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Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 1 GABARITO COMENTADO INÉDITO 02 ÉTICA PROFISSIONAL 01. LETRA C TEMA: ADVOGADO EMPREGADO A) Errada. A advogada Violetta, na condição de empregada, não está obrigada à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego, em razão do contrato de trabalho ser referente à prestação de serviços para o escritório de advocacia, na forma do Art. 18, § 1º, EAOAB. Art. 18. EAOAB. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. §1º O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. B) Errada. O Estatuto da OAB não apenas aborda o tema, como define que o salário-mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Art. 19. EAOAB. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. C) Correta. Os honorários sucumbenciais, nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, são devidos aos advogados empregados. Contudo, se o advogado for empregado de uma sociedade de advogados deverá ser feita a partilha dos valores, na forma que foi definida entre as partes. Art. 21. EAOAB. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo. D) Errada. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional, dado que são condições inerentes ao exercício da advocacia de forma plena. Art. 18. EAOAB. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. 02. LETRA C TEMA: ATIVIDADE DA ADVOCACIA A) Errada. É inconstitucional a exigência de inscrição do defensor público nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, conforme entendimento do STF. B) Errada. Não é proibida a inscrição de membros da Defensoria Pública perante os quadros da OAB. O que se veda é a exigência/obrigatoriedade de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil para o exercício de suas funções. C) Correta. Os membros da advocacia pública, para serem considerados como advogados, precisam de inscrição perante os quadros da OAB para que assim possam exercer todos os atos privativos da advocacia. A Advocacia Pública é formada pelos membros da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional (Art. 3o, § 1º, EOAB). Embora a regra seja essa, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário no 1240999 e da Ação Direta de Inconstitucionalidade no 4636, definiu que os Defensores Públicos NÃO precisam de inscrição perante a OAB, sendo a exigência de que estejam inscritos uma regra INCONSTITUCIONAL. Sendo assim, defensores públicos não precisam do vínculo perante os quadros da OAB, motivo que torna indevida a notificação feita a Yule. D) Errada. É inconstitucional a previsão em edital que condicione o exercício da capacidade postulatória dos membros da Defensoria Pública seja à inscrição na OAB. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 2 03. LETRA B TEMA: ADVOGADO EMPREGADO A) Errada. As atividades do advogado empregado poderão ser realizadas na modalidade exclusivamente presencial, não presencial ou mista. B) Correta. A partir da alteração trazida pela Lei no 14.365, de 2022 no Estatuto da Advocacia, passaram a ser previstos os seguintes regimes de trabalho para o advogado empregado: Exclusivamente Presencial, Não Presencial e Misto, sendo que a responsabilidade pela definição do regime é do empregador. Sendo assim, a vaga ofertada pela Sociedade de Advogados Z está em consonância com as regras instituídas no Estatuto da Advocacia. Art. 18. §2º. EAOAB. As atividades do advogado empregado poderão ser realizadas, a critério do empregador, em qualquer um dos seguintes regimes: I - exclusivamente presencial: modalidade na qual o advogado empregado, desde o início da contratação, realizará o trabalho nas dependências ou locais indicados pelo empregador; II - não presencial, teletrabalho ou trabalho a distância: modalidade na qual, desde o início da contratação, o trabalho será preponderantemente realizado fora das dependências do empregador, observado que o comparecimento nas dependências de forma não permanente, variável ou para participação em reuniões ou em eventos presenciais não descaracterizará o regime não presencial; III - misto: modalidade na qual as atividades do advogado poderão ser presenciais, no estabelecimento do contratante ou onde este indicar, ou não presenciais, conforme as condições definidas pelo empregador em seu regulamento empresarial, independentemente de preponderância ou não. C) Errada. A escolha de uma destas modalidades não impede uma futura alteração, durante o exercício do vínculo empregatício. Para tanto, será necessário um acordo individual simples entre as partes. Art. 18. §3º. EAOAB. Na vigência da relação de emprego, as partes poderão pactuar, por acordo individual simples, a alteração de um regime para outro. D) Errada. As atividades do advogado empregado poderão ser realizadas de forma exclusivamente presencial, não presencial ou mista. 04. LETRA D TEMA: SOCIEDADE DE ADVOGADOS A) Errada. O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade E arquivado no Conselho Seccional onde se instalar. B) Errada. Todos os sócios são obrigados à inscrição suplementar, até os que não desejam atuar perante a filial. C) Errada. É necessário que o ato de constituição da filial seja averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar. Ainda, todos os sócios são obrigados à inscrição suplementar (e não principal). D) Correta. Não se permite que um advogado integre mais de uma sociedade de advogados perante o território de um mesmo Conselho Seccional, independente se é uma individual e uma coletiva, duas coletivas ou duas individuais de advocacia. Tal regra não se confunde com a possibilidade de uma sociedade crescer e criar filiais perante OUTROS estados, situação que é permitida pelo Estatuto da Advocacia. Para tanto, o ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando TODOS os sócios, até os que não desejam atuar perante a filial, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. Art. 15. EAOAB. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. §4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. §5o O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 3 o titular da sociedade unipessoalrecursos nos procedimentos de adoção e de destituição de poder familiar, em face da relevância das questões, serão processados com prioridade absoluta, devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguardem, em qualquer situação, oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com parecer urgente do Ministério Público.” C) Errada. Pois a manifestação se dá no prazo de 5 dias, e não 48 horas, nos termos do art. 198, VII do ECA, que diz: “Art. 198, ECA. [...] VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias;” D) Errada. Pois o prazo recursal na verdade é de 10 dias, nos moldes do art. 198, II do ECA: “Art. 198, ECA. [...] II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;” 44. LETRA C TEMA: CONTRATO EM ESPÉCIE - ADOÇÃO A referida questão requer o conhecimento acerca do art. 42, § 4º do ECA, que diz: “Art. 42, ECA. [...] § 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.” Dessa forma, passemos para a análise das alternativas: A) Errada. Pois a presente alternativa não guarda correlação com o exposto no § 4º do art. 42 do ECA. B) Errada. Pois a presente alternativa não guarda correlação com o exposto no § 4º do art. 42 do ECA. C) Correta. Pois possui embasamento legal no art. 42, § 4º do ECA, uma vez que Juliana e Mário cumpriram os requisitos de realizar um acordo no que concerne a guarda e as visitas, bem como o fato do estágio de convivência ter iniciado no período de convivência do casal. D) Errada. Pois a presente alternativa não guarda correlação com o exposto no § 4º do art. 42 do ECA. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 20 DIREITO DO CONSUMIDOR 45. LETRA C TEMA: DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR A referida questão requer o conhecimento acerca do art. 20 do CDC, conforme segue: “Art. 20, CDC. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço.” Dessa forma, passemos para a análise das alternativas: A) Errada. Pois o inciso I do art. 20 do CDC diz que a reexecução dos serviços será sem custo adicional. B) Errada. Pois tem sim o direito de exigir a restituição da quantia paga, conforme expõe o inciso II do art. 20 do CDC. C) Correta. Pois tal direito está assegurado no art. 20, II do CDC. D) Errada. Pois fere o disposto no inciso II do art. 20 do CDC. 46. LETRA A TEMA: RESPONSABILIDADE CIVIL DE RELAÇÕES DE CONSUMO A) Correta. Pois é o que dispõe o art. 101, II do CDC, que diz: “Art. 101, CDC. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas: II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a informar a existência de seguro de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.” B) Errada. Pois a presente alternativa contraria o seguinte entendimento jurisprudencial do STJ: “[...] em se tratando de relação de consumo, descabe a denunciação da lide, nos termos do art. 88 do Código de Defesa do Consumidor, bem como que a vedação à denunciação da lide nas relações de consumo refere-se tanto à responsabilidade pelo fato do serviço quanto pelo fato do produto.” (STJ - AREsp: 2263262, Relator: ANTONIO CARLOS FERREIRA, Data de Publicação: 04/04/2023). C) Errada. Pelas mesmas razões expostas na alternativa “B”. D) Errada. Pelas mesmas razões expostas na alternativa “B”, uma vez que não cabe a denunciação à lide. DIREITO EMPRESARIAL 47. LETRA A TEMA: TÍTULOS DE CRÉDITO A) Correta. Alternativa conforme a Súmula 26 do STJ e Artigo 899 do Código Civil. "Súmula 26, STJ: o avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário." "Art. 899, CC: O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final. § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores." B) Errada. O Banco Baú poderá executar Adalberto anteriormente a Romualdo. O aval não comporta o benefício de ordem. Dessa forma, fica a critério do credor ajuizar ação em face do devedor principal, do avalista ou de ambos. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 21 C) Errada. O Banco Baú poderá executar Adalberto anteriormente a Romualdo. O aval não comporta o benefício de ordem. Dessa forma, fica a critério do credor ajuizar ação em face do devedor principal, do avalista ou de ambos. D) Errada. O aval não comporta o benefício de ordem. Dessa forma, fica a critério do credor ajuizar ação em face do devedor principal, do avalista ou de ambos. 48. LETRA B TEMA: FALÊNCIA A) Errada. São ineficazes em relação à massa falida, os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência, salvo se tiver havido prenotação anterior. Como houve prenotação anterior, o registro é válido perante a massa falida. B) Correta. Alternativa conforme Artigo 129, VII da Lei 11.101/05. "Art. 129, Lei 11.101/05: São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores: VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência, salvo se tiver havido prenotação anterior." C) Errada. Como houve prenotação anterior, o registro é válido perante a massa falida. D) Errada. Como houve prenotação anterior, o registro é válido perante a massa falida. 49. LETRA B TEMA: DIREITO SOCIETÁRIO A) Errada. Deve-se levar em consideração que Francisco é o sócio ostensivo e Clara é a sócia participante. Sendo assim, falindo o sócio participante (Clara) é que o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido. "Art. 994, § 3º, CC: Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido." B) Correta. Tendo em vista que Francisco é o sócio ostensivo, a alternativa está de acordo com o Artigo 994, § 2º, do Código Civil.“Art. 994, § 2º, CC: A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.” C) Errada. Não confere personalidade jurídica à sociedade. "Art. 993, caput, CC: O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade." D) Errada. O sócio participante (Clara), não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros. "Art. 993, Parágrafo único, CC: Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier." 50. LETRA D TEMA: EMPRESA E EMPRESÁRIO A) Errada. Não há tratamento favorecido a associação futebolística. "Art. 970, CC: A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes." B) Errada. Empresa é objeto de direito. Empresa (objeto de direito) é a atividade econômica e organizada, para produção ou circulação de bens ou de serviços; Empresário (sujeito de direito) é aquele que exerce profissionalmente a atividade econômica através do estabelecimento. C) Errada. O registro não é ato de constituição da qualidade de empresário, apenas ato que pode alterar suas obrigações como empresário, assim como a responsabilidade patrimonial. “Art. 966, caput, CC: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 22 D) Correta. Alternativa de acordo com o Artigo 969 do Código Civil. "Art. 969, CC: O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede." PROCESSO CIVIL 51. LETRA C TEMA: ATOS PROCESSUAIS A) Errada. Não é necessária a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. "Art. 191, § 2º, CPC: Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário." B) Errada. O juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais. "Art. 191, caput, CPC: De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso." C) Correta. Alternativa de acordo com o Artigo 191, § 1º, do Código de Processo Civil. "Art. 191, § 1º, CPC: O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados." D) Errada. O calendário vincula as partes e o juiz, conforme Artigo 191, § 1º, do Código de Processo Civil. 