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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NOS CLICLOS DA VIDA: ADULTO Profa. Aline Tischler e Prof Luan Lisboa ADULTO Adolescente Adulto Fase de Estabilização, Equilíbrio e Maturação (20 ANOS COMPLETOS ATÉ 60 ANOS COMPLETOS) Adulto Jovem (20 a 40 anos): necessidade de maior ingestão de alguns nutrientes para alcançar o potencial genético de formação da massa óssea adequada. Adulto de meia idade (41 a 60 anos): diminuição do gasto energético. (Douglas, 2002) ALTERAÇÕES PSICOSSOCIAIS NO ADULTO Aumento da produtividade Vínculo afetivo Imagem corporal Maturidade ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS NO ADULTO FATORES INTERFERENTES Hábitos alimentares inadequados Trabalho X Stress Hábitos de vida: fumo, álcool, drogas DCNT Sedentarismo X ativid. física As alterações nutricionais no indivíduo adulto apresenta uma série de fatores interferentes, a começar pelo trabalho. Muitas vezes, mesmo um trabalho de escritório o indivíduo pode sofrer de stress muito grande por conta das cobranças, demandas e preocupações com as responsabilidades do trabalho, além disso, a falta de tempo para atividades de lazer levam ao sedentarismo pela falta de prática de atividade física regular, propiciando o surgimento (em médio prazo) de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardíacdas, hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia, síndrome metabólica, enfim. Além disso, existem fatores complicadores para as DCNTs que dizem respeito ao hábito de vida deste indivíduo, e aí nós temos o tabagismo, o etilismo e uso de drogas, que aliados a hábitos alimentares inadequados, como alto consumo de carboidrato simples e gordura satura, desencadeia um estado nutricional ruim. 4 NUTRIÇÃO NO ADULTO OBJETIVOS NUTRICIONAIS: Promover a saúde e o bem-estar através de uma alimentação equilibrada e saudável; Promover educação nutricional; Manter um peso saudável; Prevenir o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT); (Cuppari, 2005) NUTRIÇÃO PREVENTIVA Roteiro para avaliação nutricional Anamnese completa: trabalho, casa, lazer. Verificar AF Tipo, frequência, duração e intensidade Consumo alimentar: R24 + QFA Exame Físico (Sinais) Sintomas (relatados) Exames bioquímicos Pesar e medir Fazer perimetria e pregas cutâneas Calcular, interpretar, diagnosticar. 6 Exame Físico (Semiologia Nutricional) O exame físico auxilia no diagnóstico . Exame oral – avaliar: Lábios e gengivas: sangramento, coloração, lesão, fissuras ou úlceras Dentes: ausência ou quebrados, presença de prótese Língua: cor, edema ou superfície anormal Hálito; Achados não usuais, documentar: Dificuldade de mastigação, disfagia, odinofagia, halitose. Unhas; Cabelo e couro cabeludo Exame Físico Exame abdominal Inspeção: inclui o exame da pele, simetria, contorno, desenvolvimento muscular, movimentos e presença de aparatos de alimentação. a) Pele: icterícia, palidez, coloração, estrias, erupções cutâneas e/ou escaras. c) Contorno: pode variar dependendo do estado nutricional, presença de gás ou líquido. Abdômen côncavo ou escavado pode indicar pouca reserva de gordura. Abdômen globoso ou protuberante pode indicar excesso de gordura ou tônus muscular debilitado, ascite, tumor, gravidez, distensão gasosa ou uma emergência abdominal. d) Aparência geral: o abdômen deve estar simetricamente bilateral, sem massas e com umbigo no centro, sem descoloração ou drenagens. Composição corporal Massa gorda: Pregas cutâneas: PCT, PCSE, PCSI, PCB; Gordura corporal total: 4Pregas = PCT+ PCSE + PCB + PCSI AGB; Perímetros: CC, CQ, CB; Distribuição da gordura: RCQ; RCA Massa magra: CMB; AMB; AMBc (RAMOS, 2014) INDICADORES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL CC RCA RCQ CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA quanto maior a circunferência, mais gordura há dentro e fora das vísceras! RCA Claro que uma pessoa de 1,90 m com cintura de 94 cm não tem o mesmo risco de uma com 1,50 m e a mesma circunferência!!! O risco para a saúde é maior quando o indivíduo tem mais gordura entre as vísceras. Essa gordura é mais perigosa do que a localizada logo abaixo da pele (subcutânea). A medida da circunferência não diferencia entre as duas. Por isso também essa medida pode ser falha. Mas, quanto maior é a circunferência, mais gordura há dentro e fora das vísceras. Com a altura, a precisão dessa medida aumenta! RCA Manter a circunferência da cintura no ponto certo aumenta a expectativa de vida para todas as pessoas, de qualquer etnia. Como calcular? RCA = CC (cm) / A (cm) Obs.: trabalhar com 2 casas decimais após a vírgula. Ex.: 70/160 = 0,43 Ex: 110/160 = 0,68 risco! Ponto de corte: 0,50 ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) Indicador