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Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 1Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Capítulo 1 | Introdução ao projeto elétrico ..........................5
PLANTA BAIXA...................................................................................................5
ANEXO 1 ..................................................................................................................8
Capítulo 2 | determinação de iluminação ................................9
DETERMINAÇÃO DE ILUMINAÇÃO ...................................................9
CONCLUSÃO .......................................................................................................11
Capítulo 3| DETERMINAÇÃO DE Tomadas de Uso Geral ......... 13
DETERMINAÇÃO DE TUGS .................................................................... 13
CÁLCULO DE TUGS PARA ÁREAS SECAS ................................... 14
CÁLCULO DE TUGS PARA ÁREAS ÚMIDAS ............................... 15
DETERMINAÇÃO DE POTÊNCIA PARA TUGS .......................... 15
CONCLUSÃO ..................................................................................................... 16
Capítulo 4 | DETERMINAÇÃO DE TOMADAS DE USO ESPECÍFICO . 17
DETERMINAÇÃO DE TUES .....................................................................17
ESPECIFICAÇÕES DE USO ..................................................................... 18
SUMÁRIO
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS2 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Capítulo 5 | DIVISÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS .......................... 19
SEPARAÇÃO POR CIRCUITOS ............................................................. 19
DIAGRAMAS MULTIFILAR E UNIFILAR .......................................... 21
Capítulo 6 | INDICAÇÃO DE CIRCUITOS NA PLANTA BAIXA .......... 27
PLANTA BAIXA................................................................................................ 27
Capítulo 7| FATOR DE AGRUPAMENTO........................................ 31
TABELA DE CORRENTE CORRIGIDA .............................................. 31
CÁLCULO DA CORRENTE CORRIGIDA ......................................... 31
TABELA FATOR DE AGRUPAMENTO.............................................. 32
TABELA CORRENTE CORRIGIDA...................................................... 32
TABELA CORRENTE CORRIGIDA...................................................... 33
Capítulo 8 | DIMENSIONAMENTO CONDUTORES E DISJUNTORES . 35
CONDUTORES OU FIAÇÃO ...................................................................35
DISJUNTORES .................................................................................................38
DISJUNTORES DIN X DISJUNTORES NEMA ............................39
TIPOS DE DISJUNTORES ........................................................................ 43
Capítulo 9 | DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTOS .................... 45
SELEÇÃO DE ELETRODUTOS ..............................................................45
Capítulo 10 | Quadro de Distribuição de Circuitos ................ 47
DICAS PARA O QDC ................................................................................... 47
CAPACIDADE DE RESERVA DOS QUADROS ..........................48
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 3Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Capítulo 11 | quadro de distribuição ....................................... 49
RELÓGIO PADRÃO + TERRA E NEUTRO .....................................49
TIPO DE FORNECIMENTO E TENSÃO ...........................................49
O QUE É UM PADRÃO DE LIGAÇÃO DE ENERGIA 
ELÉTRICA? ..........................................................................................................53
ATERRAMENTO .............................................................................................56
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS4 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
PLANTA BAIXA
Esta planta baixa será nosso guia para seu aprendizado sobre proje-
tos elétricos residenciais.
FIG. 1 | 
INTRODUÇÃO AO 
PROJETO ELÉTRICO
CAPÍTULO
01
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 5Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
OBS: SEMPRE QUE HOUVER A NECESSIDADE DE DESENVOL-
VER UM DIAGRAMA UNIFILAR DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA, A 
PREMISSA BÁSICA SERÁ VOCÊ RECONHECER AS PARTICULA-
RIDADES DOS CÔMODOS E SUAS DIMENSÕES PARA QUE 
SEJA POSSÍVEL DETERMINAR, SEGUNDO A NBR5410, A QUAN-
TIDADE DE PONTOS DE TOMADAS E ILUMINAÇÃO.
Trataremos mais adiante sobre este assunto
Para determinar área e perímetro devemos efetuar os seguintes cál-
culos:
ÁREA
O cálculo de Área é dado pela multiplicação de dois lados:
A = a x b
a 
b 
FIG. 2 | 
E a unidade de medida será expressa m².
Exemplo:
Na planta baixa (Anexo 1) as dimensões das paredes da sala são:
3,05m e 3,25m
Portanto,
A = a x b
A = 3,05 x 3,25
A = 9,91 m²
PERÍMETRO
O cálculo de Perímetro é dado pela soma dos lados do cômodo:
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS6 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
A = a + b + c + d
a 
b 
c 
d 
FIG. 3 | 
E a unidade de medida será expressa m.
Exemplo:
Na planta baixa (Anexo 1) as dimensões das paredes da sala são:
a = c = 3,05m
b = d = 3,25m
Portanto,
P = a + b + c + d
P = 3,05 + 3,25 + 3,05 + 3,25
P = 12,6 m
TABELA DE CÁLCULOS ÁREA E PERÍMETRO
Agora calcule as dimensões de todas as dependências e preencha a 
tabela.
DEPENDÊNCIA ÁREA PERÍMETRO
TOTAL 
ILUMINAÇÃO 
(VA)
QUANTIDADE 
TOMADAS USO 
GERAL (TUG)
SALA 9,91 m² 12,6 m
COPA
COZINHA
DORMITÓRIO 1
DORMITÓRIO 2
WC
ÁREA DE SERVIÇO
HALL
ÁREA EXTERNA
INSTALAÇÕES 
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ANEXO 1
FIG. 3 | 
INSTALAÇÕES 
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DETERMINAÇÃO DE ILUMINAÇÃO
FIG. 1 | 
A NBR5410 descreve que para o cálculo de iluminação devemos uti-
lizar a área da dependência em metros quadrados [m²].
Onde em áreas de até 6 m² determinaremos pelo menos um ponto 
de luz no teto, com acionamento independente através de 1 interruptor.
Acima de 6 m² segue uma regra para determinar o mínimo necessá-
rio para iluminar as dependências.
a) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 
m², deve ser prevista uma carga mínima de 100VA;
b) em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve 
ser prevista uma carga mínima de 100VA para os primeiros 6 
m², acrescida de 60VA para cada aumento de 4 m² inteiros.
DETERMINAÇÃO DE 
ILUMINAÇÃO
CAPÍTULO
02
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 9Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
FIG. 2 | 
Exemplo 1 - Área maior que 60 m²:
Se a área da dependência somar 10 m², determinaremos 160VA para 
o cômodo, onde:
6m² = 100VA
4m² = 60VA
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS10 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Exemplo 2 - Área maior que 60 m²:
Se a área da dependência ultrapassar os 6m² porém não completar 
os 4m² restantes, determinaremos apenas 100VA para os primeiros 6m². 
Em um cômodo onde a área total é de 9m² a potência total prevista será 
de 100VA.
6m² = 100VA
3m² = ---
CONCLUSÃO
Após realizar os cálculos acima, utilizaremos os resultados para pre-
encher a planilha de levantamento de carga.
A NBR5410 alerta para o cuidado de se instalar um ponto de ilumina-
ção no teto em banheiros a uma distância de 60 cm do box ou área des-
tinada ao chuveiro.
Nesta condição o ponto de iluminação talvez não fique no centro da 
dependência e será deslocado na distância recomendada.
A NBR5410 não faz nenhuma menção sobre iluminação externa, 
cabe ao projetista verificar, qual será a área a ser iluminada por este pon-
to de iluminação e determinar uma potência mínima.
INSTALAÇÕES 
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INSTALAÇÕES 
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DETERMINAÇÃO DE TUGS
Para dimensionar as Tomadas de Uso Geral (TUG) em uma depen-
dência requer sua atenção, pois você não deve confundir a utilização 
desta tomada por um equipamento que chamamos de TUE (Tomada 
de Uso Específico).
Você irá determinar a quantidade de TUGs de acordo com as regras 
da norma NBR5410 e preencher a tabela referente a cada dependência 
ou cômodos.
FIG. 1 | 
DEPENDÊNCIAS
É uma divisão de uma moradia ou cômodo.
A norma divide a residência em determinadas dependências de 
acordo com sua utilização, elas são classificadas em:
 / Áreas Úmidas
 / Áreas Secas
DETERMINAÇÃO DE 
TOMADAS DE USO GERAL
CAPÍTULO
03
INSTALAÇÕES 
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Áreas Úmidas: 
São áreas em que algum momento temos a presença de água na 
sua utilização.
Exemplo: Cozinha, Banheiro, Área de serviço, análogas e similares.
Áreas Secas
São áreas em que a presença de água não são constantes como nas 
áreas citadas.
Exemplo: Quartos, Salas, Sala de jantar, Corredores, análogas e simi-
lares.
Esta divisão de áreas irá determinar a quantidade mínima de toma-
das em cada dependência, lembrando que a forma de cálculo muda 
dependendo da dependência.
CÁLCULO DE TUGS PARA ÁREAS SECAS
Para áreas secas a norma determina que a cada 5m lineares e frações 
do perímetro, devemos determinar pelo menos 1 ponto de tomada.
Para áreas que excedem os 5m lineares, é adicionada mais uma TUG 
(Tomada de Uso Geral) nesta fração do perímetro.
Exemplo 1:
Uma dependência possui 4 paredes P1, P2, P3 e P4, onde cada uma 
delas medem respectivamente 3m, 2m, 3m e 2m, totalizando um perí-
metro de 10m.