52. LETRA D TEMA: RECURSOS A) Errada. A penhora poderá ser realizada em dia não útil, fora do horário das 6 às 20 horas. "Art. 212, CPC: Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. § 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal." B) Errada. O ato processual por meio eletrônico poderá ser até às 00h do último dia do prazo. "Art. 213, CPC: A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo. Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo." C) Errada. Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. "Art. 1.015, Parágrafo único, CPC: Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. D) Correta. o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 dias. "Art. 1.003, § 5º, CPC: Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias." 53. LETRA C TEMA: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS A) Errada. O Ente Público detém legitimidade para intervir, porém precisa demonstrar interesse direto na coisa, apresentando fundamentação específica e não genérica. B) Errada. É possível a intervenção incidental do Ente Público, conforme a Súmula 637 do STJ. C) Correta. Alternativa conforme a Súmula 637 do STJ. "Súmula 637, STJ: O ente público detém legitimidade e interesse para intervir, incidentalmente, na ação possessória entre particulares, podendo deduzir qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio." Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 23 D) Errada. O ente público pode intervir em ações possessórias, conforme a Súmula 637 do STJ. 54. LETRA B TEMA: DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA A) Errada. O juiz não pode conhecer do fundamento da prescrição, uma vez que a prescrição pode ser alegada desde que superveniente à sentença, ou seja, se ocorrer após a sentença. Além disso, o juiz também não pode conhecer do fundamento do excesso de execução, pois Tício não indicou o valor que entendia correto, mesmo após o juiz lhe conceder nova oportunidade para tanto. "Art. 525, CPC: (...) § 1º Na impugnação, o executado poderá alegar: V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença. § 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. § 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução." B) Correta. O juiz não pode conhecer do fundamento da prescrição, uma vez que a prescrição pode ser alegada desde que superveniente à sentença, ou seja, se ocorrer após a sentença. Além disso, o juiz também não pode conhecer do fundamento do excesso de execução, pois Tício não indicou o valor que entendia correto, mesmo após o juiz lhe conceder nova oportunidade para tanto. Conforme Artigo 525 do Código de Processo Civil. C) Errada. O juiz não pode conhecer do fundamento da prescrição, uma vez que a prescrição pode ser alegada desde que superveniente à sentença, ou seja, se ocorrer após a sentença. Conforme Artigo 525 do Código de Processo Civil. D) Errada. O juiz não pode conhecer do fundamento do excesso de execução, pois Tício não indicou o valor que entendia correto. Conforme Artigo 525 do Código de Processo Civil. 55. LETRA C TEMA: AÇÃO RESCISÓRIA A) Errada. A decisão de mérito deve ter transitado em julgado, mas não há necessidade de esgotar todos os recursos cabíveis no procedimento comum. “Súmula 514, STF: Admite-se ação rescisória contra sentença transitada em julgado, ainda que contraela não se tenham esgotado todos os recursos." B) Errada. É via processual adequada porque, conforme Artigo 966 do Código de Processo Civil, são vários os escopos da ação rescisória. "Art. 966, CPC: A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar manifestamente norma jurídica; VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. (...)" C) Correta. A Fazenda pública pode entrar com ação rescisória, bem como, pedir a concessão de tutela Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 24 provisória para suspender a eficácia da decisão que está sendo impugnada. "Art. 966, CPC: A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: IV - ofender a coisa julgada;" "Art. 969, CPC: A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória." D) Errada. Não há necessidade de pedir rejulgamento da causa originária porque o que está se querendo com a ação rescisória em análise é a desconstituição da decisão transitada em julgado do segundo processo, vez que este violou a coisa julgada que já havia se constituído anteriormente em sede de mandado de segurança. 56. LETRA A TEMA: PROVAS A) Correta. Bruno poderá requerer a lavratura de ata notarial para documentar o conteúdo das publicações nas redes sociais. A ata notarial é instrumento formalizado por tabelião para constatar a realidade de um fato que ele presenciou ou do qual tomou conhecimento, sem qualquer emissão de opinião pessoal. "Art. 384, CPC: A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial." B) Errada. Não é necessário o ajuizamento da ação posterior à ação de produção antecipada de provas. A produção antecipada de provas perdeu sua natureza de cautelar, tornando-se uma ação probatória autônoma. C) Errada. Bruno pode propor uma ação de produção antecipada de provas, antes de promover qualquer outra ação. "Art. 381, CPC: A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. (...)" D) Errada. A tutela de evidência será concedida apenas nos casos previstos no Artigo 311 do Código de Processo Civil, não sendo o caso da questão. "Art. 311, CPC: A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente." DIREITO PENAL 57. LETRA A TEMA: CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL A) Correta. Ainda que a vítima tenha afirmado ter consentido com a prática dos beijos e carícias recíprocas nas partes íntimas, por ser menor de 14 anos, não possuía a capacidade necessária para consentir com o ato, o que, segundo o art. 217-A, § 5º, do CP e a Súmula 593, do STJ, constitui crime de estupro de vulnerável independentemente do consentimento da vítima. Além disso, o crime de estupro de vulnerável do art. 217-A do CP é configurado mediante a prática de conjunção carnal ou de outro ato libidinoso com Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 25 menor de 14 (catorze) anos, o que abarca os beijos e carícias recíprocas nas partes íntimas para fins de caracterização do crime. “Art. 217-A, CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. § 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.” “Súmula 593, STJ - O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.” B) Errada. O crime praticado foi o de estupro de vulnerável, nos termos apresentados no comentário da alternativa anterior. C) Errada. O consentimento dos genitores ou da vítima são irrelevantes, vide comentários da alternativa “A”. D) Errada. Não houve prática de crime de importunação sexual, mas sim de estupro de vulnerável, pois o crime de estupro de vulnerável do art. 217-A do CP é configurado mediante a prática de conjunção carnal OU de outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos, o que abarca os beijos e carícias recíprocas nas partes íntimas para fins de caracterização do crime, conforme o narrado no enunciado. 58. LETRA A TEMA: LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE A) Correta. Os crimes de abuso de autoridade são dolosos e exigem, nos termos do art. 1º, § 1º, da Lei 13.869/2019, finalidade especial de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. B) Errada. Aquele que exerce função pública transitoriamente ou sem remuneração é considerado autoridade pública, de modo que PODE figurar como sujeito ativo nos crimes de abuso de autoridade, nos termos do art. 2º, parágrafo único, da Lei 13.869/2019. “Art. 2º, parágrafo único, Lei 13.869/2019: Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.” C) Errada. A queixa-crime subsidiária somente será oferecida diante da inércia do MP, nos termos do Art. 3°, §§ 1º e 2º, da Lei 13.869/2019. “Art. 3º, Lei 13.869/2019: Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. § 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parteprincipal. § 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.” D) Errada. Nos termos do caput do art. 3º, da Lei 13.869/2019, os crimes desta Lei serão em regra de ação penal pública incondicionada. 59. LETRA B TEMA: FATO TÍPICO A) Errada. Não ocorreu arrependimento posterior, pois não estão presentes os requisitos do art. 16, do CP: crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente. No caso apresentado, ocorreu arrependimento eficaz, vide comentários da alternativa “B”. “Art. 16, CP - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” B) Correta. Tendo em vista que Jaqueline concluiu todos os atos executórios (misturou veneno na bebida que a vítima bebeu), e, após isso, arrependeu-se e impediu de maneira eficaz que o resultado se Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 26 produzisse ao dar a Fábio o antídoto, salvando-lhe a vida, ocorreu o arrependimento eficaz, nos termos do art. 15, segunda parte, do CP. A consequência é que responda pelos atos praticados. Contudo, como Fábio não sofreu qualquer dano, não há que se falar em crime. “Art. 15, CP - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.” C) Errada. Não se trata de desistência voluntária (art. 15, primeira parte, CP), pois Jaqueline já havia concluído os atos executórios. A desistência voluntária ocorre quando o agente deixa de prosseguir com os atos executórios após estes serem iniciados, o que não é o caso. “Art. 15, CP - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.” D) Errada. Não houve tentativa, mas sim arrependimento eficaz, nos termos do art. 15, segunda parte, do CP. A tentativa ocorre quando o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente (art. 14, II, do CP), o que não é o caso, já que Jaqueline se arrependeu e evitou que o crime se consumasse. “Art. 14, CP - Diz-se o crime: (...) II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.” 60. LETRA D TEMA: LEI PENAL NO TEMPO E LEP A) Errada. Não se trata de revisão criminal, mas sim de aplicação pelo juízo da execução penal da lei posterior mais benéfica, nos termos dos art. 2º, p. único, CP e art. 66, I, da LEP - Lei 7.210/84, bem como da Súmula 611, do STF. B) Errada. Não é o caso de modificar a sentença, mas sim de aplicação pelo juízo da execução penal da lei posterior mais benéfica, nos termos dos art. 2º, p. único, CP e art. 66, I, da LEP - Lei 7.210/84, bem como da Súmula 611, do STF. C) Errada. A aplicação da lei mais benéfica poderá ocorrer ainda que tenha ocorrido o trânsito em julgado, conforme dispõe o art. 2º, p. único, CP e art. 66, I, da LEP - Lei 7.210/84, bem como a Súmula 611, do STF. D) Correta. Tendo em vista que trata-se de lei penal mais benigna, esta deve retroagir e ser aplicada ao caso enunciado, ainda que tenha havido o trânsito em julgado (art. 2º, p. único, CP). O art. 66, I, da LEP - Lei 7.210/84 estabelece que compete ao Juiz da execução aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado. Tal disposição também encontra-se sumulada, na Súmula 611, do STF. “Art. 2º, Parágrafo único, CP - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.” “Súmula 611, STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.” 61. LETRA B TEMA: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO A) Errada. Rogério praticou crime de extorsão, enquanto Bernardo agiu em erro de tipo. Com relação a Marina, esta agiu sob coação moral irresistível, vide comentários da alternativa “B”. B) Correta. Vejamos a conduta de cada agente: 1) Bernardo: Acreditava estar diante de criminosos, pois Rogério informou que verificou que os documentos aparentavam ser falsos, de modo que agiu conforme a falsa percepção que tivera acerca da situação, caracterizando, portanto, erro de tipo. 2) Rogério: Não houve o simples fato de exigir vantagem indevida em razão de sua função, Rogério empregou grave ameaça para fazer tal exigência, o que caracteriza o crime de extorsão do art. 158, do CP. Segundo o STJ, “Comete o crime de extorsão e não o de concussão, o funcionário público que se utiliza de violência ou grave ameaça para obter vantagem indevida.” (Tese nº 21, Edição nº 57, Jurisprudência em Teses do STJ). 