Logo Passei Direto
Buscar

Gabarito Comentado - Inédito 02

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

A legislação tributária não obriga que os valores sejam tributados em nome do pai ou da mãe. O responsável pelo pagamento do imposto é o beneficiário do rendimento, no caso, João Pedro. Todavia, o cumprimento das obrigações que incumbirem aos menores e aos incapazes será de responsabilidade do responsável por sua guarda.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa correta sobre a responsabilidade tributária de João Pedro.
A) Errada. Nos termos do art. 126, I do CTN, a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais. Logo, João Pedro, ao auferir renda, praticou o fato gerador do imposto de renda, sendo, portanto, considerado contribuinte deste imposto.
B) Errada. A legislação tributária não obriga que os valores sejam tributados em nome do pai ou da mãe. O responsável pelo pagamento do imposto é o beneficiário do rendimento, no caso, João Pedro. Todavia, o cumprimento das obrigações que incumbirem aos menores e aos incapazes será de responsabilidade do responsável por sua guarda.
C) Errada. O detentor da guarda de João Pedro (sua mãe) será responsável pelo cumprimento das obrigações. Ainda, a declaração do IRPF será feita no nome do próprio incapaz, com o número de inscrição próprio no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF.
D) Correta. Quando se tratar de menores ou de filhos incapazes que estejam sob a responsabilidade de um dos pais em decorrência de sentença judicial, a opção de declaração em conjunto somente poderá ser exercida por aquele que detiver a guarda.

A reintegração é o provimento pelo qual o servidor é reinvestido no cargo anteriormente ocupado, quando estável, porque sua demissão foi invalidada por decisão administrativa ou judicial. Não é o caso de Davi, uma vez que ele não foi demitido, mas ele sofreu uma limitação em sua capacidade física.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa correta sobre a situação de Davi.
A) Errada. A reintegração é o provimento pelo qual o servidor é reinvestido no cargo anteriormente ocupado, quando estável, porque sua demissão foi invalidada por decisão administrativa ou judicial. Não é o caso de Davi, uma vez que ele não foi demitido, mas ele sofreu uma limitação em sua capacidade física.
B) Errada. A recondução é o provimento pelo qual o servidor retorna ao cargo que anteriormente ocupava quando é inabilitado em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante. Não é o caso de Davi, que sofreu limitação em sua capacidade física.
C) Errada. Não é o caso de reversão, visto que essa é a forma de provimento pela qual o servidor aposentado volta à atividade, Davi não foi aposentado.
D) Correta. A readaptação é a forma pela qual o servidor público será investido em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, como Davi sofreu limitação em sua capacidade física, por isso, esta é a forma de provimento adequada.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

A legislação tributária não obriga que os valores sejam tributados em nome do pai ou da mãe. O responsável pelo pagamento do imposto é o beneficiário do rendimento, no caso, João Pedro. Todavia, o cumprimento das obrigações que incumbirem aos menores e aos incapazes será de responsabilidade do responsável por sua guarda.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa correta sobre a responsabilidade tributária de João Pedro.
A) Errada. Nos termos do art. 126, I do CTN, a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais. Logo, João Pedro, ao auferir renda, praticou o fato gerador do imposto de renda, sendo, portanto, considerado contribuinte deste imposto.
B) Errada. A legislação tributária não obriga que os valores sejam tributados em nome do pai ou da mãe. O responsável pelo pagamento do imposto é o beneficiário do rendimento, no caso, João Pedro. Todavia, o cumprimento das obrigações que incumbirem aos menores e aos incapazes será de responsabilidade do responsável por sua guarda.
C) Errada. O detentor da guarda de João Pedro (sua mãe) será responsável pelo cumprimento das obrigações. Ainda, a declaração do IRPF será feita no nome do próprio incapaz, com o número de inscrição próprio no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF.
D) Correta. Quando se tratar de menores ou de filhos incapazes que estejam sob a responsabilidade de um dos pais em decorrência de sentença judicial, a opção de declaração em conjunto somente poderá ser exercida por aquele que detiver a guarda.

A reintegração é o provimento pelo qual o servidor é reinvestido no cargo anteriormente ocupado, quando estável, porque sua demissão foi invalidada por decisão administrativa ou judicial. Não é o caso de Davi, uma vez que ele não foi demitido, mas ele sofreu uma limitação em sua capacidade física.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa correta sobre a situação de Davi.
A) Errada. A reintegração é o provimento pelo qual o servidor é reinvestido no cargo anteriormente ocupado, quando estável, porque sua demissão foi invalidada por decisão administrativa ou judicial. Não é o caso de Davi, uma vez que ele não foi demitido, mas ele sofreu uma limitação em sua capacidade física.
B) Errada. A recondução é o provimento pelo qual o servidor retorna ao cargo que anteriormente ocupava quando é inabilitado em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante. Não é o caso de Davi, que sofreu limitação em sua capacidade física.
C) Errada. Não é o caso de reversão, visto que essa é a forma de provimento pela qual o servidor aposentado volta à atividade, Davi não foi aposentado.
D) Correta. A readaptação é a forma pela qual o servidor público será investido em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, como Davi sofreu limitação em sua capacidade física, por isso, esta é a forma de provimento adequada.

Prévia do material em texto

Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
1
GABARITO COMENTADO
INÉDITO 02
ÉTICA PROFISSIONAL
01. LETRA C
TEMA: ADVOGADO EMPREGADO
A) Errada. A advogada Violetta, na condição de
empregada, não está obrigada à prestação de
serviços profissionais de interesse pessoal dos
empregadores, fora da relação de emprego, em razão
do contrato de trabalho ser referente à prestação de
serviços para o escritório de advocacia, na forma do
Art. 18, § 1º, EAOAB.
Art. 18. EAOAB. A relação de emprego, na qualidade
de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz
a independência profissional inerentes à advocacia.
§1º O advogado empregado não está obrigado à
prestação de serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores, fora da relação de
emprego.
B) Errada. O Estatuto da OAB não apenas aborda o
tema, como define que o salário-mínimo profissional
do advogado será fixado em sentença normativa,
salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de
trabalho.
Art. 19. EAOAB. O salário mínimo profissional do
advogado será fixado em sentença normativa, salvo
se ajustado em acordo ou convenção coletiva de
trabalho.
C) Correta. Os honorários sucumbenciais, nas causas
em que for parte o empregador, ou pessoa por este
representada, são devidos aos advogados
empregados. Contudo, se o advogado for empregado
de uma sociedade de advogados deverá ser feita a
partilha dos valores, na forma que foi definida entre as
partes.
Art. 21. EAOAB. Nas causas em que for parte o
empregador, ou pessoa por este representada, os
honorários de sucumbência são devidos aos
advogados empregados.
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência,
percebidos por advogado empregado de sociedade
de advogados são partilhados entre ele e a
empregadora, na forma estabelecida em acordo.
D) Errada. A relação de emprego, na qualidade de
advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a
independência profissional, dado que são condições
inerentes ao exercício da advocacia de forma plena.
Art. 18. EAOAB. A relação de emprego, na qualidade
de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz
a independência profissional inerentes à advocacia.
02. LETRA C
TEMA: ATIVIDADE DA ADVOCACIA
A) Errada. É inconstitucional a exigência de inscrição
do defensor público nos quadros da Ordem dos
Advogados do Brasil, conforme entendimento do STF.
B) Errada. Não é proibida a inscrição de membros da
Defensoria Pública perante os quadros da OAB. O que
se veda é a exigência/obrigatoriedade de inscrição na
Ordem dos Advogados do Brasil para o exercício de
suas funções.
C) Correta. Os membros da advocacia pública, para
serem considerados como advogados, precisam de
inscrição perante os quadros da OAB para que assim
possam exercer todos os atos privativos da advocacia.
A Advocacia Pública é formada pelos membros da
Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da
Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das
Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas
entidades de administração indireta e fundacional
(Art. 3o, § 1º, EOAB).
Embora a regra seja essa, o Supremo Tribunal Federal,
no julgamento do Recurso Extraordinário no 1240999
e da Ação Direta de Inconstitucionalidade no 4636,
definiu que os Defensores Públicos NÃO precisam
de inscrição perante a OAB, sendo a exigência de
que estejam inscritos uma regra
INCONSTITUCIONAL.
Sendo assim, defensores públicos não precisam do
vínculo perante os quadros da OAB, motivo que torna
indevida a notificação feita a Yule.
D) Errada. É inconstitucional a previsão em edital
que condicione o exercício da capacidade
postulatória dos membros da Defensoria Pública seja
à inscrição na OAB.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
2
03. LETRA B
TEMA: ADVOGADO EMPREGADO
A) Errada. As atividades do advogado empregado
poderão ser realizadas na modalidade exclusivamente
presencial, não presencial ou mista.
B) Correta. A partir da alteração trazida pela Lei no
14.365, de 2022 no Estatuto da Advocacia, passaram a
ser previstos os seguintes regimes de trabalho para o
advogado empregado: Exclusivamente Presencial,
Não Presencial e Misto, sendo que a responsabilidade
pela definição do regime é do empregador. Sendo
assim, a vaga ofertada pela Sociedade de Advogados
Z está em consonância com as regras instituídas no
Estatuto da Advocacia.
Art. 18. §2º. EAOAB. As atividades do advogado
empregado poderão ser realizadas, a critério do
empregador, em qualquer um dos seguintes regimes:
I - exclusivamente presencial: modalidade na qual o
advogado empregado, desde o início da contratação,
realizará o trabalho nas dependências ou locais
indicados pelo empregador;
II - não presencial, teletrabalho ou trabalho a
distância: modalidade na qual, desde o início da
contratação, o trabalho será preponderantemente
realizado fora das dependências do empregador,
observado que o comparecimento nas dependências
de forma não permanente, variável ou para
participação em reuniões ou em eventos presenciais
não descaracterizará o regime não presencial;
III - misto: modalidade na qual as atividades do
advogado poderão ser presenciais, no
estabelecimento do contratante ou onde este
indicar, ou não presenciais, conforme as condições
definidas pelo empregador em seu regulamento
empresarial, independentemente de preponderância
ou não.
C) Errada. A escolha de uma destas modalidades não
impede uma futura alteração, durante o exercício do
vínculo empregatício. Para tanto, será necessário um
acordo individual simples entre as partes.
Art. 18. §3º. EAOAB. Na vigência da relação de
emprego, as partes poderão pactuar, por acordo
individual simples, a alteração de um regime para
outro.
D) Errada. As atividades do advogado empregado
poderão ser realizadas de forma exclusivamente
presencial, não presencial ou mista.
04. LETRA D
TEMA: SOCIEDADE DE ADVOGADOS
A) Errada. O ato de constituição da filial deve ser
averbado no registro da sociedade E arquivado no
Conselho Seccional onde se instalar.
B) Errada. Todos os sócios são obrigados à inscrição
suplementar, até os que não desejam atuar perante a
filial.
C) Errada. É necessário que o ato de constituição da
filial seja averbado no registro da sociedade e
arquivado no Conselho Seccional onde se instalar.
Ainda, todos os sócios são obrigados à inscrição
suplementar (e não principal).
D) Correta. Não se permite que um advogado integre
mais de uma sociedade de advogados perante o
território de um mesmo Conselho Seccional,
independente se é uma individual e uma coletiva,
duas coletivas ou duas individuais de advocacia. Tal
regra não se confunde com a possibilidade de uma
sociedade crescer e criar filiais perante OUTROS
estados, situação que é permitida pelo Estatuto da
Advocacia.
Para tanto, o ato de constituição de filial deve ser
averbado no registro da sociedade e arquivado no
Conselho Seccional onde se instalar, ficando TODOS
os sócios, até os que não desejam atuar perante a
filial, inclusive o titular da sociedade unipessoal de
advocacia, obrigados à inscrição suplementar.
Art. 15. EAOAB. Os advogados podem reunir-se em
sociedade simples de prestação de serviços de
advocacia ou constituir sociedade unipessoal de
advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no
regulamento geral.
§4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma
sociedade de advogados, constituir mais de uma
sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar,
simultaneamente, uma sociedade de advogados e
uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede
ou filial na mesma área territorial do respectivo
Conselho Seccional.
§5o O ato de constituição de filial deve ser averbado
no registro da sociedade e arquivado no Conselho
Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
3
o titular da sociedade unipessoalrecursos nos procedimentos de
adoção e de destituição de poder familiar, em face
da relevância das questões, serão processados
com prioridade absoluta, devendo ser
imediatamente distribuídos, ficando vedado que
aguardem, em qualquer situação, oportuna
distribuição, e serão colocados em mesa para
julgamento sem revisão e com parecer urgente do
Ministério Público.”
C) Errada. Pois a manifestação se dá no prazo de 5
dias, e não 48 horas, nos termos do art. 198, VII do
ECA, que diz:
“Art. 198, ECA. [...]
VII - antes de determinar a remessa dos autos à
superior instância, no caso de apelação, ou do
instrumento, no caso de agravo, a autoridade
judiciária proferirá despacho fundamentado,
mantendo ou reformando a decisão, no prazo de
cinco dias;”
D) Errada. Pois o prazo recursal na verdade é de 10
dias, nos moldes do art. 198, II do ECA:
“Art. 198, ECA. [...]
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de
declaração, o prazo para o Ministério Público e
para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;”
44. LETRA C
TEMA: CONTRATO EM ESPÉCIE - ADOÇÃO
A referida questão requer o conhecimento acerca do
art. 42, § 4º do ECA, que diz:
“Art. 42, ECA. [...]
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os
ex-companheiros podem adotar conjuntamente,
contanto que acordem sobre a guarda e o regime
de visitas e desde que o estágio de convivência
tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de
vínculos de afinidade e afetividade com aquele
não detentor da guarda, que justifiquem a
excepcionalidade da concessão.”
Dessa forma, passemos para a análise das
alternativas:
A) Errada. Pois a presente alternativa não guarda
correlação com o exposto no § 4º do art. 42 do ECA.
B) Errada. Pois a presente alternativa não guarda
correlação com o exposto no § 4º do art. 42 do ECA.
C) Correta. Pois possui embasamento legal no art. 42,
§ 4º do ECA, uma vez que Juliana e Mário cumpriram
os requisitos de realizar um acordo no que concerne
a guarda e as visitas, bem como o fato do estágio de
convivência ter iniciado no período de convivência
do casal.
D) Errada. Pois a presente alternativa não guarda
correlação com o exposto no § 4º do art. 42 do ECA.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
20
DIREITO DO CONSUMIDOR
45. LETRA C
TEMA: DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
A referida questão requer o conhecimento acerca do
art. 20 do CDC, conforme segue:
“Art. 20, CDC. O fornecedor de serviços responde
pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios
ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como
por aqueles decorrentes da disparidade com as
indicações constantes da oferta ou mensagem
publicitária, podendo o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e
quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.”
Dessa forma, passemos para a análise das
alternativas:
A) Errada. Pois o inciso I do art. 20 do CDC diz que a
reexecução dos serviços será sem custo adicional.
B) Errada. Pois tem sim o direito de exigir a
restituição da quantia paga, conforme expõe o
inciso II do art. 20 do CDC.
C) Correta. Pois tal direito está assegurado no art. 20,
II do CDC.
D) Errada. Pois fere o disposto no inciso II do art. 20
do CDC.
