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Direito Civil III_Resumão para V1

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DIREITO CIVIL III
UNIDADE I: INTRODUÇÃO A TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
1-Conceito: é a manifestação de duas ou mais pessoas que se obrigam com o objetivo de obterem do direito algum bem de índole patrimonial ou a defenderem determinado interesse, devendo observar a função social e econômica do mesmo e preservar as fasas do pacto conforme o princípio da boa fé. É feito para criar, regulamentar, alterar ou extinguir uma relação jurídica bilateral ou plurilateral.
2- Função Social do Contrato: a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, sem perda do valor fundamental da pessoa humana. Havendo o desrespeito, o contrato social será invalidado ou o contratante nocivo responderá pela reparação dos prejuízos causados a terceiros.
3- Condições de Validade do Contrato:
Requisitos Subjetivos: A validade do negócio jurídico requer: agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; forma prescrita ou não defesa em lei. Os contratos serão nulos ou anuláveis, caso a incapacidade absoluta ou relativa não for suprida pela representação ou assistência.
Requisitos Objetivos: o objeto deverá ser lícito, possível e determinado, de acordo com a lei e aos bons costumes.
Requisitos Formais: as formas podem ser não-solenes (a validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão qdo a lei exigir); solene (não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial aos negócios jurídicos para assegurar a observância de determinada solenidade, assegurar autenticidade, garantir a livre manifestação de vontade).
4- Princípios Fundamentais do Direito Contratual: 
P da Autonomia de Vontade:ampla liberdade de contratar, disciplinar seus interesses sem a interferência do Estado;
P da Supremacia da Ordem Pública: limita P. da Autonomia de Vontade em razão da exploração do economicamente mais fraco;
P do Consensualismo:basta o acorde de vontades para o aperfeiçoamento do contrato;
P da Relatividade: os efeitos de contratos só se produzem entre as partes, não afetando terceiros;
P da Obrigatoriedade: o acorde de vontades faz lei entre as partes, não podendo ser alterado nem pelo juiz;
P da Revisão (p da onerosidade excessiva): permite ao contratante recorrer ao judiciário para obter alteração de convenção e condições mais humanas, caso a prestação se torne onerosa de forma imprevisível e extraordinária.
P da Boa Fé: as partes se comportem de forma correta, honesta durante a formação e cumprimento do contrato
5- Interpretação dos Contratos: pode-se dizer que as regras de interpretação dos contratos presvistas no C.C. dirigem-se primeiramente às partes, que são as pricipais interessadas em seu cumprimento.
Os princípios básicos a serem observados são o da boa fé e o princípio da conservação do contrato.
Regras interpretativas: interpretação mais favorável ao aderente (verificar o modo pelo qual vinham executando de comum acordo), interpretação restritiva (analísa-se o contrato, na dúvida, de forma menos onerosa para o devedor), fiança apenas restritiva (as cláusulas não devem ser interpretadas isoladamente), prevalece a vontade do testador, mais favorável ao consumidor (cláusula de dois significados, interpreta-se em atenção ao que pode ser exequível).
Interpretação dos Contratos de Adesão: deve ser interpretado de forma mais favoráel ao aderente, quando possuir cláusulas ambíguas ou contraditórias.
Pactos Sucessórios: não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. A sua inobservância torna nulo o contrato em razão da impossibildade juridica do objeto. Somente a partilha intervivos será permitida.
6- Da Formação do Contrato: os elementos da formação do contrato resulta na manifestação de vontade que se dá pela proposta (ou oferta, policitação, oblação) e aceitação. Na maioria dos casos ocorrem nogociações preliminares (fase de pontuação).
A Proposta: Oferta. Segunda fase de formação do contrato. Traduz a vontade definitiva de contratar, não estando mais sujeito a estudo e discussão. A proposta de contrato obriga o proponente.
A Aceitação: Concordância tácita ou expressa. No caso de contrato entre ausentes: Teoria da Cognição (o policitante se inteira de seu teor, ele tem o cohecimento), Teoria da Declaração ou Agnição (considera-se a declaração no momento de sua redação), Teoria da Expedição (não basta a redação da proposta, é preciso que seja expedida), Recepção (além de escrita e expedida, é preciso que tenha sido entregue ao destinatário).
O Lugar da Clebração do Contrato: será o lugar que foi proposto.
UNIDADE II: CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
Qto aos Efeitos: Unilaterais (uma das partes só tem deveres e a outra só tem direitos), Bilaterais (reciprocidade de direitos e deveres), Plurilaterais (cotém mais de duas partes), Gratuitos (apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem), Onerosos (ambos os contratantes obtém proveitos e sacrifícios).
