e contra quem se pede (assistente não é parte).
b) Ampliativo (Liebman): todo aquele que participa em contraditório defendendo interesse próprio ou alheio
(assistente é parte).
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– Deveres (arts. 77 e 78, NCPC): seu descumprimento gera litigância de má fé.
LITISCONSÓRCIO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 9
→ Aspectos conceituais:
Cumulação objetiva: cumulação de pedidos ou causa de pedir.
Cumulação subjetiva: cumulação de partes (Litisconsórcio).
→ Classi�cação:
a) Quanto ao sujeito:
Ativo: mais de um autor
Passivo: mais de um réu
Misto: mais de um autor e mais de um réu
b) Quanto ao momento de formação:
Inicial (regra geral)
Ulterior (após o início do processo): depende de expressa previsão legal. Hipóteses:
1. Sucessão (há divergências)
2. Conexão e Continência
Art. 55.  Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou
a causa de pedir.
§1° Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um
deles já houver sido sentenciado.
§ 2° Aplica-se o disposto no caput:
I – à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato
jurídico;
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3. Intervenção de Terceiros (Chamamento ao processo e Denunciação da lide)
c) Quanto aos Efeitos:
Simples: os efeitos PODEM ser iguais.
Unitário: os efeitos da decisão SEMPRE são iguais para os litisconsortes do mesmo polo (Ex.: Ação Popular, Ação
Pauliana).
d) Quanto à obrigatoriedade:
Facultativo: depende exclusivamente da vontade do autor. Hipóteses:
a. Comunhão de direitos e obrigações relativos à lide.
b. Conexão.
c. Afinidade (litisconsórcio impróprio): por questão de economia processual.
Necessário (sob pena de vício do processo):
a. Por força da lei.
b. Por força da unitariedade.
→ Regime Jurídico do Litisconsórcio
II – às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3° Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente,
mesmo sem conexão entre eles.
Art. 56.  Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o
das demais.
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→ Efeitos da não formação do Litisconsórcio
a) Facultativo: nenhum efeito (os ausentes demandarão ou serão demandados oportunamente).
b) Necessário: gera ilegitimidade ad causam:
– Antes da sentença: o juiz determinará que a parte emende a petição trazendo a parte faltante.
– Depois da sentença: efeitos variados conforme o tipo de litisconsórcio:
Unitário: sentença nula.
Simples: sentença ineficaz para o ausente.
→ Casuística:
Prazo em dobro (se houver mais de um procurador), salvo no processo eletrônico.
Súmula 641: o prazo em dobro existe enquanto os litisconsortes estiverem no processo.
Alimentos avoengos: litisconsórcio necessário simples contra todos os avós, paternos e maternos (STJ).
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 10
→ Generalidades:
– Efeitos da sentença e intervenção: o terceiro só se legitima a entrar em processo alheio quando atingido reflexa
ou diretamente.
– Terceiro é apenas aquele que não é parte, a partir do momento em que ele ingressa em processo alheio, ele se
torna parte (controvérsia quanto ao assistente, que não faz pedido para si).
– A intervenção de terceiros é aplicável a todos os procedimentos.
Art. 105, NCPC. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em sua relação
com a parte adversa, como litigantes distintos (litisconsórcio simples), exceto no litisconsórcio
unitário, caso em que os atos e as omissões de um, não prejudicarão aos outros, mas poderão
beneficiar.
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→ Classi�cação da formas de intervenção
Típica: prevista na lei como tal.
Atípica: não prevista na lei como tal.
 
Espontânea:o terceiro entra por conta própria.
Provocada: o terceiro é convidado a participar (denunciação à lide, chamamento ao processo…).
 
Por inserção: entrada do terceiro na mesma relação jurídica.
Por ação: há formação de uma nova relação jurídica processual.
→ Mudanças do Novo CPC:
a) Substituição da nomeação à autoria pela técnica de correção da legitimidade passiva (art. 339, NCPC).
b) Realocação da oposição entre os procedimentos especiais → Passa a ser intervenção de terceiros atípica.
c) Assistência, denunciação à lide e chamamento continuam no NCPC acrescidos do incidente da desconsideração
da personalidade jurídica e o Amicus Curiae.
→ Assistência
– O terceiro com interesse jurídico que uma das partes ganhe (ex: sub-locatário).
– Hipóteses de cabimento:
a) Assistência simples: interesse jurídico (art. 119, NCPC), risco de sofrer direta ou reflexamente os efeitos da
sentença. Não cabe interesse moral, econômico ou corporativo. O assistente é subordinado aos acontecimentos do
processo.
b) Assistência litisconsorcial: interesse jurídico qualificado. Aquele que poderia ter sido litisconsorte ativo. É tratado
como parte.
→ Denunciação à lide
– Hipóteses de cabimento
Transferência da propriedade (evicção). Get Button
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Direito de regresso por lei ou contrato.
– Não é obrigatória.
