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LE CORBUSIER

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LE CORBUSIER
Charles-Edouard Jeanneret, conhecido por Le Corbusier, nasceu em 6 de Outubro de 1887 em La Chaux-de-Fonds, Suíça, mas viveu a maior parte da sua vida em França. Foi um arquiteto que constituiu um marco muito importante no desenvolvimento da arquitetura moderna. Com a publicação de "Vers une Architecture" (1923), ele adotou o nome "Le Corbusier", e dedicou todo o seu talento e energia à criação de uma nova e radical forma de expressão arquitetônica. 
O pai e o avô eram gravadores; a mãe, cujo nome de solteira, era Perret, era musicista. 
Os Jeanneret são naturais do Sul da França e conta-se que foram albiganses (da seita religiosa cujo nome se originou de Albi, cidade do departamento do Tarn). Insurgiram-se contra a igreja católica nos séculos XII e XIII e foram perseguidos. No século XVI os Jeanneret emigraram para o Jura suíço juntamente com os huguenotes.
Viajou pela Europa e na sua passagem pela Alemanha trocou com Peter Behrens, alguns conhecimentos sobre a razão de ouro. Depois disso, Le Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon e outros edifícios da Grécia Antiga. A forma como os gregos usaram a razão de ouro nos seus trabalhos foi fonte de inspiração para este arquiteto, chegando mesmo a afirmar que foi a forma como os gregos usaram uma escala, a medida grega do homem, que o impressionou.  O livro "Vers une Architecture"mostra uma nova forma da arquitetura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão de ouro.
Entre 1942 e 1948, Le Corbusier desenvolveu um sistema de medição que ficou conhecido por "Modulor". Baseado na razão de ouro e nos números de Fibonacci e usando também as dimensões médias humanas (dentro das quais considerou 183 cm como altura standard), o Modulor é uma seqüência de medidas que Le Corbusier usou para encontrar harmonia nas suas composições arquiteturais. O Modulor foi publicado em 1950 e depois do grande sucesso, Le Corbusier veio a publicar, em 1955, o "Modulor 2". 
"O Modulor"
O sistema Modulor pode ser observado em muitos dos mais notáveis edifícios de Le Corbusier, especialmente na "Chapel de Notre Dame du Haut".
"Chapel de Notre Dame du Haut" 
Este sistema de medição não foi, nem nunca pretendeu ser um método para gerar padrões. O próprio Le Corbusier não o aplicou no desenho de superfícies, preferindo superfícies vazias (amplas e frias) de betão então chamadas "brutalistas". Quando ele o realmente usou, juntamente com o seu assistente Iannis Xenakis, no "Mosteiro de Sainte-Marie de la Tourette", criou fachadas casuais, puramente decorativas, e não um padrão. 
"Mosteiro de Sainte-Marie de la Tourette"
Le Corbusier esforçou-se por usar a espiral de ouro em alguns dos seus trabalhos arquitetônicos mas não obteve um resultado muito brilhante, pelo menos quando comparados com os de outros arquitetos, como é o caso de Tatlin. 
"Um exemplo de um edifício espiral" / " Torre de Tatlin"
Quando Le Corbusier veio ao Brasil, encontrou terreno fértil: jovens arquitetos brasileiros apaixonados pela idéia da modernidade e pela possibilidade de propor uma Nova Arquitetura. Encontrou um país fascinado pela perspectiva do desenvolvimento e do progresso. Mais de sessenta anos depois, recebemos uma outra visita, a de Rem Koolhaas, arquiteto de origem holandesa, recente vencedor do prêmio Pritzker em 2001, o Nobel da arquitetura. Na indicação para o prêmio, Koolhaas é apontado como um dos construtores do século 21, segundo reportagem de primeira página da Folha de São Paulo, suplemento Folha Ilustrada, de 6 de março de 2002.
E por que Le Corbusier e Koolhaas?
Corbusier representava uma aspiração a uma nova condição cheia de promessas e de possibilidades para a vida urbana, cujo naufrágio o próprio Le Corbusier delegou às gerações que o sucederam, que supostamente saberiam lidar com os recém-nascidos Frankensteins: mutantes urbanos que se reproduziram incessantemente, em maior escala em países africanos e asiáticos, gerando fenômenos urbanos atuais como Lagos ou Pearl River Delta, estudados entusiasticamente por Rem Koolhaas. 
