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A Sala de Aula Invertida ou Flipped 
Classroom.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar em que consiste a Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom.
• Compreender os seus objetivos, estratégias e regras básicas.
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom.
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem 
Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela 
editora InterSaberes.
https://player.vimeo.com/video/797998209
A Sala de Aula Invertida ou Flipped Classroom. • 3/12
Introdução 
Embora a Sala de Aula Invertida seja uma metodologia já em voga nos últimos anos, 
alguns autores ainda a consideram em construção. Tem sido a queridinha de alunos e 
professores porque é um processo simples que tem a ver com a entrega ou indicação 
de um conteúdo por meio de texto, vídeos, podcasts ou qualquer outro recurso com 
o qual o estudante aprenderá de forma independente, quando e onde quiser, em
momento extra sala de aula (on-line), e no momento in classroom o aluno desenvolverá
a atividade proposta pelo docente, tendo como base aquele conhecimento que foi
previamente adquirido.
Aquela tarefa que antes era chamada de ‘dever de casa’ passa a ser desenvolvida em 
sala de aula, com o suporte do professor, que será um mediador entre o estudante e 
o material, estimulando debates, sessões de perguntas e respostas, apresentação de
dúvidas e dos resultados desenvolvidos.
É necessário, para essa prática, que o estudante tenha acesso ao conteúdo de forma 
antecipada, e ainda é fundamental que ele se engaje e que esmiúce esse material 
antes do momento no qual estará em sala de aula, já seja de forma física, conectada 
ou virtual. (Munhoz, 2019)
Então, vamos conhecê-la um pouco mais!
Características da Sala de aula invertida ou Flipped classroom
Apesar de alguns estudiosos entenderem a sala de aula invertida como uma metodologia 
inovadora, outros não a veem do mesmo modo. Alguns autores a consideram apenas 
como uma forma diferente de desenvolver o conteúdo para motivar o aluno.
Nessa metodologia, o conteúdo não é mais entregue ao aluno pelo professor, via 
o texto de um livro ou de outra bibliografia. Passa a ser ‘entregue’ por indicações 
de pesquisas, bibliotecas virtuais, ou links (por meio de um ambiente virtual de 
aprendizagem) e novos materiais podem (e devem) ser acrescentados, até a sua 
completa compreensão.
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Vale ressaltar que geralmente, quando a proposta é inicialmente passada aos alunos, 
causa certa surpresa e até mesmo um certo pânico, visto ser diferente e os alunos 
serem desafiados a fazer algo novo, a ‘sair da caixinha’ como se diz.
Nessa situação, o aluno precisa assumir o papel central nessa ‘imersão’ no material 
e o professor passa a assumir um papel de orientador, o que não é fácil, porque 
ele também é desafiado a ensinar de forma diferente, estimulando outras formas de 
assimilação do conhecimento.
O processo tem alguns aliados de peso, como o conectivismo, a aprendizagem baseada 
em problemas (ABProb.) e a aprendizagem em grupo, que serão vistas mais adiante, e 
várias outras aprendizagens ativas visando aproximar as metodologias atuais à geração 
digital. (Munhoz, 2019)
Saiba Mais
Quer conhecer exemplos de sucesso no uso da metodologia de ensino 
híbrido rotação sala de aula invertida? Então leia os seguintes artigos.
1. Souza & Andrade. (2016). Modelos de rotação do ensino híbrido: 
estações de trabalho e sala de aula invertida. https://etech.sc.senai. 
br/revista-cientifica/article/view/773 Acesso em 20 de janeiro de 
2025 
2. Pavanelo & Lima. (2017). Sala de Aula Invertida: a análise de uma
experiência na disciplina de Cálculo I. https://www.scielo.br/j/
bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt 
Acesso em 20 de janeiro de 2025
https://etech.sc.senai.br/revista-cientifica/article/view/773
https://etech.sc.senai.br/revista-cientifica/article/view/773
https://www.scielo.br/j/bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt
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Vale ressaltar que para que a aprendizagem realmente ocorra é essencial que os 
docentes insiram os quatro pilares fundamentais que formam a sigla FLIP, ou seja, é 
preciso que a prática ocorra em ambiente flexível (F - Flexible Environment), que esteja 
focada na cultura da aprendizagem (L - Learning Culture), que seja proposto com um 
conteúdo dirigido (I - Intentional Contents) e que o educador seja profissional (P - 
Professional Educator).