46. LETRA A
TEMA: RESPONSABILIDADE CIVIL DE
RELAÇÕES DE CONSUMO
A) Correta. Pois é o que dispõe o art. 101, II do CDC,
que diz:
“Art. 101, CDC. Na ação de responsabilidade civil do
fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do
disposto nos Capítulos I e II deste título, serão
observadas as seguintes normas:
II - o réu que houver contratado seguro de
responsabilidade poderá chamar ao processo o
segurador, vedada a integração do contraditório
pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta
hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido
condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de
Processo Civil. Se o réu houver sido declarado
falido, o síndico será intimado a informar a
existência de seguro de responsabilidade,
facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento
de ação de indenização diretamente contra o
segurador, vedada a denunciação da lide ao
Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o
litisconsórcio obrigatório com este.”
B) Errada. Pois a presente alternativa contraria o
seguinte entendimento jurisprudencial do STJ:
“[...] em se tratando de relação de consumo, descabe
a denunciação da lide, nos termos do art. 88 do
Código de Defesa do Consumidor, bem como que a
vedação à denunciação da lide nas relações de
consumo refere-se tanto à responsabilidade pelo fato
do serviço quanto pelo fato do produto.” (STJ - AREsp:
2263262, Relator: ANTONIO CARLOS FERREIRA, Data
de Publicação: 04/04/2023).
C) Errada. Pelas mesmas razões expostas na
alternativa “B”.
D) Errada. Pelas mesmas razões expostas na
alternativa “B”, uma vez que não cabe a denunciação
à lide.
DIREITO EMPRESARIAL
47. LETRA A
TEMA: TÍTULOS DE CRÉDITO
A) Correta. Alternativa conforme a Súmula 26 do STJ
e Artigo 899 do Código Civil.
"Súmula 26, STJ: o avalista do título de crédito
vinculado a contrato de mútuo também responde
pelas obrigações pactuadas, quando no contrato
figurar como devedor solidário."
"Art. 899, CC: O avalista equipara-se àquele cujo
nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou
devedor final.
§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso
contra o seu avalizado e demais coobrigados
anteriores."
B) Errada. O Banco Baú poderá executar Adalberto
anteriormente a Romualdo. O aval não comporta o
benefício de ordem. Dessa forma, fica a critério do
credor ajuizar ação em face do devedor principal, do
avalista ou de ambos.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
21
C) Errada. O Banco Baú poderá executar Adalberto
anteriormente a Romualdo. O aval não comporta o
benefício de ordem. Dessa forma, fica a critério do
credor ajuizar ação em face do devedor principal, do
avalista ou de ambos.
D) Errada. O aval não comporta o benefício de ordem.
Dessa forma, fica a critério do credor ajuizar ação em
face do devedor principal, do avalista ou de ambos.
48. LETRA B
TEMA: FALÊNCIA
A) Errada. São ineficazes em relação à massa falida, os
registros de direitos reais e de transferência de
propriedade entre vivos, por título oneroso ou
gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados
após a decretação da falência, salvo se tiver havido
prenotação anterior. Como houve prenotação
anterior, o registro é válido perante a massa falida.
B) Correta. Alternativa conforme Artigo 129, VII da Lei
11.101/05.
"Art. 129, Lei 11.101/05: São ineficazes em relação à
massa falida, tenha ou não o contratante
conhecimento do estado de crise
econômico-financeira do devedor, seja ou não
intenção deste fraudar credores:
VII – os registros de direitos reais e de transferência
de propriedade entre vivos, por título oneroso ou
gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados
após a decretação da falência, salvo se tiver havido
prenotação anterior."
C) Errada. Como houve prenotação anterior, o
registro é válido perante a massa falida.
D) Errada. Como houve prenotação anterior, o
registro é válido perante a massa falida.
49. LETRA B
TEMA: DIREITO SOCIETÁRIO
A) Errada. Deve-se levar em consideração que
Francisco é o sócio ostensivo e Clara é a sócia
participante. Sendo assim, falindo o sócio participante
(Clara) é que o contrato social fica sujeito às normas
que regulam os efeitos da falência nos contratos
bilaterais do falido.
"Art. 994, § 3º, CC: Falindo o sócio participante, o
contrato social fica sujeito às normas que regulam os
efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido."
B) Correta. Tendo em vista que Francisco é o sócio
ostensivo, a alternativa está de acordo com o Artigo
994, § 2º, do Código Civil.“Art. 994, § 2º, CC: A falência do sócio ostensivo
acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da
respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito
quirografário.”
C) Errada. Não confere personalidade jurídica à
sociedade.
"Art. 993, caput, CC: O contrato social produz efeito
somente entre os sócios, e a eventual inscrição de
seu instrumento em qualquer registro não confere
personalidade jurídica à sociedade."
D) Errada. O sócio participante (Clara), não pode
tomar parte nas relações do sócio ostensivo com
terceiros.
"Art. 993, Parágrafo único, CC: Sem prejuízo do
direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o
sócio participante não pode tomar parte nas
relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena
de responder solidariamente com este pelas
obrigações em que intervier."
50. LETRA D
TEMA: EMPRESA E EMPRESÁRIO
A) Errada. Não há tratamento favorecido a associação
futebolística.
"Art. 970, CC: A lei assegurará tratamento favorecido,
diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao
pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos
daí decorrentes."
B) Errada. Empresa é objeto de direito. Empresa
(objeto de direito) é a atividade econômica e
organizada, para produção ou circulação de bens ou
de serviços; Empresário (sujeito de direito) é aquele
que exerce profissionalmente a atividade econômica
através do estabelecimento.
C) Errada. O registro não é ato de constituição da
qualidade de empresário, apenas ato que pode alterar
suas obrigações como empresário, assim como a
responsabilidade patrimonial.
“Art. 966, caput, CC: Considera-se empresário quem
exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens
ou de serviços.”
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
22
D) Correta. Alternativa de acordo com o Artigo 969 do
Código Civil.
"Art. 969, CC: O empresário que instituir sucursal,
filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de
outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste
deverá também inscrevê-la, com a prova da
inscrição originária.
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição
do estabelecimento secundário deverá ser averbada
no Registro Público de Empresas Mercantis da
respectiva sede."
PROCESSO CIVIL
51. LETRA C
TEMA: ATOS PROCESSUAIS
A) Errada. Não é necessária a intimação das partes
para a prática de ato processual ou a realização de
audiência cujas datas tiverem sido designadas no
calendário.
"Art. 191, § 2º, CPC: Dispensa-se a intimação das
partes para a prática de ato processual ou a
realização de audiência cujas datas tiverem sido
designadas no calendário."
B) Errada. O juiz e as partes podem fixar calendário
para a prática dos atos processuais.
"Art. 191, caput, CPC: De comum acordo, o juiz e as
partes podem fixar calendário para a prática dos
atos processuais, quando for o caso."
C) Correta. Alternativa de acordo com o Artigo 191, § 1º,
do Código de Processo Civil.
"Art. 191, § 1º, CPC: O calendário vincula as partes e o
juiz, e os prazos nele previstos somente serão
modificados em casos excepcionais, devidamente
justificados."
D) Errada. O calendário vincula as partes e o juiz,
conforme Artigo 191, § 1º, do Código de Processo Civil.
52. LETRA D
TEMA: RECURSOS
A) Errada. A penhora poderá ser realizada em dia não
útil, fora do horário das 6 às 20 horas.
"Art. 212, CPC: Os atos processuais serão realizados
em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as
citações, intimações e penhoras poderão realizar-se
no período de férias forenses, onde as houver, e nos
feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido
neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI,
da Constituição Federal."
B) Errada. O ato processual por meio eletrônico
poderá ser até às 00h do último dia do prazo.
"Art. 213, CPC: A prática eletrônica de ato processual
pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e
quatro) horas do último dia do prazo.
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o
qual o ato deve ser praticado será considerado para
fins de atendimento do prazo."
C) Errada. Caberá agravo de instrumento contra
decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de
inventário.
"Art. 1.015, Parágrafo único, CPC: Também caberá
agravo de instrumento contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de
cumprimento de sentença, no processo de execução
e no processo de inventário.
D) Correta. o prazo para interpor os recursos e para
responder-lhes é de 15 dias.
"Art. 1.003, § 5º, CPC: Excetuados os embargos de
declaração, o prazo para interpor os recursos e para
responder-lhes é de 15 (quinze) dias."
53. LETRA C
TEMA: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
A) Errada. O Ente Público detém legitimidade para
intervir, porém precisa demonstrar interesse direto na
coisa, apresentando fundamentação específica e não
genérica.
B) Errada. É possível a intervenção incidental do Ente
Público, conforme a Súmula 637 do STJ.
C) Correta. Alternativa conforme a Súmula 637 do STJ.
"Súmula 637, STJ: O ente público detém legitimidade
e interesse para intervir, incidentalmente, na ação
possessória entre particulares, podendo deduzir
qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o
domínio."
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
23
D) Errada. O ente público pode intervir em ações
possessórias, conforme a Súmula 637 do STJ.
54. LETRA B
TEMA: DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
A) Errada. O juiz não pode conhecer do fundamento
da prescrição, uma vez que a prescrição pode ser
alegada desde que superveniente à sentença, ou seja,
se ocorrer após a sentença. Além disso, o juiz também
não pode conhecer do fundamento do excesso de
execução, pois Tício não indicou o valor que entendia
correto, mesmo após o juiz lhe conceder nova
oportunidade para tanto.
"Art. 525, CPC: (...)
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
V - excesso de execução ou cumulação indevida de
execuções;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da
obrigação, como pagamento, novação,
compensação, transação ou prescrição, desde que
supervenientes à sentença.
§ 4º Quando o executado alegar que o exequente,
em excesso de execução, pleiteia quantia superior à
resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de
imediato o valor que entende correto, apresentando
demonstrativo discriminado e atualizado de seu
cálculo.
§ 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor correto
ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação
será liminarmente rejeitada, se o excesso de
execução for o seu único fundamento, ou, se houver
outro, a impugnação será processada, mas o juiz não
examinará a alegação de excesso de execução."
B) Correta. O juiz não pode conhecer do fundamento
da prescrição, uma vez que a prescrição pode ser
alegada desde que superveniente à sentença, ou seja,
se ocorrer após a sentença. Além disso, o juiz também
não pode conhecer do fundamento do excesso de
execução, pois Tício não indicou o valor que entendia
correto, mesmo após o juiz lhe conceder nova
oportunidade para tanto. Conforme Artigo 525 do
Código de Processo Civil.
C) Errada. O juiz não pode conhecer do fundamento
da prescrição, uma vez que a prescrição pode ser
alegada desde que superveniente à sentença, ou seja,
se ocorrer após a sentença. Conforme Artigo 525 do
Código de Processo Civil.
D) Errada. O juiz não pode conhecer do fundamento
do excesso de execução, pois Tício não indicou o valor
que entendia correto. Conforme Artigo 525 do Código
de Processo Civil.
55. LETRA C
TEMA: AÇÃO RESCISÓRIA
A) Errada. A decisão de mérito deve ter transitado em
julgado, mas não há necessidade de esgotar todos os
recursos cabíveis no procedimento comum.
“Súmula 514, STF: Admite-se ação rescisória contra
sentença transitada em julgado, ainda que contraela não se tenham esgotado todos os recursos."
B) Errada. É via processual adequada porque,
conforme Artigo 966 do Código de Processo Civil, são
vários os escopos da ação rescisória.
"Art. 966, CPC: A decisão de mérito, transitada em
julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de
prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo
absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora
em detrimento da parte vencida ou, ainda, de
simulação ou colusão entre as partes, a fim de
fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido
apurada em processo criminal ou venha a ser
demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em
julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de
que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe
assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do
exame dos autos.
(...)"
C) Correta. A Fazenda pública pode entrar com ação
rescisória, bem como, pedir a concessão de tutela
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
24
provisória para suspender a eficácia da decisão que
está sendo impugnada.
"Art. 966, CPC: A decisão de mérito, transitada em
julgado, pode ser rescindida quando:
IV - ofender a coisa julgada;"
"Art. 969, CPC: A propositura da ação rescisória não
impede o cumprimento da decisão rescindenda,
ressalvada a concessão de tutela provisória."
D) Errada. Não há necessidade de pedir rejulgamento
da causa originária porque o que está se querendo
com a ação rescisória em análise é a desconstituição
da decisão transitada em julgado do segundo
processo, vez que este violou a coisa julgada que já
havia se constituído anteriormente em sede de
mandado de segurança.
56. LETRA A
TEMA: PROVAS
A) Correta. Bruno poderá requerer a lavratura de ata
notarial para documentar o conteúdo das publicações
nas redes sociais. A ata notarial é instrumento
formalizado por tabelião para constatar a realidade de
um fato que ele presenciou ou do qual tomou
conhecimento, sem qualquer emissão de opinião
pessoal.
"Art. 384, CPC: A existência e o modo de existir de
algum fato podem ser atestados ou documentados,
a requerimento do interessado, mediante ata
lavrada por tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por imagem
ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão
constar da ata notarial."
B) Errada. Não é necessário o ajuizamento da ação
posterior à ação de produção antecipada de provas. A
produção antecipada de provas perdeu sua natureza
de cautelar, tornando-se uma ação probatória
autônoma.
C) Errada. Bruno pode propor uma ação de produção
antecipada de provas, antes de promover qualquer
outra ação.
"Art. 381, CPC: A produção antecipada da prova será
admitida nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se
impossível ou muito difícil a verificação de certos
fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de
viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar
ou evitar o ajuizamento de ação.
(...)"
D) Errada. A tutela de evidência será concedida
apenas nos casos previstos no Artigo 311 do Código de
Processo Civil, não sendo o caso da questão.
"Art. 311, CPC: A tutela da evidência será concedida,
independentemente da demonstração de perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou
o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas
apenas documentalmente e houver tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em
prova documental adequada do contrato de
depósito, caso em que será decretada a ordem de
entrega do objeto custodiado, sob cominação de
multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova
documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz
de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o
juiz poderá decidir liminarmente."
DIREITO PENAL
57. LETRA A
TEMA: CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
A) Correta. Ainda que a vítima tenha afirmado ter
consentido com a prática dos beijos e carícias
recíprocas nas partes íntimas, por ser menor de 14
anos, não possuía a capacidade necessária para
consentir com o ato, o que, segundo o art. 217-A, § 5º,
do CP e a Súmula 593, do STJ, constitui crime de
estupro de vulnerável independentemente do
consentimento da vítima.
Além disso, o crime de estupro de vulnerável do art.
217-A do CP é configurado mediante a prática de
conjunção carnal ou de outro ato libidinoso com
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
25
menor de 14 (catorze) anos, o que abarca os beijos e
carícias recíprocas nas partes íntimas para fins de
caracterização do crime.
“Art. 217-A, CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro
ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena
- reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º
deste artigo aplicam-se independentemente do
consentimento da vítima ou do fato de ela ter
mantido relações sexuais anteriormente ao crime.”
“Súmula 593, STJ - O crime de estupro de vulnerável
se configura com a conjunção carnal ou prática de ato
libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante
eventual consentimento da vítima para a prática do
ato, sua experiência sexual anterior ou existência de
relacionamento amoroso com o agente.”
B) Errada. O crime praticado foi o de estupro de
vulnerável, nos termos apresentados no comentário
da alternativa anterior.
