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Avaliação Nutricional do Adulto

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Avaliação Nutricional do Adulto 
Profª Maria Lucia Araujo 
A fase adulta é caracterizada por uma estabilidade física, sendo que um indivíduo adulto já ultrapassou a fase de crescimento e de maturação sexual; 
A avaliação do estado nutricional do adulto se baseia na análise de depleções e excessos nutricionais; 
As avaliações do consumo alimentar e a distribuição dos diferentes tecidos corporais (massa magra e massa gorda) são fortes indicadores do estado nutricional.
Antropometria para a avaliação de adultos: 
A antropometria é considerada um dos indicadores diretos do estado
nutricional; 
Medidas: massa corporal, estatura, dobras cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca), circunferências (braço, cintura e quadril) e suas combinações; 
As medidas das circunferências e dobras cutâneas são complementares e possibilitam um diagnóstico nutricional mais preciso. 
As medidas podem ser utilizadas de maneira isolada ou combinadas e, quando comparadas com determinados parâmetros de normalidade, constituem importantes indicadores do estado nutricional; 
A “normalidade” das medidas antropométricas e, consequentemente, a normalidade nutricional, são conceitos matemáticos ou estatísticos, obtidos a partir de observações de medidas antropométricas de indivíduos considerados representativos do padrão.
Variáveis: 
São aquelas medidas ou informações obtidas por coleta de dados, podendo ser quantitativas ou qualitativas. 
Quantitativas: idade, massa corporal, estatura, dobras cutâneas e circunferência; 
Qualitativas: gênero, etnia, escolaridade etc. 
Indicadores: 
Quando as variáveis são medidas concretamente e aplicadas em análises de dados; 
As variáveis assumem a denominação de indicadores do estado nutricional quando se utiliza um padrão de referência que possibilita a classificação da condição nutricional em que o indivíduo se encontra.
Peso corporal:
Para aferição do peso corporal em adultos, utilizam-se balanças do tipo plataforma com divisões de, no mínimo, 100 g. 
Peso atual: é a massa corpórea do dia, encontrada no momento da avaliação nutricional; 
Peso habitual ou usual: é a massa corporal que o indivíduo apresenta quando hígido e exercendo suas atividades usuais. Comumente é obtida recorrendo-se à memória do paciente. É utilizada como referência na avaliação de alterações recentes e em casos de impossibilidade de medir a massa corporal no momento da avaliação; 
Peso ideal ou desejado: é a meta a ser alcançada. Pode fazer parte de um processo de ganho ou perda de massa corporal. 
Peso ideal pelo IMC ideal: 
Peso ideal ou desejável = IMC desejado x estatura2; 
Valores médios de IMC segundo a OMS:
Homens: 22,0 Mulheres: 20,8 (21)
Sexo: masculino
Idade: 32 anos Altura: 1,71m.
A²= 1,71 x 1,71 = 2,92m²
Peso ideal = 22,0 x 2,92 = 64,24 Kg
Pacientes com excesso de peso:
Sexo: masculino
Idade: 32 anos Altura: 1,71m.
A²= 1,71 x 1,71 = 2,92m²
Peso ideal = 24,9 x 2,92 = 72,7 Kg (IMC máximo aceitável)
Paciente com baixo peso:
Sexo: masculino
Idade: 32 anos Altura: 1,71m.
A²= 1,71 x 1,71 = 2,92m²
Peso ideal = 18,5 x 2,92 = 54,0 Kg (IMC mínimo aceitável)
Peso ideal pela compleição física: 
Esse método utiliza a medida do pulso realizada com fita métrica não extensível; 
Nâo é muito utilizado na prática clínica; 
Compleição = altura (cm)/pulso (cm); 
Após o cálculo da compleição, acha-se o peso ideal do paciente na tabela de referência de peso adaptada do Metropolitan Life Insurance, 1985. 
	Compleição	Pequena	Média	Grande
	Homens	> 10,4	9,6 a 10,4	< 9,6
	Mulheres	> 10,9	9,4 a 10,9	< 9,4
Paciente sentado e de braço estendido medir a circunferência próximo a dobra do pulso. 
Percentual de perda de peso: 
Adequação do peso:
Peso atual x 100/peso ideal 
	ADEQUAÇÃO DO PESO (%)	ESTADO NUTRICIONAL
	≤ 70	Desnutrição Grave
	70,1 a 80	Desnutrição Moderada
	80,1 a 90 	Desnutrição Leve
	90,1 a 110 	Eutrofia
	110,1 a 120	Sobrepeso
	120	Obesidade
Altura: 
A estatura é a medida do indivíduo na posição em pé, encostado em um antropômetro vertical; 
As medidas devem ser realizadas com os indivíduos descalços e usando roupas leves, no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. 