A norma diz que a cada 5m devemos determinar pelo menos um 
ponto de tomada.
Com isso temos para esta dependência no mínimo 2 pontos de 
TUGs, pois:
P1 + P2 = 3m + 2m = 5m (1 ponto de Tomada)
P3 + P4 = 3m + 2m = 5m (1 ponto de Tomada)
Total de 2 pontos de Tomadas (Mínimo)
Exemplo 2:
Uma dependência possui 4 paredes onde todas elas possuem a mes-
ma medida de 3m, totalizando um perímetro de 12m.
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A norma diz que a cada 5m devemos determinar pelo menos um 
ponto de tomada e mais um ponto para cada fração do perímetro.
Com isso temos para esta dependência no mínimo 3 pontos de 
TUGs, pois:
Perímetro = 12m = 5m + 5m + 2m
Portanto,
1 ponto para cada 5m = 2 pontos de TUGs
+ 1 ponto para os 2m restantes = 1 ponto de TUG
Total de 3 pontos de Tomadas (Mínimo)
CÁLCULO DE TUGS PARA ÁREAS ÚMIDAS
Para áreas úmidas a norma determina que a cada 3,5m lineares ou 
frações do perímetro (menor que 3,5m), devemos determinar pelo me-
nos 1 ponto de tomada.
Frações do perímetro são considerados neste caso, uma medida in-
ferior a 3,5m inteiros.
Para áreas que excedem os 3,5m lineares e são compostas por fra-
ções do perímetro como medida restante é adicionada mais uma TUG 
(Tomada de Uso Geral).
Exemplo 1:
Uma dependência possui 4 paredes onde todas elas possuem a mes-
ma medida de 4m, totalizando um perímetro de 16m.
Com isso temos para esta dependência no mínimo 5 pontos de 
TUGs, pois:
Perímetro = 16m = 3,5m + 3,5m +3,5m +3,5m + 2m
1 ponto para cada 3,5m = 4 pontos de TUGs
+ 1 ponto para os 2m restantes = 1 ponto de TUG
DETERMINAÇÃO DE POTÊNCIA PARA TUGS
Para áreas secas a norma determina uma potência mínima de 100VA 
para cada TUG e é necessário realizar a soma de todas as tomadas pre-
sentes para determinar a potência de cada dependência.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 15Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Exemplo:
1 TUG = 100VA
Portanto, se na dependência houver 3 pontos de tomadas, este cô-
modo tem uma potência total de 300VA.
Para áreas úmidas com até 3 pontos de tomadas a norma determina 
uma potência mínima de 600VA para cada TUG. Porém ao exceder os 
pontos de tomadas na mesma dependência, é designado 100VA para 
cada TUG adicional.
Exemplo:
1 TUG = 600VA (até 3 TUG) + TUG adicional = 100VA
Portanto, se na dependência houver 4 pontos de tomadas, este cô-
modo tem uma potência total de 1900VA (600VA + 600VA + 600VA + 
100VA).
CONCLUSÃO
A norma faz algumas determinações onde o projeto elétrico segue 
algumas regras para trazer mais segurança para os usuários.
Uma dessas regras, é a de que a corrente elétrica do circuito não ul-
trapasse 10A. Portanto para uma instalação onde a tensão elétrica é de 
127V a soma de todas as TUG deve ser menor ou igual a 1270VA. Para 
uma instalação onde a tensão elétrica é de 220V a soma de todas as 
TUG deve ser menor ou igual a 2200VA.
1270VA / 127V = 10A
2200VA / 220V = 10A
Depois a norma determina que um circuito de TUGs, seja atendido 
por um condutor de no mínimo 2,5mm².
Lembrando, um condutor de seção igual a 2,5mm² deverá suportar 
uma corrente máxima de 21 A, na temperatura de 70 °C.
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ELÉTRICAS16 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
DETERMINAÇÃO DE TUES 
Para dimensionar as Tomadas de Uso Específico (TUE) em uma de-
pendência, devemos entender que um determinado aparelho estará 
sempre ligado no ponto de alimentação não sendo necessário desligá-
-lo frequentemente, ele será fixo naquele ponto.
A potência deste ponto de tomada será definida conforme a potên-
cia do seu equipamento seguindo as regras da norma NBR5410.
FIG. 1 | 
DETERMINAÇÃO DE 
TOMADAS DE USO 
ESPECÍFICO
CAPÍTULO
04
INSTALAÇÕES 
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ESPECIFICAÇÕES DE USO
Quando um equipamento tem o funcionamento específico, por 
exemplo, chuveiro, torneira elétrica ou uma geladeira que possui um 
motor e seu funcionamento é ininterrupto, podemos adotar para esses 
aparelhos uma TUE.
Desta forma você poderá determinar corretamente a quantidade de 
aparelhos para esses pontos de tomadas em cada dependência e lem-
brando que estes circuitos devem ser separados.
Quando usamos o termo TUE “Tomada de Uso Específico” necessa-
riamente não queremos dizer que a ligação do equipamento na instala-
ção elétrica seja através de uma tomada.
Em alguns casos esta ligação poderá ser feita através de uma ligação 
direta (emenda de condutores) ou ainda por uso de conectores, como 
por exemplo os chuveiros e torneiras elétricas.
Lembre-se, é necessário realizar o cálculo de todos os equipamentos 
específicos mesmo que eles não sejam ligados ao término do projeto.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS18 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
SEPARAÇÃO POR CIRCUITOS
Dentre os compo-
nentes deste circuito 
temos condutores es-
pecíficos, como o con-
dutor de Fase, o con-
dutor Neutro e o 
condutor Terra.
FIG. 1 | 
DIVISÃO DE CIRCUITOS 
ELÉTRICOS
CAPÍTULO
05
CIRCUITO ELÉTRICO
Segundo a norma NBR5410, circuito 
elétrico são todos equipamentos ligados 
a um mesmo dispositivo de proteção.
INSTALAÇÕES 
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CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO.
Vamos chamar esse circuito de circuito numero 01.
Um circuito de iluminação pode conter diversos interruptores, lâm-
padas e condutores.
Dentre os componentes deste circuito temos 2 condutores específi-
cos, o condutor de Fase e o condutor Neutro, além dos condutores de 
retorno para cada ligação nas dependências.
FIG. 2 | 
CIRCUITO DE TOMADAS (TUE).
Agora vamos tomar como exemplo um circuito de tomada de uso 
específico, no nosso projeto é o da área de serviço (número 10).
Pois bem, este circuito tem como componentes a tomada e os con-
dutores ligados a ela, um condutor Fase e um condutor Neutro.
Vamos chamar esse circuito de circuito número 02.
FIG. 3 | 
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS20 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
CONCLUSÃO
A norma determina que os circuitos de iluminação e de tomadas se-
jam circuitos independentes, ou seja, cada circuitoseja instalado sepa-
radamente.
Assim será destinado um condutor Fase e Neutro para iluminação e 
outros condutores Fase e Neutro para o circuito da tomada de uso espe-
cífico.
Isso mesmo, desde o disjuntor do circuito até os componentes des-
ses circuitos, os condutores serão separados por circuito, assim haverá 
um Neutro para cada.
A norma determina isso para se evitar o maior problema que pode 
existir em uma instalação, que é a falta do Neutro em algum ponto da 
instalação.
DIAGRAMAS MULTIFILAR E UNIFILAR
Para cada região de nos-
so país nós temos um tipo 
de tensão fornecida pela 
concessionária de forneci-
mento de energia elétrica.
Você deverá consultar 
antes de determinar qual 
será a tensão de trabalho 
na residência que você irá 
projetar a parte elétrica.
No projeto que estamos apresentando como exemplo, estamos ado-
tando um sistema de fornecimento bifásico a três fios, sendo assim em 
nossa instalação teremos 2 Fases e 1 Neutro. Com isso, será possível ob-
termos as seguintes tensões na nossa instalação. Entre 2 Fases 220 Volts 
e entre Fase e Neutro 127 Volts.
Pois bem, assim podemos partir para a instalação e divisão de circui-
tos, isso será necessário para podermos agrupar os circuitos dentro dos 
eletrodutos, num primeiro momento iremos elaborar para tentar verifi-
car se os eletrodutos não ficarão com muitos circuitos agrupados em 
seu interior, podemos á adotar que em cada eletroduto iremos instalar 
no máximo 3 circuitos, quando atingir esse número de circuitos, deve-
mos instalar um novo eletroduto partindo do QDC .
DIAGRAMAS
são símbolos gráficos que coloca-
mos num desenho que chamamos 
de planta elétrica, mostrando as 
características dos circuitos, 
eletrodutos e disposição dos com-
ponentes na instalação.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 21Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Para saber qual circuito deveremos instalar dentro dos eletrodutos, 
devemos já ir elaborando os circuitos através dos diagramas Unifilar e 
Multifilar.
Um fator importante para se interpretar uma planta elétrica, é saber 
qual é o significado dos símbolos utilizados, para isso iremos elaborar 
algo chamado de LEGENDA.
Mas antes da legenda iremos montar os circuitos Multifilar e Unifilar.
CIRCUITO MULTIFILAR
Como o nome já sugere, Multifilar é de muitos fios. Assim este diagra-
ma determina a ligação dos componentes com toda fiação necessária 
para o ligamento do componente.