C) Errada. O consentimento dos genitores ou da
vítima são irrelevantes, vide comentários da
alternativa “A”.
D) Errada. Não houve prática de crime de
importunação sexual, mas sim de estupro de
vulnerável, pois o crime de estupro de vulnerável do
art. 217-A do CP é configurado mediante a prática de
conjunção carnal OU de outro ato libidinoso com
menor de 14 (catorze) anos, o que abarca os beijos e
carícias recíprocas nas partes íntimas para fins de
caracterização do crime, conforme o narrado no
enunciado.
58. LETRA A
TEMA: LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - LEI DE
ABUSO DE AUTORIDADE
A) Correta. Os crimes de abuso de autoridade são
dolosos e exigem, nos termos do art. 1º, § 1º, da Lei
13.869/2019, finalidade especial de prejudicar outrem
ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por
mero capricho ou satisfação pessoal.
B) Errada. Aquele que exerce função pública
transitoriamente ou sem remuneração é considerado
autoridade pública, de modo que PODE figurar como
sujeito ativo nos crimes de abuso de autoridade, nos
termos do art. 2º, parágrafo único, da Lei 13.869/2019.
“Art. 2º, parágrafo único, Lei 13.869/2019: Reputa-se
agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em
órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste
artigo.”
C) Errada. A queixa-crime subsidiária somente será
oferecida diante da inércia do MP, nos termos do Art.
3°, §§ 1º e 2º, da Lei 13.869/2019.
“Art. 3º, Lei 13.869/2019: Os crimes previstos nesta Lei
são de ação penal pública incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal
pública não for intentada no prazo legal, cabendo
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como
parteprincipal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo
de 6 (seis) meses, contado da data em que se
esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.”
D) Errada. Nos termos do caput do art. 3º, da Lei
13.869/2019, os crimes desta Lei serão em regra de
ação penal pública incondicionada.
59. LETRA B
TEMA: FATO TÍPICO
A) Errada. Não ocorreu arrependimento posterior,
pois não estão presentes os requisitos do art. 16, do
CP: crime cometido sem violência ou grave ameaça à
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato
voluntário do agente. No caso apresentado, ocorreu
arrependimento eficaz, vide comentários da
alternativa “B”.
“Art. 16, CP - Nos crimes cometidos sem violência ou
grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída
a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa,
por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de
um a dois terços.”
B) Correta. Tendo em vista que Jaqueline concluiu
todos os atos executórios (misturou veneno na bebida
que a vítima bebeu), e, após isso, arrependeu-se e
impediu de maneira eficaz que o resultado se
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
26
produzisse ao dar a Fábio o antídoto, salvando-lhe a
vida, ocorreu o arrependimento eficaz, nos termos do
art. 15, segunda parte, do CP.
A consequência é que responda pelos atos praticados.
Contudo, como Fábio não sofreu qualquer dano, não
há que se falar em crime.
“Art. 15, CP - O agente que, voluntariamente, desiste
de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados.”
C) Errada. Não se trata de desistência voluntária (art.
15, primeira parte, CP), pois Jaqueline já havia
concluído os atos executórios. A desistência voluntária
ocorre quando o agente deixa de prosseguir com os
atos executórios após estes serem iniciados, o que
não é o caso.
“Art. 15, CP - O agente que, voluntariamente,
desiste de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados.”
D) Errada. Não houve tentativa, mas sim
arrependimento eficaz, nos termos do art. 15, segunda
parte, do CP. A tentativa ocorre quando o crime não
se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente (art. 14, II, do CP), o que não é o caso, já que
Jaqueline se arrependeu e evitou que o crime se
consumasse.
“Art. 14, CP - Diz-se o crime: (...)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.”
60. LETRA D
TEMA: LEI PENAL NO TEMPO E LEP
A) Errada. Não se trata de revisão criminal, mas sim
de aplicação pelo juízo da execução penal da lei
posterior mais benéfica, nos termos dos art. 2º, p.
único, CP e art. 66, I, da LEP - Lei 7.210/84, bem como
da Súmula 611, do STF.
B) Errada. Não é o caso de modificar a sentença, mas
sim de aplicação pelo juízo da execução penal da lei
posterior mais benéfica, nos termos dos art. 2º, p.
único, CP e art. 66, I, da LEP - Lei 7.210/84, bem como
da Súmula 611, do STF.
C) Errada. A aplicação da lei mais benéfica poderá
ocorrer ainda que tenha ocorrido o trânsito em
julgado, conforme dispõe o art. 2º, p. único, CP e art.
66, I, da LEP - Lei 7.210/84, bem como a Súmula 611, do
STF.
D) Correta. Tendo em vista que trata-se de lei penal
mais benigna, esta deve retroagir e ser aplicada ao
caso enunciado, ainda que tenha havido o trânsito em
julgado (art. 2º, p. único, CP). O art. 66, I, da LEP - Lei
7.210/84 estabelece que compete ao Juiz da execução
aplicar aos casos julgados lei posterior que de
qualquer modo favorecer o condenado. Tal disposição
também encontra-se sumulada, na Súmula 611, do
STF.
“Art. 2º, Parágrafo único, CP - A lei posterior, que de
qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.”
“Súmula 611, STF: Transitada em julgado a sentença
condenatória, compete ao juízo das execuções a
aplicação de lei mais benigna.”
61. LETRA B
TEMA: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
A) Errada. Rogério praticou crime de extorsão,
enquanto Bernardo agiu em erro de tipo. Com relação
a Marina, esta agiu sob coação moral irresistível, vide
comentários da alternativa “B”.
B) Correta. Vejamos a conduta de cada agente:
1) Bernardo: Acreditava estar diante de criminosos,
pois Rogério informou que verificou que os
documentos aparentavam ser falsos, de modo que
agiu conforme a falsa percepção que tivera acerca da
situação, caracterizando, portanto, erro de tipo.
2) Rogério: Não houve o simples fato de exigir
vantagem indevida em razão de sua função, Rogério
empregou grave ameaça para fazer tal exigência, o
que caracteriza o crime de extorsão do art. 158, do CP.
Segundo o STJ, “Comete o crime de extorsão e não o
de concussão, o funcionário público que se utiliza de
violência ou grave ameaça para obter vantagem
indevida.” (Tese nº 21, Edição nº 57, Jurisprudência em
Teses do STJ).
3) Mariana: não responderá por corrupção passiva,
pois agiu sob coação moral irresistível, quando
Rogério exigiu quantia em dinheiro para evitar que
Júlio fosse prejudicado, exibindo ostensivamente a
arma de fogo de forma ameaçadora, ou seja, foi
empregada a grave ameaça, a fim de coagi-la.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
27
C) Errada. Rogério praticou crime de extorsão,
enquanto Bernardo agiu em erro de tipo. Com relação
a Marina, esta agiu sob coação moral irresistível, vide
comentários da alternativa “B”.
D) Errada. Rogério praticou crime de extorsão,
enquanto Bernardo agiu em erro de tipo, vide
comentários da alternativa “B”.
62. LETRA A
TEMA: LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL (LEP)
A) Correta. Afirmativa correta, pois, nesse caso, estão
presentes os requisitos do art. 112, § 3º, da LEP. O crime
de tráfico é crime sem violência ou grave ameaça a
pessoa, e não foi cometido contra filho ou
dependente, presentes os demais requisitos,
conforme consta no enunciado da alternativa.
“Art. 112, § 3º, LEP: No caso de mulher gestante ou
que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas
com deficiência, os requisitos para progressão de
regime são, cumulativamente:
I - não ter cometido crime com violência ou grave
ameaça a pessoa;
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou
dependente;
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no
regime anterior;
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário,
comprovado pelo diretor do estabelecimento;
V - não ter integrado organização criminosa.”
B) Errada. A mulher transgênero PODE optar por
cumprir pena em unidade prisional feminina (STF -
ADPF 527).
C) Errada. A condenada não será posta em liberdade,
pois os estabelecimentos penais destinados a
mulheres serão dotados de berçário, possibilitando
que as condenadas cuidem e amamentem os seus
filhos, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade (art. 83,
§ 2º, LEP).
“Art. 83, § 2º, LEP: Os estabelecimentos penais
destinados a mulheres serão dotados de berçário,
onde as condenadas possam cuidar de seus filhos,
inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis)
meses de idade.”
D) Errada. A prisão preventiva de mulher que seja
responsável por criança SERÁ substituída por prisão
domiciliar, mas desde que presentes alguns
requisitos: não tenha cometido crime com violência
ou grave ameaça a pessoa; não tenha cometido o
crime contra seu filho ou dependente.
“Art. 318-A, CPP: A prisão preventiva imposta à
mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência será substituída
por prisão domiciliar, desde que:
I - não tenha cometido crime com violência ou grave
ameaça a pessoa;
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou
dependente.”
PROCESSO PENAL
63. LETRA C
TEMA: PROCEDIMENTOS (TRIBUNAL DO JÚRI)
A) Errada. O Ministério Público NÃO poderá fazer
referência ao silêncio do acusado em seu
interrogatório como argumento de autoridade em
prejuízo deste,e, caso ocorra, restará evidenciada
nulidade por afronta ao disposto no art. 478, II, do
CPP.
“Art. 478, CPP. Durante os debates as partes não
poderão, sob pena de nulidade, fazer referências:
(...)
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de
interrogatório por falta de requerimento, em seu
prejuízo.”
B) Errada. O assistente de acusação NÃO poderá fazer
referência à decisão de pronúncia como argumento
de autoridade que prejudique o acusado, sob pena de
nulidade, nos termos do art. 478, I, do CPP.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA: “A simples leitura
da pronúncia no Plenário do Júri, não leva à
nulidade do julgamento, que somente ocorre se a
referência for utilizada como argumento de
autoridade que beneficie ou prejudique o
acusado.” (STJ Jurisprudência em Teses – Edição 75
– Tese 08: )
C) Correta. É o que estabelece o art. 478, I, do CPP.
“Art. 478, CPP. Durante os debates as partes não
poderão, sob pena de nulidade, fazer referências:
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
28
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores
que julgaram admissível a acusação ou à
determinação do uso de algemas como argumento
de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o
acusado;”
D) Errada. Conforme dispõe o art. 479, do CPP, deverá
haver a juntada com antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
“Art. 479, CPP. Durante o julgamento não será
permitida a leitura de documento ou a exibição de
objeto que não tiver sido juntado aos autos com a
antecedência mínima de 3 (três) dias úteis,
dando-se ciência à outra parte.”
64. LETRA D
TEMA: AÇÃO PENAL
A) Errada. É vedada da homologação de transação
penal, em favor do agressor, nos crimes praticados
com violência contra a mulher por razões da condição
do sexo feminino, nos termos da Súmula 536, do STJ.
“Súmula 536, STJ: A suspensão condicional do
processo e a transação penal não se aplicam na
hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da
Penha.”
B) Errada. Conforme estabelece o Art. 28-A, §2º, do
CPP, o acordo de não persecução penal não poderá
ser homologado caso for cabível transação penal de
competência dos Juizados Especiais Criminais. Há
vedação também no caso ter sido o agente
beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da
infração, em suspensão condicional do processo.
“Art. 28-A, § 2º, CPP: O disposto no caput deste artigo
não se aplica nas seguintes hipóteses:
I - se for cabível transação penal de competência dos
Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (...)
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos
anteriores ao cometimento da infração, em acordo
de não persecução penal, transação penal ou
suspensão condicional do processo; (...)”
C) Errada. A pena mínima deverá ser INFERIOR a 4
anos, nos termos do caput do Art. 28-A, do CPP.
“Art. 28-A, CPP. Não sendo caso de arquivamento e
tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem
violência ou grave ameaça e com pena mínima
inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público
poderá propor acordo de não persecução penal,
desde que necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime, mediante as seguintes
condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
(...)”
D) Correta. Trata-se do teor do art. 28-A, §11, do CPP.
“Art. 28-A, § 11, CPP. O descumprimento do acordo
de não persecução penal pelo investigado também
poderá ser utilizado pelo Ministério Público como
justificativa para o eventual não oferecimento de
suspensão condicional do processo.”
65. LETRA A
TEMA: QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES
(MEDIDAS ASSECURATÓRIAS)
A) Correta. Trata-se de expressa previsão legal do art.
127, do CPP.
“Art. 127, CPP: O juiz, de ofício, a requerimento do
Ministério Público ou do ofendido, ou mediante
representação da autoridade policial, poderá ordenar
o sequestro, em qualquer fase do processo ou ainda
antes de oferecida a denúncia ou queixa.”
B) Errada. O sequestro será cabível ainda que os bens
imóveis já tenham sido transferidos a terceiro, a teor
do art. 125, do CP.
“Art. 125, CP: Caberá o sequestro dos bens imóveis,
adquiridos pelo indiciado com os proventos da
infração, ainda que já tenham sido transferidos a
terceiro.”
C) Errada. O prazo estabelecido no art. 131, I, do CPP é
de 60 dias.
“Art. 131, CPP: O sequestro será levantado:
I - se a ação penal não for intentada no prazo de
sessenta dias, contado da data em que ficar concluída
a diligência; (...)”
D) Errada. O art. 129, do CPP indica o embargos de
terceiro, e não embargos infringentes e de nulidade.
“Art. 129, CPP: O sequestro autuar-se-á em apartado
e admitirá embargos de terceiro.”
66. LETRA D
TEMA: PROVAS
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
29
A) Errada. A gravação é prova lícita, mas pelo fato de
que é permitida a gravação telefônica efetivada a
pedido da genitora da vítima, nos termos
apresentados no enunciado, vide comentários da
alternativa “D”.
B) Errada. A gravação é prova lícita, vide comentários
da alternativa “D”. Não se trata de interceptação
telefônica, pois esta ocorre com a captação de
conversas telefônicas feita por terceiro e sem o
conhecimento de nenhum dos interlocutores, o que
não é o caso apresentado.
C) Errada. A gravação é prova lícita, vide comentários
da alternativa “D”. Não se trata de escuta ambiental,
pois esta ocorre quando duas pessoas conversam fora
do telefone e a conversa entre elas é ouvida por um
terceiro, havendo a ciência e concordância de um dos
interlocutores, o que não é o caso apresentado.
D) Correta. Alternativa de acordo com o
entendimento do STJ, o qual estabelece a licitude de
gravação telefônica efetivada a pedido da genitora da
vítima, ainda que por meio de detetive particular, nos
casos de crime sexual contra adolescente
absolutamente incapaz.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA: “Em processo
que apure a suposta prática de crime sexual
contra adolescente absolutamente incapaz, é
admissível a utilização de prova extraída de
gravação telefônica efetivada a pedido da
genitora da vítima, em seu terminal telefônico,
mesmo que solicitado auxílio técnico de detetive
particular para a captação das conversas.” STJ. 6ª
Turma. REsp 1026605-ES, Rel. Min. Rogerio Schietti
Cruz, julgado em 13/5/2014 (Info 543)
67. LETRA B
TEMA: RECURSOS
A) Errada. O recurso não foi intempestivo, vide
comentários da alternativa “B”.
B) Correta. Segundo o teor do art. 577, do CPP, o
recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público,
ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou
seu defensor. Portanto, é evidente a legitimidade e
autonomia tanto do defensor quanto do acusado
para a proposição do recurso defensivo.