– Não é mais cabível a denunciação per saltum.
→ Chamamento ao processo
– Consiste no direito do réu de chamar, para ingressar no polo passivo da demanda, os corresponsáveis por
determinada obrigação (ideia de solidariedade).
– Hipóteses de cabimento:
Fiador → Afiançado
Fiador → cofiadores
Devedores solidários
– Objetivo: formação de título executivo contra e entre todos.
→ Desconsideração da personalidade jurídica
Finalidade
– Imputar ao patrimônio particular dos sócios, obrigações assumidas pela sociedade, quando e se a pessoa jurídica
houver sido utilizada abusivamente, como no caso de desvio de finalidade, confusão patrimonial, liquidação
irregular, dentre outros.
– Desconsideração inversa: imputação ao patrimônio da sociedade o cumprimento de obrigações pessoais do
sócio.
Aspectos Relevantes
– Cabe incidente para reconhecê-la em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença
e na execução de título executivo extrajudicial.
– O requerimento deverá demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais para a desconsideração (abuso da
utilização da Pessoa Jurídica) e sua instauração suspenderá o processo.
– O sócio ou a pessoa jurídica será citado (a) para se manifestar e requerer as provas cabíveis em até 15 dias.
– Finda a instrução o incidente será resolvido, em regra, por decisão interlocutória que pode ser recorrida mediante
o recurso de Agravo de Instrumento. Exceção: caso a decisão que resolver o incidente for proferida pelo relator,
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caberá o recurso de Agravo Interno.
– Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude de execução, será
ineficaz em relação ao requerente.
→ Amicus curiae
– Hipótese em que o juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da
demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão
ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 dias de sua intimação.
– A proposta é que este terceiro, defendendo uma posição institucional (não necessariamente das partes),
intervenha para apresentar dados proveitosos à apreciação da demanda.
– Vale mencionar que o amicus curiae não pode ter interesse jurídico na causa, apenas institucional, o que o
diferencia da Assistência.
ATOS JURÍDICOS PROCESSUAIS
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 11
→ Conceito e negócios jurídicos processuais
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS | PROCESSO CIVIL | QUER ENTENDER DIRINTERVENÇÃO DE TERCEIROS | PROCESSO CIVIL | QUER ENTENDER DIR……
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– Qualquer ato que tenha relevância no processo, ainda que praticado antes dele e por quem não sabe se será
parte.
– O CC/2002 tem os atos jurídicos processuais como algo muito parecido com negócio jurídico.
– Não se confunde com fatos processuais, os quais não dependem da vontade das partes, mas geram efeitos no
processo.
→ Classi�cação
Quanto à vontade para que se aperfeiçoe
Atos unilaterais: uma manifestação de vontade (ex.: renúncia)
Atos bilaterais: duas manifestações de vontade (ex.: foro de eleição)
Atos plurilaterais: várias manifestações de vontade (ex.: substituição de partes processuais)
Quanto ao sujeito:
Atos das partes (arts 200 a 202, NCPC).
Atos do Juiz (arts. 203 a 205, NCPC).
Atos do escrivão ou chefe da secretaria (arts. 206 a 211, NCPC).
ATOS DO JUIZ (PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS)
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 12
→ Sentença: pronunciamento que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a
execução, resolvendo ou não o mérito.
O recurso cabível é a apelação.
Prazo: 30 dias.
→ Decisão interlocutória: pronunciamentos com caráter decisório que não são sentença.
O recurso cabível é o agravo de instrumento.
Prazo: 10 dias.
→ Despacho: atos de simples movimentação do processo.
Não possui caráter decisório. Get Button
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Prazo: 5 dias.
PRAZOS PROCESSUAIS
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 13
→ Classi�cação
Quanto à origem (art. 218, NCPC)
Legal
Judicial (na omissão, o prazo é de 5 dias)
Quanto à cogência / obrigatoriedade
Dilatório: as partes e o juiz podem, de comum acordo, reduzir ou prorrogar.
Peremptório: nem as partes, nem o juiz podem alterar.
OBS.: Não há no NCPC, pois seu art. 190 prevê a possibilidade das partes celebrarem negócio jurídico processual
atípico → Os prazos são dilatórios!
Quanto ao destinatário (arts. 233 a 235, NCPC)
Próprios: da parte (gera preclusão).
Impróprios: do juiz e servidores (gera sanções administrativas).
Quanto ao curso do prazo
Simples: para uma parte.
Comum: ambas as partes.
→ Regras de contagem:
– São contados em dias úteis
– Art. 224: salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento.
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– Art. 220: suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro,
inclusive.
PRECLUSÃO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 14
→ Conceito: perda da faculdade processual de praticar o ato (destina-se às partes).
→ Espécies
– Consumativa: é a própria prática do ato processual que a lei abstratamente previa como praticável naquele
momento processual. Ex.: Contestar antes de transcorrido o prazo.