Vamos ligar um ponto de iluminação através de um interruptor sim-
ples.
FIG. 4 | 
Acima vemos todos os condutores necessários para a ligação de uma 
lâmpada através de um interruptor simples. Nele descrevemos o condu-
tor de fase, que deverá sempre estar ligado no interruptor. Podemos ver 
o condutor Neutro que deverá sempre estar ligado no receptáculo da 
lâmpada, e temos que tomar o cuidado de ligar este condutor na parte 
da rosca do receptáculo. E para que este circuito funcione corretamente 
devemos ligar um condutor de retorno entre o interruptor e o receptá-
culo, lembrado que este condutor deverá ser ligado no ponto central de 
contato do receptáculo.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS22 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
CIRCUITO UNIFILAR
Agora vamos representar esta ligação em uma parte da planta.
Esta representação será pelo diagrama Unifilar, onde representamos 
os componentes, que irão fazer parte da legenda.
FIG. 5 | 
Observe a figura acima:
Do lado direito temos a legenda, nela iremos indicar todos os ele-
mentos que farão parte da representação na planta elétrica.
O primeiro símbolo que aparece é um círculo, com ele iremos repre-
sentar um interruptor simples, Verifique agora no lado direito da figura, 
temos a representação de uma dependência A.
No centro um ponto de luz no teto, desde este ponto temos três ele-
trodutos que saem desse ponto, um ponto que chega um ponto que sai 
para outra dependência e outro que vai até o interruptor, exatamente 
no símbolo do interruptor.
Veja que na planta nós indicamos o circuito Unifilar, determinando 
sobre os eletrodutos os condutores que pertencem aos circuitos.
Agora veja na figura abaixo o circuito de tomadas que comentamos 
anteriormente, lembra? É um circuito de uma TUE (tomada de uso es-
pecífico), junto com o circuito de iluminação.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 23Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
FIG. 6 | 
Observe bem a figura, nesta planta temos alguns itens que você deve 
verificar, para compreender o diagrama, Vamos lá:
Em primeiro lugar, veja a legenda do lado esquerdo, nela estão indi-
cados todos os elementos em forma de símbolo e o que representa 
cada símbolo na planta.
FIG. 7 | 
Veja este símbolo, eu gosto de representar no ponto de luz no teto, e 
neste símbolo, colocar algumas informações importantes no interior, 
observe que tem 3 divisões, e de acordo com cada uma, você deverá 
compreender sua significação.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS24 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
FIG. 8 | 
O dado 100 VA, representa o valor que o cálculo de iluminação deter-
minou para uma determinada dependência de acordo com a área em 
m².
O valor -1- representa o número do circuito que determinamos para 
o circuito de iluminação.
A letra “a” representa o fio de retorno que irá indicar qual o interrup-
tor que será o responsável pela manobra deste ponto de iluminação.
LEMBRANDO QUE SE HOUVER UM INTERRUPTOR PARALE-
LO OU UM INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO, AS LETRAS DE-
VERÃO ESTAR PRESENTES EM TODOS OS CONDUTORES DE 
RETORNO PARA INDICAR DE ONDE ESTÁ SENDO FEITO A 
MANOBRA PARA AQUELE PONTO DE ILUMINAÇÃO.
Na segunda figura, podemos ver agora uma parte de uma planta elé-
trica agora com a indicação de 2 circuitos, o de iluminação -1- e o circui-
to de TUG -2-.
Observe que nos condutores embutidos na laje, veja a legenda, sobre 
eles estão indicados os circuitos que passarão por ali.
Agora você é capaz de identificar quantos circuitos chegam ao ponto 
de luz no teto. Na verdade contar quantos são, simples né?
Na figura abaixo, você pode verificar como nós devemos desenhar 
um circuito de forma UNIFILAR.
Veja, traçamos uma linha, indicamos qual circuito que pertence o 
UNIFILAR que iremos desenhar. Neste caso o circuito -1-, que é um cir-
cuito de iluminação. Determinamos os condutores, com seus símbolos.
Indicamos os componentes do circuito de acordo com a legenda, o 
interruptor, e o ponto de luz no teto.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 25Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Vamos novamente indicar os símbolos que já conhecemos pela le-
genda, veja como fica:
FIG. 9 | 
A seguir, como devemos desenhar o circuito de iluminação junto 
com o de TUG num mesmo desenho.
FIG. 10 | 
Agora você é capaz de determinar em toda planta baixa de nosso 
exemplo, todos os circuitos que irão compor a planta baixa, para verifi-
car quantos circuitos deverão estar instalados nos condutores, para po-
dermos completar na tabela os fatores de agrupamento, para depois 
determinar a corrente corrigida.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS26 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
PLANTA BAIXA
Neste capítulo você deverá, na planta, determinar todos os circuitos 
do exemplo, lembra? São 12 circuitos, 3 TUE’S e 9 TUG.
O que é Planta Baixa? Planta Baixa é o nome que se dá ao desenho 
de uma construção. Lembra? Quem elabora a Planta Baixa é o arquiteto 
que fez projeto cível. Contudo se não houver uma planta baixa, você 
pode medir as dependências num croqui com as medidas, para poder 
efetuar os cálculos.
Para isso, é interessante você antes de desenhar na planta baixa, você 
elabore os circuitos de iluminação e de tomadas de forma UNIFILAR, e 
depois colocar na planta um a um.
Observe que nos vídeos, nós indicamos cada um dos circuitos sepa-
radamente, e procuramos deixar no máximo 3 circuitos por eletroduto. 
Faça da mesma forma quando for desenhar e efetue antesde verificar 
como ficou a que deixaremos para você acompanhar seu desempenho.
INDICAÇÃO DE CIRCUITOS 
NA PLANTA BAIXA
CAPÍTULO
06
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 27Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
FIG. 1 | 
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS28 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
A planta anterior foi elaborada num software chamado woca. Você 
pode entrar lá e vai ver que é muito simples fazer plantas pelo portal.
As linhas pontilhadas, indicam que o eletroduto está embutido no 
piso ou na parede.
FIG. 2 | 
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 29Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS30 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
TABELA DE CORRENTE CORRIGIDA
Quando elaboramos um projeto elétrico pela norma NBR5410/2004, 
utilizando os critérios e as recomendações, podemos notar que os cir-
cuitos elétricos já serão dimensionados com certa “folga”, isso trará para 
a instalação a segurança necessária para seu bom funcionamento. Até 
agora utilizamos os critérios da Norma para dimensionar, pela área e 
pelo perímetro, as potências mínimas para cada dependência.
Agora a norma recomenda uma coisa chamada fator de agrupa-
mento, e você verá que ao utilizar este fator estaremos dando a “folga” 
para cada circuito. Depois poderemos dimensionar os fios e os disjunto-
res. Vamos lá:
Como vimos na aula, devemos contar, olhando circuito por circuito, 
quantos circuitos passam por cada eletroduto, saídos do QDC, a isso 
chamamos de agrupamento de circuitos, e ir indicando na tabela os va-
lores de correção para efetuarmos os devidos cálculos
CÁLCULO DA CORRENTE CORRIGIDA
O cálculo utiliza a seguinte fórmula:
Corrente corrigida = Corrente calculada 
Fator de agrupamento
CORRENTE CORRIGIDA É IGUAL À CORRENTE CALCULADA 
DIVIDIDA PELO FATOR DE AGRUPAMENTO
FATOR DE 
AGRUPAMENTO
CAPÍTULO
07
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 31Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
TABELA FATOR DE AGRUPAMENTO
O fator de agrupamento a Norma NBR 5410/2004 nos dá em uma 
Tabela:
N° de circuitos Agrupados 1 2 3 4 5 6 7
Fator de Agrupamento 1,0 0,8 0,7 0,65 0,6 0,56 0,55
Agora é só aplicar a fórmula
Exemplo:
 Corrente corrigida = 4,9 
Circuito n° 1 0,7 
(3 circuitos agrupados no condutor)
TABELA CORRENTE CORRIGIDA
N° do 
Circuito
Corrente 
Calculada A
N° de 
Circuitos 
Agrupados
Fator de 
Agrupamento
Corrente 
Corrigida
Fiação a Ser 
utilizada
Tipo de 
Disjuntor
1 4,9 3 0,7
2 3,6 3 0,7
3 7,1 3 0,7
4 7,9 3 0.7
5 9,4 3 0,7
6 5,5 2 0,8
7 9,4 3 0,7
8 9,4 3 0,7
9 9,4 3 0.7
10 7,9 2 0,8
11 25,5 1 1,0
12 22,7 3 0,7
INSTALAÇÕES 
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TABELA CORRENTE CORRIGIDA
N° do 
Circuito
Corrente 
Calculada A
N° de 
Circuitos 
Agrupados
Fator de 
Agrupamento
Corrente 
Corrigida
Fiação a Ser 
utilizada
Tipo de 
Disjuntor
1 4,9 3 0,7 7
2 3,6 3 0,7 5,1
3 7,1 3 0,7 10,14
4 7,9 3 0.7 11,3
5 9,4 3 0,7 13,4
6 5,5 2 0,8 6,8
7 9,4 3 0,7 13,4
8 9,4 3 0,7 13,4
9 9,4 3 0.7 13,4
10 7,9 2 0,8 9,8
11 25,5 1 1,0 25,5
12 22,7 3 0,7 32,4
Gabarito dos cálculos do fator de agrupamento.