Ocorreram também na América Latina, como no exemplo de São Paulo, onde os processos tiveram intensidades próprias e características particulares.
Ao buscar nestes casos o genérico, Rem Koolhaas reabilita a fórmula corbusiana, moderna, de reduzir os acontecimentos a uma matriz única. O que não é acaso. Tanto quanto há um século atrás, trata-se de uma estratégia, seja de expansão ou de criação de domínios. Fatos como a reapropriação (4) de Roma, através do Projeto Mutations coordenado por Koolhaas, nos deve alertar para a importância do modelo adotado e o seu papel na construção do pensamento e seus efeitos na cidade, tanto diretos quanto colaterais.
Corbusier, ao tomar Roma como exemplo, explicitando que se refere à Roma antiga, desenvolve uma análise de seus fundamentos urbanos. Para Corbusier, o que possibilitou a construção da Roma antiga foi a unidade operacional, um objetivo claro em vista, e a classificação em várias partes, seu objetivo sendo a conquista e o governo do mundo, a dominação e a organização de um império romano. De forma um pouco mais sarcástica, vemos em Mutations um tipo de Sim City para construção da cidade genérica, baseado novamente em Roma antiga.
Some-se a redescoberta da Lelced rasa:
"A noção de cidade passou por uma mudança radical no final do século 20. Após Aldo Rossi, somos incapazes de imaginar que uma cidade possa existir sem história. Mas hoje existe uma vasta porção da humanidade para quem viver sem história não coloca nenhuma questão em especial. Poderíamos ir mais além: viver sem história é uma aventura apaixonante para eles. Esta observação deveria nos levar a revisar um certo número de dogmas ou teorias de arquitetura e urbanismo e, talvez, reexaminar a validade (ou não) de um dos mecanismos mais importantes do século 20: tabula rasa, a idéia de começar do zero, sem a qual os arquitetos modernos dos anos 20, como Corbusier, acreditavam que nada era possível. Uma posição como essa claramente demonstra um extremo otimismo, um otimismo que a década seguinte demoliu completamente. Mas talvez precisemos retomar o uso da ê ced rasa – talvez tenhamos que ser mais seletivos em nossas estratégias de urbanização, em vez de permanecer ansiosos conservadores incapazes de especular em termos do novo"
E com estes conceitos e estratégias, estão revalidadas e tornadas avant garde as idéias de nossos avós modernistas.
No Brasil, já vimos tudo isso. Vivemos o resultado destes processos.Surge, pois, a questão:
"O que Koolhaas poderá aprender com São Paulo? O que Koolhaas poderá aprender com o Brasil? E o que podemos aprender com Koolhaas?"
Antes de mais nada, é preciso lembrar o Manifesto Antropófago, que os modernistas brasileiros formularam na década de 20, quando vários estrangeiros por aqui circulavam, e em momentos como esse vê-se sua importância renovada:
Propomos devorar Koolhaas, num processo de desconstrução-digestão-gestação.
De imediato, recoloca-se a possibilidade de estranhamento e perplexidade ao defrontar-nos com a condição urbana contemporânea… Não a considerarmos sem possibilidades, um erro do passado, um deslize, um mal. Nem bem, nem mal: ela é.
Assim, vemos renovar-se a oportunidade de deixarmos de nos espelhar eternamente em Roma, Paris, Barcelona e demais vitrines européias e iniciar um processo de autodescoberta baseado em um olhar interessado no espantoso, no absurdo, no caótico, no incontrolável.
Todavia, não poderemos, nesse processo, desprezar o fato de que os mutantes urbanos vão de mal a pior. Isso é razão suficiente para não nos apressarmos em iniciar a apologia do modus operandi reprodutor do genérico ou defender a adesão do pensamento urbano às estratégias reinantes de produção de cidade.