– Lógica: ocorre pela prática de ato processual incompatível com o previsto para aquele momento processual, o 
que o torna prejudicado. Ex.: Apelar após cumprir a sentença.
– Temporal (preclusão por excelência): é a perda da oportunidade ou faculdade de praticar o ato processual pelo
decurso do prazo e inércia do titular. Podeser afastada pro justa causa (evento imprevisto alheio à vontade da
parte) e por questões de ordem pública.
Preclusão qualificada: revelia (preclusão de contestar) e coisa julgada (preclusão de recorrer e consequente
formação da coisa julgada).
OBS.: A preclusão temporal não se confunde com prescrição e decadência, pois é um fenômeno intimamente
processual!
NULIDADES
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 15
→ Generalidades:
Necessidade de expresso reconhecimento do defeito (sempre precisa ser declarada).
Fiscalização e sanabilidade (convalidação) como regra geral → Não há nulidade sem prejuízo.
→ Classi�cação:
– Inexistência: plano anterior ao da validade → insanável, decretável de ofício, em qualquer tempo ou grau de
jurisdição, antes ou depois do trânsito em julgado. Get Button
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– Absoluta / Cominada: o ato processual já existe → plano da validade.
Violação à regra criada para proteger o interesse público.
Pode ser decretada de ofício, em qualquer tempo ou grau de jurisdição.
Só pode ser pronunciada no prazo da rescisória (2 anos).
 – Relativa/ Não cominada/ Anulabilidade: também está no plano da validade
Violação a regras criadas em benefício das partes.
Não pode ser reconhecida de ofício.
Se não houver provocação na primeira oportunidade em que a parte tiver para fazê-lo, ocorre a preclusão.
→ Princípios Fundamentais:
Boa fé.
Instrumentalidade das formas (não há nulidade sem prejuízo).
FORMAÇÃO DO PROCESSO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 17
→ Distribuição / Despacho e Protocolo
A doutrina e jurisprudência, bem como o novo CPC reconhecem que o processo começa com o protocolo, antes da
distribuição ou despacho (art. 312, NCPC).
→ Citação
É o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado a fim de se defender (poderá ser real ou ficta).
Real:
1) Pelo correio: chefe do cartório remete carta ao réu, contendo cópia da petição inicial e cópia do despacho do
juiz, além da advertência de que a ausência de contestação resulta na admissão da veracidade dos fatos narrados
na inicial
2) Por oficial de justiça: será realizada por meio de mandado, somente quando for inadequada a Citação pelo
correio.
3) Por meios eletrônicos. Get Button
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Ficta:
1) Por edital: réu não encontrado (só admitida quando esgotadas todas as tentativas de localização do réu).
2) Com hora certa: ocorre quando por duas vezes o oficial de Justiça não encontrar o réu, na suspeita de que esteja
se ocultando para não ser citado.
→ Efeitos da citação do réu
Quando o réu é citado, há o aperfeiçoamento do processo.
→ Estabilização e modi�cação da ação (art. 329, NCPC)
A regra é que o processo não muda, mas, eventualmente, pode ser necessária a mudança dos elementos da ação:
a) Até a citação: pode haver modificação sem a concordância do réu.
b) Após a citação até o saneamento: pode haver, mas com a concordância do réu.
c) Pós saneamento: não pode haver modificação, nem com a concordância do réu, pois já houve a estabilização
completa da demanda.
SUSPENSÃO DO PROCESSO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 18
→ Hipóteses de cabimento (art. 313, NCPC)
1. Morte / Incapacidade da parte ou do advogado
* Habilitação dos sucessores.
** 20 dias para que as partes nomeiem novo advogado, sob pena de extinção do processo sem julgamento do
mérito (no caso do autor) ou decretação de revelia (no caso do réu).
Art. 240.  A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência,
torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor […].“
* **
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2. Por requerimento / convenção das partes (prazo máximo de 6 meses) → negócio jurídico processual.
3. Por prejudicialidade interna (impedimento / suspeição) → não há limite de tempo.
4. Por prejudicialidade externa (espera por um ato de outro processo) → prazo de 1 ano.
5. Força maior (greve de servidor, calamidade pública, etc).
6. IRDR → Incidente de repetição de demandas repetitivas.
7. Tribunal marítimo.
EXTINÇÃO DO PROCESSO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 19
(Esse tema é melhor tratado no tópico “sentença”)
→ Sem análise do mérito (art. 485, NCPC): ausência dos pressupostos processuais e condições da ação. Pode ser
decretada de ofício, com exceção da convenção de arbitragem.
 – O NCPC trata da necessidade, sempre que possível, do julgamento do mérito.
– Abandono de causa: é necessária a intimação da parte antes da extinção.
– Desistência e concordância: doutrina e jurisprudência entendem que para o abandono da causa, bem como para
a desistência, é necessária a concordância do réu citado.