Conforme consta no enunciado, Alex foi
pessoalmente intimado em 17/07/2023, momento no
qual informou ao oficial de justiça que queria recorrer
da decisão e solicitou atendimento da Defensoria
Pública, tendo o servidor público prontamente
certificado as declarações do réu. Assim, segundo o
art. 578, do CPP, o recurso será interposto por petição
ou por termo nos autos.
Diante do exposto, considerando que o réu possui
capacidade postulatória autônoma para interposição
de apelação, de modo que expressou o seu interesse
recursal de forma tempestiva, na data em que foi
intimado, por meio de declaração efetuada ao oficial
de justiça que certificou isso nos autos, acertou a
alternativa ao indicar que a decisão suprimiu direito
de defesa de Alex, pois o recurso foi tempestivo,
sendo os autos remetidos à Defensoria Pública
apenas para apresentação de razões.
Cumpre destacar que a jurisprudência dominante é
no sentido de que, apresentado o termo de apelação
dentro do prazo legal, a apresentação extemporânea
das razões recursais constitui mera irregularidade.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA:
STF: Apelação criminal – apresentação
extemporânea apenas das razões – mera
irregularidade
"I – Esta Corte já sedimentou a orientação no
sentidode que, apresentado o termo de
apelação dentro do prazo legal, a apresentação
extemporânea das razões recursais constitui
mera irregularidade, que não prejudica a
apreciação do recurso. Precedentes. II – O
entendimento adotado pelo tribunal regional, que
deixou de conhecer da apelação em função da
extemporaneidade das razões recursais, configura
flagrante constrangimento ilegal, apto a justificar
a superação do enunciado da Súmula 691 deste
Tribunal e, por conseguinte, a concessão da ordem.
III – Ordem concedida para determinar ao Tribunal
Regional Federal da 1ª Região que, afastada a
preliminar de intempestividade, prossiga no
julgamento da apelação interposta pelo ora
paciente." HC 112355
C) Errada. O recurso não foi intempestivo, vide
comentários da alternativa “B”.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
30
D) Errada. Conforme o destacado no comentário da
alternativa “B”, há a legitimidade e autonomia tanto
do defensor quanto do acusado para a proposição do
recurso defensivo, nos termos do art. 577, do CPP.
68. LETRA D
TEMA: PRISÕES (MEDIDA CAUTELAR)
A) Errada. Segundo a jurisprudência do STJ, “O
monitoramento eletrônico associado, atribuição
do Estado, não é condição indeclinável para a
detração dos períodos de submissão a essas
medidas cautelares, não se justificando distinção de
tratamento ao investigado ao qual não é
determinado e disponibilizado o aparelhamento.”
(STJ. 3ª Seção. REsp 1977135-SC, Rel. Min. Joel Ilan
Paciornik, julgado em 23/11/2022 (Recurso Repetitivo –
tema 1155) (Info 758).
B) Errada. Não há previsão legal nesse sentido, pois
trata-se de entendimento jurisprudencial.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA: “1. O período de
recolhimento obrigatório noturno e nos dias de
folga, por comprometer o status libertatis do
acusado deve ser reconhecido como período a
ser detraído da pena privativa de liberdade e da
medida de segurança, em homenagem aos
princípios da proporcionalidade e do non bis in
idem.” (STJ. 3ª Seção. REsp 1977135-SC, Rel. Min. Joel
Ilan Paciornik, julgado em 23/11/2022 (Recurso
Repetitivo – tema 1155) (Info 758)
C) Errada. É possível a detração pelo período de
repouso noturno, e não só nos dias de folga, vide
comentários das alternativas anteriores.
D) Correta. Teor da alternativa de acordo com a
jurisprudência do STJ: “3. A soma das horas de
recolhimento domiciliar a que o réu foi submetido
devem ser convertidas em dias para contagem da
detração da pena. Se no cômputo total
remanescer período menor que vinte e quatro
horas, essa fração de dia deverá ser desprezada."
(STJ. 3ª Seção. REsp 1977135-SC, Rel. Min. Joel Ilan
Paciornik, julgado em 23/11/2022 (Recurso Repetitivo –
tema 1155) (Info 758).
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
69. LETRA D
TEMA: BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE
A referida questão requer o conhecimento acerca do
art. 86, caput da Lei nº 8.213/91, conforme segue:
“Art. 86, Lei nº 8.213/91. O auxílio-acidente será
concedido, como indenização, ao segurado quando,
após consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultarem
sequelas que impliquem redução da capacidade
para o trabalho que habitualmente exercia.”
Dessa forma, passemos para a análise das
alternativas:
A) Errada. Pois o caso de Marcus Vinicius não se
encaixa no benefício em questão, nos moldes do
caput do art. 42 da Lei nº 8.213/91.
B) Errada. Pois o caso de Marcus Vinicius não se
encaixa no benefício em questão, nos moldes do
caput do art. 59 da Lei nº 8.213/91.
C) Errada. Pois o caso de Marcus Vinicius não se
encaixa no benefício em questão, nos moldes do
caput do art. 65 da Lei nº 8.213/91.
D) Correta. Pois é benefício que se enquadra ao caso
de Marcos Vinicius, com base no caput do art. 86 da
Lei nº 8.213/91.
70. LETRA B
TEMA: BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE
A referida questão requer o conhecimento acerca do
art. 71-A, § 1º da Lei nº 8.213/91, conforme segue:
“Art. 71-A, Lei nº 8.213/91. Ao segurado ou segurada
da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda
judicial para fins de adoção de criança é devido
salário-maternidade pelo período de 120 (cento e
vinte) dias.
§ 1º O salário-maternidade de que trata este artigo
será pago diretamente pela Previdência Social.”
Dessa forma, passemos para a análise das
alternativas:
A) Errada. Pois no caso em alhures é devido à
Mateus, pois o mesmo é segurado da previdência
social, nos termos do art. 71-A, § 1º da Lei nº 8.213/91.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
31
B) Correta. Pois Mateus é segurado da previdência
social, nos moldes do art. 71-A, § 1º da Lei nº 8.213/91.
C) Errada. Pelas mesmas razões expostas na
alternativa “A”.
D) Errada. Pelas mesmas razões expostas na
alternativa “A”.
DIREITO DO TRABALHO
71. LETRA B
TEMA: JORNADA DE TRABALHO - FÉRIAS
A) Errada. Não se trata de um direito potestativo dos
empregados, o empregador pode ou não conceder as
férias em conjunto desde que não traga prejuízos
para sua empresa, conforme art. 136, §1° da CLT.
“Art. 136, § 1° da CLT. Os membros de uma família,
que trabalharem no mesmo estabelecimento ou
empresa, terão direito a gozar férias no mesmo
período, se assim o desejarem e se disto não resultar
prejuízo para o serviço.”
B) Correta. As férias do casal poderiam ter início em
datas diferentes, mas não poderiam acontecer na
véspera ou antevéspera de feriado, tendo em vista
que é vedado o início das férias no período de dois
dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.
C) Errada. Embora a atitude da sociedade empresária
esteja correta em razão do casal iniciar as férias em
períodos diferentes, não é irrelevante que seja véspera
ou antevéspera de feriado.
D) Errada. A sociedade empresária poderia conceder
as férias em períodos distintos, mas, não precisaria
pagar os prejuízos materiais a que deu causa.
72. LETRA B
TEMA: SUSPENSÃO E RESCISÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO
A) Errada. Embora esteja dentro do poder diretivo do
empregador aplicar a punição de suspensão, o limite
é de 30 dias, pois se exceder esse prazo importa na
rescisão injusta do contrato de trabalho.
“Art. 474 da CLT. A suspensão do empregado por
mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na
rescisão injusta do contrato de trabalho.”
B) Correta. Como a empresa excedeu o período
máximo da suspensão de 30 dias, importará na
rescisão injusta do contrato de trabalho, conforme art.
474 da CLT.
C) Errada. A gravidade da conduta importa a rescisão
injusta do contrato de trabalho.
D) Errada. Não há o perdão tácito para que o
empregador não puna as empregadas por aquele ato.
73. LETRA B
TEMA: EMPREGADOR - RESPONSABILIDADE
DAS EMPRESAS
A) Errada. O Município de Balsas/MA não terá
responsabilidade solidária. A responsabilidade será
subsidiária conforme súmula 331, V do TST, tendo em
vista que se trata de um ente da Administração direta
e é tomador de serviço.
“Súmula 331, V TST. Os entes integrantes da
Administração Pública direta e indireta respondem
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
caso evidenciada a sua conduta culposa no
cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de
21.06.1993, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada.”
B) Correta. Como a empresa B integra o grupo
econômico, terá responsabilidade solidária conforme
consta no art. 2°, §2° da CLT, enquanto o Município de
Balsas, por ser ente da Administração direta e
tomador de serviço, responderá subsidiariamente, nos
termos da súmula 331, V do TST.
“Art. 2º, §2º CLT. Sempre que uma ou mais empresas,
tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem
grupo econômico, serão responsáveis solidariamentepelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.”
C) Errada. A empresa “B” poderá ser responsabilizada
de forma solidária por se tratar de um grupo
econômico, conforme art. 2°, § 2° da CLT.
D) Errada. A empresa “B” responderá de forma
solidária, em razão do grupo econômico, e o
Município de Balsas/MA terá responsabilidade
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
32
subsidiária, conforme explicação das alternativas
anteriores.
74. LETRA D
TEMA: ESTABILIDADE
A) Errada. A estabilidade por acidente do trabalho
pode ser reconhecida nos contratos de experiência,
conforme súmula 378, III do TST.
Súmula 378, III do TST. O empregado submetido a
contrato de trabalho por tempo determinado goza da
garantia provisória de emprego decorrente de
acidente de trabalho prevista no Art. 118 da Lei nº
8.213/91.
B) Errada. Como vimos na alternativa anterior há
direito a estabilidade por acidente do trabalho nos
contratos por prazo determinado, que é o caso do
contrato de experiência.
C) Errada. O contrato só não poderia ser encerrado se
Mirtes tivesse ficado afastada por mais de 15 dias, com
a consequente percepção do auxílio-doença
acidentário, conforme súmula 378, II do TST.
D) Correta. O empregado submetido a contrato por
prazo determinado tem direito a garantia de
emprego decorrente de acidente do trabalho, porém
é necessário observar o afastamento por mais de 15
dias, com a consequente percepção do
auxílio-doença acidentário, conforme súmula 378, II
do TST.
“Súmula 378, II do TST. São pressupostos para a
concessão da estabilidade o afastamento superior a 15
dias e a consequente percepção do auxílio-doença
acidentário, salvo se constatada, após a despedida,
doença profissional que guarde relação de
causalidade com a execução do contrato de
emprego.”
75. LETRA C
TEMA: REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
A) Errada. Os descontos não são ilegais, tendo em
vista que há previsão na OJ 18 da SDC do TST para
descontos autorizados.
“OJ 18 SDC do TST. Descontos autorizados no salário
pelo trabalhador. Limitação máxima de 70% do salário
base (inserida em 25.05.1998)
Os descontos efetuados com base em cláusula de
acordo firmado entre as partes não podem ser
superiores a 70% do salário base percebido pelo
empregado, pois deve-se assegurar um mínimo de
salário em espécie ao trabalhador.”
B) Errada. Não precisa da concordância do
empregado por escrito, quando há um desconto legal
ou até mesmo judicial.
C) Correta. Fernanda sofreu desconto legal, Oswaldo,
desconto judicial e Joana, desconto contratual.
D) Errada. Apenas Joana está sofrendo um desconto
contratual.
PROCESSO DO TRABALHO
76. LETRA D
TEMA: PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
A) Errada. Não tem a condição de que o processo não
esteja na sede do TST, pode ser em qualquer grau de
jurisdição..
B) Errada. Não tem a condição que o processo não
esteja em grau recursal, pode ser em qualquer grau
de jurisdição.
C) Errada. É independente do requerimento de Caio.
D) Correta. É independente do requerimento de Caio,
após decorridos 2 anos do descumprimento da
determinação judicial por Ananias, em qualquer grau
de jurisdição, conforme consta no art. 11-A da CLT.
“Art. 11-A da CLT. Ocorre a prescrição intercorrente no
processo do trabalho no prazo de dois anos.
§ 1° A fluência do prazo prescricional intercorrente
inicia-se quando o exequente deixa de cumprir
determinação judicial no curso da execução.
§ 2 ° A declaração da prescrição intercorrente pode
ser requerida ou declarada de ofício em qualquer
grau de jurisdição. “
77. LETRA B
TEMA: TIPOS DE PROCEDIMENTO
A) Errada. Embora a alternativa menciona o número
de testemunha correto, o procedimento que seria
adotado por Vanessa não seria o ordinário, tendo em
vista que o valor da causa dela não excede 40 salários
mínimos.
B) Correta. Como o valor da causa é superior a 02
salários mínimos e inferior a 40, o procedimento a ser
adotado é o sumaríssimo e o número de testemunhar
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
33
é de até 02 para cada parte conforme art. 852-H, §2°
da CLT.
“Art. 852-A da CLT. Os dissídios individuais cujo valor
não exceda a quarenta vezes o salário mínimo
vigente na data do ajuizamento da reclamação
ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.”
“Art. 852-H. § 2º da CLT. As testemunhas, até o
máximo de duas para cada parte (rito sumaríssimo),
comparecerão à audiência de instrução e
julgamento independentemente de intimação.”
C) Errada. Não seria o procedimento sumário, porque
excede o valor de 02 salários mínimos.
D) Errada. Não é situação de ação de consignação em
pagamento.
78. LETRA C
TEMA: CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL
A) Errada. O juiz irá intimar a recorrente para
comprovar o recolhimento do restante das custas
processuais, ou seja, R$100,00 no prazo de 05 dias. Já
o empregador irá pagar metade do depósito recursal.
B) Errada. O recurso não será recebido de imediato,
pois o juiz deverá intimar o recorrente para comprovar
o recolhimento do restante das custas processuais.
C) Correta. O juiz irá intimar a recorrente para
comprovar o recolhimento do restante das custas
processuais no prazo de 05 dias, sob pena de
deserção, conforme OJ 140 da SDI-I do TST. E como
Ana era empregada doméstica, o seu empregador
terá o valor do depósito recursal reduzido pela
metade, conforme art. 899, §9° da CLT. Já a respeito
das custas.
“OJ 140 da SDI-I do TST. Em caso de recolhimento
insuficiente das custas processuais ou do depósito
recursal, somente haverá deserção do recurso se,
concedido o prazo de 5(cinco) dias previsto no § 2º do
art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não
complementar e comprovar o valor devido.”
“Art. 899, §9° da CLT. O valor do depósito recursal
será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e
empresas de pequeno porte.”
D) Errada. O recurso só seria deserto se após a
intimação, a parte não fizesse a comprovação da
complementação das custas no prazo de 05 dias.
79. LETRA C
TEMA: RECURSOS
A) Errada. Quando há uma sentença que não
homologa o acordo, é cabível o recurso ordinário
conforme art. 895 da CLT.
“ Art. 895 da CLT. Cabe recurso ordinário para a
instância superior:
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e”
B) Errada. O agravo de petição é cabível na execução
e não das decisões dos juízes nas varas.
C) Correta. Da decisão da não homologação judicial
caberá recurso ordinário para o TRT da 13ª Região,
tendo em vista que a decisão tem a natureza jurídica
de sentença.
