Praticas pedagogicas I

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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS I
Michelle Carolino Chiarelli
Faculdade Campos Eliseos
Mogi Guaçu - 2025
RESUMO
A integração das tecnologias digitais na educação representa um desafio significativo para muitos
docentes, que variam entre resistir ou adotar as inovações tecnológicas no ambiente escolar. A
presença da tecnologia no cotidiano dos estudantes transforma suas experiências de
aprendizagem, exigindo dos professores uma adaptação das metodologias para garantir que o
ensino acompanhe os avanços tecnológicos. Este estudo discute como a utilização eficaz das
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) pode promover um aprendizado mais dinâmico,
flexível e alinhado às necessidades contemporâneas. Ao incorporar essas tecnologias, é possível
promover uma formação cidadã mais eficaz, não apenas como um diferencial, mas como uma
necessidade urgente na educação moderna.
PALAVRAS-CHAVE:
Tecnologias digitais, educação, práticas pedagógicas, TICs, formação docente.
INTRODUÇÃO
A revolução digital tem transformado de forma irreversível a educação, estabelecendo uma nova
realidade para professores e alunos. Com o avanço das TICs, as escolas e os docentes precisam
adaptar suas práticas pedagógicas para o novo cenário, onde a tecnologia permeia todos os
aspectos da vida cotidiana dos estudantes. O objetivo deste estudo é analisar como as tecnologias
digitais podem ser integradas às práticas pedagógicas, além de discutir a necessidade de uma
formação docente contínua para acompanhar as rápidas transformações. A pesquisa também
busca refletir sobre como os novos modelos educacionais, desenvolvidos em consonância com a
transformação digital, podem impactar positivamente o processo de ensino-aprendizagem.
EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
A resistência de muitos professores à incorporação das tecnologias digitais pode ser atribuída à
falta de familiaridade com as ferramentas ou ao receio de perder o controle sobre o processo de
ensino. No entanto, é crucial que as escolas repensem seus planos pedagógicos, oferecendo
capacitação contínua para os docentes, com o objetivo de integrar as TICs de forma eficaz e
significativa no ambiente educacional. A incorporação das tecnologias digitais pode oferecer
diversas vantagens: ela permite personalizar o ensino, torná-lo mais interativo e acessível, além de
propiciar novas formas de engajamento dos alunos. As plataformas digitais, aplicativos
educacionais e ambientes virtuais de aprendizagem têm se mostrado recursos eficazes para
promover a autonomia e o protagonismo dos estudantes, fundamentais para o desenvolvimento de
competências do século XXI (MORAN, 2013).
MODELOS DE ENSINO NA CONTEMPORANEIDADE
O modelo tradicional de ensino, baseado principalmente em métodos expositivos e lineares, está
sendo gradualmente substituído por metodologias mais flexíveis, como o Ensino a Distância (EaD),
o Ensino Híbrido e o Ensino Remoto. Estas novas abordagens oferecem uma maior flexibilidade no
processo de ensino-aprendizagem e promovem uma maior autonomia para os alunos. O Ensino
Híbrido, por exemplo, combina atividades presenciais e virtuais, permitindo uma aprendizagem
mais dinâmica e personalizada. Nesse contexto, o professor deixa de ser apenas o transmissor de
conhecimento e passa a atuar como facilitador, incentivando os alunos a desenvolver habilidades
de pensamento crítico, colaboração e resolução de problemas (MORAN, 2018). As metodologias
ativas, como a sala de aula invertida e a gamificação, também têm se mostrado eficazes para
engajar os alunos e promover um aprendizado mais significativo (SALOMÃO, 2015).
HUMANIDADES DIGITAIS E CULTURA DIGITAL
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca a importância do desenvolvimento das
competências digitais, alinhando-se à crescente necessidade de preparar os alunos para um
mundo cada vez mais digitalizado. As Humanidades Digitais, que envolvem a interseção entre as
tecnologias digitais e as ciências humanas, oferecem uma abordagem inovadora que permite aos
alunos utilizar ferramentas digitais para construir conhecimento de forma crítica e reflexiva (SILVA,
2019). Além disso, o conceito de cultura digital abrange a capacidade de compreender, utilizar e
criar conteúdos digitais de maneira ética e responsável, habilidades essenciais para a formação de
cidadãos críticos e participativos. A integração dessas práticas no currículo escolar permite aos
estudantes desenvolver habilidades como o letramento digital, a comunicação multimodal e a
análise crítica de informações, competências fundamentais para seu futuro profissional e social
(DILLON, 2017).
O PAPEL DO EDUCADOR NA ERA DIGITAL
A chegada das tecnologias digitais tem exigido uma transformação no papel do educador.
Enquanto os "nativos digitais" apresentam uma facilidade natural com as novas tecnologias, os
"nômades digitais", ou seja, aqueles que vivenciaram a transição para a era digital, precisam se
adaptar constantemente. Nesse contexto, o docente deve se tornar um mediador do conhecimento,
capaz de utilizar as TICs de maneira eficaz para tornar as aulas mais dinâmicas e interativas
(SOUZA, 2020). A capacitação docente é essencial para que os professores planejem e
implementem aulas que utilizem ferramentas como realidade aumentada, inteligência artificial e
plataformas de aprendizagem adaptativa, promovendo uma educação mais inovadora e inclusiva.
Além disso, o educador deve adotar novas formas de avaliação, que considerem tanto o
desempenho acadêmico quanto as habilidades socioemocionais e a capacidade de resolver
problemas complexos (MORAN, 2018).
CONCLUSÃO
A incorporação das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas não deve ser vista como uma
opção, mas como uma necessidade. A transformação digital da educação requer uma adaptação
constante dos professores, que precisam estar preparados para lidar com novas ferramentas e
metodologias. Além disso, é fundamental que as escolas promovam a capacitação contínua de
seus docentes, criando um ambiente favorável à inovação e ao uso crítico das tecnologias. A
integração das TICs não só amplia as possibilidades de ensino, como também contribui para a
formação de alunos mais autônomos, críticos e preparados para os desafios do século XXI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DILLON, A. Cultura digital: Educação e cidadania na era da informação. São Paulo: Editora Global,
2017.
MORAN, J. Metodologias ativas: Inovação no ensino superior. Campinas: Papirus, 2013.
MORAN, J. O papel do professor na era digital. São Paulo: Cortez, 2018.
SALOMÃO, R. A sala de aula invertida e o ensino híbrido: Transformando o ensino no século XXI.
Rio de Janeiro: Pearson Education, 2015.
SILVA, T. Humanidades digitais e suas implicações no ensino de ciências. Porto Alegre: Artmed,
2019.
SOUZA, F. Educação digital e práticas pedagógicas: O futuro da sala de aula. Curitiba: Unesp,
2020.