Índice de massa corporal:
É conhecido como índice de adiposidade; 
Apresenta forte associação à incidência e aos fatores de risco para inúmeros agravantes à saúde, como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, diabetes e alguns tipos de câncer. 
As vantagens para a avaliação do estado nutricional de adultos são:
Fácil execução, baixo custo e não invasão; 
Facilidade de obtenção e padronização de medidas de massa corporal e estatura; 
Não necessita da idade do indivíduo avaliado; 
Alta correlação com a massa corporal e os indicadores de composição corporal; 
Não requer comparação com curvas de referência; 
Apresenta capacidade de predição de risco de morbimortalidade, especialmente em seus limites extremos; 
Possibilita que os diagnósticos individuais sejam agrupados e analisados, fornecendo um diagnóstico coletivo, possibilitando conhecer o perfil nutricional de uma população estudada; 
Método universalmente utilizado tanto para avaliação individual como populacional.
No entanto, o IMC apresenta algumas limitações na sua utilização:
Correlação à proporcionalidade do corpo: indivíduos com pernas curtas terão IMC aumentado; 
Correlação à massa livre de gordura, principalmente nos homens, pois desenvolvimento muscular pode levar a interpretações equivocadas na identificação da obesidade; 
É importante que os valores correlacionem-se a outras medidas de composição corporal, tais como medidas de gordura corporal e massa magra (circunferências e dobras cutâneas).
	IMC	Classificação	Risco de doenças crônicas
	< 18,5	Baixo peso	Baixo risco
	18,5 a 24,9	Eutrofia	Sem risco
	> 25	Excesso de peso	–
	25 a 29,9	Sobrepeso	Risco aumentado
	30 a 34,9	Obesidade classe I	Moderado
	35 a 39,9	Obesidade classe II	Grave
	> 40	Obesidade classe III	Muito grave
Classificação do IMC segundo a OMS e riscos de doenças crônicas:
Circunferência da cintura: 
A gordura na região abdominal (tanto subcutânea, mas especialmente a visceral) apresenta características mais aterogênicas e contribui com maior risco para desenvolvimento de resistência à insulina, diabetes melito, hipertensão arterial e dislipidemias; 
A medida da CC, isoladamente, não é capaz de distinguir gordura visceral de gordura subcutânea, então, deve ser utilizada em conjunto com outros fatores para identificação do risco de doenças cardiovasculares. 
	Locais anatômicos da medida	Observações
	Imediatamente abaixo da última costela	Locais adotados pelo Anthropometric Standardization Reference Manual
	No menor diâmetro abdominal	
	Ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca superior	Local adotado pela OMS
	Imediatamente acima da crista ilíaca superior	Local adotado pelo National Institute of Health e seguido pelo National Health and Nutrition Examination Surveys III
Padronizações para a medida de CC: 
Cuidado!!! 
Não diferencia gordura visceral da subcutânea
Relação cintura-estatura: 
Medida simples e eficaz de gordura abdominal; 
Bom preditor de risco de doenças cardiovasculares;
O ponto de corte sugerido para discriminação da obesidade abdominal e risco cardiovascular é ≥ 0,5 para homens e mulheres; 
Mantenha a sua circunferência da cintura inferior a metade da sua altura.
Circunferência do braço: 
Reserva corporal de proteína; 
Tecidos ósseo, muscular e adiposo; 
DCT: reserva de gordura corporal. 
Circunferência muscular do braço:
Avalia a massa corporal magra; 
Não leva em consideração o tecido ósseo. 
 CMB (cm) = CB cm – ( x PCTmm ÷ 10)
 CMB (cm) = 24,0 – (3,14 x 13 ÷ 10)
 CMB (cm) = 24,0 – 4,08 = 19,92
 
Ex: CB = 24 cm PCT = 13,0 mm 
Área muscular do braço: 
Para corrigir- AMB sem o osso:
 AMB - 10 (homens);
AMB - 6,5 (mulheres).
Dobras cutâneas: 
As medidas de dobras cutâneas medem indiretamente a espessura do tecido adiposo subcutâneo, e devido à existência de uma correlação entre gordura subcutânea e gordura corporal total, a soma de várias dobras cutâneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal total. 
Erros na medição: 
Pinçar a dobra estando o avaliado com os músculos contraídos;
 
Falta de atenção do avaliador; 
Não calibrar o aparelho; 
Não respeitar a distância entre a pegada a dobra e o local do pinçamento; 
Leitura errada do aparelho; 
Soltar a dobra no momento da leitura;
Demorar muito para ler o aparelho. 
Adipômetros: 
O somatório de dobras cutâneas de diferentes regiões corporais é utilizada em equações preditivas para estimativa da densidade corporal e, posteriormente, do percentual de gordura corporal; 
Medidas em diversas regiões corporais e diferentes protocolos de medidas (equações preditivas) com dobras cutâneas estão disponíveis na literatura; 
Além disso, é motivo de muita discussão o número ideal de dobras cutâneas medidas para determinar o percentual de gordura.