INSTALAÇÕES 
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INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS34 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
CONDUTORES OU FIAÇÃO
Os fios, que nós profissionais devemos chamar de condutores, mes-
mo porque existem dois tipos de condutores segundo a norma, serão os 
componentes que levarão a tensão elétrica essencial ao funcionamento 
dos equipamentos elétricos.
Os condutores são fabricados com o material de cobre, por suas ca-
racterísticas de flexibilidade, preço de fabricação, fonte na natureza, en-
tre outras características.
Existem dois tipos de condutores, e por que 2 tipos? Porque a Norma 
determina uma diferença importante na característica dos condutores, 
que é a FLEXIBILIDADE.
Portanto de acordo com a flexibilidades podemos apresentar 2 ti-
pos de condutores.
A norma divide em classes, a flexibilidade dos condutores e por essa 
divisão aparece os dois tipos diferentes.
Existem as classes de 1 a 6 de flexibilidade de condutores.
CLASSE 1
Nesta classe estão àqueles condutores que chamamos de fios sóli-
dos, ou fio rígido, mais conhecido. Neles temos apenas um condutor e 
sua flexibilidade é bem baixa.
CLASSES 2; 4; 5 E 6
Nestas classes estão aqueles condutores que conhecemos como ca-
bos flexíveis. A sua flexibilidade se dá porque eles são fabricados pela 
DIMENSIONAMENTO 
CONDUTORES E 
DISJUNTORES
CAPÍTULO
08
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 35Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
união de vários fios fininhos até completar a seção de área condutiva, 
como conhecemos, ou seja, cabos de 1,5 mm²; 2,5 mm²; 4 mm²; 6 mm² e 
etc.
Quanto maior for a classe, mais flexível é o condutor.
Você irá determinar os condutores, deve compreender que a 
qualidade da sua instalação estará na qualidade do material a ser 
adquirido. Existem muitos produtos no mercado, e é claro os preços 
variam, para que você utilize o melhor material a um preço justo, 
você deve conhecer estas características, a dos componentes, para 
poder encontrar o melhor produto pelo menor preço. Por exemplo, 
sabendo que os cabos têm uma flexibilidade determinada pela 
Norma, busque nos fabricantes disponíveis aqueles que têm a flexi-
bilidade que você busca, pelo preço mais barato entre os fabrican-
tes disponíveis, lembrando aqui que além destas características de 
fabricação, os produtos devem conter nas suas embalagens o selo 
do INMETRO.
Outra característica que você deve saber para determinar o condutor 
é sua capacidade de condução de corrente, e aí a Norma determina o 
mínimo, de acordo com uma característica bastante importante, que o 
profissional de elétrica deve saber que é a temperatura de utilização. Es-
tas características você pode avaliar no capítulo da NBR5410/2004.
TABELA DE CAPACIDADE DE TEMPERATURA
Seção do cabo Capacidade de corrente (A) 
Isolação PVC 70°
Capacidade de corrente (A) 
Isolação PVC 90°
1,5mm² 15,5 20
2,5mm² 21 28
4,0mm² 28 36
6,0mm² 36 48
10,0mm² 50 66
16,0mm² 68 88
25,0mm² 89 117
35,0mm² 110 144
Você pode notar que de acordo com a fabricação do condutor pode-
mos ter a capacidade de condução diferente. Isso pode ser um diferen-
cial no seu orçamento.
INSTALAÇÕES 
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NOTA: ANALISE A TABELA ANTERIOR, PARA UM DETERMI-
NADO CIRCUITO DE 80 AMPERES, POR EXEMPLO, VOCÊ 
PODE UTILIZAR UM CONDUTOR DE 25 MM², NA TEMPERA-
TURA DE 70º, MAS SE VOCÊ UTILIZAR UM CONDUTOR PARA 
90 °, DARIA COM FOLGA PARA VOCÊ UTILIZAR UM CONDU-
TOR DE 16MM².
Agora de posse da capacidade de condução dos condutores, pode-
mos determinar qual o condutor para cada circuito. Contudo antes, de-
vemos verificar a NBR5410/2004, para compreender as suas recomen-
dações.
Você vai notar, na tabela que estamos construindo, que a corrente 
corrigida de muitos circuitos, inclusive de TUG (Tomadas de Uso Ge-
ral), que seria possível para muitos circuitos utilizar um condutor de 
1,5 mm².
IMPORTANTE
Contudo a NBR 5410 estabelece
Seção mínima de condutores:
/ Para circuitos de iluminação, devemos ter a seção mínima de 
1,5mm².
/ Para circuitos de Tomadas de Uso Geral devemos ter a seção mí-
nima de 2,5 mm².
Podemos notar que a norma já se preocupa com a segurança, 
quando ela estabelece esta regra, já faz com que o circuito calculado 
em um projeto elétrico, tenha uma folga, que dará segurança na sua 
utilização.
Agora, vamos preencher a tabela com os devidos condutores.
Para as Tomadas de Uso específico TUE, devemos determinar os 
condutores de acordo coma tabela de condução, e devemos notar 
que estes circuitos também tiverem suas correntes corrigidas, lem-
bra?
,
INSTALAÇÕESELÉTRICAS | 37Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Preencha sua tabela e depois verifique aqui os valores.
TABELA DE CAPACIDADE DE TEMPERATURA
N° do 
Circuito
Corrente 
Calculada A
N° de 
Circuitos 
Agrupados
Fator de 
Agrupamento
Corrente 
Corrigida
Fiação a Ser 
utilizada
Disjuntor Nº 
Corrente 
Polos A
1 4,9 3 0,7 7 1,5mm²
2 3,6 3 0,7 5,1 1,5mm²
3 7,1 3 0,7 10,14 2,5mm²
4 7,9 3 0.7 11,3 2,5mm²
5 9,4 3 0,7 13,4 2,5mm²
6 5,5 2 0,8 6,8 2,5mm²
7 9,4 3 0,7 13,4 2,5mm²
8 9,4 3 0,7 13,4 2,5mm²
9 9,4 3 0.7 13,4 2,5mm²
10 7,9 2 0,8 9,8 2,5mm²
11 25,0 1 1,0 25,0 4,0mm²
12 22,7 3 0,7 32,4 6,0mm²
DISJUNTORES
De acordo com esta in-
formação devemos lembrar:
NUNCA DEVEMOS UTILI-
ZAR UM FIO DE NEUTRO 
PARA DOIS CIRCUITOS DI-
FERENTES.
Para cada circuito, se ele 
for 127 V, Fase + Neutro, têm 
um condutor de fase saindo 
de um dispositivo de prote-
ção (disjuntor) e um condu-
tor de Neutro saindo do bar-
ramento de Neutro.
Existem disjuntores diferentes na sua forma de atuação e constru-
ção, e para utilizar ou um, ou outro, devemos conhecer algumas carac-
terísticas para definir qual poderá ser utilizado.
DISJUNTOR
é um dispositivo eletromecânico, 
utilizado para limitar a corrente 
de um circuito elétrico e proteger 
esses circuitos, contra sobre-car-
gas e curto circuitos.
CIRCUITO ELÉTRICO
Segundo a NBR 5410/2004, é o 
conjunto de equipamentos e 
condutores, ligados ao mesmo 
dispositivo de proteção.
INSTALAÇÕES 
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DISJUNTORES DIN X DISJUNTORES NEMA
DISJUNTOR DIN
 / Manopla - utilizada para fazer o fecho ou a abertura manual 
do disjuntor. Também indica o estado do disjuntor (Ligado/
Desligado ou desarmado). A maioria dos disjuntores são proje-
tados de forma que o disjuntor desarme mesmo que a mano-
pla seja segurada ou travada na posição "ligado".
 / Mecanismo atuador - Junta ou separa o sistema da rede elétri-
ca.
 / Contatos - Permitem que a corrente flua quando o disjuntor 
está ligado e seja interrompida quando desligado.
 / Terminais;
 / Trip bimetálico;
 / Parafuso calibrador - permite que o fabricante ajuste precisa-
mente a corrente de trip do dispositivo após montagem.
 / Solenóide ou bobina;
 / Câmara de extinção de arco.
DESCRIÇÃO:
 / Manopla, muitos chamam de alavanca, você deve saber que 
ela tem 3 posições: LIGADA; DESLIGADA; TRIP.
 / TRIP é um estado que a manopla parece quebrada, está num 
estado que o disjuntor atuou por sobre carga, e não parece es-
tar nem no estado desligado, nem no estado ligado. Você deve 
dizer que o disjuntor Tripol.
 / Mecanismo atuador, este é o elemento que abre o circuito in-
terno do disjuntor, impedindo que a Corrente ultrapasse os 
terminais de ligação, nº 4, da figura.
 / Contatos de ligação, é por este elemento que a corrente flui no 
disjuntor, são fabricados com uma liga de material condutor.
