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Resumo prova 1

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DIREITO FINANCEIRO
	Direito Público -> “Ex Lege” Estuda, normatiza e regula as relações jurídicas decorrente da atividade financeira do Estado. 
Direito Privado -> “Ex Voluntate”
Administração Pública -> Competência do Estado
Atividade Financeira do Estado
Fases ou etapasGasto
Gestão
Arrecadação 	 Custódia 	 	
União
Tomada de decisão
Aplicação do recurso. 
Demais Entes Federativos: Banco Estatal, e na ausência um banco privado.
Conta Única
 
Tesouro Estadual
Tesouro Municipal
Tesouro Nacional
	Observações
A conta utilizada deverá ser única para que se mantenha uma fiscalização maior. Cada ente federativo deve ter uma conta no banco do próprio Estado, ou numa instituição financeira privada.
A gestão deverá voltar à aplicação de recursos para atender as necessidades públicas.
Necessidades públicas # Necessidades Coletivas
Necessidades públicas: É aquela na qual o indivíduo tem interesse direto ou indireto, desde que seja atendido.
Necessidades Coletivas: É aquela em que apenas um grupo te interesse direto ou indireto, não a sociedade como um todo.
A expressão privatizar significa transferir a execução administrativa para uma empresa privada. O bem público continua pertencente ao Estado, somente seus custos serão transferidos.
Falta de orçamento causado pela má gestão gera mais pedido de verba ao poder legislativo.
Objetos de Estudo
Orçamento público
Crédito público
Receitas públicas
Despesas públicas
Orçamento Público
Conceito: Art. 165, CF/88
É uma lei de iniciativa privada, exclusiva ou vinculada ao Chefe do Poder Executivo em determinado período e deverá cumprir a previsão de receitas públicas e a fixação de despesas públicas para um exercício financeiro.
Iniciativa (quem assina): parte do Chefe do Poder Executivo (presidente, governador, prefeito).
Não é sempre quem elabora: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (país) // Secretaria do Estado – Seplac.
Exclusiva, Vinculada, Privativa ao Chefe do Executivo. 
Aprovação: Poder Legislativo (representantes do povo).
A verba que transita no orçamento público pertence ao povo, seu exercício está fixado no art. 34 da Lei 4320. Art.35 Pertencem ao exercício financeiro:
 I – As receitas por ele arrecadadas.
 II– As despesas contidas legalmente empenhadas.
Prever receitas públicas: maleável (imprevisível)
Fixar despesas públicas: estagnado (previsível)
As leis podem ser:
Ordinária: mais facilidade de ser aprovada (maioria simples no Congresso)
Temporária: 01/11 até 31/12 – diferente das outras leis
Periódica: todo ano um novo orçamento público deve ser aprovado.
Lei especial: tramitação particular -> exige a emissão de um parecer (opinião) por uma comissão mista de parlamentares. Votação e aprovação por meio de uma sessão conjunta (Congresso Nacional – deputados + senadores – presidente)
Formal: não garante direito público subjetivo (não há direito adquirido) -> O que o governo coloca no orçamento não pode se exigir que ele cumpra. Característica meramente formal: apenas um planejamento. Exceto quando o Direito à vida esteja envolvido. Ex.: coquetel de remédios para AIDS.
Tipos de Orçamento Público
Executivo: o poder executivo elabora, aprova e executa. (ditadura)
Legislativo: o executivo apenas executa, enquanto ao legislativo cabe elaborar e aprovar (parlamentarista).
Misto: o legislativo aprova o orçamento que o executivo elaborou para que este possa executá-lo enquanto aquele controla, fiscaliza (presidencialismo).
Sistema de freios e contrapesos: equilíbrio (harmonia) entre poderes, um controla o outro -> art. 2 CF “checks and balance” (cláusula pétrea).
Dimensões de Estudo do Orçamento
Política
Contábil
Econômica
Financeira
Jurídica
Princípios do Direito Financeiro
Abstração Concretude
Anuidade ou anualidade 
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente um ano. A exceção se dá nos créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício subsequente. Exige-se autorização periódica do Parlamento. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, como sói acontecer na maioria dos países.
O § 5º do art. 165 da CF 88 dá respaldo legal a este princípio quando dispõe que: "A lei orçamentária anual compreenderá:"
O cumprimento deste princípio torna-se evidente nas ementas das Leis Orçamentárias, como por exemplo, a da Lei 10.837/2004: "Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2004."
Precedência ou antecedência
Executa o mesmo orçamento do ano anterior sem atualização de valores.
Poder Executivo
	