D) Errada. Não é cabível mandado de segurança pois
não viola direito líquido e certo, conforme súmula 418
do TST
“Súmula 418 do TST. A homologação de acordo
constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido
e certo tutelável pela via do mandado de segurança.”
80. LETRA B
TEMA: RECURSOS
A) Errada. Não seria cabível recurso de revista, pois
não estamos diante das hipóteses previstas no art.
896 da CLT. Nesse caso seria interposto o recurso
ordinário conforme art. 895, II da CLT.
“Art. 895 da CLT. Cabe recurso ordinário para a
instância superior:
II - das decisões definitivas ou terminativas dos
Tribunais Regionais, em processos de sua
competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer
nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.”
“Súmula 158 do TST. Da decisão de Tribunal Regional
do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso
ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em
face da organização judiciária trabalhista.”
B) Correta. No julgamento do RO interposto pela
empresa pública, caso seja constatado que não lhe foi
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
34
possibilitada a retificação do vício em momento
oportuno, deverão ser anulados de ofício os atos
processuais perpetradosapós o ajuizamento da ação
rescisória, conforme entendimento jurisprudencial.
“AÇÃO RESCISÓRIA. QUESTÃO PREJUDICIAL DE
MÉRITO. DEFICIÊNCIA DA PETIÇÃO INICIAL.
AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO
EXERCÍCIO DO JUÍZO RESCISÓRIO. ANULAÇÃO DE
OFÍCIO.
A ausência de documentos necessários na petição
inicial de ação rescisória impede o efetivo exercício do
juízo rescisório e justifica o saneamento do processo
quando não possibilitado à parte autora a retificação
do vício em momento oportuno. Nesse contexto, se
faz necessária à anulação, de ofício, dos atos
processuais perpetrados após o ajuizamento da ação
rescisória. Com base nesses fundamentos, a SBDI-II,
por unanimidade, conheceu do recurso ordinário e,
no mérito, por maioria, anulou, de ofício, os atos
processuais praticados após a petição inicial da ação
rescisória, determinando o retorno do feito ao órgão
de origem, para fins de oportunizar à autora a juntada
da cópia do processo matriz, nos termos do art. 321 do
CPC. Vencidos os Ministros Amaury Rodrigues Pinto
Júnior, relator, Alberto Bastos Balazeiro e Sérgio Pinto
Martins. TST-ROT-18-04.2021.5.13.0000, SBDI-II, red. p/
acórdão Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em
24/5/2022. (Info 255).”
C) Errada. Caso o documento não juntado à inicial
fosse a prova do trânsito em julgado da decisão
rescindenda, deverá ser aberto um prazo de 15 dias
para que a parte faça a juntada sob pena de
indeferimento, conforme súmula 299, II do TST.
“Súmula 299, II do TST. Verificando o relator que a
parte interessada não juntou à inicial o documento
comprobatório, abrirá prazo de 15 (quinze) dias para
que o faça (art. 321 do CPC de 2015), sob pena de
indeferimento.”
D) Errada. A competência para rescisória será do TRT
ou do TST, mas nunca da Vara do Trabalho.de advocacia,
obrigados à inscrição suplementar.
05. LETRA C
TEMA: INSCRIÇÃO NA OAB
A) Errada. Embora possa frequentar o estágio
ministrado pela respectiva instituição de ensino
superior, para fins de aprendizagem, é vedada a
inscrição da OAB.
B) Errada. Não poderá se inscrever perante os
quadros da OAB como estagiário.
C) Correta. Aquele que exerce uma atividade
considerada incompatível com a advocacia não pode
se inscrever perante os quadros da OAB como
estagiário, em razão da vedação instituída no,
Estatuto da OAB. Como Jojo exerce uma atividade
que tem vinculação direta com o poder judiciário, se
enquadra na hipótese do Art. 28, inciso IV, não
podendo, portanto, exercer estágio profissional de
advocacia, vedada sua inscrição na OAB também na
condição de estagiária. Para estudantes nessa
situação, é permitido frequentar o estágio ministrado
pela respectiva instituição de ensino superior, para
fins de aprendizagem.
Art. 9º §3º. EAOAB. O aluno de curso jurídico que
exerça atividade incompatível com a advocacia pode
frequentar o estágio ministrado pela respectiva
instituição de ensino superior, para fins de
aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
Art. 28. EAOAB. A advocacia é incompatível, mesmo
em causa própria, com as seguintes atividades:
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados
direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder
Judiciário e os que exercem serviços notariais e de
registro;
D) Errada. É vedada a inscrição perante os quadros da
OAB como estagiário.
06. LETRA D
TEMA: PUBLICIDADE PROFISSIONAL
A) Errada. Os consultores e as sociedades de
consultores em direito estrangeiro devidamente
autorizadas pela OAB, poderão realizar o marketing
jurídico com relação às suas atividades de consultoria
em direito estrangeiro correspondente ao país ou
Estado de origem do profissional interessado.
B) Errada. É permitido o uso do marketing jurídico
para divulgação das atividades de consultoria em
direito estrangeiro por advogado estrangeiro, desde
que tenha sido expressamente autorizado pela OAB
para prestar consultoria.
C) Errada. Os consultores e as sociedades de
consultores em direito estrangeiro devidamente
autorizadas pela OAB, poderão realizar o marketing
jurídico.
D) Correta. O Art. 1º, § 1º, do Provimento 91/2000, de
fato prevê que é possível a autorização da OAB para
advogados estrangeiros prestarem consultoria,
sempre concedida a título precário, que permite
exclusivamente a prática de consultoria no direito
estrangeiro correspondente ao país ou estado de
origem do profissional interessado. O Provimento
205/2021, responsável por tratar do Marketing Jurídico,
prevê que os consultores e as sociedades de
consultores em direito estrangeiro devidamente
autorizadas pela OAB, somente poderão realizar o
marketing jurídico com relação às suas atividades de
consultoria em direito estrangeiro correspondente ao
país ou Estado de origem do profissional interessado.
Ademais, define que nas peças de caráter publicitário
a sociedade acrescentará obrigatoriamente ao nome
ou razão social que internacionalmente adote a
expressão “Consultores em direito estrangeiro”.
Art. 1º Provimento 91/2000. O estrangeiro
profissional em direito, regularmente admitido em
seu país a exercer a advocacia, somente poderá
prestar tais serviços no Brasil após autorizado pela
Ordem dos Advogados do Brasil, na forma deste
Provimento.
§1º A autorização da Ordem dos Advogados do Brasil,
sempre concedida a título precário, ensejará
exclusivamente a prática de consultoria no direito
estrangeiro correspondente ao país ou estado de
origem do profissional interessado, vedados
expressamente, mesmo com o concurso de
advogados ou sociedades de advogados nacionais,
regularmente inscritos ou registrados na OAB:
I - o exercício do procuratório judicial;
II - a consultoria ou assessoria em direito brasileiro.
Art. 3º. §2º. Provimento 205/2021. Os consultores e as
sociedades de consultores em direito estrangeiro
devidamente autorizadas pela Ordem dos Advogados
do Brasil, nos termos do Provimento n. 91/2000,
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
4
somente poderão realizar o marketing jurídico com
relação às suas atividades de consultoria em direito
estrangeiro correspondente ao país ou Estado de
origem do profissional interessado. Para esse fim, nas
peças de caráter publicitário a sociedade acrescentará
obrigatoriamente ao nome ou razão social que
internacionalmente adote a expressão "Consultores
em direito estrangeiro”.
07. LETRA D
TEMA: INFRAÇÕES E SANÇÕES
DISCIPLINARES
A) Errada. A reabilitação é permitida ao advogado
que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar.
B) Errada. É possível o advogado requerer a
reabilitação 1 (um) ano após o cumprimento da
penalidade que lhe foi aplicada.
C) Errada. A reabilitação é expressamente prevista no
Estatuto da Advocacia.
D) Correta. É possível que o advogado Rodrigo seja
reabilitado, pois independente da sanção disciplinar
aplicada ao advogado inscrito perante a OAB, é
admitida a reabilitação para fins de retorno à prática
da advocacia de forma plena e sem empecilhos.
Nessa senda, se admite que aquele que tenha sofrido
qualquer sanção disciplinar possa requerer, 1 (um)
ano após o cumprimento da penalidade, a
reabilitação, mas precisa demonstrar provas efetivas
de bom comportamento.
Caso a conduta punida com a sanção disciplinar
tenha ocorrido em razão da prática de um crime, o
que não aconteceu no caso em tela, o pedido de
reabilitação depende também da correspondente
reabilitação criminal.
Art. 41. EAOAB. É permitido ao que tenha sofrido
qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após
seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas
efetivas de bom comportamento.
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar
resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação
depende também da correspondente reabilitação
criminal.
08. LETRA C
TEMA: DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO
BRASIL
A) Errada. É possível a interposição de recurso contra
a decisão emitida pela diretoria do Conselho
Seccional, de modo que o seu julgamento será
realizado pelo Conselho Seccional.
B) Errada. O Conselho Seccional é que será
competente para apreciar o recurso interposto em
face de decisão proferida pela Diretoria do próprio
Conselho.
C) Correta. É possível que o grupo de advogados
questione o conteúdo da decisão da diretoria do
Conselho Seccional, através do manejo de um
recurso, de modo que o seu julgamento será realizado
pelo Conselho Seccional. Isto porque compete à
Seccional julgar, em grau de recurso, as questões
decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo
Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das
Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados.
Por outro lado, o Art. 76, do Estatuto da Advocacia,
determina que cabe recurso ao Conselho Seccional
de todas as decisões proferidas por seu Presidente,
pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da
Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados.
Art. 58. EAOAB. Compete privativamente ao
Conselho Seccional:
III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas
por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de
Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da
Caixa de Assistência dos Advogados;
Art. 76. EAOAB. Cabe recurso ao Conselho Seccional
de todas as decisões proferidas por seu Presidente,
pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria
da Subseção ou da Caixa de Assistência dos
Advogados.
D) Errada. A competência para sua análise será do
Conselho Seccional.
FILOSOFIA
09. LETRA A
TEMA: DIREITO E JUSTIÇA
A) Correta. É o racionalismo que opera a partir de
uma norma geral e a partir dela são feitas deduções;
já o Empirismo, a obtenção do conhecimento é feito a
partir das análises empíricas, induzindo, daí, os
princípios fundantes. Assim, enquanto o racionalismo
deduz, o empirismo induz.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibidoo repasse!
5
B) Errada. É o empirismo que se baseia na percepção
dos sentidos.
C) Errada. É o empirismo que afirma o princípio da
utilidade como meio para julgar uma ação e dá
ênfase às consequências, sobretudo o utilitarismo.
D) Errada. É o utilitarismo que entende o justo como
afirmação do bem-estar geral.
10. LETRA D
TEMA: INTERPRETAÇÃO E HERMENÊUTICA
JURÍDICA
É necessário saber de alguns conceitos para
responder a questão. Vamos lá!
- Deontologia: princípios norteadores ou deveres em
sociedade. Aquilo que "é obrigatório", "é proibido"
estuda a ordem social.
- Axiologia: estudo filosófico prático que busca
entender a natureza dos valores e juízos de valores.
- Efeito backlash: consiste em uma reação
conservadora de parcela da sociedade ou das forças
políticas (em geral, do parlamento) diante de uma
decisão liberal do Poder Judiciário em um tema
polêmico.
Exemplo na prática de Backlash: O STF declarou a
inconstitucionalidade da Lei cearense nº 15.299/2013, a
qual regulamenta a vaquejada como prática
desportiva e cultural no Estado do Ceará, uma vez que
muitos consideram a atividade comomaus tratos aos
animais (ADI 4.983). Porém, pessoas da região onde
ocorrem os festejos ficaram indignadas com a
decisão. Em resposta, com efeito backlash, o
Congresso Nacional, através da EC nº 96/17,
acrescentou o §7º ao artigo 225 da Constituição
Federal, dispondo que não são consideradas como
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais,
desde que sejam manifestações culturais registradas
como bem de natureza imaterial integrante do
patrimônio cultural brasileiro, devendo ser
regulamentadas por lei específica que assegure o
bem-estar dos animais envolvidos.
Agora vamos aos itens da questão..
A) Errada. João não está completamente correto. A
análise contramajoritária dos Tribunais se dá não
somente no plano jurídico, abrangendo outras esferas,
inclusive axiológicas.
B) Errada. A análise das decisões dos Tribunais não é
apenas ideológica. Ela é também jurídica.
C) Errada. As divergências entre Executivo e
Legislativo não são apenas argumentativas, havendo
elementos ideológicos e axiológicos.
D) Correta. As concepções de João e Maria se
interpenetram, porque a reação ideológica à decisão
contramajoritária, embora se situe no plano
axiológico, é seguida da adoção de medidas de
ordem jurídico-deontológica.
CONSTITUCIONAL
11. LETRA D
TEMA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
A) Errada. A informação dada a João de que não
poderia se candidatar de forma almejada está correta,
portanto, a primeira parte da assertiva em informar
que “está em harmonia com a ordem constitucional”,
está correta, mas é equivocado afirmar que somente
é permitido em relação aos cargos do Poder
Legislativo, não do Poder Executivo, os
parlamentares (senadores, deputados e
vereadores), podem se reeleger sem limite do
número de vezes.
B) Errada. A razão pela qual João não poderá se
reeleger encontra fundamento na vedação do
Prefeito Itinerante, conforme será abordado na letra
“d”.
C) Errada. Não destoa da ordem constitucional, há
limite para reeleição no caso do prefeito, conforme
letra “d” o ordenamento jurídico brasileiro veda o
chamado prefeito itinerante.
D) Correta. João não poderá ser reeleito, ele já
exerceu 2 mandatos consecutivos (reeleito 1 vez)
ainda que pretenda se candidatar em ente da
federação diversa não é possível, ao ser vedado
conforme a jurisprudência:
Jurisprudência: I - O art. 14, § 5º, da Constituição deve
ser interpretado no sentido de que a proibição da
segunda reeleição é absoluta e torna inelegível para
determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o
cidadão que já exerceu dois mandatos
consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da
mesma natureza, ainda que em ente da Federação
diverso; II - As decisões do Tribunal Superior Eleitoral -
TSE que, no curso do pleito eleitoral ou logo após o
seu encerramento, impliquem mudança de
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
6
jurisprudência não têm aplicabilidade imediata. (STF,
RE 637485)
12. LETRA B
TEMA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
A) Errada. A Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) não será para impugnar lei estadual, mas lei
federal ou estadual.
Art. 102, I, a, da CRFB/88: Compete ao Supremo
Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal;
B) Correta. A Lei 9.882/99 que dispõe sobre o
processo julgamento da ADPF, estabelece que a
ADPF será proposta perante o STF e o objetivo é
reparar ou evitar lesão a preceito fundamental e,
caberá ADPF quando fundamento da controvérsia
constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
estadual oumunicipal.
Art. 1 º, Lei 9.882/99: A arguição prevista no § 1o do
art. 102 da Constituição Federal será proposta
perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por
objeto evitar ou reparar lesão a preceito
fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Parágrafo único. Caberá também arguição de
descumprimento de preceito fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da
controvérsia constitucional sobre lei ou ato
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos
os anteriores à Constituição;
C) Errada. A declaração de Inconstitucionalidade gera
efeitos repristinatórios, porque ela opera efeitos ex
tunc,
D) Errada. A assertiva possui redação contrária à
Súmula 642 do STF, visto que não cabe ADI de lei do
DF derivada de sua competência legislativa
municipal.