→ Com análise do mérito (art.487, NCPC)
– O processo não é extinto, vai para a fase de cumprimento de sentença.
– Forma a coisa julgada material.
– A prescrição oficiosa é análise de mérito → no novo CPC, o juiz só pode reconhecer a prescrição de ofício se ele
indeferir a inicial (as partes sempre devem ser ouvidas).
TUTELA PROVISÓRIA
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 20
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→ Considerações Gerais
– Trata-se de cognição sumária, que não exige juízo de certeza, mas de probabilidade.
– É possível a sua estabilização ao final do processo.
– Pode ter por fundamento urgência ou evidência.
– O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivar a tutela provisória, que observará,
no que couber, as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença.
– Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de
modo claro e preciso.
→ Tutela de urgência
Considerações Gerais
De natureza cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental (neste último
caso, independe de custas).
Requisitos: elementos que evidenciem a probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo.
Para o deferimento o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir danos
que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
Cabe sua concessão liminar ou após justificação prévia.
Tutela antecipada antecedente
Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final com a exposição da lide, do direitoGet Button
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que se busca realizar e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Concedida a tutela, o autor deverá aditar a petição inicial para complementar sua argumentação, juntar novos
documentos e confirmar o pedido de tutela final, em 15 dias ou outro prazo maior que o juiz fixar.
O réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou mediação e, não havendo auto composição, o
prazo para contestação terá início.
A tutela antecipada concedida se tomará estável se não for interposto recurso contra a decisão que a conceder.
O processo será extinto e qualquer das partes poderá demandar a outra para rever, reformar ou invalidar a
tutela antecipada estabilizada em até 2 anos, contados da ciência da decisão extintiva.
A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidadapor decisão de
mérito.
 A decisão que conceder a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade de seus efeitos só será afastada por
decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes.
Caso entenda que não há elementos para a concessão da tutela, o órgão jurisdicional determinará a emenda da
petição inicial em até 5 dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Tutela cautelar antecedente
A petição inicial da ação que a pretende indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que
visa assegurar e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 dias, caso em que
será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela, não dependendo do adiantamento
de novas custas processuais.
O pedido principal pode ser formulado juntamente com o pedido de tutela cautelar.
Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou mediação, sendo
que, não havendo autocomposição, o prazo para contestação terá fluência.
A tutela de urgência cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de
protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
→ Tutela de evidência
– Será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo, quando:
a. Ficar caracterizado abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte.
b. As alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante.
c. Se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em
que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado sob cominação de multa.
d. A petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que
o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Tutelas Provisórias no Processo Civil - Resumo de TutelasTutelas Provisórias no Processo Civil - Resumo de Tutelas
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PETIÇÃO INICIAL
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 21
PEDIDO
Art. 319. A petição inicial indicará:
I – O juízo a que é dirigida;
II – Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
 III – O fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
 IV – O pedido com as suas especificações;
V – O valor da causa;
Novidade: acaba-se com a possibilidade de valor estimativo nos danos morais e a impugnação ao
valor da causa será feito na contestação.
VI – As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
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→ Espécies
a) Imediato (provimento jurídico)
b) Mediato (bem da vida, prestação)
→ Princípio da congruência ou adstrição (correlação entre pedido e sentença)
– Vício de sentença:
Ultra Petita: além do pedido
Extra Petita: fora do que se pede
Citra ou Infra Petita: não aprecia o pedido
→ Características do pedido: deve ser certo e determinado
– Excepcionalidade do Pedido Genérico (liquidação de sentença)
Ações universais.
Quando a definição depende do comportamento / ação do réu.
Quando não for possível, de imediato, determinar as consequências do ato ilícito (ex.: acidente de carro).
→ Ação cominatória ou de preceito cominatório:
Quando há cominação de multa.
→ Cumulação de pedidos ou cumulação objetiva
Própria: aditivo “E”
Simples (sem interdependência).
Sucessiva (com interdependência: o acolhimento eventual do 2° pedido depende do acolhimento do 1°).
Imprópria: aditivo “OU” (na verdade, é só um pedido)
Eventual (ordem de preferência).
Alternativa (sem ordem de preferência) → não se confunde com pedido alternativo (alternatividade do
OBJETO).
→ Requisitos para a cumulação:
Identidade da partes Get Button
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Identidade de procedimentos
Competência do juízo para todos os pedidos
Compatibilidade entre os pedidos (não aplicável à cumulação imprópria)
→ Interpretação dos pedidos
– O novo CPC acaba com a ideia de que os pedidos devem ser interpretados restritivamente, devendo a
interpretação se pautar no princípio da boa-fé.
– Os juros legais, correção monetária e honorários advocatícios são concedidos mesmo sem requerimento das
partes
EMENDA E INDEFERIMENTO DA INICIAL
1. Emenda: em casos de vício sanável. Pede ocorrer mais de uma vez. Segundo o Princípio da cooperação, o juiz
tem que dizer às partes o que tem que ser emendado.