AtrasoExecuta o projeto de lei orçamentária encaminhado ao poder legislativo.
Poder Legislativo
*1/12 p/ mês
UnidadeAutogoverno – Chefe do Executivo
Auto-administração - Orçamento
 Ente Federativo 
 (art. 18 – CF/88)
Autolegislação – Constituição/ Lei Orgânica
Auto-organização – Criação de órgãos e cargos
Pacto Federativo 	Art.60 § 4º, I – CF/88.
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para dado exercício financeiro. Dessa forma integrado, é possível obter eficazmente um retrato geral das finanças públicas e, o mais importante, permite-se ao Poder Legislativo o controle racional e direto das operações financeiras de responsabilidade do Executivo.
Universalidade
Determina que o orçamento público deva conter todas as receitas e despesas que o governo pretenda realizar em um determinado ano. *Traz uma segurança jurídica.
Orçamento Bruto
Determina que o orçamento deva conter as receitas e despesas em seus valores totais, vedadas, quaisquer deduções. *Caso não seja posto o valor bruto deve-se ir ao legislativo solicitar crédito para financiar o restante das despesas.
Equilíbrio
Determina que o orçamento deva ser apresentado em valores equivalentes de receitas e despesas públicas. *Não pode haver superávit e nem déficit. O princípio do equilíbrio somente é exigido na fase da lei orçamentária.
Exclusividade
Determina que o orçamento público somente possa conter receitas e despesas públicas, não podendo conter nenhuma matéria estranha àquelas, exceto a previsão de operação de crédito (empréstimo) e os créditos adicionais suplementares.
Consistência
Determina que o orçamento deva apresentar e conservar ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura que permita comparações entre os sucessivos mandatos.
Clareza
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a todas pessoas que, por força do ofício ou interesse, precisam manipulá-lo. 
Art. 48, LC nº 101/00 (LRF)
Publicidade
Dever ser de conhecimento geral da população, atendente as necessidades de deficientes.
Determina que o orçamento público seja de conhecimento a toda sociedade, devendo ser publicado em veículo de informação oficial e por meios eletrônicos de internet.
Unidade de Caixa ou Unidade de Tesouraria
Determina que cada ente federativo possua uma conta única do tesouro, na qual transitarão os recursos públicos do referido ente.
A conta do tesouro nacional foi criada no BACEN, mas é administrada pelo Banco do Brasil.
A conta dos Estados e dos municípios deva ser realizada no banco estatal ou por convênio com um banco privado. Ex.: Banco Bradesco administra a conta do Estado do Rio de Janeiro.
Não afetação de receitas
Receitas públicas de impostos 	 Não podem vincular a outros fundos.
Determina que a receita de impostos não possa ter uma destinação específica estabelecida pela lei instituidora daquele tributo.
Há algumas exceções para vinculação:
Educação
Saúde
Administração Tributária (o poder judiciário tem fundo próprio)
Garantiasou contra garantias em operação de crédito
Fundos Constitucionais
Repartição Tributária (art. 157 ao 159, CF/88)
Parte da arrecadação tributária deve ser distribuída de acordo com a vinculação do ICMS (1/4 entregue aos municípios).
Discriminação, Especialização ou Especificação
Determina que as receitas e despesas públicas sejam apresentadas com maior nível de detalhamento possível. Visa transparência.
Há uma exceção reserva de contingência (emergência/ risco futuro)
A Lei nº 4.320/64 incorpora o princípio no seu art. 5º: "A Lei de Orçamento não consignará dotações globais para atender indiferentemente as despesas....".
O art. 15 da referida Lei exige também um nível mínimo de detalhamento: "...a discriminação da despesa far-se-á, no mínimo, por elementos".
Participativo
Determina que os municípios devam realizar audiências públicas antes da aprovação de suas leis orçamentárias, servindo-lhes de requisito de validade. O projeto se torna nulo caso não seja realizada. Possui obrigatoriedade para o município, Estado e União é facultativo.
Legalidade Tributária
Determina que o orçamento só possa conter receitas de tributos que já tenham sido criados por lei. O respaldo a este princípio pode ser encontrado nos art. 37 166 da CF de 1988. O Art. 166 dispõe que: “Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum”.
Programação
Determina que o orçamento público seja organizado por programas de trabalho. Visa transparência facilita o controle.
Ciclo Orçamentário
Etapas ou fases
Preventiva: elaboração, aprovação, sanção, publicação
Executiva: execução orçamentária
Crítica: controle
Etapa ou Fase Preventiva
Elaboração dos instrumentos de planejamento orçamentário. 
Art. 165, CF/88
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentária
LOA – Lei Orçamentária Anual
PPA – Plano Plurianual
Possui vigência de quatro anos
É elaborado no 1º ano de mandato, e vigora a partir do 2º ano do mandato até o 1º ano do mandato subsequente.
Evita solução de continuidade e põe foi ao trabalho iniciado por mandato anterior.
Deve constar no PPA, obrigatoriamente, um investimento que leve mais de um exercício financeiro. Se durar menos não precisa.
Prazos
Encaminhamento: (encaminhado pelo Chefe do Executivo) até 31/AGO do 1º ano do mandato
Aprovação: até o final da sessão legislativa (22/DEZ) 
 1º sessão 02/FEV a 17/JUL
2º sessão 01/AGO a 22/DEZ
LDO e a LOA tem que observar a PPA.
Integração Finalística
A relação de compatibilidade para atender o mesmo fim.
Finalidade em comum
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
Tem como objetivo priorizar as diretrizes, objetivos e metas do PPA, bem como orientar a elaboração da LOA. A LDO orienta a conclusão da PPA.
Vigência anual.
PPA LDO LOA
Se não houver informação na LDO não haverá possibilidade de realizar.
Pode trazer disposições normativas para alterar a legislação tributária.
Traz normas que dispõe sobre a política das agências financeiras de fomento. Ex.: BNDES
Ao final da lei virá dois anexos, obrigatoriamente o de metas fiscais/ riscos fiscais.
Metas fiscais: estabelece as metas a serem cumpridas nos 3 anos subsequentes a aprovação da LDO. 
Trienal/ não é elaborado anualmente.
Riscos fiscais: trará os possíveis riscos que podem ocorrer durante a gestão pública para o período de 1 ano.
É anual/ elaborado junto a LDO
Devem colocar orientações do chefe do poder executivo que deverão ser seguidas caso aqueles riscos se implementem.
Prazos
Encaminhamento: até o dia 15/ABR de cada ano
Aprovação: até o final do 1º período da sessão legislativa (17/JUL)
Caso não seja aprovada a LDO o recesso não poderá ser tirado.

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