 / Terminais de ligação, onde devemos ligar o condutor de en-
trada no circuito de distribuição, e o condutor de saída aos cir-
cuitos terminais. Lembrando que o condutor de entrada pode 
ser um barramento de fase, ou pente de ligação.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 39Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
 / Trip bimetálico, esta parte do disjuntor percebe, através da 
passagem da corrente elétrica, um determinado aquecimen-
to, efeito Joule. É formado por dois tipos de metais diferentes 
e presos um ao outro. Como eles têm coeficiente de dilatação 
diferente, ao serem aquecidos pela passagem da corrente elé-
trica, aparece uma deformação, ou seja, esta parte do disjuntor 
“enverga” se deforma, com isso se a corrente for maior que o 
circuito foi dimensionado haverá o trip do disjuntor.
 / Parafuso calibrador, neste parafuso o fabricante regula a sensi-
bilidade de desligamento do disjuntor, nunca devemos fazer 
qualquer intervenção neste parafuso, pois ele pode perder a 
precisão e o fabricante não garantir o seu bom funcionamento.
 / Solenóide ou bobina, este equipamento é responsável pela 
velocidade de disparo do disjuntor, quando houver um curto 
circuito.
VOCÊ DEVE SABER QUE QUANDO UMA CORRENTE PER-
CORRE UM CONDUTOR, SURGE NELE UM CAMPO MAGNÉTI-
CO, POIS BEM ESTE CAMPO MAGNÉTICO É AUMENTADO 
PELA BOBINA, QUE FARÁ SURGIR UM CAMPO MAGNÉTICO 
MUITO GRANDE, E ASSIM VAI VIRAR UM IMÃ, QUE IRÁ 
ATRAIR O ELEMENTO DE DISPARO, COMO O CAMPO MAG-
NÉTICO GERADO ATRAVÉS DA BOBINA É MUITO GRANDE, 
ISSO FARÁ COM QUE A VELOCIDADE DE DISPARO SEJA AU-
MENTADA, DANDO UMA CARACTERÍSTICA DE SEGURANÇA 
MUITO BOA PARA O DISJUNTOR.
 / Câmera de extinção de arco. Arco elétrico é uma faísca que 
surge quando um dispositivo abre seus contatos quando ain-
da está passando corrente elétrica, num arco voltaico, por me-
nor que ele seja a temperatura no local é muito alta, desta for-
ma quanto menor tempo houver o arco, melhor para os 
componentes do equipamento, esta câmara tem a função de 
extinguir o mais rápido possível qualquer faísca que aparecer 
no momento de abertura do disjuntor.
A construção do Disjuntor é que define o seu funcionamento, forma 
de proteção, velocidade de atuação. Você deve conhecer estas caracte-
rísticas, para poder definir qual utilizar.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS40 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
FIG. 1 | 
Acima, temos um disjuntor DIN, e você pode notar que ele tem diver-
sas partes na parte interior, que irão definir seu funcionamento.
DISJUNTOR NEMA
FIG. 2 | 
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 41Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
 / Neste disjuntor nós temos o local indicado para ser o início 
de circuito por dentro do disjuntor, o que você deve saber, 
é que este equipamento não pode ser instalado de ponta 
cabeça.
 / Câmara de extinção de arco, é este local que o arco deverá ser 
extinto, quando da abertura do disjuntor, é neste local tam-
bém que existe os contatos de abertura, que irá interromper a 
corrente.
 / A manopla também tem as posições de LIGA, DESLIGA E TRIP. 
Lembrando que trip é a posição, em que o disjuntor disparou 
e não está na posição desligado, para rearmar o dispositivo, é 
necessário levar a alavanca para posição de desligado, até o 
dispositivo de disparo rearmar novamente, e depois disso levar 
a manopla para a posição ligada.
 / Dispositivo que dispara, quando houver uma sobrecarga 
ou quando houver um curto circuito, é esta alavanca que 
irá provocar o trip e o desligamento dos contatos do 
disjuntor.
 / Elemento bimetálico, é construído com 2 metais diferentes, 
de diferentes coeficiente de dilatação, que à passagem da 
corrente elétrica, irá sofrer um aquecimento, efeito Joule, e 
como são de dois materiais diferente haverá uma deforma-
ção, e esta deformação é que irá disparar a alavanca para o 
desligamento ou trip do disjuntor. O aquecimento que for 
acima dos limites calculados para o circuito irá provocar o 
disparo do disjuntor.
 / Terminal de saída, é neste terminal que se deve ligar o circuito 
terminal, os circuito da instalação.
 / Ação magnética, neste elemento quando for detectado um 
curto circuito, o magnetismo formado irá “puxar” a alavanca 
de disparo. No disjuntor NEMA, a maioria deles, são construí-
dos com apenas uma espira, apenas uma volta, portanto o 
campo magnético gerado para “puxar” a alavanca de disparo 
é pequeno, dificultando a sensibilidade do equipamento 
perto da zona de disparo, fazendo que muitas vezes , ao acon-
tecer um curto circuito o dispositivo não dispara, pelo fato de 
ser muito rápido o tempo de um curto circuito, pondo em ris-
co a segurança dos usuários e equipamentos que o disjuntor 
protege.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS42 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
TIPOS DE DISJUNTORES
Bem, agora que sabemos como funciona um disjuntor e vimos às di-
ferenças dos equipamentos que temos no mercado, vamos agora des-
crever os tipos de disjuntores que poderemos utilizar em nossosproje-
tos.
Temos 3 tipos de disjuntores Termomagnéticos:
 / 1 polo, comumente chamado de unipolar.
 / 2 polos, comumente chamado de bipolar.
 / 3 polos, comumente chamados de tripolar ou trifásico.
Outra característica é a corrente Nominal e esta varia de fabricante 
para fabricante. Você depois que determinar na tabela a corrente corri-
gida, de posse dessa informação poderá buscar qual fabricante tem 
aquele que você dimensionou.
FIG. 3 | 
TIPOS DE CURVA DE DISPARO
NÃO EXISTE DISJUNTOR CURVA A, POR QUE PODE SER FA-
CILMENTE CONFUNDIDO COM A UNIDADE DE CORRENTE 
ELÉTRICA AMPERES (A).
INSTALAÇÕES 
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FIG. 4 | Características tempo-corrente de minidisjuntores normalizadas pela 
IEC 60898
Para cada curva um tipo de circuito:
Curva tipo B
O disjuntor de curva tipo B, deve ser utilizado em circuitos resistivos, 
como por exemplo, chuveiros, torneiras elétricas, circuito de iluminação.
Curva tipo C
O disjuntor de curva tipo C, deve ser utilizado em circuitos onde te-
mos cargas indutivas, motores, ar condicionado, circuitos de iluminação 
onde temos transformadores, como reatores, drivers de led, bombas de 
água elétricas.
Curva tipo D
O disjuntor de curva tipo D, é para circuitos de grande potência, mas 
podemos instalar este dispositivo no disjuntor geral da residência, aque-
le que fica no padrão de entrada, esse dispositivo tem a característica de 
suportar por longos períodos uma corrente de consumo alta, sem dispa-
rar por sobrecarga, por isso é indicado para ser instalado no padrão de 
entrada, que em alguns momentos do funcionamento da residência 
existe um alto consumo de energia elétrica por um período de tempo 
longo, por exemplo á noites em dias de inverno, portanto sua caracterís-
tica ajuda a não ficar desarmando pela alta corrente utilizada em toda 
residência ao mesmo tempo.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS44 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
SELEÇÃO DE ELETRODUTOS
A seleção de eletrodutos segue a uma regra simples.
Devemos verificar na planta baixa, já com todos os circuitos instala-
dos, parte por parte, ou seja trecho a trecho, por exemplo, do QDC até a 
caixa de teto do dormitório 1, verificar quantos condutores estão ali pas-
sando. São os condutores, não circuitos.
Após isso, vamos consultar a tabela, devemos verificar os número de 
condutores e verificar qual a seção do maior condutor que passa por 
esse trecho, e verificar na tabela qual eletroduto indicado para o trecho.
Vamos anotando todos os trechos e no final verificamos, qual quan-
tidade dos eletrodutos é maior. Pode ser que tenhamos um trecho que 
pela tabela nos indique um eletroduto de 16 mm, porém no total do res-
tante da instalação tenhamos eletroduto de 20 mm .
Desta forma podemos indicar para toda instalação eletroduto de 
20mm, dessa forma seu cliente não vai gastar com 2 tipos de eletrodu-
tos diferentes, e ainda será possível se houver necessidade de ampliação 
naquele trecho de 16 mm uma ampliação da instalação.
A norma NBR5410/2004 recomenda:
DEVEMOS, DEIXAR 60 % DO CONDUTOR LIVRE, E OCUPAR 
UMA TAXA DE 40% . DESSA FORMA UMA QUANTIDADE MUI-
TO GRANDE DE CONDUTORES PODERIA PROVOCAR UM 
AQUECIMENTO DESSES CONDUTORES.
DIMENSIONAMENTO DE 
ELETRODUTOS
CAPÍTULO
09
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 45Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
FIG. 1 | 
TABELA PARA SELEÇÃO DE ELETRODUTOS
6 condutores no trecho, o de maior seção é o de 4mm², portanto o 
eletroduto para esse trecho é de 20 mm .