do estado nutricional simples e fácil de usar; Desvantagem: não distingue músculo de gordura, por isso, deve-se complementar a avaliação da composição corporal com outras técnicas e índices. Como calcular: Obs: trabalhar com apenas uma casa decimal após a vírgula. IMC = Peso Atual Altura2 CLASSIFICAÇÃO: Paciente, adulto, peso atual = 70kg, altura = 1,72m. Qual o IMC e a classificação? PERCENTUAL DE PERDA DE PESO (%PP) Como calcular: %PP = (peso habitual – peso atual) x 100 peso habitual %PP CLASSIFICAÇÃO: TEMPO PP (%) SIGNIFICATIVA PP (%) GRAVE 1 semana 1 a 2 >2 1 mês 5 >5 3 meses 7,5 >7,5 6meses 10 >10 % de adequação de peso % AdPeso = Peso atual x 100 Peso ideal PESO AJUSTADO E PESO IDEAL (PI) Só deve ser feito para indivíduos com peso e IMC fora da faixa de normalidade para mais ou para menos. Deve ser usado quando a adequação de peso (%) for menor que 95% e superior a 115% Peso ajustado = (PA-PI) x 0,25 + PI *PA = Peso Atual *Para encontrar o PI, deve-se utilizar o IMC no limite superior da normalidade, aplicando a seguinte fórmula: PI = IMC ideal x altura2 *Obs.: para indivíduos com magreza, o IMC ideal utilizado é no limite inferior da normalidade * Utilizar para fins de cálculo de VET, quando necessário. Avaliação da Massa Muscular MASSA MUSCULAR: CB = OSSO + MÚSCULO + GORDURA é uma medida de perimetria que fornece índice de depósito de gordura e MM local. CMB mede a reserva de tecido muscular, levando em conta a massa óssea. AMBc* avalia a reserva muscular corrigindo a massa óssea, refletindo de forma mais adequada a magnitude de alterações deste tecido. * Utilizar as equações específicas e avaliação de percentil: 24 Fórmulas para avaliação da MM Circunferência do Braço (CB): ver percentil %Adequação CB = CB obtida x 100 CB percentil 50 Circunferência Muscular do Braço: CMB = CB - x [PCT÷10] % Adequação CMB = CMB obtida x 100 CMB percentil 50 Área Muscular do Braço: AMB = (CB – ( x PCT ÷ 10 ) )2 4 Área Muscular do Braço Corrigida (cm2): AMBc = (CB – ( x PCT ÷ 10 ) )2 - 10cm homem 4 AMBc = (CB – ( x PCT ÷ 10 ) ) 2 - 6,5cm mulher 4 Obs.: = 3,14 (CUPPARI, 2005, capítulo 6) Fórmulas para avaliação da MG Σ 4 Pregas = PCT+PCB+PCSE+PCSI RCQ = CC ÷CQ RCA = CC (cm) ÷ Altura (cm) AGB (cm2) = (PCT ÷ 10) x CB - x (PCT ÷ 10)2 2 4 CLASSIFICAÇÃO HOMEM (%) MULHER(%) Risco de Doenças e Distúrbios Associados à Desnutrição ≤5 ≤8 Abaixoda Média 6 a 14 9a 22 Média 15 23 Acimada Média 16 a 24 24 a31 Risco de Doenças Associadas à Obesidade ≥25 ≥32 (Tabela adaptada de LOHMAN, apud CUPPARI, 2009) 30 Diagnóstico nutricional História de vida Consumo alimentar Sinais e sintomas Exames bioquímicos Medidas antropométricas com padrões de referência: Classificar EN pelo IMC Limitações: pessoas com elevado % de massa livre de gordura – atletas fazer observação no prontuário Verificar alterações de peso recentes: %PP Interpretar os índices e indicadores obtidos e calculados para MM e MG. Analisar todos juntos!!! REFERÊNCIAS 1. CUPPARI, L. Guias de Medicina Ambulatorial e hospitalar. Nutrição - Nutrição Clinica do Adulto, 2a ed., Manole, São Paulo, 2005. 2. TIRAPEGUI, J.; Ribeiro, S.M.L. – Avaliação Nutricional Teoria e Prática – 1ª. Ed. São Paulo Editora Guanabara Koogan, 2009. 3. DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional – Aspectos Clínicos e Laboratoriais – 1ª. Ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2007. 4. ROSSI, L. Avaliação Nutricional : novas perspectivas – 1 ª ed. São Paulo : Roca, 2008. MACHADO, A. F. Dobras Cutâneas: localização e procedimentos. Revista de Desporto e Saúde da Fundação Técnica e Científica do Desporto, 2008\ 5. BURTON, B. Nutrição Humana. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1979, 606p. 6. SOLÁ, Espejo.Manual de Dietoterapia do Adulto. 6a. Ed São Paulo: Atheneu.1988.550p. 7. WILLIAMS, Sue Rodwell. Fundamentos de Nutrição e Dietoterapia. Trad. Regina Machado Garcez. 6a. ed. Porto Alegre: Arte Médica, 1997. Exercício J.M.A, sexo masculino, 33 anos, procurou a clínica de Nutrição queixando-se de excesso de peso, apresentando BEG. HPP: nega. HPA: hipertensão arterial. HPF: pai hipertenso, mãe e avó materna diabéticas. Ao exame físico NDN. Relata RIN e RUN, insônia, nega tabagismo e etilismo. À antropometria revela: PA = 90kg, A = 1,72m, CB = 33cm, CC= 95cm, CQ = 100cm, PCT =21mm, PCB = 24mm, PCSE = 25,5mm, PCSI = 26mm. Ao inquérito alimentar, constata-se boa ingestão hídrica, alto consumo de CHO simples e frituras, baixo consumo de frutas e verduras e baixo fracionamento da dieta (4 refeições/dia). 1) APLIQUE TODOS OS CÁLCULOS POSSÍVEIS PARA ESTE CASO, DANDO O RESULTADO DE CADA ÍNDICE E INDICADOR DO ESTADO NUTRICIONAL UTILIZADO.
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