Súmula nº 642 do STF: “Não cabe ação direta de
inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal
derivada da sua competência legislativa municipal.”
13. LETRA D
TEMA: DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS
A) Errada. A remarcação de data de prova, não é
direito subjetivo, mas direito objetiva, posto que Ana
deve cumprir alguns requisitos.
B) Errada. A Administração Pública não tem o dever
de adiar a prova de todos os candidatos, mas, poderá
adiar a de Ana, se não acarretar ônus desproporcional
à Administração Pública.
C) Errada. Justamente pelo caráter laico do Estado, a
Constituição Federal tutela o direito à escusa de
consciência por motivos de crença religiosa.
D) Correta. A Constituição Federal, no art. 5°, VIII,
tutela o direito de crença, ou seja, que ninguém será
privado de direitos por motivos de crenças religiosas,
ou de convicção filosófica ou, ainda, política.
Este tema, foi amplamente debatido na
jurisprudência e, atualmente, vigora o entendimento
de que:
“(...) é possível a realização de etapas de concurso
público em datas e horários distintos dos previstos
em edital, por candidato que invoca escusa de
consciência por motivos de crença religiosa, desde
que presente a razoabilidade da alteração a
preservação da igualdade entre todos os candidatos
e que não acarreta ônus desproporcional à
administração pública, que deverá decidir de
maneira fundamentada”. (STF, RE 611874);
Art. 5°, VIII, da CRFB/88: ninguém será privado de
direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei;
14. LETRA D
TEMA: NACIONALIDADE
A) Errada. Joaquim será brasileiro naturalizado, isso
porque João é brasileiro nato e foi para Itália a serviço
do Brasil. Por isso, é brasileiro nato e não naturalizado.
B) Errada. Em que pese correto afirmar que será
brasileiro nato, é equivocado afirmar que deverá ser
registrado em repartição brasileira competente, essa
hipótese será para quando o nascido no estrangeiro
for de pai ou mãe brasileira, não é a hipótese do caso,
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4050271
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
7
porque João (pai de Joaquim) estava a serviçoda
República Federativa do Brasil.
C) Errada. Joaquim é brasileiro nato, conforme
explicação da letra “d”.
D) Correta. João, pai de Joaquim, é brasileiro nato, ele
foi para a Itália a serviço da República Federativa do
Brasil, por isso, é brasileiro nato, pois a CRFB/88,
estabelece que mesmo que nascido no estrangeiro,
se for de pai ou mãe brasileira e qualquer um deles
estiver a serviço do Brasil, será brasileiro nato.
Art. 12, da CRFB/88: São brasileiros:
I - natos:
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
15. LETRA A
TEMA: DEFESA DO ESTADO E DAS
INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
A) Correta. A Constituição Federal destaca que as
polícias militares e os corpos de bombeiros militares,
forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e as polícias penais
estaduais e distrital.
Art. 144, da CRFB/88: A segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos: § 6º As polícias militares e os
corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército subordinam-se, juntamente com
as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.
B) Errada. O erro da assertiva é afirmar que a
CRFB/88 outorga à União a competência exclusiva
quando, em verdade, trata-se de competência
privativa.
Art. 22, XXI da CRFB/88: Compete privativamente à
União legislar sobre: normas gerais de organização,
efetivos, material bélico, garantias, convocação,
mobilização, inatividades e pensões das polícias
militares e dos corpos de bombeiros militares;
C) Errada. Tema já decidido pelo STF que destacou
que: o Chefe do Executivo possui a iniciativa privativa
de leis que disponham sobre servidores públicos da
União e Territórios, seu regime jurídico, provimento
de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis,
reforma e transferência de militares para a
inatividade, bem como sobre criação, estruturação e
atribuições dos Ministérios e órgãos da
administração pública, ex vi do art. 61, II, alíneas c e e,
da Carta Magna. ([ADI 856, rel. min. Luiz Fux, j.
4-9-2023, P, DJE de 2-10-2023.]
D) Errada.O militar poderá ser preso em caso de
transgressão militar ou crime propriamente militar
definido em lei.
Art. 5º. LXI, da CRFB/88: ninguém será preso senão
em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente,
SALVO nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
16. LETRA B
TEMA: PODER EXECUTIVO
A) Errada. Na verdade, depende de prévia autorização
do Congresso Nacional, a Constituição elenca que
compete ao Congresso Nacional autorizar o
Presidente da República a se ausentar do País,
quando exceder 15 dias. No caso da questão, excedeu.
B) Correta. Conforme art. 49, III da CRFB/88, quando
o Presidente da República for se ausentar por mais de
15 dias, deverá o Congresso Nacional autorizar.
Art. 49, III da CRFB/88: É da competência exclusiva
do Congresso Nacional:
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da
República a se ausentarem do País, quando a
ausência exceder a quinze dias;
C) Errada. Conforme o art. 49, III da CRFB/88 ao se
ausentar por mais de 15 dias, depende de autorização
do CN.
D) Errada. Conforme o art. 49, III da CRFB/88 ao se
ausentar por mais de 15 dias, depende de autorização
do CN.
DIREITOS HUMANOS
17. LETRA A
TEMA: SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS - INSTRUMENTOS
NORMATIVOS
https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15361539936&ext=.pdf
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
8
A) Correta. É o que estabelece a Portaria
Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010:
“13) Fortalecer e disseminar nas instituições a cultura
de nãodiscriminação e de pleno respeito à liberdade
de orientação sexual do profissional de segurança
pública, com ênfase no combate à homofobia; (...)
33) Combater o assédio sexual e moral nas
instituições, veiculando campanhas internas de
educação e garantindo canais para o recebimento e
apuração de denúncias; (...)
56) Constituir núcleos, divisões e unidades
especializadas em Direitos Humanos nas academias e
na estrutura regular das instituições de segurança
pública, incluindo entre suas tarefas a elaboração de
livros, cartilhas e outras publicações que divulguem
dados e conhecimentos sobre o tema.”
B) Errada. Não é a medida correta, pois, segundo a
Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de
2010, deve combater a homofobia, o assédio sexual e
moral e disseminar a cultura da não discriminação
dentro do órgão, bem como elaborar livros, cartilhas e
outras publicações que divulguem dados e
conhecimentos sobre direitos humanos.
C) Errada. Tal conduta viola o que estabelece a
Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de
2010, vide comentários da alternativa “A”.
D) Errada. Também deve combater a discriminação,
nos termos da Portaria Interministerial nº 2, de 15 de
dezembro de 2010, vide comentários da alternativa
“A”.
18. LETRA C
TEMA: SISTEMA INTERAMERICANO DE
PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS:
INSTRUMENTOS NORMATIVOS
A) Errada. Segundo o Artigo 1. 3. da Convenção
Interamericana contra o Racismo, a Discriminação
Racial e Formas Correlatas de Intolerância,
Discriminação múltipla ou agravada é qualquer
preferência, distinção, exclusão ou restrição baseada,
de modo concomitante, em dois ou mais critérios
dispostos no Artigo 1.1, ou outros reconhecidos em
instrumentos internacionais (...).
B) Errada. O conceito de racismo abarca o falso
conceito de superioridade racial, nos termos do Artigo
1. 4 da Convenção Interamericana contra o Racismo, a
Discriminação Racial e Formas Correlatas de
Intolerância.
C) Correta. Alternativa de acordo com o Artigo 1. 2. da
Convenção Interamericana contra o Racismo, a
Discriminação Racial e Formas Correlatas de
Intolerância.
“Artigo 1. 2.: Discriminação racial indireta é aquela
que ocorre, em qualquer esfera da vida pública ou
privada, quando um dispositivo, prática ou critério
aparentemente neutro tem a capacidade de acarretar
uma desvantagem particular para pessoas
pertencentes a um grupo específico, com base nas
razões estabelecidas no Artigo 1.1, ou as coloca em
desvantagem, a menos que esse dispositivo, prática
ou critério tenha um objetivo ou justificativa razoável
e legítima à luz do Direito Internacional dos Direitos
Humanos.”
D) Errada. A discriminação racial pode basear-se em
raça, cor, ascendência ou origem nacional ou étnica,
nos termos do Artigo 1. 1. da Convenção
Interamericana contra o Racismo, a Discriminação
Racial e Formas Correlatas de Intolerância.
DIREITO ELEITORAL
19. LETRA B
TEMA: PARTIDOS POLÍTICOS
A) Errada. Em razão do disposto no caput do art. 32
da Lei Nº 9.096/95, conforme segue:
“Art. 32, Lei nº 9.096/95. Art. 32. O partido está
obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o
balanço contábil do exercício findo, até o dia 30 de
junho do ano seguinte.”
B) Correta. Pois a presente alternativa descreve
integralmente o disposto no § 5º do art. 32 da Lei Nº
9.096/95, que diz:
“Art. 32, Lei nº 9.096/95. [...]
§ 5º A desaprovação da prestação de contas do
partido não ensejará sanção alguma que o impeça
de participar do pleito eleitoral.”
C) Errada. Pois na verdade a multa será de 20%, nos
moldes do caput do art. 37 da Lei Nº 9.096/95,
conforme segue:
“Art. 37, Lei nº 9.096/95. A desaprovação das contas
do partido implicará exclusivamente a sanção de
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
9
devolução da importância apontada como irregular,
acrescida de multa de até 20% (vinte por cento).”
D) Errada. Em razão do disposto no § 6º do art. 37 da
Lei Nº 9.096/95,conforme segue:
“Art. 37, Lei nº 9.096/95. [...]
§ 6º O exame da prestação de contas dos órgãos
partidários tem caráter jurisdicional.”
20. LETRA D
TEMA: DIREITOS POLÍTICOS
A referida questão requer o conhecimento acerca do
art. 11, § 10 da Lei Nº 9.504/97, conforme segue:
“Art. 11, Lei nº 9.504/97. [...]
§ 10 As condições de elegibilidade e as causas de
inelegibilidade devem ser aferidas no momento da
formalização do pedido de registro da
candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou
jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a
inelegibilidade.”
Bem como acerca da Súmula Nº 70 do TSE, que diz: “o
encerramento do prazo de inelegibilidade antes do
dia da eleição constitui fato superveniente que
afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10,
da Lei nº 9.504/97."
Dessa forma, passemos para a análise das
alternativas:
A) Errada. Pois de antemão temos que o fato da
assessoria estar “certa” já não é válido, uma vez que a
mesma está errada em razão da Súmula Nº 70 do TSE,
uma vez que o encerramento do prazo de
inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato
superveniente que afasta a inelegibilidade, podendo
Maria concorrer.
B) Errada. Pelas mesmas razões expostas na
alternativa “A”.
C) Errada. Em razão do § 10 do art. 11 da Lei Nº
9.504/97, que diz que as condições de elegibilidade
e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas
no momento da formalização do pedido de registro
da candidatura.
D) Correta. Pois dispõe integralmente a Súmula Nº 70
do TSE, uma vez que o encerramento do prazo de
inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato
superveniente que afasta a inelegibilidade.
DIREITO INTERNACIONAL
21. LETRA B
TEMA: IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO
A referida questão requer o conhecimento de
imunidade de jurisdição, portanto o que você
precisava saber era a diferença de imunidade entre
agente diplomata e agente consular.
Enquanto o agente diplomata é imune a qualquer
ato/tudo e é julgado no país de origem. O agente
consular tem apenas imunidade aos atos funcionais.
Dica: diplomaTa -> Tudo
A) Errada. Dionísio responderá de acordo com a lei
brasileira, tendo em vista que ele não possui
imunidade diplomática, pois o agente consumar
apenas possui imunidade sob os atos funcionais.
B) Correta. Ele responderá de acordo com a lei penal
brasileira conforme explicação da alternativa anterior.
C) Errada. Dionísio só teria imunidade total se fosse
agente diplomata.
D) Errada. Ele responderá de acordo com a lei penal
brasileira.
22. LETRA C
TEMA: COMPETÊNCIA
A) Errada. A competência não será da Justiça do
Trabalho, tendo em vista tema tema de repercussão
geral nº 947 do STF, que fixou a tese de que: “O
organismo internacional que tenha garantida a
imunidade de jurisdição em tratado firmado pelo
Brasil e internalizado na ordem jurídica brasileira não
pode ser demandado em juízo, salvo em caso de
renúncia expressa a essa imunidade”.
B) Errada. A competência não seria da Justiça
Federal pelo mesmo motivo exposto na alternativa
anterior.
C) Correta. Conforme jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal (tema de repercussão geral nº 947),
organismo internacional como a Unesco possui
imunidade de jurisdição, inclusive com relação às
causas de natureza trabalhista.
D) Errada. Como vimos, a Unesco possui imunidade
de jurisdição.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
10
DIREITO FINANCEIRO
23. LETRA D
TEMA: DESPESA PÚBLICA
A) Errada. Em razão do disposto no caput do art. 60
da Lei nº 4.320/1964, que diz:
“Art. 60, Lei nº 4.320/1964. É vedada a realização de
despesa sem prévio empenho.”
B) Errada. Pois ambas são denominadas como
despesas correntes, nos termos da Seção I da Lei nº
4.320/1964.
C) Errada. Pois tal despesa é denominada como
despesa corrente.
D) Correta. Pois descreve integralmente o art. 15 da
LC nº 101/2000, que diz:
“Art. 15, LC nº 101/2000. Serão consideradas não
autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio
público a geração de despesa ou assunção de
obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16
e 17.”
24. LETRA D
TEMA: RESPONSABILIDADE FISCAL
A referida questão requer o conhecimento acerca do
art. 22, parágrafo único, I da LC nº 101/2000, que diz:
“Art. 22, LC nº 101/2000. [...]
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal
exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite,
são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20
que houver incorrido no excesso:
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou
adequação de remuneração a qualquer título,
salvo os derivados de sentença judicial ou de
determinação legal ou contratual, ressalvada a
revisão prevista no inciso X do art. 37 da
Constituição;”
Bem como acerca do seguinte entendimento
jurisprudencial do STJ:
“É ilegal o ato de não concessão de progressão
funcional de servidor público, quando atendidos
todos os requisitos legais, a despeito de superados
os limites orçamentários previstos na Lei de
Responsabilidade Fiscal, referentes a gastos com
pessoal de ente público, tendo em vista que a
progressão é direito subjetivo do servidor público,
decorrente de determinação legal, estando
compreendida na exceção prevista no inciso I do
parágrafo único do art. 22 da Lei Complementar n.
101/2000. Informativo nº 726 2 de março de 2022 -
REsp 1.878.849-TO”
Dessa forma, passemos para a análise das
alternativas:
A) Errada. Pois João tem sim direito à progressão se
atendidos os requisitos legais, uma vez que trata-se
de um direito subjetivo do servidor público, estando
compreendida na exceção do inciso I do parágrafo
único do art. 22 da LC Nº 101/2000, conforme expõe o
entendimento jurisprudencial do STJ.
B) Errada. O Estado X está incorreto, pelas mesmas
razões expostas na alternativa “A”.
C) Errada. Pelas mesmas razões expostas na
alternativa “A”.
D) Correta. Pois descreve integralmente a
jurisprudência do STJ mencionada no comentário
inicial.