Seção 
Nominal 
(mm3)
Número de condutores no eletroduto
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tamanho nominal do eletroduto (mm)
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50 32 40 40 50 50 60 60 60 75
70 40 40 50 60 60 60 75 75 75
95 40 50 60 60 75 75 75 85 85
120 50 50 60 75 75 75 85 85 -
150 50 60 75 75 85 85 - - -
185 50 75 75 85 85 - - - -
240 60 75 85 - - - - - -
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS46 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Você que chegou até aqui já tem condições, tem noções de como 
elaborar um projeto elétrico.
No começo do curso deixamos um vídeo para você saber o que tem 
dentro de um QDC, você profissional de eletricidade, assim que abrir 
um QDC agora sabe tudo que tem lá dentro e como funciona cada ele-
mento neste documento iremos comentar mais alguns destes compo-
nentes e descrever como você pode montar uma QDC.
No vídeo você viu a montagem dos elementos dentro do QDC.
Você viu a dificuldade de fazer as ligações? Um condutor de classe 4 
dificultou, dessa forma a gente mudou o condutor para um de flexibili-
dade maior, classe 5, e finalmente montamos de uma forma mais “con-
fortável”. Essa dificuldade você irá encontrar no seu dia a dia.
Você pode acompanhar a montagem a numeração dos circuitos, a 
instalação dos terminais nos condutores e fixação dos disjuntores.
DICAS PARA O QDC
A especificação técnica de uma quadro de distribuição é a identifica-
ção minuciosa das diversas características que ele deve apresentar, em 
função das características do projeto e do local de instalação. É nesse 
momento que se “qualifica” o tipo de quadro de distribuição mais ade-
quado para a instalação que está sendo projetada.
Nada a ver, portanto, com as “especificações” equivocadas que co-
mumente se vêem – preguiçosas, incompletas e denotando ausência 
total de profissionalismo.
A correta especificação técnica de um quadro exige, além do atendi-
QUADRO DE 
DISTRIBUIÇÃO DE 
CIRCUITOS
CAPÍTULO
10
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 47Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
mento ao mínimo que se espera de uma instalação elétrica - como aqui 
exposto, no exemplo do dimensionamento -, o exame de todos os de-
mais parâmetros pertinentes à sua seleção e instalação. Aí, é função da 
norma de instalações (a NBR 5410) ditar as condições a serem preenchi-
das no exame destes parâmetros – por sua vez, fixados e disciplinados 
pela norma do produto.
O conhecimento desses parâmetros ou características, é assim fun-
damental para que a seleção seja bem sucedida. É do que trata o artigo 
seguinte.
A NBR5410/2004, é uma norma para Instalações elétricas de baixa 
tensão, isso não quer dizer que ela é exclusiva para instalações residen-
ciais.
Portanto, muitas regras e dicas você deve estender para todo tipo de 
instalação elétrica, mesmo industrial, porém que tenha as especifica-
ções de baixa tensão.
CAPACIDADE DE RESERVA DOS QUADROS
Em seu artigo 6.5.9.2, a NBR 5410 estipula que todo quadro de distri-
buição, não importa se geral ou de um setor da instalação, deve ser es-
pecificado com capacidade de reserva (espaço), que permita amplia-
ções futuras, compatível com a quantidade e tipo de circuitos 
efetivamente previstos inicialmente.
Esta previsão de reserva deve obedecer os seguintes critérios:
a) Quadros com até 6 circuitos: prever espaço reserva para no mí-
nimo 2 circuitos;
b) quadros de 7 a 12 circuitos: prever espaço reserva para no míni-
mo 3 circuitos;
c) quadros de 13 a 30 circuitos: prever espaço reserva para no mí-
nimo 4 circuitos;
d) quadros acima de 30 circuitos: prever espaço reserva para no 
mínimo 15% dos circuitos.
A norma frisa que a capacidade de reserva por ela indicada deverá 
ser considerada no cálculo do circuito de distribuição que alimenta o 
quadro em questão.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS48 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
RELÓGIO PADRÃO + TERRA E NEUTRO
Vamos fazer alguns comentários re-
lativos ao relógio padrão. 
É onde fica o relógio que irá deter-
minar o consumo elétrico de uma resi-
dência, quem instalar este equipa-
mento é a concessionária de energia 
elétrica da cidade onde se localiza a 
residência.
Paracada região existe um padrão, portanto iremos comentar a re-
gião atendida pela ENEL em São Paulo.
Você deverá verificar em sua região quais são as diretrizes específicas 
que a concessionária responsável por sua região determina. Tem suas 
particularidades. Por isso antes de terminar o projeto elétrico você deve-
rá consultar a concessionária.
Vamos comentar alguma coisa a seguir.
TIPO DE FORNECIMENTO E TENSÃO
Existem vários tipos de fornecimentos, de acordo com a potência da 
instalação e da disponibilidade nas diferentes regiões.
Na área de apoio deixamos alguns exemplos de alguns estados, nun-
ca deixe de ler este documento da sua região, ok?
QUADRO DE 
DISTRIBUIÇÃO
CAPÍTULO
11
RELÓGIO PADRÃO
é a instalação que é o 
início dos circuitos que 
existem numa residência.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 49Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
VAMOS COMENTAR DA ENEL
Existem vários tipos de fornecimento
FIG. 1 | 
Neste circuito temos uma tensão de 127 V fornecida a dois fios, 
um de Fase e um de Neutro. Contudo, podemos ter uma tensão de 
220v fornecida da mesma forma a dois fios um de Fase e um de 
Neutro. Notem que isso vai depender da concessionária que forne-
ce a energia elétrica, isto é importante você saber por que dessa 
tensão de alimentação vai depender a distribuição que você fará 
no seu projeto, por exemplo você não poderá instalar equipamen-
tos de potência mais elevada na tensão de 220 Volts, ou se o forne-
cimento for de 127 Volts você não poderá ligar equipamentos de 
220 Volts.
FIG. 2 | 
Este tipo de fornecimento é o mais comum em regiões onde é alta a 
quantidade de residências. Com ele, podemos dividir os circuitos no 
projeto em 2 níveis de tensão 127 Volts e 220 Volts, dando maior flexibi-
lidade no momento de projetar a instalação.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS50 |Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
FIG. 3 | 
Utilizamos este tipo de fornecimento para quando a potência insta-
lada for superior a 20 KW. Esse fornecimento é importante para você 
poder dividir a carga nas 3 fases de fornecimento, fazendo assim com 
que no projeto possa ser instalado condutores de seção mínima de área, 
reduzindo o custo inicial da instalação.
Você deve lembrar, que na maioria das regiões, quando seu projeto 
for igual ou inferior A 20 KW, não é necessário a assinatura de um técni-
co responsável. Você mesmo, sem ser técnico, pode elaborar o projeto 
elétrico.
O que você deverá fazer é acompanhar as exigências da concessioná-
ria de sua região, para detalhes, mas o projeto da forma que você apren-
deu já lhe dará condições de elaborar a maioria de projetos de instala-
ções residenciais.
E Aqui ficará este material para você consultar sempre que for neces-
sário.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS | 51Conteúdo licenciado para Robert Moraes Laurindo - robertmx37@gmail.com
Vamos comentar sobre material fornecido pela ENEL
TIPOS DE POSTES QUE PODEM SER UTILIZADOS
Aço tubular seção quadrada, polímero, de fibra ou de concreto 
com resistência nominal de 90 daN ou 200 daN.
Poste de concreto e DUPLO T de 90 ou 200 daN.
Coluna de concreto moldado no local (é necessário a apresenta-
ção da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART por profissional 
legalmente habilitado).
IMPORTANTE: O poste deve ter 7,5 m de comprimento e ser ho-
mologado pela Enel. Você também pode fixar o isolador na fachada 
do imóvel. Observe as distâncias mínimas para fixação.
Aqui a ENEL diz o que pode ser instalado para receber o ramal de en-
trada.
Pode ser um poste de seção quadrada, imagina o por quê? Porque 
na hora do profissional da concessionária colocar a escada para fazer a 
ligação ter segurança de apoio para escada.
NOTA:
Se a rede de energia elétrica da Enel estiver do outro lado da rua, 
o ponto para fixação do ramal de ligação deve ser instalado, no mí-
nimo, a 6 m de altura.
Se for no mesmo lado e não estiver na entrada de veículos, pode 
ser instalado a 4 m.
Local onde não é permitida a fixação dos condutores do ramal de 
ligação da fachada.
INSTALAÇÕES 
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Veja, aqui a concessionária diz que temos duas alturas possíveis para 
postes, quando o poste da rua for na mesma calçada do nova instalação 
o poste deve ter 4 m de altura e se for do outro lado da rua o poste deve-
rá ter até 7,5m .
Se não for poste você pode instalar na fachada e o desenho demons-
tra quais os locais na fachada você deverá instalar a roldana que fará o 
ancoramento do ramal de entrada.
O QUE É UM PADRÃO DE LIGAÇÃO DE 
ENERGIA ELÉTRICA?
O padrão de ligação de energia elétrica é composto por poste, caixa 
para medidor, eletrodutos, cabos e disjuntor. É por meio dele que a 
energia distribuída pela Enel chega ao seu imóvel.
Sua instalação deve ser dimensionada, de acordo com a carga de 
energia que será utilizada. Contrate o serviço de um profissional qualifi-
cado para garantir que o padrão da ligação respeite as normas da Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Para ligações bifásicas de 
até 100 A podem ser utilizadas as caixas Tipo “II”, tipo “P” ou “E”. Para li-
gações trifásicas apenas a caixa tipo “E” pode ser utilizada.