Figura 1 - Pilares da Aprendizagem Invertida
Fonte: Flipped Learning (FLN), 2014 como citado em Mello, Neto & Petrillo, 2019, p. 74
É uma abordagem pedagógica na qual a aula tradicionalmente expositiva se transforma 
de uma abordagem grupal para uma aprendizagem individual, proporcionando ao 
ambiente presencial restante um momento de aprendizado flexível, dinâmico e 
interativo.
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É necessário perceber que não basta pedir aos alunos que leiam um texto ou assistam 
um vídeo previamente. Muitos professores devem ter pedido isso aos seus alunos em 
algum momento de suas práticas. É fundamental que os alunos se engajem e que 
esgotem as pesquisas sobre o assunto, com uma preparação prévia, anotando suas 
dúvidas para que sejam sanadas coletivamente, no momento do encontro presencial 
(ou síncrono, no caso das aulas a distância), antes de que ocorra efetivamente o 
desenvolvimento da tarefa proposta.
Morán (2015, como citado em Bacarin, 2020), um dos estudiosos da educação mais 
conceituados, considera a sala de aula invertida como uma das metodologias mais 
interessantes da atualidade para misturar tecnologias e práticas de ensino, porque 
concentra no virtual a aquisição da informação mais básica e deixa para o presencial (ou 
síncrono no caso do ensino a distância) as atividades mais criativas e supervisionadas, 
que combinam desafios, projetos, problemas reais e jogos.
Como não há um modelo único para a inversão em sala de aula, o docente pode 
inserir diversas atividades práticas e/ou ainda permitir que os alunos trabalhem 
em atividades diferentes, ao mesmo tempo, que estudem em grupos ou de forma 
individual e que sejam avaliados quando se sentirem preparados.
https://player.vimeo.com/video/797998406
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Objetivos da Flipped Classroom
Para que a prática funcione efetivamente, estudiosos elencam alguns objetivos que 
precisam ser atingidos. São eles:
●	 Propor aulas menos expositivas, que sejam mais produtivas e participativas, que 
façam com que o aprendiz se engaje em relação com o conteúdo a ser estudado, 
transformando a sala de aula em um ambiente colaborativo;
●	 Proporcionar um ambiente mais interativo entre professor e alunos, alunos e 
alunos, e ainda entre alunos e material, gerando a assimilação do conteúdo de 
forma efetiva;
●	 Favorecer uma melhor otimização do tempo em sala de aula (e fora dela também);
●	 Permitir que alunos com dificuldade de aprendizagem tenham um melhor 
aproveitamento; (Mello, Neto e Petrillo, 2019)
Estratégias de Aplicação
Antes da Aula
1- O docente determina os objetivos a serem atingidos, prepara o material que 
o estudante precisa ler/ver/ouvir extra sala de aula e o disponibiliza ou faz as 
indicações;
2- O estudante lê, vê e/ou ouve os materiais em um momento extra sala de aula 
escolhido por ele, de onde quiser.
Na sala de aula
3- Nos primeiros minutos, o professor/orientador cede um tempo para que os 
estudantes tirem as dúvidas que tiveram ao estudar o material, e na sequência 
usam os conceitos/conteúdos aprendidos para resolver os problemas/
questionamentos propostos pelo professor em sala de aula. As atividades 
realizadas na sala de aula devem estimular atividades cognitivas mais complexas 
como aplicar, criar,analisar, avaliar, idear, tendo o apoio dos colegas e do 
professor. (Mello, Neto & Petrillo, 2019)
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Regras básicas para inverter a sala de aula
Além de conhecermos os objetivos e as estratégias de aplicação da sala de aula 
invertida, ainda precisamos assimilar quais são as suas regras básicas, ou cairemos no 
erro de apenas criar uma atividade diferenciada no mesmo contexto tradicional, sem 
uma aprendizagem significativa. Então, vejamos o que o Relatório Flipped Classroom 
Field Guide (Valente, 2018) diz a esse respeito.
