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Febre

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FEBRE
Dr. Alexandre V. Schwarzbold
Departamento de Clinica Médica
Disciplina de Semiologia / Doenças Prevalentes
alex.bold@ufsm.br
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Conceito
Febre (ou pirexia): → É a elevação da temperatura corporal acima do nível que normalmente é mantido pelo indivíduo. E uma resposta a diversas situações associadas a lesão tecidual.
Hipertermia : → É a elevação da temperatura por diminuição da eficiência dos mecanismos de dissipação do calor ou perda da capacidade de termoregulação.
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Temperatura Corporal Normal
Oral: 36ºC a 37,8ºC
Retal: 0,6ºC maior
Axilar: 36,6ºC a 37,2ºC
Circadiano:
Níveis mais baixos pela manhã
Níveis mais elevados entre 16 e 20h
►A temperatura corporal é controlada pelo balanço entre a produção e a perda de calor.
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Influência fisiológica:
Envelhecimento
Ciclo menstrual
Gravidez
Exercício físico
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Febre X Hipertermia
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Conceito
Febre X Hipertermia
∆ Importante: Hipertermia pode ser extremamente grave e seu tratamento difere da febre.
Observada em pacientes expostos a ambientes quentes e que produzem calor mais rapidamente que os mecanismos periféricos podem perdê-lo.
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Hipertermia
Diagnóstico
 A partir da história de exposição ao calor ou uso de medicamentos que interferem com a termoregulação.
Exame fisico pode ajudar: A pele é quente mas seca
Antitérmicos não reduzem a temperatura elevada (≠ da febre)
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Hipertermia
	Causas:
Desidratação
Exercicio fisico extenuante
Hipertireoidismo
Reação a anestésicos (hipertermia maligna)
Medicamentos (atropina e neurolépticos: “Sindrome Neuroléptica Maligna”)
Drogas “recreacionais”- Ecstasy (vasoconstricao)
Lesão do centro regulador hipotalâmico (“Heat stroke syndromes”)
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Febre
Fisiopatologia
A temperatura corporal é controlada pelo balanço entre a produção e a perda de calor.
Centro termoregulatório hipotalâmico: balanço entre o excesso de produção de calor (atividade metabólica no músculo e figado) e a dissipação do calor através da pele e os pulmões.
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Sistema isolante 
A pele, os tecidos subcutâneos e, em particular, a gordura dos tecidos subcutâneos atuam em conjunto como isolante térmico do organismo.
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Febre
Produção de Calor
O valor basal do metabolismo das células
Atividade muscular → aumento do metabolismo
Tiroxina → aumento do metabolismo 
Estimulação simpática, epinefrina → aumento do metabolismo
Perda de Calor
Condução do centro do corpo para a pele
Transferência do calor da pele → meio ambiente
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Febre
Mecanismos para eliminar calor
Radiação
Convecção
Evaporação
Condução
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Regulação de temperatura
Mecanismos nervosos de feedback
Centros termorreguladores no hipotálamo
Receptores térmicos na pele e nos tecidos corporais profundos (medula espinhal, vísceras abdominais e grandes veias) – prevenção da hipotermia.
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Mecanismos para diminuir a temperatura
Vasodilatação (inibição dos centros simpaticos no hipotalamo)
Sudorese = perda de calor por evaporação
Diminuição da produção de calor (calafrios, tiroxina)
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Mecanismos para aumentar a temperatura
Vasoconstrição da pele em todo o corpo
Piloereção (estimulação simpática contraem mm eretores dos pêlos)
Aumento da produção de calor (calafrios, termogênese química, secreção de tiroxina)
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“Ponto de ajuste” ou "set-point" 
37,1ºC
Todos os mecanismos de controle da temperatura procuram, continuamente, trazer a temperatura corporal de volta a esse nível do ponto de ajuste.
A temperatura da pele pode alterar ligeiramente o nível do ponto de ajuste para o controle da temperatura.
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Mecanismos da Febre – Produção de Pirógenos 
Bactérias/ produtos de degradação
Leucócitos circulantes (monoc. e macrofag.)
Fagocitose
Interleucina -1 FNT/interferon 
Hipotálamo
PGE2
Alteração do “ponto de ajuste”
Mecanismos
Febre
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Metabolismo do ácido araquidônico
(Sintese da Prostaglandina E2)
Fosfolipídeos
Ác. Araquidônico (memb celular)
Leucotrienos
Prostaglandinas
Tromboxanos
Fosfolipase A2
Lipoxigenases
Cox
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Antipiréticos
AINES (Ex.: paracetamol, dipirona) - Cox
Glicocorticóides – Fosfolipase A2; IL-1, IL-8 e TNF
Drogas de ação central (morfina, meperidina, clorpromazina)
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Anormalidades da Regulação da Temperatura Corporal
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Padrões de Febre
Febre Intermitente (abcessos, TB, malaria)
Remitente (> comum em infecções > viral)
Séptica (Ou Héctica) (flutuação de > 1.4°C)
Sustentada ou Continua (PNM p/BGN, pneumococcemia, SARS, febre tifóide)
Recorrente (linfomas, dengue e borreliose)
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Respostas Metabólicas e Fisiológicas a Febre
Aumento da taxa metabólica basal
 das perdas insensíveis de água (300-500 ml/dia)
Aumento da FC
Depleção de eletrólitos
Infecção: alterações nutricionais e hepaticas (↓ dos níveis de Ferro e síntese de proteinas de fase aguda)
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Proteínas de fase aguda
Variam sua concentração (>25%) durante inflamação.