2. Indeferimento:
a. Sem análise do mérito: falta de pressupostos e condições da ação. Possibilidade de recurso com contraditório.
b. Com análise do mérito: improcedência liminar do pedido, sem citar o réu (Ex.: prescrição e decadência).
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 22
– Nas causas que dispensem a fase probatória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente
improcedente o pedido que contrariar:
a. enunciado de súmula do STF ou do STJ;
b. acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos;
c. entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
d. enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
– O juiz também decretará a improcedência se verificar, desde logo, a ocorrência. de decadência ou prescrição.
– Apelando o autor, o juiz poderá se retratar em 5 dias. Caso o faça, o processo seguirá; do contrário, determinará a
citação do réu para apresentar contrarrazões em 15 dias.
– Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
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Resumo de Direito Processual Civil – Parte 23
Art. 334.   Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência
liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1 O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou
de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização
judiciária.
§ 2 Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2
(dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das
partes.
§ 3 A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4 A audiência não será realizada:
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II – quando não se admitir a autocomposição.
§ 5 O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá
fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6 Havendo litisconsórcio, o desinteresse narealização da audiência deve ser manifestado por todos
os litisconsortes.
§ 7 A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8 O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado
ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da
vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9 As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10.  A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para
negociar e transigir.
§ 11.  A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12.  A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o
intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
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RESPOSTA DO RÉU
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 24
→ Generalidades:
– Resposta como ônus processual
→ Espécies de Defesas
Típicas (previstas na lei como tal): Contestação e reconvenção.
Atípicas (não previstas na lei com tal): Reconhecimento jurídico do pedido, intervenção de terceiros, etc.
→ Classi�cação das Defesas
Defesa Processual (ou contra admissibilidade: sem relação com o direito material):
a) Própria ou Peremptória (extinção sem análise do mérito): carência, coisa julgada, litispendência, inépcia da
inicial…
b) Imprópria ou Dilatória (retardamento): conexão, vício na citação, incompetência…
Defesa de Mérito (ou substancial):
a) Direta: nega os fatos e / ou suas consequências jurídicas.
b) Indireta: reconhece os fatos, porém contrapõe a ele outros fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do
direito do autor. Ex.: prescrição, não vencimento da prestação, etc.
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→ Contestação (Resposta por excelência)
Princípios
Eventualidade
O réu deve concentrar toda a matéria de defesa na Contestação, ainda que tragam fatos incoerentes entre si.
Exceção: a parte pode alegar nova defesa após a contestação em casos de direito superveniente, quando competir
ao juiz conhecer deles de ofício e matérias que a lei permita a alegação a qualquer tempo (Ex.: decadência
convencional).
Impugnação especí�ca dos fatos
O réu deve atacar todos os fatos alegados pelo autor, sob pena de, não o fazendo, haver presunção de veracidade.
Exceções: quando o fato não admite confissão, quando a inicial não vier acompanhada por instrumento público,
quando a defesa como um todo já impugna todos os fatos, em casos de advogado dativo, curador especial e MP.
Preliminares de Contestação
Defesas processuais peremptória e dilatórias.
Aspectos  Formais
Forma escrita, nada impedindo que ela seja apresentada oralmente e posteriormente reduzida a termo (prazo de
15 dias).
Outras observações:
– É apresentada simultaneamente com a reconvenção.
– Não alegação de matéria cognoscível de ofício e a qualquer tempo: arca-se com as custas do retardamento.
– Juntada de documentos: a jurisprudência se mostra maleável (princípio da boa-fé).
– Apresentação apenas da Reconvenção: é possível excepcionalmente quando a reconvenção leva à conclusão de
que o réu está impugnando os fatos da inicial.
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Alegação de Incompetência (no novo CPC é feita em preliminar de Contestação)
– Afasta o juízo, não o juiz,  em favor de outro expressamente indicado pelo réu.
– Prazo de 15 dias da juntada aos autos do mandado de citação.
Alegação de Impedimento / Suspeição
– Afasta o juiz, não o juízo.
– Prazo: 15 dias do conhecimento do fato, antes do julgamento.
→ Reconvenção (no novo CPC é feita na Contestação)
– É a possibilidade de o réu, no mesmo processo, ter mais de uma demanda (há uma ampliação objetiva do
processo)
– É uma faculdade do réu, não havendo efeitos caso ele opte por não reconvir.
– Pressupostos:
a) Conexão com a ação ou com o fundamento da defesa.
b) Identidade de partes, sendo possível ampliação ou redução subjetiva.
c) Cumulação de pedidos supervenientes.
– É permitida a desistência.
– Não tem sido aceita a reconvenção da reconvenção por questões de economia processual.
– O curador especial não pode apresentar reconvenção.