	Faixa etária	Homens	Mulheres
	16 a 19 anos	DC = (1,1620 – 0,0630 × log10 ∑ 4a)	DC = (1,1549 – 0,0678 × log10 ∑ 4a)
	20 a 29 anos	DC = (1,1631 – 0,0632 × log10 ∑ 4a)	DC = (1,1599 – 0,0717 × log10 ∑ 4a)
	30 a 39 anos	DC = (1,1422 – 0,0544 × log10 ∑ 4a)	DC = (1,1423 – 0,0632 × log10 ∑ 4a)
	40 a 49 anos	DC = (1,1620 – 0,0700 × log10 ∑ 4a)	DC = (1,1333 – 0,0612 × log10 ∑ 4a)
	50 a 72 anos	DC = (1,1715 – 0,0779 × log10 ∑ 4a)	DC = (1,1339 – 0,0645 × log10 ∑ 4a)
Equações de Durnin e Womersley para adultos:
DC: densidade corporal; ∑ 4a: DCT + DCB + DCSE + DCSI.
	Sexo/protocolo	Equações
	Sexo masculino – Protocolo de 7 dobras	DC = 1,112 – 0,00043499 (Torácica + Axilar média + Tríceps + Subescapular + Abdominal + Suprailíaca + Coxa) + 0,00000055 (Torácica + Axilar média + Tríceps + Subescapular + Abdominal + Suprailíaca + Coxa) – 0,00028826 (Idade)
	Sexo feminino – Protocolo de 7 dobras	DC = 1,097 – 0,00046971 (Torácica + Axilar média + Tríceps + Subescapular + Abdominal + Suprailíaca + Coxa) + 0,00000056 (Torácica + Axilar média + Tríceps + Subescapular + Abdominal + Suprailíaca + Coxa) – 0,00012828 (Idade)
	Sexo feminino – Protocolo de 4 dobras	DC = 1,096095 – 0,0006952 (Tríceps + Suprailíaca + Abdominal + Coxa) + 0,0000011 (Tríceps + Suprailíaca + Abdominal + Coxa)2 – 0,0000714 (Idade)
Equações propostas por Jackson e Pollock para adultos:
Após a obtenção do valor de DC, calcula-se o percentual de gordura corporal por meio da equação proposta por Siri:
Percentual de gordura (%) = [(4,95/DC) – 4,50] × 100
	Classificação	Valores (%) de acordo com a idade (anos)				
		20 a 29	30 a 39	40 a 49	50 a 59	> 60
	Excelente (atlético)	< 11	< 12	< 14	< 15	< 16
	Bom	11 a 13	12 a 14	14 a 16	15 a 17	16 a 18
	Dentro da média	14 a 20	15 a 21	17 a 23	18 a 24	19 a 25
	Regular	21 a 23	22 a 24	24 a 26	25 a 27	26 a 28
	Alto percentual de gordura	> 23	> 24	> 26	> 27	> 28
	Adaptada de Jackson e Pollock, 1978; Jackson et al., 1980.					
Classificação do percentual de gordura corporal para homens:
	Classificação	Valores (%) de acordo com a idade (anos)				
		20 a 29	30 a 39	40 a 49	50 a 59	> 60
	Excelente (atlético)	< 16	< 17	< 18	< 19	< 20
	Bom	16 a 19	17 a 20	18 a 21	19 a 22	20 a 23
	Dentro da média	20 a 28	21 a 29	22 a 30	23 a 31	24 a 32
	Regular	29 a 31	30 a 32	31 a 33	32 a 34	33 a 35
	Alto percentual de gordura	> 31	> 32	> 33	> 34	> 35
	Adaptada de Jackson e Pollock, 1978; Jackson et al., 1980. Robergs e Roberts, 1996					
Classificação do percentual de gordura corporal para mulheres:
	Classificação	Homens (%)	Mulheres (%)
	Magro	< 8	< 13
	Ótimo	8 a 15	13 a 23
	Leve adiposidade	16 a 20	24 a 27
	Adiposidade	21 a 24	28 a 32
	Obesidade	≥ 25	≥ 3%
	Adaptada de Nieman, 1995.		
Classificação sugerida para o percentual de gordura corporal para adultos:
Antes de converter as dobras para % de gordura corporal, convém utilizá-las por si mesmas. 
As medidas de dobras cutâneas não devem ser realizadas em indivíduos com obesidade de moderada a grave. 
ERROS 
Avaliador 
Avaliado 
Equações 
Aparelho 
Percentual estimado pelo somatório de quatro dobras 
Referências: 
RIBEIRO, S.M.L. Avaliação nutricional: teoria e prática. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018 
ROSSI, L.; CARUSO, L.; GALANTE, A.P. Avaliação nutricional: Novas perspectivas. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015

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