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Iolanda Maria Martins Rodrigues Psicologia 7° Semestre | UNIP - SJRP Matéria: Psicodiagnóstico | Fichamento 1 Texto: Diagnóstico Psicológico – Trinca Walter Capítulo 1: Contexto geral do diagnóstico psicológico – Marília Ancona-Lopez Do grego diagnōstikós - discernimento, o Psicodiagnóstico se trata do processo de desvendamento e busca pelo entendimento do que é trazido pelo indivíduo para o terapeuta. Utiliza-se de observações, avaliações e interpretações. Conhecimento do fenômeno e todas as facetas envolvidas, contexto social, cultural, econômico, familiar, entre outros como citado no texto é inevitável não realizar o diagnóstico, visto que o processo de descoberta e investigação dos fenômenos dependem do diagnōstikós, ou seja, discernimento. Ainda que utilizamos outros saberes desenvolvidos em outras ciências, e vice-versa, é válido pensarmos que a ciência e psicológica utiliza sua rede própria de conhecimentos para desvendar os fenômenos próprios da Psicologia. Esses saberes e fenômenos se formaram através de definições e procedimentos, além de técnicas próprias de suas abordagens teóricas múltiplas. Esse diagnóstico psicológico é uma função exclusiva do psicólogo garantidas por lei (lei número 4119 de 27 de agosto de 1962 para tal o psicólogo precisa dominar conhecimentos teóricos procedimentos e técnicas; esses podem ser divergentes incertas ocasiões devido a linha teórica de cada psicólogo em específico, mas sempre como em toda ciência suas abordagens terão embasamento e assertividade ao se relacionar com os fenômenos psicológicos. O termo psico diagnóstico, pode variar em detrimento disto, aparecendo como diagnóstico da personalidade, estudo de caso, diagnóstico psicológico ou avaliação psicológica. O modelo Médico O termo psicologia clínica foi cunhado pela primeira vez em 1896 junto da clínica médica, com crianças deficientes físicas e mentais. Surge quando passa a se considerar as doenças mentais como as doenças físicas, tornando-se necessária a atenção e visão científica para manejar os casos, que anterior a essa transformação eram de responsabilidade religiosa considerava-se uma doença mental como um castigo Divino e possessão. Nasce a área da psiquiatria e a parte dessa atividade médica, a psicopatologia ramo da ciência voltado ao estudo do comportamento anormal, definindo, compreendendo seus aspectos. Essa ciências derivaram o modelo médico de psicodiagnóstico, modelo psicométrico e modelo behaviorista. Esses modelos tem a postura positivista, onde a confirmação das hipóteses se baseia em referências externas A conversa entre esses campos, juntamente com o campo da bioquímica e neurologia, possibilitaram a associação e compreensão da causalidade de distúrbios psicológicos e distúrbios orgânicos. Organizou-se a síndrome sintomáticas a serem observadas que caracterizam os quadros. O modelo Psicométrico Esse modelo se tornou um campo exclusivo da Psicologia, conforme se entendeu a necessidade de definir de forma segura através dos testes a capacidade intelectual das crianças, aptidões e dificuldades além da capacidade escolar de início os resultados eram obrigatoriamente encaminhado aos médicos para um parecer final definitivo. Ao longo do tempo os psicólogos conquistaram sua autonomia, não sendo necessário que a palavra final de um médico, como figura máxima de conhecimento definisse a autenticidade dos resultados, passando inclusive a compor parte do material ao qual os médicos recorriam em seus diagnósticos como suporte, tornando as capacidades e funções do psicólogo cada vez mais definidas. Utilizou-se historicamente na segunda Guerra Mundial os testes na seleção de indivíduos aptos ou não para ingressar no exército, além de estudos nos casos pós guerra nos Estados Unidos. O modelo Behaviorista X modelo Fenomenológico-existencial e Humanista | A importância de Freud para evolução da psicologia. O homem estudado como os fenômenos da natureza. A psicologia adentra as ciências naturais para aplicar o método das ciências naturais (positivista), o comportamento foi entendido como o único objeto possível de ser estudado, sendo ele observava e mensurável. Através do que os behavioristas chamam de levantamento de repertório ou análise de comportamento, criou-se novas técnicas e conceitos