→ Dispositivos Legais
Art. 335.   O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo
inicial será a data:
I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando
qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação
apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4 , inciso I;
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PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 25
Após transcorrido o prazo para a defesa, o réu a apresentando ou não, passa-se à fase de saneamento: o juiz, no
prazo de 10 dias, determinará as providências preliminares.
Lembrete:
Defesa Direta: nega a existência dos fatos jurídicos constitutivos do direito do autor ou as sequências jurídicas que
o autor pretende retirar dos fatos por ele aduzidos (não há nenhum fato novo).
Defesa Indireta: traz um fato novo ao processo.
III – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
Art. 336.  Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato
e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I – inexistência ou nulidade da citação;
II – incompetência absoluta e relativa;
III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial;
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
VIII – conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X – convenção de arbitragem;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria,
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
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Providências:
a) Defesa indireta: abre-se um prazo para a réplica do autor, que se trouxer documentos novos, o réu tem direito a
se manifestar sobre eles.
b) Defesa direta: não há necessidade de intimação para a réplica, mas se o réu trouxer documentos na defesa
direta o juiz deve intimar o autor para se manifestar sobre eles.
c) Se há defeitos processuais que possam ser corrigidos, inclusive aqueles relacionados aos requisitos de
admissibilidade do procedimento, deve o juiz providenciar a sua correção, fixando, para tanto, prazo não superior a
30 dias.
d) Se houve revelia,deve o juiz verificar a regularidade da citação.
Hipóteses em que a revelia não produz efeitos:
Pluralidade de réus (litisconsórcio), e um deles apresentar a contestação.
O litígio versar sobre direitos indisponíveis.
Falta de documento na inicial como meio probatório.
Se as alegações do autor forem inverossímeis (aparenta não ser verdadeiro notoriamente) ou em contradição
com as provas que constantes nos autos.
e) Se, não obstante a revelia, a confissão ficta não se tiver produzido, o autor será intimado para especificar as
provas que pretendia produzir na audiência.
f) Se a revelia decorrer de citação ficta (réu preso, réu revel citado por edital ou por hora certa), será designado
curador especial.
g) Se o réu promover alguma das modalidades de intervenção de terceiros, o juiz adotará as providências
inerentes a essas intervenções, tal como determinar a comunicação do terceiro cujo ingresso no processo se
pleiteia.
h) O magistrado deve verificar se é caso de intervenção do MP, da Comissão de Valores Mobiliários, do Conselho
Administrativo de defesa econômica ou de qualquer outro órgão / entidade cuja presença no processo seja
obrigatória por força de lei (só há nulidade se houver prejuízo).
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 26
Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz examinará os autos para tomar
uma das seguintes decisões:
a) Extinção do processo sem julgamento do mérito.
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b) Resolução do mérito em razão da auto-composição total.
c) Resolução do mérito em razão da prescrição ou decadência.
d) Julgamento antecipado do mérito da causa.
Quando não houver necessidade de produção de outras provas.
Não dependem de provas os fatos:
1. notórios;
2. afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
3. admitidos, no processo, como incontroversos;
4. em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Quando o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 do NCPC e não houver requerimento de prova, na
forma do art. 349.
e) Julgamento antecipado parcial do mérito.
O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
a) mostrar-se incontroverso.
b) estiver em condições de imediato julgamento.
Tal decisão é impugnável por agravo de instrumento.
A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o
mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso interposto contra ela.
Havendo trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
f) Marcação da audiência preliminar de conciliação.
g) Não sendo caso de audiência preliminar, determinação imediata da realização da audiência de instrução.
h) Julgamento proferindo o chamado “despacho saneador”, ordenando o processo para a fase probatória.
i) Decisão parcial, mas sem extinguir o processo, pois diz respeito a apenas uma parcela do objeto litigioso (ex:
transação parcial, ilegitimidade de uma das partes).
Despacho Saneador
Se não for o caso de extinção do processo com ou sem resolução de mérito e não sendo hipótese de audiência
preliminar, deverá o magistrado proferir uma decisão escrita, em que deverá analisar as questões processuais
suscitadas, declarar saneado o feito, fixar os pontos controvertidos e delimitar a atividade probatória:
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Não é despacho, mas decisão interlocutória.
Declara saneado o feito.
Conteúdo de natureza decisória.
Admissibilidade do processo.
Fixação dos pontos controvertidos e delimitação da atividade probatória.
A decisão judicial que reconhece a presença dos requisitos de admissibilidade do processo não se sujeita à
preclusão pro judicato.
Saneamento compartilhado: se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o
juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o
juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.
TEORIA GERAL DAS PROVAS
Resumo de Direito Processual Civil – Parte 27
→ De�nição:
– Destinatário das provas: TODOS os sujeitos do processo.
– Não há hierarquia entre as provas.
– A prova é um direito fundamental ao contraditório.
– Sistema do livre convencimento motivado.
– Direito ao exame das provas pelo juiz.
– Objetivo: alcance da verdade.