●	 As atividades que ocorrem no momento in classroom devem envolver 
questionamentos, a resolução de problemas e outras atividades de aprendizagem 
ativa que levem o estudante a recuperar, aplicar e aumentar o material apreendido 
extra classe (on-line);
●	 Os aprendizes precisam receber o feedback logo após a realização das atividades 
presenciais;
●	 Os estudantes precisam ser estimulados a participar tanto das atividades on-line 
como das in classroom, tendo ciência que ambas as participações valerão nota e 
farão parte da avaliação;
●	 Tanto o material a ser explorado extraclasse quanto os ambientes de aprendizagem 
de sala de aula (presenciais ou não) precisam ser muito bem estruturados e 
planejados. 
Vale ressaltar que não é para o professor passar aos seus estudantes textos enfadonhos 
ou vídeos longos, visto que os alunos costumam reclamar que a aula expositiva é muito 
chata e cansativa. A ideia não é substituir uma aula ‘chata’ presencial por uma pesquisa 
‘chata’ on-line. O propósito é explorar outros recursos como animações, simulações, 
estudos de caso, integrando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) com 
as atividades curriculares.
O ideal é que o professor possa acessar as informações dos alunos nas plataformas de 
ensino, observando as pesquisas realizadas, as auto avaliações feitas, observando os 
pontos críticos que precisam ser fortalecidos e que precisam ser retomados em sala 
de aula.
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O Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard adotaram 
a estratégia da sala de aula invertida em algumas disciplinas e com isso elas têm inovado 
seus métodos de ensino, adequando-os para que possam usar os avanços das TICs e 
diminuir a evasão. (Valente, 2018)
A grande vantagem da junção da Sala de Aula invertida e da Aprendizagem Ativa é 
fomentar o aprendizado no Ensino Híbrido, possibilitando ao professor compreender 
e trabalhar quase que de forma individual o aprendizado de cada aluno. (Souza, Baião 
& Veraszto, 2018)
Em Resumo
Conhecemos um pouco mais sobre a famosa sala de aula invertida compreendendo 
que não é simplesmente uma metodologia por meio da qual o professor passa o 
conteúdo para o aluno aprender sozinho em casa. Para que a aprendizagem ocorra 
efetivamente é preciso engajamento, planejamento prévio, inserção do material 
pelo docente no ambiente virtual, de forma que o aluno tenha acesso a ele de 
onde quiser e quando quiser e é fundamental que no momento presencial (ou 
síncrono no caso de aulas a distância) esse conhecimento previamente assimilado 
seja trazido de volta e colocado em prática pela aplicação de atividades que 
envolvam debates, análises, aplicações de ações, ou qualquer outra prática que 
gere aprendizagem significativa. Espero que tenha gostado.
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Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/797998575
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Referências Bibliográficas
Bacarin, Ligia Maria Bueno Pereira. (2020) Metodologias Ativas. [livro eletrônico] 
Curitiba: Contentus.
Mello, Cleyson de Moraes; Neto, José Rogério Moura de Almeida; & Petrillo, Regina 
Pentagna. (2019) Metodologias Ativas: desafios contemporâneos e aprendizagem 
transformadora. [livro eletrônico] 2ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.
Munhoz, Antonio Siemsen. (2019). Aprendizagem Ativa via Tecnologias. [livro 
eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Souza, Henderson Tavares de. Baião, Emerson Rodrigo; & Veraszto, Estéfano 
Vizconde. (2018) Tecnologias Educacionais: aplicações e possibilidades. Tendências 
em Tecnologias Educacionais em Educação a Distância. Ufscar.
Valente, José Armando, A sala de aula invertida e a possibilidade de ensino 
personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. In: Bacich, Lilian; 
& Morán, José. (2018) Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma 
abordagem teórico-prática. [livro eletrônico] Porto Alegre: Penso.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Aprendizagem ativa via tecnologias
Antonio Siemsen Munhoz
InterSaberes, 2019

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