objetivando-se a compreensão das interações homem x ambiente, fatores que regem essa interação e as variáveis do comportamento humano em diversas situações. Paralelamente a esse período surgem modelos que criticam a posição reducionista dos modelos clínicos médico e behaviorista. Compreende-se para humanista e fenomenológico-existencial que o homem não deve ser classificado e moldado dentro do que se define nas teorias positivistas ponto e, isto é o homem deve ter espaço para abrir diante do terapeuta seu mundo próprio e subjetivo, é individualização é necessária para que se compreenda nível profundo as queixas trazidas pelo sujeito e isso só será de alcance do terapeuta através de um processo de voltar-se a si mesmo, interiorizar-se e compreender a si próprio e o que fazer para o autoconhecimento. Dessa forma viver e ser humano em plenitude ao relacionar-se com o mundo exterior e interior simultaneamentanos. Vale citar que a psicanálise com Freud trouxe à tona o conceito do inconsciente, esse processo de intrapsiquismo abre espaço para todas as outras teorias, até mesmo as que discordam do valor do conteúdo subjetivo interno de cada indivíduo; como os radicais behavioristas da primeira geração. É inegável o seu papel na abertura para o entendimento da dinâmica de personalidade, a formação desta e a revisão dos psicos diagnósticos prognósticos e tratamento que até então eram centralizados no molde da clínica médica, onde os conceitos de subjetividade intrapsiquismo, projeção, transferência contra a transferência não existia no processo de tratamento. Com isso nasci a valorização dos conteúdos internos de subjetivos além da particularização do sujeito e de seu tratamento. O processo de integração – Teoria e prática. A integração de tais correntes acontecem com o passar dos anos, um de cada vez mais se entendeu a importância de conversar e transitar os diversos conceitos e abordagens como forma de construção do saber científico psicológico, não mais como uma disputa para saber qual teoria é a mais correta e válida. Entende-se que muitas vezes não será somente uma abordagem que irá satisfazer a demanda, logo os profissionais e Psicologia abarcaram em sua trajetória modelos que conversem, ou não entre si, de forma coerente e definida, a depender das especificidades de cada sujeito em clínica. A filosofia e epistemologia impede; como citado no texto de Walters Trinca; e os profissionais da área caiam em posição alienada e acrítica, dessa forma em paralelo a necessidade de cada vez mais crescente de integração, uso de modelos e abordagens múltiplas não devem ser utilizados sem definir claramente a nossa posição frente à prática e conceitos. Não havendo separação da prática e teoria é necessário que o psicólogo, tenha cuidado para não desvincular A teoria em uma prática que se tornará descoracterizada como prática profissional ponto e ao mesmo tempo a desqualificação do trabalho prático, onde o profissional se tornará apenas produtor de conhecimento. “A atuação em um psicodiagnóstico prevê o conhecimento das necessidades do cliente”. O psicólogo em situação institucional nem sempre tem a garantia e liberdade para sua atuação na regulamentação dos serviços de Psicologia. Sendo muitas vezes pressionado às demandas próprias da instituição. Essa influência na prática também ocorre por conta das condições sociais, as determinantes sociais próprias de cada instituição. Com alta demanda de encaminhamento involuntário por outros profissionais da Saúde, a grande parte populacional que chega ao consultório pertence a classes marginalizadas e oprimidas, repleta de déficits em diversos âmbitos. Financeiramente as instituições não possuem dinheiro para investir em materiais completos e atualizados parao uso dos psicólogos, dessa forma também o profissional fica limitado em sua prática principalmente se tratando do psicodiagnóstico. Quando existem os materiais a alta demanda produz uma sequência estereotipada de resultados. Os fatores socioeconômicos, culturais moldam realidades múltiplas em nosso país, portanto é necessário que enquanto profissionais estejamos sempre atentos à nossa função social em nossa práxis , transformando o ser psicólogo e existir psicólogo através uma multipla psicologia, compromissada com a ética, interdisciplinaridade e pensamento crítico. image1.png