→ Princípios
– Fundamentação das decisões judiciais e o livre convencimento motivado ou persuasão racional do juiz.
– Proibição de provas ilícitas.
Tudo o que pode influenciar, de alguma maneira, na formação da convicção do magistrado, para
decidir, de uma forma ou de outra, acolhendo, no todo ou em parte, ou rejeitando o pedido do autor
e os eventuais pedidos da prestação da tutela jurisdicional que lhe são submetidos para
julgamento. Cássio Scarpinella Bueno.
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– Dispositivo: o interesse na análise da prova é das partes, as quais devem levá-las ao judiciário.
– Comunhão da prova: todas as provas produzidas entram em um sistema de comunhão (ela não é produzida para
a parte que produz, mas para os autos).
– Atipicidade das provas: o rol de provas é exemplificativo, não excluindo outros meios não previstos.
→ Prova emprestada
– É a prova de um processo que é aproveitada em outro.
– Precisa ter as mesmas partes.
– Será aceita somente se houver contraditório em ambos os processos.
– Posição do STJ: tal instituto não pode se reduzir a processos com identidade e partes, sob pena reduzir sua
aplicabilidade, não havendo razão para tanto. Prevalece, assim, o princípio do contraditório.
→ Regras de distribuição do ônus da prova
Estática:
a) Autor: fato constitutivo de seu direito.
b) Réu: fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Dinâmica
– Impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o encargo ou maior facilidade de obtenção da prova de fato
contrário.
– A inversão pode se dar até o saneamento.
– Pode ser:
a) Convencional: as partes convencionam (raríssimo), podendo fazê-lo antes ou durante o processo. Exceções:
quando se tratar de direito indisponível ou quando tornar-se excessivamente difícil, a uma parte, o exercício do
direito.
b) Legal (ope legis): prevista expressamente em lei. Ex.: arts 12, 3° e 14, § 3° do Código de Defesa do Consumidor.
c) Judicial (ope judicis): cabe ao juiz perceber os requisitos legais. Ex.: Art. 6°, VIII, CDC. Get Button
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→ Produção antecipada da prova
– Aplicável a quem pretender justificar a existência de fato ou relação jurídica com simples documentação e sem
caráter contencioso, será admitida quando:
1. houver fundado receio de que venha a se tornar impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na
pendência da ação;
2. a prova a ser produzida for suscetível de viabilizar a auto composição ou outro meio adequado de solução de
conflito;
3. o prévio conhecimento dos fatos puder justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
– Sob tal regramento também será viável proceder ao arrolamento de bens quando ele visar apenas a realização de
documentação e não a prática de atos de apreensão.
→ Provas em espécie:
Depoimento Pessoal
– Oitiva das partes, inclusive do terceiro interveniente que possa vir a ser parte. Se dá na audiência de instrução e
julgamento e depende de requerimento da parte adversa.
– Não se confunde cominterrogatório, que é o ato praticado de ofício pelo juiz, a qualquer tempo e quantas vezes
forem necessárias.
– O MP, mesmo na qualidade de custus legis, pode requerer depoimento.
– Em caso de negativa da parte, há uma presunção relativa da veracidade dos fatos, o que não ocorre no
interrogatório.
– Há direito ao silêncio.
– Quando os incapazes são parte eles são ouvidos como testemunha, não havendo que se falar em depoimento
pessoal ou em confissão ficta.
– Os representantes das pessoas jurídicas podem ser ouvidos em depoimento pessoal, caso tenham poderes para
tanto.
– No NCPC, o interrogatório passa a ser forma de construção do depoimento pessoal.
Con�ssão
– Elemento subjetivo: sujeito.
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– Elemento intencional: vontade ou animus confitendi.
– Elemento objetivo: fato contrário ao confitente.
– Pode ser direta ou por procurador com poderes necessários para tanto.
– Não se confunde com reconhecimento jurídico do pedido, no qual o réu aceita a pretensão do requerente
(pedido) e não o fato,
– Pode ser real (efetivamente feita pelo confitente) ou ficta (reputa-se ocorrida em razão da revelia); judicial ou
extrajudicial; espontânea ou provocada.
– É possível invalidar (e não revogar) em caso de erro, dolo ou coação.
– A aceitação da confissão é, em regra, integral, salvo quando se tratar de fatos novos.
– A confissão não prejudica os litisconsortes.
Documental
– Em regra é o documento escrito, admitindo-se, no entanto, fitas magnéticas com imagens, sons e outros. Assim,
trata-se de um conceito amplo,  tendo função de tornar estático um momento da vida humana. O fato ocorrido é
permanentemente retratado no documento a que isso se presta. Eles podem ser públicos ou particulares.
Testemunhal
– Trata-se de uma reprodução oral do que está guardado na memória daqueles que, NÃO SENDO PARTE,
presenciaram ou tiveram notícia dos fatos ocorridos.
– A testemunha deve ser capaz e não pode ser impedida ou suspeita.