Qto à Formação: Paritário (cláusulas fruto de discussões e debates), Adesão (é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa modificar substancialmente seu conteúdo).
Qto ao Momento da Execução: De Execução Instantânea (se executam no momento de sua celebração), De Execução Diferida (serão cumpridos em um só ato, mas em momento futuro), Trato Sucessivo (se cumprem por atos reinterados).
Qto ao Agente: Perssonalíssimo (ações não podem ser executadas por outra pessoa) ou Impessoal, Individuais (obrigados são somente as partes que tomaram parte na celebração) ou Coletivos (pela vontado do grupo organicamente considerado, geram obrigações para todos do grupo).
Qto ao Modo Poque Existem: Principais (não dependem de qq contrato), Acessórios (existência subordinada a u contrato principal), Derivados (possui direitos estabelecidos em outro contrato)
Qto à Forma: Solenes (devem obedecer a forma prescrita na lei), Não-Solenes (não possuem forma prescrita na lei), Reais (exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega da coisa).
Qto à Desiginação: Típicos (tipificados em lei) e Atípicos (não tipificados em lei), Nominados (possuem nome próprio) e Inominados.
Qto ao Objeto:.Preliminares (objeto é a celebração de um contrato definitivo) e Definitivo (tem por objetivo diversos outros fundamentos do acordo com a natureza jurídica do contrato pactuado)
UNIDADE III: CONTRATOS BILATERAIS
1- Estipulação em Favor de Terceiro: Ocorre qdo um pessoa convencionada com outra pessoa estipula concesão de vantagem ou benefício em favor de terceiro que não é parte do contrato. A capacidade civil só será exigida etre o estipulante e promitente.
Três Personagens: estipulante (aquele que beneficia o terceiro), promitente (aquele que deverá prestar a obrigação à terceiro) e beneficiário (o terceiro beneficiado).
Natureza Jurídica: "sui generis", prestação é realizada em favor de quem não participa do contrato.
2- Promessa por Fato de Terceiro: Ocorre qdo uma pessoa se compromete com outra a obter prestação de terceiro. Se o terceiro não informar previamente que anuiu o contrato, o promitente responderá por perdas e danos em face do promissário. Se o terceiro se obriga, o promitente se exonera.
3- Vício Redibitório: são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo e oneroso que a tornam imprópria ao que se destina ou lhe diminuem o valor.
A coisa pode ser enjeitada pelo adquirente, ou ele pode ficar com a coisa e reclamar pelo abatimento do preço. Fundamenta-se no princípio da garantia (todo alienante deve assegurar ao adquirente, a título oneroso, o uso da coisa por ele adquirida e para os fins que é destinada).
Ações Edilícias: "Havendo vício redibitório o adquirente poderá pleitear, por meio de uma das ações edilícias: 1. o abatimento no preço (ação “quanti minoris” ou ação estimatória); 2. a resolução do contrato mais perdas e danos (sendo preciso provar a má-fé do alienante) – ação redibitória. " Podem ser:
Ação Redibitória: o adquirente pode
rejeitar a coisa, rescindindo o contrato.
Ação Estimatória: o adquirente reclama o abatimento do preço.
Prazo para Propositura da Ação: terão os seguintes prazos decadenciais para propositura: (a) qdo o adquirente encontra-se sem posse da coisa, o prazo será de 30d qdo se tratar de bens móveis e de 1a qdo se tratar de bens imóveis, que começará a contar no momento da entrega efetiva do bem; (b) qdo o adquirente encontra-se na posse do objeto, o prazo será de 15d qdo for bem móvel e de 6m qdo se tratar de bem imóvel, contatos da celebração do contrato; (c) no caso de vício ocultíssimo, o prazo é de 180d para bens móveis e de 1a para bens imóveis, contados do conhecimento do vício.
OBS.: Ampliação convencional do prazo: as partes podem convncionar a ampliação dos prazos legais; neste caso, os prazos sempre serão somados; o alienante terá 30d para reclamar, contados do aparecimento do defeito.
Restrições às Ações Redibitórias: não cabem nas hipóteses de coisas vendidas conjuntamente (ex. Uma coleção de livros raros); nas de inadimplemento contratual (entrega de uma coisa por outra); nas de erro qto às qualidades essenciais do objeto que é de natureza subjetiva.
CDC – Art. 26: para que seja configurada a relação de consumo, deve possuir na relação jurídica a presença de suas pessoas: fornecedor (atividade, produção + remuneração), que é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou extrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolve atividades de produçao, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtor ou prestação de serviços; e outra pessoa que é o consumidor, toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

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