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Processual Penal - TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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PRINCÍPIOS RECURSAIS 
 
TAXATIVIDADE – Os recursos devem ter previsão em Lei. 
UNIRRECORRIBILIDADE (art. 593, §4º) – Para cada decisão judicial caberá apenas um 
único recurso 
FUNGIBILIDADE (art. 579) – Um recurso interposto em lugar do outro, não prejudica o 
direito da parte, pois o recurso interposto será conhecido como se fosse o recurso que 
se queria interpor. desde que NÃO HAJA MA FÉ. 
CONVERSÃO – Ligado a competência. Se a parte interpuser recurso para órgão 
jurisdicional que não é o competente para conhecê-lo, este remeterá os autos para o 
órgão que o seja. 
 
PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS (617,CPP): a situação do acusado não pode ser 
agravada em julgamento de recurso EXCLUSIVO da defesa. 
REFORMATIO IN PEJUS INDIRETA – Se o tribunal, ao julgar recurso do réu, anular a 
sentença e remeter os autos ao juízo a quo para que este profira outra sentença em 
seu lugar, o juiz de primeiro grau, poderá proferir sentença com pena mais alta do que 
a primeira que foi anulada pelo tribunal ? A doutrina se divide, sendo certo que é 
majoritário o entendimento, que o juiz de primeiro grau está limitado ao patamar da 
primeira sentença proferida. Ou seja, se na primeira sentença, que foi anulada, a pena 
fora de 5 anos, a segunda sentença, não poderá ultrapassar este teto. 
 
REFORMATIO IN MELLIUS – Se somente o Ministério Público recorrer da sentença, 
requerendo a majoração da pena, o tribunal poderá entender que é caso de absolvição 
ou de diminuição de pena. A reforma para melhorar a situação do réu é permitida 
segundo a doutrina majoritária. Contudo, a jurisprudência do STF veda a reformatio in 
mellius. 
 
VOLUNTARIEDADE (art. 574) - Os recursos dependem da livre manifestação de 
vontade das partes – Não há obrigatoriedade em recorrer. 
 
RECURSO DE OFÍCIO OU REEXAME NECESSÁRIO – Para o professor Paulo Rangel e 
professora Ada Pellegrini, o reexame necessário (574, I e II) não é um recurso, pois 
recurso depende da iniciativa das partes e, portanto, o reexame necessário tem 
natureza de condição de eficácia da decisão. Ou seja, enquanto órgão superior 
hierárquico não reexaminar a matéria, a mesma não produz seus regulares efeitos. 
Trata-se de uma condição suspensiva. 
 
 
 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
 
O juízo de admissibilidade, divide-se em duas partes: 
 Juízo de admissibilidade (juízo de prelibação) 
 Juízo de mérito (juízo de delibação) 
 
 
O juízo de prelibação é o exame dos pressupostos processuais, ou seja, exame 
de admissibilidade ou não da pretensão recursal. É realizado em ambas as 
instâncias. Primeiro no juízo a quo, onde o juiz de primeiro grau recebe ou não 
o recurso. Segundo, no juízo ad quem, onde o tribunal, após analisar a presença 
dos requisitos intrínsecos e extrínsecos, conhece ou não do recurso. 
 
Quando o tribunal conhece do recurso, ele avança no juízo de mérito (juízo de 
delibação) analisando se a pretensão do recorrente pode ou não ser atendida. 
 
Se o tribunal conhecer do recurso, apreciando o mérito, a sentença será 
substituída pelo acórdão na parte que foi objeto do recurso, desde que se trate 
de error in judicando, ou seja, vício no julgamento. Pois se for error in 
procedendo, a sentença é cassada e os autos baixam para outra sentença ser 
proferida em seu lugar (art. 512 do CPC). 
 
Entretanto, não se pode olvidar da TEORIA DA CAUSA MADURA, isto é, se 
houver error in judicando e error in procedendo, não havendo recurso do MP e, 
consequentemente tenha transitado em julgado para a acusação e havendo 
recurso exclusivamente do réu, o tribunal está autorizado a reconhecer a 
nulidade e, se entender ser caso de absolvição, absolver o réu sem a 
necessidade de declarar nula a sentença condenatória. 
 
Lembrando que error in procedendo é o erro de procedimento (Direito 
processual) que pode gerar anulação da sentença e error in judicando (Direito 
material) é o erro no julgamento, que pode gerar reforma da sentença. 
 
REQUISITOS INTRÍNSECOS ( PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS) 
 LEGITIMIDADE 
 INTERESSE 
 SUCUMBÊNCIA E INTERESSE: Sucumbência é a desconformidade entre o que se 
pediu e o que foi concedido. Todavia, pode haver interesse em recorrer sem 
que tenha havido sucumbência. Ex.: O réu pleiteia a absolvição por legítima 
defesa real e é absolvido por legítima defesa putativa. Não houve sucumbência, 
mas há interesse do réu em recorrer. De igual forma, o MP pede a condenação 
do réu e o réu é condenado. Contudo, a sentença encontra-se eivada de vício 
de procedimento. Neste caso, também não houve sucumbência, mas há 
interesse em recorrer. 
 
 
 
REQUISITOS EXTRÍNSECOS ( PRESSUPOSTOS OBJETIVOS) 
 
 
 CABIMENTO: Exige-se previsão legal da possibilidade de recurso, entretanto, 
em se tratando de legislação extravagante, deve-se atentar para a possibilidade 
de aplicação subsidiária do CPP. Não havendo proibição, aplica-se este. 
 
 TEMPESTIVIDADE: O recurso deve ser interposto no prazo em que a Lei 
estipular. 
 
 REGULARIDADE FORMAL: as formalidades legais devem ser obedecidas. Ex.: 
(ex.:recolhimento das custas processuais) 
 
 ADEQUAÇÃO: Cada recurso tem a decisão correta para atacar. 
 
 TEMPESTIVIDADE: Recurso deve ser interposto dentro do prazo legal. 
 
 INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO: Cuidado, esse fato impeditivo surge antes 
da interposição. Ex.: desistência, deserção, preclusão e renúncia. 
OBS 1. O MP, após interpor recurso, não pode desistir! OBS 2. V. S.705 do STF 
 
 
 
 
EFEITOS 
 
1- DEVOLUTIVO: A interposição do recurso devolve ao órgão jurisdicional 
apontado na Lei, como o competente para reexaminar a questão, toda a 
matéria objeto do recurso. 
 
2- SUSPENSIVO: Eficácia da decisão é SUSPENSA até o julgamento do recurso 
interposto. Depende de expressa previsão legal, no silêncio da Lei, entende-se 
que o efeito será somente devolutivo; 
 
3- EXTENSIVO (art. 580,CPP): Ocorre no caso de concurso de agentes. Se NÃO 
tiver por fundamento caráter pessoal pode ser estendido aos demais, mesmo 
que não tenham recorrido; 
 
4- REGRESSIVO: Possibilidade do juiz q proferiu a decisão reexaminar e alterar sua 
própria decisão. 
 
 
 
 
Fonte: Rangel, Paulo. Direito Processual. 19 ed. – Rio de Janeiro. Ed. Lummen Juris, 2011. 
Contribuição de Leonardo Franco de Oliveira – 7ºperíodo - UNESA

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