– A prova testemunhal poderá ser indeferida quando:
a) O fato já estiver provado por documento ou confissão.
b) O fato, por sua natureza, só puder ser comprovado por documento ou perícia.
– Ocorrerá acareação quando houver divergência entre os depoimentos prestados por duas ou mais testemunhas,
ou entre testemunhas e a parte.
Pericial
– Descrição dos fatos no estado atual, com a finalidade de afastar dúvidas que envolvam ciência ou técnica que o
juiz e as partes não dominam. Get Button
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– Pode ser:
a) Exame: busca desvendar aspectos técnicos ou científicos que não sejam visíveis.
b) Vistoria: mesma atividade do exame, porém aplicável somente aos bens imóveis.
c) Avaliação: atribuição de valores para bens jurídicos.
– Embora importante para o deslinde da causa, o CPC consagrou o princípio do livre convencimento motivado,
determinando que o juiz não está adstrito ao laudo.
Inspeção Judicial
– É o meio de prova pelo qual o próprio juiz examina pessoas, coisa, locais, sempre que os demais meios de prova
se mostrarem insuficiente para o seu convencimento.
Ata notarial
– A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
– Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
(Exemplo: prova das situações documentadas na internet)
SENTENÇA E COISA JULGADA
TEORIA GERAL DAS PROVAS - INTRODUÇÃO | PROCEDIMENTO COMUM:TEORIA GERAL DAS PROVAS - INTRODUÇÃO | PROCEDIMENTO COMUM:……
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Resumo de Direito Processual Civil – Parte 28
Sentença:
– Pronunciamento pelo qual o juiz aplica as hipóteses de resolução ou não de mérito em primeiro grau de
jurisdição.
– Podem ser:
a) Terminativas: que extinguem o processo sem resolução do mérito, por ausência de pressupostos processuais,
ausência de condições da ação ou existência de pressuposto processual negativo.
b) Definitivas: sentenças de mérito, nas quais o juiz irá acolher ou rejeitar o pedido formulado pelo autor,
decidindo imperativamente, na qualidade de representante do Estado.
– As sentenças de mérito podem ser classificadas em:
a) Declaratórias: declaram a existência ou inexistência de uma relação jurídica.
b) Condenatórias: declara-se a lesão e se estabelece uma sanção correspondente.
c) Constitutiva: altera-se, extingue-se ou cria-se uma situação jurídica.
d) Mandamental: emissão de ordem para que seja cumprida.
e) Executivas: Autorização para executar e aptidão para satisfazer o direito do credor.
– Os elementos da sentença são: relatório, fundamentação e decisão.
– Não será considerada fundamentada a decisão judicial (interlocutória, sentença ou acórdão) que:
se limitar a indicar, reproduzir ou parafrasear ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
empregar conceitos jurídicos indeterminados sem explicar a causa concreta de sua incidência;
invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada;
se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem
demonstrar que ocaso se ajusta àqueles fundamentos;
deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
existência de distinção no caso ou a superação do entendimento.
– A decisão pode ser:
a) Ultra petita: condena o réu em quantidade superior a que foi pleiteada. (Sentença nula)
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b) Extra petita: condena o réu em um objeto diverso do que foi pleiteado. (Sentença nula)
c) Infra ou Citra petita: trata-se de uma omissão do juiz, admitindo-se embargos de declaração.
Coisa julgada
– Garante a segurança jurídica, referindo-se às decisões em geral (e não apenas à sentença).
Pode ser
a) Formal: imutabilidade endoprocessual.
b) Material: imutabilidade extraprocessual.
c) Total: abrange toda a decisão.
d) Parcial: sendo seus capítulos autônomos e independentes, recorrendo-se somente de um, o outro é coisa
julgada parcial (posição doutrinária e não jurisprudencial).
Natureza jurídica da coisa julgada
1ª Corrente: qualidade da sentença que torna seus efeitos imutáveis e indiscutíveis (Doutrina majoritária –
Liebman).
2ª Corrente: a coisa julgada é uma situação jurídica que torna a sentença imutável e indiscutível.
3ª Corrente: coisa julgada como elemento declaratório (aplicação da norma no caso concreto).
Limites:
a) Objetivos: faz coisa julgada material a parte dispositiva da sentença, bem como a decisão que resolve questão
prejudicial, decidida expressa e incidentemente, nas hipóteses do §1º do artigo 503.
b) Subjetivos: eficácia inter partes. Exceções: sucessão e substituição processual.
OBS.: Na tutela coletiva não se aplica a regra da coisa julgada inter partes, operando-se efeitos erga omnes no
direito coletivo e ultra partes nos direitos individuais homogêneos.
E�cácia preclusiva da coisa julgada
a) Em relação ao autor:
1ª Corrente: diz respeito tão somente a causa de pedir (majoritária).
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2ª Corrente: atinge todas as alegações da demanda.

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