Como a condição urbana, em geral, foge ao controle, alguns temores têm sido amenizados com bolhas de alta segurança, com grades, câmaras de vigilância, lugares ¨públicos¨ condicionados: vida urbana sob 24 horasde monitoramento. Todos estão apavorados com Frankenstein e se protegem, escondem ou correm. E ao ê c-lo, o tornam sempre maior e mais desgovernado. Não há escapatória a não ser o enfrentamento já que não abandonamos o projeto de vida urbana.
E é aí que entram os jovens arquitetos brasileiros do século 21 e quem mais desejar, que provavelmente já não acreditam tão facilmente em panacéias, em revoluções… Muito lamentavelmente, tudo anda um tanto desacreditado.
O que esses jovens arquitetos brasileiros podem produzir a partir desta confrontação ou deste encontro?
Alguns desafios: 
Perceber a condição urbana em sua complexidade, o que possivelmente é das grandes contribuições de Rem Koolhaas a seu tempo – sua eficiente e muitas vezes brilhante percepção da contemporaneidade. 
Ir além das reduções da lógica humana imperfeita, do i-racionalismo e das velhas oposições passado-futuro, preservação-destruição, específico – genérico: cansaço da vida entre a ê ced rasa e a conservação museológica…
"Nisso há desconfiança frente às idéias modernas, há descrença de tudo o que foi construído ontem e hoje; há, talvez, mesclado com isso, um leve desgosto e desdém que não mais suporta o bri-à-brac de conceitos das mais diversas procedências (…) Nisso me parece que devemos dar razão aos atuais céticos anti-realistas e microscopistas do conhecimento: o instinto que os leva a se afastar da realidade moderna não está refutado que nos interessam suas vias retrógradas e tortuosas! O essencial neles não é que desejem ir para trás, mas que desejem ir embora. Um pouco mais de força, impulso, ânimo, senso artístico: e desejariam ir para além – não para trás". 
Abordar a condição urbana em sua complexidade, sabendo que ela não tem um prazo de validade ou uma data de fabricação. Reinventar modos de resistência à negação da vida urbana, já que nada está predestinado: começou há milênios, pode acabar amanhã, daqui a cem anos, nunca… são parte da condição urbana contemporânea o edifício de apartamentos, a via expressa, a loja de grife, as esquinas, a rua, o shopping, a feira-livre, o ê cedes-benz, o mendigo, o aeroporto, a favela, o casario… tudo o que se chama passado e é presente, e o futuro, em nome do que já se cometeu enormes equívocos e que está fora da nossa ânsia controladora. 
Nosso tempo é agora, nessas cidades, com essa multiplicidade de possibilidades, oscilantes, contraditórias, que nos desafiam a cada momento a criar a partir delas. Criações, invenções, idéias que renovem os ânimos: "para enviar ao porvir um dardo que atravesse as eras…" (10).
Diante da condição urbana, sempre mutável, sempre a ser descoberta, nos subterrâneos do mundo em que vivemos, devemos andar com nossas próprias lanternas.
Estamos todos em constante perigo e essa é toda a riqueza da condição urbana: lançar-nos ao mar tempestuoso, instados a recriar formas de navegação."
Em 1964, Le Corbusier elabora grandes projetos: "O Palácio de Congressos em Estrasburgo". (Parlamento da Europa), a Embaixada da França em Brasília, Plivetti em Milão: segundo projeto de um Centro de Cálculo Eletrônico em Rho e no ano de 1965, L-C apresenta em Veneza o projeto de um hospital. Preparação da publicação Lê Voyage d´Oriente. Nesse mesmo ano, passa suas férias de verão habituais em Cap Martin (Sul da França), onde, depois de uma crise cardíaca enquanto tomava banho de mar, morre em 27 de agosto, às onze horas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARGAN, Guilio Carlo. Arte Moderna. Do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. Companhia das letras, São Paulo, 1999.
BOESIGER, Willy. Le Corbusier. Martins Fontes, São Paulo, 1998.
Enciclopédias ATLAS ( www.cinderela.com.br/pitoresco/texto/impressionismo )
Galeria da História da Arte ( www.Galeriadearte.vilabol.uol.com.br/historiadaarte )
Conhecimentos Gerais ( www.conhecimentosgerais.com.br/artesplasticas/impressionismo )

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