DIREITO TRIBUTÁRIO
25. LETRA C
TEMA: IMPOSTOS FEDERAIS
A) Errada. O IPI não pode incidir sobre produtos
industrializados destinados ao exterior.
B) Errada. O aumento do IPI é uma das exceções ao
princípio da anterioridade anual, podendo ser
cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi
publicada a lei que o instituiu ou aumentou, devendo,
porém, respeitar o prazo de 90 dias. Ademais, o IPI
não pode incidir sobre produtos industrializados
destinados ao exterior.
C) Correta. O IPI não pode incidir sobre produtos
industrializados destinados ao exterior, mesmo sendo
seletivo e não cumulativo e respeitando a
anterioridade nonagesimal.
Art. 153. CF. Compete à União instituir impostos
sobre:
IV - produtos industrializados;
§3º O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do
produto;
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
11
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação com o montante cobrado
nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados
destinados ao exterior.
Art. 150. §1º. CF. A vedação do inciso III, b, não se
aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV
e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica
aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e
154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos
previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
D) Errada. O IPI é uma das exceções ao princípio da
anterioridade anual, podendo ser cobrado no mesmo
exercício financeiro em que foi publicada a lei que o
instituiu ou aumentou, devendo, porém, respeitar o
prazo de 90 dias.
26. LETRA B
TEMA: EXECUÇÃO FISCAL
A) Errada. Tratando-se de dissolução irregular da
sociedade, é possível o redirecionamento da execução
fiscal em face daqueles que eram sócios ao tempo da
dissolução irregular, ainda que não o fosse na época
em que ocorrido o fato gerador do tributo devido.
B) Correta. O redirecionamento da execução fiscal,
quando fundado na dissoluçãoirregular da pessoa
jurídica executada ou na presunção de sua
ocorrência, pode ser autorizado contra o sócio ou o
terceiro não sócio, com poderes de administração na
data em que configurada ou presumida a dissolução
irregular, ainda que não tenha exercido poderes de
gerência quando ocorrido o fato gerador do tributo
não adimplido, conforme art. 135, III, do CTN. (STJ. 1ª
Seção. REsp 1.645.333-SP, Rel. Min. Assusete
Magalhães, julgado em 25/05/2022).
C) Errada. João pode ser considerado responsável
tributário, por exercer poderes de gerência na data
em que configurada ou presumida a dissolução
irregular.
D) Errada. Presume-se dissolvida irregularmente a
empresa que deixar de funcionar no seu domicílio
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes.
Logo, se a empresa mudou de endereço, sem
comunicar aos órgãos competentes, está
caracterizada a dissolução irregular (há uma
presunção legal de irregularidade), o que caracteriza
infração à lei.
27. LETRA D
TEMA: IMPOSTOS ESTADUAIS
A) Errada. O ITCD referente ao imóvel localizado em
Campo Grande (MS) será devido ao Estado de Mato
Grosso do Sul, onde o imóvel está localizado, e não ao
Estado do Tocantins.
Art. 155. CF. Compete aos Estados e ao Distrito
Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer
bens ou direitos;
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos
direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou
ao Distrito Federal
B) Errada. O ITCD referente ao automóvel registrado
junto ao DETRAN-SP será devido ao Estado de Mato
Grosso, local onde era domiciliado o de cujus, e não
ao Estado de SP.
C) Errada. O ITCD referente às ações (bemmóvel) será
devido ao Estado de MT, local onde era domiciliado o
falecido.
D) Correta. O ITCD relativamente a bens móveis,
títulos e créditos, será devido ao Estado onde era
domiciliado o de cujus. Assim, o imposto referente às
joias em cofre no imóvel em Campo Grande (MS) será
devido ao Estado de Tocantins, local em que era
domiciliado o autor da herança falecido.
28. LETRA C
TEMA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
A) Errada. A imunidade tributária subjetiva aplica-se
ao ente beneficiário se ele for o contribuinte de
direito.
B) Errada. A imunidade tributária subjetiva aplica-se a
seus beneficiários na posição de contribuinte de
direito, mas não na de simples contribuinte de fato,
sendo irrelevante, para a verificação da existência do
beneplácito constitucional, a repercussão econômica
do tributo envolvido.
C) Correta. Tributos indiretos são aqueles que
permitem a transferência do seu encargo econômico
para uma pessoa diferente daquela definida em lei
como sujeito passivo. Nos tributos indiretos surgem
as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte
de fato: a) Contribuinte de direito: é a pessoa que
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
12
realiza o fato gerador. b) Contribuinte de fato: é a
pessoa que paga efetivamente o imposto
considerando que o contribuinte de direito transferiu
para ele este encargo. Ocorre que, segundo entende o
STF, a imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus
beneficiários na posição de contribuinte de direito,
mas não na de simples contribuinte de fato, sendo
irrelevante para a verificação da existência do
beneplácito constitucional a repercussão econômica
do tributo envolvido. [Tese definida no RE 608.872, rel.
min. Dias Toffoli, P, j. 23-2-2017, DJE 219 de 27-9-2017,
Tema 342.]
Em resumo:
Quando a entidade imune é contribuinte de direito,
haverá imunidade. Ex. Imagine que determinada
entidade de assistência social comercialize ecobags. A
venda de ecobags está sujeita, em tese, ao
pagamento de ICMS. Ocorre que esta entidade
argumentou que não deveria incidir ICMS neste caso
porque ela goza de imunidade tributária. Está correto
o entendimento da entidade? SIM, pois ela é
contribuinte de direito (realizou o fato gerador do
tributo).
Quando a entidade imune é contribuinte de fato:
NÃO haverá imunidade. Ex. Imagine que
determinada entidade de assistência social adquire
na loja um freezer para armazenar comida para
crianças carentes. No momento de pagar o valor, ao
conferir a nota fiscal, o diretor da entidade percebe
que está sendo cobrado dele o ICMS sobre a
mercadoria vendida. Ele não se conforma e alega que
não deverá pagar o imposto porque a entidade é
imune. Está correto o entendimento da entidade?
NÃO, pois a entidade é contribuinte de fato.
D) Errada. A imunidade tributária subjetiva aplica-se
a seus beneficiários na posição de contribuinte de
direito, mas não na de simples contribuinte de fato,
sendo irrelevante que a entidade demonstre que o
montante correspondente à desoneração tributária
será aplicado em sua atividade fim.
29. LETRA D
TEMA: IMPOSTOS FEDERAIS
A) Errada. Nos termos do art. 126, I do CTN, a
capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Logo, João
Pedro, ao auferir renda, praticou o fato gerador do
imposto de renda, sendo, portanto, considerado
contribuinte deste imposto.
B) Errada. A legislação tributária não obriga que os
valores sejam tributados em nome do pai ou da mãe.
O responsável pelo pagamento do imposto é o
beneficiário do rendimento, no caso, João Pedro.
Todavia, o cumprimento das obrigações que
incumbirem aos menores e aos incapazes será de
responsabilidade do responsável por sua guarda.
C) Errada. O detentor da guarda de João Pedro (sua
mãe) será responsável pelo cumprimento das
obrigações. Ainda, a declaração do IRPF será feita no
nome do próprio incapaz, com o número de inscrição
próprio no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF.
D) Correta. Quando se tratar de menores ou de filhos
incapazes que estejam sob a responsabilidade de um
dos pais em decorrência de sentença judicial, a opção
de declaração em conjunto somente poderá ser
exercida por aquele que detiver a guarda.
Art. 3º. Decreto nº 9.580/18. Os rendimentos e os
ganhos de capital percebidos por menores e outros
incapazes serão tributados em seus respectivos
nomes, com o número de inscrição próprio no
Cadastro de Pessoas Físicas – CPF.
§1º O cumprimento das obrigações que incumbirem
aos menores e aos incapazes será de
responsabilidade:
I - de qualquer um dos pais;
II - do seu tutor;
III - do seu curador; ou
IV - do responsável por sua guarda.
§2º Opcionalmente, os rendimentos e os ganhos de
capital percebidos por menores e outros incapazes,
ainda que em valores inferiores ao limite da primeira
faixa da tabela progressiva anual, poderão ser
tributados em conjunto com os de qualquer um dos
pais, do tutor ou do curador, hipótese em que
aqueles serão considerados dependentes.
§3º Na hipótese de menores ou de filhos incapazes
que estejam sob a responsabilidade de um dos pais
em decorrência de sentença judicial, a opção de
declaração em conjunto somente poderá ser
exercida por aquele que detiver a guarda.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
13
DIREITO ADMINISTRATIVO
30. LETRA D
TEMA: AGENTES PÚBLICO - PROVIMENTOS
A) Errada. A reintegração é o provimento pelo qual o
servidor é reinvestido no cargo anteriormente
ocupado, quando estável, porque sua demissão foi
invalidada por decisão administrativa ou judicial. Não
é o caso de Davi, uma vez que ele não foi demitido,
mas ele sofreu uma limitação em sua capacidade
física.
Art. 28, Lei 8.112/90: A reintegração é a reinvestidura
do servidor estável no cargo anteriormente ocupado,
ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens.
B) Errada. A recondução é o provimento pelo qual o
servidor retorna ao cargo que anteriormente ocupava
quando é inabilitado em estágio probatório relativo a
outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.
Não é o caso de Davi, que sofreu limitação em sua
capacidade física.
Art. 29, Lei 8.112/90: Reconduçãoé o retorno do
servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e
decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro
cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.
C) Errada. Não é o caso de reversão, visto que essa é a
forma de provimento pela qual o servidor aposentado
volta à atividade, Davi não foi aposentado.
Art. 25, Lei 8.112/90: Reversão é o retorno à atividade
de servidor aposentado:
D) Correta. A readaptação é a forma pela qual o
servidor público será investido em cargo de
atribuições e responsabilidades compatíveis com a
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física
ou mental, como Davi sofreu limitação em sua
capacidade física, por isso, esta é a forma de
provimento adequada.
Art. 24, Lei 8.112/90: Readaptação é a investidura do
servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental verificada em
inspeção médica.
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o
readaptando será aposentado.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,
nível de escolaridade e equivalência de
vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo
vago, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga.
31. LETRA D
TEMA: LICITAÇÕES
A) Errada. Existe expressa possibilidade de
contratação direta de Associação de Pessoas com
Deficiência, sem fins lucrativos, por previsão no art. 75,
XIV.
Art. 75, XIV da Lei 14.133/21: É dispensável a licitação:
XIV - para contratação de associação de pessoas
com deficiência, sem fins lucrativos e de comprovada
idoneidade, por órgão ou entidade da Administração
Pública, para a prestação de serviços, desde que o
preço contratado seja compatível com o praticado
no mercado e os serviços contratados sejam
prestados exclusivamente por pessoas com
deficiência;
B) Errada. O art. 63 da Lei 14.133/21 estabelece que em
fase de habilitação, isto é, a fase que os licitantes
apresentam documentos para a Administração
Pública, será exigido declaração de que cumpre
exigências de reserva de cargo, por isso, é errado
afirmar que não poderá exigir.
Art. 63, Lei 14.133/21: Na fase de habilitação das
licitações serão observadas as seguintes disposições:
IV - será exigida do licitante declaração de que
cumpre as exigências de reserva de cargos para
pessoa com deficiência e para reabilitado da
Previdência Social, previstas em lei e em outras
normas específicas.
C) Errada. Não cumprir a obrigação relativa à reserva
de cargo prevista em lei pode ensejar sim na extinção
do contrato.
Art. 137, Lei 14.133/21: Constituirão motivos para
extinção do contrato, a qual deverá ser formalmente
motivada nos autos do processo, assegurados o
contraditório e a ampla defesa, as seguintes
situações:
IX - não cumprimento das obrigações relativas à
reserva de cargos prevista em lei, bem como em
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
14
outras normas específicas, para pessoa com
deficiência, para reabilitado da Previdência Social ou
para aprendiz.
D) Correta. A Lei 14.133/21 estabelece um rol de
cláusulas obrigatórias, dentre eles o da reserva de
cargos previstas em lei e sempre que a Administração
Pública solicitar, o contratado deverá comprovar o
cumprimento da reserva de cargos.
Art. 92, Lei 14.133/21: São necessárias em todo
contrato cláusulas que estabeleçam: XVII - a
obrigação de o contratado cumprir as exigências
de reserva de cargos prevista em lei, bem como em
outras normas específicas, para pessoa com
deficiência, para reabilitado da Previdência Social e
para aprendiz;
Art. 116, Lei 14.133/21: Ao longo de toda a execução do
contrato, o contratado deverá cumprir a reserva de
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência,
para reabilitado da Previdência Social ou para
aprendiz, bem como as reservas de cargos previstas
em outras normas específicas.
Parágrafo único. Sempre que solicitado pela
Administração, o contratado deverá comprovar o
cumprimento da reserva de cargos a que se refere
o caput deste artigo, com a indicação dos
empregados que preencherem as referidas vagas.
32. LETRA D
TEMA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
O IBAMA é uma autarquia federal, portanto, detém
personalidade jurídica própria.
A) Errada. O IBAMA responderá objetivamente, à luz
da teoria do risco administrativo. Ocorre que, Jonas,
não responderá solidariamente. Caso o IBAMA seja
condenado, ele poderá ser demandado em ação de
regresso e sua responsabilidade será auferida
mediante culpa ou dolo (responsabilidade subjetiva).
B) Errada. Conforme art. 37, §6° da CRFB/88 a
responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito
público ou de direito privado que prestem serviço
público é objetiva. O IBAMA é uma autarquia federal,
responde objetivamente e não subjetiva.
C) Errada. A União não será demandada, o IBAMA por
ser uma autarquia possui personalidade jurídica
própria, ela será demandada.
D) Correta. A responsabilidade civil do Estado ocorre
quando este, por meio de seus órgãos públicos,
agentes públicos ou pessoas autorizadas pelo Estado,
pratica alguma conduta dolosa ou culposa que
ocasione um dano patrimonial ou moral a um
particular, gerando uma obrigação de indenização.
A teoria do risco administrativo, afasta a
necessidade de comprovação de culpa ou dolo do
agente público e fundamenta o dever de indenizar na
noção de RISCO ADMINISTRATIVO, pois quem presta
um serviço público assume o risco dos prejuízos que,
eventualmente, causar, independentemente da
existência de culpa ou dolo. Para a teoria da
responsabilidade objetiva, o pagamento da
indenização é efetuado somente após a
comprovação, pela vítima, de três requisitos: a) Ato;
b) Dano; e c) Nexo causal.
Conforme o Art. 37, §6°, Constituição Federal, a
responsabilidade civil objetiva do Estado alcança os
atos praticados pelos entes da Administração Pública
Direta, pelas autarquias e fundações públicas no
exercício de suas atividades, bem como pelas pessoas
jurídicas de direito privado que sejam prestadoras de
serviços públicos, incluindo-se, nesse rol, as empresas
públicas e sociedades de economia mista, bem como
as concessionárias e permissionárias de serviços
públicos.
Art. 37, §6º, CRFB/88: As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.
Ou seja, podem ser responsabilizados: a
Administração Pública Direta (União, Estados,
Municípios e Distrito Federal), bem como os seus
respectivos órgãos; a Administração Pública Indireta
(autarquias, empresas públicas e sociedades de
economia mista, sendo que em relação as estas duas
últimas somente quando prestadoras de serviços
públicos, pois, quando estiverem explorando
atividade econômica a regra será outra, devendo
haver a mesma responsabilização que um particular –
teoria subjetiva).
