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Universidade Luterana do Brasil Relatório da Aula Prática de Precipitação de Proteínas Bioquímica Aplicada – Profa. Silvana Frassetto Alunas: Andrea Moraes, Fernanda Rolim e Larissa Raupp Canoas, 25 de setembro de 2015 Ponto Isoelétrico da Caseína Técnica: Misturar caseína, água e ácido acético em diferentes concentrações Nº amostra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 H₂O (ml) 4,0 4,4 4,3 4,0 3,5 2,5 0,5 3,9 3,7 CH₃COOH 0,01N (ml) 0,5 - - - - - - - - CH₃COOH 0,1N (ml) - 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 4,0 - - CH₃COOH 1N (ml) - - - - - - - 0,6 0,8 RESULTADO: Nº amostra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Turbidez + + + + ++ +++ +++ +++ ++++ pH 11 10 10 6 4 4 3 3 3 Legenda: + (turbidez fraca) ++ (turbidez média) +++ (turbidez forte) ++++ (turbidez muito forte) Conforme observamos e estudamos estas reações em aula, consideramos que o ponto isoelétrico da caseína seja entre o pH entre 5 e 4, que foi quando as misturas começaram a ficar mais turvas. Ponto Isoelétrico da Albumina Técnica 1: Albumina (1,0) e em torno de 6 gotas de HNO₃ concentrado RESULTADO: Por ter sido misturada com um ácido, a proteína precipitou, resultando em uma mistura bem turva e com formação de grumos. Técnica 2: Albumina (2,0) e em torno de 15 gotas de (CH₃COO) Pb 0,5mg/ml RESULTADO: Ao ser misturada com esse sal de metal pesado, a proteína precipitou rapidamente, formando pequenos grumos. Técnica 3: Albumina (2,0) e poucas gotas de CuSO₄ 10% RESULTADO: Ao ser misturada com esse sal, a proteína precipitou, resultando em uma mistura bem turva e com aspecto leitoso. Técnica 4: Albumina (2,0) e TCA 10% RESULTADO: Apesar de termos adicionado bastante gotas deste ácido, a mistura ficou pouco turva, com baixa precipitação. Perguntas Pesquisar sobre precipitação de proteínas: Para que uma proteína precipite, uma das formas é atingir o seu ponto isoelétrico, onde ela é mais insolúvel. A solubilidade de uma proteína desnaturada diminui devido à modificação em suas estruturas secundárias, terciárias e quaternárias. Durante a desnaturação, as forças responsáveis pela conformação original se quebram e novas surgem, resultando em uma nova conformação. O que é o ponto isoelétrico de uma proteína? O ponto isoelétrico de uma proteína é o pH em que o número de cargas positivas é igual ao número de cargas negativas, não permitindo a migração da molécula em um campo elétrico. Neste ponto, a solubilidade de uma proteína é mínima, e a carga nula não permite forças de repulsão, fazendo as moléculas proteicas interagirem entre si, formando agregados que tendem a se precipitar. O que é “salting in” e “salting out” em relação à solubilidade de uma proteína na presença de sais? “Salting in”: Quando adicionamos sais neutros a uma solução, ocorre um aumento da força iônica da mesma. Assim, quando adicionamos pequenas quantidades de sal a uma solução contendo proteínas, as cargas provenientes da dissociação do sal passam a interagir com as moléculas proteicas, diminuindo a interação entre elas. Assim, temos um aumento da solubilidade da proteína no meio aquoso. “Salting out”: Em condições de elevada força iônica, decorrente da adição de grandes quantidades de sal, temos o efeito contrário. As moléculas de água apresentam maior tendência de solvatação de partículas menores (nesse caso, os íons). As moléculas de água, ocupadas em sua interação com os íons, "abandonam" a estrutura proteica. Assim, temos maior interação entre a proteína, diminuição da solubilidade em meio aquoso e precipitação da proteína. É um fenômeno de insolubilização da proteína em decorrência de um considerável aumento da força iônica do meio. Porque as proteínas precipitam em contato com ácidos fortes e metais pesados? Ácidos fortes: Valores extremos de pH afetam bruscamente as interações das moléculas proteicas, conforme visto na pergunta 1, causando uma mudança na conformação da proteína para um estado biologicamente inativo, perdendo sua função biológica e, assim, ela desnatura e precipita. Metais pesados: Sais de metais pesados como chumbo, zinco, mercúrio e cobre, se combinam com as proteínas, formando proteinatos insolúveis. A precipitação ocorre por causa da insolubilidade desses sais em água e devido aos aminoácidos hidrofóbicos ficarem mais expostos ao meio aquoso por conta da quebra das ligações iônicas. Deduzir o ponto isoelétrico da caseína e explicar o que acontece. Conforme citado acima, o grupo deduziu o PI da caseína como sendo em um pH entre 4 e 5. Após feitas as pesquisas necessárias, vimos que de fato o PI desta proteína é no pH 4,7. Após alcançar este pH, as ligações da proteína quebram, tornando-as muito insolúveis e assim causando precipitação. Explicar o que acontece com a albumina na presença de ácidos, chumbo e CuSO₄. Conforme visto nas perguntas anteriores do relatório, todos estes são fatores que desnaturam as proteínas. A desnaturação provoca, em geral, grande perda de solubilidade das proteínas em solventes aquosos, causando assim sua precipitação.
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