3) Mariana: não responderá por corrupção passiva, pois agiu sob coação moral irresistível, quando Rogério exigiu quantia em dinheiro para evitar que Júlio fosse prejudicado, exibindo ostensivamente a arma de fogo de forma ameaçadora, ou seja, foi empregada a grave ameaça, a fim de coagi-la. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 27 C) Errada. Rogério praticou crime de extorsão, enquanto Bernardo agiu em erro de tipo. Com relação a Marina, esta agiu sob coação moral irresistível, vide comentários da alternativa “B”. D) Errada. Rogério praticou crime de extorsão, enquanto Bernardo agiu em erro de tipo, vide comentários da alternativa “B”. 62. LETRA A TEMA: LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL (LEP) A) Correta. Afirmativa correta, pois, nesse caso, estão presentes os requisitos do art. 112, § 3º, da LEP. O crime de tráfico é crime sem violência ou grave ameaça a pessoa, e não foi cometido contra filho ou dependente, presentes os demais requisitos, conforme consta no enunciado da alternativa. “Art. 112, § 3º, LEP: No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; V - não ter integrado organização criminosa.” B) Errada. A mulher transgênero PODE optar por cumprir pena em unidade prisional feminina (STF - ADPF 527). C) Errada. A condenada não será posta em liberdade, pois os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, possibilitando que as condenadas cuidem e amamentem os seus filhos, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade (art. 83, § 2º, LEP). “Art. 83, § 2º, LEP: Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade.” D) Errada. A prisão preventiva de mulher que seja responsável por criança SERÁ substituída por prisão domiciliar, mas desde que presentes alguns requisitos: não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. “Art. 318-A, CPP: A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.” PROCESSO PENAL 63. LETRA C TEMA: PROCEDIMENTOS (TRIBUNAL DO JÚRI) A) Errada. O Ministério Público NÃO poderá fazer referência ao silêncio do acusado em seu interrogatório como argumento de autoridade em prejuízo deste,e, caso ocorra, restará evidenciada nulidade por afronta ao disposto no art. 478, II, do CPP. “Art. 478, CPP. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: (...) II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo.” B) Errada. O assistente de acusação NÃO poderá fazer referência à decisão de pronúncia como argumento de autoridade que prejudique o acusado, sob pena de nulidade, nos termos do art. 478, I, do CPP. DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA: “A simples leitura da pronúncia no Plenário do Júri, não leva à nulidade do julgamento, que somente ocorre se a referência for utilizada como argumento de autoridade que beneficie ou prejudique o acusado.” (STJ Jurisprudência em Teses – Edição 75 – Tese 08: ) C) Correta. É o que estabelece o art. 478, I, do CPP. “Art. 478, CPP. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 28 I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado;” D) Errada. Conforme dispõe o art. 479, do CPP, deverá haver a juntada com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. “Art. 479, CPP. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.” 64. LETRA D TEMA: AÇÃO PENAL A) Errada. É vedada da homologação de transação penal, em favor do agressor, nos crimes praticados com violência contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, nos termos da Súmula 536, do STJ. “Súmula 536, STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.” B) Errada. Conforme estabelece o Art. 28-A, §2º, do CPP, o acordo de não persecução penal não poderá ser homologado caso for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais. Há vedação também no caso ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da infração, em suspensão condicional do processo. “Art. 28-A, § 2º, CPP: O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (...) III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; (...)” C) Errada. A pena mínima deverá ser INFERIOR a 4 anos, nos termos do caput do Art. 28-A, do CPP. “Art. 28-A, CPP. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (...)” D) Correta. Trata-se do teor do art. 28-A, §11, do CPP. “Art. 28-A, § 11, CPP. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo.” 65. LETRA A TEMA: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES (MEDIDAS ASSECURATÓRIAS) A) Correta. Trata-se de expressa previsão legal do art. 127, do CPP. “Art. 127, CPP: O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar o sequestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.” B) Errada. O sequestro será cabível ainda que os bens imóveis já tenham sido transferidos a terceiro, a teor do art. 125, do CP. “Art. 125, CP: Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.” C) Errada. O prazo estabelecido no art. 131, I, do CPP é de 60 dias. “Art. 131, CPP: O sequestro será levantado: I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar concluída a diligência; (...)” D) Errada. O art. 129, do CPP indica o embargos de terceiro, e não embargos infringentes e de nulidade. “Art. 129, CPP: O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.” 66. LETRA D TEMA: PROVAS Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 29 A) Errada. A gravação é prova lícita, mas pelo fato de que é permitida a gravação telefônica efetivada a pedido da genitora da vítima, nos termos apresentados no enunciado, vide comentários da alternativa “D”. B) Errada. A gravação é prova lícita, vide comentários da alternativa “D”. Não se trata de interceptação telefônica, pois esta ocorre com a captação de conversas telefônicas feita por terceiro e sem o conhecimento de nenhum dos interlocutores, o que não é o caso apresentado. C) Errada. A gravação é prova lícita, vide comentários da alternativa “D”. Não se trata de escuta ambiental, pois esta ocorre quando duas pessoas conversam fora do telefone e a conversa entre elas é ouvida por um terceiro, havendo a ciência e concordância de um dos interlocutores, o que não é o caso apresentado. D) Correta. Alternativa de acordo com o entendimento do STJ, o qual estabelece a licitude de gravação telefônica efetivada a pedido da genitora da vítima, ainda que por meio de detetive particular, nos casos de crime sexual contra adolescente absolutamente incapaz. DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA: “Em processo que apure a suposta prática de crime sexual contra adolescente absolutamente incapaz, é admissível a utilização de prova extraída de gravação telefônica efetivada a pedido da genitora da vítima, em seu terminal telefônico, mesmo que solicitado auxílio técnico de detetive particular para a captação das conversas.” STJ. 6ª Turma. REsp 1026605-ES, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/5/2014 (Info 543) 67. LETRA B TEMA: RECURSOS A) Errada. O recurso não foi intempestivo, vide comentários da alternativa “B”. B) Correta. Segundo o teor do art. 577, do CPP, o recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor. Portanto, é evidente a legitimidade e autonomia tanto do defensor quanto do acusado para a proposição do recurso defensivo. Conforme consta no enunciado, Alex foi pessoalmente intimado em 17/07/2023, momento no qual informou ao oficial de justiça que queria recorrer da decisão e solicitou atendimento da Defensoria Pública, tendo o servidor público prontamente certificado as declarações do réu. Assim, segundo o art. 578, do CPP, o recurso será interposto por petição ou por termo nos autos. Diante do exposto, considerando que o réu possui capacidade postulatória autônoma para interposição de apelação, de modo que expressou o seu interesse recursal de forma tempestiva, na data em que foi intimado, por meio de declaração efetuada ao oficial de justiça que certificou isso nos autos, acertou a alternativa ao indicar que a decisão suprimiu direito de defesa de Alex, pois o recurso foi tempestivo, sendo os autos remetidos à Defensoria Pública apenas para apresentação de razões. Cumpre destacar que a jurisprudência dominante é no sentido de que, apresentado o termo de apelação dentro do prazo legal, a apresentação extemporânea das razões recursais constitui mera irregularidade. DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA: STF: Apelação criminal – apresentação extemporânea apenas das razões – mera irregularidade "I – Esta Corte já sedimentou a orientação no sentidode que, apresentado o termo de apelação dentro do prazo legal, a apresentação extemporânea das razões recursais constitui mera irregularidade, que não prejudica a apreciação do recurso. Precedentes. II – O entendimento adotado pelo tribunal regional, que deixou de conhecer da apelação em função da extemporaneidade das razões recursais, configura flagrante constrangimento ilegal, apto a justificar a superação do enunciado da Súmula 691 deste Tribunal e, por conseguinte, a concessão da ordem. III – Ordem concedida para determinar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região que, afastada a preliminar de intempestividade, prossiga no julgamento da apelação interposta pelo ora paciente." HC 112355 C) Errada. O recurso não foi intempestivo, vide comentários da alternativa “B”. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 30 D) Errada. Conforme o destacado no comentário da alternativa “B”, há a legitimidade e autonomia tanto do defensor quanto do acusado para a proposição do recurso defensivo, nos termos do art. 577, do CPP. 68. LETRA D TEMA: PRISÕES (MEDIDA CAUTELAR) A) Errada. Segundo a jurisprudência do STJ, “O monitoramento eletrônico associado, atribuição do Estado, não é condição indeclinável para a detração dos períodos de submissão a essas medidas cautelares, não se justificando distinção de tratamento ao investigado ao qual não é determinado e disponibilizado o aparelhamento.” (STJ. 3ª Seção. REsp 1977135-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 23/11/2022 (Recurso Repetitivo – tema 1155) (Info 758). B) Errada. Não há previsão legal nesse sentido, pois trata-se de entendimento jurisprudencial. DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA: “1. O período de recolhimento obrigatório noturno e nos dias de folga, por comprometer o status libertatis do acusado deve ser reconhecido como período a ser detraído da pena privativa de liberdade e da medida de segurança, em homenagem aos princípios da proporcionalidade e do non bis in idem.” (STJ. 3ª Seção. REsp 1977135-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 23/11/2022 (Recurso Repetitivo – tema 1155) (Info 758) C) Errada. É possível a detração pelo período de repouso noturno, e não só nos dias de folga, vide comentários das alternativas anteriores. D) Correta. Teor da alternativa de acordo com a jurisprudência do STJ: “3. A soma das horas de recolhimento domiciliar a que o réu foi submetido devem ser convertidas em dias para contagem da detração da pena. Se no cômputo total remanescer período menor que vinte e quatro horas, essa fração de dia deverá ser desprezada." (STJ. 3ª Seção. REsp 1977135-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 23/11/2022 (Recurso Repetitivo – tema 1155) (Info 758). DIREITO PREVIDENCIÁRIO 69. LETRA D TEMA: BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE A referida questão requer o conhecimento acerca do art. 86, caput da Lei nº 8.213/91, conforme segue: “Art. 86, Lei nº 8.213/91. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” Dessa forma, passemos para a análise das alternativas: A) Errada. Pois o caso de Marcus Vinicius não se encaixa no benefício em questão, nos moldes do caput do art. 42 da Lei nº 8.213/91. B) Errada. Pois o caso de Marcus Vinicius não se encaixa no benefício em questão, nos moldes do caput do art. 59 da Lei nº 8.213/91. C) Errada. Pois o caso de Marcus Vinicius não se encaixa no benefício em questão, nos moldes do caput do art. 65 da Lei nº 8.213/91. D) Correta. Pois é benefício que se enquadra ao caso de Marcos Vinicius, com base no caput do art. 86 da Lei nº 8.213/91. 70. LETRA B TEMA: BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE A referida questão requer o conhecimento acerca do art. 71-A, § 1º da Lei nº 8.213/91, conforme segue: “Art. 71-A, Lei nº 8.213/91. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. § 1º O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente pela Previdência Social.” Dessa forma, passemos para a análise das alternativas: A) Errada. Pois no caso em alhures é devido à Mateus, pois o mesmo é segurado da previdência social, nos termos do art. 71-A, § 1º da Lei nº 8.213/91. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 31 B) Correta. Pois Mateus é segurado da previdência social, nos moldes do art. 71-A, § 1º da Lei nº 8.213/91. C) Errada. Pelas mesmas razões expostas na alternativa “A”. D) Errada. Pelas mesmas razões expostas na alternativa “A”. DIREITO DO TRABALHO 71. LETRA B TEMA: JORNADA DE TRABALHO - FÉRIAS A) Errada. Não se trata de um direito potestativo dos empregados, o empregador pode ou não conceder as férias em conjunto desde que não traga prejuízos para sua empresa, conforme art. 136, §1° da CLT. “Art. 136, § 1° da CLT. Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.” B) Correta. As férias do casal poderiam ter início em datas diferentes, mas não poderiam acontecer na véspera ou antevéspera de feriado, tendo em vista que é vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. C) Errada. Embora a atitude da sociedade empresária esteja correta em razão do casal iniciar as férias em períodos diferentes, não é irrelevante que seja véspera ou antevéspera de feriado. D) Errada. A sociedade empresária poderia conceder as férias em períodos distintos, mas, não precisaria pagar os prejuízos materiais a que deu causa. 72. LETRA B TEMA: SUSPENSÃO E RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A) Errada. Embora esteja dentro do poder diretivo do empregador aplicar a punição de suspensão, o limite é de 30 dias, pois se exceder esse prazo importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. “Art. 474 da CLT. A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.” B) Correta. Como a empresa excedeu o período máximo da suspensão de 30 dias, importará na rescisão injusta do contrato de trabalho, conforme art. 474 da CLT. C) Errada. A gravidade da conduta importa a rescisão injusta do contrato de trabalho. D) Errada. Não há o perdão tácito para que o empregador não puna as empregadas por aquele ato. 73. LETRA B TEMA: EMPREGADOR - RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS A) Errada. O Município de Balsas/MA não terá responsabilidade solidária. A responsabilidade será subsidiária conforme súmula 331, V do TST, tendo em vista que se trata de um ente da Administração direta e é tomador de serviço. “Súmula 331, V TST. Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.” B) Correta. Como a empresa B integra o grupo econômico, terá responsabilidade solidária conforme consta no art. 2°, §2° da CLT, enquanto o Município de Balsas, por ser ente da Administração direta e tomador de serviço, responderá subsidiariamente, nos termos da súmula 331, V do TST. “Art. 2º, §2º CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamentepelas obrigações decorrentes da relação de emprego.” C) Errada. A empresa “B” poderá ser responsabilizada de forma solidária por se tratar de um grupo econômico, conforme art. 2°, § 2° da CLT. D) Errada. A empresa “B” responderá de forma solidária, em razão do grupo econômico, e o Município de Balsas/MA terá responsabilidade Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 32 subsidiária, conforme explicação das alternativas anteriores. 74. LETRA D TEMA: ESTABILIDADE A) Errada. A estabilidade por acidente do trabalho pode ser reconhecida nos contratos de experiência, conforme súmula 378, III do TST. Súmula 378, III do TST. O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no Art. 118 da Lei nº 8.213/91. B) Errada. Como vimos na alternativa anterior há direito a estabilidade por acidente do trabalho nos contratos por prazo determinado, que é o caso do contrato de experiência. C) Errada. O contrato só não poderia ser encerrado se Mirtes tivesse ficado afastada por mais de 15 dias, com a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, conforme súmula 378, II do TST. D) Correta. O empregado submetido a contrato por prazo determinado tem direito a garantia de emprego decorrente de acidente do trabalho, porém é necessário observar o afastamento por mais de 15 dias, com a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, conforme súmula 378, II do TST. “Súmula 378, II do TST. São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.” 75. LETRA C TEMA: REMUNERAÇÃO E SALÁRIO A) Errada. Os descontos não são ilegais, tendo em vista que há previsão na OJ 18 da SDC do TST para descontos autorizados. “OJ 18 SDC do TST. Descontos autorizados no salário pelo trabalhador. Limitação máxima de 70% do salário base (inserida em 25.05.1998) Os descontos efetuados com base em cláusula de acordo firmado entre as partes não podem ser superiores a 70% do salário base percebido pelo empregado, pois deve-se assegurar um mínimo de salário em espécie ao trabalhador.” B) Errada. Não precisa da concordância do empregado por escrito, quando há um desconto legal ou até mesmo judicial. C) Correta. Fernanda sofreu desconto legal, Oswaldo, desconto judicial e Joana, desconto contratual. D) Errada. Apenas Joana está sofrendo um desconto contratual. PROCESSO DO TRABALHO 76. LETRA D TEMA: PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE A) Errada. Não tem a condição de que o processo não esteja na sede do TST, pode ser em qualquer grau de jurisdição.. B) Errada. Não tem a condição que o processo não esteja em grau recursal, pode ser em qualquer grau de jurisdição. C) Errada. É independente do requerimento de Caio. D) Correta. É independente do requerimento de Caio, após decorridos 2 anos do descumprimento da determinação judicial por Ananias, em qualquer grau de jurisdição, conforme consta no art. 11-A da CLT. “Art. 11-A da CLT. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. § 1° A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. § 2 ° A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição. “ 77. LETRA B TEMA: TIPOS DE PROCEDIMENTO A) Errada. Embora a alternativa menciona o número de testemunha correto, o procedimento que seria adotado por Vanessa não seria o ordinário, tendo em vista que o valor da causa dela não excede 40 salários mínimos. B) Correta. Como o valor da causa é superior a 02 salários mínimos e inferior a 40, o procedimento a ser adotado é o sumaríssimo e o número de testemunhar Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 33 é de até 02 para cada parte conforme art. 852-H, §2° da CLT. “Art. 852-A da CLT. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.” “Art. 852-H. § 2º da CLT. As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte (rito sumaríssimo), comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.” C) Errada. Não seria o procedimento sumário, porque excede o valor de 02 salários mínimos. D) Errada. Não é situação de ação de consignação em pagamento. 78. LETRA C TEMA: CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL A) Errada. O juiz irá intimar a recorrente para comprovar o recolhimento do restante das custas processuais, ou seja, R$100,00 no prazo de 05 dias. Já o empregador irá pagar metade do depósito recursal. B) Errada. O recurso não será recebido de imediato, pois o juiz deverá intimar o recorrente para comprovar o recolhimento do restante das custas processuais. C) Correta. O juiz irá intimar a recorrente para comprovar o recolhimento do restante das custas processuais no prazo de 05 dias, sob pena de deserção, conforme OJ 140 da SDI-I do TST. E como Ana era empregada doméstica, o seu empregador terá o valor do depósito recursal reduzido pela metade, conforme art. 899, §9° da CLT. Já a respeito das custas. “OJ 140 da SDI-I do TST. Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5(cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido.” “Art. 899, §9° da CLT. O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.” D) Errada. O recurso só seria deserto se após a intimação, a parte não fizesse a comprovação da complementação das custas no prazo de 05 dias. 79. LETRA C TEMA: RECURSOS A) Errada. Quando há uma sentença que não homologa o acordo, é cabível o recurso ordinário conforme art. 895 da CLT. “ Art. 895 da CLT. Cabe recurso ordinário para a instância superior: I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e” B) Errada. O agravo de petição é cabível na execução e não das decisões dos juízes nas varas. C) Correta. Da decisão da não homologação judicial caberá recurso ordinário para o TRT da 13ª Região, tendo em vista que a decisão tem a natureza jurídica de sentença. D) Errada. Não é cabível mandado de segurança pois não viola direito líquido e certo, conforme súmula 418 do TST “Súmula 418 do TST. A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.” 80. LETRA B TEMA: RECURSOS A) Errada. Não seria cabível recurso de revista, pois não estamos diante das hipóteses previstas no art. 896 da CLT. Nesse caso seria interposto o recurso ordinário conforme art. 895, II da CLT. “Art. 895 da CLT. Cabe recurso ordinário para a instância superior: II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.” “Súmula 158 do TST. Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista.” B) Correta. No julgamento do RO interposto pela empresa pública, caso seja constatado que não lhe foi Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 34 possibilitada a retificação do vício em momento oportuno, deverão ser anulados de ofício os atos processuais perpetradosapós o ajuizamento da ação rescisória, conforme entendimento jurisprudencial. “AÇÃO RESCISÓRIA. QUESTÃO PREJUDICIAL DE MÉRITO. DEFICIÊNCIA DA PETIÇÃO INICIAL. AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DO JUÍZO RESCISÓRIO. ANULAÇÃO DE OFÍCIO. A ausência de documentos necessários na petição inicial de ação rescisória impede o efetivo exercício do juízo rescisório e justifica o saneamento do processo quando não possibilitado à parte autora a retificação do vício em momento oportuno. Nesse contexto, se faz necessária à anulação, de ofício, dos atos processuais perpetrados após o ajuizamento da ação rescisória. Com base nesses fundamentos, a SBDI-II, por unanimidade, conheceu do recurso ordinário e, no mérito, por maioria, anulou, de ofício, os atos processuais praticados após a petição inicial da ação rescisória, determinando o retorno do feito ao órgão de origem, para fins de oportunizar à autora a juntada da cópia do processo matriz, nos termos do art. 321 do CPC. Vencidos os Ministros Amaury Rodrigues Pinto Júnior, relator, Alberto Bastos Balazeiro e Sérgio Pinto Martins. TST-ROT-18-04.2021.5.13.0000, SBDI-II, red. p/ acórdão Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em 24/5/2022. (Info 255).” C) Errada. Caso o documento não juntado à inicial fosse a prova do trânsito em julgado da decisão rescindenda, deverá ser aberto um prazo de 15 dias para que a parte faça a juntada sob pena de indeferimento, conforme súmula 299, II do TST. “Súmula 299, II do TST. Verificando o relator que a parte interessada não juntou à inicial o documento comprobatório, abrirá prazo de 15 (quinze) dias para que o faça (art. 321 do CPC de 2015), sob pena de indeferimento.” D) Errada. A competência para rescisória será do TRT ou do TST, mas nunca da Vara do Trabalho.de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. 05. LETRA C TEMA: INSCRIÇÃO NA OAB A) Errada. Embora possa frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, é vedada a inscrição da OAB. B) Errada. Não poderá se inscrever perante os quadros da OAB como estagiário. C) Correta. Aquele que exerce uma atividade considerada incompatível com a advocacia não pode se inscrever perante os quadros da OAB como estagiário, em razão da vedação instituída no, Estatuto da OAB. Como Jojo exerce uma atividade que tem vinculação direta com o poder judiciário, se enquadra na hipótese do Art. 28, inciso IV, não podendo, portanto, exercer estágio profissional de advocacia, vedada sua inscrição na OAB também na condição de estagiária. Para estudantes nessa situação, é permitido frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem. Art. 9º §3º. EAOAB. O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. Art. 28. EAOAB. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; D) Errada. É vedada a inscrição perante os quadros da OAB como estagiário. 