Produzidas pelo fígado
Produção induzida por: infecções, trauma, artrites inflamatorias, neoplasia e infarto do miocárdio.
PCR, Proteína AA, Ferritina, Plasminogênio, etc.
Função (inflamatórias e anti-inflam. → adesão e quimiotaxia de cel, fagociticas e linfócitos)
Importância clinica
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Proteínas de fase aguda
Variam sua concentração (>25%) durante inflamação.
Produzidas pelo fígado
Produção induzida por: infecções, trauma,artrites inflamatorias, neoplasia e infarto do miocárdio.
PCR, Proteína AA, Ferritina, Plasminogênio, etc.
Função (inflamatórias e anti-inflam. → adesão e quimiotaxia de cel, fagociticas e linfócitos)
Importância clinica
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Anamnese do paciente febril
Duração, início,níveis medidos (intensidade), hora do dia 
Periodicidade (constante, intermitente, ocasional)
Outros sintomas (calafrios, sudorese, mal-estar, vômito,mialgias)
Uso de medicamentos (quais, quantidade)
Contato com pessoas portadoras de doenças que possam produzir febre e portadoras de doenças infecto-contagiosas
Contato com animais
Viagens (dados epidemiológicos)
Transfusao de sangues e/ou derivados
Hábitos higiênicos
Uso de seringas ou agulhas não esterilizadas
Emagrecimento (quanto e em que velocidade)
Anamnese dirigida aos aparelhos, cateters, etc
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Exame físico do Patiente Febril
 O exame físico do paciente febril deve ser completo, com especial atenção para os órgãos que indicam a localização da doença.
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Exame físico do patiente febril
Cabeça e pescoço: gânglios cervicais, tumefação de glândulas salivares, conjuntivite, otite e meningismo, glândula tireóide;
Fundo de olho: manchas de Roth,etc
Pele: exantemas, petéquias, fístulas e sinais flogísticos
 Aparelho respiratório: escarro, consolidação, derrame pleural,etc
 Ausculta cardíaca: sopros,etc
Aparelho digestivo: hepatomegalia , esplenomegalia, massas abdominais; ascite,etc
 Aparelho ósteo-articular
Linfonodos: axilares, inguinais, supraclaviculares, etc	 
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Medição da temperatura
O termômetro deve ser limpo antes da medição
Tempo: 3 minutos
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Curva térmica
Sensibilidade
Não- invasividade 
rápida leitura
baixíssimo custo
Importante informação clínica
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Causas de febre
Doenças infecciosas
Doenças neoplásicas
Doenças do tecido conjuntivo, auto-imunes
Embolias pulmonares
Traumatismo
Doenças de origem desconhecida ou metabólica
Pós-operatório
Medicamentos- antimicrobianos
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Causas de febre pós-operatória 
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Febre em Situações Especiais
Febre no paciente hospitalizado
Febre em pacientes neutropênicos
Febre na Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-SIDA 
Febres induzidas por drogas
Febre de Origem Obscura
FOO nosocomial
FOO associada a neutropenia
FOO associada ao virus HIV
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Febre de Origem Obscura
Síndrome febril (T > 38.3°C ) sem resolução espontânea e s/ causa identificada apos 3 dias de investigação
básica e incluindo pelo menos 2 dias de culturas microbiológicas negativas.
Há mais de 200 causas relatadas de FOO
Plano de investigação geral baseado em evidências → difícil, deve ser particularizado.
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Febre de Origem Obscura Abordagem Inicial
História e exame fisico completo
Hemograma e análise de lamina pelo hematologista
Bioquimica do sangue
Exame comum de urina e microscopia 
Hemocultura (2-3 amostras) e Urocultura
Fator antinuclear e fator reumatoide (se suspeita)
Anticorpos anti-HIV e IgM citomegalovirus
Anticorpos heterófilos (suspeita de MI)
Rx de Thorax
Sorologias para hepatite (se PFH alteradas) 
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—Humanity has but three great enemies: fever, famine,
and war, and of these by far the greatest, by far the most
terrible, is fever— William Osler
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CASO CLINICO
1- HMG, Na, K, Cr, U, DHL, Rx tórax, U1, HMCs, URC, sorologias chagas e HIV > biopsia de LFN
2-TB ganglionar ou disseminada, Linfoma SIDA
3- Paciente com estase jugular bilateral e aumento do diâmetro cardiaco > suspeitar do risco de tamponamento cardíaco
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