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
15
33. LETRA C
TEMA: PARCERIA PÚBLICO PRIVADA (PPP)
A) Errada. É possível uma PPP mesmo que não haja
cobrança de tarifas. A PPP pode ser administrativa,
contrato de prestação de serviços onde a
Administração Pública é a usuária direta ou indireta.
Aqui, há apenas a remuneração do Estado ao parceiro
privado.
B) Errada. Essa possibilidade está prevista na Lei
11.079/04.
Art.2°, § 2º 11.079/04: Concessão administrativa é o
contrato de prestação de serviços de que a
Administração Pública seja a usuária direta ou
indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
C) Correta. A concessão administrativa é o contrato
de prestação de serviços onde a Administração
Pública é a usuária direta ou indireta. Aqui, há apenas
a remuneração do Estado ao parceiro privado.
Ex.: Construção e manutençãode presídios.
Nessa modalidade não há cobrança de tarifa da
usuária, visto que a Administração Pública é usuária
direta ou indireta.
A principal característica da PPP é que o Estado irá
buscar um parceiro privado para executar um
determinado serviço ou obra pública.
D) Errada. O enunciado narra que a Administração
será usuária direta, portanto, incompatível com a
cobrança de tarifas, nesse sentido, não pode ser a
concessão patrocinada, porque nessa modalidade o
usuário paga tarifa pelo serviço e o Estado também
remunera o parceiro privado.
Nessa modalidade, a remuneração da atividade
prestada vem do Poder Público e de remuneração
tarifária.
34. LETRA D
TEMA: ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
A) Errada. As empresas públicas têm personalidade
jurídica de direito privado, são criadas por autorização
legislativa e não integram o conceito de Fazenda
Pública, mas a Administração Pública Indireta. Os
bens são privados, não públicos, o regime pessoal não
é dotado de estabilidade, porque é celetista.
B) Errada. As empresas públicas não serão
obrigatoriamente constituídas na forma de sociedade
anônima, essa exigência é da Sociedade de Economia
Mista, as estatais integram a Administração Pública
Indireta e os bens são privados e não públicos.
C) Errada. As estatais possuem personalidade jurídica
própria, de direito privado, são criadas por autorização
legal e não são órgãos, fazem parte da Administração
Pública Indireta (não Direta), seus bens são privados e
o regime pessoal celetista, apesar do concurso
público.
D) Correta. A empresa pública, é criada por força de
autorização legal e, portanto, extintas da mesma
maneira (princípio do paralelismo das formas).
As estatais são pessoas jurídicas de direito privado,
apesar disso:
● Estão submetidas ao controle do Tribunal de
Contas;
● Devem realizar licitação para contratações,
inclusive observará regras próprias previstas
nos arts. 28 ao art.30, da Lei 13.303/16;
● Devem realizar concurso público, mas o
regime será CLT;
No que diz respeito ao regime pessoal dependem de
concurso público, apesar de se submeterem a CLT. Os
empregados também se submetem ao teto
remuneratório exceto se a estatal não receber
recursos da Administração Direta para pagar de seu
pessoal ou custeio em geral.
Art. 3º, Lei 13.303/16: Empresa pública é a entidade
dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei e com
patrimônio próprio, cujo capital social é
integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital
votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será
admitida, no capital da empresa pública, a
participação de outras pessoas jurídicas de direito
público interno, bem como de entidades da
administração indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
16
DIREITO AMBIENTAL
35. LETRA D
TEMA: RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
A) Errada. A jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça entende que a competência da Justiça
Federal só seria atraída se o dano tivesse reflexos em
âmbito regional ou nacional.
B) Errada. Para atrair a competência do julgamento
para a Justiça Federal seria necessário que o dano
tivesse reflexos em âmbito regional ou nacional.
C) Errada. Se o dano tiver reflexos em âmbito regional
ou nacional a competência será da Justiça Federal.
D) Correta. Os rios interestaduais (que banham mais
de um Estado da Federação) são bens da União, nos
termos do art. 20, III, da CF. Neste sentido, o delito
ambiental que é praticado em rio interestadual, é de
competência da Justiça Federal (art. 109, IV, da CF),
desde que isso possa causar reflexos em âmbito
regional ou nacional. (CC n.º 145.420/AM, 3ª Seção do
STJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
10/8/2016).
Assim, caso o delito ambiental, ainda que praticado
em rio interestadual, mas sem possibilidade de gerar
reflexos regionais ou nacionais, seu processamento e
julgamento será na Justiça Comum Estadual, como
no caso da questão (CC nº 146.373/MG, 3ª Seção do
STJ, Rel. Min Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
11/05/2016).
36. LETRA D
TEMA: RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
A) Errada. O patrimônio da pessoa jurídica será
perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional (e
não em favor de fundo destinado à reconstituição do
meio ambiente).
Art. 24. Lei nº 9.605/1998. A pessoa jurídica
constituída ou utilizada, preponderantemente, com o
fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime
definido nesta Lei terá decretada sua liquidação
forçada, seu patrimônio será considerado
instrumento do crime e como tal perdido em favor
do Fundo Penitenciário Nacional”.
B) Errada. A suspensão de atividades será aplicada
quando estas não estiverem obedecendo às
disposições legais ou regulamentares, relativas à
proteção do meio ambiente.
Art. 22. Lei nº 9.605/1998. As penas restritivas de
direitos da pessoa jurídica são:
I - suspensão parcial ou total de atividades;
II - interdição temporária de estabelecimento, obra
ou atividade;
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem
como dele obter subsídios, subvenções ou doações.
§1º A suspensão de atividades será aplicada
quando estas não estiverem obedecendo às
disposições legais ou regulamentares, relativas à
proteção do meio ambiente.
C) Errada. Revelando-se ineficaz, ainda que aplicada
no valor máximo, poderá ser aumentada até 3(três)
vezes.
Art. 18. Lei nº 9.605/1998. A multa será calculada
segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se
ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo,
poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista
o valor da vantagem econômica auferida.
D) Correta. A proibição de contratar com o Poder
Público e dele obter subsídios, subvenções ou
doações é uma das penas aplicáveis à pessoa jurídica,
sendo certo que tal proibição não poderá exceder o
prazo de dez anos.
Art. 22. Lei nº 9.605/1998. As penas restritivas de
direitos da pessoa jurídica são:
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem
como dele obter subsídios, subvenções ou doações.
§3º A proibição de contratar com o Poder Público e
dele obter subsídios, subvenções ou doações não
poderá exceder o prazo de dez anos.
DIREITO CIVIL
37. LETRA A
TEMA: PARTE GERAL - CAPACIDADE CIVIL
A) Correta. Aline, ao casar com Gustavo,
emancipou-se automaticamente, conforme Artigo 5º,
parágrafo único, II do Código Civil. A emancipação é
irrevogável e irretratável, sendo assim, ainda que ela
tenha se separado de Gustavo, ela continuou
emancipada e capaz para celebrar os atos da vida
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
17
civil. Por isso, a contratação da instituição de ensino é
plenamente válida.
"Art. 5º, CC: A menoridade cessa aos dezoito anos
completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a
incapacidade:
II - pelo casamento;"
B) Errada. A contratação da instituição de ensino não
será anulável, tendo em vista que Aline é considerada
capaz porque emancipou-se ao casar com Gustavo,
conforme Artigo 5º, parágrafo único, II do Código Civil.
C) Errada. A contratação é válida porque Aline
mesmo se separando de Gustavo continua
emancipada e capaz para celebrar os atos da vida
civil, conforme Artigo 5º, parágrafo único, II do Código
Civil.
D) Errada. A contratação não permanece ineficaz até
a jovem adquirir capacidade civil plena porque ela já
adquiriu essa capacidade ao se emancipar
automaticamente quando casou-se com Gustavo,
conforme Artigo 5º, parágrafo único, II do Código Civil.
38. LETRA D
TEMA: DIREITOS REAIS
A) Errada. No caso da questão estamos diante da
desapropriação judicial indireta, também
denominada pela doutrina de aquisição compulsória
onerosa. Nela, os ocupantesterão direito à
propriedade e não apenas às benfeitorias.
B) Errada. Na usucapião especial rural, a medida da
área é relevante, não podendo ser superior a 50
hectares.
"Art. 191, CF: Aquele que, não sendo proprietário de
imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em
zona rural, não superior a cinquenta hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão
adquiridos por usucapião."
C) Errada. No caso da questão estamos diante da
desapropriação judicial indireta, também
denominada pela doutrina de aquisição compulsória
onerosa. Nela, os ocupantes terão direito à
propriedade.
D) Correta. Trata-se de modalidade de
desapropriação judicial indireta, também
denominada pela doutrina de aquisição compulsória
onerosa.
"Art. 1.228, § 4º, CC: O proprietário também pode ser
privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em
extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por
mais de cinco anos, de considerável número de
pessoas, e estas nela houverem realizado, em
conjunto ou separadamente, obras e serviços
considerados pelo juiz de interesse social e
econômico relevante."
39. LETRA C
TEMA: PARTE GERAL
A) Errada. Não existe mais o princípio da
imutabilidade do nome após as alterações realizadas
pela Lei 14.382/2022 na Lei de Registros Públicos, Lei
6.015/1973. Sendo assim, seria possível que Amália
pleiteasse a alteração do prenome de sua filha.
B) Errada. Para alteração do nome pelo outro genitor
que não declarou, não existe na Lei de Registros
Públicos a necessidade de provar que o genitor
declarante agiu, por ocasião do registro civil da
criança, de má-fé, com propósito de vingança ou com
o escopo de, pela prole, atingir a genitora.
C) Correta. Alternativa conforme o Artigo 55, § 4º da
Lei de Registros Públicos, Lei 6.015/1973.
"Art.55, § 4º, Lei 6.015/1973: Em até 15 (quinze) dias
após o registro, qualquer dos genitores poderá
apresentar, perante o registro civil onde foi lavrado o
assento de nascimento, oposição fundamentada ao
prenome e sobrenomes indicados pelo declarante,
observado que, se houver manifestação consensual
dos genitores, será realizado o procedimento de
retificação administrativa do registro, mas, se não
houver consenso, a oposição será encaminhada ao
juiz competente para decisão."
D) Errada. A genitora poderá pedir a alteração do
prenome da filha, conforme Artigo 55, § 4º da Lei
6.015/1973.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
18
40. LETRA B
TEMA: CONTRATOS
A) Errada. Tendo em vista que Helena estava em
mora porque houve a contagem errada do prazo,
conforme o enunciado explicita, ela será responsável
pela impossibilidade decorrente de caso fortuito ou
força maior.
B) Correta. Helena por não cumprir com o contrato
na data firmada, estava em mora e por isso,
responderá pela impossibilidade decorrente de caso
fortuito ou força maior. Além disso, o valor da multa
está dentro do limite legal porque poderá ser até o
valor da obrigação principal.
"Art. 399, CC: O devedor em mora responde pela
impossibilidade da prestação, embora essa
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força
maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se
provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria
ainda quando a obrigação fosse oportunamente
desempenhada."
"Art. 412, CC: O valor da cominação imposta na
cláusula penal não pode exceder o da obrigação
principal."
C) Errada. A cobrança de multa não depende de
prova de efetivo prejuízo.
"Art. 408, CC: Incorre de pleno direito o devedor na
cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de
cumprir a obrigação ou se constitua emmora."
D) Errada. Tendo em vista que Helena estava em
mora porque houve a contagem errada do prazo,
conforme o enunciado explicita, ela será responsável
pela impossibilidade decorrente de caso fortuito ou
força maior.
41. LETRA D
TEMA: SUCESSÕES
A) Errada. Tendo em vista que Rômulo e Isabella
casaram em 1975, o regime legal de bens dessa época
era o de comunhão universal. Somente com o Código
Civil de 2002 é que o regime legal de bens virou o de
comunhão parcial. Sendo assim, Isabella será meeira
de Rômulo, mas não será herdeira. Não irá concorrer
com os descendentes na herança deixada por
Rômulo tendo em vista o regime da comunhão
parcial de bens. Apenas irá receber a título de
meação.
"Art. 1.829, CC: A sucessão legítima defere-se na
ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge
sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação
obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou
se, no regime da comunhão parcial, o autor da
herança não houver deixado bens particulares;
(...)"
B) Errada. Vitor não será herdeiro de Rômulo porque
quem irá representar Marta na herança será sua
descendente, Nina. Vitor não irá receber a herança de
Rômulo.
"Art. 1.851, CC: Dá-se o direito de representação,
quando a lei chama certos parentes do falecido a
suceder em todos os direitos, em que ele sucederia,
se vivo fosse."
"Art. 1.852, CC: O direito de representação dá-se na
linha reta descendente, mas nunca na ascendente."
C) Errada. Tendo em vista que Rômulo e Isabella
casaram em 1975, o regime legal de bens dessa época
era o de comunhão universal. Somente com o Código
Civil de 2002 é que o regime legal de bens virou o de
comunhão parcial. Sendo assim, Isabella será meeira
de Rômulo, mas não será herdeira. Não irá concorrer
com os descendentes na herança deixada por
Rômulo tendo em vista o regime da comunhão
parcial de bens. Apenas irá receber a título de
meação.
D) Correta. Lucas e Maria serão herdeiros porque são
descendentes, filhos de Rômulo. Assim como Nina
também será herdeira porque irá representar Marta
na herança de Rômulo. Conforme Artigo 1.829, I do
Código Civil e Artigo 1.851 do Código Civil.
42. LETRA C
TEMA: DIREITOS REAIS - CONDOMÍNIO
A) Errada. Existe ordem de preferência entre os
condôminos. Aquele que tiver benfeitorias de maior
valor ou se não tiver benfeitorias, aquele que tiver
quinhão maior terá preferência.
B) Errada. De fato há direito de preferência entre
João, Paulo e Pedro. Porém, aquele que tiver
benfeitorias de maior valor terá preferência e só no
caso de não ter benfeitorias, é que será analisado o
que tem quinhão maior.
Simulados Inéditos -Método VDE 1ª fase OAB
@viciodeumaestudante @metodovde
Material de uso individual. Proibido o repasse!
19
C) Correta. Alternativa conforme o Artigo 504,
Parágrafo único do Código Civil.
"Art. 504, CC: Não pode um condômino em coisa
indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro
consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a
quem não se der conhecimento da venda, poderá,
depositando o preço, haver para si a parte vendida a
estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta
dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos,
preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na
falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as
partes forem iguais, haverão a parte vendida os
comproprietários, que a quiserem, depositando
previamente o preço."
D) Errada. Preferirá o que tiver benfeitorias de maior
valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
43. LETRA B
TEMA: ACESSO À JUSTIÇA
A) Errada. Pois na verdade a sentença que defere a
adoção produz efeito devolutivo, não possuindo
portanto, duplo efeito, nos termos do art. 199-A do
ECA, que segue:
“Art. 199-A, ECA. A sentença que deferir a adoção
produz efeito desde logo, embora sujeita a
apelação, que será recebida exclusivamente no
efeito devolutivo, salvo se se tratar de adoção
internacional ou se houver perigo de dano
irreparável ou de difícil reparação ao adotando.”
B) Correta. Pois a presente alternativa descreve
integralmente o art. 199-C do ECA, que diz:
“Art. 199-C, ECA. Os

Mais conteúdos dessa disciplina