06. LETRA D TEMA: PUBLICIDADE PROFISSIONAL A) Errada. Os consultores e as sociedades de consultores em direito estrangeiro devidamente autorizadas pela OAB, poderão realizar o marketing jurídico com relação às suas atividades de consultoria em direito estrangeiro correspondente ao país ou Estado de origem do profissional interessado. B) Errada. É permitido o uso do marketing jurídico para divulgação das atividades de consultoria em direito estrangeiro por advogado estrangeiro, desde que tenha sido expressamente autorizado pela OAB para prestar consultoria. C) Errada. Os consultores e as sociedades de consultores em direito estrangeiro devidamente autorizadas pela OAB, poderão realizar o marketing jurídico. D) Correta. O Art. 1º, § 1º, do Provimento 91/2000, de fato prevê que é possível a autorização da OAB para advogados estrangeiros prestarem consultoria, sempre concedida a título precário, que permite exclusivamente a prática de consultoria no direito estrangeiro correspondente ao país ou estado de origem do profissional interessado. O Provimento 205/2021, responsável por tratar do Marketing Jurídico, prevê que os consultores e as sociedades de consultores em direito estrangeiro devidamente autorizadas pela OAB, somente poderão realizar o marketing jurídico com relação às suas atividades de consultoria em direito estrangeiro correspondente ao país ou Estado de origem do profissional interessado. Ademais, define que nas peças de caráter publicitário a sociedade acrescentará obrigatoriamente ao nome ou razão social que internacionalmente adote a expressão “Consultores em direito estrangeiro”. Art. 1º Provimento 91/2000. O estrangeiro profissional em direito, regularmente admitido em seu país a exercer a advocacia, somente poderá prestar tais serviços no Brasil após autorizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, na forma deste Provimento. §1º A autorização da Ordem dos Advogados do Brasil, sempre concedida a título precário, ensejará exclusivamente a prática de consultoria no direito estrangeiro correspondente ao país ou estado de origem do profissional interessado, vedados expressamente, mesmo com o concurso de advogados ou sociedades de advogados nacionais, regularmente inscritos ou registrados na OAB: I - o exercício do procuratório judicial; II - a consultoria ou assessoria em direito brasileiro. Art. 3º. §2º. Provimento 205/2021. Os consultores e as sociedades de consultores em direito estrangeiro devidamente autorizadas pela Ordem dos Advogados do Brasil, nos termos do Provimento n. 91/2000, Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 4 somente poderão realizar o marketing jurídico com relação às suas atividades de consultoria em direito estrangeiro correspondente ao país ou Estado de origem do profissional interessado. Para esse fim, nas peças de caráter publicitário a sociedade acrescentará obrigatoriamente ao nome ou razão social que internacionalmente adote a expressão "Consultores em direito estrangeiro”. 07. LETRA D TEMA: INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES A) Errada. A reabilitação é permitida ao advogado que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar. B) Errada. É possível o advogado requerer a reabilitação 1 (um) ano após o cumprimento da penalidade que lhe foi aplicada. C) Errada. A reabilitação é expressamente prevista no Estatuto da Advocacia. D) Correta. É possível que o advogado Rodrigo seja reabilitado, pois independente da sanção disciplinar aplicada ao advogado inscrito perante a OAB, é admitida a reabilitação para fins de retorno à prática da advocacia de forma plena e sem empecilhos. Nessa senda, se admite que aquele que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar possa requerer, 1 (um) ano após o cumprimento da penalidade, a reabilitação, mas precisa demonstrar provas efetivas de bom comportamento. Caso a conduta punida com a sanção disciplinar tenha ocorrido em razão da prática de um crime, o que não aconteceu no caso em tela, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. Art. 41. EAOAB. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento. Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. 08. LETRA C TEMA: DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL A) Errada. É possível a interposição de recurso contra a decisão emitida pela diretoria do Conselho Seccional, de modo que o seu julgamento será realizado pelo Conselho Seccional. B) Errada. O Conselho Seccional é que será competente para apreciar o recurso interposto em face de decisão proferida pela Diretoria do próprio Conselho. C) Correta. É possível que o grupo de advogados questione o conteúdo da decisão da diretoria do Conselho Seccional, através do manejo de um recurso, de modo que o seu julgamento será realizado pelo Conselho Seccional. Isto porque compete à Seccional julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados. Por outro lado, o Art. 76, do Estatuto da Advocacia, determina que cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados. Art. 58. EAOAB. Compete privativamente ao Conselho Seccional: III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados; Art. 76. EAOAB. Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados. D) Errada. A competência para sua análise será do Conselho Seccional. FILOSOFIA 09. LETRA A TEMA: DIREITO E JUSTIÇA A) Correta. É o racionalismo que opera a partir de uma norma geral e a partir dela são feitas deduções; já o Empirismo, a obtenção do conhecimento é feito a partir das análises empíricas, induzindo, daí, os princípios fundantes. Assim, enquanto o racionalismo deduz, o empirismo induz. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibidoo repasse! 5 B) Errada. É o empirismo que se baseia na percepção dos sentidos. C) Errada. É o empirismo que afirma o princípio da utilidade como meio para julgar uma ação e dá ênfase às consequências, sobretudo o utilitarismo. D) Errada. É o utilitarismo que entende o justo como afirmação do bem-estar geral. 10. LETRA D TEMA: INTERPRETAÇÃO E HERMENÊUTICA JURÍDICA É necessário saber de alguns conceitos para responder a questão. Vamos lá! - Deontologia: princípios norteadores ou deveres em sociedade. Aquilo que "é obrigatório", "é proibido" estuda a ordem social. - Axiologia: estudo filosófico prático que busca entender a natureza dos valores e juízos de valores. - Efeito backlash: consiste em uma reação conservadora de parcela da sociedade ou das forças políticas (em geral, do parlamento) diante de uma decisão liberal do Poder Judiciário em um tema polêmico. Exemplo na prática de Backlash: O STF declarou a inconstitucionalidade da Lei cearense nº 15.299/2013, a qual regulamenta a vaquejada como prática desportiva e cultural no Estado do Ceará, uma vez que muitos consideram a atividade comomaus tratos aos animais (ADI 4.983). Porém, pessoas da região onde ocorrem os festejos ficaram indignadas com a decisão. Em resposta, com efeito backlash, o Congresso Nacional, através da EC nº 96/17, acrescentou o §7º ao artigo 225 da Constituição Federal, dispondo que não são consideradas como cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. Agora vamos aos itens da questão.. A) Errada. João não está completamente correto. A análise contramajoritária dos Tribunais se dá não somente no plano jurídico, abrangendo outras esferas, inclusive axiológicas. B) Errada. A análise das decisões dos Tribunais não é apenas ideológica. Ela é também jurídica. C) Errada. As divergências entre Executivo e Legislativo não são apenas argumentativas, havendo elementos ideológicos e axiológicos. D) Correta. As concepções de João e Maria se interpenetram, porque a reação ideológica à decisão contramajoritária, embora se situe no plano axiológico, é seguida da adoção de medidas de ordem jurídico-deontológica. CONSTITUCIONAL 11. LETRA D TEMA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO A) Errada. A informação dada a João de que não poderia se candidatar de forma almejada está correta, portanto, a primeira parte da assertiva em informar que “está em harmonia com a ordem constitucional”, está correta, mas é equivocado afirmar que somente é permitido em relação aos cargos do Poder Legislativo, não do Poder Executivo, os parlamentares (senadores, deputados e vereadores), podem se reeleger sem limite do número de vezes. B) Errada. A razão pela qual João não poderá se reeleger encontra fundamento na vedação do Prefeito Itinerante, conforme será abordado na letra “d”. C) Errada. Não destoa da ordem constitucional, há limite para reeleição no caso do prefeito, conforme letra “d” o ordenamento jurídico brasileiro veda o chamado prefeito itinerante. D) Correta. João não poderá ser reeleito, ele já exerceu 2 mandatos consecutivos (reeleito 1 vez) ainda que pretenda se candidatar em ente da federação diversa não é possível, ao ser vedado conforme a jurisprudência: Jurisprudência: I - O art. 14, § 5º, da Constituição deve ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda reeleição é absoluta e torna inelegível para determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o cidadão que já exerceu dois mandatos consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da mesma natureza, ainda que em ente da Federação diverso; II - As decisões do Tribunal Superior Eleitoral - TSE que, no curso do pleito eleitoral ou logo após o seu encerramento, impliquem mudança de Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 6 jurisprudência não têm aplicabilidade imediata. (STF, RE 637485) 12. LETRA B TEMA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE A) Errada. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) não será para impugnar lei estadual, mas lei federal ou estadual. Art. 102, I, a, da CRFB/88: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; B) Correta. A Lei 9.882/99 que dispõe sobre o processo julgamento da ADPF, estabelece que a ADPF será proposta perante o STF e o objetivo é reparar ou evitar lesão a preceito fundamental e, caberá ADPF quando fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual oumunicipal. Art. 1 º, Lei 9.882/99: A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; C) Errada. A declaração de Inconstitucionalidade gera efeitos repristinatórios, porque ela opera efeitos ex tunc, D) Errada. A assertiva possui redação contrária à Súmula 642 do STF, visto que não cabe ADI de lei do DF derivada de sua competência legislativa municipal. Súmula nº 642 do STF: “Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal.” 13. LETRA D TEMA: DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS A) Errada. A remarcação de data de prova, não é direito subjetivo, mas direito objetiva, posto que Ana deve cumprir alguns requisitos. B) Errada. A Administração Pública não tem o dever de adiar a prova de todos os candidatos, mas, poderá adiar a de Ana, se não acarretar ônus desproporcional à Administração Pública. C) Errada. Justamente pelo caráter laico do Estado, a Constituição Federal tutela o direito à escusa de consciência por motivos de crença religiosa. D) Correta. A Constituição Federal, no art. 5°, VIII, tutela o direito de crença, ou seja, que ninguém será privado de direitos por motivos de crenças religiosas, ou de convicção filosófica ou, ainda, política. Este tema, foi amplamente debatido na jurisprudência e, atualmente, vigora o entendimento de que: “(...) é possível a realização de etapas de concurso público em datas e horários distintos dos previstos em edital, por candidato que invoca escusa de consciência por motivos de crença religiosa, desde que presente a razoabilidade da alteração a preservação da igualdade entre todos os candidatos e que não acarreta ônus desproporcional à administração pública, que deverá decidir de maneira fundamentada”. (STF, RE 611874); Art. 5°, VIII, da CRFB/88: ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 14. LETRA D TEMA: NACIONALIDADE A) Errada. Joaquim será brasileiro naturalizado, isso porque João é brasileiro nato e foi para Itália a serviço do Brasil. Por isso, é brasileiro nato e não naturalizado. B) Errada. Em que pese correto afirmar que será brasileiro nato, é equivocado afirmar que deverá ser registrado em repartição brasileira competente, essa hipótese será para quando o nascido no estrangeiro for de pai ou mãe brasileira, não é a hipótese do caso, https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4050271 Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 7 porque João (pai de Joaquim) estava a serviçoda República Federativa do Brasil. C) Errada. Joaquim é brasileiro nato, conforme explicação da letra “d”. D) Correta. João, pai de Joaquim, é brasileiro nato, ele foi para a Itália a serviço da República Federativa do Brasil, por isso, é brasileiro nato, pois a CRFB/88, estabelece que mesmo que nascido no estrangeiro, se for de pai ou mãe brasileira e qualquer um deles estiver a serviço do Brasil, será brasileiro nato. Art. 12, da CRFB/88: São brasileiros: I - natos: b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 15. LETRA A TEMA: DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS A) Correta. A Constituição Federal destaca que as polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital. Art. 144, da CRFB/88: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. B) Errada. O