FIG. 6 | 
ANTES DE ADQUIRIR OS MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO, 
USE A TABELA DE EQUIPAMENTOS APRESENTADA NESTE 
FOLHETO PARA CALCULAR A POTÊNCIA EM WATTS NECES-
SÁRIA VPARA A SUA INSTALAÇÃO ELÉTRICA.
INSTALAÇÕES 
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Equipamento Potência watts Quantidade Total watts
Chuveiro Elétrico
Forno micro-ondas
Ferro Elétrico
Máquina de secar roupas
Torneira Elétrica
Tomadas 600W
Tomadas 100W
Lampadas
Outros
Total
Se o total da carga instalada for superior a 20.000W, a Anotação de 
Responsabilidade Técnica – ART deve ser recolhida por um profissional le-
galmente habilitado e apresenta á Enel.
Você agora pode substituir esta tabela por um projeto completo que 
será a realidade da instalação, pois você aprendeu todas as etapas para di-
mensionar com segurança a instalação. No final você pode verificar se a 
instalação for maior que 20.000 W, o projeto deverá ser apresentado da 
forma que você aprendeu e ainda ter a anotação de responsabilidade téc-
nica.
Categoria de 
atendimento
Condutor do 
ramal de 
entrada
Disjuntor 
máximo
Eletroduto de 
Entrada (mm)
Aterramento
Condutor Eletroduto de 
Entrada (mm)
(mm2) (A) (A) PVC Aço (mm2) PVC Aço
B3 e C3 10 50 50
32 25
10
20 25
B4 e C4 16 68 60
16B5 e C5 25 89 80
B6 e C6 35 111 100 40 50
Na tabela anterior você poderá verificar todos os elementos neces-
sários para instalação de seu ramal de entrada. Lembra no cálculo da 
planta de exemplo a potência total foi de 13 KW e o condutor deste ra-
mal será de 16mm², olhando na tabela acima podemos determinar a 
categoria B4 e C4 o disjuntor 63 A O eletroduto de entrada de 32mm, o 
aterramento com condutor de 16mm², e o poste com suas medidas.
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FIG. 7 | 
NOTA:
O traço demarcatório existente no poste para verificação do en-
gastamento e a caixa de inspeção do aterramento devem ficar visí-
veis, até a vistoria da Enel;
O topo do poste de aço deve ser vedado com a tampa que acom-
panha o poste.
Na nota descrita acima vemos uma marca de engastamento, é uma 
marca, uma linha que deve vir no poste, esta linha determina o quanto 
o poste deverá ficar dentro do buraco que iremos cavar para a instalação 
do poste, depois será concretado.
Fique atento!
 / A caixa deve ser instalada do lado interno da propriedade.
 / Deve ser utilizado apenas modelo de caixa tipo “E” que permi-
te abertura da parte traseira.
 / O aterramento deve ser construído dentro da área da proprie-
dade do cliente.
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 / Instalar somente com cabos extraflexíveis.
 / Instale nas pontasdos cabos extraflexíveis terminais tipo ilhós 
padronizados.
Fique atento!
 / Instale nas pontas dos cabos extraflexíveis terminais tipo ilhós 
padronizados.
 / O condutor neutro deve ser na cor azul clara.
 / O eletroduto do ramal de entrada deve conter, no máximo, 3 
curvas de 90 graus.
 / Prefira o kit pronto que já vem com poste, caixa, cabos e disjun-
tor.
 / O kit pronto deve ser homologado pela Enel e instalado no li-
mite da propriedade com a via pública.
 / Utilize somente poste e caixa homologados pela Enel. Consul-
te nosso site.
Veja todas as diretrizes são descritas nos folhetos de instalação, por 
isso você deverá sempre consultar a concessionária para verificar se não 
existe nenhuma atualização para as instalações.
Tem ainda a possibilidade de instalar ao invés de um poste de ferro, 
um poste de concreto, mas aí você deverá ter a anotação de responsabi-
lidade técnica de um profissional da área de construção civil, também 
existe um folheto descrevendo as diretrizes para isso. Em algumas regi-
ões não existem postes de ferro, somente postes de concreto e neles, 
embutidos o espaço para a instalação do relógio medidor.
ATERRAMENTO
ELETRICISTA, ESTA ASSUNTO É EXTREMAMENTE IMPORTANTE.
Trata-se aqui de garantir a segurança de pessoas e animais contra o 
CHOQUE ELÉTRICO.
Você já deve saber o que é, ouvido falar, ou até mesmo ter instalado 
um condutor que você chamou de fio terra.
Pois bem, peço sua atenção! O conceito é muito importante para 
você compreender e depois aplicar corretamente estes conceitos nas 
instalações que estiverem sob sua responsabilidade. OK?
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ACREDITO QUE O ATERRAMENTO É O ELEMENTO MAIS 
IMPORTANTE DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDEN-
CIAL.
Vamos ver alguns conceitos para você se acostumar com a importân-
cia do aterramento.
Você eletricista deverá saber o que é um sistema de aterramento. 
Mas Poletto, porque sistema? Sistema é um conjunto de elementos. Por 
exemplo, o sistema respiratório é formado por mais de um elemento, as 
veias os pulmões, e muitos órgãos do corpo humano participam deste 
sistema, por isso chamamos de sistema.
Então agora que você já sabe o que é um sistema, irei-te falar sobre 
aterramento.
O que é aterrar? É ligar intencionadamente uma parte, geralmente 
metálica, que por acidente, pode vir a ficar energizada, se houver algum 
problema no equipamento que essa parte metálica pertença e ofereça 
risco de choque elétrico.
Vamos com calma, quero que você leia e vá tentando entender, veja 
não é decorar é entender.
AO LIGAR ESTA PARTE METÁLICA À TERRA, SE HOUVER 
UM PROBLEMA E UM CONDUTOR DE FASE, “ENCOSTAR” 
NESSA PARTE, E O CONDUTOR DE TERRA ESTIVER CORRE-
TAMENTE LIGADO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO, ISSO 
PROVOCARÁ UM CURTO CIRCUITO, ISSO MESMO LIGAMOS 
O CONDUTOR DE TERRA NOS EQUIPAMENTOS PARA QUE 
ELE PROVOQUE UM CURTO CIRCUITO E DESARME O 
DISJUNTOR QUE PROTEGE AQUELE CIRCUITO, QUANDO 
UM CONDUTOR DE FASE ACIDENTALMENTE ENCOSTE 
NUMA PARTE METÁLICA.
Eu falei que o condutor deve ser ligado a um sistema de aterramen-
to, muito bem, isso porque existem vários elementos que fazem parte 
de um sistema de aterramento e vamos ver aqui quais são, e para qual 
finalidade de cada uma.
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Até a cor do condutor de aterramento faz parte do sistema. A norma 
NBR 5410 descreve no capítulo 6, que se houver a necessidade de se di-
ferenciar os circuitos elétricos por cor, o condutor de proteção ou con-
dutor de aterramento, deverá ser verde/amarelo ou verde. Isso para não 
se confundir com outros condutores da instalação, fase, neutro, retorno, 
etc. Veja a importância desse condutor na instalação.
A concessionária de energia da sua região determina que o padrão 
de entrada deva estar aterrado. Neste ponto da instalação, você deve 
aterrar o condutor de neutro que chega ao ramal de entrada da residên-
cia ou do local da instalação. Para a maioria dos profissionais, acaba ai a 
questão do aterramento. Contudo não é verdade. Você deve garantir 
que este aterramento esteja adequado para a finalidade que a ele foi 
determinada. Um conceito que você deve entender é esse:
Lembra que se houver uma falha e o condutor de fase encostar-se a 
uma parte metálica, que a qualquer momento um usuário possa entrar 
em contato, o condutor de aterramento deve garantir que haja um cur-
to circuito? Numa geladeira, por exemplo, esse tipo de contato chama-
-se contato indireto, por que o usuário irá encostar-se à parte metálica 
da geladeira, e não diretamente no condutor de fase que se rompeu 
dentro do equipamento. Bom você já estudou neste curso, tensão cor-
rente e resistência, lembra? Por isso a importância da qualificação.
Para que realmente o curto circuito aconteça, a ligação do condutor 
ao sistema de aterramento deve ter uma resistência suficiente para 
acontecer o curto, é por isso que se fala em resistência de aterramento. 
Quanto mais baixa for essa resistência menor interferência existirá no 
sistema e a corrente poderá fluir no condutor indo se dissipar nos eletro-
dos de aterramento.
Por isso existe tanta discussão com relação ao valor dessa resistência. 
Quais valores deve-se, buscar para garantir que a resistência não interfira 
no curto circuito? A menor possível! O ideal seria zero, mas no prático 
esse número é quase impossível.
Nós sabemos que a resistência do corpo humano na média gira em 
torno de 1000 ohms a 2000 ohms.
Esse será o valor da resistência que a corrente deverá percorrer quan-
do passar pelo corpo de uma pessoa ou um animal. Nós sabemos que 
os elétrons não percorrem facilmente valores de resistência muito alta, 
se eles tiverem uma “Alternativa” de resistência mais baixa, esse será o 
caminho que eles irão percorrer.
Vamos lá, continuando a analisar para entender a questão.
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No vídeo que fizemos para mostrar para você, como testar um siste-
ma de aterramento, utilizando um terrômetro, nós obtivemos um valor 
de 66 ohms de resistência no sistema de aterramento do local.
Compare esse valor com o valor da resistência média de um ser hu-
mano.
Vamos dei o valor ai em cima... Analise... Pense... O valor do sistema 
que medimos é bem menor, de 1000 ohms, para 66 é uma diferença 
considerável.
Bem pronto? Acabou? Não, veja porque você se qualificar vai ser o di-
ferencial entre você e os profissionais sem bagagem.
TEMOS MUITA COISA AINDA A TE FALAR,
As condições de choque elétrico variam. Variam? Como?
Bem existem algumas condições que agravam o choque elétrico:
 / Trajeto da corrente elétrica no corpo humano
 / Tipo da corrente elétrica
 / Tensão nominal
 / Intensidade da corrente
 / Duração do choque elétrico
 / Resistência do circuito
 / Frequência da corrente
TRAJETO
Por onde a corrente elétrica estiver passando num organismo, os 
efeitos poderão ser diferentes.
Por exemplo, quando a corrente passa por um músculo, dependen-
do da intensidade poderá haver uma contração, se for, na mão, pode ha-
ver o fechamento da mão sem a sua intenção de fazer isso. Aí o perigo 
de, se ficar “grudado”, pela mão quando uma corrente percorrer o mús-
culo que faz sua mão abrir e fechar.
Agora imagina outro músculo, o coração, bem aí a gravidade do cho-
que será muito alta. A corrente elétrica passando pelo coração, pode fa-
zê-lo parar, ou até fibrilar. E se ele estiver fibrilando, somente com um 
desfibrilador poderá socorrer a vítima.
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Olha ai! Sua consciência deve aumentar em relação a elaborar um 
sistema de aterramento numa residência.
FIG. 2 | Possíveis trajetos para a corrente elétrica no corpo humano
E olhando a figura, você no seu dia a dia, com certeza já deve ter visto 
outros trajetos, ou ainda pode imaginar.TIPO DE CORRENTE ELÉTRICA
Podemos ter corrente originada pela tensão alternada ou pela ten-
são contínua. O nosso organismo é mais sensível à corrente alternada, 
é por isso que são diferentes os valores que encontramos para níveis de 
riscos no choque elétrico quando falamos em corrente. Existe uma di-
ferença interessante, quando falamos em corrente baixa, em corrente 
alternada quando o indivíduo começa a sentir a sensação do choque, 
que chamamos limiar de percepção, o indivíduo tem a sensação de 
formigamento, já em corrente contínua o indivíduo sente um aqueci-
mento.
TENSÃO NOMINAL
Quanto maior for a tensão, o valor da resistência não interfere ou não 
impede que a corrente circule no organismo. Em altas tensões, o que 
prejudica o indivíduo, não é acorrente em si, mas a intensidade da ten-
são, que faz surgir uma corrente cada vez mais alta, conforme o tempo 
que esse organismo estiver sujeito à tensão.
INTENSIDADE DA CORRENTE
A intensidade percorrida no organismo pode trazer diferentes níveis 
de consequências, para valores baixos apenas um formigamento ou 
uma sensação ruim, conforme a intensidade vai aumentando as sensa-
ções mudam, pode passar para contrações musculares, e aumentando 
mais ainda pode haver queimaduras até ao incineramento do organis-
mo por ser uma corrente muito alta.
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Quanto mais tempo o organismo estiver sofrendo um choque elétri-
co, maiores consequências podem surgir, mesmo um choque de baixa 
intensidade de estiver acima do limiar de percepção podem provocar 
ao longo do tempo consequências ao organismo, mudando o estado 
desse organismo e aí aumentando a má influência e com maiores con-
sequências
RESISTÊNCIA DO CIRCUITO
Quanto menor a resistência, maior a intensidade do choque, quando 
alguém leva um choque essa pessoa se torna o condutor num circuito 
elétrico, e o valor da resistência desse circuito dependem de diversos fa-
tores. Por exemplo, alguém descalço, num chão molhado ou mergulha-
do numa poça de água, ou numa piscina, ou numa, banheira, todos es-
tes fatores influenciam para que a corrente flua mais livre mais fácil e o 
choque no organismo aumente de intensidade.
FREQUÊNCIA DA CORRENTE
Quanto maior for a frequência, aqui falo de frequências bem altas, 
por exemplo, acima de 10 Khz, a sensação é menos percebida pelo cor-
po humano. Alguns equipamentos médicos, os tais choquinho que se 
utilizam na fisioterapia, utilizam frequência muito alta, nesse caso o or-
ganismo sente apenas formigamento e não a sensação de uma frequ-
ência de 60 Hz, por exemplo, que seria dor.
Ufa! Vimos tanta coisa, não é mesmo? Mas isso faz parte da sua for-
mação, você deve compreender as coisas, dominar os assuntos para po-
der dominar a forma de solução nos seus projetos.
Voltando agora para o exemplo do teste que fizemos no vídeo:
Nós vimos que o valor da resistência medida foi de 66 ohms. Muito 
bem, eu te falei que ela não é alta, e poderia muito bem servir para 
aquele sistema de aterramento. Contudo, como o que você viu anterior-
mente, as consequências da corrente elétrica num organismo podem 
aumentar por diversas condições. Então, você profissional consciente 
deve estar se perguntando o que fazer?
Bem o que podemos fazer é diminuir aquela resistência que medi-
mos, como?
Você pode instalar mais hastes em paralelo com aquela que já existe, 
com isso irá diminuir a resistência do sistema.
Nós sabemos, que quando colocamos resistências em paralelo, o va-
lor da resistência total diminui, você aprendeu isso nos calculo de asso-
INSTALAÇÕES 
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ciação de resistências.
Então vamos brincar com cálculos, veja:
Se conseguirmos uma haste para instalar e ela ser de uma resistência 
igual à que está instalada, qual o resultado? Lembra? Duas resistências 
de igual valor em paralelo, a resistência resultante será a metade das re-
sistências do sistema, olha só, se a resistência é de 66 ohms e consegui-
mos uma haste de igual valor ôhmico, diminuiremos pela metade o va-
lor da resistência, ou seja, 33 ohms, uma diminuição considerável. Você 
profissional, qualificado, pode querer ainda melhorar, instalando mais 
uma haste, e a resistência ficaria bem baixa. Então mãos a obra.
Viu? Como se qualificar te dará uma oportunidade de entender o 
que estará fazendo e poder elaborar um projeto seguro e com credibili-
dade.
Bem, o que você viu até agora, pode te dar a noção do sistema de 
aterramento. Nós partimos da haste de aterramento, do padrão de en-
trada. Contudo eu quero falar com você algo que pelo custo, não é assim 
tão caro e pode trazer resultados excelentes num sistema de aterra-
mento.
Geralmente o pessoal faz o aterramento do padrão de entrada e dali, 
liga o condutor ao terra de dentro da residência. Se ele garantir a resis-
tência baixa, como falamos anteriormente, se melhorar com mais algu-
mas hastes, tudo bem. Contudo gostaria de dar uma dica, que seria você 
instalar um sistema de aterramento o mais próximo possível do QDC, 
pode ser um sistema permanente, onde você instalaria as hastes numa 
dependência, onde seria instalado o QDC e depois poderia ser feito o 
contra piso e o acabamento por cima sem trazer problemas para o sis-
tema, e seria muito bom para sistema você interligar os dois sistemas o 
que você instalou no padrão de entrada com o que instalou no QDC.
Outra forma de você aumentar seu entendimento seria perceber o 
solo onde as hastes irão ser instaladas. Você conhece a região onde irá 
trabalhar, verifique se o solo é muito seco, quanto mais seco for maior 
será o número de hastes que deverá utilizar para compor seu sistema.
Outra maneira é você ir até a prefeitura onde irá ser feito o projeto e 
lá receber informação sobre a formação do solo. Qualidade dos seus ser-
viços depende da sua vontade de querer ser melhor.
Depois você pode testar o valor de resistência da malha de aterra-
mento, essa é a melhor forma de verificar como está o sistema de ater-
ramento, lembrando essa medição pode variar conforme a estação do 
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ano. Como assim? Nas épocas em que o solo é mais húmido o valor da 
resistência é menor, por causa da umidade, na época da seca a resistên-
cia é maior. Portanto, a melhor época para você instalar o aterramento 
seria numa estação seca, pois seria a época, que o valor de aterramento, 
seria mais alto, dessa forma, você instalaria uma quantidade certa de 
hastes para obter um valor mais baixo de resistência de terra. Se você 
instalar numa época húmida, cabe você voltar numa época mais úmida 
e refazer a medição, e se necessário instalar mais alguma haste.
Você percebe que se qualificar é entender o conceito, entendendo o 
conceito você pode mostrar pro seu cliente, toda sua preocupação, pro-
fissional, sabendo o que você está falando.
DAÍ A IMPORTÂNCIA DE VOCÊ LER E RELER O CONTEÚDO 
QUE ESTAMOS DISPONIBILIZANDO PARA CADA VEZ MAIS 
VOCÊ ESTAR A PAR DOS CONCEITOS.
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