erro da assertiva é afirmar que a CRFB/88 outorga à União a competência exclusiva quando, em verdade, trata-se de competência privativa. Art. 22, XXI da CRFB/88: Compete privativamente à União legislar sobre: normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; C) Errada. Tema já decidido pelo STF que destacou que: o Chefe do Executivo possui a iniciativa privativa de leis que disponham sobre servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade, bem como sobre criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública, ex vi do art. 61, II, alíneas c e e, da Carta Magna. ([ADI 856, rel. min. Luiz Fux, j. 4-9-2023, P, DJE de 2-10-2023.] D) Errada.O militar poderá ser preso em caso de transgressão militar ou crime propriamente militar definido em lei. Art. 5º. LXI, da CRFB/88: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, SALVO nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 16. LETRA B TEMA: PODER EXECUTIVO A) Errada. Na verdade, depende de prévia autorização do Congresso Nacional, a Constituição elenca que compete ao Congresso Nacional autorizar o Presidente da República a se ausentar do País, quando exceder 15 dias. No caso da questão, excedeu. B) Correta. Conforme art. 49, III da CRFB/88, quando o Presidente da República for se ausentar por mais de 15 dias, deverá o Congresso Nacional autorizar. Art. 49, III da CRFB/88: É da competência exclusiva do Congresso Nacional: III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; C) Errada. Conforme o art. 49, III da CRFB/88 ao se ausentar por mais de 15 dias, depende de autorização do CN. D) Errada. Conforme o art. 49, III da CRFB/88 ao se ausentar por mais de 15 dias, depende de autorização do CN. DIREITOS HUMANOS 17. LETRA A TEMA: SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS - INSTRUMENTOS NORMATIVOS https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15361539936&ext=.pdf Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 8 A) Correta. É o que estabelece a Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010: “13) Fortalecer e disseminar nas instituições a cultura de nãodiscriminação e de pleno respeito à liberdade de orientação sexual do profissional de segurança pública, com ênfase no combate à homofobia; (...) 33) Combater o assédio sexual e moral nas instituições, veiculando campanhas internas de educação e garantindo canais para o recebimento e apuração de denúncias; (...) 56) Constituir núcleos, divisões e unidades especializadas em Direitos Humanos nas academias e na estrutura regular das instituições de segurança pública, incluindo entre suas tarefas a elaboração de livros, cartilhas e outras publicações que divulguem dados e conhecimentos sobre o tema.” B) Errada. Não é a medida correta, pois, segundo a Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, deve combater a homofobia, o assédio sexual e moral e disseminar a cultura da não discriminação dentro do órgão, bem como elaborar livros, cartilhas e outras publicações que divulguem dados e conhecimentos sobre direitos humanos. C) Errada. Tal conduta viola o que estabelece a Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, vide comentários da alternativa “A”. D) Errada. Também deve combater a discriminação, nos termos da Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, vide comentários da alternativa “A”. 18. LETRA C TEMA: SISTEMA INTERAMERICANO DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS: INSTRUMENTOS NORMATIVOS A) Errada. Segundo o Artigo 1. 3. da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, Discriminação múltipla ou agravada é qualquer preferência, distinção, exclusão ou restrição baseada, de modo concomitante, em dois ou mais critérios dispostos no Artigo 1.1, ou outros reconhecidos em instrumentos internacionais (...). B) Errada. O conceito de racismo abarca o falso conceito de superioridade racial, nos termos do Artigo 1. 4 da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. C) Correta. Alternativa de acordo com o Artigo 1. 2. da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. “Artigo 1. 2.: Discriminação racial indireta é aquela que ocorre, em qualquer esfera da vida pública ou privada, quando um dispositivo, prática ou critério aparentemente neutro tem a capacidade de acarretar uma desvantagem particular para pessoas pertencentes a um grupo específico, com base nas razões estabelecidas no Artigo 1.1, ou as coloca em desvantagem, a menos que esse dispositivo, prática ou critério tenha um objetivo ou justificativa razoável e legítima à luz do Direito Internacional dos Direitos Humanos.” D) Errada. A discriminação racial pode basear-se em raça, cor, ascendência ou origem nacional ou étnica, nos termos do Artigo 1. 1. da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. DIREITO ELEITORAL 19. LETRA B TEMA: PARTIDOS POLÍTICOS A) Errada. Em razão do disposto no caput do art. 32 da Lei Nº 9.096/95, conforme segue: “Art. 32, Lei nº 9.096/95. Art. 32. O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil do exercício findo, até o dia 30 de junho do ano seguinte.” B) Correta. Pois a presente alternativa descreve integralmente o disposto no § 5º do art. 32 da Lei Nº 9.096/95, que diz: “Art. 32, Lei nº 9.096/95. [...] § 5º A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral.” C) Errada. Pois na verdade a multa será de 20%, nos moldes do caput do art. 37 da Lei Nº 9.096/95, conforme segue: “Art. 37, Lei nº 9.096/95. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção de Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 9 devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte por cento).” D) Errada. Em razão do disposto no § 6º do art. 37 da Lei Nº 9.096/95,conforme segue: “Art. 37, Lei nº 9.096/95. [...] § 6º O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter jurisdicional.” 20. LETRA D TEMA: DIREITOS POLÍTICOS A referida questão requer o conhecimento acerca do art. 11, § 10 da Lei Nº 9.504/97, conforme segue: “Art. 11, Lei nº 9.504/97. [...] § 10 As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.” Bem como acerca da Súmula Nº 70 do TSE, que diz: “o encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97." Dessa forma, passemos para a análise das alternativas: A) Errada. Pois de antemão temos que o fato da assessoria estar “certa” já não é válido, uma vez que a mesma está errada em razão da Súmula Nº 70 do TSE, uma vez que o encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente que afasta a inelegibilidade, podendo Maria concorrer. B) Errada. Pelas mesmas razões expostas na alternativa “A”. C) Errada. Em razão do § 10 do art. 11 da Lei Nº 9.504/97, que diz que as condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura. D) Correta. Pois dispõe integralmente a Súmula Nº 70 do TSE, uma vez que o encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente que afasta a inelegibilidade. DIREITO INTERNACIONAL 21. LETRA B TEMA: IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO A referida questão requer o conhecimento de imunidade de jurisdição, portanto o que você precisava saber era a diferença de imunidade entre agente diplomata e agente consular. Enquanto o agente diplomata é imune a qualquer ato/tudo e é julgado no país de origem. O agente consular tem apenas imunidade aos atos funcionais. Dica: diplomaTa -> Tudo A) Errada. Dionísio responderá de acordo com a lei brasileira, tendo em vista que ele não possui imunidade diplomática, pois o agente consumar apenas possui imunidade sob os atos funcionais. B) Correta. Ele responderá de acordo com a lei penal brasileira conforme explicação da alternativa anterior. C) Errada. Dionísio só teria imunidade total se fosse agente diplomata. D) Errada. Ele responderá de acordo com a lei penal brasileira. 22. LETRA C TEMA: COMPETÊNCIA A) Errada. A competência não será da Justiça do Trabalho, tendo em vista tema tema de repercussão geral nº 947 do STF, que fixou a tese de que: “O organismo internacional que tenha garantida a imunidade de jurisdição em tratado firmado pelo Brasil e internalizado na ordem jurídica brasileira não pode ser demandado em juízo, salvo em caso de renúncia expressa a essa imunidade”. B) Errada. A competência não seria da Justiça Federal pelo mesmo motivo exposto na alternativa anterior. C) Correta. Conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (tema de repercussão geral nº 947), organismo internacional como a Unesco possui imunidade de jurisdição, inclusive com relação às causas de natureza trabalhista. D) Errada. Como vimos, a Unesco possui imunidade de jurisdição. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 10 DIREITO FINANCEIRO 23. LETRA D TEMA: DESPESA PÚBLICA A) Errada. Em razão do disposto no caput do art. 60 da Lei nº 4.320/1964, que diz: “Art. 60, Lei nº 4.320/1964. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.” B) Errada. Pois ambas são denominadas como despesas correntes, nos termos da Seção I da Lei nº 4.320/1964. C) Errada. Pois tal despesa é denominada como despesa corrente. D) Correta. Pois descreve integralmente o art. 15 da LC nº 101/2000, que diz: “Art. 15, LC nº 101/2000. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.” 24. LETRA D TEMA: RESPONSABILIDADE FISCAL A referida questão requer o conhecimento acerca do art. 22, parágrafo único, I da LC nº 101/2000, que diz: “Art. 22, LC nº 101/2000. [...] Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso: I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;” Bem como acerca do seguinte entendimento jurisprudencial do STJ: “É ilegal o ato de não concessão de progressão funcional de servidor público, quando atendidos todos os requisitos legais, a despeito de superados os limites orçamentários previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, referentes a gastos com pessoal de ente público, tendo em vista que a progressão é direito subjetivo do servidor público, decorrente de determinação legal, estando compreendida na exceção prevista no inciso I do parágrafo único do art. 22 da Lei Complementar n. 101/2000. Informativo nº 726 2 de março de 2022 - REsp 1.878.849-TO” Dessa forma, passemos para a análise das alternativas: A) Errada. Pois João tem sim direito à progressão se atendidos os requisitos legais, uma vez que trata-se de um direito subjetivo do servidor público, estando compreendida na exceção do inciso I do parágrafo único do art. 22 da LC Nº 101/2000, conforme expõe o entendimento jurisprudencial do STJ. B) Errada. O Estado X está incorreto, pelas mesmas razões expostas na alternativa “A”. C) Errada. Pelas mesmas razões expostas na alternativa “A”. D) Correta. Pois descreve integralmente a jurisprudência do STJ mencionada no comentário inicial. DIREITO TRIBUTÁRIO 25. LETRA C TEMA: IMPOSTOS FEDERAIS A) Errada. O IPI não pode incidir sobre produtos industrializados destinados ao exterior. B) Errada. O aumento do IPI é uma das exceções ao princípio da anterioridade anual, podendo ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que o instituiu ou aumentou, devendo, porém, respeitar o prazo de 90 dias. Ademais, o IPI não pode incidir sobre produtos industrializados destinados ao exterior. C) Correta. O IPI não pode incidir sobre produtos industrializados destinados ao exterior, mesmo sendo seletivo e não cumulativo e respeitando a anterioridade nonagesimal. Art. 153. CF. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; §3º O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 11 II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. Art. 150. §1º. CF. A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. D) Errada. O IPI é uma das exceções ao princípio da anterioridade anual, podendo ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que o instituiu ou aumentou, devendo, porém, respeitar o prazo de 90 dias. 26. LETRA B TEMA: EXECUÇÃO FISCAL A) Errada. Tratando-se de dissolução irregular da sociedade, é possível o redirecionamento da execução fiscal em face daqueles que eram sócios ao tempo da dissolução irregular, ainda que não o fosse na época em que ocorrido o fato gerador do tributo devido. B) Correta. O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissoluçãoirregular da pessoa jurídica executada ou na presunção de sua ocorrência, pode ser autorizado contra o sócio ou o terceiro não sócio, com poderes de administração na data em que configurada ou presumida a dissolução irregular, ainda que não tenha exercido poderes de gerência quando ocorrido o fato gerador do tributo não adimplido, conforme art. 135, III, do CTN. (STJ. 1ª Seção. REsp 1.645.333-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 25/05/2022). C) Errada. João pode ser considerado responsável tributário, por exercer poderes de gerência na data em que configurada ou presumida a dissolução irregular. D) Errada. Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes. Logo, se a empresa mudou de endereço, sem comunicar aos órgãos competentes, está caracterizada a dissolução irregular (há uma presunção legal de irregularidade), o que caracteriza infração à lei. 27. LETRA D TEMA: IMPOSTOS ESTADUAIS A) Errada. O ITCD referente ao imóvel localizado em Campo Grande (MS) será devido ao Estado de Mato Grosso do Sul, onde o imóvel está localizado, e não ao Estado do Tocantins. Art. 155. CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; § 1º O imposto previsto no inciso I: I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal B) Errada. O ITCD referente ao automóvel registrado junto ao DETRAN-SP será devido ao Estado de Mato Grosso, local onde era domiciliado o de cujus, e não ao Estado de SP. C) Errada. O ITCD referente às ações (bemmóvel) será devido ao Estado de MT, local onde era domiciliado o falecido. D) Correta. O ITCD relativamente a bens móveis, títulos e créditos, será devido ao Estado onde era domiciliado o de cujus. Assim, o imposto referente às joias em cofre no imóvel em Campo Grande (MS) será devido ao Estado de Tocantins, local em que era domiciliado o autor da herança falecido. 28. LETRA C TEMA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA A) Errada. A imunidade tributária subjetiva aplica-se ao ente beneficiário se ele for o contribuinte de direito. B) Errada. A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante, para a verificação da existência do beneplácito constitucional, a repercussão econômica do tributo envolvido. C) Correta. Tributos indiretos são aqueles que permitem a transferência do seu encargo econômico para uma pessoa diferente daquela definida em lei como sujeito passivo. Nos tributos indiretos surgem as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de fato: a) Contribuinte de direito: é a pessoa que Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 12 realiza o fato gerador. b) Contribuinte de fato: é a pessoa que paga efetivamente o imposto considerando que o contribuinte de direito transferiu para ele este encargo. Ocorre que, segundo entende o STF, a imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante para a verificação da existência do beneplácito constitucional a repercussão econômica do tributo envolvido. [Tese definida no RE 608.872, rel. min. Dias Toffoli, P, j. 23-2-2017, DJE 219 de 27-9-2017, Tema 342.] Em resumo: Quando a entidade imune é contribuinte de direito, haverá imunidade. Ex. Imagine que determinada entidade de assistência social comercialize ecobags. A venda de ecobags está sujeita, em tese, ao pagamento de ICMS. Ocorre que esta entidade argumentou que não deveria incidir ICMS neste caso porque ela goza de imunidade tributária. Está correto o entendimento da entidade? SIM, pois ela é contribuinte de direito (realizou o fato gerador do tributo). Quando a entidade imune é contribuinte de fato: NÃO haverá imunidade. Ex. Imagine que determinada entidade de assistência social adquire na loja um freezer para armazenar comida para crianças carentes. No momento de pagar o valor, ao conferir a nota fiscal, o diretor da entidade percebe que está sendo cobrado dele o ICMS sobre a mercadoria vendida. Ele não se conforma e alega que não deverá pagar o imposto porque a entidade é imune. Está correto o entendimento da entidade? NÃO, pois a entidade é contribuinte de fato. D) Errada. A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante que a entidade demonstre que o montante correspondente à desoneração tributária será aplicado em sua atividade fim. 29. LETRA D TEMA: IMPOSTOS FEDERAIS A) Errada. Nos termos do art. 126, I do CTN, a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais. Logo, João Pedro, ao auferir renda, praticou o fato gerador do imposto de renda, sendo, portanto, considerado contribuinte deste imposto. B) Errada. A legislação tributária não obriga que os valores sejam tributados em nome do pai ou da mãe. O responsável pelo pagamento do imposto é o beneficiário do rendimento, no caso, João Pedro. Todavia, o cumprimento das obrigações que incumbirem aos menores e aos incapazes será de responsabilidade do responsável por sua guarda. C) Errada. O detentor da guarda de João Pedro (sua mãe) será responsável pelo cumprimento das obrigações. Ainda, a declaração do IRPF será feita no nome do próprio incapaz, com o número de inscrição próprio no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF. D) Correta. Quando se tratar de menores ou de filhos incapazes que estejam sob a responsabilidade de um dos pais em decorrência de sentença judicial, a opção de declaração em conjunto somente poderá ser exercida por aquele que detiver a guarda. Art. 3º. Decreto nº 9.580/18. Os rendimentos e os ganhos de capital percebidos por menores e outros incapazes serão tributados em seus respectivos nomes, com o número de inscrição próprio no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF. §1º O cumprimento das obrigações que incumbirem aos menores e aos incapazes será de responsabilidade: I - de qualquer um dos pais; II - do seu tutor; III - do seu curador; ou IV - do responsável por sua guarda. §2º Opcionalmente, os rendimentos e os ganhos de capital percebidos por menores e outros incapazes, ainda que em valores inferiores ao limite da primeira faixa da tabela progressiva anual, poderão ser tributados em conjunto com os de qualquer um dos pais, do tutor ou do curador, hipótese em que aqueles serão considerados dependentes. §3º Na hipótese de menores ou de filhos incapazes que estejam sob a responsabilidade de um dos pais em decorrência de sentença judicial, a opção de declaração em conjunto somente poderá ser exercida por aquele que detiver a guarda. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 13 DIREITO ADMINISTRATIVO 30. LETRA D TEMA: AGENTES PÚBLICO - PROVIMENTOS A) Errada. A reintegração é o provimento pelo qual o servidor é reinvestido no cargo anteriormente ocupado, quando estável, porque sua demissão foi invalidada por decisão administrativa ou judicial. Não é o caso de Davi, uma vez que ele não foi demitido, mas ele sofreu uma limitação em sua capacidade física. Art. 28, Lei 8.112/90: A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. B) Errada. A recondução é o provimento pelo qual o servidor retorna ao cargo que anteriormente ocupava quando é inabilitado em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante. Não é o caso de Davi, que sofreu limitação em sua capacidade física. Art. 29, Lei 8.112/90: Reconduçãoé o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. C) Errada. Não é o caso de reversão, visto que essa é a forma de provimento pela qual o servidor aposentado volta à atividade, Davi não foi aposentado. Art. 25, Lei 8.112/90: Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: D) Correta. A readaptação é a forma pela qual o servidor público será investido em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, como Davi sofreu limitação em sua capacidade física, por isso, esta é a forma de provimento adequada. Art. 24, Lei 8.112/90: Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 31. LETRA D TEMA: LICITAÇÕES A) Errada. Existe expressa possibilidade de contratação direta de Associação de Pessoas com Deficiência, sem fins lucrativos, por previsão no art. 75, XIV. Art. 75, XIV da Lei 14.133/21: É dispensável a licitação: XIV - para contratação de associação de pessoas com deficiência, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgão ou entidade da Administração Pública, para a prestação de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado e os serviços contratados sejam prestados exclusivamente por pessoas com deficiência; B) Errada. O art. 63 da Lei 14.133/21 estabelece que em fase de habilitação, isto é, a fase que os licitantes apresentam documentos para a Administração Pública, será exigido declaração de que cumpre exigências de reserva de cargo, por isso, é errado afirmar que não poderá exigir. Art. 63, Lei 14.133/21: Na fase de habilitação das licitações serão observadas as seguintes disposições: IV - será exigida do licitante declaração de que cumpre as exigências de reserva de cargos para pessoa com deficiência e para reabilitado da Previdência Social, previstas em lei e em outras normas específicas. C) Errada. Não cumprir a obrigação relativa à reserva de cargo prevista em lei pode ensejar sim na extinção do contrato. Art. 137, Lei 14.133/21: Constituirão motivos para extinção do contrato, a qual deverá ser formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contraditório e a ampla defesa, as seguintes situações: IX - não cumprimento das obrigações relativas à reserva de cargos prevista em lei, bem como em Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 14 outras normas específicas, para pessoa com deficiência, para reabilitado da Previdência Social ou para aprendiz. D) Correta. A Lei 14.133/21 estabelece um rol de cláusulas obrigatórias, dentre eles o da reserva de cargos previstas em lei e sempre que a Administração Pública solicitar, o contratado deverá comprovar o cumprimento da reserva de cargos. Art. 92, Lei 14.133/21: São necessárias em todo contrato cláusulas que estabeleçam: XVII - a obrigação de o contratado cumprir as exigências de reserva de cargos prevista em lei, bem como em outras normas específicas, para pessoa com deficiência, para reabilitado da Previdência Social e para aprendiz; Art. 116, Lei 14.133/21: Ao longo de toda a execução do contrato, o contratado deverá cumprir a reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência, para reabilitado da Previdência Social ou para aprendiz, bem como as reservas de cargos previstas em outras normas específicas. Parágrafo único. Sempre que solicitado pela Administração, o contratado deverá comprovar o cumprimento da reserva de cargos a que se refere o caput deste artigo, com a indicação dos empregados que preencherem as referidas vagas. 32. LETRA D TEMA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO O IBAMA é uma autarquia federal, portanto, detém personalidade jurídica própria. A) Errada. O IBAMA responderá objetivamente, à luz da teoria do risco administrativo. Ocorre que, Jonas, não responderá solidariamente. Caso o IBAMA seja condenado, ele poderá ser demandado em ação de regresso e sua responsabilidade será auferida mediante culpa ou dolo (responsabilidade subjetiva). B) Errada. Conforme art. 37, §6° da CRFB/88 a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado que prestem serviço público é objetiva. O IBAMA é uma autarquia federal, responde objetivamente e não subjetiva. C) Errada. A União não será demandada, o IBAMA por ser uma autarquia possui personalidade jurídica própria, ela será demandada. D) Correta. A responsabilidade civil do Estado ocorre quando este, por meio de seus órgãos públicos, agentes públicos ou pessoas autorizadas pelo Estado, pratica alguma conduta dolosa ou culposa que ocasione um dano patrimonial ou moral a um particular, gerando uma obrigação de indenização. A teoria do risco administrativo, afasta a necessidade de comprovação de culpa ou dolo do agente público e fundamenta o dever de indenizar na noção de RISCO ADMINISTRATIVO, pois quem presta um serviço público assume o risco dos prejuízos que, eventualmente, causar, independentemente da existência de culpa ou dolo. Para a teoria da responsabilidade objetiva, o pagamento da indenização é efetuado somente após a comprovação, pela vítima, de três requisitos: a) Ato; b) Dano; e c) Nexo causal. Conforme o Art. 37, §6°, Constituição Federal, a responsabilidade civil objetiva do Estado alcança os atos praticados pelos entes da Administração Pública Direta, pelas autarquias e fundações públicas no exercício de suas atividades, bem como pelas pessoas jurídicas de direito privado que sejam prestadoras de serviços públicos, incluindo-se, nesse rol, as empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como as concessionárias e permissionárias de serviços públicos. Art. 37, §6º, CRFB/88: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Ou seja, podem ser responsabilizados: a Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), bem como os seus respectivos órgãos; a Administração Pública Indireta (autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sendo que em relação as estas duas últimas somente quando prestadoras de serviços públicos, pois, quando estiverem explorando atividade econômica a regra será outra, devendo haver a mesma responsabilização que um particular – teoria subjetiva). Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 15 33. LETRA C TEMA: PARCERIA PÚBLICO PRIVADA (PPP) A) Errada. É possível uma PPP mesmo que não haja cobrança de tarifas. A PPP pode ser administrativa, contrato de prestação de serviços onde a Administração Pública é a usuária direta ou indireta. Aqui, há apenas a remuneração do Estado ao parceiro privado. B) Errada. Essa possibilidade está prevista na Lei 11.079/04. Art.2°, § 2º 11.079/04: Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. C) Correta. A concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços onde a Administração Pública é a usuária direta ou indireta. Aqui, há apenas a remuneração do Estado ao parceiro privado. Ex.: Construção e manutençãode presídios. Nessa modalidade não há cobrança de tarifa da usuária, visto que a Administração Pública é usuária direta ou indireta. A principal característica da PPP é que o Estado irá buscar um parceiro privado para executar um determinado serviço ou obra pública. D) Errada. O enunciado narra que a Administração será usuária direta, portanto, incompatível com a cobrança de tarifas, nesse sentido, não pode ser a concessão patrocinada, porque nessa modalidade o usuário paga tarifa pelo serviço e o Estado também remunera o parceiro privado. Nessa modalidade, a remuneração da atividade prestada vem do Poder Público e de remuneração tarifária. 34. LETRA D TEMA: ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A) Errada. As empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado, são criadas por autorização legislativa e não integram o conceito de Fazenda Pública, mas a Administração Pública Indireta. Os bens são privados, não públicos, o regime pessoal não é dotado de estabilidade, porque é celetista. B) Errada. As empresas públicas não serão obrigatoriamente constituídas na forma de sociedade anônima, essa exigência é da Sociedade de Economia Mista, as estatais integram a Administração Pública Indireta e os bens são privados e não públicos. C) Errada. As estatais possuem personalidade jurídica própria, de direito privado, são criadas por autorização legal e não são órgãos, fazem parte da Administração Pública Indireta (não Direta), seus bens são privados e o regime pessoal celetista, apesar do concurso público. D) Correta. A empresa pública, é criada por força de autorização legal e, portanto, extintas da mesma maneira (princípio do paralelismo das formas). As estatais são pessoas jurídicas de direito privado, apesar disso: ● Estão submetidas ao controle do Tribunal de Contas; ● Devem realizar licitação para contratações, inclusive observará regras próprias previstas nos arts. 28 ao art.30, da Lei 13.303/16; ● Devem realizar concurso público, mas o regime será CLT; No que diz respeito ao regime pessoal dependem de concurso público, apesar de se submeterem a CLT. Os empregados também se submetem ao teto remuneratório exceto se a estatal não receber recursos da Administração Direta para pagar de seu pessoal ou custeio em geral. Art. 3º, Lei 13.303/16: Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 16 DIREITO AMBIENTAL 35. LETRA D TEMA: RESPONSABILIDADE AMBIENTAL A) Errada. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça entende que a competência da Justiça Federal só seria atraída se o dano tivesse reflexos em âmbito regional ou nacional. B) Errada. Para atrair a competência do julgamento para a Justiça Federal seria necessário que o dano tivesse reflexos em âmbito regional ou nacional. C) Errada. Se o dano tiver reflexos em âmbito regional ou nacional a competência será da Justiça Federal. D) Correta. Os rios interestaduais (que banham mais de um Estado da Federação) são bens da União, nos termos do art. 20, III, da CF. Neste sentido, o delito ambiental que é praticado em rio interestadual, é de competência da Justiça Federal (art. 109, IV, da CF), desde que isso possa causar reflexos em âmbito regional ou nacional. (CC n.º 145.420/AM, 3ª Seção do STJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/8/2016). Assim, caso o delito ambiental, ainda que praticado em rio interestadual, mas sem possibilidade de gerar reflexos regionais ou nacionais, seu processamento e julgamento será na Justiça Comum Estadual, como no caso da questão (CC nº 146.373/MG, 3ª Seção do STJ, Rel. Min Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 11/05/2016). 36. LETRA D TEMA: RESPONSABILIDADE AMBIENTAL A) Errada. O patrimônio da pessoa jurídica será perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional (e não em favor de fundo destinado à reconstituição do meio ambiente). Art. 24. Lei nº 9.605/1998. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional”. B) Errada. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. Art. 22. Lei nº 9.605/1998. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: I - suspensão parcial ou total de atividades; II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. §1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. C) Errada. Revelando-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até 3(três) vezes. Art. 18. Lei nº 9.605/1998. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. D) Correta. A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações é uma das penas aplicáveis à pessoa jurídica, sendo certo que tal proibição não poderá exceder o prazo de dez anos. Art. 22. Lei nº 9.605/1998. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. §3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos. DIREITO CIVIL 37. LETRA A TEMA: PARTE GERAL - CAPACIDADE CIVIL A) Correta. Aline, ao casar com Gustavo, emancipou-se automaticamente, conforme Artigo 5º, parágrafo único, II do Código Civil. A emancipação é irrevogável e irretratável, sendo assim, ainda que ela tenha se separado de Gustavo, ela continuou emancipada e capaz para celebrar os atos da vida Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 17 civil. Por isso, a contratação da instituição de ensino é plenamente válida. "Art. 5º, CC: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: II - pelo casamento;" B) Errada. A contratação da instituição de ensino não será anulável, tendo em vista que Aline é considerada capaz porque emancipou-se ao casar com Gustavo, conforme Artigo 5º, parágrafo único, II do Código Civil. C) Errada. A contratação é válida porque Aline mesmo se separando de Gustavo continua emancipada e capaz para celebrar os atos da vida civil, conforme Artigo 5º, parágrafo único, II do Código Civil. D) Errada. A contratação não permanece ineficaz até a jovem adquirir capacidade civil plena porque ela já adquiriu essa capacidade ao se emancipar automaticamente quando casou-se com Gustavo, conforme Artigo 5º, parágrafo único, II do Código Civil. 38. LETRA D TEMA: DIREITOS REAIS A) Errada. No caso da questão estamos diante da desapropriação judicial indireta, também denominada pela doutrina de aquisição compulsória onerosa. Nela, os ocupantesterão direito à propriedade e não apenas às benfeitorias. B) Errada. Na usucapião especial rural, a medida da área é relevante, não podendo ser superior a 50 hectares. "Art. 191, CF: Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião." C) Errada. No caso da questão estamos diante da desapropriação judicial indireta, também denominada pela doutrina de aquisição compulsória onerosa. Nela, os ocupantes terão direito à propriedade. D) Correta. Trata-se de modalidade de desapropriação judicial indireta, também denominada pela doutrina de aquisição compulsória onerosa. "Art. 1.228, § 4º, CC: O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante." 39. LETRA C TEMA: PARTE GERAL A) Errada. Não existe mais o princípio da imutabilidade do nome após as alterações realizadas pela Lei 14.382/2022 na Lei de Registros Públicos, Lei 6.015/1973. Sendo assim, seria possível que Amália pleiteasse a alteração do prenome de sua filha. B) Errada. Para alteração do nome pelo outro genitor que não declarou, não existe na Lei de Registros Públicos a necessidade de provar que o genitor declarante agiu, por ocasião do registro civil da criança, de má-fé, com propósito de vingança ou com o escopo de, pela prole, atingir a genitora. C) Correta. Alternativa conforme o Artigo 55, § 4º da Lei de Registros Públicos, Lei 6.015/1973. "Art.55, § 4º, Lei 6.015/1973: Em até 15 (quinze) dias após o registro, qualquer dos genitores poderá apresentar, perante o registro civil onde foi lavrado o assento de nascimento, oposição fundamentada ao prenome e sobrenomes indicados pelo declarante, observado que, se houver manifestação consensual dos genitores, será realizado o procedimento de retificação administrativa do registro, mas, se não houver consenso, a oposição será encaminhada ao juiz competente para decisão." D) Errada. A genitora poderá pedir a alteração do prenome da filha, conforme Artigo 55, § 4º da Lei 6.015/1973. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 18 40. LETRA B TEMA: CONTRATOS A) Errada. Tendo em vista que Helena estava em mora porque houve a contagem errada do prazo, conforme o enunciado explicita, ela será responsável pela impossibilidade decorrente de caso fortuito ou força maior. B) Correta. Helena por não cumprir com o contrato na data firmada, estava em mora e por isso, responderá pela impossibilidade decorrente de caso fortuito ou força maior. Além disso, o valor da multa está dentro do limite legal porque poderá ser até o valor da obrigação principal. "Art. 399, CC: O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada." "Art. 412, CC: O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal." C) Errada. A cobrança de multa não depende de prova de efetivo prejuízo. "Art. 408, CC: Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua emmora." D) Errada. Tendo em vista que Helena estava em mora porque houve a contagem errada do prazo, conforme o enunciado explicita, ela será responsável pela impossibilidade decorrente de caso fortuito ou força maior. 41. LETRA D TEMA: SUCESSÕES A) Errada. Tendo em vista que Rômulo e Isabella casaram em 1975, o regime legal de bens dessa época era o de comunhão universal. Somente com o Código Civil de 2002 é que o regime legal de bens virou o de comunhão parcial. Sendo assim, Isabella será meeira de Rômulo, mas não será herdeira. Não irá concorrer com os descendentes na herança deixada por Rômulo tendo em vista o regime da comunhão parcial de bens. Apenas irá receber a título de meação. "Art. 1.829, CC: A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; (...)" B) Errada. Vitor não será herdeiro de Rômulo porque quem irá representar Marta na herança será sua descendente, Nina. Vitor não irá receber a herança de Rômulo. "Art. 1.851, CC: Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse." "Art. 1.852, CC: O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente." C) Errada. Tendo em vista que Rômulo e Isabella casaram em 1975, o regime legal de bens dessa época era o de comunhão universal. Somente com o Código Civil de 2002 é que o regime legal de bens virou o de comunhão parcial. Sendo assim, Isabella será meeira de Rômulo, mas não será herdeira. Não irá concorrer com os descendentes na herança deixada por Rômulo tendo em vista o regime da comunhão parcial de bens. Apenas irá receber a título de meação. D) Correta. Lucas e Maria serão herdeiros porque são descendentes, filhos de Rômulo. Assim como Nina também será herdeira porque irá representar Marta na herança de Rômulo. Conforme Artigo 1.829, I do Código Civil e Artigo 1.851 do Código Civil. 42. LETRA C TEMA: DIREITOS REAIS - CONDOMÍNIO A) Errada. Existe ordem de preferência entre os condôminos. Aquele que tiver benfeitorias de maior valor ou se não tiver benfeitorias, aquele que tiver quinhão maior terá preferência. B) Errada. De fato há direito de preferência entre João, Paulo e Pedro. Porém, aquele que tiver benfeitorias de maior valor terá preferência e só no caso de não ter benfeitorias, é que será analisado o que tem quinhão maior. Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB @viciodeumaestudante @metodovde Material de uso individual. Proibido o repasse! 19 C) Correta. Alternativa conforme o Artigo 504, Parágrafo único do Código Civil. "Art. 504, CC: Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência. Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço." D) Errada. Preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 43. LETRA B TEMA: ACESSO À JUSTIÇA A) Errada. Pois na verdade a sentença que defere a adoção produz efeito devolutivo, não possuindo portanto, duplo efeito, nos termos do art. 199-A do ECA, que segue: “Art. 199-A, ECA. A sentença que deferir a adoção produz efeito desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao adotando.” B) Correta. Pois a presente alternativa descreve integralmente o art. 199-C do ECA, que diz: “Art. 199-C, ECA. Os